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quarta-feira, 6 de março de 2024

Lutas: Ombros são uma das articulações mais afetadas na modalidade esportiv

O ombro, articulação com maior arco de movimento e
 demandada em praticamente todas as modalidades
 de luta, é uma das partes mais expostas a lesões
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Lesões e dores são recorrentes em praticantes de esportes de combates, cada vez mais populares; SBCOC ressalta ações para prevenção

 

No recente duelo relâmpago de 36 segundos com nocaute de Acelino Popó Freitas, tetracampeão mundial de boxe, em Kleber Bambam, não houve nem tempo para que acontecesse uma lesão nos lutadores. Mas o fato é que o ombro, articulação com maior arco de movimento e demandada em praticamente todas as modalidades de luta, é uma das partes mais expostas a lesões. Jiu-jitsu, muay thai, boxe, kung fu, os esportes de combate estão cada vez mais comuns e, nas academias, já dividem espaço com os praticantes de musculação. Ganhando cada mais adeptos, é importante dar atenção especial a essa parte do corpo. 

 

“As diferentes técnicas utilizadas nas diversas modalidades de esportes de combate conferem características particulares a cada uma, o que acaba também se refletindo nas lesões mais associadas a elas, mas, geralmente, os praticantes sofrem com lesões musculares e tendinosas, luxações ou fraturas”, fala o ortopedista e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos.

 

Algumas medidas simples podem ser grandes aliadas para minimizar o risco de lesões, como o preparo antes e depois dos treinos e o período de descanso para recuperação dos tecidos.

 

“Trabalhar o fortalecimento dos ombros é fundamental. É importante manter a prática de exercícios que estimulem a força dos músculos ao redor do ombro. Isso também ajudará a manter a estabilidade da articulação”, explica o especialista.

 

O aquecimento e o alongamento também são essenciais. “Aquecer os ombros com alongamentos corretos, sob orientação de um profissional habilitado antes de qualquer prática esportiva, pode ajudar a prevenir lesões”, pontua.

 

O cirurgião salienta que treinar com dor no ombro pode ser potencialmente prejudicial. “A dor pode ser um sinal de lesão e continuar treinando enquanto sente esse desconforto pode piorar a situação, além de levar a lesões mais graves”, ressalta. “A dor é um mecanismo de aviso do corpo, então, nesses casos, procure um especialista o quanto antes para o diagnóstico, orientação e tratamentos adequados”, conclui.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo


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