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quarta-feira, 6 de março de 2024

Dia da Mulher: A maioria entre as 30 milhões de mulheres que enfrentam a Menopausa no Brasil, não fazem acompanhamento médico especializado

 

Segundo o IBGE, só no Brasil, mais de 30 milhões de mulheres (45+) enfrentam a menopausa. Mesmo com o número elevado, a grande maioria delas ainda tratam o assunto como tabu e desconhecem causas e tratamentos.Segundo o IBGE, só no Brasil, mais de 30 milhões de mulheres (45+) enfrentam a menopausa. Mesmo com o número elevado, a grande maioria delas ainda tratam o assunto como tabu e desconhecem causas e tratamentos.

O desconforto causado pelo climatério e menopausa é um processo natural do corpo humano, mas, grande maioria das mulheres desconhece o assunto, e são guiadas por dados sem comprovação cientifica contados repetidamente que acabam refletindo significantemente na forma de atravessar esse momento natural e inevitável da vida.

A médica ginecologista especialista em menopausa, climatério, reprodução humana e longevidade da medicina, Dra Beatriz Tupinambá, vem ganhando cada vez mais força em seus canais digitais por produzir informações importantes sobre saúde feminina. Diariamente, as suas quase 500 mil inscritas nas redes sociais acompanham suas dicas e se informam cada vez mais sobre o assunto. Depois dessa interação com o público virtual, Beatriz constata que além da falta de conhecimento, as mulheres enxergam a menopausa como um período muito temido, e sem solução. 

Nesse 8 de marco, pensando em informar e facilitar a vida de mais de 30 milhões de mulheres com dúvidas sobre seus corpos, listamos aqui 5 sintomas que podem sinalizar o início da menopausa:


  1. Ondas de calor

Essa é uma das principais queixas feitas pelas mulheres. O fogacho surge de forma inesperada e causa crises de calor que se manifestam principalmente na parte superior do tronco, o pescoço e o rosto.  Em alguns casos, também, provoca suor excessivo e vermelhidão no rosto. A sensação dura em média 4 minutos e geralmente surge por mais de um ano, e em alguns casos, por mais de cinco anos.

 

        2. Menstruação irregular

Talvez uma menstruação irregular seja o primeiro e principal motivo que leve a suspeita da chegada da menopausa. A baixa hormonal impede que o útero se prepare regularmente para engravidar, fato que interfere diretamente no ciclo menstrual. Porém, em alguns casos, mulheres apresentam um ciclo regular até a menopausa.

 

        3. Alterações do sono

Um sono regulado tem relação direta com a produção de estrogênio. Por isso, é normal que a mulher em fase de menopausa sinta dificuldade para dormir como antes. As ondas de calor também interferem na qualidade do descanso, já que muitas vezes, ocorrem durante a noite.

 

             4. Oscilações de humor

Nesta fase mudanças de humor repentinas também são muito comuns. Os hormônios responsáveis pelo funcionamento do sistema nervoso central são exatamente o estrógeno e a progesterona, que ficam em baixa na menopausa. Irritabilidade, melancolia e ansiedade são sintomas podemos observar nessa fase.         

 

             5.Diminuição da libido

Sabemos que o desejo sexual tem importante papel na saúde e bem estar da mulher, mas com a queda nos níveis de estrogênio acarretados pela menopausa, a libido da mulher pode ficar comprometida durante essa fase. 

Ao identificar todos ou alguns dos sintomas citados no dia a dia, recomenda-se a busca por um médico especialista no assunto. Para a Dra Beatriz Tupinambá, com conhecimento e assistência profissional adequada, a menopausa tende a ser a melhor fase da mulher, e cita vantagens como o fim dos ciclos menstruais, TPM, preocupação com período fértil, maior tempo de autocuidado, maturidade e homônimos administrados como algumas das vantagens. “A gente precisa trabalhar também o psicológico. Olhar a menopausa por outro ângulo e perceber que sim, a menopausa pode ser a melhor fase que podemos viver. A gente entra na menopausa na metade da nossa vida, e não precisamos nos manter na segunda metade dela indispostas, com calores, ressecamentos, queda de libido, entre outros, porque simplesmente deixamos de alimentar nossas células de hormônios por 50 anos.” 

 

Cerca de 15% da população mundial vive com algum tipo de doença renal

 No Dia Mundial do Rim, celebrado em 12/03, o nefrologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Wilson Mendes, fala sobre fatores de risco, prevenção e tratamento de patologias associadas

 

No dia 12 de março, é celebrado o Dia Mundial do Rim. De acordo com o United States Renal Data System (USRDS), no mundo, estima-se que 15% da população tenha algum grau de doença renal, desde o estágio inicial até o nível cinco, o mais grave, quando é recomendado o transplante. Entender os cuidados para a saúde dos rins é essencial para o bom funcionamento corporal e para evitar complicações da doença, que podem levar à morte.

O rim é o responsável por filtrar o sangue, eliminar resíduos tóxicos, além de fazer o controle da pressão e do metabolismo. De acordo com o nefrologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Wilson Mendes, a doença renal é silenciosa e raramente apresenta sintomas. Por isso a importância do diagnóstico precoce é inquestionável. Um simples exame de sangue, para verificar a creatinina, e de urina são suficientes. 

“Fraqueza, palidez, falta de ar, às vezes noturna, e inchaço nos pés são sinais de alerta e podem indicar um agravamento da doença renal. Em geral, os sintomas aparecem quando o paciente já está em um estágio mais avançado”, explica. 

Hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca estão entre as principais causas de doenças renais crônicas no mundo. Fazer o acompanhamento médico dessas comorbidades é primordial para evitar o comprometimento da função do órgão. 

“Quem passa por hemodiálise ou está transplantado tem um risco 10 vezes maior de mortalidade do que a população em geral por doenças do sistema cardiovascular, como infarto e AVC”, alerta o nefrologista.

Segundo o especialista, o transplante é a melhor solução para um paciente grau cinco por garantir melhor qualidade de vida. Ele, no entanto, ressalta que o tratamento deve continuar. 

“A prevenção, um dos pilares estratégicos do nosso modelo de negócio, é sempre o melhor remédio, por isso a importância da prática de atividades físicas, do controle de peso, de uma dieta saudável, além do monitoramento da pressão arterial e do diabetes”, conclui. 



Hapvida NotreDame Intermédica


Lutas: Ombros são uma das articulações mais afetadas na modalidade esportiv

O ombro, articulação com maior arco de movimento e
 demandada em praticamente todas as modalidades
 de luta, é uma das partes mais expostas a lesões
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Lesões e dores são recorrentes em praticantes de esportes de combates, cada vez mais populares; SBCOC ressalta ações para prevenção

 

No recente duelo relâmpago de 36 segundos com nocaute de Acelino Popó Freitas, tetracampeão mundial de boxe, em Kleber Bambam, não houve nem tempo para que acontecesse uma lesão nos lutadores. Mas o fato é que o ombro, articulação com maior arco de movimento e demandada em praticamente todas as modalidades de luta, é uma das partes mais expostas a lesões. Jiu-jitsu, muay thai, boxe, kung fu, os esportes de combate estão cada vez mais comuns e, nas academias, já dividem espaço com os praticantes de musculação. Ganhando cada mais adeptos, é importante dar atenção especial a essa parte do corpo. 

 

“As diferentes técnicas utilizadas nas diversas modalidades de esportes de combate conferem características particulares a cada uma, o que acaba também se refletindo nas lesões mais associadas a elas, mas, geralmente, os praticantes sofrem com lesões musculares e tendinosas, luxações ou fraturas”, fala o ortopedista e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos.

 

Algumas medidas simples podem ser grandes aliadas para minimizar o risco de lesões, como o preparo antes e depois dos treinos e o período de descanso para recuperação dos tecidos.

 

“Trabalhar o fortalecimento dos ombros é fundamental. É importante manter a prática de exercícios que estimulem a força dos músculos ao redor do ombro. Isso também ajudará a manter a estabilidade da articulação”, explica o especialista.

 

O aquecimento e o alongamento também são essenciais. “Aquecer os ombros com alongamentos corretos, sob orientação de um profissional habilitado antes de qualquer prática esportiva, pode ajudar a prevenir lesões”, pontua.

 

O cirurgião salienta que treinar com dor no ombro pode ser potencialmente prejudicial. “A dor pode ser um sinal de lesão e continuar treinando enquanto sente esse desconforto pode piorar a situação, além de levar a lesões mais graves”, ressalta. “A dor é um mecanismo de aviso do corpo, então, nesses casos, procure um especialista o quanto antes para o diagnóstico, orientação e tratamentos adequados”, conclui.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo


ESPECIAL DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

Dança Pélvica: celebrando a mulher e promovendo o bem-estar 

 

No mês da celebração da mulher, vamos falar de uma abordagem inovadora e empoderadora para cuidar da saúde feminina: a Dança Pélvica. Esta prática única combina os benefícios terapêuticos da fisioterapia pélvica com a liberdade e a expressão do movimento da dança, oferecendo uma jornada de autocuidado e empoderamento para mulheres de todas as idades.

 

A fisioterapeuta Marina Osorio é a criadora do método que promove uma conexão entre o corpo e a mente feminina: a Dança Pélvica. Fundamentada na meditação e na respiração consciente, essa forma de dança é mais do que uma simples atividade física; é uma jornada de autodescoberta.

No cerne da Dança Pélvica está o fortalecimento e o relaxamento da pelve e dos músculos do assoalho pélvico. Além disso, Marina destaca que a prática regula os hormônios femininos e oferece uma ação calmante sobre o corpo e a mente. Como ela mesma descreve: "A Dança Pélvica é a dança da união entre a pelve e o coração."

Essa prática proporciona uma conexão profunda entre o movimento intuitivo e a sabedoria intrínseca à feminilidade. Estimulando a região pélvica, essa dança oferece alívio para cólicas e dores, enquanto promove relaxamento, renovação e criatividade após cada aula personalizada.

Com efeitos positivos abrangentes, a Dança Pélvica impacta áreas como TPM, libido, sexualidade, ansiedade, constipação, menopausa, dor pélvica, endometriose, SOP, escape de urina e outros distúrbios da saúde feminina. 

Com o crescente reconhecimento da importância do autocuidado e da conexão mente-corpo, a Dança Pélvica surge como uma prática inovadora e inclusiva, convidando mulheres a se reconectarem com sua essência e a encontrarem equilíbrio em suas vidas. 

Neste Dia da Mulher, é uma oportunidade para celebrar não apenas a dança, mas também a força e a resiliência das mulheres em busca do bem-estar físico, emocional e espiritual. A Dança Pélvica é mais do que uma atividade física; é um movimento de empoderamento que honra a jornada única de cada mulher.

 

https://marinaosorio.com.br/

 

Dia Internacional da Mulher: FEBRASGO faz um alerta sobre a importância da higiene íntima para a saúde feminina

  

Nesta época do ano, o cuidado deve ser redobrado já que o calor e a umidade contribuem para o desenvolvimento de doenças como candidíase
 

Neste Dia Internacional da Mulher, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) faz um alerta sobre a importância da higiene íntima para a manutenção da saúde feminina, especialmente durante o verão, quando as queixas em consultório relacionadas ao desconforto vaginal aumentam de maneira significativa. 

A Dra. Ana Katherine, integrante da Comissão de Trato Genital Inferior da FEBRASGO, destaca que no início do ano, é bastante comum ocorrer corrimento genital, causado, geralmente, pela candidíase. Causada por fungos, tem maior incidência em períodos de maior calor e umidade, já que o ambiente se torna propício para a proliferação: “Esta condição se manifesta por coceira, ardência e corrimento branco espesso. A prevenção da candidíase envolve práticas de higiene íntima, evitando roupas apertadas e trocando roupas de banho molhadas. Essas ações contribuem não apenas para evitar a candidíase, mas também outras infecções”. 

A escolha da roupa íntima também é importante para garantir a saúde das mulheres. A especialista comenta que é preferível a utilização de roupas íntimas de algodão em detrimento de tecidos sintéticos que possam causar alergias, especialmente os muito coloridos, que podem provocar irritações.
 

Lavagem adequada da região íntima 

Recomenda-se evitar o uso excessivo de produtos de higiene, sobretudo aqueles com fragrâncias intensas, como sabonetes perfumados, duchas vaginais e desodorantes íntimos. “A prática de uma higiene íntima adequada, capaz de promover a assepsia sem causar irritação, pode ter um impacto positivo significativo na prevenção de infecções, uma vez que auxilia na manutenção do equilíbrio natural da flora vaginal. É importante ter em mente que a flora vaginal varia ao longo das diferentes fases da vida da mulher, sendo predominantemente lactobacilar durante a fase reprodutiva, que compreende a maior parte de sua vida. Isso resulta em um pH vaginal ácido”, explica a Dra. Katherine. 

Durante o verão, recomenda-se uma limpeza regular, sem necessidade de utilizar água quente, que pode irritar a pele, e um sabonete suave e hipoalergênico. Em alguns casos, o uso de sabonetes acidificantes pode ser apropriado, sendo que atualmente existem sabonetes íntimos com pH levemente mais ácido, aproximando-se do pH natural da vagina. É aconselhável evitar produtos perfumados, que podem desencadear alergias e irritações.

 

Principais doenças que podem afetar a região íntima 

Diversas enfermidades podem afetar a região genital, sendo o Corrimento Vaginal uma delas. Onde as mulheres naturalmente apresentam uma secreção vaginal fisiológica, cuja intensidade pode variar conforme influências hormonais. A vaginose bacteriana surge como um conjunto de sinais e sintomas resultantes do desequilíbrio na flora vaginal, caracterizado pela diminuição de lactobacilos e crescimento de bactérias, principalmente a Gardnerella vaginalis. 

Outra questão frequente na ginecologia relacionada à saúde genital são as infecções urinárias, que, embora não sejam especificamente infecções genitais, podem ocorrer devido à proximidade entre o aparelho urinário e o genital. Corrimentos frequentes podem eventualmente resultar em infecções urinárias, sendo estas causadas pela entrada de bactérias no trato urinário, próximo ao trato genital. 

“Os sintomas incluem dor ao urinar, urgência para urinar e dor abdominal, sendo comuns em mulheres com corrimento genital ou na menopausa. O enfraquecimento da mucosa da bexiga durante a menopausa aumenta a predisposição para infecções urinárias, pois a mucosa torna-se mais frágil e suscetível a lesões, permitindo a entrada de bactérias. Medidas preventivas incluem uma boa higiene íntima, ingestão adequada de água, urinar após a atividade sexual e evitar segurar a urina”, ressalta a ginecologista.
 

Medidas essenciais para garantir práticas sexuais seguras e saudáveis 

A especialista da FEBRASGO destaca que diversas medidas estão relacionadas à prevenção da gravidez indesejada e às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). “Quando abordamos a prática de sexo seguro, enfatizamos a importância do uso adequado do preservativo, especialmente em relações com parceiros desconhecidos, não apenas para evitar a gravidez indesejada, mas também para prevenir infecções. O uso de preservativos é crucial na prevenção de infecções, especialmente aquelas que são incuráveis, como herpes e HIV”, alerta a médica. 

Além das infecções assintomáticas que podem permanecer desconhecidas até atingirem estágios avançados, é vital criar uma consciência coletiva sobre a necessidade de realizar exames para a detecção precoce. Esta prática não apenas beneficia a saúde individual, mas também contribui para evitar a transmissão dessas infecções para outras pessoas. Por isso, a FEBRASGO recomenda a visita regular ao ginecologista.

 

Páscoa com Equilíbrio: Nutricionista Vanessa Costa compartilha dicas para celebrar a data sem descuidar da saúde

 Não cancele o feriado, porque é possível comer chocolate sem comprometer toda sua rotina saudável

 

O feriado da Páscoa pode ser um momento difícil para quem está tentando manter a uma rotina saudável. Com tantas opções de ovos de chocolate, pode ser realmente um grande teste de autocontrole. A nutricionista Vanessa Costa, especializada em Nutrição Estética e Saúde da Mulher — Criadora do Método Reset, compartilhou algumas dicas valiosas para amenizar a culpa sem deixar de aproveitar.

“Uma estratégia é optar por porções menores e saborear o chocolate com atenção plena, valorizando cada mordida. Além disso, é importante equilibrar com uma alimentação rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais. Ou seja, você não precisa sair da sua dieta para viver os dias de páscoa, basta inserir o chocolate pontualmente na sua rotina”, explica Vanessa.

O consumo excessivo de doces aumenta os níveis de açúcar e gorduras saturadas no organismo, o que pode levar o ganho de peso. Entretanto, Vanessa aconselha substituir por opções mais saudáveis, como frutas frescas ou desidratadas. Também é possível optar por versões de guloseimas com menor teor de açúcar ou até mesmo preparar receitas caseiras usando adoçantes naturais.

Existem diversas alternativas criativas, como preparar em casa ovos de Páscoa com chocolate amargo ou meio amargo. Essa opção, na grande maioria, apresenta menos ou nada de gordura hidrogenada — que é um dos componentes mais prejudiciais nos industrializados. “Quanto maior o teor de cacau, geralmente contêm menos açúcar e mais antioxidantes, como os flavonoides, que podem trazer benefícios para a sua saúde”, ressalta Vanessa.

Outra dica de ouro da Vanessa Costa é manter-se bem hidratado, especialmente ao consumir alimentos mais calóricos. Beber bastante água pode ajudar a controlar o apetite. Além de que na hora da fome, é necessário seguir com as comidas que fazem parte da sua rotina saudável ao invés de substituir uma refeição por uma sobremesa. Dessa maneira, após comer corretamente, a vontade pelo doce diminui e se torna mais fácil evitar os excessos.   



Vanessa Costa - nutricionista especializada em Nutrição Estética e Saúde da Mulher, é a criadora do Método Reset. Além disso, desde os 21 anos é empreendedora e fundadora de uma federação esportiva. Diariamente, Vanessa compartilha em suas redes sociais estratégias, receitas e seu estilo de vida, inspirando mais de 80k mulheres a alcançarem a felicidade e recuperarem o controle de suas vidas.


Dia Internacional da Mulher: conheça o lipedema, condição que atinge cerca de 11% das mulheres brasileiras

 

Muitas vezes confundida com obesidade, o lipedema causa dor e fadiga nas pernas
 

Data que representa a luta por igualdade de gênero e pelos direitos das mulheres, o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é também uma oportunidade de reforçar a importância dos cuidados com a saúde feminina. 

As mulheres possuem maior risco de desenvolver algumas doenças venosas, como o lipedema, pelo fato de estarem mais propensas a problemas genéticos que levam à condição. Isso porque os hormônios femininos contribuem para o desenvolvimento de distúrbios de coagulação sanguínea e a presença de varizes. 

O lipedema é uma doença que afeta cerca de 11% das mulheres. Essa condição crônica é caracterizada pelo acúmulo de gordura, especialmente nos membros inferiores. Ao contrário da gordura comum, caso não haja um acompanhamento, com o tempo, o lipedema pode aumentar em diferentes estágios. 

Um dos principais sintomas é o surgimento de depósitos de gordura simétricos em ambas as pernas (que eventualmente podem se transformar em grandes dobras sobrepostas), sem afetar os pés. O acúmulo de gordura ocorre gradualmente e, nos estágios iniciais, os sinais visíveis incluem uma aparência de "casca de laranja" na pele e possíveis lipomas subcutâneos. 

Além disso, a doença geralmente causa dor nos tecidos moles, tanto em repouso quanto durante o movimento, perda de elasticidade da pele e fadiga. Embora haja uma tendência de acumular gordura da cintura para baixo, formando uma espécie de ‘anel’ no tornozelo, muitos pacientes com lipedema também apresentam acúmulo de gordura nos braços. 

O lipedema é classificado em diferentes níveis. No nível 1, ainda não há alterações na pele, apenas inchaço nas pernas que pode diminuir com a elevação dos membros. No nível 2, ocorre o surgimento de relevos visíveis na pele, bem como a presença de lipomas, eczema e erisipela. Nesse estágio também é perceptível o inchaço ao longo do dia, mas melhora apenas parcialmente com repouso. O nível 3 caracteriza um estágio mais avançado do lipedema, com tecido adiposo endurecido, fibroso, edema evidente e grandes dobras de pele sobrepostas. No quarto e último nível, as dobras são ainda maiores, pode haver comprometimento do sistema linfático (linfedema) e o acometimento não se limita apenas às pernas, mas também aos braços, peito e tronco. 

É importante diferenciar o lipedema, o linfedema e a obesidade, pois eles apresentam características distintas. Enquanto o lipedema envolve depósitos de gordura e edema nas pernas e braços, sem afetar mãos e pés de forma bilateral, o linfedema inclui mãos e pés no quadro clínico, não

necessariamente de forma bilateral. Já a obesidade é caracterizada por um acúmulo generalizado de gordura. 

Embora as causas do lipedema ainda não sejam totalmente conhecidas, suspeita-se que a condição tenha uma base genética, ainda que a doença também pode estar relacionada a questões metabólicas, inflamatórias ou hormonais. 

O diagnóstico do lipedema é feito por meio de exame físico. Ao palpitar o tecido adiposo, o médico pode identificar a presença de nódulos e avaliar sua consistência, considerando o lipedema como uma possibilidade. Exames como ultrassonografia, ressonância magnética e linfografia podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico. 

O lipedema pode causar complicações, como dor crônica, comprometimento progressivo da mobilidade e problemas linfáticos, devido ao inchaço. Além disso, em estágios avançados, pode estar associado ao surgimento de quadros psicológicos, como depressão, devido ao impacto na qualidade de vida. 

Embora não haja cura para o lipedema, o tratamento pode reduzir os danos progressivos, especialmente quando identificado nos estágios iniciais. Recomenda-se o controle de peso por meio de uma alimentação equilibrada e exercícios físicos, pois, embora isso não afete a gordura específica causada pela condição, ajuda a reduzir a gordura não relacionada ao lipedema, prevenindo o aumento da parte inferior do corpo. 

Medicamentos e procedimentos, como drenagem linfática e terapia de compressão, podem ser utilizados. O uso de roupas de compressão ajuda a reduzir o inchaço e a sensação dolorosa. 

A SIGVARIS GROUP, uma empresa global que oferece soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica, possui produtos como a Compreboot Standard (tornozeleira com revestimento de espuma confortável), a Compreflex Standard (que oferece benefícios superiores às bandagens convencionais e possui design autoajustável) e a Compreflex Standard Braçadeira (com compressão ajustável no braço), que podem auxiliar no tratamento do lipedema. Todos os produtos conferem curta elasticidade.


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Dia da mulher: a batalha quando o assunto é saúde

Síndrome pré-menstrual, endometriose, menopausa, câncer de mama. Médicos especialistas da Rede Mater Dei de Saúde trazem orientações sobre como abordar os problemas de saúde citados acima
 

O mês de março é marcado pelo Dia Internacional das Mulheres, que destaca os debates sociais, ressaltando os desafios na luta pela igualdade de gênero. Mas há também outra batalha, na esfera pessoal, referente à saúde: como tocar todas as demandas do dia a dia e ainda lidar com os desconfortos relacionados às alterações hormonais. TPM, endometriose e menopausa são alguns exemplos, além dos controles preventivos contra o câncer de mama. Diante disso, médicos especialistas da Rede Mater Dei apontam quais são os cuidados necessários em cada ciclo da vida feminina para manter o bem-estar e a qualidade de vida.

 

Síndrome pré-menstrual 

Para a maioria das mulheres, a tensão pré-menstrual é uma parte desagradável do ciclo menstrual, mas ela não pode ser incapacitante. Se os sintomas forem acentuados a ponto de impedir as tarefas diárias é o momento de procurar ajuda. A médica ginecologista Rivia Mara Lamaita, Coordenadora Reprodução Humana Rede Mater Dei, explica: “a síndrome pré-menstrual é muito comum em mulheres, cerca de 20 a 50% delas passam por isso. Já o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), acomete 5% das mulheres, e é uma forma mais severa da síndrome, ocasionando em sintomas intensos que podem interferir nas atividades diárias da paciente”. Depressão, insônia, ansiedade intensa, cefaleia, palpitações, náuseas, vômitos, entre outros, são alguns exemplos dos desconfortos que o transtorno disfórico pré-menstrual pode causar. “Se há suspeita de TDPM, as pacientes são orientadas a fazer um diário com os seus sintomas por pelo menos dois ciclos. Assim, conseguimos fazer um diagnóstico criterioso e conduzir o tratamento”, orienta a médica, reforçando a importância do acompanhamento do ginecologista.


 

Endometriose 

Segundo o Ministério da Saúde, a endometriose afeta 1 em cada 10 mulheres no Brasil, e estima-se que até 8 milhões de brasileiras sofram com esse problema. Ele se caracteriza por ser uma alteração no funcionamento normal do endométrio, o tecido que reveste a parede interna do útero. Gera desconforto após atividade sexual e fortes dores pélvicas, principalmente durante o período menstrual. Ainda assim, o diagnóstico na maioria das vezes é feito tardiamente e nem sempre a mulher busca ajuda médica. “Existe uma normalização da dor, muitas mulheres têm cólicas e dores pélvicas e tendem a achar que isso é algo normal. É preciso fazer a população enxergar que sentir dor não é normal, uma vez que compromete o dia a dia. O diagnóstico precoce é essencial para entender quais tratamentos devem ser feitos, seja com medicações, uso de hormônios ou cirurgia”, comenta Claudia Laranjeira, médica e coordenadora do núcleo de Ginecologia e Obstetrícia da Rede Mater Dei de Saúde. O importante é saber que há solução para esse problema e que dores intensas precisam ser avaliadas por um especialista.

 

Câncer de mama

O câncer de mama é uma das doenças que mais afeta as mulheres, tornando-se uma preocupação alarmante em todo o mundo. No Brasil, não é diferente. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de novos casos de câncer aumentará em 77% até 2050, com 15 milhões a mais do que o registrado em 2022 no mundo. A mamografia é um exame indispensável para chegar ao diagnóstico e identificar o melhor tratamento. Apesar de o Ministério da Saúde indicar o exame a partir dos 50 anos, a crescente incidência em mulheres mais jovens indica que é necessário o monitoramento a partir dos 40. Exagero? Não. A doença, quando diagnosticada precocemente, tem mais de 95% de chances de cura e requer tratamentos menos agressivos. Mater Dei tem uma abordagem multidisciplinar e holística para essa paciente. “Entendemos que o tratamento do câncer de mama é baseado em alguns pilares que precisam ser bem estruturados, sendo eles: o diagnóstico preciso, tratamento individualizado e cuidado emocional. Baseado nisso, nossa equipe faz o atendimento integral e acompanhamento multidisciplinar, realizando consultas especializadas, exames indicados, acompanhamento com psicólogos, fisioterapeutas até o acompanhamento nas quimioterapias”, explica Anna Dias Salvador, Coordenadora da Área de Mastologia na Rede Mater Dei.

 

Rede Mater Dei de Saúde

 

Hipertensão e diabetes estão sem controle pelo menos em sete de cada 10 municípios brasileiros

 

MAPA (Monitorização da Pressão Arterial de 24 horas)
é o que há de melhor para diagnóstico, tratamento
e seguimento de pessoas com hipertensão
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Dados são do programa federal Previne Brasil; cardiologista especialista em hipertensão arterial ressalta a urgência de ações voltadas à questão

 

Um alerta foi aceso após os dados do Previne Brasil, programa federal que vincula parte dos recursos da atenção primária ao cumprimento de metas assistenciais: dados do último quadrimestre de 2023 apontam que sete em cada dez municípios brasileiros terminaram o ano sem atingir o mínimo de controle da diabetes e da  hipertensão - considerando para essas conclusões dosar a hemoglobina glicada (que mede o açúcar no sangue nos últimos 90 dias) uma vez por ano e medir a pressão arterial a cada seis meses. 

 

O cenário é atribuído a múltiplos fatores, que vão desde a alta dessas doenças crônicas causada pelo envelhecimento populacional, aliada à falta de profissionais na atenção primária, até problemas de metodologia do sistema de informação do Ministério da Saúde.

 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a hipertensão arterial afeta um em cada três adultos em todo o mundo. Esta condição, caso não diagnosticada e adequadamente tratada, pode causar AVC (Acidente Vascular Cerebral), ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, danos renais e muitos outros problemas de saúde. No ano passado, a OMS publicou seu primeiro relatório sobre os efeitos globais devastadores da pressão alta, incluindo recomendações sobre como combater esse problema, o qual chamou de “assassino silencioso”. Segundo o relatório, aproximadamente quatro em cada cinco pessoas com hipertensão não recebem tratamento adequado. No entanto, se os países conseguirem expandir a cobertura, 76 milhões de mortes poderão ser evitadas até 2050.

 

Embora a idade avançada e a genética possam aumentar o risco de hipertensão, fatores modificáveis como dieta com excesso de sal, falta de atividade física, obesidade, altos níveis de estresse e consumo excessivo de álcool, também podem impactar, ressalta o cardiologista Fernando Nobre, especialista em hipertensão arterial.

 

“A prevenção, a detecção precoce e o tratamento eficaz da hipertensão são algumas das intervenções mais econômicas na área da saúde e precisam ser priorizados na atenção primária”, frisa o médico.

De acordo com a OMS, o aumento no número de pacientes tratados efetivamente para hipertensão, poderia evitar 76 milhões de mortes, 120 milhões de AVCs, 79 milhões de ataques cardíacos e 17 milhões de casos de insuficiência cardíaca até 2050.

 

 

Diagnóstico preciso

 

A MAPA (Monitorização da Pressão Arterial de 24 horas) é o que há de melhor para diagnóstico, tratamento e seguimento de pessoas com hipertensão, segundo Fernando Nobre que, inclusive, é um dos introdutores do método no Brasil e autor de livro sobre o tema, que já está na 6ª edição, tendo treinado mais de 10 mil médicos sobre o assunto.

“Geralmente, a MAPA é solicitada para confirmar ou descartar o diagnóstico de hipertensão, além de avaliar durante as 24 horas a eficácia do tratamento instituído”, fala.

 

Ainda de acordo com o cardiologista, a hipertensão arterial, por determinar praticamente o triplo da chance de doença renal crônica, AVC e o dobro de insuficiência cardíaca, infarto do coração e obstrução de artérias periféricas, deve merecer atenção de autoridades governamentais, sociedades médicas e médicos em geral.

“Não é boa prática deixar que uma doença que tem tanto impacto sobre a saúde com diagnóstico e tratamento de fácil realização seja menosprezada”, conclui.

 

 

Dr. Fernando Nobre - Fernando Nobre é cardiologista, Doutor em Medicina pela USP (Universidade de São Paulo), com área de concentração em Hipertensão Arterial. Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão e do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, além de um dos autores do livro Hipertensão (junto com Celso Amodeo e Andréa Brandão), na sua 3ª. Edição.

 

Dia da Mulher: SBGG reforça necessidade de apoio social para mulher idosa

 

Entidade ressalta a importância dos diferentes papéis que a mulher idosa exerce na sociedade e de como ela também precisa de um apoio nesta fase da vida

 

Envelhecer significa passar por um processo natural e inevitável ao ser humano. No entanto, quando falamos em mulheres idosas, é fundamental que se considere os diversos papéis sociais por elas vividos ao longo doa anos. Quase sempre sendo valorizada exclusivamente pelos seus papéis de mãe e esposa, tendo como atributo principal de sua vida, o lar e os cuidados com os membros da família, sua própria vida , seus sonhos e projetos ficavam em segundo plano. 

Com o aumento da expectativa de vida, mais mulheres acima dos 60 anos se tornaram cuidadoras de seus pais, também idosos. Além disso, ajudam a cuidar dos netos ou a fazerem os serviços domésticos para os filhos. 

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as pessoas idosas representam um quinto da população brasileira. Dessas, 18,5% trabalham, 85% moram com outras pessoas e 75% contribuem com pelo menos metade da renda familiar. Já segundo pesquisa do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), a inflação dos serviços de saúde e remédios passou de 22% para 30% a proporção de brasileiros afetados pela alta de pela alta de preços em 2022. Com isso, muitos idosos não conseguem se manter ou contribuir com a renda familiar apenas com as suas aposentadorias, sendo obrigados a voltarem ao mercado de trabalho atrás de uma vaga de emprego. 

Uma forma relevante de suporte a essas mulheres são as chamadas redes de apoio, composta, em muitos casos, por familiares. “Sentir-se ouvido e acolhido é essencial para o bem-estar emocional. As mulheres idosas que possuem uma rede de apoio emocional se sentem mais seguras e confiantes, pois sabem que podem contar com pessoas que as escutam sem julgamentos, que oferecem suporte e orientação nos momentos difíceis. Essa rede de afeto contribui para a saúde mental e física, além de promover o sentimento de pertencimento e de valorização”, explica a presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Naira Lemos. 

A SBGG destaca a importância de ações governamentais que possam oferecer mais suporte às mulheres idosas, principalmente aquelas direcionadas aos direitos sociais, como por exemplo aumentar o investimento em programas de prevenção e combate à violência, ampliar o acesso a serviços de saúde de qualidade, com foco na prevenção e atenção especializada às doenças prevalentes na população idosa feminina. Além disso, garantir o acesso a serviços de apoio social e familiar, como centros de convivência, e programas intergeracionais, são algumas das políticas públicas que podem ser implementadas para ampliar a qualidade de vida e a dignidade da mulher idosa. 

“É necessário trazer à tona, sempre, pautas direcionadas aos direitos sociais da população idosa, em especial aos da mulher idosa. Temos que ter um olhar mais acentuado a esse público que executa um papel fundamental na sociedade, e que muitas vezes é invisibilizado”, finaliza Naira.

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG

 

Mitos e verdades sobre casos de dengue em crianças e recém-nascidos

 

Em meio a tantos casos registrados no Brasil, a pediatra Tatiana Cicerelli desmistifica boatos e ressalta a importância das gestantes em evitar o contágio

 

 

  1. Quadros de dengue nos pequenos podem apresentar os sintomas semelhantes aos de outras viroses? 

Sim! 

Os quadros de dengue em crianças podem apresentar sintomas semelhantes aos de outras viroses, como febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos e erupção cutânea. Por isso, é importante consultar um médico para um diagnóstico preciso, especialmente em áreas endêmicas de dengue.

 

1.   O grande desafio de diagnóstico em bebês menores de 2 anos é a dificuldade dos pequenos em expressar sintomas? 

Sim, isso é correto. O diagnóstico de dengue em bebês menores de 2 anos pode ser desafiador devido à sua dificuldade em expressar sintomas de forma clara. Os bebês podem não conseguir comunicar adequadamente seus sintomas, o que pode dificultar a identificação da doença pelos pais ou cuidadores. Além disso, os sintomas da dengue em bebês podem ser menos específicos e mais sutis do que em crianças mais velhas ou adultos, o que pode levar a um diagnóstico mais demorado ou incorreto. Portanto, é importante estar atento a quaisquer sinais de doença e buscar orientação médica se houver preocupações.

 

  1. Dor abdominal em crianças pode ser indicativo de dengue? 

Sim, dor abdominal em crianças pode ser um sintoma da dengue, especialmente se acompanhada de outros sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, náuseas e vômitos. No entanto, é importante observar que a dor abdominal pode ter diversas causas em crianças, incluindo infecções virais, gastrointestinais ou urinárias, entre outras. Portanto, se uma criança apresentar dor abdominal, especialmente se houver outros sintomas sugestivos de dengue ou se estiver em uma área endêmica da doença, é importante consultar um médico para avaliação e diagnóstico adequados. 

 

  1. Crianças podem fazer o exame de PCR ou detecção do antígeno viral (NS-1)? 

Sim, crianças podem fazer o exame de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) ou detecção do antígeno viral (NS1) para diagnóstico da dengue. Estes exames são métodos comuns utilizados para detectar o vírus da dengue no sangue do paciente. O exame de PCR detecta o material genético do vírus, enquanto o teste de detecção do antígeno NS1 detecta uma proteína viral específica. Esses testes podem ser realizados em crianças, embora o método exato de coleta de amostras e a interpretação dos resultados possam variar de acordo com a idade e a capacidade de colaboração da criança. Sempre é recomendado consultar um médico para determinar o melhor curso de ação para diagnóstico e tratamento.

 

1.   O tratamento pode incluir analgésicos? 

Sim, o tratamento da dengue pode incluir analgésicos para ajudar a aliviar os sintomas de dor, como dores musculares e de cabeça, que são comuns durante a doença. No entanto, é importante evitar medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno e naproxeno, pois podem aumentar o risco de complicações hemorrágicas associadas à dengue. Em vez disso, os analgésicos recomendados para o tratamento da dengue incluem paracetamol, que é considerado seguro para uso durante a infecção por dengue. Sempre é importante seguir as orientações médicas e as instruções de dosagem adequadas ao administrar analgésicos para crianças.

 

  1. Crianças não podem ser vacinadas contra a dengue? 

A diretriz brasileira autoriza a vacina  "Q Denga" a partir dos 4 anos de idade.  

 

  1. É proibido o uso de repelentes em recém-nascidos? 

O uso de repelentes em recém-nascidos não é aconselhado e sob necessidades estrita, deve ser feito com cautela e somente sob orientação médica. Em geral, a maioria dos produtos repelentes não é recomendada para uso em bebês com menos de 2 meses de idade devido à sensibilidade da pele e ao risco de toxicidade. Recomenda-se que os pais consultem um pediatra antes de usar qualquer tipo de repelente em bebês, especialmente em recém-nascidos. O médico poderá fornecer orientações específicas sobre o uso seguro de repelentes em bebês, incluindo a escolha do produto mais adequado e a aplicação correta. Além disso, é importante tomar outras medidas para proteger os bebês de picadas de insetos, como manter os bebês cobertos com roupas leves e usar mosquiteiros em berços e carrinhos.

 

  1. Respiração rápida não é sintoma da doença nos pequenos? 

Respiração rápida não é um sintoma típico da dengue em bebês e crianças pequenas. Os sintomas mais comuns da dengue em crianças incluem febre, dores musculares, dor de cabeça, dor abdominal, náuseas, vômitos e erupção cutânea. No entanto, se uma criança desenvolver dificuldade respiratória, isso pode indicar uma complicação grave da dengue, como síndrome de choque por dengue ou dengue grave, que requer atenção médica imediata. É importante monitorar de perto os sintomas de uma criança com suspeita de dengue e procurar assistência médica se houver sinais de complicações respiratórias ou outros sintomas graves. 

 

  1. Não foram registrados casos de crianças assintomáticas? 

A dengue é uma doença viral transmitida principalmente por mosquitos infectados. Em geral, os casos de dengue envolvem sintomas como febre, dores musculares, dor de cabeça, dor abdominal, náuseas, vômitos e erupção cutânea. No entanto, é possível que algumas pessoas, incluindo crianças, possam ser infectadas pelo vírus da dengue e não apresentar sintomas, sendo assintomáticas.

 

Embora casos assintomáticos de dengue possam ocorrer em pessoas de qualquer idade, é mais comum que crianças e adultos jovens tenham casos assintomáticos ou apresentem sintomas leves que passam despercebidos. No entanto, é importante notar que a gravidade dos sintomas da dengue pode variar amplamente de pessoa para pessoa, e algumas crianças podem desenvolver complicações graves, especialmente se forem infectadas por um sorotipo diferente do vírus da dengue após uma infecção anterior. 

É importante seguir as recomendações de prevenção da dengue, como eliminar criadouros de mosquitos, usar repelente, roupas protetoras e telas em janelas e portas, independentemente de apresentar sintomas ou não.

 

  1. Ácido acetilsalicílico, como a aspirina, pode ser usado no tratamento? 

Não, o ácido acetilsalicílico (aspirina) não deve ser usado no tratamento da dengue. O uso de aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno e naproxeno, não é recomendado para o tratamento da dengue devido ao risco de complicações hemorrágicas, especialmente em casos de dengue grave. 

Em vez disso, para aliviar os sintomas da dengue, como febre e dores, é recomendado o uso de paracetamol, que é considerado mais seguro em casos de infecção por dengue. No entanto, é importante seguir as orientações médicas e as instruções de dosagem adequadas ao administrar qualquer medicamento, incluindo paracetamol, durante a dengue. Sempre consulte um médico para obter orientações específicas sobre o tratamento da dengue.

 



Tatiana Cicerelli Marchini – Médica Pediatra e Neonatologista - CRM-SP 129889. Formação em Medicina pela Universidade São Francisco em 2007. Fez residência médica em Pediatria pelo Hospital Universitário São Francisco e também em Neonatologia pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É especialista em Pediatria e em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Membro da American Academy of Pediatrics (AAP). Possui Certificação em Amamentação e em Reanimação Neonatal, ambas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Experiência profissional com atuação em Ambulatório de Recém Nascido de Alto Risco e também em Consultório Médico Atua, ainda, como Neonatologista na Equipe da Clínica Parto com Amor, atendendo nas principais maternidades de São Paulo - Hospitais Albert Einstein, São Luiz, Pro Matre , Santa Joana - com foco na assistência humanizada ao parto.
https://www.instagram.com/dratatianacicerelli/


Gestantes devem redobrar os cuidados com a Dengue

 Com mais de 5 mil casos registrados nas últimas semanas, a ginecologista Roberta Simonaggio destaca que sem diagnóstico precoce, a doença pode levar ao aborto e até a morte

 

Só neste começo de ano o Brasil já ultrapassou 700 mil casos de dengue. Além disso, 135 mortes foram provocadas pela doença e outros 481 casos estão em investigação, de acordo com dados do Ministério da Saúde.  

 

Entre as gestantes, foram mais de 5 mil registros de contágio pela doença em seis semanas, atingindo uma alta superior a 300% na comparação com 2023.

 

Em meio ao cenário preocupante, as futuras mamães tornam-se o público principal de atenção e precisam redobrar os cuidados. “Estamos falando de um grupo de risco e que contrair a dengue pode levar ao óbito e resultar em aborto do feto”, explica a ginecologista Roberta Simonaggio.

Em mulheres grávidas e puérperas a doença pode variar de forma assintomática e prejudicar os cuidados necessários com o bebê.

“Se a grávida pegar dengue no começo da gestação, pode levar a um abortamento. Se a infecção ocorrer no meio da gravidez, pode ocasionar o nascimento de um bebê prematuro. E por fim, se a doença for adquirida próxima ao parto, os vírus que estão circulando na mãe podem infectar o bebê, já que a placenta é uma via de transmissão. Assim, se o recém-nascido nascer com dengue, pode ter complicações”, explica a ginecologista.

Após o parto já não é mais possível transmitir ao bebê pelo aleitamento, mas ainda é recomendado o uso de repelente pra evitar o contágio até mesmo do pequeno, “ afinal, a prevenção continua sendo a melhor forma de evitar a doença”, conclui a médica.

 



Dra. Roberta Simonaggio - Ginecologista e Obstetra - 𝑪𝑹𝑴 / 146440 - 𝑹𝑸𝑬 / 71435. Médica formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em 2010. Fez especialização em Ginecologia e Obstetrícia e em Endoscopia Ginecológica também na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo nos anos de 2011 a 2015. Fez especialização em reprodução Humana no Hospital Pérola Byington no ano de 2015. E atualmente atende em consultório e nos principais hospitais e maternidades de São Paulo.
http://robertasimonaggio.com/
https://www.instagram.com/dra.robertasimonaggio/


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