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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Dia Mundial do Câncer de Ovário: tire suas dúvidas

8 de maio é o Dia Mundial da Conscientização sobre o Câncer de Ovário. Saiba quais são os sintomas da doença, como é o seu diagnóstico, tratamento e prevenção


Entre os cânceres ginecológicos, o câncer de ovário é o que possui as menores taxas de cura. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), anualmente são registrados cerca de 6 mil novos casos da doença. Esse tipo de câncer geralmente tem origem nas células superficiais do ovário. Entre os fatores de risco, estão a idade avançada, a infertilidade, o histórico familiar, fatores genéticos e a obesidade. Por outro lado, estudos indicam que o uso de pílulas anticoncepcionais e as gestações podem ser fatores protetores, reduzindo o risco de desenvolver a doença.

 

Sintomas do câncer de ovário

 

Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, em fase inicial, os tumores no ovário não causam sintomas específicos, mas quando mais desenvolvidos, provocam dores e inchaços nas regiões do abdômen, da pelve, costas e pernas, náuseas, problemas intestinais, perdas de peso e de apetite e cansaço. 

 

Diagnóstico e tratamento

 

“O câncer de ovário é o mais difícil de ser diagnosticado e, geralmente, costuma ser descoberto em estágios avançados, o que diminui as chances de cura e eleva as estatísticas referentes aos óbitos pela doença”, explica o Dr. Alexandre.

 

Ele é detectado através de exames ginecológicos, solicitados por um médico ginecologista, e o tratamento é feito com cirurgia, quimioterapia ou com a combinação de ambos.

 

“O melhor método será determinado pelo médico, junto à paciente, levando em consideração vários aspectos do quadro, como as condições clínicas, o estágio do tumor e pelo fato de ser ou não recorrente, por exemplo”.

 

Prevenção

 

O diagnóstico precoce pode ser decisivo para a cura da paciente, orienta o especialista.

 

“Por isso, é importante fazer um acompanhamento regular com o médico ginecologista e manter os exames periódicos em dia. Alguns hábitos também podem ser incorporados à rotina como forma de prevenção, como a prática de atividades físicas e manter uma alimentação balanceada”. 

Não deixe de realizar consultas regulares ao médico ginecologista e informar a ele caso haja algum  caso de câncer ginecológico na família, especialmente em familiares próximos. 


Alerta informativo sobre cigarro eletrônico

 Embaixadora da Inspirali destaca pontos fundamentais sobre a utilização desenfreada deste dispositivo 

 

Mesmo com a decisão da Anvisa de manter a proibição de todos os dispositivos eletrônicos para fumar, sabemos que esses produtos ainda circulam livremente e que vêm atraindo cada vez mais o público jovem. A comunidade médica está convencida dos riscos que o produto causa à saúde. Por estes motivos, com o intuito de trazer informações e esclarecer dúvidas sobre o tema, a Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, convidou sua embaixadora na área de Medicina Preventiva e Qualidade de Vida, Dra Danielli Haddad, para destacar pontos fundamentais que a população precisa saber sobre cigarro eletrônico. Confira: 


Riscos para a saúde - Além dos riscos para câncer oral e de pulmão, também há a piora das crises de asma em asmáticos, a possibilidade de piora de doenças cardiovasculares pela inflamação desencadeada pelos produtos absorvidos e inalados, além da EVALI (vaping product use-associated lung injury) ou VAPI (Vaping-associated pulmonary injury), descrito pela primeira vez em 2019. A injúria pulmonar pode ter como sintomas febre, calafrios, tosse e insuficiência respiratória, levando até mesmo a intubação e ventilação mecânica.

 

Compostos - Não há controle sobre a quantidade e tipo de substâncias encontradas no cigarro eletrônico. Estudos mostraram que contém nicotina, formaldeídos, nitrosaminas (conhecidamente carcinogênicos) e diacetil, este último é adicionado nos líquidos, entra nos pulmões e causa danos nos alvéolos pulmonares. O aquecimento dos componentes ditos como inofensivos nos líquidos, como glicerina vegetal e propilenoglicol, resulta na formação de substâncias tóxicas como níquel, cadmio, cromo e chumbo.

 

Funcionamento - O dispositivo é composto por uma bateria, um recipiente para armazenar o produto em forma líquida, um outro componente para aquecer este líquido e transformá-lo em aerossol (suspensão de partículas liquidas e sólidas, popularmente chamado de vapor). Eles são vendidos em diversos formatos como canetas, imitando cigarros, pen drives, etc.

 

Diferença para cigarro tradicional - A princípio pensava-se que o eletrônico era menos maléfico, sendo que o Reino Unido instituiu uma política de redução de danos para diminuir o número de tabagistas no país, recentemente regulamentando o uso de dispositivos eletrônicos relacionados ao tabaco. A justificativa é a de que a fumaça do cigarro tradicional produziria mais substâncias tóxicas que o vapor. Pesquisas que compararam as exposições tóxicas entre cigarros eletrônicos e cigarros convencionais relataram que os níveis de duas nitrosaminas e monóxido de carbono eram mais baixos em usuários de cigarros eletrônicos do que em fumantes, mas ainda assim presentes. As exposições tóxicas também foram maiores em usuários duplos. Tanto os fumantes quanto os usuários de cigarros eletrônicos apresentaram aumento de metais tóxicos na urina e no sangue, mas houve alguma variabilidade nos metais detectados em cada grupo. Sabe-se também que o vapor contém nanopartículas em maior quantidade, podendo atingir os pulmões com maior facilidade, desencadeando crise de asma e a possibilidade de eventos cardiovasculares. Como o uso é relativamente recente, alguns males serão vistos a longo prazo.
 

Diferença para narguilé - Narguilé é pior que cigarro e cigarro eletrônico. A quantidade de fumaça inalada durante uma sessão típica de narguilé é de cerca de 90.000 mililitros, em comparação com 500–600 ml inalados ao fumar um cigarro segundo dados do CDC de 2016. É preciso 20 tragadas para fumar um cigarro ao passo que uma sessão de uma hora de narguilé são 200 tragadas. Além disso, no narguilé há nicotina e substâncias cancerígenas em grande quantidade.

 

Proibição no Brasil - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2009, por meio da Resolução 46, proíbe a comercialização, a importação e a propaganda desses produtos. Há o projeto de Lei 5008/2023 da senadora Soraya Thronicke (PODEMOS /MT) que discute sobre a regulamentação e possibilidade de venda legal destes produtos no país. Sua argumentação é a de que os produtos já circulam de forma crescente no país, sem fiscalização e sem arrecadamento de impostos, e que proibir é somente “tapar o sol com a peneira”. Após reunião em 12/03/2024, no Conselho de Assuntos Econômicos (CAE), foi aprovado o Requerimento nº 24/2024-CAE para realização de audiência pública para a instrução da matéria. Foi também aprovado o Requerimento nº 29/2024-CAE para a inclusão de convidados, assim como o Requerimento nº 30/2024-CAE para a realização conjunta da mesma.

 

Contrabando – Como não são regulamentados, os cigarros eletrônicos tendem a ser mais nocivos à saúde. Por isso, o mínimo nos países seria regulamentar quais são os produtos circulantes, taxar com impostos e ter um controle de qualidade.

 

Evali - nova doença pulmonar causada pelo uso do cigarro eletrônico - Desde o início do uso em 2003, inúmeros relatos mostravam sintomas pulmonares relacionados ao uso do cigarro eletrônico. A partir de 2019, estudos maiores mostraram as repercussões do seu uso. De mecanismos ainda incertos, há lesão pulmonar através de uma pneumonite química. Há um stress oxidativo, queda da defesa local para vírus e bactérias, interferência em macrófagos e eosinófilos. Durante um surto de casos, notou-se que em 80% deles havia a exposição a tetrahidrocanabinol e acetato de vitamina E (usado como espessante). Foram 68 óbitos e 2500 internações. Os indivíduos apresentavam tosse, alguns febre, imagens de opacificações em pulmões e até pneumotórax. A maioria melhorou com corticoide e abstinência, mas não se sabe a evolução a longo prazo. Os estudos realizados ainda incluíram poucos pacientes e com metodologia ainda deficiente.

 

Vício e dependência - O uso de cigarros eletrônicos aumenta a chance em 2 até 4 vezes dos indivíduos que nunca fumarem se tornarem dependentes de nicotina e virem a utilizar o cigarro tradicional. Por não haver um policiamento social maior (não há odor ruim nem fumaça), o vício tem maior chance de se perpetuar. O cigarro tradicional é mais barato que o cigarro eletrônico, o que facilitaria a migração para o tabaco tradicional.

 

Uso primordialmente por jovens – Jovens estão aderindo ao uso por motivos multifatorial. Curiosidade e autoafirmação, sensação de que não faz mal à saúde, influência do meio social (melhor aceitação), dispositivos atraentes e caros, sendo uma forma de ostentação. No entanto, mais de 50% dos jovens usuários de cigarros eletrônicos fazem ou fizeram uso de assistência psicológica em algum momento. Ansiedade e depressão são diagnósticos mais prevalentes na população de usuários quando comparada a não usuários.
 

Anvisa simplifica trilha regulatória para o mercado da cannabis medicinal

No último dia 02 de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentou a obtenção de certificado de boas práticas para produtos de cannabis, medicamentos, produtos, biológicos e insumos farmacêuticos,  mediante sistema de confiança com órgãos reguladores internacionais. A publicação da normativa facilita a trilha regulatória para o mercado da cannabis medicinal e outros medicamentos. 

A IN 292/24 permite a utilização de relatórios de autoridades estrangeiras equivalentes para o processo de inspeção e certificação do Código de Boas Práticas de Fabricação (CBPF). A abordagem reduz a sobreposição de esforços de agências regulamentares e mitiga a burocracia e o tempo de espera para as empresas. 

Na norma recente, a Anvisa reconheceu como Autoridades Reguladoras Estrangeiras Equivalentes (AREE) a EMA da Agência Europeia de Medicamentos, o FDA - Food and Drug Administration, dos Estados Unidos, e uma lista imensa de mais quarenta países com quem o Brasil mantém, agora, relação de confiança regulatória em medicamentos, como, por exemplo, Reino Unido, Portugal, México, Japão, França e até Ucrânia. 

Importante destacar que há anos empresas que fabricam medicamentos ou produtos médicos hospitalares, em todo o mundo, são compelidas a passar por inspeção da Anvisa, para verificação de cumprimento de normas de boas práticas brasileiras. 

Desde que a exigência começou, a Anvisa e o mercado enfrentam o principal gargalo regulatório do país: o prazo muito grande para obtenção da certificação de boas práticas de fabricação (ou GMP - Good Manufacturing Practices). Isso porque os técnicos brasileiros precisam viajar e conduzir inspeção in loco no país estrangeiro. 

Para contornar o problema, e tomando consciência de que é impossível visitar todas as fábricas do planeta, a Agência vem estabelecendo mecanismos de confiança e cooperação com governos e organismos certificadores internacionais que possibilitam que as inspeções locais sejam reaproveitadas para o necessário certificado de BPF brasileiro. 

As importadoras que pretendem liberação sanitária de produtos de cannabis para o mercado brasileiro, sob a autorização sanitária da RDC 327/19, agora podem ter o processo de CBPF bastante facilitado pela cooperação da Anvisa com agências internacionais. 

Mas o grande “problema” do mercado da cannabis brasileiro continua sendo a falta de maturidade regulatória. Hoje, há predominância de produtos importados sem registro, estrutura regulatória da RDC 660, que permite ao paciente trazer, com receita médica e visto da Anvisa, o remédio que não existe no Brasil. 

Já para as marcas que obtiveram a autorização sanitária pela RDC 327, cerca de 30, o tique-taque do relógio regulatório continua incomodando. Isso porque aos cinco anos da autorização sanitária vencerá o prazo para que as indústrias apresentem estudos clínicos de eficácia e segurança e elaborem dossiês para registro como medicamento, cumprindo todo o rigor regulatório, que hoje a Anvisa ainda excepciona para produtos de cannabis. 

Resta saber quando a Agência deve retomar a revisão da RDC 327, timidamente iniciada em 2023, mas que pouco evoluiu. Interlocutores dos setores técnicos da Anvisa admitem que a pandemia dificultou o início das análises clínicas por parte das empresas, o que escusaria a demora maior do que o normal e esperado.

Mas não há sequer um texto de Consulta Pública proposto pela Agência para discussão. A medida aguarda a conclusão da Análise de Impacto Regulatório, prometida para setembro do ano passado. 

Enquanto isso, o mercado segue em regime regulatório de exceção, trazendo insegurança jurídica para empresas, médicos e pacientes que aderiram à medicina canabinoide. 



Claudia de Lucca Mano - advogada e consultora empresarial atuando desde 1999 na área de vigilância sanitária e assuntos regulatórios, fundadora da banca DLM e responsável pelo jurídico da associação Farmacann.


Novo repelente de mosquitos para roupas aumenta a proteção contra a dengue para grávidas

 

Devido ao aumento de casos, durante a gestação, as mulheres precisam buscar alternativas que evitem a picada do mosquito

 

Erroneamente, muitas pessoas pensam que o mosquito Aedes aegypti, responsável pelas transmissões das temidas dengue, zika e febre chikungunya, só agem na primavera e no verão. Infelizmente, o inseto também é muito ativo durante o outono e inverno e o Sistema de Saúde de todo país ainda está com sobrecarga de atendimento. Por isso, não dá para baixar a guarda. Devido à crescente de casos nos últimos meses no Brasil, os cuidados continuam para todos e, especialmente, para as grávidas. Segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, o número de casos da dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano quando comparado ao mesmo período em 2023.

Todo cuidado com as grávidas e os bebês é fundamental, pois segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) que criou o Grupo de Trabalho (GT) sobre Dengue na Gestação , durante o período de gestação a imunidade se reduz naturalmente e, se a mulher contrair dengue, a doença pode variar de forma assintomática a grave, podendo resultar em abortamento ou morte caso não seja diagnosticada precocemente. 

Por isso, além de fundamental o uso de repelentes para a pele que sejam recomendados pelos médicos e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é necessário tentar impedir que o Aedes aegypti entre nas residências, por exemplo com o uso de telas nas portas e janelas e mosquiteiros sobre as camas..

Mas é bom ficar atento, pois só o uso destes produtos não é suficiente nem para proteger a casa dos mosquitos, nem a pele das picadas. Muita gente não sabe, mas o uso de roupas que cubram mais o corpo, como calças compridas, camisetas de maga longa e meias, não basta para reduzir a chance das picadas do mosquito. “Essa recomendação não é eficiente. Já que, segundo um estudo publicado pela Medical and Veterinary Entomology, em Londres, cerca de 75% das picadas de mosquitos acontecem por cima das roupas. Por isso, é recomendado o uso de repelente para tecidos nas roupas, enxovais, cortinas, roupas de cama e demais peças utilizadas no conforto da casa ou vestimentas das grávidas”, explica Henrique Cossi, gerente de inovação e novas tecnologias da Haxea.

Ele explica que já está à venda no Brasil, com a aprovação da ANVISA, o D-Fense Pro Tecidos, que conta em sua formulação com a Permetrina, que é a versão sintética do repelente natural de insetos produzido pelo extrato do Crisântemo. “Inclusive, esse princípio ativo do repelente é recomendado pelo Ministério da Saúde dos EUA (CDC) e pela Associação Americana de Ginecologia e Obstetrícia (ACOG) para ser aplicada em roupas de gestantes na prevenção de picadas dos mosquitos transmissores de zika, dengue e chikungunya.”, explica. 

Segundo Henrique Cossi, o produto foi testado dermatologicamente, portanto, não há problema caso ele entre em contato com a pele, mas foi exclusivamente desenvolvido e aprovado para ter o máximo efeito e proteção nos tecidos, pelo período de um dia – ou 24 horas. “É muito importante as grávidas seguirem as recomendações de uso, que consta na embalagem e esperar o tecido secar totalmente, após a aplicação do spray. E, quando for pulverizar o tecido, o mais indicado é pendurar em cabide, varal ou colocar em uma superfície plana, manter o frasco a uma distância de cerca de 10 a 15 cm, em um local arejado, que seja protegido do vento e da luz solar. Idealmente, ele deve ser espirrado em toda peça e dos dois lados”, detalha. 

“As grávidas têm que buscar o máximo possível de proteção, pois infelizmente diversos estudos apontam para uma maior mortalidade entre gestantes com dengue, além do risco de transmissão para o recém-nascido se a doença ocorrer próximo ao parto. Há também risco de hemorragia, especialmente durante a cesariana e após o aborto. Além disso, nem repelentes comuns nem a nova vacina não são recomendados para gravidas e lactantes. Ainda bem que a evolução da ciência permite o surgimento de novas formulações de repelentes, como o D-Fense Pro Tecidos, que já é utilizado por exércitos avançados ao redor do mundo, como o americano, alemão, inglês e israelense, contra picadas de mosquitos, ácaros, carrapatos, entre outros insetos, há mais de 30 anos”, completa Cossi.


Maio Cinza alerta para câncer cerebral, neuro explica

Alguns sinais podem denunciar a doença
 

De acordo com o neurocirurgião, neurocientista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Fernando Gomes, o câncer cerebral afeta o órgão responsável pelo controle de todas as funções do restante do corpo. E, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número estimado de casos novos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC) para o Brasil, a cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 11.490 casos, sendo 6.110 casos em homens e 5.380 em mulheres. 

O neuro afirma que os sinais de câncer no cérebro podem variar dependendo do tipo de tumor, sua localização e tamanho, mas alguns sintomas merecem atenção. 

“As dores de cabeça persistentes que não melhoram com analgésicos comuns e podem piorar durante a noite ou de manhã são sinais de alerta principalmente se forem acompanhadas de náuseas e vômitos, assim como alterações na visão como visão embaçada, dupla ou perda da visão e também na audição, como zumbidos, além de convulsões, fraqueza ou dormência em um lado do corpo ou alterações na coordenação ou equilíbrio”, alerta. 

É importante ainda ter atenção ainda para alterações de personalidade ou comportamento como mudanças de humor, confusão ou dificuldade de concentração que, segundo o especialista, podem ocorrer e serem também sinais de tumor cerebral.  



Dr. Fernando Gomes -- Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas.Atualmente comanda seu programa Olho Clínico com Dr. Fernando Gomes semanalmente no Youtube desde 2020. É também autor de 9 livros de neurocirurgia e comportamento humano.
drfernandoneuro


Além do sorriso: a influência da saúde gengival em condições sistêmicas


Gengivas saudáveis, corpo saudável

  

Em nossa prática diária, a saúde bucal É um pilar fundamental não apenas para o bem-estar estético, mas também para a saúde geral. A cirurgiã-dentista Dra. Patrícia Galli explica que, dentre os vários aspectos da saúde bucal, as gengivas desempenham um papel crucial, servindo como barreira protetora para nossos dentes e para o suporte ósseo. Ignorar os cuidados adequados das gengivas pode levar a problemas graves, como gengivite e periodontite, os quais, se não tratados, podem evoluir para perda dentária e impactar negativamente a saúde sistêmica. 

A gengivite, a forma mais inicial e reversível da doença gengival, caracteriza-se pelo inchaço, vermelhidão e sangramento das gengivas. É causada principalmente pelo acúmulo de placa bacteriana devido a uma higiene bucal inadequada. Embora reversível, se a gengivite não for tratada, ela pode avançar para a periodontite. Neste estágio, a inflamação se estende mais profundamente, afetando o osso e o ligamento periodontal que suportam os dentes, podendo resultar em perda óssea e, eventualmente, na perda dos dentes. 

Pesquisas revelam que a inflamação crônica associada às doenças periodontais pode ter efeitos sistêmicos, contribuindo para o desenvolvimento e agravamento de outras condições de saúde como diabetes e doenças cardiovasculares. Um estudo publicado no Journal of Dental Research destacou que pacientes com condições periodontais inadequadamente geridas apresentam maior dificuldade no controle dos níveis de glicemia, sugerindo uma ligação bidirecional entre diabetes e saúde periodontal. 

Além disso, a inflamação gengival pode aumentar o risco de doenças cardíacas. Segundo pesquisa no Journal of Clinical Periodontology, a periodontite está associada a um risco aumentado de desenvolvimento de doença arterial coronariana. Isso ocorre porque a inflamação sistêmica, incluindo aquela originada na boca, pode contribuir para o estreitamento e o bloqueio das artérias. 

A prevenção é a melhor abordagem quando se trata de saúde gengival. Recomenda-se escovação duas vezes ao dia, uso diário de fio dental e visitas regulares ao dentista para exames e limpezas profissionais. Para casos já avançados, tratamentos não cirúrgicos como raspagem e alisamento radicular são eficazes na redução da carga bacteriana e na promoção da saúde gengival. Em situações mais críticas, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias para restaurar estruturas danificadas. 

A cirurgiã-dentista Patrícia Galli, conclui destacando que, investir na saúde gengival é um caminho vital para a manutenção da saúde geral. Nossa prática está comprometida em fornecer o cuidado necessário para que nossos pacientes não apenas mantenham seus sorrisos bonitos, mas também protejam sua saúde geral, evidenciando a intrínseca ligação entre a saúde bucal e a saúde sistêmica. Por meio de educação contínua e cuidados preventivos, podemos ajudar a mitigar o risco de condições sérias, promovendo um futuro mais saudável para todos. 


DRA PATRICIA GALLI –CIRURGIÃ DENTISTA- CROSP 45002
  

5 chás que ajudam a regular desordens menstruais


Há mais de 60 antioxidantes no gengibre para o tratamento da dismenorreia primária

 

Não é de hoje que os chás de ervas são utilizados como alternativa para auxiliar no tratamento de determinadas questões de saúde. A orientação do uso desse tipo de técnica é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1979, como prática de integração complementar ao sistema público de saúde. 

Em relação à saúde feminina, a literatura médica recente já avalia os impactos do uso de chás naturais em sintomas típicos do período menstrual das mulheres, como irregularidade nos ciclos, constipação, inflamações, cólicas ou náuseas. 

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Tecnológico de Monterrey, no México, em colaboração com a OMS, aponta que os chás são opções eficazes e de baixo custo para mulheres que sofrem de desordens do sistema reprodutivo. 

A pesquisa avaliou mais de 180 espécies de ervas. Entre elas, três das mais utilizadas para amenizar os sintomas do ciclo menstrual foram a camomila, a canela e o gengibre. As opções naturais serviram para casos de dismenorreia (cólica menstrual), sangramento intenso durante a menstruação, enjoos e outros sintomas.

 

Chás são acessíveis e alternativas aos sintéticos

Por pertencerem à medicina natural, os chás se tornaram a escolha de muitas pessoas que preferem evitar químicos e efeitos colaterais a longo prazo. Além disso, costumam ser mais baratos e dispensam prescrição médica, conforme elucida Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP e diretora técnica da Formularium. 

Segundo Paula, que também é membro da SBRAFH (Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar), da ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais) e especialista em Atenção Farmacêutica pela USP; há uma grande variedade de ervas e chás tradicionalmente usados para problemas menstruais. 

“Além de ajudar na regulação menstrual, alguns chás também podem aliviar sintomas associados, como cólicas e inchaços. Adicionalmente, muitos chás oferecem outros benefícios à saúde, como propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias”, destaca a farmacêutica.

 

5 chás para tornar o período menstrual mais saudável

Os chás de ervas podem regular os níveis hormonais e reduzir a inflamação, ao mesmo tempo que fornecem vitaminas e minerais essenciais para a saúde feminina. Confira as opções:

 

Chá de camomila: a camomila é uma das plantas medicinais mais utilizadas em todo o mundo e está listada na farmacopeia de pelo menos 26 países. Tradicionalmente, ela é utilizada para reduzir a ansiedade (comum da TPM) e também no tratamento das cólicas crônicas e do sangramento menstrual excessivo. 

“A camomila possui camazuleno, apigenina e flavonoides, propriedades com ações anti-inflamatórias, analgésicas e antioxidantes, que ajudam no alívio de sintomas como cólicas, ansiedade e irritabilidade, além de conter o fluxo menstrual intenso”, explica Paula Molari Abdo.

 

Chá de gengibre: segundo a farmacêutica, a raiz de gengibre contém compostos como o gingerol e a ginger diona, que possuem propriedades anti-inflamatórias e antiespasmódicas. Historicamente, o gengibre tem sido usado no tratamento de dor e inflamações, e essas propriedades podem explicar sua eficácia no alívio da dor menstrual. 

Segundo uma revisão de estudos, há mais de 60 ativos antioxidantes presentes no gengibre, como gingeróis e zingerona, com importantes propriedades que reduzem inflamações, com destaque ao tratamento da dismenorreia primária.

 

Chá de canela: resultados de várias pesquisas demonstram que o consumo de chá natural de canela diminui a dor associada à menstruação e controla o fluxo menstrual intenso. “A canela tem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antidiabéticas, antifúngicas e antibacterianas, além de melhorar náuseas e diarreia”, completa Paula Molari Abdo. 

Ainda de acordo com as pesquisas, a canela tem sido utilizada no tratamento da síndrome do ovário policístico, que tem como sintomas cólicas, ausência de menstruação ou amenorreia, e menstruação anormal ou oligomenorreia.

 

Chá de vitex: segundo a farmacêutica, o extrato de Vitex agnus-castus, ou "Árvore da Castidade", contém iridoides e flavonoides, que podem ajudar na modulação hormonal, especialmente na regulação da secreção de prolactina, um hormônio que pode equilibrar o ciclo menstrual. 

Uma série de estudos publicados no Thieme mostrou que o Vitex agnus-castus pode diminuir os sintomas da menopausa e, principalmente, da TPM, sendo um dos ativos mais populares para quem sofre da síndrome pré-menstrual. Outros efeitos incluem: diminuição da irritabilidade, da constipação, da ansiedade, das enxaquecas, cólicas e da sensibilidade nos seios.

 

Chá de Dong Quai: tradicional da medicina chinesa, mas popular em todo o mundo, o chá de dong quai promete facilitar a circulação sanguínea. Mulheres no pós-parto (com orientação médica), durante a menstruação, na menopausa e aquelas com cólicas incapacitantes são beneficiadas com o chá de dong quai, também conhecido como o “ginseng feminino”. 

“A Radix Angelica Sinensis, comumente conhecida como Angelica sinensis ou Dong Quai, contém uma variedade de compostos, incluindo ácidos orgânicos, polissacarídeos e flavonas, que são conhecidos por suas propriedades benéficas, como facilitar a circulação sanguínea, aliviar dores e tratar desordens menstruais”, finaliza Paula Molari Abdo.


Ferimentos em socorridos pelas cheias exigem atenção especial para prevenir complicações

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SBD-RS orienta sobre cuidados dermatológicos em emergências

 

Em meio às cheias que atingem o Rio Grande do Sul desde o início da última semana, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) destaca a importância dos cuidados dermatológicos, especialmente no que diz respeito aos ferimentos sofridos pelos desabrigados. Ferimentos abertos representam riscos de infecção, sangramento excessivo e até mesmo complicações graves, como tétano.  

"Em casos de emergência, a orientação é pressionar firmemente sobre o ferimento com um pano limpo para estancar o sangramento, manter a área elevada e procurar ajuda médica o mais rápido possível. Evitar tocar na ferida com as mãos desprotegidas e usar luvas se possível para evitar contaminações", explica a presidente da SBD-RS, Rosemarie Mazzucco. 

Caso um atendimento médico imediato não seja possível, limpar bastante o ferimento com água corrente limpa ou soro fisiológico, secar levemente, colocar gaze dobrada e micropore, tapando a ferida. Se houver disponível vaselina sólida, é uma ótima opção para ajudar na cicatrização. A orientação é colocar a vaselina no ferimento e então cobrir com a gaze e fechar com o micropore. A higiene com água corrente deve ser repetida diariamente. Caso perceba inchaço na região, saída de pus ou secreção é importante avaliar a necessidade do uso de antibióticos. 

A SBD-RS reforça que, em situações de suspeita de complicações dermatológicas, é fundamental procurar socorro médico ou um médico dermatologista. 

 

Marcelo Matusiak

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Redação: PlayPress Assessoria e Conteúdo / Revisão: Dra. Valéria Rossato


Dermatite Atópica: estudo mostra superioridade de upadacitinibe versus dupilumabe em todos os desfechos

• O estudo LEVEL UP, de fase 3b/4, comparou de forma direta (head to head) o uso de upadacitinibe versus dupilumabe para o tratamento de pacientes adultos e adolescentes com dermatite atópica moderada a grave que tiveram resposta inadequada à terapia sistêmica ou quando o uso dessas terapias não era recomendável.


• Upadacitinibe demonstrou superioridade em relação ao dupilumabe em desfecho primário que consistia no alcance de pele quase sem lesões (EASI 90, melhora de 90% no escore EASI) e, simultaneamente, nenhuma ou pouca coceira (WP-NRS 0/1) na semana 16.


• O perfil de segurança do upadacitinibe foi consistente com o perfil em estudos anteriores em dermatite atópica, sem identificação de novos sinais de segurança durante o período de 16 semanas1,2.

 

A AbbVie anunciou resultados positivos do estudo LEVEL UP, um estudo aberto de fase 3b/4, cego para avaliadores, que avaliou a eficácia e segurança do upadacitinibe (com dose inicial de 15 mg uma vez ao dia e ajustada com base na resposta clínica) comparado ao dupilumabe (fazendo uso da dose recomendada em bula) em adultos e adolescentes (≥12 anos de idade) com dermatite atópica (DA) moderada a grave que tiveram uma resposta inadequada à terapia sistêmica ou quando o uso desse tipo de terapia não era
recomendável.

"Mesmo recebendo tratamentos convencionais, muitos pacientes com dermatite atópica continuam a viver com fortes crises de coceira e com sintomas inflamatórios na pele que podem impactar profundamente o dia a dia", disse Roopal Thakkar, médico, vice-presidente sênior e diretor médico global de áreas terapêuticas da AbbVie. "Os resultados deste estudo mostram que pacientes com dermatite atópica moderada a grave podem alcançar simultaneamente pouca ou nenhuma coceira e uma pele quase sem lesões."

No estudo LEVEL UP, o upadacitinibe demonstrou eficácia superior em relação ao dupilumabe no desfecho primário, demonstrando que uma proporção significativamente maior de pacientes alcançou simultaneamente reduções de 90% ou mais no Índice de Área e Severidade do Eczema (EASI 90) e uma Escala Numérica de Pior Prurido de 0 ou 1 (WP-NRS 0/1) na Semana 16 [(19,9% vs 8,9% para upadacitinibe e dupilumabe, respectivamente, p<0.0001)]1.

O EASI é uma medida clínica validada usada para avaliar a gravidade e extensão da dermatite atópica, enquanto o WP-NRS é uma ferramenta de avaliação que os pacientes usam para relatar a intensidade de sua coceira diariamente (com 0 sendo 'sem coceira' e 10 sendo 'a pior coceira imaginável'). Upadacitinibe também demonstrou superioridade em relação ao dupilumabe em todos os desfechos secundários, incluindo a rápida resposta para alcançar pele quase completamente sem lesões e nenhuma ou pouca coceira. Para os dois primeiros desfechos, o estudo mostrou que uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com upadacitinibe:
• Atingiu EASI90 na semana 16 [(40.8% vs 22.5%, p<0.0001)]1;
• Atingiu WP-NRS 0/1 na semana 16 [(30.2% vs 15.5%, p

<0.0001)] 1, a.>A AbbVie pretende apresentar os resultados do estudo LEVEL UP em um congresso médico futuramente.

O estudo LEVEL UP é o primeiro ensaio de comparação direta de dermatite atópica que avalia o uso de upadacitinibe (em dose inicial de 15 mg diários) versus o dupilumabe (em sua dose recomendada em bula). O upadacitinibe foi iniciado em adultos e adolescentes (≥12 anos de idade, com peso mínimo de 40 kg) com 15 mg uma vez ao dia e aumentado para 30 mg com base na resposta clínica. O dupilumabe foi iniciado com 600 mg, seguido de 300 mg a cada duas semanas em adultos e adolescentes com peso ≥60 kg. Adolescentes com peso inferior a 60 kg receberam uma dose inicial de 400 mg, seguida de 200 mg a cada 2 semanas.

"Apesar de tomarem medidas para controlar a doença, muitos pacientes ainda não estão alcançando um bom controle da dermatite atópica", disse Jonathan Silverberg, médico Ph.D., mestre em saúde pública, professor de dermatologia e diretor de pesquisa clínica da Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington. "Os resultados do estudo LEVEL UP destacam que opções de tratamento como o upadacitinibe podem alcançar metas de tratamento elevadas no tratamento da dermatite atópica com desfechos combinados de EASI 90 e NRS 0/1, não apenas a resolução da coceira ou a diminuição de lesões isoladamente."

O perfil de segurança observado para o upadacitinibe no estudo LEVEL UP foi consistente com o observado em estudos clínicos anteriores1,2, sem identificação de novos sinais de segurança durante o período da pesquisa.1 Na primeira fase, os eventos adversos mais comuns relatados foram nasofaringite para ambos os grupos de upadacitinibe e dupilumabe1. A taxa de eventos adversos sérios (0,9%) foi a mesma para ambos os grupos dos dois medicamentos. Foi relatada uma infecção séria no grupo de dupilumabe e nenhuma no grupo de upadacitinibe1. Não foram relatadas malignidades, eventos cardíacos adversos maiores adjudicados, eventos
tromboembólicos venosos adjudicados ou mortes emergentes do tratamento em ambos os grupos de tratamento.1
[a] Essa medida foi avaliada entre os pacientes com um WP-NRS basal >1.



Sobre dermatite atópica

A dermatite atópica é uma condição inflamatória crônica e recorrente caracterizada por ciclos de coceiras intensa, o que pode levar a uma pele rachada, escamosa e com secreção3,4. A doença afeta até aproximadamente 10% dos adultos e 24,6% dos adolescentes4,5,6. Entre 20% e 46% dos adultos com dermatite atópica apresentam doença moderada a grave7. A variedade de sintomas tem um impacto significativo na vida física, psicológica e econômica dos indivíduos afetados pela doença4,8.



Sobre o estudo LEVEL UP

O LEVEL UP é um estudo de fase 3b/4, multicêntrico, randomizado, que compara a eficácia e segurança do upadacitinibe versus dupilumabe em pacientes adultos e adolescentes (≥12 anos de idade, com peso mínimo de 40 kg) com dermatite atópica moderada a grave que tiveram resposta inadequada à terapia sistêmica ou quando o uso dessas terapias não era recomendável.

O estudo compreende um período de triagem de 35 dias e dois períodos de tratamento de 16 semanas (Períodos 1 e 2).

Durante o primeiro período, os participantes foram randomicamente designados para um dos dois grupos para receber upadacitinibe 15 mg uma vez ao dia ou dupilumabe conforme sua bula. No Período 2, os participantes receberam upadacitinibe conforme critérios definidos pelo protocolo.

O desfecho primário foi a realização simultânea de uma redução de 90% ou mais no Índice de Área e Severidade da Eczema (EASI 90) e uma Escala Numérica de prior purido de 0 ou 1 (WPNRS 0/1) na Semana 16. Os principais desfechos secundários classificados incluíram a avaliação de EASI 90 na Semana 16 e a realização de um WP-NRS de 0/1 na Semana 16 entre aqueles com WP-NRS basal >1. A área média da superfície corporal afetada (BSA) entre os pacientes recrutados no estudo foi de 38%, e 42% dos pacientes tinham doença grave (vIGA-AD= 4) no início do estudo. Mais informações sobre este ensaio podem ser encontradas em no site clinicaltrials.gov (NCT05601882).



Sobre upadacitinibe

Upadacitinibe é um inibidor de JAK descoberto e desenvolvido por cientistas da AbbVie, que está sendo estudado em várias doenças inflamatórias mediadas pelo sistema imunológico. Com base em ensaios enzimáticos e celulares, upadacitinibe demonstrou maior potência inibitória para JAK-1 em comparação com JAK-2, JAK-3 e TYK-22. A relevância da inibição de enzimas JAK específicas para eficácia terapêutica e segurança não é atualmente conhecida.

No Brasil, upadacitinibe está aprovado pela Anvisa para as indicações de artrite reumatoide, artrite psoriásica, espondilite anquilosante, espondiloartrie axial não-radiográfica, retocolite ulcerativa e dermatite atópica.²

Ensaios clínicos de upadacitinibe estão em andamento em outras doenças, como alopecia areata, doença de Crohn, arterite de células gigantes, hidradenite supurativa, lúpus eritematoso sistêmico (LES), arterite de Takayasu, e vitiligo, indicações para as quais ainda não existe aprovação regulatória local.9-22

 

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Referências:
1. AbbVie. Data on File ABVRRTI78473. Disponível em: https://news.abbvie.com/2024-04-25-New-Data-Show-RINVOQ-R-upadacitinib-Demonstrated-Superiority-Versus-DUPIXENT-R-dupilumab-Across-Primary-and-All-Secondary-Endpoints-in-an-Open-Label-Head-to-Head-Atopic-Dermatitis-Study Acesso em 2 mai. 2024.
2. RINVOQ – Bula de medicamento no Brasil. Disponível em:
https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/medicamentos/arquivo/bula/parecer/eyJhbGciOiJIUzUxMiJ9.eyJqdGkiOiIyMjY2Njc1MCIsIm5iZiI6MTcxNDQwMjEyNywiZXhwIjoxNzE0NDAyNDI3fQ.dNqolADXBfJ36oOxO7ENr8fICqJKwWJas6u9otqmih4xz-
C0GqxuymH3vXAx4WFO7pILkXKdzvenxF3RjSYuAg/?Authorization=. Acesso em 2 mai. 2024.
3. Nutten S. Atopic Dermatitis: Global Epidemiology and Risk Factors. Ann Nutr Metab. 2015;66(suppl 1):8–16. doi: 10.1159/000370220.
4. Weidinger, S., et al. Atopic dermatitis. Nat Rev Dis Primers. 2018; 4 (1). doi: 10.1038/s41572-018-0001-z.
5. Simpson EL, Paller AS, Siegfried EC, et al. Efficacy and Safety of Dupilumab in Adolescents With Uncontrolled Moderate to Sev ere
Atopic Dermatitis: A Phase 3 Randomized Clinical Trial. JAMA Dermatol. 2020;156(1):44-56. doi:10.1001/jamadermatol.2019.3336
6. Blauvelt A, Guttman-Yassky E, Paller AS, et al. Long-Term Efficacy and Safety of Dupilumab in Adolescents with Moderate-to-Severe
Atopic Dermatitis: Results Through Week 52 from a Phase III Open-Label Extension Trial (LIBERTY AD PED-OLE). Am J Clin Dermatol.
2022;23(3):365-383. doi:10.1007/s40257-022-00683-2
7. Shrestha S., et al. Burden of Atopic Dermatitis in the United States: Analysis of Healthcare Claims Data in the Commercial, Medicare,
and Medi-Cal Databases. Adv Ther. 2017;34(8):1989–2006. doi: 10.1007/s12325-017-0582-z.
8. EFA. Atopic Eczema: Itching for Life Report. 2018. Available at: https://www.efanet.org/images/2018/EN_-
_Itching_for_life_Quality_of_Life_and_costs_for_people_with_severe_atopic_eczema_in_Europe_.pdf. Acesso em 28 ago. 2023.
9. A Study to Evaluate Efficacy and Safety of Upadacitinib in Adult Participants With Axial Spondyloarthritis (SELECT AXIS 2).
ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04169373. Acesso em 9 abr. 2024.
10. A Study Comparing Upadacitinib (ABT-494) to Placebo and to Adalimumab in Adults with Rheumatoid Arthritis Who Are on a Stable
Dose of Methotrexate and Who Have an Inadequate Response to Methotrexate (SELECT-COMPARE). ClinicalTrials.gov. Available at:
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02629159. Acesso em 9 abr. 2024.
11. A Study to Evaluate the Safety and Efficacy of ABT-494 for Induction and Maintenance Therapy in Subjects With Moderately to Severely
Active Ulcerative Colitis. ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02819635. Acesso em 9 abr. 2024.
12. A Multicenter, Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Study of ABT-494 for the Induction of Symptomatic and Endoscopic
Remission in Subjects With Moderately to Severely Active Crohn's Disease Who Have Inadequately Responded to or Are Intolerant to
Immunomodulators or Anti-TNF Therapy. ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02365649. Acesso em 9 abr.
2024.
13. A Study Comparing Upadacitinib (ABT-494) to Placebo and to Adalimumab in Participants With Psoriatic Arthritis Who Have an
Inadequate Response to at Least One Non-Biologic Disease Modifying Anti-Rheumatic Drug (SELECT - PsA 1). ClinicalTrials.gov. Available
at: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03104400. Acesso em 9 abr. 2024.
14. Evaluation of Upadacitinib in Adolescent and Adult Patients With Moderate to Severe Atopic Dermatitis (Eczema) (Measure Up 1).
ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/study/NCT03569293. Acesso em 9 abr. 2024.
15. A Study to Evaluate Upadacitinib in Adolescents and Adults With Moderate to Severe Atopic Dermatitis (Measure Up 2).
ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/study/NCT03607422. Acesso em 9 abr. 2024.
16. A Study to Evaluate Upadacitinib in Combination With Topical Corticosteroids in Adolescent and Adult Participants With Moderate to
Severe Atopic Dermatitis (AD Up). ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/study/NCT03568318.Acesso em 9 abr. 2024.
17. A Study to Evaluate the Safety and Efficacy of Upadacitinib in Participants with Giant Cell Arteritis (SELECT-GCA). ClinicalTrials.gov.
Available at: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT03725202. Acesso em 9 abr. 2024.
18. A Study to Evaluate the Efficacy and Safety of Upadacitinib in Participants with Takaysu Arteritis (TAK) (SELECT-TAK). ClinicalTrials.gov.
Available at: https://clinicaltrials.gov/study/NCT04161898. Acesso em 9 abr. 2024.
19. Program to Assess Adverse Events and Change in Disease Activity of Oral Upadacitinib in Adult Participants With Moderate to Severe
Systemic Lupus Erythematosus (SELECT-SLE). ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/study/NCT05843643. Acesso em 9
abr. 2024.
20. A Study to Assess Change in Disease Activity and Adverse Events of Oral Upadacitinib in Adult and Adolescent Participants With
Moderate to Severe Hidradenitis Suppurativa Who Have Failed Anti-TNF Therapy (Step-Up HS). ClinicalTrials.gov. Available at:
https://clinicaltrials.gov/study/NCT05889182. Acesso em 9 abr. 2024.
21. A Study To Assess Adverse Events and Effectiveness of Upadacitinib Oral Tablets in Adult and Adolescent Participants With Vitiligo
(Viti-Up). ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/study/NCT06118411. Acesso em 9 abr. 2024.
22. A Study to Evaluate the Safety and Effectiveness of Upadacitinib Tablets in Adult and Adolescent Participants With Severe Alopecia
Areata (Up-AA). ClinicalTrials.gov. Available at: https://clinicaltrials.gov/study/NCT06012240. Acesso em 9 abr. 2024.


10 razões para considerar a cirurgia bariátrica antes de usar medicamentos da moda para perda de peso

 Um em cada quatro brasileiros, totalizando mais de 41 milhões, possui obesidade, segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde

 

A obesidade é um desafio de saúde pública crescente em todo o mundo, levando a uma busca incansável por soluções eficazes. Enquanto medicamentos para perda de peso, como o famoso Ozempic, têm sido vistos como uma solução conveniente para os pacientes, especialistas como o médico e coordenador do setor de cirurgias bariátricas do Hospital Angelina Caron, Pedro Henrique Caron, apontam para a cirurgia bariátrica como uma alternativa potencialmente mais adequada para emagrecimento sem reganho de peso, no longo prazo.  

"Nos últimos anos, a cirurgia bariátrica sofreu avanços significativos, especialmente com a adoção de técnicas minimamente invasivas. Essas inovações melhoraram a segurança e a eficácia do procedimento e reduziram o tempo de recuperação, diminuindo significativamente o desconforto pós-operatório. Além disso, os avanços tecnológicos permitiram um aprimoramento no monitoramento e na precisão durante a cirurgia, resultando em melhores resultados a longo prazo para os pacientes", explica. 

O especialista comenta que técnicas como a videolaparoscopia oferecem incisões pequenas, o que se traduz em menor risco de infecção e complicações. “A visão ampliada e detalhada que o cirurgião obtém através da laparoscopia permite uma intervenção mais precisa, o que é especialmente importante em pacientes obesos, em que a precisão é fundamental para evitar complicações. Com esses avanços, a cirurgia bariátrica se torna uma opção ainda mais atraente para aqueles que buscam uma solução definitiva para a obesidade e suas comorbidades." 

A recuperação mais rápida e menos dolorosa incentiva também um retorno mais ágil às atividades diárias e ao trabalho, reduzindo o impacto econômico e social da cirurgia. Além disso, as técnicas minimamente invasivas contribuem para melhores resultados estéticos, um fator importante na satisfação do paciente com o procedimento. 

"Ao ponderar as opções de tratamento para a obesidade, é vital considerar a cirurgia bariátrica não apenas como um método de perda de peso, mas como um caminho para uma vida mais saudável e plena. Com a orientação adequada de profissionais de saúde e uma compreensão clara dos benefícios e desafios, os pacientes podem tomar decisões informadas que melhor atendam às suas necessidades e objetivos de saúde", diz. 

O especialista apresenta dez razões pelas quais a cirurgia bariátrica pode ser a escolha certa antes de se considerar o uso de medicamentos para perda de peso. 

1. Eficácia a longo prazo: A cirurgia oferece resultados duradouros na perda de peso e no controle de comorbidades associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono.

2. Melhora das comorbidades: Muitos pacientes experimentam a remissão completa ou a melhora significativa de condições relacionadas à obesidade.

3. Menor dependência de medicamentos: Após a cirurgia, muitos pacientes conseguem reduzir ou eliminar a necessidade de medicamentos para condições como diabetes e hipertensão.

4. Qualidade de vida: Melhorias significativas na qualidade de vida, com aumento da mobilidade e do bem-estar emocional.

5. Procedimentos minimamente invasivos: Técnicas como a laparoscopia reduzem o tempo de recuperação e os riscos associados à cirurgia.

6. Suporte multidisciplinar: Acompanhamento por uma equipe multidisciplinar oferece suporte nutricional, psicológico e físico.

7. Prevenção de doenças futuras: Reduz o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, certos tipos de câncer e outras condições graves.

8. Controle de fome e satisfação alimentar: Alterações hormonais pós-cirúrgicas podem reduzir a sensação de fome e aumentar a sensação de saciedade.

9. Custo-benefício: A longo prazo, pode ser mais econômico devido à redução de despesas com tratamentos para comorbidades.

10. Opção para casos severos: Indicado para pessoas com IMC 40 ou maior, ou com IMC 35 e comorbidades, oferecendo uma solução quando outras opções falharam.

 

Hospital Angelina Caron


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