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quarta-feira, 5 de junho de 2024

Com quase 8 mil casos anuais no Brasil, câncer de endométrio é um dos mais associados à obesidade

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O câncer de endométrio é de duas a quatro vezes mais comum em mulheres obesas ou com sobrepeso e, havendo obesidade severa, a probabilidade de desenvolver a doença pode ser até sete vezes maior. O alerta é do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), que se une ao International Gynecologic Cancer Society (IGCS) na divulgação de informações, cuidados e avanços nas pesquisas referentes à esta doença, que é o segundo câncer ginecológico mais comum entre as brasileiras

 

O câncer de endométrio é o sexto câncer mais comum em mulheres no Brasil e no mundo, afetando milhares de pacientes a cada ano. Sua incidência teve um aumento expressivo nas últimas duas décadas. Considerando apenas os tumores ginecológicos, a doença fica atrás apenas do câncer de colo do útero. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é que 7.840 brasileiras recebam o diagnóstico de câncer endometrial em 2024. De acordo com a Agência Internacional para pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS), mais de 420 mil mulheres no mundo receberam o diagnóstico de câncer de endométrio em 2022 e, no mesmo ano, a doença resultou em 97 mil mortes.

Estão mais suscetíveis a desenvolver a doença as mulheres com mudanças no equilíbrio dos hormônios (estrogênio e progesterona) no corpo, menarca precoce (primeira menstruação antes dos doze anos), maior tempo de menstruação ao longo da vida, nunca ter estado grávida, ter recebido terapia hormonal com tamoxifeno para tratar câncer de mama ou estar enquadrada em uma síndrome hereditária que aumenta o risco de câncer (síndrome de Lynch) que aumenta o risco de câncer de cólon e outros tipos de câncer, incluindo câncer de endométrio. E, entre esses fatores, mais um se destaca, que é a obesidade.

De acordo com o National Cancer Institute (NCI), dos Estados Unidos, o câncer de endométrio é de duas a quatro vezes mais provável em pessoas com obesidade ou sobrepeso. Já entre as mulheres com obesidade severa, a probabilidade de desenvolver um tumor no endométrio (corpo do útero) pode ser até sete vezes maior. “O principal fator de risco para desenvolver o câncer de endométrio é o desequilíbrio entre a exposição de estrógeno e progesterona no endométrio, ou seja, a exposição contínua do endométrio ao hormônio estrogênio sem oposição da progesterona. A obesidade é uma condição clínica que leva a esse aumento do estrógeno circulante, já que a gordura periférica é capaz de aumentar a produção desse hormônio, ”, exemplifica a oncologista clínica Aknar Calabrich, da Comissão de Ética do EVA e titular da DASA Oncologia.


Junho, o Mês de Conscientização do Câncer de Endométrio

Em 2023, a International Gynecologic Cancer Society (IGCS) declarou o mês de junho como o Mês de Conscientização do Câncer de Endométrio (câncer do corpo do útero) e agora, em 2024, pelo segundo ano consecutivo, ele se junta ao Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) para divulgar os avanços nas pesquisas e cuidados para todos os pacientes do mundo, além de falar sobre os fatores de risco e desafios desta doença, com o objetivo de transformar em uma campanha global. “Educar as mulheres sobre o câncer de endométrio não apenas promove a detecção precoce, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido, mas também capacita as mulheres a cuidarem melhor de sua saúde reprodutiva e geral”, afirma a oncologista clínica Andréa Guimarães, coordenadora de Advocacy do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) e titular do A.C.Camargo Cancer Center.

O câncer de endométrio é caracterizado pelo crescimento anormal de células no revestimento interno do útero, conhecido como endométrio. Entre os sintomas mais comuns estão o sangramento vaginal anormal, dor pélvica, dor durante a relação sexual e alterações no ciclo menstrual. “O sangramento vaginal na pós menopausa é o principal sintoma da doença e ocorre na grande maioria das mulheres com câncer de endométrio, mesmo nos estágios iniciais. Nas pacientes pré menopausa, o sangramento ocorre entre os ciclos ou há uma mudança da quantidade e tempo da menstruação. Portanto, é fundamental que as mulheres estejam atentas a quaisquer mudanças em seu corpo e procurar regularmente seu ginecologista. Quando o câncer de endométrio é detectado precocemente, as chances de cura são altas”, comenta Aknar Calabrich.

Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de endométrio, incluindo obesidade, histórico familiar da doença, diabetes, terapia de reposição hormonal e idade avançada. Muitos desses fatores de risco estão associados ao estilo de vida, portanto a adoção de medidas preventivas, como manter um peso saudável, realizar atividade física e controlar a ingestão de açúcar podem desempenhar um papel crucial na redução do risco.

Além dos fatores citados acima, existem outras características que podem aumentar o risco de desenvolver a neoplasia:

  • Idade: geralmente ocorre em mulheres na pós-menopausa.
  • Estrogênio: terapia de reposição hormonal, nunca ter tido filhos, menarca (primeira menstruação) precoce e menopausa tardia.
  • Hiperplasia atípica: que é o espessamento do endométrio causado por exposição ao estrogênio, presente em mulheres que não ovulam todos os meses.
  • Síndrome do ovário policístico
  • Pressão alta (Hipertensão arterial sistêmica)
  • Câncer prévio: câncer de mama e tratamento com tamoxifeno ou radioterapia na região pélvica.
  • Histórico familiar: mulheres com síndrome de Lynch (um tipo de câncer de intestino hereditário) também correm maior risco de desenvolver câncer de endométrio.

O diagnóstico de condições relacionadas ao endométrio geralmente envolve o uso do ultrassom pélvico transvaginal, que é considerado a principal técnica de avaliação inicial. “Esse método, juntamente com exame físico e a consideração dos sintomas associados, compõe uma abordagem abrangente. Normalmente, durante a consulta ginecológica anual, o médico pode solicitar esses exames. Caso haja alguma anormalidade detectada, é recomendável encaminhar a paciente para avaliação adicional com um especialista”, acrescenta Calabrich.


SINTOMAS DE ALERTA:

  • Sangramento anormal: 90% das mulheres com câncer de endométrio têm sangramento vaginal anormal após a menopausa ou entre períodos menstruais. Entre 5% e 20% das mulheres na pós-menopausa com esse sintoma têm câncer de endométrio. Isso pode indicar uma série de outras doenças, mas é preciso sempre consultar um especialista para saber a causa.
  • Dor na pelve
  • Sentir uma massa nessa região
  • Perda de peso inexplicável


TRATAMENTO PARA PACIENTES COM CÂNCER DE ENDOMÉTRIO – Quanto aos tratamentos, as opções variam de acordo com o estágio da doença e a saúde geral de cada paciente, podendo incluir:

  • Cirurgia: histerectomia (remoção do útero), geralmente acompanhada por retirada das trompas e dos ovários e, em alguns casos, a retirada dos linfonodos. O procedimento pode ser feito com técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e cirurgia robótica. A cirurgia serve também como principal método de estadiamento, ou seja, avaliar a extensão da doença nos órgãos pélvicos.
  • Quimioterapia: método terapêutico que utiliza medicamentos específicos para erradicar as células cancerosas, agindo em múltiplas etapas do metabolismo celular. Esses remédios têm a capacidade de alcançar as células malignas em qualquer região do corpo.
  • Radioterapia: tratamento que utiliza a radiação para destruir ou impedir o crescimento das células de um tumor, controlar sangramentos e dores e reduzir tumores que estejam comprimindo outros órgãos. Durante as aplicações, a paciente não consegue ver a radiação e nem sentir dor.
  • Combinação de uma ou mais dessas modalidades: dependendo do tipo de câncer e de seu estadiamento podem ser realizadas a cirurgia e depois quimioterapia e radioterapia.
  • Imunoterapia: modalidade que estimula o sistema imunológico a combater o câncer. É utilizado no câncer de endométrio quando a doença não pode ser mais curável com cirurgia ou radioterapia. Apresenta alta ação nas pacientes com risco genético hereditário (síndrome de Lynch).

“O tratamento do câncer de endométrio é altamente individualizado e requer uma abordagem multidisciplinar. “É essencial que as pacientes tenham acesso a equipes médicas especializadas que possam oferecer o melhor plano de tratamento para sua situação específica”, finaliza Calabrich. 

 



Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos- EVA



Referências bibliográficas

1 – Instituto Nacional de Câncer (INCA): Câncer Corpo do útero - INCA
2 – Instituto Nacional de Câncer (INCA): Neoplasia maligna do corpo do útero e do ovário (taxas ajustadas) - INCA
3 -International Agency for Research on Cancer: Absolute Numbers, Incidence, Females, in 2022 – IARC
4 – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO): Dia Mundial do Câncer: atividade física contribui significativamente para a redução do risco da doença, 05/02/2024 - FEBRASGO
5 – A.C. Camargo Cancer Center: Centro de Referência de Tumores Ginecológicos Câncer de Endométrio, 2020. – A.C.Camargo
6 – International Gynecologic Cancer Society: June is Uterine Cancer Awareness Month - IGCS
7 – NIH/NCI - https://www.cancer.gov/about-cancer/causes-prevention/risk/obesity/obesity-fact-sheet

Mayaro: Sociedade Médica explica os desafios relacionados ao vírus

Pouco conhecido pela população, a doença apresenta semelhanças clínicas e limitações diagnósticas que dificultam sua identificação precisa

 

O vírus Mayaro é um arbovírus transmitido principalmente por mosquitos do gênero Haemagogus e é endêmico em áreas florestais da América do Sul. No Brasil, é uma doença negligenciada e apresenta semelhança clínica com outras infecções como dengue e chikungunya, o que leva ao subdiagnóstico e a dificuldade de planejamento e estratégias de controle. A falta de testes diagnósticos específicos também dificulta a identificação precisa da infecção. Estatísticas epidemiológicas indicam que o vírus tem sido identificado nas regiões Norte e Nordeste há décadas, enquanto observa-se um aumento no número de casos registrados no Centro-Oeste e Sudeste nos últimos anos. 

De acordo com João Renato Rebello Pinho, médico patologista clínico e membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica /Medicina Laboratorial (SBPC/ML), os sintomas da Mayaro podem ser facilmente confundidos com outras arboviroses. "A dengue também pode apresentar dores nas articulações e músculos, mas geralmente não de forma tão persistente quanto na febre da Mayaro. Na dengue, é mais comum observar sangramentos nasais, gengivais e outros tipos de hemorragias, especialmente em casos graves. Já na chikungunya, a dor nas articulações é frequentemente debilitante e pode durar meses ou até anos, sendo mais intensa e comum que no Mayaro", explicou. 

Os sintomas da febre Mayaro incluem febre alta, dor nas articulações, dor muscular, erupções cutâneas com manchas vermelhas, cefaléia intensa, sensação de cansaço e fraqueza, náuseas e vômitos. Ela se distingue de outras arboviroses principalmente pela persistência das dores nas articulações, que ocorre em aproximadamente 30% dos casos. Sobre os testes diagnósticos, João Renato ressalta que "durante os primeiros cinco dias da doença, é indicado realizar testes moleculares (PCR). Após o quinto dia, testes sorológicos para a detecção de anticorpos IgM são recomendados". 

O vírus Mayaro é transmitido pela picada de mosquitos infectados. No entanto, outros mosquitos do gênero Aedes, como Aedes aegypti, também podem atuar como vetores secundários, especialmente em áreas onde os humanos têm maior contato com ambientes florestais. João Renato ressalta que a prevenção se concentra em evitar picadas de mosquitos e no controle das populações de vetores. "Medidas incluem o uso de repelentes, roupas de mangas longas, calças compridas e chapéus, além da instalação de telas de proteção em portas e janelas e o uso de mosquiteiros ao dormir. Além disso, é crucial eliminar locais de água parada, potenciais criadouros de mosquitos, e utilizar larvicidas em locais de difícil eliminação de água", reforçou o especialista da SBPC/ML, acrescentando que campanhas educativas são essenciais para informar a população sobre os riscos e medidas preventivas. 

Não existe um tratamento específico ou vacina disponível para a infecção pelo vírus Mayaro. Segundo o patologista clínico da SBPC/ML, João Renato, a abordagem principal é o tratamento sintomático e de suporte, incluindo controle da febre, da dor, hidratação e repouso. "Complicações a longo prazo podem incluir dores nas articulações e fadiga crônica, que podem persistir por semanas ou meses, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Em casos graves, pode ser necessário acompanhamento reumatológico", ressaltou.

 

SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial.


Especialista alerta para riscos de rejeição à prótese no quadril

Médico ortopedista Cleber Furlan, especialista em cirurgia de quadril, aponta cuidados e quadros comuns a pacientes no pós-operatório

 

Mais de 30 mil próteses de quadril são implantadas anualmente no Brasil para tratar quadros de artrose e, nos Estados Unidos, são mais de 300 mil ao ano. Todos estes pacientes podem ter vida normal depois, mas precisam tomar cuidados especiais no pós-operatório. 

A artrose é um desgaste da articulação entre o fêmur e o acetábulo, responsáveis pela ligação da bacia e as pernas, resultando em dores crônicas que impedem movimentos básicos do dia a dia. No ano passado, o presidente Lula foi operado em função deste problema e, como muitos pacientes, realizou a chamada artroplastia de quadril. 

Segundo o médico ortopedista Cleber Furlan, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o processo consiste em fazer um corte da cabeça do fêmur e implantar uma haste dentro do osso, que pode ser uma prótese, uma ferramenta ou um equipamento, além de fazer um novo encaixe da região acetabular. 

Mas o pós-operatório é um momento de cuidados, pois é possível que ocorra a soltura da prótese - cenário conhecido como rejeição - com a falha do material que não conversa mais com o corpo em que está instalado. Apesar dessa condição ser consequência principalmente de origens infecciosas, ainda é possível observar falhas agudas e crônicas do implante.

Dentre as formas de soltura, como falha do implante e mal posicionamento, dedica-se maior cautela às infecções bacterianas, que podem interromper a fixação da prótese ao osso, em razão de liberarem um óleo conhecido como biofilme. “Por isso que a gente se preocupa com infecções dentárias, infecções urinárias, infecções de unha no pós-operatório”, esclarece o ortopedista.

Com o passar dos anos, a prótese sofre do atrito comum ao uso e libera partículas chamadas de debris, que desencadeiam reações inflamatórias. Por esse motivo, recomenda-se o uso de materiais de maior durabilidade, de forma a minimizar os processos de desgaste e estender a vida útil do implante. “De tanto ter atrito, é como se eu passasse uma borracha num papel, que solta um pedacinho a cada vez. E a prótese também, numa quantidade muito menor, microscópica, vai se desgastando”, explica Furlan.


Mas e as dores no pós-operatório? 

Segundo o ortopedista, é necessário lembrar que qualquer cirurgia significa o corte e a manipulação de partes do corpo. “Se você vai ao dentista fazer uma limpeza, vai sentir um desconforto por alguns dias. Da mesma forma, a prótese vai gerar uma alteração local inflamatória, para depois ser uma alteração cicatrizante. Então é normal”, descreve o especialista.

No caso de pacientes que apresentam pouca ou nenhuma mobilidade do quadril ao longo dos últimos anos, após a cirurgia é indispensável se adequar a um processo adequado de reabilitação, principalmente muscular. 


Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o Dr. Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril.

https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/



8 atitudes que podem evitar o desenvolvimento da artrose

No Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas sofrem com a doença; Casos são mais comuns em idosos, mas os problemas podem começar mais cedo

 

À medida que envelhecemos, as cartilagens das articulações do nosso corpo se desgastam. Se movimentar, então, passa a ser motivo de muitas dores. A artrose, ou osteoartrite, afeta milhões de pessoas no mundo todo. Um estudo realizado pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, revelou que aproximadamente 1 bilhão de pessoas sofrerá com a doença até 2050. No Brasil, estima-se que de 12 a 15 milhões de indivíduos tenham artrose, com maior prevalência entre os adultos acima de 65 anos. Diante da grande quantidade de casos, a pergunta que fica é: dá para evitar? 

De acordo com o médico Lúcio Hott, responsável pela Clínica da Dor do São Bernardo Apart Hospital, diversos fatores interligados contribuem para o aumento da incidência da artrose. Com o passar dos anos, a cartilagem articular se desgasta naturalmente, tornando-a mais suscetível à deterioração e ao desenvolvimento da doença, mas outros fatores como obesidade, genética e a prática inadequada de exercícios físicos podem favorecer o surgimento da doença. 

“As mulheres são mais propensas a desenvolver artrose do que os homens, principalmente após a menopausa. As alterações hormonais nesse período podem contribuir para o enfraquecimento da cartilagem articular. Indivíduos com histórico familiar da doença também apresentam maior probabilidade de serem acometidos. Lesões articulares prévias, deformidades ósseas e a realização de atividades físicas de forma incorreta ou sem acompanhamento profissional podem sobrecarregar as articulações, aumentando o risco de lesões e desgaste da cartilagem, levando à artrose”, explica.
 

Mãos, coluna, joelhos, quadris e pés são as partes do corpo mais afetadas pela doença. “A artrose pode trazer dor, rigidez e dificuldade de movimento, impactando significativamente a vida de quem a enfrenta. No entanto, com as medidas certas, é possível controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e manter uma boa qualidade de vida”, garante Hott, antes de listar medidas simples que podem evitar o desenvolvimento da artrose:

  1. Manter o peso corporal adequado
    Isso diminui a pressão sobre as articulações, reduzindo o risco da doença;
     
  2. Praticar exercícios físicos regularmente
    Atividades de baixo impacto, como natação, ciclismo, pilates e caminhadas, fortalecem os músculos e articulações, protegendo-as contra o desgaste. Comece devagar e aumente a intensidade gradualmente. Se sentir dor, pare o exercício e descanse.
     
  3. Manter uma boa postura
    Uma postura adequada previne desequilíbrios musculares e protege a coluna vertebral, reduzindo o risco de artrose;
     
  4. Evitar atividades repetitivas
    Se possível, faça pausas frequentes em atividades que exigem movimentos repetitivos, especialmente se causarem dor ou desconforto;
     
  5. Usar calçados confortáveis
    Sapatos adequados fornecem suporte e amortecimento, diminuindo o impacto nas articulações;
     
  6. Proteger as articulações de lesões
    Evite quedas e traumas que possam danificar as articulações;
     
  7. Alimentação saudável
    Uma dieta rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais fornece nutrientes importantes para a saúde das articulações;
     
  8. Evitar fumar
    O tabagismo prejudica a circulação sanguínea e a nutrição das cartilagens, acelerando o desgaste articular.
     


Clínica da dor
Colatina

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6 de junho –Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras

Coordenador do Centro de Tratamento de Criança Queimada do Sabará Hospital Infantil dá dicas sobre cuidados com crianças

 

A Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) promove, por meio do Dia Nacional de Luta contra Queimaduras (06 de junho), uma campanha de conscientização sobre os acidentes com queimaduras, que em crianças, ocorrem em nossas casas e são essencialmente causados pela imprudência dos pais e responsáveis.

 

Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) indicam que, no Brasil, 1 milhão de pessoas sofre queimaduras, sendo que cerca de 70% ocorrem dentro de casa. O Ministério da Saúde aponta que das 150 mil internações que ocorrem por ano, cerca de 30% envolvem crianças.

 

Para explicar um pouco mais sobre o tema, conversamos com Dr. Luiz Philipe Molina Vana, coordenador do CTCQ- Centro de Tratamento à Criança Queimada do Sabará Hospital Infantil E ex-presidente da SBQ – Sociedade Brasileira de Queimaduras. “As queimaduras podem ser causadas por fatores físicos, químicos ou biológicos. As crianças menores de seis anos tendem a se queimar com líquidos quentes, daí a importância da vigilância contínua dos pais”, afirma o especialista.

 

Dr. Molina explica que as queimaduras são classificadas em três graus e precisam de um cuidado especializado em cada uma delas. “A queimadura de primeiro grau envolve apenas a camada mais superficial da pele e o seu tratamento é apenas de suporte. As queimaduras de segundo grau costumam ocasionar o aparecimento de bolhas e ter uma aparência úmida na lesão. Já as de terceiro grau são profundas e acometem toda a derme, o cuidado inicial deve ser realizado com lavagem exaustiva do local com água corrente. É importante não aplicar nenhum tipo de pomada, pasta de dente, compressas com ervas ou outra substância, porque essas ações, podem agravar a queimadura, atingindo tecidos subcutâneos, com destruição de partes importantes que podem comprometer o funcionamento do local, como nervos, músculos e estruturas ósseas. Nos dois últimos casos, principalmente em crianças, elas devem ser levadas imediatamente ao pronto-socorro especializado.

 

Segundo Dr. Molina, o cuidado com a prevenção das queimaduras, principalmente porque acontecem no ambiente doméstico deve ser constante, “nunca devemos abaixar a guarda quando se trata de crianças”, diz dr. Molina. Mas, durante determinados períodos do ano, devem ser redobrados. “Durante as festas juninas, as crianças estão mais próximas as fogueiras, têm acesso aos fogos de artifício e até na produção de balões (que são proibidos por lei). Além desse mês, as férias de julho e o final do ano, são outros dois momentos que requerem uma atenção ainda maior de pais e responsáveis, afinal, estão mais tempo dentro de nossas casas”, conta o cirurgião plástico.

 

Devido à alta incidência tanto nesse mês quanto em julho por conta das férias, o especialista sugere alguns cuidados para se ter com as crianças que podem ser colocadas em prática como forma de evitar acidentes:

 

1 - Evite deixar uma criança sozinha perto de fontes de calor, como fogões, fornos, churrasqueiras ou velas acesas, ferro de passar roupa;

 

2 - Mantenha objetos perigosos fora do alcance: produtos químicos como álcool, tinta inflamável, devem ser colocados em locais altos e bem fechados, longe do acesso das crianças;

 

3 - Durante as festas juninas, evite deixar crianças brincarem com bombas ou fogos de artifícios, ou qualquer outro artefato que entre em combustão. Crianças não devem brincar próximos à fogueira; porque correm o risco de se desequilibrar e cair sobre o fogo ou ainda se queimarem com fagulhas de madeira;

 

4 - As tomadas devem estar protegidas por tampas apropriadas, esparadrapo, fita isolante ou mesmo cobertas por móveis, além disso, os fios de eletricidade devem ficar escondidos atrás de móveis ou desconectados, para as crianças não morderem o fio e também evite que crianças brinquem com celulares enquanto eles estiverem ligados no carregador.

 

5 - Durante as férias, só permita que as crianças empinem pipas em campos abertos, sem a presença de fios e postes de eletricidade.

 

“Cuidar de uma criança com queimaduras exige uma estrutura de atendimento multidisciplinar que tenha experiência tanto em minimizar sequelas como também conte com orientação voltada para o aspecto psicológico do acidente”, afirma Dr. Molina.

 

O Sabará Hospital Infantil oferece o primeiro centro exclusivo para o cuidado de crianças e adolescentes vítimas de queimaduras em hospital privado no país, o CTCQ- Centro de Tratamento à Criança Queimada. Inaugurado em outubro de 2023, o serviço presta atendimento emergencial em nosso Pronto-Socorro, consultas com especialistas e dispõe de cirurgiões com grande experiência nesse tipo de acidente.


Sabará Hospital Infantil


Profissionais com deficiência: o mercado de trabalho está realmente mais inclusivo? ‌    


Opinião

A presença de profissionais com deficiência no mercado de trabalho é um tema que demanda muita atenção e ação por parte da sociedade e das empresas. A inclusão deste grupo refere-se não apenas a uma questão de justiça social, mas também traz benefícios tangíveis para as organizações e para a comunidade como um todo. 

Em um levantamento elaborado pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgado em janeiro deste ano, foi apontado que o Brasil contém 545.940 mil pessoas com deficiência e reabilitadas do INSS inseridas no mercado formal de trabalho. 93% destes trabalhadores estão em empresas com mais de 100 empregados, já que a lei vigente diz que a partir deste porte de empresa, de 2 a 5% do quadro total de colaboradores deve ser preenchido por Profissionais com Deficiência. 

No entanto, em dados apresentados pelo IBGE, sete em cada dez pessoas com deficiência estão desempregadas, enfrentando desafios significativos para recolocação nas empresas, desde discriminação direta até falta de acessibilidade física e digital nos locais de trabalho. Ausência de recursos e apoio também são obstáculos para quem deseja ingressar no mercado, o que colabora para privar talentos valiosos e grandes oportunidades.
 

O cenário está mudando? 

Muito se fala sobre inclusão, mas estamos, de fato, criando um ambiente inclusivo? Estamos investindo em acessibilidade, políticas públicas e oportunizando capacitação profissional para essas pessoas? Acredito que esses questionamentos devam ser o ponto de partida para refletirmos mais sobre essa pauta e promover mudanças para possibilitar a inserção ou recolocação deste grupo no mercado de trabalho – o que, principalmente baseado nos dados do IBGE, ainda temos um longo caminho pela frente. 

Pelo o que podemos observar no setor, preconceito e estereótipos, falta de acessibilidade, processos de recrutamento excludentes, falta de capacitação e formação, políticas e legislação insuficientes ou mal implantadas, barreiras psicológicas e falta de modelos e exemplos dentro das companhias ainda são muito presentes. 

As empresas precisam adotar políticas claras de inclusão e diversidade, com metas concretas para contratação e retenção de pessoas com deficiência. Vale ressaltar que para boa parte destes profissionais não é necessário que a empresa implemente algum tipo de adaptação ou realize altos investimentos, apenas processos que permitam a participação plena de todos. É preciso entender que inserir uma pessoa com deficiência vai além de qualquer legislação. 

É crucial promover uma cultura organizacional inclusiva, que valorize as contribuições únicas de cada indivíduo, o que requer conscientização e treinamento de todos os colaboradores. Por outro lado, é importante destacar a oportunidade para a empresa, uma vez que equipes mais diversas são mais inovadoras e resilientes, capazes de atender melhor às necessidades de seus clientes. 

Feiras e eventos dedicados a esse público, sobretudo para auxiliar aqueles que estão em busca de um novo emprego, também é de grande valor para contribuir com essa diversidade de forma mais inclusiva, proporcionando uma nova forma de ver o mercado de trabalho. Centros e programas de apoio ao trabalhador e/ou à pessoa com deficiência, associações, Lei de Cotas, programas de empresas privadas, plataformas online e aplicativos de vagas, ONGs, projetos comunitários e parcerias com instituições de ensino são algumas alternativas gratuitas para auxiliar esses profissionais. 

É uma jornada que exige esforço e compromisso contínuos. Superando essas barreiras, transformamos não só vidas, mas também enriquecemos nossas organizações e fortalecemos os laços que unem a nossa sociedade. É uma visão de mundo que esperamos dentro do mercado de trabalho e que precisamos fazer a nossa parte de conscientização, informação e ação por uma sociedade mais justa.

 

Christiana Mello - diretora da unidade de recrutadores da Catho

 

Dia 6 de junho - Dia Nacional do Teste do Pezinho

SBNi- Teste do Pezinho
A Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil fala sobre a importância do Teste do Pezinho Ampliado e os casos identificados de Atrofia Muscular Espinhal

 

No dia 6 de junho é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data criada pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal com o objetivo de conscientizar o público e os profissionais de saúde sobre a importância do exame que detecta doenças graves e raras em recém-nascidos. O diagnóstico precoce de doenças raras é crucial, pois amplia as opções de tratamentos ou terapias possíveis, com o propósito de amenizar os sintomas e proporcionar uma vida típica e de mais qualidade aos pacientes e às famílias. 

O Teste do Pezinho tradicional, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), abrange apenas seis doenças. Em 2021, a Lei nº 14.154 estendeu para 52 o número de enfermidades identificadas e propôs um escalonamento em cinco fases para a ampliação das doenças. A Atrofia Muscular Espinhal (AME), por exemplo, será incorporada no exame do SUS apenas na última fase.


Minas Gerais confirma 7 casos de AME em apenas 4 meses

Em Minas Gerais, o programa foi ampliado no fim de janeiro, e todas as amostras de recém-nascidos estão sendo testadas para 15 doenças, incluindo a AME. O estado já confirmou 7 casos da doença. Minas Gerais é o primeiro estado com grande população a realizar a testagem em massa para a Atrofia Muscular Espinhal pelo SUS. No Brasil, apenas o Distrito Federal possui a doença em seu painel de triagem neonatal.

De acordo com a neurologista infantil, presidente da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil e professora do Departamento de Pediatria da UFMG, Juliana Gurgel Giannetti, a AME é uma doença neuromuscular progressiva que pode levar à morte, principalmente nos casos em que o início dos sintomas é precoce, devido ao comprometimento respiratório e da deglutição. “A AME é considerada a segunda doença neuromuscular mais frequente da infância. Temos uma proteína que é muito importante para a sobrevivência do neurônio que está na medula. Se essa proteína não é produzida, por algum defeito genético, ocorre a perda desse neurônio e, como consequência, ocorre uma fraqueza muscular progressiva, que acomete os músculos dos braços, pernas, da respiração e da deglutição, por isso, é uma doença muito grave. Muitas vezes, os pacientes da AME Tipo 1 apresentam esses sintomas de forma intensa e precisam ser entubados, sem que o diagnóstico tenha sido feito”, aponta.

Segundo a neurologista infantil, o diagnóstico pelo Teste do Pezinho é primordial. “O melhor tratamento para a AME é aquele iniciado mais rápido. Essa é a diferença crucial da ampliação da triagem neonatal, porque essas crianças passariam pela consulta com o pediatra ou neurologista infantil e não seria identificado nenhum sinal da doença. Então, quando retornasse ao médico, já poderiam apresentar fraqueza, dificuldade para mamar ou respirar”, explica. “Consideramos que essas crianças diagnosticadas no tempo certo, vai fazer toda a diferença na vida delas e das famílias. Vamos acompanhar o desenvolvimento neuropsicomotor e acreditamos que os marcos naturais serão alcançados nas idades certas e elas terão o desenvolvimento de uma criança típica, e o melhor, sem sequelas”, ressalta a médica.

 


Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNi)
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Obesidade infantil é a nova realidade das crianças brasileiras, dizem especialistas

 

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 Segundo dados, o Brasil terá cerca de 11,3 milhões de crianças obesas até 2025 


 

A obesidade infantil é a nova realidade entre crianças brasileiras, isso é o dizem pediatras, nutricionistas e órgãos de saúde de todo o Brasil. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição, (PNAN), reconheceu, em 2022, que a obesidade é, atualmente, um problema de saúde pública. Segundo o último levantamento do órgão, realizado em parceria com o SUS (Sistema Único de Saúde), mais de 340 mil crianças brasileiras entre 5 e 10 anos possuem obesidade. Outra pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que o Brasil tenha 11,3 milhões de crianças obesas até 2025, caso o Ministério da Saúde não encontre soluções eficientes para o problema nos próximos anos.
 

Para determinar se uma criança é obesa, é necessário calcular o índice de massa corporal (IMC). O IMC é uma medida que leva em consideração a altura e o peso das pessoas, sendo calculado o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadro. Uma criança é considerada obesa quando seu IMC está acima do percentual 95 para seu sexo e idade. Por isso, é importante que os pais mantenham os filhos em consultas regulares com o médico-pediatra para, assim que o problema for diagnosticado, ele indique o melhor caminho, com o auxílio de um nutricionista. Para a professora de Nutrição da Universidade Anhanguera, Carla Jadão, os altos índices são reflexo de maus hábitos alimentares entre crianças. 

“Os dados são o reflexo da má alimentação das crianças, alinhadas ao sedentarismo atualmente. A alimentação dos pequenos está altamente industrializada, com um crescente consumo de doces, fast foods, congelados, bolachas, salgadinhos, embutidos, entalados e etc”, comenta Carla Jadão. A OMS apontou também que 47% dos brasileiros estão sedentários, e que esse problema pode levar cerca de 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis até meados de 2030. 

A recomendação dos especialistas é realizar, no mínimo, uma média de 60 minutos de atividade aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes e cerca de 150 e 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana para adultos. Para Carla Jadão, com o desenvolvimento da tecnologia, muitas crianças e jovens ficam mais tempo no computador, celular, tablet e televisão o que, consequentemente, as afastam de atividades que desenvolvam sua parte física. A especialista afirma que o núcleo familiar pode contribuir para reverter o quadro, por meio de boas práticas e apoio do médico-pediatra. 

“O núcleo familiar tem papel essencial para os altos índices desses dados caírem. A família é um exemplo, em uma casa onde todos são sedentários e se alimentam errado, as crianças vão seguir os mesmos hábitos. Por isso, os pais devem começar a se alimentar de maneira saudável e fazer algum tipo de atividade física, dando exemplo para as crianças desde cedo. Quando o problema for identificado, o essencial é a família buscar apoio profissional do médico-pediatra, juntamente com o nutricionista”, completa.
  


Anhanguera
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Número de internações causadas por herpes zoster cresce no Brasil1

De acordo com o DataSUS, foram registrados 2.600 casos de hospitalizações pela doença em 20231

 

De acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), do Ministério da Saúde, via DataSUS, houve um aumento de 10,6% no número de internações hospitalares causadas pelo herpes zoster em 2023 em relação ao ano anterior. Foram 2.600 casos registrados.1 A doença é causada pela reativação do vírus varicela zoster, que costuma ser adquirido ainda na infância através da catapora, e já pode estar presente no organismo de cerca de 94% dos brasileiros adultos.2,3 

A alta nos diagnósticos do herpes zoster pode estar relacionada ao envelhecimento da população. Segundo dados do IBGE, através do Censo 2022, o total de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos,4 e o varicela zoster tende a se manifestar com o avanço da idade, principalmente, a partir dos 50 anos, quando começa a ocorrer um declínio natural do sistema imunológico.5,6 

O sintoma mais característico do herpes zoster é a dor provocada pelas lesões cutâneas, que podem surgir em qualquer parte do corpo, mas são mais frequentes no tórax, no abdômen e na face, seguindo os trajetos dos nervos.5,6 As dores costumam ser descritas como sensação de queimadura, dor latejante, cortante ou penetrante, formigamento e agulhadas, ardor e coceira locais, além da erupção de pequenas bolhas agrupadas na pele e febre, dor de cabeça e mal-estar.5,6 

“Muitas pessoas ainda desconhecem os riscos do herpes zoster e menosprezam seus sintomas e sequelas. A doença está relacionada ao envelhecimento da população, presença de doenças crônicas e condições imunossupressoras e outros fatores que levam à queda da imunidade. É importante esclarecer que o herpes zoster pode provocar dores incapacitantes, que podem se estender por 90 dias ou mais, como é o caso da neuralgia pós-herpética”, explica o infectologista Jessé Reis Alves (CRM 71991/SP), gerente médico de vacinas da GSK.
 

Prevenção a longo prazo 

A GSK anunciou em abril que a pesquisa de longo prazo Zoster-049 mostrou que a vacina recombinante para o herpes zoster da GSK pode fornecer proteção contra o herpes zoster por até 11 anos. Os dados finais do ensaio comprovaram a eficácia em 79,7% dos participantes com 50 anos ou mais, entre seis e onze anos após a imunização. Já nos adultos com 70 anos ou mais, houve eficácia em 73,1% dos participantes, no mesmo intervalo de tempo. Além disso, nenhuma nova preocupação de segurança foi identificada durante o período de acompanhamento.7 

Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 



GSK



Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “ANO/MÊS DE ATENDIMENTO” para Linha, “NÃO ATIVA” para Coluna, “CASOS CONFIRMADOS” para Conteúdo, "INTERNAÇÕES";"ÓBITOS" E "TAXA DE MORTALIDADE" para Períodos disponíveis de Janeiro de 2022 a Março de 2024. Seleções disponíveis “VARICELA E HERPES ZOSTER” para Lista Morb CID-10 e “40 A 49 ANOS,50 A 59 ANOS, 60 A 69 ANOS, 70 A 79 ANOS E 80 ANOS E MAIS” para Faixa Etária 1. Base de dados disponível em <Link> Acesso em 13 de maio de 2024.

2. CLEMENS, S. Et al. Soroepidemiologia da varicela no Brasil – resultados de um estudo prospectivo transversal. Jornal da Pediatria, v. 75, n. 433-441, 1999;

3. SOUZA, V.:PANUTTI, C.;REIS,A. Prevalência de anticorpos para o vírus da varicela-zoster em adultos jovens de diferentes regiões climáticas brasileiras. Disponível em <Link> Acesso em 13 de maio de 2024.

4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Disponível em <Link> Acesso em 7 de maio de 2024;

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Herpes (Cobreiro). Disponível em <Link> Acesso em 7 de maio de 2024;

6. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008;57(RR-5):1-30;

7. Diez-Domingo J, et al. Adjuvanted recombinant zoster vaccine (RZV) is the first vaccine to provide durable protection against herpes zoster (HZ) in all age ranges ≥50 years: final analysis of efficacy and safety after 11 years (Y) of follow-up. Abstract presented at European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases (ESCMID); 27–30 April 2024, Barcelona, Spain.


Falsos positivos: Por que os transtornos mentais têm sido mal diagnosticados?

 

Apenas uma análise isolada de sintomas não é o suficiente para um diagnóstico preciso, afirma o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento

 

Não é segredo que o diagnóstico de transtornos mentais tem se tornado cada vez mais comuns atualmente, o que fez com que muitos inclusive questionassem esse aumento, mas além das enormes mudanças que ocorreram nos últimos anos na sociedade, falsos positivos também são responsáveis por esse aumento.

De acordo com o Médico Psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, apenas a análise de sintomas não é suficiente para um diagnóstico preciso.

Os sintomas são importantes para analisar o problema do paciente, mas não devem ser a única fonte de análise para um diagnóstico, isso porque diversos transtornos têm sintomas muito similares que podem ser facilmente confundidos”.

“Por isso, testes e exames podem ser usados para uma identificação mais precisa, mas também é importante uma abordagem multidisciplinar”, afirma o Dr. Flávio, autor do artigo “Uma análise sobre coerência, lógica universal e prevenção”, publicado na revista científica Contribuciones a las ciencias sociales, em parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

 

Psiquiatria e psicologia: Aliadas para diagnósticos mais precisos


Cada área médica possui suas especificidades e especialidades, no entanto, doenças, transtornos e síndromes são altamente multifatoriais e complexas, por isso, é necessário, também, uma análise multidisciplinar.

Muitos profissionais que tratam da saúde mental costumam se fechar muito na sua especialidade e não usar ferramentas importantes também de outras áreas e ter também pareceres de outros profissionais, conta Dr. Flávio.

 

No consultório, apesar de utilizar mais técnicas da psiquiatria, eu tenho compreensão de que outras áreas, em especial a psicologia que é muito próxima, podem contribuir bastante para ter um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz, por isso, opto por uma abordagem que traga princípios das duas áreas, com a atuação de outro profissional, um(a) psicólogo(a)”. 

Um transtorno mental mal diagnosticado causa um tratamento pouco eficaz, por isso, é muito importante que os profissionais tenham essa consciência de que um diagnóstico precisa ser isento e absolutamente técnico, tanto para a recuperação do paciente, quanto para preservar a credibilidade da medicina”, afirma Dr Flávio H. Nascimento.

  

Dr. Flávio H. Nascimento - formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.


Sociedade de Pediatria do RS reforça orientações para prevenir tétano

Canva
Enchentes que atingem o estado desde o final de abril preocupam especialistas em saúde infantil

 

Com as recentes enchentes que afetam o Rio Grande do Sul, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) está divulgando um alerta sobre os riscos de contaminação por tétano. Diante desse cenário, é fundamental que pais e responsáveis estejam atentos aos cuidados necessários para proteger as crianças contra essa doença grave, que pode ser contraída por meio de ferimentos em contato com água suja ou contaminada. 

 

Entendendo o tétano e como se proteger 

O tétano é uma infecção causada pela bactéria Clostridium tetani. Ela pode entrar no corpo por meio de ferimentos, sejam eles pequenos ou grandes. Os primeiros sinais incluem dificuldade para abrir a boca e caminhar, seguidos por febre baixa e espasmos musculares.

 

Tratamento e Prevenção: 

O diagnóstico do tétano é baseado nos sintomas. Em casos graves, é necessária hospitalização imediata e o tratamento envolve o uso de soro antitetânico. A prevenção é feita através da vacinação, que garante imunidade permanente contra a doença. 

A SPRS enfatiza a importância de manter a vacinação em dia, especialmente durante emergências como as enchentes. Para mais informações sobre prevenção e tratamento do tétano, consulte seu pediatra ou a SPRS. 

 

Marcelo Matusiak

 

PARALISIA CEREBRAL- - Transformação na Neurologia Pediátrica Atraves do Uso da Toxina Botulínica.

"O Impacto da Toxina Botulínica Redefine o Futuro do Tratamento dos Portadores de Paralisia Cerebral"

Em um mundo onde a inovação médica é a chave para desbloquear um futuro melhor, a Toxina Botulínica surge como uma verdadeira heroína no combate à Paralisia Cerebral.

Esta condição, que toca o coração de inúmeras famílias, vê agora uma nova esperança brilhar, através da técnica adotada pela Dra. Gladys Arnez, uma luz no fim do túnel, dentro dos caminhos da neurologia pediátrica.

A Paralisia Cerebral, com seu espectro de desafios motores e posturais, é o foco da Dra. Arnez, cuja abordagem com a Toxina Botulínica está redefinindo o que significa viver com essa condição.

“Através de injeções estratégicas, a toxina suaviza a espasticidade muscular, liberando as crianças das amarras da rigidez e abrindo caminho para uma nova liberdade de movimento”, detalha a Dra. Arnez."
"Não é apenas um tratamento, é uma porta para uma vida mais plena e independente.”- completa.

A técnica minimamente invasiva obtida pela Toxina Botulinica, através da Dra. Gladys Arnez é um farol de progresso, oferecendo uma alternativa segura e eficaz aos métodos mais invasivos.

Suas histórias de sucesso são um testemunho vivo do poder transformador deste tratamento, com crianças alcançando marcos de desenvolvimento antes inimagináveis.

Além disso, a Dra. Gladys é uma defensora fervorosa da colaboração multidisciplinar, integrando habilidades de neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros especialistas para cercar cada paciente com um círculo de cuidado e expertise.

Resumindo: A Toxina Botulínica, nas mãos habilidosas da Dra. Gladys Arnez, não é apenas um tratamento - é uma revolução. É a promessa de passos mais firmes, de sorrisos mais amplos e de um futuro onde a Paralisia Cerebral não define limites, mas desafia possibilidades.

Saiba mais sobre esse assunto!



Dra. Gladys Arnez - Médica Neurologista Infantil, Especialista em Doenças do Neurodesenvolvimento, TEA ( Transtorno do Espectro Autista) e em Toxina Botulínica para Tratamentos Neurológicos. Pioneira na abordagem integrada da Paralisia Cerebral. Fundadora da Clínica Neurocenterkids, um centro de excelência com duas unidades em São Paulo. Descubra mais em: https://clinicaneurocenterkids.com.br
INSTA: @clinica_neurocenterkids


6/06: Dia Nacional do Teste do Pezinho

A data serve para a conscientização da importância do Programa Nacional de Triagem Neonatal. Patologista clínico reforça que a precocidade do diagnóstico garante a melhor abordagem terapêutica para mudar o curso natural de doenças graves em crianças

 

Em 06/06, realiza-se o Dia Nacional do Teste do Pezinho - um exame simples e de extrema importância para a prevenção de doenças e pronto-diagnóstico. A Lei que ampliou para 50 o número de doenças detectadas está em vigor há 2 anos, mas apenas 73% das crianças, com menos de dois anos, haviam realizado o teste até o 5º dia após o nascimento, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE). Sem o diagnóstico precoce, muitas condições podem evoluir para a morte do bebê, ainda no primeiro ano de vida. 

Na triagem neonatal a amostra de sangue coletada segue para o laboratório, público ou privado, onde é realizada a testagem, que detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. O exame é conhecido como “Teste do Pezinho”, apenas no Brasil, devido à maneira como é realizado. “O teste é elaborado a partir de gotas de sangue do bebê, retiradas do calcanhar, que pode identificar doenças pré-sintomáticas e até pré-patológicas", explica o médico Dr. Armando Alves da Fonseca, especialista em Pediatria e Patologia Clínica. 

A denominação dos testes é livre, mas poderia ser padronizada. O mais importante, no momento da análise, é considerar as condições que serão pesquisadas em cada teste. “A utilização da tecnologia de Espectrometria de Massas em Tandem foi um divisor de águas e tornou possível a investigação de 40 diferentes doenças metabólicas hereditárias, dando início às triagens ampliados, no início do século XXI”, esclarece o médico pediatra e patologista clínico. 

O procedimento oferece inúmeros benefícios capazes de alterar a natureza das doenças e a Triagem Neonatal Biológica (TNB), possibilita a identificação de doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, precocemente, permitindo que o indivíduo possa receber tratamento adequado evitando sequelas e até mesmo a morte. 

Em 2019, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial (SBPC/ML) teve protagonismo na inclusão de um código na tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CHBPM) para o teste de Triagem Neonatal para Imunodeficiências. O pleito foi realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e foi aprovado pela Câmara Técnica da Associação Médica Brasileira (AMB). A ação tinha como objetivo incorporar o exame ao teste do pezinho, como critério universal, para identificar imunodeficiências no primeiro ano de vida das crianças.
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Leia mais sobre o assunto no LTO -
Link

 

Quando deve ser realizada a Triagem Neonatal?
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O Teste de Triagem Neonatal deve ser colhido em todos os recém-nascidos entre o 3º e 5º dia de vida. Os recém-nascidos que tiveram alta da maternidade antes da coleta do teste do pezinho são encaminhados à Unidade Básicas de Saúde (UBS) de referência para que colham o exame antes do 5º dia de vida.
 

E os prematuros, também colhem?
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Sim, todos os recém-nascidos colhem. O que ocorre é que, nos prematuros haverá uma convocação para uma nova coleta entre 2ª e 6ª semanas de vida, dependendo da imaturidade e dos procedimentos que o prematuro necessitou na unidade neonatal.
 

Como o teste de triagem Neonatal é colhido?
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É colhida uma pequena amostra de sangue do pezinho do recém-nascido em papel filtro específico que será levado ao laboratório para a análise e pesquisa das várias doenças. Por isso, é conhecido como o teste do pezinho.
 

Quais são as doenças detectadas no exame?
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Hipotireoidismo Congênito (HC), Fenilcetonúria (PKU), Doença Falciforme (DF), Aminoacidopatias (AA), Fibrose Cística (FC), Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) e Deficiência de Biotinidase (BIO).


 

Fontes: SBPC/ML, Ministério da Saúde e Escola Paulista de Medicina (USP)


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