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sexta-feira, 5 de abril de 2024

Digitalização da saúde e os desafios na relação plano e consumidor

A digitalização da saúde, que compreende o uso de recursos tecnológicos e de Tecnologia da Informação (TI) para fins médicos, é um fenômeno que a cada ano se consolida e expande em todo o país. Grande responsável por essa aceleração foi a pandemia de Covid-19. Apenas entre os anos de 2020 e 2021, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, foram realizadas mais de 7,5 milhões de consultas por telemedicina. E de lá para cá, a aderência é crescente, inclusive entre usuários de planos de saúde. 

No contexto da saúde suplementar, a digitalização da saúde pode envolver mais que a realização de teleconsultas, incluindo aí a implementação de prontuários eletrônicos, que viabilizam a disponibilização de informações dos pacientes de modo mais amplo e ágil nas redes de saúde, e até mesmo o uso de Inteligência Artificial na relação entre médico, plano e paciente.

Nesse sentido, a legislação brasileira, por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos de saúde, tem se adaptado para incorporar e regular essas novas práticas. No caso da telemedicina, por exemplo, ela foi regulamentada de forma emergencial durante a pandemia e, posteriormente, passou a ser objeto de regulamentação específica, permitindo que consultas, diagnósticos e até mesmo prescrições pudessem ser realizadas à distância. 

Agora, em conjunto com essa legislação, a digitalização da saúde também deve ser acompanhada pelo que estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que determina o respeito aos princípios da confidencialidade, privacidade e segurança dos dados dos pacientes. Assim, os planos e os prestadores de serviços de saúde devem garantir a proteção dos dados pessoais, adotando medidas técnicas e administrativas adequadas para prevenir acessos não autorizados e situações de vazamento de informações. A segurança dos dados se apresenta, assim, como um fator a ser tratado com rigor e investimento de quem atua no setor. 

Há, também, outro ponto de atenção: a digitalização não deve restringir o acesso dos usuários aos serviços de saúde. Os planos de saúde devem assegurar que a oferta de serviços digitais seja um complemento e não uma substituição ao atendimento presencial, garantindo que todos os usuários, independentemente de sua familiaridade com a tecnologia ou acesso à internet, possam receber atendimento adequado. Os usuários têm o direito de ser informados sobre as modalidades de atendimento disponíveis, incluindo as opções digitais, e devem consentir de forma livre e esclarecida sobre a utilização desses serviços. 

A escolha pelo tipo de atendimento deve ser definida pelo paciente, respeitando-se sempre a autonomia do indivíduo e as diretrizes clínicas para cada caso. É importante ressaltar que diversas situações de não conformidade com esse quesito têm acabado na Justiça, com decisões favoráveis aos contratantes dos convênios médicos.

Sem dúvidas, a digitalização da saúde traz boas oportunidades e alternativas para seus usuários. A telemedicina veio para ficar e deve continuar ganhando espaço nos próximos anos. O avanço da tecnologia e a evolução da Inteligência Artificial favorecerão upgrades nesse formato de atendimento médico, o que deve trazer boas experiências para pacientes e para médicos, não só no atendimento quanto também nos cuidados e prevenção à saúde.

Agora, para que tudo isso funcione como se espera, também é fundamental que os profissionais do direito que atuam nessa área estejam atentos às constantes e necessárias atualizações legislativas e regulamentares, bem como às discussões éticas e jurídicas que surgem com a evolução tecnológica na saúde. A digitalização traz benefícios significativos para a prestação de serviços de saúde, mas também impõe desafios relacionados à proteção de dados pessoais e à garantia dos direitos dos pacientes.

 

Natália Soriani - especialista em Direito da Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia


Inteligência Artificial Generativa e o Investimento em Pesquisa no Brasil


Nos últimos meses, temos testemunhado avanços significativos na área da inteligência artificial (IA), especialmente com o surgimento da inteligência artificial generativa. Essa forma de IA tem revolucionado diversos setores, desde a criação de conteúdo até a produção de arte, e o impacto disso no mercado de trabalho é cada vez mais evidente e relevante.

A IA generativa refere-se a sistemas capazes de criar, produzir ou replicar conteúdos de forma autônoma, sem intervenção humana direta. Esses sistemas são treinados com grandes conjuntos de dados e aprendem padrões para gerar conteúdos que muitas vezes se assemelham àqueles criados por humanos.

O advento da IA generativa levanta questões importantes sobre o futuro do mercado de trabalho. Por um lado, a automação proporcionada por esses sistemas certamente aumentará a eficiência e a produtividade em vários setores, reduzindo custos e possibilitando o desenvolvimento de novos e aprimorados produtos e serviços. À medida que a inteligência artificial generativa se torna mais sofisticada e difundida, é inevitável que certas tarefas e profissões sejam automatizadas. Setores como escrita criativa, design gráfico, tradução e até mesmo música e arte estão vendo o surgimento de sistemas capazes de realizar tarefas que anteriormente eram exclusivamente humanas.

Ao mesmo tempo que ameaça algumas atividades, a IA generativa também abre novas oportunidades e demandas por habilidades específicas. A capacidade de trabalhar em conjunto com sistemas de IA, entender e interpretar os resultados gerados por eles e utilizar essas ferramentas de forma criativa e eficaz se tornará uma habilidade essencial no mercado de trabalho futuro. Além disso, surgirão novas áreas de atuação e profissões que antes não existiam, impulsionadas pela crescente interação entre humanos e máquinas.

Neste ínterim, cabe ressaltar que a rápida evolução proporcionada pelas inteligências artificiais generativas será melhor aproveitada por aqueles que estiverem melhor preparados, e isso se aplica não apenas a indivíduos, mas a países inteiros. O Brasil é reconhecido por ter um bom parque tecnológico - uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas, em 2023, indicava que nosso país possuía uma média de 2,2 dispositivos digitais por habitante - porém, apresenta um investimento muito baixo em pesquisa científica em relação aos países que mais investem em pesquisa e inovação.

O Brasil investe anualmente cerca de 1,3% do PIB em pesquisa científica, enquanto a União Europeia investe 2,12% do PIB e os Estados Unidos, líderes em pesquisa e inovação, investem quase 2,8% do PIB. A China, que vem surpreendendo em setores como o de eletrificação de automóveis, aumentou bastante o investimento nas últimas décadas, chegando a quase 2,2% do PIB de 2019 investido em pesquisa científica.

Esse cenário de baixo investimento em pesquisa impacta diretamente no número de novas patentes brasileiras e, consequentemente, na riqueza do país. Precisamos aproveitar a oportunidade do boom das inteligências artificiais generativas e passar, de forma urgente, a investir mais em pesquisa e inovação, gerando mais riquezas e efetivo desenvolvimento para o Brasil.

Mais uma vez, a chave para o desenvolvimento da nação está na Educação, no estímulo para a pesquisa e inovação, que deve ocorrer desde as fileiras escolares - e não faltam bons exemplos de ações voltadas a estimular a pesquisa entre crianças e adolescentes brasileiros, como a FEBRACE, a MOSTRATEC e a FENECIT, entre outras, mas não podemos nos limitar a isso. Universidades e organizações públicas e privadas devem ser estimuladas a investir em pesquisa e inovação, e boas iniciativas devem ser divulgadas e premiadas. Que possamos usar nosso bom parque tecnológico para inovar e criar mais!

 

Celso Hartmann - mestre em Inteligência Computacional, é diretor executivo da Rede de Colégios Positivo.


Trabalho em equipe: confira as vantagens dessa dinâmica para o aprendizado do inglês

 Ao trabalhar em grupo, a motivação e o engajamento do estudante são elevados, pois desenvolve sua comunicação   

 

Nos últimos anos, o processo de ensino e aprendizagem do inglês tem passado por uma transformação significativa, com foco cada vez maior em metodologias ativas e dinâmicas em grupo. Esse formato interativo promove não apenas o desenvolvimento linguístico, mas também habilidades socioemocionais essenciais para os cidadãos do século XXI. 

 

Murilo Motta, assessor pedagógico da Eduall, solução bilíngue da SOMOS Educação, contribui para esse debate listando benefícios e dicas para incluir o trabalho em grupo no aprendizado do inglês. Confira:  

 

Quatro vantagens do trabalho em equipe para o aprendizado do inglês 

1- Aprendizado colaborativo 

Em grupo, acontece o chamado aprendizado colaborativo, em que os integrantes irão se regular, corrigir e aprender uns com os outros. “Outro ponto importante é o feedback imediato, onde a comunicação com diversos alunos irá garantir que sejam corrigidos pontos necessários durante a comunicação”, completa o assessor pedagógico da Eduall. 


 

2- Contextualização do idioma 

A interação com os colegas traz uma vantagem essencial: a aplicação prática das habilidades comunicativas. Em outras palavras, situações são criadas para facilitar o desenvolvimento do idioma estudado, com um contexto interessante para a turma.   

 

3- Desenvolvimento de competências fundamentais para a cidadania 

“Trabalhando em grupo, o estudante irá aprender sobre colaboração, respeito, companheirismo, autoconfiança, autoestima, pensamento crítico, desenvolvimento de liderança e muito mais, a depender do modelo de atividade em grupo que está sendo trabalhada”, afirma Murilo Motta.

 

4-     Mais motivação e engajamento 

O trabalho em equipe promove ferramentas de aprendizado, motivação, feedback, dentre outras. No geral, por estar cercado de pessoas com quem se sente bem – e não mais limitado a pares ou apenas ao professor –, o estudante também se mostrará mais motivado e engajado para aprender.  

 

Principais dinâmicas em grupo para aprender inglês 

Dentre as diversas possibilidades de dinâmicas em equipe, Murilo destaca:  

- Role-playing (atuação):  interpretar uma situação em conjunto com os demais colegas. 

- Gincanas: um time terá a possibilidade de competir com os demais grupos. 

- Debates: os estudantes podem praticar seu raciocínio, pensamento crítico e vocabulário dentro de um tema específico. 

- Apresentações em grupo: possibilitam um momento de criatividade ímpar, para que a apresentação seja bem-sucedida.  

“Na Eduall, temos também projetos de maior escala que são desenvolvidos por nossas escolas parceiras, como apresentações aos pais e feiras bilíngues. Claro, sempre relacionado ao nosso conteúdo programático ou a alguma de nossas ferramentas de aprendizado, como a BookR, nossa biblioteca digital, que conta com mais de 800 títulos que podem servir de base para a criação de trabalhos em grupo”, afirma. 

 

Como incentivar os estudantes a utilizarem o inglês como língua franca? 


Além do domínio da gramática e vocabulário, é essencial cultivar confiança e respeito entre a turma, para que os estudantes se sintam confortáveis em usar o inglês para se comunicar. Também é preciso estruturar muito bem a atividade, alinhando regras, expectativas e objetivos, dentro do escopo de conhecimento, apontando um modelo do que se espera dos grupos. Os educadores devem promover um feedback positivo, garantindo que a atividade será prazerosa em todas as etapas. 


 

O papel dos pais no aprendizado do inglês  


“Quando falamos em desenvolvimento em grupo, tendemos a enxergar o grupo dos alunos de sala de aula, porém essa realidade pode ser expandida para diversos ambientes, sendo o  familiar um deles”, afirma Motta. Pensando nisso, é importante que os pais proponham atividades para o estudante, não para o desafiar, mas para dar a oportunidade de mostrar, naquele grupo, seu grau de aprendizado.  

 

Em vez de solicitar que o filho traduza imediatamente uma música ou palavra, por exemplo, o adulto deve prover o estudante com a possibilidade de pesquisar, estudar e descobrir o sentido do que está sendo ouvido, para que, em outro momento, apresente os resultados. Nessa interação, lembrar sempre de parabenizá-lo pelo esforço e desempenho alcançado. 



Casamento x união estável- saiba as principais semelhanças e diferenças nas duas formas legais de relacionamento

 Advogado Daniel Romano Hajaj fala sobre os regimes de casamento

 

Muito se pergunta quais são as principais semelhanças e diferenças entre a união estável e o casamento.O advogado Daniel Romano Hajaj, com vasta experiência em direito de família, esclarece que ambas são formas legais de estabelecer um vínculo matrimonial, seja entre pessoas do mesmo ou de diferentes sexos.

“O casamento é a forma mais tradicional de união em nosso País. É uma forma de reconhecimento automático e garantia dos cônjuges a todos os direitos previstos em nossa legislação, como divisão de bens em um divórcio e herança, por exemplo”.

Em relação à União Estável, o advogado esclarece que ela tem que cumprir alguns requisitos, sendo os principais uma convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família, e, não necessariamente que tenham filhos.

“Quanto ao regime de bens, ou seja, a forma com que o patrimônio do casal será gerido, as regras são as mesmas. A diferença é que na União Estável, se ela não for registrada, a regra é o regime de comunhão parcial de bens, ou seja, tudo o que foi adquirido após o início do relacionamento, pertence a ambos”, enfatiza o advogado.

Em relação ao regime de casamento, o advogado esclarece que são 3 os mais utilizados, a comunhão parcial de bens, que é a regra, tanto para casamento, quanto para união estável, onde tudo o que é adquirido após a união pertence ao patrimônio comum do casal. A separação total de bens, onde cada cônjuge tem o seu patrimônio, separado e não se comunica com o patrimônio do outro; e por fim, a comunhão total, onde todos os bens, sejam anteriores ou posteriores ao casamento integram o patrimônio do casal.

“A grande diferença é que no caso do casamento, há possibilidade de mudança do regime de casamento, ou seja, você pode mudar de comunhão parcial para separação total por exemplo, já na união estável, se não há registro, prevalece a comunhão parcial de bens”, ressalta o advogado Daniel Romano Hajaj.

Por outro lado, esclarece o advogado, que a União Estável pode ser registrada a qualquer tempo, com data retroativa, ou seja, o casal pode viver anos juntos, sem registro algum e, em dado momento, formalizar a união indicando o mês e ano de início e, ainda, o regime de bens. Essa possibilidade é interessante quando há necessidade de proteger o patrimônio do casal.

Já em relação ao término do relacionamento, as regras estipuladas do regime de bens têm que ser observadas e a divisão tem que ser conforme o previsto na legislação.

“Mas quando falamos em união estável informal, o famoso, vamos morar juntos, a divisão dos bens e torna um problema, e, muitas vezes, é necessário entrar com uma ação para reconhecer e dissolver a união estável, pedindo, ainda, que o juiz determine a divisão dos bens, ainda que registrados apenas em nome de um dos cônjuges”, ressalta o advogado. 

Por fim, o advogado enfatiza que para o casal resguardar seus direitos de forma saudável, devem sempre conversar e alinhar, seja no momento da união, seja no momento da separação, já que em um litígio, onde a decisão será dada por um juiz, todos acabarão perdendo.


Turismo no Brasil: as cinco maiores tendências para esta década

De Inteligência Artificial a isolamento, saiba o que o viajante busca no momento de definir sua próxima viagem


À medida que adentramos esta década, o setor de turismo no Brasil inova cada vez mais, impulsionado por tendências que prometem transformar a maneira como exploramos o Brasil. De experiências imersivas a viagens sustentáveis, o país se posiciona na vanguarda do turismo global, oferecendo aos viajantes uma grande diversidade de destinos e experiências. Neste cenário, destacam-se cinco tendências principais que definirão o futuro do turismo brasileiro, desde o aumento da procura por destinos menos conhecidos até a integração da tecnologia em todas as etapas da jornada do viajante.

De acordo com Georgia Roncon, especialista em gestão empresarial, marketing e co-fundadora da Wizzi, plataforma de inteligência artificial que oferece sugestões de destinos personalizados e roteiros únicos para cada viajante, com opções de voos, hospedagens e passeios agilizam e enriquecem as experiências de uma viagem, a integração de tecnologias inovadoras, como a inteligência artificial, está revolucionando a forma como planejamos e vivenciamos nossas viagens. "Nossa plataforma utiliza IA para oferecer sugestões de destinos personalizados e roteiros únicos para cada viajante, combinando voos, hospedagens e passeios de maneira que agilizam e enriquecem a experiência de viagem. Essa é uma clara demonstração de como a tecnologia está tornando o turismo mais acessível e sob medida para as preferências individuais", conta. 

Nesta década, o turismo no Brasil é marcado por tendências que estão moldando novos caminhos para a indústria. Entre elas, o turismo sustentável e ético ganha destaque, com uma consciência ambiental e social crescente entre os viajantes. Estes procuram por experiências que, além de minimizarem o impacto negativo no ambiente, também tragam benefícios para as comunidades locais. Esta tendência reflete um desejo profundo de contribuir de maneira positiva para os destinos visitados.

“Em paralelo, as experiências imersivas e personalizadas estão se tornando cada vez mais procuradas. Os viajantes desejam conhecer a essência da cultura local, desde suas tradições culinárias até o estilo de vida de suas comunidades, buscando uma conexão autêntica com cada destino”, pontua a especialista. Isso aponta para uma demanda por viagens que oferecem um mergulho mais aprofundado na cultura e no modo de vida da região em questão, proporcionando uma compreensão mais rica e significativa dos lugares visitados.

O turismo de isolamento também vem ganhando espaço, com muitos buscando destinos menos explorados e afastados das aglomerações. Essa tendência reflete o desejo de encontrar refúgio na natureza e escapar do caos urbano, valorizando a tranquilidade e a paz que tais locais isolados podem oferecer. “É uma clara indicação de que muitos viajantes estão à procura de experiências mais tranquilas e conectadas à natureza”, acrescenta.

A tecnologia, particularmente a inteligência artificial, desempenha um papel importante nesta nova era do turismo, personalizando as viagens de maneira inédita. Itinerários customizados que atendem aos interesses e necessidades específicas de cada viajante são agora possíveis, graças ao avanço dessas tecnologias. Isso melhora a experiência de planejamento da viagem e enriquece a jornada, tornando cada viagem única e sob medida.

“Por fim, as viagens multigeracionais estão se destacando como uma importante tendência, mostrando que o turismo está se adaptando para ser inclusivo para todas as idades. Famílias estão cada vez mais buscando experiências que possam ser desfrutadas por jovens e idosos, criando memórias valiosas que transcendem gerações”, conclui. Essa tendência evidencia uma mudança para viagens que promovem a união familiar, permitindo que diferentes gerações explorem e apreciem juntas a diversidade do Brasil.

Essas tendências apresentam oportunidades para o setor de turismo no Brasil se adaptar, inovar e prosperar. Ao abraçar estas mudanças, o país pode solidificar ainda mais sua posição como um destino turístico de escolha, atraente para um espectro diversificado de viajantes. 



Georgia Roncon - Empreendedora com experiência no mercado de turismo e profissional de marketing focado em resultados, comunicadora e pesquisadora de UX com habilidades em planejamento de marketing integrado, estratégia de entrada no mercado, gerenciamento de projetos e inovação. É uma pensadora global, apaixonada por comportamento de audiência e tendências culturais. Possui Bacharelado em Português e Inglês pela UECE, dois MBAs em Gestão de Negócios e Marketing pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e um Mestrado em Comunicação e Mídia pela Lynn University nos Estados Unidos.


Wizzi
Para mais informações, acesse o site
instagram @wizzi_turismointeligente


Você conhece a origem dos seus direitos?

Advogado e professor Marco Túlio Elias Alves resgata a história do Direito no Brasil e no mundo em livro que democratiza os saberes jurídicos 


Fruto da pesquisa e análise de séculos de transformações sociais, o livro Primeiros Passos para Entender a História do Direito oferece uma perspectiva detalhada sobre os fundamentos e princípios de justiça que regem a vida cotidiana. Escrita pelo professor e advogado Marco Túlio Elias Alves, a obra detalha como as raízes do Direito foram construídas e de que maneira elas repercutem sobre as estruturas legais contemporâneas.

Com uma linguagem didática e engajadora, o especialista estimula a curiosidade dos leitores ao abordar aspectos filosóficos e culturais do Direito em diferentes civilizações. Essa jornada percorre desde o Código de Hamurabi, criado na Babilônia, até a idealização e implementação dos Três Poderes no ocidente.

Além de se aprofundar na história do Direito no Brasil, com foco nas desordens no Período Colonial, no processo de Independência e na elaboração das constituições, o advogado descreve aspectos jurídicos internacionais ao explorar o Direito Germânico, o Canônico e o Inglês. Assim, facilita a compreensão sobre como a globalização e o intercâmbio cultural influenciam tanto a harmonização quanto o conflito entre sistemas judiciários na atualidade.

Em outras palavras, o Direito surge como uma forma de promover a harmonia da sociedade e de responsabilizar-se por ela, pois o Direito consiste em um aglomerado de princípios que precisam ser seguidos no cotidiano para evitar que o egoísmo do ser humano fale mais alto e dificulte o equilíbrio da convivência em comunidade.

(Primeiros Passos para Entender a História do Direito, p. 18)

Com esse lançamento, Marco Túlio Elias Alves convida o público a entender as origens de seus direitos e deveres. Experiente no exercício da advocacia e no campo acadêmico, ele democratiza os saberes jurídicos para que todos possam participar dos debates com mais propriedade e visão crítica e sejam capazes de contribuir com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Primeiros Passos para Entender a História do Direito é uma obra não apenas informativa, mas uma porta de entrada para um universo fascinante de conhecimento e reflexão. Uma leitura essencial para estudantes, profissionais do Direito, entusiastas da história e qualquer pessoa que deseja se tornar mais consciente de sua própria identidade cultural e cívica, fortalecendo assim a democracia e os valores fundamentais de um Estado de Direito.

Divulgação

Ficha técnica

Livro: Primeiros Passos para Entender a História do Direito
Autoria: Marco Túlio Elias Alves
Editora: Dialética 
ISBN/ASIN: 9786527017486
Páginas: 128 
Preço: R$69,90
Onde encontrar: Amazon, Dialética

Sobre o autor

Marco Túlio Elias Alves é Advogado. Preceptor de Prática Jurídica e Graduado em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira, UNIVERSO (2005). Possui Licenciatura em História (2020) e Bacharelado em Ciências Contábeis (2023) pelo Centro Universitário ETEP. Especializado em Docência do Ensino Superior pela Universidade Anhanguera, UNIDERP (2019), Direito e Processo Civil (2020), Ciência Política (2020) e LLM em Direito Empresarial (2020) pela Faculdade UNIBF, Direito Previdenciário (2021) e Advocacia Consultiva (2022) pela Faculdade Legale. Mestrando em Negócios Jurídicos em Direito Internacional pela Must University. Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família, IBDFAM e associado na American Chamber of Commerce, AMCHAM. Ph.D Student na SSBR/Ch.

Do Brasil para o mundo: pequenos negócios que exportam terão direito a parcela maior de restituição de tributos

Medida está sendo desenhada pelo governo federal e deve valer a partir do próximo ano, até a entrada em vigor da reforma tributária, em 2027


Os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) estudam aumentar a restituição dos tributos das micro e pequenas empresas (MPE) exportadoras. A iniciativa já existe e o crédito para abatimento é de 0,1% sobre a receita do bem exportado, por isso, a ideia é elevar esse percentual para os pequenos negócios – do total de 28,5 mil empresas exportadoras brasileiras, 11,5 mil são MPE. O aumento valeria para os próximo dois anos, já que a reforma tributária acaba com o problema da cumulatividade de impostos sobre as exportações a partir de 2027.

A medida é uma forma de apoiar o setor das micro e pequenas empresas, afirmou o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. Nesse sentido, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acrescenta que o “Brasil tem grandes exportadores. Mas não tem um programa de apoio e incentivo para o pequeno exportador. Então, nós vamos começar a desenvolver um grupo de trabalho para dar sustentação a esse agente”, explicou em entrevista concedida nesta quarta (3/4).

Para o Sebrae a decisão abre oportunidades e melhora o ambiente de negócios. “Essa decisão do governo Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin de olhar para os pequenos negócios vai beneficiar a internacionalização do segmento. O momento para a tomada de decisões como essa são essenciais, pois o Brasil foi o segundo país que mais atraiu investimentos externos ano passado e a nossa economia passou da 11ª posição para 9ª economia do mundo. Os pequenos negócios precisam de incentivos como este”, explica o presidente nacional da instituição, Décio Lima. “Nós estamos em um processo de internacionalização, em que já abrimos 71 novos mercados. Com mais benefícios, certamente vamos conseguir mais oportunidades para que esses pequenos empreendimentos, que já são responsáveis por 30% da nossa riqueza nacional, possam crescer e levar a qualidade dos nossos produtos para o mundo”, reiterou.


Apoio

Uma das ações do Sebrae para apoiar os pequenos negócios no processo de comércio além-fronteiras é o Sebraetec, que possibilita aos empresários o acesso a consultorias voltadas para soluções inovadoras e acompanha todas as etapas para assegurar os melhores resultados, de forma personalizada.

Se a empresa for uma pequena indústria, o Programa Brasil Mais Produtivo também conta com ferramentas para que o negócio possa dar um passo a mais em sua competitividade. No total, foram disponibilizadas 200 mil vagas na plataforma de conteúdos do Programa, que ensinam como aumentar produtividade e transformação digital. O Sebrae também é parceiro da iniciativa por meio do acompanhamento gratuito e individualizado de Agentes Locais de Inovação (ALI) a pequenos negócios, com foco no fomento à inovação e na utilização de novas ferramentas digitais.


Desafios da proteção de dados e a fraude na saúde: uma questão de bilhões de reais


Segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), a partir de pesquisa realizada pela consultoria Ernst &Young (EY), R$ 34 bilhões dos gastos das operadoras médico-hospitalares com contas e exames, em 2022, foram consumidos indevidamente por fraudes, como, por exemplo, reembolso sem desembolso, além de desperdícios com procedimentos desnecessários no país.

 

No ano passado, a imprensa deu um bom espaço para casos de empresas que demitiram colaboradores por justa causa. Essas demissões foram fundamentadas juridicamente por práticas fraudulentas, infração ética, quebra de confiança na relação de trabalho, violação das políticas internas, entre outros pontos.

 

E um questionamento ganhou a cena: como essas empresas tiveram conhecimento das ações envolvendo, inclusive, questões de saúde de seus funcionários? A utilização de informações sensíveis precisa acompanhar princípios legais defendidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

 

A legislação impõe que sejam considerados elevados padrões de segurança de informações pessoais. Porém, embora a LGPD imponha limitações ao acesso e ao uso de dados em saúde, existem métodos legais que as organizações do setor e as companhias podem adotar para gerenciar os planos de saúde e otimizar as suas operações.

 

As empresas contratantes de convênio médico, por exemplo, podem monitorar a utilização dos seus colaboradores e dependentes, é um método que passa pelo consentimento no uso dos dados. Porém, é importante ter transparência e governança para implementar essa supervisão, é necessário que todos saibam o momento que essas informações serão utilizadas e compartilhadas.

 

Outro método que também pode ser adotado é a parceria das organizações de saúde com entidades autorizadas para acessar e processar determinadas informações dos beneficiários, sempre em conformidade com a LGPD.

 

Hoje, mesmo com essas possibilidades de gerenciamento do sistema, o setor da saúde está passando por um momento turbulento, com a sua sustentabilidade fortemente ameaçada. Por isso, o combate às fraudes tem que ganhar cada vez mais espaço. Afinal, temos aí uma questão de bilhões de reais. As perdas prejudicam a sinistralidade, o desempenho das operadoras e impactam diretamente as mensalidades dos planos de saúde.

 

Entidades do setor, como a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), têm divulgado amplamente informações sobre como utilizar corretamente o convênio médico, apontando situações de violação que podem levar o usuário a perder seu benefício ou responder a um processo criminal. Por exemplo, emprestar carteirinhas, fraudar reembolsos, falsificar pedidos médicos, entre outros.

 

Alegar desconhecimento das regras do jogo já não cabe mais! Precisamos achar soluções para os desafios enfrentados na gestão de colaboradores e benefícios empresariais perante a LGPD.


 

Claudia Machado - VP de Benefícios da Howden Brasil, corretora especializada em seguros de alta complexidade, presente em mais de 50 países.

 

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Abril Marrom: Audiência Pública discute as dificuldades de acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado da retinopatia diabética no país

 

As filas de espera pelo oftalmologista podem chegar a 13 meses em muitas cidades brasileiras


A Coalizão Vozes do Advocacy solicitou a Audiência Pública Os Desafios Assistenciais dos Pacientes de Edema Macular Diabético no SUS: Necessidades não atendidas nos Protocolos Clínicos e Sistema de Financiamento, no dia 11 de abril, às 9h, no Plenário 7, da Câmara dos Deputados, em Brasília. A mediação será feita pelo Deputado Federal Zacharias Calil.

O mês de abril é dedicado para alertar a população sobre a Prevenção, o Combate e a Reabilitação aos diversos tipos de cegueira. A Coalizão Vozes do Advocacy e a Retina Brasil, além de ambas participarem da audiência pública, vão iluminar a Câmara dos Deputados e o Senado nos dias 8 e 9 de abril, a partir das 19h, em parceria com o Deputado Zacharias Calil e com a Senadora Mara Gabrilli.

Dados do último Atlas da Federação Internacional do Diabetes mostram que o Brasil tem 16 milhões de pessoas com a condição e cerca de metade deste público, ou seja, 8 milhões não sabem que têm este diagnóstico *.

Um estudo não muito recente, mas que na prática os dados não fogem muito da realidade brasileira é: Prevalência e Correlações do Controle Glicêmico Inadequado: resultados de uma pesquisa nacional em 6.671 adultos com diabetes no Brasil. Os dados mostram que o controle glicêmico inadequado foi de uma média de 76%, sendo que 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e 73% em indivíduos com diabetes tipo 2.

A junção da falta do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento traz um resultado alarmante: o gasto com saúde relacionado à condição atingiu 42,9 bilhões de dólares em 2021, no Brasil*. Em curto prazo, o mau controle do diabetes pode levar à maior suscetibilidade da pessoa com a condição a desenvolver complicações, entre elas a Retinopatia Diabética.

O estudo “As Condições de Saúde Ocular no Brasil”, publicado em 2019 pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, ressalta que a retinopatia diabética é responsável por 4,8% dos 37 milhões de casos de cegueira devido a doenças oculares, o que equivale a 1,8 milhão de pessoas.

No Brasil, segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020), a retinopatia afeta 4 milhões de pessoas, correspondendo de 35% a 40% dos indivíduos com a condição. A melhor forma de evitar a retinopatia diabética ou diagnosticá-la precocemente é controlar a glicemia adequadamente, visitar o oftalmologista com a descoberta do diagnóstico do diabetes e ter um acompanhamento anual com este profissional. Se houver alguma alteração da visão, é necessário visitá-lo o mais rapidamente possível.

” Nós pedimos as informações via Lei de Acesso à Informação sobre as dificuldades de acesso ao tratamento oftalmológico em São Paulo. Por exemplo, em Presidente Prudente, há 18.823 pessoas esperando a primeira consulta do oftalmologista, o que leva a uma espera de 13 meses. Em Rio Preto, há uma demanda reprimida no sistema para consultas na especialidade de oftalmologia de 35.528 pacientes com tempo médio aproximado de espera de 272 dias. Em Araçatuba, há 17.963 pessoas que aguardam as consultas com oftalmologistas” relata Vanessa Pirolo, coordenadora da Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade.

Como desdobramento desta fila, temos conhecimento de que várias pessoas com diabetes se encontram com estágio bem avançado da complicação, em que o oftalmologista não consegue reverter a perda de visão com qualquer tratamento disponível no SUS. Sabemos que se todas as pessoas com diabetes visitassem este especialista uma vez ao ano, preventivamente, haveria uma diminuição do gasto no SUS”, complementa Vanessa.

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados convocou: Vanessa Pirolo, coordenadora da Coalizão; Maria Julia Araújo, diretora Da Retina Brasil; Dr. Arnaldo Bordon, presidente da Sociedade Brasileira de Retina E Vitreo; Dr. Ruy Lyra, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes; Mauro Junqueira, secretário executivo do Conasems; Roney Pereira, representante da Secretaria de Saúde de Goiás, para participarem da audiência.

A intenção é que os participantes discutam soluções para melhorar ao acesso ao diagnóstico e ao tratamento da retinopatia diabética. Ao mesmo tempo, com a iluminação das fachadas de ambas instituições, a proposta é que os senadores e deputados se tornem mais sensíveis à causa para que trabalhem políticas públicas, que ajudem a melhorar o acesso ao tratamento. A audiência será transmitida pelo canal: https://www.youtube.com/watch?v=J0v55THJYc4

 

 Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 24 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas condições no país.

 



Referência:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

 

Confira 9 dicas para evitar doenças bucais que afetam outras partes do corpo

No Dia Mundial da Saúde, o CROSP lembra da importância dos cuidados com a saúde bucal e dos reflexos na saúde geral


É muito importante lembrar que a vida começa pela boca. Afinal, é por meio dela que nos alimentamos, em um processo que envolve toda a cavidade bucal. Na boca, os alimentos começam a ser processados para, mais tarde, serem transformados em nutrientes, vitaminas e demais elementos necessários à sobrevivência. 

No entanto, quando essa parte do corpo adoece, também pode se tornar porta de entrada para doenças em outras partes da estrutura física. O especialista em Estomatologia e integrante da Câmara Técnica de Patologia Oral e Maxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Prof. Dr. Alan Roger dos Santos Silva, cita como exemplo a periodontite. “A periodontite é uma condição inflamatória crônica das gengivas que pode levar à perda óssea ao redor dos dentes e, eventualmente, à perda dentária. A periodontite está associada a várias complicações sistêmicas, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias, bacteremia (septicemia), complicações na gravidez e artrite reumatoide”.

O Dr. Alan acrescenta, ainda, que a relação entre periodontite e doenças cardiovasculares está bem documentada na literatura científica e validada pela American Heart Association (Associação Americana do Coração - Organização sem fins lucrativos que promove cuidados cardíacos no sentido de reduzir lesões e mortes causadas por doenças cardiovasculares e AVC). “Acredita-se que as bactérias presentes na placa bacteriana das gengivas inflamadas entram na corrente sanguínea, causando inflamação e infecção em outras partes do corpo, incluindo as artérias. Isso pode levar ao endurecimento das artérias (aterosclerose) e aumentar o risco de doenças cardíacas coronárias, acidente vascular cerebral e endocardite bacteriana, entre outras complicações”, detalha ele.

O câncer de boca, segundo o especialista, é outra doença que reflete na saúde geral. Ele explica que os tumores malignos da boca estão entre os cinco mais frequentes na população masculina brasileira e, quando não diagnosticados em estágios iniciais, podem gerar metástases para outras partes do corpo - como por exemplo, o pescoço e os pulmões, causando grande morbidade e mortalidade nas pessoas com a doença.

 

Dicas para prevenir

Para prevenir essas complicações, o Dr. Alan lembra que é fundamental manter uma rigorosa saúde bucal, adotar hábitos de higiene oral e ser tratado por cirurgião-dentista frequentemente, incluindo os seguintes procedimentos:

1 - Uso de fio dental, idealmente após todas as refeições, para remover a placa bacteriana e os resíduos alimentares entre os dentes; 

2 - Escovação dos dentes, idealmente após todas as refeições, com uma escova de cerdas macias e creme dental com flúor;

3 - Visitar regularmente o cirurgião-dentista para exames odontológicos da mucosa oral, dos dentes, dos ossos, da maxila e mandíbula e realização da limpeza profissional dos dentes e gengivas;

4 - Evitar o consumo excessivo de açúcar e alimentos ricos em amido, que podem contribuir para a formação de placa bacteriana;

5 - Evitar o tabagismo, que é um fator de risco para a periodontite, para o câncer de boca e para as doenças cardiovasculares;

6 - Evitar o uso excessivo de álcool, que é um fator de risco para o câncer de boca e para as doenças cardiovasculares;

7 - Ser vacinado para o HPV, que é um fator de risco para o câncer de boca e orofaringe;

8 - Controlar condições médicas de base, como diabetes ou hipertensão arterial sistêmica (pressão alta), que podem aumentar o risco de complicações bucais e sistêmicas;

9 - Desenvolver entendimento em saúde bucal e compreender que ela exerce influência direta sobre a saúde geral do corpo. 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP
www.crosp.org.br

 

Dia Mundial de Luta contra o Câncer

Vida saudável e abandono de vícios podem prevenir a doença

 

No dia 08 de abril acontece O Dia Mundial de Luta contra o Câncer, com o papel de trazer a discussão assuntos sobre a prevenção, tratamento, combate, e aumento do número de diagnósticos da doença. Datas como essa cumprem um papel social de fazer com que não nos esqueçamos de cuidar da saúde. E isso, tem se tornado cada vez mais necessário, já que o número de casos da doença entre pessoas com menos de 50 anos aumentou 79% nas últimas três décadas.

De acordo com as informações de um estudo publicado na revista científica "BMJ Oncology", que analisou dados de 29 tipos de tumores em 204 países e regiões, incluindo o Brasil; em 2019 foram registrados um total de 3,26 milhões de novos diagnósticos em pessoas com menos de 50 anos. Já em 1990, essa taxa estava próxima de 1,8 milhão de casos. E as mortes também aumentaram. Mais de 1 milhão de óbitos em 2019, um crescimento de quase 28% em relação a 1990.

O oncologista clínico do Cetus Oncologia, Alexandre Chiari, enfatiza a importância de não generalizar a doença e de fazer a prevenção. “Existem centenas de tipos de neoplasias malignas, com cursos clínicos distintos, tratamentos diversos e prognósticos variados. Alguns tipos de neoplasia apresentam formas de redução de incidência, o que chamamos de prevenção primária. Já outros tumores, que com exames periódicos podem ser diagnosticados em fases onde a doença é potencialmente curável, chamamos de prevenção secundária”. O médico explica, ainda, que o dia da conscientização sobre o câncer é muito importante para evidenciar o assunto. “É essencial que a população tenha em mente, que é fundamental realizar a prevenção primária: atividade física, bons hábitos alimentares, cessar o tabagismo e o hábito de ingerir bebidas alcoólicas, manter o peso normal, equilíbrio psicológico, e manter os exames de prevenção em dia (colonoscopia, exame ginecológico, mamografia e exame da próstata)”.

Os bons hábitos alimentares e o estilo de vida saudável, não são recomendados apenas para prevenção, mas também para pacientes oncológicos. Adotar essas recomendações podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de recorrência após o tratamento.

Chiari comenta sobre alguns possíveis efeitos colaterais dos tratamentos. “Potencialmente são diversos, mas cada vez menos frequentes, graças a evolução do suporte e medicamentos modernos que reduzem a incidência de náuseas e vômitos. A evolução dos medicamentos como agentes alvo moleculares e a própria imunoterapia, tem o perfil de tolerância melhor. Hoje o tratamento é muito mais bem tolerado” comenta, afirmando, ainda, sobre a importância da pesquisa clínica na busca novas terapias e melhorias para o tratamento “A pesquisa clínica é fundamental, ela é a ‘mola’ mestra para o desenvolvimento da medicina de uma forma geral, é através dela que conseguimos evoluir com medicamentos mais eficazes e menos tóxicos”.

Apesar das evoluções em medicamentos, formas de prevenção, e tratamentos, Alexandre diz que ainda existem alguns desafios a serem superados “Como disse anteriormente, a conscientização da população sobre a necessidade de buscar uma vida mais saudável é indispensável. Por outro lado, também é preciso que as pesquisas clínicas progridam, para promover avanços na eficácia do tratamento, e outras possíveis formas de prevenção do câncer”, finaliza. 


6 dicas para fortalecer a imunidade no outono

Descubra como a chegada da estação pode afetar sua saúde e aprenda estratégias eficazes, reforçando seu sistema imunológico com hábitos saudáveis.

 

Com a chegada do outono, fica claro que a transição de estação pode acabar influenciando diretamente a saúde da população, já que a tendência no verão são temperaturas mais quentes, enquanto no outono acontece a diminuição gradual das temperaturas, levando muitas pessoas a sofrerem com essa mudança. Segundo um estudo do ResearchGate, doenças respiratórias, como bronquite, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e enfisema, são diretamente afetadas com as mudanças climáticas, prejudicando a saúde respiratória​​. Essa tendência pode acontecer por conta de do maior tempo passado em ambientes fechados, onde os vírus podem se espalhar mais facilmente, e também devido à redução da umidade do ar do período.

Para combater esses desafios e fortalecer o sistema imunológico, adotar hábitos saudáveis na transição para o outono é essencial. Priscila Bernardes, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Newton Paiva, referência em saude em Belo Horizonte, revelou algumas dicas para ficar com a saúde em dia e não se complicar quando as temperaturas mais baixas chegarem:

Vitamina C: Uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras e legumes, pode fornecer os nutrientes necessários para apoiar a saúde imunológica. Alimentos como laranja, acerola, kiwi e brócolis são excelentes fontes de vitamina C, um poderoso antioxidante que ajuda na prevenção de doenças.

Suplementação de Vitaminas: A suplementação de vitaminas pode ser considerada uma boa opção, especialmente para quem tem dificuldade em obter todos os nutrientes necessários apenas pela alimentação, ou de forma natural, como tomado sol.

Hidratação: Além da alimentação, manter-se hidratado é fundamental, especialmente em um período em que o clima começa a ficar mais seco. A água é sempre a nossa melhor aliada, você também pode complementar seu consumo de líquidos com um chá quentinho ou sopas leves, pontua a especialista. A ingestão de líquidos ajuda a manter as vias aéreas úmidas, facilitando a defesa contra agentes patogênicos.

Umidificadores de ar: Com a chegada do outono e a redução da umidade do ar, o uso de umidificadores pode ajudar a minimizar problemas respiratórios, mantendo o ambiente mais saudável. O ar mais úmido pode prevenir a secura das mucosas, reduzindo assim a susceptibilidade a infecções respiratórias. É importante manter o umidificador limpo para evitar a proliferação de fungos e bactérias.
 

Alimentação sazonal: Consumir alimentos da estação não só é uma forma de aproveitar o que é fresco e nutritivo, mas também pode oferecer o suporte necessário ao sistema imunológico durante esta transição de estação. Alimentos como abóbora, batata-doce e nozes são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes que podem reforçar a imunidade. Incluir estes alimentos na dieta pode proporcionar um impulso extra para o corpo se adaptar melhor às mudanças de temperatura.

Atividade física: A prática regular de atividade física também desempenha um papel crucial na manutenção da saúde. Não só fortalecendo o sistema imunológico, mas também a qualidade do sono, além de reduzir os níveis de estresse, fatores cruciais para um bom funcionamento do organismo. Uma opção é aproveitar as temperaturas amenas e as paisagens transformadas pelas cores do outono, para fazer caminhadas ao ar -livre.

Para a especialista, as pessoas não podem subestimar a importância de hábitos simples, como lavar as mãos frequentemente e usar roupas adequadas para se proteger do frio. “Essas medidas, embora básicas, são eficazes na prevenção de doenças comuns do outono. Adotar esses hábitos não só pode ajudar a navegar pela transição das estações com mais saúde, mas também estabelecer a base para um bem-estar duradouro ao longo do ano,” finaliza.


Centro Universitário Newton Paiva

 

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