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sexta-feira, 8 de março de 2024

Março: mês da conscientização mundial do HPV

 Ginecologista Loreta Canivilo explica tudo sobre o vírus que afeta de 9 a 10 milhões de pessoas no Brasil


O Papilomavírus Humano, mais conhecido pela sigla HPV, é um vírus que pode infectar a pele e as membranas mucosas de áreas como a região genital, boca e garganta. Existem mais de 200 tipos de HPV, alguns dos quais podem causar verrugas genitais e outros estão associados a cânceres, incluindo câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe. Em março, comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do HPV

O HPV pode ser transmitido principalmente por meio do contato sexual desprotegido. Em casos raros, uma mãe infectada pode passar o vírus para o bebê durante a gravidez ou no parto. De acordo com os dados do Ministério da Saúde cerca de 9 a 10 milhões de indivíduos no Brasil estão atualmente afetados pelo HPV, enquanto aproximadamente 700 mil novas infecções são registradas anualmente no país.

O HPV é uma das principais causas do câncer cervical em mulheres. Além do câncer cervical, o vírus também pode causar câncer em outras áreas do corpo, incluindo a vulva, vagina, ânus, pênis, boca e garganta.

Muitas vezes a infecção por Papilomavírus Humano não demonstra sintomas, mas em alguns podem surgir pequenas manifestações. “Formação de placas com verrugas juntas, verrugas genitais, na boca, garganta, alteração no colo do útero, coceiras ou desconfortos na área genital são manifestações de um possível caso de HPV”, diz a ginecologista Loreta Canivilo.

O diagnóstico do HPV é feito da análise das lesões provocadas pelo vírus. Além disso, para as mulheres, existem exames laboratoriais disponíveis que auxiliam na detecção e prevenção precoce da infecção, tais como o exame de Papanicolau, Colposcopia e PCR. Em alguns casos é necessário a realização de uma biópsia para a confirmação do diagnóstico.

O tratamento vai de acordo com o nível e tipo de lesão causada pelo HPV. Algumas vezes o sistema imunológico do corpo é capaz de eliminar o vírus por conta própria. As verrugas genitais podem ser tratadas por meio de diferentes procedimentos, incluindo crioterapia (congelamento das verrugas), laserterapia, aplicação de substâncias ácidas ou cirurgia para remoção.

A prevenção do Papilomavírus Humano pode ser alcançada por administração de vacinas como a quadrivalente, nonavalente e tetravalente. Geralmente, a vacinação é mais eficaz quando realizada antes do início da atividade sexual. “Além da vacinação, o uso de preservativo e a realização de exames regulares é uma forma de se prevenir”, conclui Canivilo.

É fundamental promover a educação sobre a importância da vacinação precoce, especialmente entre os jovens, e o incentivo a práticas sexuais seguras.

 

Dra. Loreta Canivilo - Médica ginecologista, obstetra e ginecoindócrino Loreta Canivilo, é especialista em reposição hormonal feminina, estética íntima feminina e tratamentos de doenças do útero e endométrio. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade Primum, referência em educação em medicina. Nas redes sociais, Loreta já possui mais de 30 mil seguidores - @draloreta, e oferece conteúdo explicativo sobre assuntos relacionados à saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes. Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto Primum – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.


Doenças cardíacas são responsáveis por 1/3 das mortes das mulheres

Fatores de risco específicos, como síndrome dos ovários policísticos, menopausa e maior incidência de doenças reumatológicas e psicológicas, contribuem para esse desfecho

 

Já é de conhecimento público que muitas doenças podem ser prevenidas com bons hábitos de vida, mas, às vezes, alimentar-se bem, praticar exercício físico, não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas não são suficientes para afastar o mal por completo. Muitas mulheres, por mais que se esforcem, esbarram em desafios da própria genética que afetam a saúde cardiovascular e colocam as vidas delas em risco. 

Atualmente, as doenças cardiovasculares (DCVs) são responsáveis por 35% das mortes de mulheres todos os anos, mais do que todos os tipos de cânceres juntos, de acordo com a World Heart Federation - WHF (Federação Mundial do Coração). “Isto acontece porque as DCVs nas mulheres continuam a ser seriamente subestudadas, sub-reconhecidas, subdiagnosticadas e subtratadas devido a vários equívocos, incluindo a visão generalizada de que afetam mais os homens”, explica a Dra. Cristina Milagre, cardiologista integrante do Grupo de Estudos de Doenças Cardiovasculares em Mulheres (DCVM) do Hcor. 

A cada 100 mulheres entre 25 e 40 anos, 42 delas não apresentam dor no peito quando estão infartando e por isso têm seus diagnósticos errados. “Alguns sintomas de doenças cardíacas nas mulheres podem ser diferentes. Com isso, quando elas dão entrada em algum hospital com queixas de cansaço, problemas para dormir e respiração curta é muito comum que associem a problemas psicológicos, como a ansiedade”, revela a especialista. 

De acordo com o estudo Global Burden of Disease 2019 (GBD-2019), do Institute for Health Metrics and Evaluation, da Universidade de Washington (EUA), entre 1990 e 2019, a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares agudas subiu 7,6% entre mulheres de 15 a 49 anos. A mortalidade proporcional por doença cardiovascular foi maior nas mulheres, em relação aos homens, durante todo o período de 1990 a 2019. “O crescimento pode estar atrelado a fatores de risco tradicionais, como hipertensão arterial, obesidade, diabetes e tabagismo, que são mais letais para as mulheres em comparação com os homens, somados a outras condições exclusivas ou predominantes no gênero feminino”, analisa. 

Entre os principais fatores de risco não convencionais que impactam na saúde cardiovascular das mulheres, estão: menopausa ou menarca precoces, síndrome dos ovários policísticos, diabetes e/ou hipertensão na gestação, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, e doenças reumatológicas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico. Segundo dados do GBD 2019, as doenças hipertensivas da gravidez foram a segunda maior causa de mortalidade e morbidade nas mulheres em idade fértil. 

Outra situação que tem se tornado um sinal de alerta para os médicos é o crescimento da adesão das mulheres ao “Chip da Beleza”. “Os implantes hormonais também podem prejudicar a saúde cardiovascular, uma vez que contêm diversos hormônios (testosterona, gestrinona, ocitocina, estradiol, oxandrolona, entre outros) e com diferentes doses, aumentando o risco de trombose, infarto e acidente vascular cerebral”, alerta a especialista. 

Para evitar complicações, a médica reforça a importância de ter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de exercício físico e consulta médica de rotina. “No mais, é importante ressaltar que as manifestações de infarto podem ser diferentes nas mulheres. Por isso, na dúvida, busque um pronto-socorro. Receber o atendimento o mais rápido possível é fundamental para diminuir os danos ao coração e preservar a vida”, encerra.

 

Sintomas de infarto nas mulheres 

Dor, pressão ou desconforto no peito nem sempre são os sintomas mais perceptíveis. Nas mulheres, a dor pode ser mais difusa, espalhando-se pelos ombros, pescoço, mandíbula, braços, abdômen e costas. Elas podem sentir dores mais parecidas com azia ou indigestão, bem como ansiedade sem razão, náuseas, tonturas, falta de ar, palpitações e suor frio. Os ataques cardíacos em mulheres podem ser precedidos por fadiga inexplicável. 

Em comparação com os homens, as mulheres tendem a apresentar sintomas com mais frequência quando descansam, realizam atividades diárias regulares ou mesmo durante o sono.


Hcor


O que é a Dislexia?

 A dislexia, um transtorno do neurodesenvolvimento, surge como um desafio significativo para a leitura e compreensão da linguagem. Reconhecida como um transtorno específico de aprendizagem, a dislexia manifesta seus sintomas de forma mais evidente no desempenho escolar dos indivíduos acometidos pela condição. É importante notar que tais dificuldades não são atribuíveis a outras condições neurológicas, sensoriais ou motoras.  

Indivíduos diagnosticados com dislexia demonstram uma configuração cerebral distinta no que diz respeito aos processamentos linguísticos ligados à leitura. A disfunção disléxica implica uma dificuldade intrínseca em associar os símbolos gráficos, ou seja, as letras, com os sons que elas representam, além de encontrar desafios na organização mental desses elementos em uma sequência temporal coerente. 

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês), a prevalência de transtornos de aprendizagem é de 5 a 15% entre crianças em idade escolar, em diferentes idiomas e culturas. 

De acordo com a Associação Internacional de Dislexia (IDA, na sigla em inglês), a dislexia afeta 10% da população mundial. A associação calcula que haja mais de 700 milhões de pessoas disléxicas no mundo. E estima-se que haja mais de 8 milhões de pessoas com dislexia no Brasil.
 

Sintomas da Dislexia 

A dislexia apresenta um conjunto de sintomas, os quais podem variar em sua manifestação e intensidade de pessoa para pessoa. 

Na leitura, os indivíduos com dislexia enfrentam dificuldades em decodificar palavras e cometem erros na identificação de palavras, mesmo as mais comuns. A leitura oral é geralmente lenta e imprecisa, com falta de fluência, ritmo inadequado e entonação aquém do esperado para a idade e escolaridade. Isso resulta em prejuízo na compreensão de textos devido à dificuldade na decodificação, além de apresentarem vocabulário limitado. 

Na escrita, são observados erros frequentes de soletração e ortografia, mesmo em palavras comuns, além de omissões, substituições e inversões de letras e sílabas. A produção textual é caracterizada por uma velocidade inferior ao esperado para a idade e a escolaridade. 

Quanto à linguagem oral, os sintomas incluem atraso no desenvolvimento da fala e dificuldade em formar palavras corretamente, como trocas na ordem dos sons e confusão entre palavras semelhantes. Além disso, há problemas de pronúncia, como trocas, omissões, substituições, adições e misturas de fonemas, bem como dificuldade em nomear letras, números e cores. As atividades que envolvem aliteração e rima também são desafiadoras, assim como a expressão clara e precisa.
 

Fatores de Risco e Proteção 

Entre os fatores de risco estão problemas no processamento fonológico, na linguagem oral, na atenção e na visão, além da falta de experiências precoces com a linguagem oral e escrita, recursos limitados e a presença de professores pouco preparados. A exposição a traumas e outros fatores ambientais adversos também é considerada um fator de risco significativo. É importante ressaltar que esses fatores de risco podem interagir entre si, aumentando ainda mais o impacto sobre o desenvolvimento da dislexia. 

Por outro lado, há uma série de fatores de proteção que podem mitigar os efeitos negativos da dislexia e promover um melhor resultado no desenvolvimento e aprendizado. Entre esses fatores estão a mentalidade de crescimento, a perseverança diante do fracasso, o apoio tanto de professores quanto de pais, uma formação docente de qualidade, recursos suplementares e um currículo de leitura bem estruturado. 

Destaca-se que a intervenção precoce e de qualidade é o principal fator de prevenção e manejo da dislexia. Ao reconhecer e abordar esses fatores de risco e proteção, educadores, profissionais de saúde e pais podem trabalhar juntos para oferecer o suporte necessário e garantir que os indivíduos afetados pela dislexia tenham a melhor chance possível de alcançar seu potencial acadêmico e pessoal.

 

Dislexia e TDAH 

Enquanto a dislexia afeta principalmente a capacidade de leitura, soletração e compreensão da linguagem escrita, o TDAH se manifesta em problemas de atenção, controle impulsivo e comportamento hiperativo. Ambas as condições podem influenciar o desempenho acadêmico e o funcionamento diário, mas suas características e áreas de impacto são distintas. 

É crucial destacar que, embora essas condições possam coexistir em alguns casos, é fundamental uma avaliação precisa por parte de profissionais qualificados para determinar os diagnósticos corretos e implementar planos de intervenção personalizados.

 

Diagnóstico 

No Brasil, a avaliação da dislexia é tipicamente conduzida por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de diversas áreas. A composição dessa equipe varia de acordo com os sintomas apresentados e a instituição responsável pela avaliação. Geralmente, a equipe inclui psicólogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos, médicos (como pediatras, neuropediatras, neurologistas e/ou psiquiatras) e psicopedagogos. A vantagem da equipe multidisciplinar é garantir uma avaliação integral, em que cada profissional contribui com entendimentos e olhares específicos de sua área de conhecimento. Para que a avaliação multidisciplinar funcione, é fundamental que a equipe se reúna e compartilhe os resultados das avaliações especializadas, chegando a uma conclusão representativa de todas as áreas investigadas. 

As habilidades matemáticas também são avaliadas durante o processo diagnóstico. Alguns alunos com dislexia podem ter dificuldades em memorizar e nomear informações numéricas, como a tabuada, mas demonstram habilidades matemáticas adequadas na realização de cálculos e resolução de problemas. É importante considerar se as dificuldades encontradas são apenas consequências da dislexia ou se indicam um transtorno específico de aprendizagem em matemática, conhecido como discalculia. 

Dislexia é hereditária. Estima-se que entre metade e um terço das pessoas com dislexia tenham um parente disléxico

 

Tratamento 

Não há prescrição de medicamentos para quadros de dislexia, e sim adaptações pedagógicas aliadas ao atendimento especializado de um profissional da área de saúde ou educação (psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo ou professor de educação especial). O processo de intervenção varia de acordo com a dificuldade e as necessidades do indivíduo. 

O foco do trabalho interventivo deve ser fortalecer o processamento fonológico da pessoa com dislexia. Para tal, devem-se considerar as habilidades, as dificuldades e a idade da criança, adolescente ou adulto. Como a maior dificuldade da dislexia é aprender a ler, o trabalho interventivo deve se basear em métodos de alfabetização considerados eficientes para alunos com dificuldades de leitura. 

O Instituto ABCD, organização que se dedica a criar produtos e serviços que impactam positivamente na vida de disléxicos no país, recomenda a alfabetização estruturada que foque habilidades específicas que o disléxico precisa adquirir e/ou fortalecer. A pessoa com dislexia se beneficia do ensino explícito, direto, individualizado, multissensorial, sequencial, diagnóstico e preventivo. 

Por ser uma condição crônica que persiste ao longo da vida, a dislexia não tem cura. Crianças que apresentam níveis mais baixos de leitura geralmente continuam a experienciar dificuldades ao longo da vida se não receberem uma intervenção de alta qualidade. Nunca é tarde demais para procurar ajuda. 

Quando se trata de criança ou adolescente, é importante que a escola também receba um relatório contemplando estratégias de ensino e outras recomendações para atender às necessidades do aluno.

 

Tecnologias que auxiliam - EduEdu 

Com mais de dois milhões de downloads na Play Store desde 2019, o aplicativo EduEdu se consolidou como uma solução tecnológica acessível para apoiar a alfabetização de crianças dos anos finais da educação infantil (4 e 5 anos de idade), e do 1º ao 3º ano do ensino fundamental. O aplicativo foi desenvolvido pelo Instituto ABCD e pensado especialmente para ajudar crianças que enfrentam dificuldades para aprender a ler e escrever. 

A abordagem educacional do EduEdu é baseada nas melhores evidências sobre como ensinar alunos que enfrentam barreiras no processo de alfabetização e totalmente alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além disso, a plataforma aborda os aspectos socioemocionais, fundamentais para o sucesso escolar. O aplicativo recebeu destaque em um documento da Fundação Lemann e do Instituto Natura, sendo indicado como uma solução para apoiar educadores na recomposição das aprendizagens após o difícil período de ensino remoto adotado como medida de prevenção durante a pandemia de covid-19. 

Na trilha de aprendizagem do EduEdu, todos os alunos iniciam sua jornada fazendo uma breve avaliação que identifica as áreas em que a criança precisa de apoio e desenvolve atividades personalizadas para estimulá-las Além disso, o aplicativo acompanha o seu desenvolvimento, criando novas atividades para o perfil atual de aprendizagem. Com elementos de gamificação, o EduEdu transforma a alfabetização e o reforço escolar em uma experiência interativa e divertida. 

O Instituto ABCD está comprometido com o aprimoramento contínuo da plataforma, que não é apenas um aplicativo, mas sim um elemento chave para moldar um futuro educacional mais abrangente e inclusivo. O EduEdu pode ser baixado gratuitamente por aqui.


Juliana Amorina, -Diretora Presidente Instituto ABCD. Fonoaudióloga, Mestre em Saúde da Comunicação Humana pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Especialista em Linguagem com o enfoque na Linguagem Escrita. Juliana já atuou como coordenadora do projeto Individualmente (centro de referência interdisciplinar na avaliação e intervenção de dificuldades e transtornos de aprendizagem) no Instituto Cefac entre 2011 e 2014.


Dia da Mulher: a importância de uma dieta equilibrada para a fertilidade feminina

Especialista dá dicas de alimentos recomendados e contraindicados para mulheres que estão tentando engravidar


No Dia Internacional da Mulher (08/03), temas diversos sobre saúde feminina, direitos, conquistas, mercado de trabalho, e autoestima ganham evidência no debate público. No âmbito da saúde, a nutricionista Aline Netto, orientadora educacional do curso de Nutrição da Unigranrio Afya, e especialista em fertilidade feminina, destaca a influência significativa que uma dieta equilibrada pode ter na saúde reprodutiva da mulher. 

Segundo Aline, a nutrição desempenha um papel crucial na fertilidade feminina, influenciando diretamente a saúde geral do corpo e o funcionamento dos sistemas reprodutivos. Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes como vitaminas, minerais e antioxidantes, é essencial para regular os hormônios, promover a ovulação saudável e criar um ambiente propício para a concepção. 

Por outro lado, deficiências nutricionais ou dietas desequilibradas podem aumentar o risco de problemas como ovulação irregular, síndrome dos ovários policísticos (SOP), endometriose e dificuldade para engravidar. 

Aline destaca o papel crucial de nutrientes como ferro, ômega-3, vitamina D, antioxidantes, proteínas, carboidratos complexos e fibras. “Esses nutrientes desempenham papéis vitais na regulação hormonal, redução da inflamação, prevenção de danos oxidativos e estabilização dos níveis de açúcar no sangue, todos essenciais para a saúde reprodutiva da mulher”, completou.
 

Alimentos recomendados para melhorar a fertilidade feminina:

  • Vegetais de folhas verdes: Espinafre, couve e brócolis são ricos em ácido fólico, ferro e outros nutrientes essenciais para a saúde reprodutiva.
  • Frutas e vegetais coloridos: Frutas como morangos, mirtilos, laranjas e vegetais como cenoura, abóbora e pimentão são ricos em antioxidantes, que ajudam a reduzir a inflamação e proteger os óvulos.
  • Proteínas magras: Peixes de água fria, como salmão e sardinha, são ricos em ômega-3, enquanto aves, ovos, tofu e legumes são boas fontes de proteína magra, essencial para a saúde reprodutiva.
  • Grãos integrais: Alimentos como aveia, quinoa, arroz integral e pão integral fornecem carboidratos complexos e fibras, que ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue e promovem a saúde hormonal.
  • Ácidos graxos ômega-3: Além de peixes de água fria, sementes de linhaça, chia e nozes são boas fontes de ômega-3, que é importante para a saúde dos órgãos reprodutivos.
  • Laticínios com baixo teor de gordura: Leite, iogurte e queijo com baixo teor de gordura são fontes de cálcio e proteínas, que são importantes para a saúde óssea e reprodutiva.
  • Legumes e feijões: Feijão preto, feijão-fradinho, lentilhas e grão-de-bico são boas fontes de proteínas vegetais, fibras e ferro, essenciais para a saúde reprodutiva.
  • Gorduras saudáveis: Abacate, azeite de oliva, sementes de chia e nozes são fontes de gorduras saudáveis, que são importantes para a regulação hormonal e a saúde reprodutiva.

Aline ressalta ainda a necessidade de adotar um estilo de vida saudável, que inclua não apenas uma dieta equilibrada, mas exercícios físicos regulares, evitando o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. 

“As condições ambientais e nutricionais antes, durante a gravidez e o período neonatal podem afetar a regulação dos genes que controlam o metabolismo e o desenvolvimento do bebê. Chamamos isso de programação metabólica. Ou seja, um estilo de vida saudável da mãe e do pai, levam a maiores chances de uma genética saudável para seus filhos”, explicou. 

Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes também pode beneficiar mulheres mais velhas, que podem enfrentar desafios adicionais relacionados à fertilidade devido à diminuição da quantidade e qualidade dos óvulos. 

“Consumir alimentos ricos em antioxidantes, ácido fólico, ferro, ômega-3 e outras vitaminas e minerais essenciais pode ajudar a proteger os óvulos contra danos oxidativos e melhorar a qualidade geral dos gametas. A manutenção de um peso saudável e a prática regular de exercícios físicos também são importantes para promover a saúde reprodutiva em todas as idades”, completou a nutricionista.
 

Para mulheres que estão tentando engravidar, Aline recomenda evitar:

  • O consumo excessivo de cafeína, que pode reduzir a fertilidade. Recomenda-se limitar a ingestão de cafeína a cerca de 200-300 mg por dia, o equivalente a cerca de 1-2 xícaras de café.
  • O consumo alcoólico pode afetar negativamente a fertilidade e aumentar o risco de complicações durante a gravidez. É importante evitar o álcool durante a tentativa de engravidar e durante a gravidez.
  • Alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e aditivos artificiais, podem ter um impacto negativo na saúde reprodutiva e geral. Melhor optar por alimentos integrais e frescos sempre que possível.
  • Alguns peixes como tubarão, cavala, peixe-espada e atum fresco devem ser consumidos com moderação, devido ao seu alto teor de mercúrio, que pode ser prejudicial para o desenvolvimento do bebê.
  • Carnes processadas, como salsichas, bacon e presunto, devem ser evitadas devido ao seu alto teor de gordura saturada e aditivos.

Saúde bucal no dia da mulher

 Como as mulheres têm problemas diferentes quanto a halitose


No universo feminino, as oscilações hormonais não apenas desenham as nuances do humor e da aparência, mas também deixam suas marcas na saúde bucal, um aspecto pouco discutido, mas de grande importância. No Dia Internacional da Mulher, voltamos nossa atenção para uma condição que pode afetar a autoestima e a qualidade de vida das mulheres: a halitose, ou mau hálito, e sua relação intrínseca com as variações hormonais características do sexo feminino.

A boca, uma janela para a saúde geral, responde de maneira sensível às mudanças hormonais vivenciadas pelas mulheres. A gengiva, em particular, é a área mais afetada, reagindo de forma distinta durante períodos marcantes como a adolescência, a gravidez e a menopausa. "Esses momentos, caracterizados pelo aumento ou diminuição de hormônios sexuais como estrogênio e progesterona, podem levar a uma maior circulação sanguínea na região gengival e, consequentemente, a reações inflamatórias", diz a dentista especialista em halitose Claudia Gobor.

A evolução destes hormônios na puberdade, por exemplo, permite uma reação inflamatória gengival resultando num aumento do fluxo sanguíneo. Já na gravidez, a sensibilidade gengival é intensificada e, com isso, o risco de gengivite gravídica — condição que exige uma atenção à parte. Por fim, a menopausa traz a diminuição do hormônio estradiol, podendo diminuir a lubrificação da mucosa bucal e, consequentemente, a produção de saliva. Claudia Gobor alerta, "A redução da lubrificação da mucosa bucal pode levar a uma diminuição na produção de saliva. Com a diminuição da umidade, a saliva, essencial para a saúde bucal, fica reduzida, o que pode favorecer o surgimento de halitose e aumentar a incidência de cáries."

Compreendidos esses fatos, é possível entender que a halitose na mulher vai além de uma higiene bucal inadequada: pode ser, em alguns casos, o reflexo de alterações hormonais profundas. E que isso sublinha a necessidade de um acompanhamento mais ligado à saúde bucal feminina, sobretudo em fases de transição hormonal. Tal como ressalta a especialista, a recomendação é: “Manter consultas periódicas com um dentista” — o que não só ajuda a evitar problemas orais ligados às oscilações hormonais, como “mantém as mulheres saudáveis, bonitas e confiantes em todas as etapas da vida”.

Neste Dia da Mulher, é vital reconhecer e abordar a halitose como uma questão de saúde que merece compreensão, prevenção e tratamento adequados. Ao fazer isso, celebramos não apenas a beleza e a força das mulheres, mas também sua saúde integral, promovendo um bem-estar que transcende o físico e toca no cerne da dignidade feminina.

 

Dra. Cláudia C. Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Ex-Presidente e atual Diretora Executiva da Associação Brasileira de Halitose
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DIA DA MULHER

 

Menopausa: um dos grandes tabus dos ambientes corporativos

Estudo do Bank of America aponta que a menopausa é tabu no ambiente corporativo; as profissionais relatam falta de acolhimento durante essa fase da vida. Mais da metade (51%) delas, no período pré e pós-menopausa, dizem que a condição impactou o desempenho profissional de forma negativa; 64% sentem falta de benefícios que poderiam ser ofertados pelas empresas para que elas se adaptassem melhor a essa fase.

 

O incômodo mensal – anotado de forma quase invisível no calendário de mesa – dera lugar às incertezas de sua nova condição. Tudo aconteceu de forma tão brusca, sem que, de fato, pudesse saber a data precisa do fim de tudo, como muitas mulheres foram educadas a pensar. Constatou, com tristeza, que poucas vezes pronunciou a palavra menstruação; vergonha, certamente, como tantas outras mulheres ainda sentem, tanto que preferem trocar o termo por “naqueles dias”, “minhas regras” ou, o pior de todos, “estar de chico”, cuja expressão tem origem no português lusitano e é sinônimo de sujo, como o período menstrual é considerado por muitos, mesmo em pleno século 21. Exagero?! Não. Basta um rápido olhar para os comerciais de absorventes, que, em sua maioria, insistem em ilustrar o líquido, escarlate, na cor azul. Sorriu ao se lembrar de um anúncio recente de TV, com mulheres pronunciando a palavra MENSTRUAÇÃO, com letras maiúsculas, sem pudor, sem tabu, como deve ser. Bons ventos, pensou.

Agora, diante dessa nova condição, não havia tempo para lamentos. Era preciso combater mazelas com informação, então, abriu sem demora o notebook e começou a pesquisar. Se o ciclo menstrual ainda é encarado como tabu por algumas sociedades, que endemonizam a mulher, a falta dele também é sinônimo de preconceito e exclusão. A nós, mulheres, não nos é lícita a menopausa, como se nossa única função fosse a reprodução, ainda que o sangue expurgado pelo útero seja considerado quase maligno — como na Grécia antiga, por exemplo.

Ampliando a pesquisa, deparou-se com profissionais — de diversos setores — pouco capacitados ou empáticos para lidar com o tema. De acordo com um estudo do Bank of America, de 2023, a menopausa também é um tabu no ambiente corporativo, no qual mulheres relatam não serem acolhidas durante esse momento delicado. Mais da metade (51%) delas no período pré e pós-menopausa disseram que essa condição impactou o desempenho profissional de forma negativa. Além disso, 64% das mulheres sentem falta de alguns benefícios que poderiam ser ofertados pelas empresas para que elas se adaptassem melhor a essa fase. E a situação é especialmente preocupante nos consultórios ginecológicos, onde alguns médicos, incluindo os do sexo feminino — moldados pela cartilha do discurso patriarcal —, dão o diagnóstico a mulheres de forma lacônica e similar a uma pena capital.

Quando uma mulher se assume na menopausa, precisa lidar com olhares autoritários, que querem silenciá-la a qualquer custo. Assim, após ouvir a “sentença punitiva”, era como se para ela não houvesse nada além. Então, a mulher mais uma vez sentiu todo o peso do julgamento da sociedade. O que restaria a ela? Seu companheiro seria solidário nesse processo?

Quantas mulheres, assim como ela própria, sentem-se angustiadas e sem apoio para lidar com as mudanças físicas e emocionais decorrentes da menopausa? Por que elas sempre precisam se justificar, pedir desculpas por todos os males do mundo (como pregam algumas religiões)? Por que não falarmos sobre a questão sem estereótipos, entendendo o processo como parte natural da vida?

Não é de hoje que “varremos” para debaixo do tapete assuntos incômodos, mantendo-os na escuridão. Preferimos ignorá-los, ainda que o nosso silêncio machuque, faça vítimas, dilacere almas. Mulheres não são incentivadas a falar, a expor questões íntimas, sob pena de serem inadequadas, inconvenientes, segundo os ditames estabelecidos pela sociedade. O fato de não compartilharmos nossas incertezas, nossos medos, nossa percepção sobre temas relevantes criam obstáculos intransponíveis para as mudanças necessárias, adoecendo física e mentalmente pessoas. Calar é consentir, é aceitar a exclusão, é chancelar comentários jocosos proferidos nas rodinhas de homens e mulheres.

Mulheres no mundo todo, não importa raça ou etnia, vivenciam os sintomas da menopausa — ressecamento vaginal, falta de libido, sensações térmicas indescritíveis, dores musculares — achando que são problemas só seus, sem, muitas vezes, pasmem, encontrar eco no universo feminino. É como se houvesse um pacto tácito de silêncio, porque, no fundo, temos medo de falar em alto e bom-tom, para não sermos tachadas, equivocadamente, de “velhas”, o que nos conduz a outro tema relevante, o etarismo feminino. São tantas questões a serem discutidas...

Estava tarde, o ocaso se aproximava. Riu sozinha da palavra escolhida. Diferentemente do termo, usado figuradamente para descrever o fim de algo, ela não se sentia assim. Estava viva, tinha planos, porque a vida é feita de ciclos. Não havia por que se envergonhar. Não. Ela não seria assim. Estava decidida a inspirar outras mulheres a se sentirem confortáveis com sua natureza, admirando o longo caminho que percorreram até aqui. Se, em outros tempos, mulheres se calavam para sobreviver, hoje, elas devem falar — consigo, com o outro, com o mundo. 



Tânia Lins - formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Língua Portuguesa e Comunicação Empresarial e Institucional. Atua há mais de quinze anos na área editorial, com experiência profissional e acadêmica voltada à edição, preparação e revisão de obras, gerenciamento de produção editorial, leitura crítica e analista literária. Atualmente é coordenadora editorial na Editora Vida & Consciência.


Audição, o sentido que é a porta aberta à comunicação

 Com mais de 40 anos me dedicando à otorrinolaringologia, os resultados que vejo em meus pacientes quando as doenças auditivas aparecem e o desespero em parar de ouvir, só me dão mais certeza de que a audição é um dos sentidos mais importantes do corpo humano. 

Nesse mês, voltado à audição, o importante é descobrir como preservá-la. E uma Comissão Especialíssima de Prevenção e Combate à Surdez da OMS-Lancet, da qual faço parte, enviou cartazetes para serem distribuídos em todos os países do mundo para diminuir a expectativa de termos 500 milhões de pessoas surdas em dez anos!

 

Diminuir o volume do som quando se usa headphone é uma das primeiras medidas que qualquer um pode tomar e vai evitar vários problemas auditivos. O som vai direto para o cérebro através do nervo auditivo e pode matar as células da cóclea, que não são repostas. Portanto, é porta aberta para a surdez.

 

O uso de hastes flexíveis após o banho também é errado. A cera do ouvido é uma proteção natural do corpo e quando se usa hastes flexíveis, além de empurrar a cera para dentro (ela sai sozinha, as orelhas são autolimpantes), a pessoa pode perfurar o tímpano e perder a audição. Isso vale para unhas compridas ou lápis/caneta também. Não se deve colocar nada para limpar o ouvido. Nada mesmo!

 

Já a corriqueira - segundo várias pessoas - dor de ouvido pode ser tratada com remédios caseiros. Não, não acredite nisso. Há várias causas que podem provocar dor de ouvido, que vão desde otite a outras doenças que exigem tratamento médico. Os remédios dos tempos antigos feitos em casa podem provocar perda auditiva, além de aumentar o quadro da provável infecção.

 

O mesmo em relação a corrimento otológico. Não pense que é passageiro. É preciso se consultar com um otorrinolaringologista urgentemente. É um sintoma de que alguma coisa na parte interna do seu ouvido não está bem!

Queremos alertar para que todos cuidem da sua audição e não arrisquem esse sentido tão precioso. É ela quem avisa dos barulhos que podem causar acidentes, seja em casa, nas ruas - através de uma brecada violenta de carro - no trabalho e na vida social. A surdez vai causar limites às atividades cotidianas. E cuidados simples como esses desse artigo darão qualidade de vida para todos!

 

 

Professor Dr. Ricardo Ferreira Bento - Titular da Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP, o professor sempre priorizou todos os tratamentos possíveis para a surdez. Criou o Grupo de Implante Coclear HCFMUSP, do qual é presidente e junto com a equipe de otologistas , fonoaudiólogas, psicólogas e assistentes sociais, transformou a vida de quase três mil implantados, a maioria deles com cirurgias realizadas pelo SUS, através de portaria assinada a seu pedido com o então Ministro da Saúde, José Serra. Junto com Professor Ubirajara Sennes e Richard Voegels criou a Fundação Otorrinolaringologia, que tem como missão conscientizar as pessoas sobre a surdez e auxiliar quem já possui deficiência auditiva. A Fundação Otorrinolaringologia tem cursos em todas as especialidades ligadas à otorrinolaringologia durante todo o ano e promove um dos maiores congressos da América Latina. É autor de vários livros - o último, lançado recentemente, é voltado ao público leigo - e coordena com a Dra. Mara Gândara, o Reouvir, um programa do SUS para deficientes auditivos que já entregou mais de 12 mil aparelhos auditivos convencionais. Faz parte da comissão especialíssima Lancet - OMS, composta por seis profissionais de todo o mundo, para combater e prevenir a surdez no mundo todo.

 

Dia Internacional da Mulher - Confira benefícios do Pilates para a saúde feminina

Em meio à busca por bem-estar e qualidade de vida, o Pilates se destaca como um aliado indispensável para a saúde feminina. Essa prática, conhecida por seu foco em fortalecimento muscular e equilíbrio, apresenta uma série de benefícios que vão além da atividade física convencional. Josi Araujo, fisioterapeuta e professora da Pure Pilates, a maior franquia do ramo da América Latina, listou os 10 principais benefícios do método para a saúde feminina:

 

1 - Fortalecimento muscular 

Uma das principais vantagens do Pilates é o fortalecimento dos músculos do corpo, com ênfase especial no core, pernas e glúteos, o que é essencial tanto para a autoestima quanto para manter-se ativa nas atividades do dia a dia.

 

2 - Flexibilidade e resiliência

Promover mais flexibilidade é uma das funções do Pilates. Essa prática não só previne lesões, mas também proporciona uma amplitude de movimento que é uma verdadeira defesa contra dores musculares. 

 

3 - Bem-estar mental e emocional

O Pilates é um aliado poderoso na redução do estresse e ansiedade, isso porque a prática enfatiza a respiração consciente e o foco. Os exercícios regulares estimulam a liberação de endorfinas, promovendo uma sensação duradoura de bem-estar e felicidade.

 

4 - Melhora da Postura

Ao fortalecer os músculos do core e alongar os músculos tensionados, o Pilates pode ajudar a melhorar a postura, o que é benéfico especialmente para mulheres que passam longos períodos sentadas ou trabalhando em computadores.

 

5 - Alívio de dores menstruais

Durante o período menstrual, movimentos e alongamentos específicos podem aliviar cólicas e reduzir o inchaço, proporcionando conforto. Além disso, a prática regular fortalece os ossos, prevenindo problemas como a osteoporose.

 

6 - Alivia as dores da gravidez

Durante a gravidez, o Pilates oferece suporte, mantendo a postura adequada e aliviando dores nas costas, proporcionando mais conforto neste período. 

 

7 - Menopausa

Para as mulheres que passam pela menopausa, essa prática continua a ser uma aliada, aliviando sintomas como ondas de calor, insônia e alterações de humor.

 

8 - Reduz o risco de quedas

Para a terceira idade, o método ajuda a manter a flexibilidade e o equilíbrio, ajudando a reduzir o risco de quedas e lesões.

 

9 - Aumento da autoestima e confiança

O Pilates não apenas esculpe o corpo, mas também molda a autoestima e a confiança das mulheres. A prática regular, juntamente com uma alimentação saudável, pode reduzir uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, diabetes e hipertensão.

 

10 - Fortalece os músculos do assoalho pélvico

Outro benefício é o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, que pode auxiliar a prevenir incontinência urinária, além de melhorar a saúde sexual. 


 

Fonte
Pure Pilates
@purepilatesbr


Dia Mundial do Glaucoma: data alerta para a importância do acompanhamento oftalmológico adequado

 A prevenção é a melhor medida para tratar a doença, considerada a maior causa de cegueira irreversível do mundo

 

O glaucoma é a doença que mais cega no mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta entre 1% e 2% da população com mais de 40 anos de idade em todo o mundo, o que representa cerca de 3 milhões de pessoas. O Dia Mundial do Glaucoma, celebrado em 12 de março, alerta sobre a importância do acompanhamento oftalmológico adequado. Por ser uma doença silenciosa e não apresentar sintomas na maioria dos casos, muitas vezes é diagnosticada quando o paciente já está na fase final, onde ocorre a perda da visão e do campo visual, de forma irreversível. 

Alguns fatores de risco favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada, hipertensão arterial, miopia elevada, diabetes, raça negra e hereditariedade. A prevenção se dá com visitas regulares ao oftalmologista para avaliação e detecção precoce do problema, como forma de evitar a cegueira por glaucoma”, explica a Dra. Márcia Keiko Tabuse, médica oftalmologista e consultora da HOYA Vision Care, empresa japonesa que produz lentes para óculos de alta tecnologia desenvolvidas para correção de problemas da visão. 

O glaucoma crônico, mais frequente, não oferece sintomas nas fases iniciais da doença e pode ser diagnosticado pelo exame de pressão ocular e fundo de olho, que analisa o nervo óptico. Os pacientes com alto grau de miopia, acima de 5 graus, têm maior probabilidade de desenvolver esse tipo de glaucoma. 

Evidências comprovam o aumento da miopia em todo o mundo. Estima-se que terá impacto sobre mais da metade da população mundial até 2050, segundo dados da OMS. Desta forma, o controle rigoroso da miopia em crianças é fundamental para não alcançar graus altos com risco de glaucoma e perda da visão durante a fase adulta. 

Visitas de rotina ao oftalmologista desde a primeira infância, o uso comedido e regrado de dispositivos móveis, como smartphones, tablets e outros tipos de telas, e o estímulo às atividades ao ar livre consistem em estratégias importantes de prevenção à progressão da miopia. Adicionalmente, a implantação da correção adequada e/ou das terapias, também colaboram para conter o provável avanço de um quadro já existente”, aponta a especialista. 

Uma vez diagnosticada, a doença pode ser corrigida, quando necessária, por meio do uso de óculos ou lentes de contato. A Dra. Márcia destaca a eficiência de alternativas não invasivas, como é o caso das lentes de óculos de alta tecnologia e que já são opções importantes para a redução da miopia infantil. “As pessoas com a miopia axial, quando passam a fazer uso contínuo desse tipo de lente, podem ter uma média de 60% na desaceleração da progressão da miopia, pois a estrutura da lente permite simultaneamente desacelerar o crescimento do globo ocular e proporcionar uma visão mais clara”, afirma a profissional. 

Em paralelo, o glaucoma agudo ocorre quando a pressão do olho sobe de forma abrupta e o paciente refere sintomas como muita dor no olho, visão turva e pupila dilatada, por exemplo. Nesse caso, é necessária procura por um pronto socorro para o controle urgente da pressão ocular, com risco de perda da visão. Uma curiosidade é que esse tipo de glaucoma é mais frequente nas mulheres. 

As evidências atuais sugerem que as mulheres mais velhas correm o risco de desenvolver glaucoma e cegueira devido à doença. De acordo com estudos recentes, as mulheres superam os homens em casos de glaucoma em todo o mundo e correm maiores riscos de glaucoma de ângulo fechado, mas não há uma predileção clara por gênero para o glaucoma de ângulo aberto. Além disso, curiosamente, existem algumas evidências que sugerem que os hormônios sexuais femininos podem proteger o nervo óptico. 

Também levanta-se a hipótese de que a diminuição da exposição ao estrogênio está associada ao aumento do risco de glaucoma de ângulo aberto, mas estudos de base populacional apresentam resultados inconsistentes. “Atualmente, não há evidências suficientes para apoiar o uso da terapia de reposição hormonal na prevenção do glaucoma. Pesquisas apontam que as mulheres carregam um fardo maior de cegueira devido ao glaucoma por conta da longevidade e desvantagens nas crenças socioeconômicas e de saúde”, completa a profissional.

 

Hoya Vision Care
Saiba mais em Link


A Responsabilidade não é só delas: Testosterona artificial pode prejudicar fertilização do casal

 Uso do hormônio desperta interesse para fins estéticos e sexuais em homens e mulheres, mas possui armadilhas

 

A testosterona, hormônio central nas discussões sobre saúde sexual, estética e performance, revela-se como um duplo agente na jornada de homens e mulheres em busca de aperfeiçoamentos. Vital para diversas funções do organismo masculino, pode ser tanto um aliado quanto um adversário na vida humana.

O hormônio desempenha um papel vital na libido masculina e influencia diretamente na energia sexual e função erétil, além de desempenhar um papel crucial na regulação do humor e da autoestima, influenciando positivamente a confiança e o bem-estar emocional dos homens.  Mas não é apenas na esfera sexual que atua a testosterona.

A testosterona também está envolvida na regulação de massa muscular, densidade óssea e até mesmo no controle do peso. Níveis equilibrados do hormônio contribuem para uma melhor composição corporal e para a saúde mental e com tantos benefícios a busca por reposição torna-se muito comum tanto entre homens quanto mulheres. No entanto, compreender os riscos associados ao uso imprudente da testosterona é fundamental para evitar problemas futuros, particularmente quando se trata do desejo de construir uma família.

 

Riscos do Uso Imprudente e Infertilidade Masculina

Estudos e especialistas alertam sobre a sombra que o uso do hormônio pode lançar sobre a fertilidade masculina. A testosterona, muitas vezes buscada para aumentar energia, libido e desempenho, pode ser uma espada de dois gumes quando o objetivo é conceber.

Dr. Tiago Mierzwa, urologista e andrologista especializado em medicina sexual e reprodutiva do homem, adverte sobre a possibilidade de infertilidade associada ao uso descontrolado da testosterona. "O aumento artificial dos níveis de testosterona pode inibir a produção natural de espermatozoides, comprometendo significativamente a capacidade reprodutiva masculina. No meu consultório, uma grande parte dos casos em que casais não conseguem engravidar é por conta exatamente do uso indevido de testosterona," alerta.

Esse risco, muitas vezes negligenciado por aqueles que buscam benefícios imediatos, destaca a importância de uma abordagem equilibrada e informada ao lidar com substâncias hormonais. Para quem considera uma opção o uso de testosterona é preciso estar ciente dos impactos potenciais na fertilidade, sendo a consulta médica fundamental para garantir escolhas conscientes e preservar a possibilidade de formar uma família no futuro.

“Por isso, quando o homem ainda tem o desejo ou a possibilidade de ter filhos no futuro, recomendamos, especialmente na necessidade de equilibrar uma vida sexual ativa do homem, outros métodos que estimulam a produção de testosterona de forma não-agressiva e sem riscos para o paciente e que inclusive são úteis para melhora de performance e fertilidade", alerta Mierzwa.

 

Chip da Beleza: A Busca Estética e os Perigos à Saúde

Em uma era em que a busca pela perfeição estética atinge novos patamares, surge uma tendência controversa: o "chip da beleza" ou “chip de testosterona”, um dispositivo subcutâneo que libera doses controladas de testosterona ao longo do tempo. O método envolve a administração contínua de testosterona em homens e mulheres, visando aprimorar a estética e energizar o corpo. Contudo, por trás dessa promessa de beleza, escondem-se perigos quase invisíveis.

Originalmente desenvolvido para tratamentos médicos específicos, tem sido adotado para potencializar resultado de treinos em academias proporcionando aumento de energia e potencial perda de peso.

Casos polêmicos envolvendo pessoas famosas que aderiram ao chip da beleza já demonstraram a necessidade de discutir o tema e trazer alertas essenciais para a busca de médicos especialistas antes de qualquer ação. Dr. Tiago Mierzwa alerta para os riscos à saúde e estética, especialmente quando a testosterona é utilizada sem orientação médica.

Não à toa, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que proíbe a prescrição médica de terapia hormonal e anabolizantes com finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo.

"É vital compreender que o uso da testosterona para fins estéticos sem supervisão médica pode desencadear desequilíbrios hormonais prejudiciais. É preciso considerar os benefícios proporcionados quando utilizado com responsabilidade, bem como os riscos associados ao seu uso indiscriminado. Além disso, os implantes subcutâneos aqui no Brasil são manipulados, o que não permite a certeza das mesmas respostas que vemos com outros medicamentos. A consulta médica e o acompanhamento profissional são essenciais para equilibrar os resultados que são desejados para o uso de qualquer medicamento”, enfatiza o especialista.

 

Reversão: Estratégias para lidar com a infertilidade masculina causada pela testosterona

Especialistas, como o Dr. Tiago Mierzwa, apontam para estratégias eficazes que podem ser adotadas para reverter a infertilidade causada pela testosterona.

Além da interrupção imediata do uso, estratégias de tratamento específicas podem ser exploradas para aumentar as chances de recuperação da fertilidade como terapias hormonais de rápida ação e tratamentos de reprodução assistida, como a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro (FIV), podem ser consideradas. Contudo, é crucial que essas decisões sejam tomadas sob a orientação direta de profissionais de saúde especializados em medicina reprodutiva.

"Parar a administração da testosterona pode permitir a recuperação da produção natural de espermatozoides ao longo do tempo, muitas vezes isso pode levar de 6 meses a dois anos. Porém com o tratamento adequado conseguimos abreviar esse período, retomando a produção dos espermatozoides, na maioria dos pacientes, de forma mais rápida e efetiva," explica o especialista. No entanto, é essencial ressaltar que a reversão não é garantida, e cada caso é único, dependendo de fatores como a duração e intensidade do uso da testosterona.

“Nesse cenário, a conscientização sobre os riscos e a busca por ajuda médica são fundamentais. Por isso tenho tentando compartilhar diariamente em meu site, redes sociais e canal no Youtube informações cruciais para conhecimento de quem está buscando saídas para a infertilidade ou, ainda, para uma vida mais saudável a dois. Sem contar que o acompanhamento por especialistas permite uma abordagem personalizada para cada caso, maximizando as chances de reversão da infertilidade causada pela testosterona. Assim, homens que enfrentam esse desafio podem vislumbrar um horizonte de esperança e possibilidades, guiados por orientações médicas especializadas”, finaliza Dr. Mierzwa. 



Dr. Tiago Cesar Mierzwa
Urologia e Andrologia
IG: @drtiago.urologia
www.andrologia.curitiba.br
YT: https://www.youtube.com/@drtiagomierzwaandrologia


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