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quarta-feira, 10 de abril de 2024

O que era ruim está prestes a piorar. Prepare-se para um impacto ainda maior sobre heranças e doações

A Reforma Tributária está trazendo mudanças significativas, como amplamente divulgado e debatido. Porém, um tema em particular afetará diretamente os contribuintes pessoa física: o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).


Progressividade do ITCMD

Atualmente, o ITCMD é composto por alíquotas até o limite de 8%, em sua maioria fixas, estabelecidas autonomamente por cada estado brasileiro, como é o caso de São Paulo (4%) e Minas Gerais (5%).

Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 132/2023, a Constituição Federal passou a prever a progressividade das alíquotas do ITCMD (artigo 155, parágrafo 1º, inciso VI da CF/88) cuja adoção será obrigatória pelos estados da federação.

Essa nova legislação busca redistribuir a carga tributária, estabelecendo alíquotas que aumentam de acordo com o valor dos bens ou direitos transmitidos, até o limite máximo previsto. Na prática significa dizer que quanto maior o patrimônio, maior a tributação, afetando especialmente as famílias com patrimônios mais significativos.


ITCMD no Estado de São Paulo

Alguns estados já estão se movimentando para adequar suas legislações à nova regra da Reforma Tributária. É o caso do Estado de São Paulo, que apresentou Projeto de Lei no. 07/2024 à Assembleia Legislativa (ALESP), propondo um regime de alíquotas progressivas para o ITCMD que varia de 2% a 8%.

Os parlamentares justificam o aumento progressivo argumentando que o sistema atual beneficia os mais ricos em detrimento dos menos favorecidos.  No entanto, essa justificativa parece ser mais política do que social, já que, na prática, o objetivo é o aumento da arrecadação.

É de se ressaltar que inúmeros imóveis atualmente se encontram em situação irregular e muitos inventários judicializados não são concluídos, devido à incapacidade dos contribuintes de pagar o ITCMD.

Muitas vezes, para pagar o tributo, é necessário vender parte dos bens, o que significa que os herdeiros precisam renunciar ao patrimônio acumulado pela família ao longo de décadas, enfrentando alíquotas já pesadas, adicionais aos impostos sobre outros aspectos da vida.


Uma Reflexão Crítica sobre a Progressividade e Justiça Fiscal

A introdução da progressividade nas alíquotas do ITCMD, conforme proposta, abre um importante debate sobre justiça fiscal e efetividade tributária.

Se, de fato, a intenção do legislador é proteger os menos favorecidos e assegurar que a tributação seja equitativa, então, uma abordagem diferenciada se faria necessária. Uma estrutura de alíquotas que inicie com faixas de isenção ou alíquotas minimizadas para bens de menor valor poderia representar uma solução mais justa, considerando a realidade socioeconômica dos beneficiários.

Adicionalmente, a consideração do duplo critério - valor do bem versus renda do beneficiário - poderia mitigar os impactos sobre aqueles que, embora herdem bens de valor considerável, não possuem a liquidez necessária para arcar com uma tributação elevada, sem comprometer sua subsistência.

Essa discussão se aprofunda quando observamos o perfil diversificado dos contribuintes afetados pela reforma. Enquanto algumas famílias enfrentam dilemas sobre a manutenção de seu patrimônio, empresários e empreendedores, já significativamente onerados pelo sistema tributário brasileiro, se veem diante de mais um desafio.

Esse cenário não apenas questiona a equidade das medidas propostas, mas também sinaliza para os efeitos potencialmente desincentivadores sobre a geração de riqueza e investimento no país.


Janela de Oportunidades

Muito se tem falado sobre uma "janela de oportunidades", considerando que o projeto de lei só entrará em vigor em 2025.

Primeiramente é importante destacar que, embora possa ter sugestão de alteração da redação original e debates, o mais provável é que a proposta seja aprovada como está, já que representa grande vantagem aos cofres públicos.

Diante desse iminente aumento tributário, é legítimo buscar formas de economia. No entanto, dada a magnitude do impacto financeiro que isso pode acarretar nos projetos patrimoniais e sucessórios, além da mudança de forma na gestão do patrimônio é imprescindível agir com cautela, realizar análises minuciosas e considerar todas as possibilidades disponíveis.

É fundamental entender que cada família é única, e não há uma fórmula que atenda igualmente a todos. É necessário encontrar soluções que não apenas visam a economia tributária, mas também levam em consideração os interesses e objetivos de cada família detentora de patrimônio.

 


 

Andreia Alves - advogada especializada em Direito Societário há 25 anos e sócia fundadora da Martinho & Alves Advogados


Celular para idosos: 5 dicas para proteger-se de golpes e fraudes


À medida que a tecnologia avança, os smartphones se tornam parte integrante da vida cotidiana. No entanto, para os idosos, o uso desses dispositivos pode apresentar desafios, especialmente com relação à segurança. 

 

Michelle Menhem, especialista em tecnologia, separou dicas valiosas para proteger os mais velhos de golpes virtuais. Confira:

 

1. Escolha o smartphone adequado


A escolha do smartphone certo é o primeiro passo para garantir a segurança dos idosos. De acordo com a especialista, o mais importante na hora da escolha do aparelho correto é observar a real necessidade de cada um deles e do uso do aparelho. “Opte por aparelhos com telas e botões maiores, facilitando a visualização e digitação. Alguns preferem dispositivos mais simples, sem acesso à internet, priorizando a segurança. Além disso, certifique-se de que o telefone tenha uma boa memória de armazenamento e uma câmera eficiente para capturar momentos especiais, já que para isso não existe limite de idade”.

 

2. Oriente os idosos a reconhecer e lidar com chamadas e mensagens


Uma das maiores preocupações é cair em golpes por meio de chamadas e mensagens. Michelle relata que é importante ensinar os idosos a atender apenas chamadas de números conhecidos e a verificar a origem das mensagens antes de responder. Em caso de emergência, oriente-os a confirmar as informações com algum responsável ou fonte segura. “É muito importante orientar com antecedência, pois na maioria das situações os golpistas se aproveitam da inocência e desconhecimento das informações dos mais velhos”, ressalta.

 

3. Instale os aplicativos essenciais  


A instalação de aplicativos como e-mail, WhatsApp e Facebook pode ser complicada para os idosos. Recomenda-se que um responsável pelo idoso faça essa instalação e registre senhas e chaves de segurança. Muitas lojas de aplicativos permitem o cadastramento de um segundo responsável, o que pode ser útil em caso de necessidade.

 

4. Tenha cuidado ao baixar aplicativos


Ao fazer o download de aplicativos, é fundamental evitar vírus. Incentive os idosos a buscar aplicativos apenas em fontes confiáveis e a manter um antivírus ativado. Verificar a extensão de documentos antes de abri-los, procurar por avaliações na internet e garantir que os sites possuem certificado de criptografia são passos importantes para manter a segurança online. É imprescindível que tudo seja feito sob supervisão de um responsável.

 

5. Proteja os dados em caso de perda ou roubo

 

Em situações de perda ou roubo do smartphone, ações rápidas são necessárias. Use aplicativos de localização para tentar encontrar o dispositivo e remova remotamente dados pessoais assim que ele estiver online. Informe a operadora para bloquear o número e desativar o chip, e registre um boletim de ocorrência na polícia local.


Além disso, é fundamental que os idosos estejam cientes das dicas gerais de segurança online. Como mencionado anteriormente, eles devem permanecer vigilantes em relação a solicitações e mensagens suspeitas, compartilhando essas situações com um responsável. “A informação é uma das melhores defesas contra golpes e fraudes online”, conclui Michelle.


Garantir a segurança digital dos idosos é uma responsabilidade compartilhada entre eles e seus familiares. Com o conhecimento correto e medidas de precaução adequadas, é possível desfrutar dos benefícios da tecnologia de forma segura e tranquila. 

 



Fonte:
Michelle Menhem - Especialista em tecnologias. CEO Grupo Skytech
@solutionsskytech
@skymachinesolucoes
@techchannelcapacitacao
@michellemenhemm


5 Inovações para os empreendedores brasileiros em 2024


O número de abertura de empresas no Brasil encontra-se em plena ascensão e as novas tendências prometem transformar a gestão financeira de empresas e indivíduos. Com relação às tendências emergentes, trazemos ênfase ao segmento da contabilidade online, que está pronto para revolucionar a maneira como os empreendedores brasileiros gerenciam suas finanças.


Em 2023, um dos principais desafios para o setor foi o crescimento do volume de dados administrados, que subiu 63% ao mês, conforme indica um estudo desenvolvido pelo Futuro das Finanças, da EY, e, além disso, 66% dos profissionais acreditam que a incapacidade de lidar com esse aumento pode prejudicar o futuro da função.


Mas, para 2024, teremos mudanças e um cenário favorável. A contabilidade online será promissora, garantindo maior automatização dos processos e com inclusão de tecnologias modernas, com o uso da Inteligência Artificial, Big Data, Blockchain, Computação em Nuvem, Análise de Dados, Automatização, Robótica, Trabalho Remoto e Economia Digital.


Agora, com esses avanços significativos em tecnologia e serviços personalizados, destacamos as 5 principais inovações, que prometem oferecer não apenas eficiência e conveniência, mas também uma série de benefícios práticos para indivíduos e empresas de todos os tamanhos no Brasil. São elas:


1. Aplicativos mais eficientes: A evolução dos aplicativos de contabilidade significa que agora eles são capazes de realizar tarefas complexas com mais rapidez e precisão. Isso representa uma economia de tempo significativa, permitindo que empresários e indivíduos concentrem seus esforços no crescimento dos seus negócios e na realização de seus objetivos pessoais.

 

2. Tecnologia chega às grandes empresas: Com a capacidade de atender nichos de mercado mais específicos, a contabilidade online mostra sua adaptabilidade e robustez, evidenciando que pode atender às necessidades de diferentes tipos de negócios, desde pequenas empresas até grandes corporações, o que particularmente era uma faixa de mercado não afeito à contabilidade online anteriormente.

 

3. Integração com Inteligência Artificial: A incorporação da inteligência artificial, incluindo plataformas avançadas como o ChatGPT-4, está otimizando o setor de contabilidade. Esta tecnologia oferece respostas rápidas e precisas para consultas complexas, aumentando a eficiência e a precisão no manuseio de dados financeiros.

 

4. Para além da Contabilidade: A expansão dos serviços de contabilidade online para incluir uma variedade de produtos e serviços adicionais, como planos de saúde e sistemas de emissão de notas fiscais, evidencia seu papel central na gestão empresarial moderna.

 

5. Automação pró Humanização: Com a automação de tarefas rotineiras, os contadores podem agora dedicar mais tempo a fornecer um atendimento personalizado aos seus clientes. Isso não apenas melhora a qualidade do serviço, mas também ajuda a desenvolver soluções mais personalizadas e eficazes.

 

Essas tendências indicam um futuro promissor para a contabilidade online no Brasil, onde a tecnologia e a personalização se unem para oferecer soluções mais completas e adaptadas às necessidades dos empreendedores brasileiros. 

Bons empreendedores estão sempre atentos às tendências e dispostos a se adaptar às mudanças do cenário empresarial. A inovação é fundamental para o sucesso a longo prazo e para aproveitar as oportunidades que surgem em um ambiente empresarial em constante evolução.

 

Rafael Caribé - CEO da Agilize Contabilidade Online.

 

É possível imigrar para o Canadá com mais de 40 anos?

Divulgação

O especialista em imigração Daniel Braun explica como essa faixa etária de profissionais pode trabalhar no país


Muitas pessoas se preocupam com a idade na hora de imigrar para outro país. De acordo com Daniel Braun, especialista em imigração canadense e fundador da Meegra, plataforma que descomplica o processo de imigração, é possível sim imigrar com mais de 40 anos ou até mesmo com mais de 50. “As pessoas se preocupam com a idade na imigração. Muitos me dizem, ‘mas eu já tenho mais de 40 anos, será que eu tenho chance de imigrar com mais de 40?’. E a resposta pra essa pergunta é sim! Você que tem mais de 50 também. Por que isso? Porque quanto mais experiência você tem, mais preparado você está para algumas vagas. Então você pode utilizar essas experiências para poder chegar legalmente no Canadá. A experiência profissional é tão importante ou até mais importante do que o próprio idioma para imigrar no Canadá. Digo isso porque em algumas províncias, o inglês nível básico já é o suficiente para a imigração”, garante Braun. 

O Canadá tem um mercado de trabalho diversificado e em constante expansão com oportunidades para diversas áreas de atuação. “O país valoriza a diversidade e a inclusão, reconhecendo a contribuição de imigrantes para o desenvolvimento econômico e cultural do país. Se você tem formação superior e ganha por volta de 5 mil reais no Brasil, mas sem perspectivas de carreira, no Canadá, a sua profissão é altamente remunerada e reconhecida”, destaca Daniel Braun. 

Segundo o especialista, todo brasileiro que tem pelo menos uma formação pode morar e trabalhar por lá. “O salário médio no Canadá é muito alto para profissionais capacitados. Eu quero ajudar quem deseja morar no país seja sozinho ou com a família toda a conquistar uma vida por lá. É por isso que entre os dias 23 e 28 de abril, às 20 horas eu irei realizar a Jornada More & Trabalhe no Canadá, onde eu vou ensinar o passo a passo para morar e trabalhar com qualidade de vida no Canadá, independentemente da sua idade e do inglês que você fala hoje”, finaliza.  



Daniel Braun
https://www.instagram.com/danielmbraun/
https://bit.ly/3PU4SGE


Construindo uma cultura corporativa inclusiva para a saúde mental feminina

 

No dinâmico mundo empresarial contemporâneo, a crescente conscientização sobre a saúde mental no ambiente de trabalho destaca-se como uma necessidade premente. No entanto, ao direcionarmos nosso olhar para as experiências específicas das mulheres, complexidades adicionais se revelam. Ainda em 2024, enfrentamos a falta de consciência das narrativas subjacentes, dos preconceitos e vieses que formam parte e perpetuam o paradigma atual. Problemas financeiros, jornada de trabalho excessiva, pressão estética, responsabilidades desproporcionais nas esferas domésticas, cuidado de filhos e pais idosos, pressões hormonais geralmente silenciadas ou ignoradas são algumas das causas de adoecimento mental das brasileiras hoje. 

A jornada das mulheres exige resiliência diária. Segundo pesquisa divulgada em outubro de 2023 pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), o 65% do trabalho de cuidado, não pago, em média para todo país é realizado por mulheres. 

A discriminacao de gênero se manifesta na falta de oportunidades, nas barreiras para o avanço e desenvolvimento, o desgaste emocional em ambientes de insegurança psicológica, a diferença salarial persistente, obstáculos como a síndrome do "piso pegajoso" – um discriminatório que mantém os trabalhadores nos níveis mais baixos da escala de empregos, com baixa mobilidade e barreiras invisíveis para o avanço na carreira, além de outros desafios que permeiam esse cenário. 

A chave para abordar efetivamente a saúde mental feminina reside na construção de lideranças verdadeiramente esclarecidas. Não basta oferecer benefícios ou políticas inclusivas, é necessária a modelagem genuína de comportamentos desde o topo da hierarquia. Os gestores, homens e mulheres, devem compreender as fases da vida das mulheres, promovendo uma cultura que respeite e celebre a diversidade de experiências. Deve ser parte da conversa. E tudo isso sob o guarda-chuva da segurança psicológica, ou seja, da criação e sustentação de um ambiente onde as pessoas conseguem ser elas mesmas sem medo de serem castigadas ou ridicularizadas por isso. 

Já é hora de avançar da conscientização para a ação, criar esses espaços seguros onde compartilhar vulnerabilidades. Tomar ação requer uma firme intencionalidade por parte das mulheres e uma profunda conscientização por parte de toda a sociedade, homens e mulheres. 

Segundo a pesquisa “Esgotadas” da ONG Think Olga, 45% das mulheres lidam com depressão e ansiedade e outros transtornos mentais, como, devido à sobrecarga de trabalho, contribuindo assim para o aumento dos níveis de estresse e burnout. Nesse sentido, a educação sobre saúde mental e o fácil acesso a recursos, são medidas que não podem continuar desatendidas se queremos maximizar as contribuições dos colaboradores nas empresas. Não há sociedade que se beneficia quando as mulheres não conseguem se desenvolver e contribuir. 

Enquanto avançamos, é crucial aprender com as armadilhas do passado. Treinamentos engessados e obrigatórios, foco excessivo em cotas sem atenção à cultura organizacional e práticas que ignoram a diversidade de experiências podem minar os esforços de inclusão. Sendo assim, o compromisso contínuo da liderança, métricas claras e uma abordagem diferenciada e orgânica são cruciais para driblá-las. 

Em conclusão, as mulheres não estão apenas no mercado de trabalho, elas moldam e sustentam o próprio tecido do ambiente corporativo. Ao reconhecer a responsabilidade compartilhada, podemos construir um futuro onde a saúde mental feminina não seja apenas uma pauta, mas uma realidade. A cultura de uma empresa que quer ser saudável e ao mesmo tempo lucrativa só pode se construir e sustentar com a contribuição de todos. Quando as mulheres sofrem de problemas de saúde mental no lugar de trabalho, não conseguem contribuir e co-criar essa cultura, acaba sendo mais pobre para todos. 

É hora de alavancar e acelerar os aprendizados para chegar em uma inclusão efetiva e real, não somente no discurso. Criar ambientes que apoiam e sustentam as mulheres junto com uma mudança de mindset para que as organizações não percam de se beneficiar da riqueza e abundância que elas trazem. 



Veronica Magarinos - head da Hyper Island Habla Hispana, consultoria global especializada em jornadas de aprendizado e transformação


Álcool em excesso e violência: quem vai pagar essa conta?

 Opinião

 

O hábito de consumir bebida alcoólica é muito antigo! Segundo artigo do National Geographic, foram encontrados resíduos de vinho de arroz num jarro chinês de 9.000 anos. E tão antigo quanto o seu consumo é a busca por um equilíbrio. Já alertava o poeta grego Eubulus, no século IV, que a primeira taça de vinho é saúde, a segunda prazer, a terceira sono e, quando esta taça é servida, as pessoas sensatas vão para casa, pois a quarta taça pertence à violência.  É fato que o uso do álcool em excesso se relaciona com uma série de problemas sociais, como acidentes automobilísticos, dependência química, desemprego e violência – principalmente contra a mulher. Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde, o uso do álcool é um fator de risco associado à violência sexual e violência doméstica. Inúmeros dados e pesquisas comprovam isso. Por exemplo, um artigo publicado na Revista Médica de Minas Gerais, afirma que 50% dos casos de violência sexual estão relacionados ao consumo de álcool pelo agressor, pela vítima ou por ambos. No caso do agressor, o álcool pode atuar levando a pensamentos violentos, diminuindo a inibição e justificando o comportamento para homens que, na verdade, já são violentos. Inclusive, esse assunto veio à tona recentemente porque o jogador Daniel Alves usou, como forma de atenuante, o fato de estar sob o efeito de bebida alcoólica para cometer o crime de estupro na Espanha. Uma dose de bebida alcoólica é definida como, aproximadamente, 14g de álcool, quantidade presente em uma latinha de cerveja; garrafa long neck; taça pequena de vinho;  garrafa de ‘ice’; ou uma dose de cachaça (ou outros destilados). Para fins de comparação com levantamentos internacionais (National Survey on Drug Use and Health),m “binge drinking”, como o beber episódico pesado, definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), aponta para "uso de seis ou mais doses de álcool em uma única ocasião ao menos uma vez por mês" (WHO, 2014). Trata-se de um padrão de consumo, que provoca intoxicação. É associado à violência, acidentes, comportamento sexual de risco, doenças crônicas e dependência de álcool, entre outros problemas agudos e crônicos. Por isso, é considerado um problema de saúde pública, passível de prevenção, por diferentes organizações, como a OMS e o Center for Disease Control and Prevention (CDC). Para se ter ideia, um estudo da FIOCRUZ (2022) apontou que prevalência do consumo em binge é de 16,5%, correspondendo a aproximadamente 25 milhões de habitantes. É importante ressaltar que a prevalência de binge drinking foi estimada para a população geral. Caso se considere, como denominador, apenas os indivíduos que fizeram uso de álcool nos últimos 12 meses, a prevalência de binge drinking seria de 38,4. Mediante tantos malefícios causados pelo consumo excessivo de álcool, devemos nos perguntar se “essa conta” deve ser paga apenas pelo consumidor (que paga pelos impostos adicionados ao preço de bebidas alcóolicas) e assume responsabilidade pelos atos; pela sociedade, que arca com os danos atrelados ao consumo exagerado de álcool e consequente aumento dos níveis de violência, custos elevados no setor de saúde pública, acidentes de trânsito, doenças provocadas pelo consumo de álcool (cirrose hepática, câncer no fígado),dentre outros. E quanto às empresas de bebidas alcóolicas? Será que elas têm corresponsabilidade nessa "conta"? Sabe-se que esse setor gasta bilhões em propaganda, justamente para “estimular” o consumo, e tal objetivo é alcançado com sucesso. A força do marketing pode ser comprovada analisando outra indústria: a do tabaco. Após a proibição de propaganda de cigarros no ano 2000, o número de fumantes caiu em mais de 30% nos anos seguintes. Ou seja, chega a ser um contrassenso gastar bilhões com propaganda incentivando o consumo e colocar no final das peças publicitárias, em letras miúdas, um “consuma com moderação”, “se beber, não dirija’’.

Quando o assunto é ESG, todas as empresas Materialidade, ou seja, todas geram impactos tanto positivos, quanto negativos. E isso vale para todas as operações de um negócio. No caso das indústrias de bebidas alcóolicas, os problemas ocasionados pelo consumo excessivo e estimulado pelas indústrias de bebidas alcóolicas consistem em Materialidade das empresas. E por este motivo, as empresas deste setor deveriam se ocupar de estratégias, programas e projetos focados diretamente aos efeitos dos que têmparcela de participação. Não se trata de "cancelar" os momentos de alegria em que as bebidas estão inseridas, mas de assumir uma  parcela de corresponsabilidade nos efeitos devastadores do consumo elevado.  Dessa maneira, quando empresas de bebidas alcóolicas traçam estratégias para expansão nas vendas a partir de estímulo e elevação de consumo ou quando se dizem alinhadas ao ESG, deverão também assumir compromissos concretos de prevenção, mitigação e compensação de danos. Os quais já sabemos que são incalculáveis para muitas vítimas de acidentes fatais, vítimas da violência doméstica, vítimas de estupros, bem como pessoas que desenvolveram vício para o álcool. As empresas sempre alegam que fazem sua parte e que têm projetos sociais voltados para diferentes públicos. Ocorre que os valores são insignificantes frente às graves consequências causadas por decisões estratégicas relacionadas à expansão e intensificação dos mercados. Só para dar uma ideia, segundo dados da ISE3 (Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores B3) no exercício de 2021-2022, um grande grupo cervejeiro informou que destinou menos de 0,5% de sua receita operacional bruta em Investimento Social Privado. Pode-se dizer que é dinheiro de “troco”, se comparados aos gastos com propaganda e ao faturamento de empresas com a comercialização desmedida de bebidas alcóolicas. Pesquisas confirmam ainda que o consumo de bebidas alcóolicas é a porta de entrada para as demais drogas.  Enfim, passou da hora do setor de bebidas alcoólicas realmente fazer um “mea culpa” e efetivamente realizar algo a respeito. Não basta só empurrar a responsabilidade para o consumidor e fazer marketing em torno de projetos sociais assistencialistas, que passam longe dos principais problemas relacionados ao consumo excessivo de bebidas. Será preciso prevenir, mitigar e compensar, considerando a proporcionalidade de responsabilidades. Não será tão simples como rachar a conta no bar. Trata-se de um exercício que a sociedade, governos e empresas deverão fazer de maneira bastante sóbria.

 


Shirlei Camargo - doutora em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua como Brand Manager da Plataforma Nobis.

Claudia Coser - doutora e mestre em Administração na área de Estratégia e Organizações e fundadora da Plataforma Nobis.


Plataforma Nobis
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Embrapa Agroindústria Tropical leva novas formulações à Anuga Select Brazil 2024

 

Seis novos produtos desenvolvidos a partir de matérias-primas tropicais serão apresentados pela Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza - CE) na Anuga Select Brazil 2024 – feira de alimentos e bebidas realizada de 9 a 11 de abril de 2024, no Distrito Anhembi, em São Paulo. A partir de babaçu, pitaya, algas marinhas e caju, foram desenvolvidas as novas formulações de bebida vegetal, análogo de queijo, barrinha de proteína, “colouring food” (alimento que confere cor) e itens prontos congelados como quibe e vatapá.

 

Os produtos valorizam ingredientes produzidos no Brasil, levando em conta tendências de consumo e o aproveitamento integral das matérias-primas, o que repercute em maior agregação de valor e em redução de impactos ambientais. 

A Anuga Select Brazil é organizada pela Koelnmesse Brasil em parceria com duas unidades da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a FGV Europe e a GV Agro, dedicada a atividades relacionadas ao agronegócio e à indústria alimentícia e de bebidas. O evento acontece de 9 a 11 de abril de 2024, no Distrito Anhembi, em São Paulo.

 

Conheça os novos ativos:  

 

Bebida vegetal de amêndoa de babaçu


Alternativa a derivados de leite para quem não pode ou não deseja consumir lácteos tradicionais, a bebida é obtida a partir da trituração do babaçu em água. O produto apresentou bom desempenho em testes de análise sensorial. Outro detalhe importante é o rendimento: três litros por kg de amêndoa, o que é considerado bom para a indústria. O ativo representa nova opção de geração de renda para as organizações comunitárias de quebradeiras de coco do Maranhão.

 

Concentrado vermelho-violeta de pitaya


 Um concentrado vermelho-violeta intenso, natural, obtido com tecnologia limpa, e que faz bem à saúde. Desenvolvido a partir da pitaya, da variedade Hylocereus polyrhizus (casca e polpa vermelhas), o produto está pronto para elevação de escala tecnológica junto a empresas interessadas em sua produção como alternativa promissora para o mercado de corantes. Dependendo da concentração, confere diferentes nuances de vermelho, violeta e rosa e pode ser utilizado nas indústrias alimentícia, cosmética e de fármacos, entre outras.

 

  Análogo a queijo cremoso simbiótico de amêndoas de castanha de caju


 O análogo a queijo cremoso simbiótico à base de amêndoas de castanha de caju pode substituir o queijo tradicional para quem tem restrição alimentar ou não deseja consumir lácteos tradicionais. Produzido a partir de amêndoas quebradas, que apresentam menor valor de mercado, o produto é enriquecido com prebiótico (FOS comercial) e probiótico (Bifidobacterium animalis subsp. lactis), o que o caracteriza como produto funcional. Em testes de análise sensorial, apresentou boa aceitação global e intenção de compra.

 

 Barra proteica de amêndoa de castanha de caju e yacon


 A barra proteica apresenta 24% de proteína e é elaborada a partir da torta parcialmente desengordurada da amêndoa de castanha de caju, co-produto do processamento para a extração do óleo. Alternativa a barras proteicas disponíveis no mercado, o produto clean-label utiliza poucos ingredientes em sua formulação. É elaborado com proteína de amêndoa de castanha de caju adicionada de oligossacarídeos prebióticos (FOS) provenientes do yacon. Em testes de análise sensorial, apresentou boa aceitação global.

 

Vatapá a base de fibra de caju


 O alimento industrial vegetal é formulado com a fibra de pedúnculo de caju e outros ingredientes, com estabilidade avaliada até 80 dias sob congelamento (-18 °C), podendo acompanhar outros alimentos da refeição. O ativo atende à demanda de empresas interessadas em produzir alimentos para o público vegano, vegetariano ou interessado em diminuir consumo de alimentos de origem animal. É apresentado congelado em pacotes plásticos de polietileno, pronto para consumo diretamente após aquecimento em micro-ondas ou panela. 

 

Quibe a base de fibra de caju e proteína de alga

Produto plant-based formulado com a fibra de pedúnculo de caju adicionada de proteína de macroalga liofilizada, além de temperos utilizados no quibe tradicional. Pode ser consumido diretamente após assado, como petisco, acompanhado de saladas, ou seja, de forma semelhante ao quibe tradicional. Sua estabilidade foi avaliada em até 180 dias sob congelamento (-18 °C), mostrando boa aceitação do produto. A tecnologia tem indicado que pode ser adotada por empresas produtoras de alimentos plant-based, como mais um produto com proteínas alternativas. Destaca-se pela alta praticidade de preparo, por sua apresentação em embalagem pronta para ir ao forno.

 

Verônica Freire
Embrapa Agroindústria Tropical


Economia doméstica se aprende na escola?

Habilidades práticas são foco da oficina Home Economics.
 Crédito: Tierra Mallorca/Unsplashed
Conceitos variam de organização pessoal, gerenciamento de tempo, finanças até nutrição e culinária


É comum ouvir comentários sobre tópicos do cotidiano que deveriam ser ensinados na escola, como finanças pessoais, culinária e nutrição, entre outros. Na verdade, a disciplina existe e se chama Home Economics, ou Economia Doméstica ou Ciências Domésticas, em tradução livre. 

Sua origem vem dos Estados Unidos, quando, no fim do século XIX, se sentiu a necessidade de preparar pessoas com habilidades de gestão, atividades domésticas, desenvolvimento e relações familiares entre outras habilidades de vida prática. 

Em Curitiba, no Colégio Marista Anjo da Guarda, toda sexta-feira à tarde, os estudantes do 6o ao 9o ano do Ensino Fundamental podem participar de oficinas de Home Economics oferecidas pela Internacionalização. O workshop faz parte do programa Open Fridays, que traz atividades totalmente em inglês de diversas áreas do conhecimento, com foco mais prático e “mão na massa”. 

Quem participa do Home Economics, de acordo com a professora Claudia Carlini, recebe informações e dicas que os ajudam a navegar pela vida de maneira independente e ter a preparação necessária para o enfrentamento das demandas do dia a dia. “A cada encontro abordamos temas variados, desde organização de despesas até preparo de refeições saudáveis, passando por higiene, hospitalidade e planejamento de eventos. Além disso, os alunos aprendem sobre a importância da comunicação eficaz e do gerenciamento de conflitos, habilidades essenciais para a vida adulta”, explica. A iniciativa foca em ampliar o conhecimento prático dos jovens e ajudá-los a se tornar mais auto suficientes no futuro.

Confira alguns conceitos essenciais de Home Economics que todos podem aplicar em casa: 

- Organização financeira pessoal

Aprender a gerenciar despesas e poupar para o futuro. Gastar menos do que se ganha e poupar uma parte para imprevistos é a base da organização financeira. A partir daí é possível ampliar possibilidades de sonhos e investimentos.

 

- Culinária saudável

Conhecer técnicas de preparo de refeições equilibradas e saborosas faz parte de Home Economics. Conhecer a base da nutrição, composição de alimentos e como ter refeições equilibradas com alimentos simples beneficia tanto a saúde como as finanças, além de poupar tempo para quem cozinha.

 

- Comunicação eficaz:

Desenvolver habilidades de expressão e escuta ativa para lidar com conflitos. Nas relações sempre haverá conflitos, pois todos temos opiniões e pontos de vista diferentes, mas saber gerenciá-los é uma habilidade importante para a vida pessoal e também profissional. Saber ouvir é tão importante quanto saber se expressar e chegar a um acordo que atenda a todos os envolvidos.

 

- Gestão do lar: Saber como manter a casa organizada e funcional. A vida adulta traz várias tarefas consigo, como gerenciamento de contas, organização da casa, limpeza e manutenção. Distribuir tarefas ao longo da semana e ter cuidados preventivos em casa pode poupar muita dor de cabeça do dono da casa. 


Combustíveis, a nova Meca dos investidores

O mercado de capitais vem usando novos instrumentos de captação de recursos para projetos de infraestrutura e composição de Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios, o FIDC. Um dos setores mais rentáveis é o de energia e combustíveis, que movimenta trilhões de dólares em todo mundo. O mercado de combustíveis no Brasil é marcado por uma série de características distintas. No Brasil, os fundos de investimento em combustíveis são uma categoria de fundos que investem em empresas do setor de energia, especificamente aquelas envolvidas na produção, refino, distribuição ou comercialização de combustíveis como gasolina, diesel, etanol, gás natural, entre outros. Esses fundos podem ser uma opção para investidores interessados em obter exposição ao segmento de energia e, mais especificamente, ao mercado de combustíveis. 

Para se ter uma ideia da amplitude deste ramo da atividade no país, o setor de óleo e gás chegou a representar 15% do PIB industrial, em 2022. Cerca de 8% provenientes do mercado de derivados de petróleo e biocombustíveis, e 7% da extração de petróleo e gás natural. 

Com o aumento do foco em questões ambientais, sociais e de governança (ESG), os investidores podem procurar fundos de investimentos em combustíveis que considerem critérios ESG em suas estratégias de investimento, como investir em empresas com práticas sustentáveis e responsáveis. E o Brasil vem destacando no mercado mundial pelo intenso debate em torno da chamada "Pauta Verde" na energia. Em especial os atores responsáveis pelos negócios no setor estão preocupados com sustentabilidade e com os impactos ambientais causados pela produção e consumo de combustíveis.  

No Brasil, existe uma multiplicação positiva de investimentos no mercado de energia renovável e de combustíveis. Um fundo em especial, o BSO - Brazil Special Opportunities, conseguiu reunir duas classes de investimentos distintas, mas altamente atraentes e complementares. O fundo tem como investimentos principais um FIDC, o ZEUS, que investe há mais de cinco anos no fomento da cadeia de combustíveis, e um FIP, o Atenas, que investe na infraestrutura logística do segmento. Entre os clientes fomentados pelo Zeus estão diversas distribuidoras de combustíveis, tradings e até uma refinaria de petróleo. Mais recentemente, com a guerra da Ucrânia e a abertura de uma arbitragem especial com derivados de petróleo importados da Rússia, Emirados Árabes Unidos e outros países, o fundo passou a financiar também algumas tradings que importam óleo diesel e gasolina. Com operações de fomento de prazos curto de, no máximo, 60 dias, retornos ao redor de 3% ao mês e inadimplência baixíssima. E com o sucesso, os investidores do BSO decidiram ampliar seu escopo de atuação e entrar no ainda mais restrito e rentável negócio de tancagem em portos. Para a missão, criaram um FIP, o Atena, que tem como investida principal a Stronghold Infra. Em seu primeiro ano de atuação, a Stronghold Infra adquiriu a Liquipar que logo no início de 2023, saiu vencedora do leilão terminal PAR50, um dos melhores complexos de tancagem do país localizado no Porto de Paranaguá. Com capacidade atual de 71 milhões de litros e conectado à um dos mais eficientes piers do país, o terminal deverá ter sua capacidade ampliada para 200 milhões de litros até o final de 2025 e com investimentos na ordem de R$ 450 milhões. Com tanto projeto rentável dentro da cadeia de combustíveis no pipeline e o capital próprio exigido pelo mercado, o chamado “skin in the game”, o grupo pretende triplicar sua carteira de investimentos nos próximos dois anos. 

Demais novos fundos também apostam em projetos que incentivam o desenvolvimento e adoção de fontes alternativas e renováveis de energia, como biocombustíveis (etanol, biodiesel), combustíveis sintéticos, hidrogênio verde, entre outros.  

O Brasil, como um dos líderes mundiais em investimentos em energia limpa, está na vanguarda de uma transformação crucial relacionada as mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade. Em 2023, o Brasil se firmou como o terceiro maior destino de investimentos em energias renováveis, demonstrando seu papel crucial na transição energética global com investimentos que superaram US$ 25 bilhões, segundo dados do relatório Energy Transition Investment Trends 2024. 

A evolução dos investimentos em combustíveis reflete uma mudança em direção a uma matriz energética mais diversificada, sustentável e eficiente. Enquanto os combustíveis fósseis ainda desempenham um papel importante, há uma crescente tendência em direção a fontes de energia mais limpas e renováveis, impulsionada por avanços tecnológicos e preocupações ambientais. E esse movimento posiciona o país como um player global no setor de energia.

 

Cleiton Santos Santana - Fundador Cotista do Grupo BSO - Brazil Special Opportunities


O segredo para o êxito no e-commerce é a personalização do atendimento

Ao segmentar os clientes com base em seus comportamentos de compra, as empresas podem criar campanhas direcionadas e oferecer ofertas relevantes para cada de cliente


O e-commerce no Brasil continua em crescimento. Neste panorama em que a competitividade reina no comércio eletrônico, a personalização é uma arma poderosa para conquistar e fidelizar clientes. As empresas precisam entender que os consumidores já não são apenas números em uma planilha, mas indivíduos com necessidades, preferências e desejos específicos.

Segundo com dados da NielsenIQ Ebit, no primeiro semestre de 2023, o Brasil contava com mais de 50 milhões de consumidores online, representando um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2022. A pesquisa "Perfil do E-Commerce Brasileiro", realizada pela BigDataCorp, revela que o número de lojas virtuais também aumentou em 17%, totalizando mais de 1,9 milhão em 2023.

A capacidade de aumentar a relevância é um dos principais benefícios da personalização no e-commerce. Ao analisar dados comportamentais e históricos de compras, de consumidores de diferentes perfis e gerações, as empresas podem oferecer recomendações de produtos que se alinham aos interesses de cada pessoa. Isso não só facilita o processo de compra, mas também demonstra que a empresa valoriza a experiência do cliente o suficiente para oferecer sugestões personalizadas.

A tecnologia desempenha um papel fundamental neste processo de personalização. Existem diversas formas proporcionar uma jornada de atendimento personalizada, a começar pela implementação de uma plataforma CX totalmente baseada em nuvem e omnichannel, que oferece ao cliente a liberdade de escolher o canal de sua preferência. Essa estratégia permite a flexibilidade de alternar entre canais durante uma mesma interação. Por exemplo, um cliente pode iniciar uma conversa por texto (chat/mídia social/e-mail) e depois migrar para uma interação por voz de forma totalmente transparente, mantendo o histórico da jornada e as preferências do cliente.

As empresas também devem impulsionar suas estratégias de personalização por meio da adoção de ferramentas de IA. Essa tecnologia possui a capacidade de compreender o contexto da interação em tempo real e, com base nas preferências do cliente, oferecer um autoatendimento inteligente, seja por meio da automação de processos ou da recomendação personalizada de produtos ou serviços.

Isso não apenas aumenta as taxas de conversão, mas também fortalece o relacionamento entre a marca e o cliente. É importante sempre ressaltar que a personalização deve ser feita com responsabilidade e transparência. Os consumidores valorizam sua privacidade e desejam ter controle sobre como seus dados são utilizados.

Em um mundo onde a concorrência é cada vez mais acirrada e as expectativas dos consumidores estão em constante evolução, oferecer experiências personalizadas que são relevantes, úteis e autênticas, as empresas podem se destacar em um mercado competitivo e conquistar a fidelidade dos clientes a longo prazo.


Thiago Siqueira - diretor de Vendas da NICE para o Cone Sul.


Prefeitura de São Paulo inicia distribuição do 1º ciclo do Programa Leve Leite

São mais de 301 mil crianças cadastradas para receber o benefício na cidade 

 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), iniciou a distribuição do 1º ciclo de 2024 do Programa Leve Leite. Atualmente são mais de 301 mil crianças cadastradas para receber o benefício, para atendê-las serão mais 1,2 milhão de quilos de leite integral e 10 mil quilos de fórmula láctea.

Para receber o benefício as famílias devem estar cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais no município de São Paulo, o CadÚnico. O programa atende crianças matriculadas na Educação Infantil da Rede Municipal de Educação.

Também são atendidas crianças com deficiência, matriculadas até o 5º ano da Educação Fundamental, também residentes do município. Para esse público a inscrição no CadÚnico não é obrigatória. No ato da matrícula os pais ou responsáveis legais devem optar pelo recebimento do benefício.

A entrega da fórmula láctea para menores de um ano é feita todos os meses na própria creche. Para os demais, o leite em pó integral é entregue em casa pelos Correios, a cada quatro meses. A distribuição do 1º ciclo está prevista para acontecer até julho. O cronograma de entregas pode ser consultado clicando aqui.

A Secretaria Municipal de Educação reforça a importância das famílias manterem os dados cadastrais atualizados, visto que a entrega é interrompida quando há algum problema no cadastro da criança beneficiada (por exemplo: exclusão da família do CadÚnico ou falta de atualização no endereço de entrega). Qualquer dúvida os familiares podem consultar a secretaria da unidade em que a criança está matriculada.


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