Estudos indicam que dietas ricas em açúcar e gordura saturada podem prejudicar a função do hipocampo, levar a dificuldades na retenção de informação e
no
desempenho cognitivo geral
Como adequar a
dieta para todas as idades de forma a tornar o cérebro mais saudável? Com
o avanço científico, existem muitos estudos sobre a influência da alimentação
na saúde cerebral para otimizar a função cognitiva. Alguns cientistas da Universidade de Yale e da Pennington Biomedical
Research mostraram que cortar calorias em apenas 14% por dois anos equilibraram
o metabolismo nas células de gordura, o que ajuda a regular a forma como as
mitocôndrias geram energia, as respostas anti-inflamatórias do corpo e o
sistema imunológico, aumentando a expectativa de vida.
Lívia
Ciacci, neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o
Cérebro, esclarece que uma alimentação balanceada, rica em
nutrientes específicos para a saúde cerebral, pode ajudar a melhorar a função
cognitiva e proteger contra o declínio relacionado à idade.
A neurocientista
recomenda a Dieta Mind, que enfatiza o consumo de certos grupos alimentares e
limita outros para promover a saúde cerebral. Ela é uma das mais recomendadas
para a saúde do cérebro devido ao seu foco específico em alimentos que oferecem
suporte às funções cognitivas e protegem de outras doenças. “Dieta Mind combina
elementos das dietas mediterrânea e DASH e foi desenvolvida para melhorar a
saúde do cérebro e reduzir o risco de doenças neurodegenerativas. Os alimentos
mais recomendados por ela são vegetais de folhas verdes e outros; frutas
vermelhas, que são uma excelente fonte de antioxidantes; nozes, que tem
gorduras saudáveis; grãos integrais; peixes pelo menos uma vez na semana; aves
duas vezes por semana; feijões e leguminosas; e vinho, um copo por dia e
preferencialmente o tinto, que é opcional e deve ser tomado com moderação”.
Segundo ela, a
Dieta Mind propõe limitar carnes vermelhas, manteiga, queijos, frituras e fast foods.
“Os benefícios da Dieta Mind incluem diminuir o risco da Doença de Alzheimer,
melhorar a função cognitiva e memória e a redução da inflamação. É essencial
que antes de começar qualquer dieta, procure um profissional especializado, mas
não há mal algum em adotar uma alimentação rica dos alimentos citados acima e
evitar fast foods, gordura saturada, açúcar e alimentos
ultraprocessados. Introduzir bons alimentos pode proporcionar diversos
benefícios significativos à saúde cerebral e de todo o corpo a longo prazo”,
conta.
Lívia reforça que
reduzir o consumo de açúcar, manter uma boa hidratação e não ficar longos
períodos em jejum também são boas recomendações. “É necessário frisar que
ainda não existe nenhum medicamento vitamínico ou alimento que seja específico
para melhorar a função cerebral, ou aumentar o potencial, para isso é
necessário um estilo de vida saudável que englobe atividade física, rotinas de
aprendizagem e estudo e alimentação saudável”, explica.
Mudança
de hábitos
Segundo a neurocientista, o hábito do consumo consciente e reeducação alimentar é muito difícil para algumas pessoas porque envolve uma gama de fatores psicológicos, sociais, culturais e econômicos. “Hábitos alimentares enraizados levam tempo e esforço, e muitas pessoas encontram dificuldades em quebrar padrões estabelecidos. Psicologicamente falando, muitas pessoas usam a comida como uma forma de lidar com emoções negativas ou estresse, além da relação com a comida ser ligada à influência social, da família e dos amigos. O ambiente social pode influenciar não só os hábitos das escolhas alimentares, mas também a quantidade que a pessoa se acostuma a comer. Ter pessoas próximas que apoiem o desejo de mudança e melhoria ajuda, e muito, a adotar novos hábitos.”
3
maneiras simples de desenvolver consciência alimentar
· Não
coma em frente à TV, computador ou celular. Aproveite o alimento e coma
devagar, já que além de proporcionar uma experiência alimentar melhor, ainda
auxilia na digestão e na percepção de quantidade.
· Planeje
as refeições com antecedência, assim é possível resistir bem mais à tentação
dos fast foods.
· Toda
a alimentação começa com boas escolhas no supermercado, verifique os rótulos,
inclusive, é possível até baixar um app para ajudar com isso. Evite os que têm
muita gordura saturada e açúcar adicionados.
· Dica extra: fazer dieta não significa passar fome! Evite longos períodos em jejum e busque orientação de profissionais da nutrição para te ajudar em seu objetivo.
SUPERA
www.metodosupera.com.br