Seis novos produtos desenvolvidos a partir de
matérias-primas tropicais serão apresentados pela Embrapa Agroindústria
Tropical (Fortaleza - CE) na Anuga Select Brazil 2024 – feira
de alimentos e bebidas realizada de 9 a 11 de abril de 2024, no Distrito
Anhembi, em São Paulo. A partir de babaçu, pitaya, algas marinhas e caju, foram
desenvolvidas as novas formulações de bebida vegetal, análogo de queijo,
barrinha de proteína, “colouring food” (alimento que confere cor) e itens
prontos congelados como quibe e vatapá.
Os produtos valorizam ingredientes produzidos no Brasil, levando em conta tendências de consumo e o aproveitamento integral das matérias-primas, o que repercute em maior agregação de valor e em redução de impactos ambientais.
A Anuga
Select Brazil é organizada pela Koelnmesse Brasil em parceria com duas unidades
da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a FGV Europe e a GV Agro, dedicada a
atividades relacionadas ao agronegócio e à indústria alimentícia e de bebidas.
O evento acontece de 9 a 11 de abril de 2024, no Distrito Anhembi, em São
Paulo.
Conheça
os novos ativos:
Bebida vegetal de amêndoa de
babaçu
Alternativa a derivados de leite para quem
não pode ou não deseja consumir lácteos tradicionais, a bebida é obtida a
partir da trituração do babaçu em água. O produto apresentou bom desempenho em
testes de análise sensorial. Outro detalhe importante é o rendimento: três
litros por kg de amêndoa, o que é considerado bom para a indústria. O ativo
representa nova opção de geração de renda para as organizações comunitárias de
quebradeiras de coco do Maranhão.
Concentrado vermelho-violeta de
pitaya
Um concentrado vermelho-violeta
intenso, natural, obtido com tecnologia limpa, e que faz bem à saúde.
Desenvolvido a partir da pitaya, da variedade Hylocereus polyrhizus (casca
e polpa vermelhas), o produto está pronto para elevação de escala tecnológica
junto a empresas interessadas em sua produção como alternativa promissora para
o mercado de corantes. Dependendo da concentração, confere diferentes nuances
de vermelho, violeta e rosa e pode ser utilizado nas indústrias alimentícia,
cosmética e de fármacos, entre outras.
Análogo a queijo cremoso
simbiótico de amêndoas de castanha de caju
O análogo a queijo cremoso simbiótico à
base de amêndoas de castanha de caju pode substituir o queijo tradicional para
quem tem restrição alimentar ou não deseja consumir lácteos tradicionais.
Produzido a partir de amêndoas quebradas, que apresentam menor valor de
mercado, o produto é enriquecido com prebiótico (FOS comercial) e probiótico (Bifidobacterium
animalis subsp. lactis), o que o caracteriza como produto
funcional. Em testes de análise sensorial, apresentou boa aceitação global e
intenção de compra.
Barra proteica de amêndoa
de castanha de caju e yacon
A barra proteica apresenta 24% de
proteína e é elaborada a partir da torta parcialmente desengordurada da amêndoa
de castanha de caju, co-produto do processamento para a extração do óleo.
Alternativa a barras proteicas disponíveis no mercado, o produto clean-label utiliza
poucos ingredientes em sua formulação. É elaborado com proteína de amêndoa de
castanha de caju adicionada de oligossacarídeos prebióticos (FOS) provenientes
do yacon. Em testes de análise sensorial, apresentou boa aceitação global.
Vatapá a base de fibra de caju
O alimento industrial vegetal é
formulado com a fibra de pedúnculo de caju e outros ingredientes, com
estabilidade avaliada até 80 dias sob congelamento (-18 °C), podendo acompanhar
outros alimentos da refeição. O ativo atende à demanda de empresas interessadas
em produzir alimentos para o público vegano, vegetariano ou interessado em
diminuir consumo de alimentos de origem animal. É apresentado congelado em
pacotes plásticos de polietileno, pronto para consumo diretamente após
aquecimento em micro-ondas ou panela.
Quibe a base de fibra de caju e
proteína de alga
Produto plant-based formulado
com a fibra de pedúnculo de caju adicionada de proteína de macroalga
liofilizada, além de temperos utilizados no quibe tradicional. Pode ser consumido diretamente após assado, como
petisco, acompanhado de saladas, ou seja, de forma semelhante ao quibe
tradicional. Sua estabilidade foi avaliada em até 180 dias sob
congelamento (-18 °C), mostrando boa aceitação do produto. A tecnologia tem
indicado que pode ser adotada por empresas produtoras de alimentos plant-based,
como mais um produto com proteínas alternativas. Destaca-se pela alta
praticidade de preparo, por sua apresentação em embalagem pronta para ir ao
forno.
Embrapa Agroindústria Tropical
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