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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Epidemia de dengue deixa condomínios em alerta

A uCondo, plataforma de gestão de condomínios com mais de 370 mil usuários no app em 4 mil condomínios do país, lista os cuidados contra o mosquito Aedes aegypt 

 

Os casos de dengue no mês de janeiro de 2024 triplicaram em comparação com o mesmo período de 2023. As notificações no primeiro mês do ano foram de 217 mil casos, contra 65 mil no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde, e a expectativa é que ainda em fevereiro o pico do ano passado seja ultrapassado. Com a estimativa de aumento da doença, os condomínios devem se atentar aos riscos e prevenir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, vetor de transmissão não apenas da dengue, mas da zika e chikungunya.

Combater o Aedes Aegypti em um condomínio é uma tarefa coletiva que requer o engajamento de todos os moradores, síndicos, administradoras e equipes responsáveis pela manutenção. A uCondo, plataforma de gestão de condomínios com mais de 370 mil usuários no app em 4 mil condomínios do país, separou cinco dicas essenciais para combater a dengue no condomínio:

1- Informação: nem todo mundo acompanha os jornais e muitos não têm ideia que estamos vivendo uma epidemia de dengue. Por isso, a informação deve estar em primeiro lugar. Vale utilizar os aplicativos de gestão e comunicação do condomínio e todos os meios para avisos, notificações de vistorias, alertas de casos na região e os riscos da doença. Promover campanhas de conscientização relembra a todos as medidas preventivas e pode salvar vidas.; 

2- Eliminação de criadouros: inspecionar regularmente todas as áreas comuns e unidades do condomínio em busca de objetos que possam acumular água parada, como vasos de plantas, pneus velhos, garrafas vazias e calhas entupidas;

 

3- Manutenção adequada: manter as áreas comuns limpas e bem cuidadas, com atenção especial para a manutenção de piscinas, jardins e espaços de lazer;

4-Coleta de lixo: ter um sistema eficaz de coleta de lixo, evitando o acúmulo de objetos que possam se tornar criadouros de mosquitos. Incentivar o descarte correto dos resíduos.

5 Vistorias regulares: não é indicado aguardar os agentes públicos para verificar onde estão possíveis focos, já que há uma epidemia da doença. Por isso, vale organizar vistorias regulares para identificar se há reprodução do mosquito. Estabelecer um cronograma de inspeções e ações corretivas. Para isso, vale envolver condôminos e funcionários.



uCondo
site



Exercer a cidadania, hoje e sempre

 A desigualdade tem sido uma característica arraigada em nossa sociedade por séculos. Principalmente para aqueles que residem em grandes cidades brasileiras, basta sair às ruas para deparar-se com manifestações visíveis dessa disparidade social. Crianças se expondo nos cruzamentos em busca de algumas moedas, pessoas segurando cartazes de papelão em busca de emprego para sustentar suas famílias, e supostas mães com supostos filhos pedindo esmolas são apenas algumas das muitas expressões da pobreza que infelizmente afeta milhões de pessoas. 

Além dessas formas mais óbvias de desigualdade, há também questões mais graves que pesam em nossa consciência: dependência química, refugiados de outros países e moradores de rua que diariamente nos confrontam com a realidade de que algo está profundamente errado em nossos esforços para combater a desigualdade social. 

É evidente que essa situação social, cada vez mais preocupante, só tende a piorar. Os governos no Brasil, seja em nível municipal, estadual ou federal, demonstram-se absolutamente despreparados e ineficazes para lidar com essas questões. Em geral, medidas paliativas e caras são anunciadas, especialmente em anos eleitorais, apenas para serem rapidamente esquecidas. Infelizmente, sem uma ação decisiva da sociedade, nada irá mudar. Como bem afirmou André Franco Montoro, ex-governador do estado de São Paulo, ninguém vive na União ou no Estado. Nosso lugar é em um município. 

Aqui surge a pergunta: qual é a minha contribuição dentro do meu município? 

Para aqueles que veem as situações de crise como oportunidades para obter lucro, sempre há maneiras de explorar monetariamente o sofrimento alheio. Por exemplo, um fabricante de produtos de higiene pode aumentar os preços após uma enchente. Ou os comerciantes podem elevar os preços da água engarrafada, alimentos, roupas, entre outros. Todas as crises geram uma série de oportunidades, inclusive financeiras. Estão esses indivíduos atentos apenas aos seus próprios interesses, sem se importar com aqueles que estão em necessidade? 

Outra postura possível é a indiferença. Afinal, o problema não nos diz respeito. Pagamos nossos impostos religiosamente, trabalhamos duro para conquistar o que temos, somos éticos, honestos e sentimos que nossa consciência está limpa. "Cada um cuide do que é seu. Isso é problema do governo", dizem alguns. 

No entanto, cada vez mais pessoas estão engajadas em agir voluntariamente para, pelo menos, amenizar o sofrimento daqueles que estão em necessidade. Esses cidadãos e cidadãs preocupam-se com o bem-estar dos outros e têm compaixão. Eles compartilham o que podem, tanto com bens quanto com tempo, para aliviar o sofrimento alheio.

 Devemos sempre agir com empatia em relação aos mais necessitados, mas também devemos cobrar constantemente nossos governantes, pois eles são servidores públicos eleitos democraticamente para representar a sociedade por um período determinado. Uma sociedade mais justa, igualitária e solidária dependerá, em última análise, das nossas ações.

 

Celso Luiz Tracco - economista, teólogo, escritor – www.celsotracco.com.br

 

Carnaval e cerveja: confira cinco dicas para curtir a folia com alegria e moderação

Indústria cervejeira incentiva que foliões se mantenham hidratados e bebam com responsabilidade

 

O Carnaval é conhecido por ser um período de diversão e de grande movimentação na economia brasileira. A indústria cervejeira atua ativamente para que a festa seja geradora não só de alegria, mas também de emprego e renda. Todos os anos, associadas do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) abrem postos de trabalho para centenas de pessoas nos principais carnavais, de Norte a Sul do país. 

Além da economia, outra bandeira do setor cervejeiro no Carnaval é o consumo responsável de bebidas alcoólicas: a indústria promove ações educativas para engajar os foliões sobre a importância do consumo consciente e combate aos excessos. 

“A indústria cervejeira apoia a cultura brasileira, suas festividades e tradições. Mas também pedimos para que os foliões consumam bebidas alcoólicas com consciência, sempre intercalando com água e alimentos. A moderação é o melhor caminho para a diversão”, afirma o presidente executivo do Sindicerv, Márcio Maciel. 

Por conta disso, o Sindicerv separou cinco dicas para os foliões aproveitarem os bloquinhos de rua e as escolas de samba com alegria e moderação. Confira!

 

1 – Sabia diferenciar o teor alcoólico das bebidas

O folião precisa saber que cada bebida alcoólica possui uma porcentagem de álcool diferente e que isso faz diferença na hora no consumo.

A ciência comprova: a absorção do álcool pelo corpo é mais rápida quando a concentração de álcool na bebida está acima de 20%, e os níveis de álcool no sangue também aumentam mais rapidamente nesses casos. Com este cenário, a festa pode acabar mais cedo. 

Por isso, bebidas com menor teor alcoólico são uma ótima opção para aproveitar o Carnaval até o final, aproveitando cada momento com consciência e responsabilidade.

 

2- Que tal uma cerveja sem álcool? 

Durante a folia, o consumo de bebidas alcoólicas deve ser feito de forma moderada, sem exageros. Para quem quer pegar mais leve ou busca outras opções de bebidas, a cerveja sem álcool é uma alternativa. Ela é uma bebida que apresenta as mesmas características e o mesmo sabor de cerveja que você já conhece, só não possui álcool. Não é mágico? 

“A cerveja sem álcool é uma solução inovadora da indústria cervejeira e atende a uma demanda de consumo daqueles que buscam um estilo de vida mais leve, saboroso e equilibrado, mesmo no Carnaval. Cada vez mais, estamos inovando em novos produtos para agradar todos os perfis de consumidores e promover a saúde”, explica Márcio Maciel.

 

3 – Bebeu água? 

Não? Se manter hidratado é essencial para aguentar a maratona carnavalesca com saúde e sabedoria. E o melhor é não esperar ficar com sede. A dica é consumir bastante água, principalmente se for ingerir bebidas alcoólicas. Essa intercalação garante uma hidratação adequada durante todo o bloquinho.

 

4 – Conheça seus limites e respeite o outro 

É importante que cada folião respeite seus próprios limites durante a folia. A melhor dica é prestar atenção aos sinais do corpo e saber parar na hora certa. A diversão não está na quantidade de bebida ingerida, mas sim na consciência e na responsabilidade. O consumo excessivo de álcool leva a comportamentos inadequados, o que pode prejudicar a sua experiência e de outras pessoas.

 

5 – Se beber, não dirija! 

A indústria cervejeira dá apoio incondicional a Lei Seca com tolerância zero para álcool na direção. Caso for ingerir bebidas alcoólicas, use outras opções de deslocamento, como o transporte público e por aplicativos. Ou peça carona para aquele amigo que irá tomar apenas cerveja zero. Álcool e direção não combinam de jeito nenhum. Lembrando que a venda e o consumo de bebidas alcoólicas são permitidos apenas para maiores de 18 anos.

 

Estágio 2024: saiba como se sair bem nas entrevistas de emprego

Especialista do Pravaler dá dicas para aqueles que buscam o primeiro emprego e desejam se destacar durante as etapas de recrutamento


Em uma pesquisa conduzida pela Nube, 40,93% dos jovens afirmaram que não se sentem plenamente preparados para realizar entrevistas de emprego. Seja por causa de dúvidas pontuais ou de um nervosismo, existem inúmeras causas para que a ocasião provoque um desconforto àqueles que buscam dar início à sua jornada profissional. Como em todo início de semestre, há uma grande probabilidade de abertura de vagas nos primeiros meses de 2024, estar preparado para as entrevistas e dinâmicas durante o processo de recrutamento e seleção é fundamental.

“Como qualquer outra atividade que realizamos pela primeira vez, é comum que as primeiras entrevistas de emprego sejam um pouco mais desafiadoras”, explica Fernanda Inomata, Chief Human Resources Officer (CHRO) do Pravaler, principal plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação do Brasil. “Com a prática, vamos nos aperfeiçoando e nos tornando melhores nesses momentos”. 

De acordo com a executiva, que possui mais de 13 anos de experiência em Recursos Humanos, há diversas formas de se preparar para as entrevistas e se destacar perante os outros concorrentes. “Ingressar no mercado de trabalho é uma etapa profissional importante, pois é um momento de muito aprendizado. Inseguranças e ansiedade são normais, mas são as habilidades, o interesse e o desempenho do candidato que vão abrir as portas para alguma oportunidade”.

Para quem quer se sair bem nas entrevistas, Fernanda Inomata elencou algumas dicas. Confira:  

 

Pesquise sobre a empresa anteriormente

Muitas vezes, aqueles que realizam uma bateria de testes em um curto período acabam por subestimar a importância dessa etapa. Antes da entrevista, busque pesquisar mais sobre a empresa em questão para assim analisar quais são os valores e se eles condizem com seu perfil.

 

Leve perguntas para a entrevistas

Tendo em consideração a importância da etapa anterior, ao pesquisar, diversas dúvidas sobre a empresa podem surgir. Anote as mais relevantes e pergunte-as durante a entrevista. Isso demonstra um senso de interesse extra pela vaga, o que pode ser um diferencial essencial.

 

Entenda como contar sua história

Uma entrevista de emprego, em diversos casos, nada mais é do que um momento de expressar sua jornada para então provar seu valor no mercado. Invista tempo em desenvolver sua habilidade de oratória, seja por cursos, praticando com um amigo ou até mesmo por meio de gravações autônomas. Para o recrutador o que irá contar é o seu nível de comunicação, a construção do raciocínio lógico, a facilidade em resolver problemas, se você sabe trabalhar bem em equipe e como lida com frustração. Dessa forma, sua abordagem será ainda mais eloquente e convincente aos entrevistadores. 

 

Valorize seus pontos fortes

Mesmo aqueles sem experiência prévia possuem inúmeras habilidades que o farão atrativo para o mercado de trabalho. É essencial saber valorizar essas características durante as entrevistas, exemplificando por meio de seus feitos em atividades acadêmicas e até mesmo no seu dia a dia pessoal. Quer valorizar sua proatividade? Mencione a participação em um centro acadêmico; para destacar sua disposição e empatia, fale sobre algum trabalho voluntário, isso fará diferença no momento da seleção.  

 

Não tenha medo de admitir seus pontos fracos

Mostrar aos entrevistadores que você está ciente de suas fraquezas profissionais é tão importante quanto valorizar seus pontos fortes. Isso porque essa noção demonstra uma grande responsabilidade por parte dos entrevistados e, principalmente, em oportunidades de estágio. Não saber de tudo não é nada para se envergonhar. O mais importante é demonstrar vontade em aprender e melhorar sempre!

 

Não tenha medo de pecar pelo excesso

Durante suas entrevistas, principalmente se forem presenciais, lembre-se de se arrumar para a data. É muito importante causar uma primeira impressão positiva. Para ser assertivo e se adequar da melhor forma, o ideal é pesquisar sobre a cultura organizacional da empresa e se há um código de vestimenta. 

 

Atenção à linguagem corporal e verbal

Durante a entrevista, é fundamental que você se atente não somente a como se porta (postura ereta, mãos sempre à vista e entonação de voz clara são sempre recomendadas), mas também como se expressa. Tente evitar gírias e vícios de linguagem como “tipo” durante suas falas. Para praticar, aplique as mesmas técnicas de quando for contar sua história e pratique bastante os pontos que quer levantar, para que não soe robótico.

 

Destaque suas habilidades comportamentais

Durante a entrevista e outras etapas do recrutamento, demostrar raciocínio lógico, adaptabilidade, trabalho em equipe, busca por soluções de problemas e comunicação assertiva são habilidades comportamentais que diferenciam os candidatos. Portanto, dar ênfase nessas qualidades é essencial!

Se você está em busca de autoconhecimento, desenvolvimento pessoal e entender melhor as suas características e habilidades comportamentais, alguns testes de perfil pode te ajudar a descobrir quais são seus pontos fortes, desafios e como melhorar seu desempenho em diferentes áreas da sua vida. Confira aqui.

 

Fonte: https://www.nube.com.br/pesquisa/2022/05/02/voce-se-sente-preparado-para-participar-de-uma-entrevista-de-estagio-ou-emprego


Os 7 elementos que garantem a segurança psicológica no ambiente de trabalho

Saiba quais as características fundamentais e os benefícios deste conceito 

 

O conceito de segurança psicológica está no centro das atenções das organizações desde que o Google publicou os resultados do estudo realizado em um projeto interno, em que investigou por três anos as características das equipes de alta performance e concluiu que o nível de segurança psicológica é o padrão mais importante dos times com desempenho superior.  

Porém, algumas abordagens reduzem o conceito a “ser gentil com os outros” ou a “falar sobre erros”, sendo que há mais de 20 anos a Drª Amy C. Edmondson, professora na Harvard Business School, descreveu a segurança psicológica como “uma crença compartilhada pelos membros de uma equipe de que essa equipe é um espaço seguro para tomada de riscos interpessoais”.  

Para a psicóloga Patrícia  Ansarah, fundadora do Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP), para garantir a promoção do ambiente psicologicamente seguro nas organizações, as equipes devem estar atentas aos seguintes indicadores de comportamentos:  

 

  1. Reagir a Erros 

Se o integrante da equipe cometer um erro, isso não pode se voltar contra ele. As equipes têm melhor desempenho quando seus membros sentem que podem agir e falar abertamente, sem medo de serem colocados em uma situação constrangedora, mesmo quando cometem uma gafe ou erro. 

 

  1. Lidar com as Questões 

Os membros do time precisam estar aptos a apontar problemas e questões difíceis de trabalho para a discussão conjunta. Portanto, é preciso desenvolver um alto nível de confiança mútua para que as pessoas saibam que podem dizer o que pensam e se sintam seguras para falar. São em momentos assim que podem surgir ideias inovadoras. 

 

  1. Aceitar a Diversidade 

Qualquer pessoa da equipe nunca deve rejeitar outra por ser diferente ou por pensar diferente. É fundamental que a cultura da diversidade esteja presente entre todos os membros da equipe, para que ninguém se sinta rejeitado por ter pontos de vista fora dos padrões pré-estabelecidos. 

 

  1. Assumir Riscos 

Os integrantes do time devem ter a certeza de que é seguro assumir riscos sem sofrer retaliação. Para isso, é preciso cultivar um ambiente seguro para que todos possam se arriscar sem serem julgados. 

 

  1. Pedir Ajuda 

É fácil pedir ajuda para membros dessa equipe. Para alcançar este elemento, todos devem adotar uma cultura de aproximação, sendo acessíveis e solícitos. É importante estabelecer canais e ferramentas de comunicação para tornar o processo de ajuda mais ágil e efetivo. 

 

  1. Respeito Mútuo 

A relação de respeito entre os indivíduos deve ser recíproca, ninguém pode minimizar o esforço do outro, de forma deliberada. Esta premissa das relações humanas deve ser baseada na solidariedade e empatia. O respeito mútuo é um elemento poderoso para a resolução de conflitos e diálogos produtivos. 

 

  1. Apreciação 

As contribuições e os talentos de cada um devem ser valorizados pela equipe. Os membros do time precisam notar que suas habilidades são utilizadas e também reconhecidas. 

 


Patrícia Ansarah - Precursora do conceito de segurança psicológica no Brasil, a psicóloga organizacional Patrícia Ansarah - com mais de 20 anos atuando em RH e como executiva de grandes empresas - criou o instituto para endossar o pioneirismo e dar visibilidade ao tema no Brasil e levar soluções integradas por meio da segurança psicológica para o desenvolvimento de times e organizações.


Instituto Internacional em Segurança Psicológica (IISP)


Perda de grandes herbívoros afeta interações entre plantas e seus inimigos naturais, mostra estud

 

A anta (Tapirus terrestris) é o maior herbívoro de
florestas tropicais, sua extinção afeta indiretamente
interações entre plantas e patógenos
(
foto: JP Krajewski)

 Pesquisadores compararam danos nas folhas causados por insetos e patógenos em áreas com e sem a presença de mamíferos como antas, veados e queixadas. Ausência dos animais levou à perda de microrganismos que causam doenças nas folhas, o que pode afetar processos ecoevolutivos em longo prazo e diminuir a biodiversidade de florestas tropicais

 

Insetos e microrganismos que se alimentam de plantas, consumindo parte das folhas, modificando o tecido foliar ou mesmo gerando manchas escurecidas, são comumente chamados de pragas e considerados prejudiciais. Porém, interações entre plantas e seus inimigos naturais são importantes mecanismos geradores e mantenedores de biodiversidade.

Em florestas tropicais, por exemplo, essas “pragas” fazem parte de grandes redes ecológicas, das quais depende o funcionamento dos ecossistemas. Sua diminuição, portanto, pode ser um indicador de mudanças no funcionamento da floresta, cujas consequências ainda são pouco conhecidas.

Estudo publicado ontem (08/02) no Journal of Ecology mostra que a perda de grandes mamíferos herbívoros, como antas, veados e queixadas, pode ser um fator para a perda de interações entre plantas e seus inimigos naturais.

“Na ausência de grandes mamíferos que se alimentam de plantas, removem e pisoteiam o solo, ocorre um aumento de riqueza de espécies vegetais em curto prazo. Como os patógenos têm relações muito específicas com suas plantas hospedeiras, áreas com maior riqueza de espécies diluem as chances de se espalharem e seguirem seu ciclo de vida. A diminuição das interações entre planta e patógeno pode ter consequências evolutivas para ambos”, conta Carine Emer, primeira autora do estudo, desenvolvido durante seu pós-doutorado no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (IB-Unesp), em Rio Claro, com bolsa da FAPESP.

Folha do sub-bosque danificada por inimigos
naturais na Mata Atlântica
foto: André Assis Bherig

Outra possível razão para a diminuição dos patógenos na ausência dos grandes herbívoros é o fato desses animais percorrerem grandes distâncias na floresta. Com isso, podem levar microrganismos de uma planta para outra, o que não acontece quando são extintos localmente.

Os resultados são fruto de dois projetos apoiados pela FAPESP. O mais recente, “DEFAU-BIOTA: efeitos da defaunação no carbono do solo e na diversidade funcional de plantas da Mata Atlântica”, é financiado no âmbito do Programa BIOTA e coordenado por Mauro Galetti, professor do IB-Unesp que também assina o artigo.

O outro foi o projeto “Consequências ecológicas da defaunação na Mata Atlântica”, também coordenado por Galetti, que desde 2009 monitora um conjunto de parcelas pareadas de Mata Atlântica, áreas de 15 metros quadrados, em quatro locais no Estado de São Paulo. Uma das parcelas é cercada para evitar a entrada dos grandes mamíferos herbívoros, enquanto a outra permanece livre para a passagem desses animais.

Dessa forma, é possível observar os efeitos da exclusão de queixadas, antas, veados, bem como de pacas e cutias, nas plantas, no solo e nas interações ecológicas, como na herbivoria foliar causada por insetos. Em trabalhos anteriores, o grupo já havia mostrado a importância dos grandes mamíferos na fertilidade do solo da floresta, na estrutura espacial das comunidades de plantas e na dispersão de sementes (leia mais em: agencia.fapesp.br/34879/agencia.fapesp.br/37324/ agencia.fapesp.br/31388/).

Galetti também é um dos coordenadores do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças Climáticas (CBioClima), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.


Mamíferos, insetos e microrganismos

No trabalho atual, os pesquisadores analisaram danos foliares em 10.050 folhas de 3.350 plantas em 86 parcelas, distribuídas em áreas de Itamambuca, Ilha do Cardoso, Parque Estadual Carlos Botelho e Vargem Grande Paulista.

Os danos foliares foram classificados em cinco grupos funcionais, incluindo danos causados por insetos (como larvas de besouro e borboletas) e por patógenos (como bactérias, fungos e vírus). As folhas foram analisadas em plantas com até um metro de altura, o chamado sub-bosque, abaixo da copa das árvores e na altura em que os grandes herbívoros conseguem remover as folhas. Os danos foliares eram classificados numa escala de 0 (intacta) a 6 (entre 75 e 99% danificada).

Nas áreas livres de grandes mamíferos herbívoros, os danos totais às folhas foram 9% menores. Os danos causados apenas por patógenos foliares, por sua vez, foram reduzidos em 29% nas parcelas cercadas. Os danos causados por insetos não tiveram diferenças significativas entre as parcelas abertas e fechadas.

“As plantas interagem com seus inimigos naturais há milhares de anos, em uma corrida armamentista de defesa e ataque. Para isso, desenvolvem defesas, tanto físicas quanto químicas. Por sua vez, os inimigos naturais, como os patógenos, criam novas formas de ataque, no que as plantas criam novas defesas. Esse é um fator importante para a manutenção e geração de biodiversidade, uma vez que nesse processo podem surgir espécies novas tanto de plantas como de organismos que interagem com elas”, explica Emer, que atualmente é pesquisadora no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e no Instituto Juruá.

Em longo prazo, portanto, a diminuição das interações entre plantas e patógenos foliares pode deixar de ser uma força de seleção para geração de biodiversidade. Recentemente, por exemplo, pesquisadores alemães analisaram fósseis de folhas e mostraram como grandes mudanças na estrutura da vegetação ocorridas nos últimos 66 milhões de anos resultaram na perda de interações e na diversidade funcional de certos grupos de insetos herbívoros. Algo parecido poderia se dar com a perda dos patógenos em áreas com mudanças na estrutura da vegetação devido à perda de grandes mamíferos, por exemplo.

“Nosso estudo traz resultados inovadores e, por isso mesmo, merece ser aprofundado em outras áreas da Mata Atlântica e em outras florestas tropicais. De toda forma, evidencia mais um problema que a extinção de grandes mamíferos pode causar”, encerra Emer.

O trabalho teve ainda entre os autores Nacho Villar, que recebeu bolsa de pós-doutorado da FAPESP durante o desenvolvimento do trabalho e atualmente é pesquisador no Instituto de Ecologia dos Países Baixos.

Assinam ainda Natália Melo, Valesca Ziparro e Sergio Nazareth, que fizeram o trabalho de campo e a identificação botânica.

O artigo The interplay between defaunation and phylogenetic diversity affects leaf damage by natural enemies in tropical plants pode ser lido em: https://besjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1365-2745.14273.

 

André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/perda-de-grandes-herbivoros-afeta-interacoes-entre-plantas-e-seus-inimigos-naturais-mostra-estudo/50818


Quer dar baixa no MEI e não sabe por onde começar? O Sebrae te ajuda

Sebrae preparou uma série de vídeos especiais além de um portal inteiramente dedicados a esclarecer as principais dúvidas de quem já é MEI ou quer empreender


Se você precisa encerrar o seu cadastro como Microempreendedor individual (MEI), independentemente do motivo, é preciso estar atento às diferentes ações necessárias para não deixar nenhum débito ou cobrança após a realização do processo. Esse é um dos serviços que estão na série de 10 vídeos e um Portal preparados pelo Sebrae, inteiramente dedicados a esclarecer essas e outras dúvidas dos microempreendedores individuais.

O primeiro passo é acessar o portal gov.br/mei e buscar o menu que é disponibilizado para quem já está cadastrado. Entre as guias de serviços, clique em dar baixa na empresa. Para isso, é necessário acessar a plataforma com o login e senha do gov.br. É importante conferir a declaração de baixa antes de confirmar. É importante lembrar que a baixa do MEI é irrevogável. Uma vez feita, é impossível conseguir o mesmo CNPJ novamente. Para finalizar, emita a certidão de baixa.

Outra etapa é o acesso à DASN situação especial, devido à baixa do MEI. Lá é necessário informar o CNPJ e escolher o ano vigente. Nessa ocasião, é importante conferir se as declarações dos anos anteriores já foram entregues antes da declaração de extinção. É importante ficar atento aos débitos que podem aparecer nesta etapa, caso tenha deixado de pagar as DAS anteriores.

Por fim, com a baixa do MEI, o alvará também precisará ser encerrado junto à prefeitura do município, apesar de não ser mais exigido alvará do MEI atualmente.


De olho nas dicas

O Sebrae preparou uma série de 10 vídeos com todas as orientações para facilitar a vida dos microempreendedores individuais (MEI). Lá o empreendedor vai encontrar dicas sobre “Como se formalizar como MEI”, “Como fazer o cadastro no portal Gov.BR”, “Como emitir as guias DAS do MEI em atraso”, entre outros conteúdos.

Clique aqui e confira as dicas sobre como mudar de MEI para microempresa.


Jornadas MEI

Quer começar a empreender? Já tem um negócio ou precisa organizar sua empresa? O Sebrae preparou um portal com conteúdos inteiramente voltados aos microempreendedores individuais. Lá a pessoa que quer se tornar MEI ou que já abriu a própria empresa vai encontrar o caminho para melhorar vários aspectos do dia a dia do negócio.

Ao completar as trilhas de conhecimento, o empreendedor poderá ter acesso a benefícios exclusivos, como consultorias, bônus de desconto e mesmo acesso a linhas de crédito diferenciadas.

Saiba mais aqui.


Kantar: Inseticidas atingem maior volume de vendas em cinco anos e repelentes registram aumento de 27% em unidades frente a 2022

Aumento dos casos de dengue no Brasil devem impulsionar ainda mais esse mercado 

As temperaturas cada vez mais elevadas do verão brasileiro e a consequente proliferação de insetos, como a que se vê hoje do mosquito transmissor da dengue, têm contribuído para o avanço no consumo das categorias de repelente e inseticidas nos últimos anos. Novo estudo da Kantar, líder em dados, insights e consultoria, mostra avanço na penetração da categoria nos lares e crescimento de venda no atacarejo. 

O levantamento mostra que em 2023 as categorias de repelentes e inseticidas nos lares brasileiros cresceram 15 pontos percentuais (p.p.) e 2,5 p.p. respectivamente em relação a 2022. Já o aumento do volume de repelente consumido foi da ordem de 27%. A maior concentração desse consumo é na classe AB, representando 27% da população e 34% das unidades compradas. A região da Grande Rio de Janeiro é responsável por 12% dos repelentes adquiridos nacionalmente. 

Já as unidades de inseticidas compradas em 2023 atingiram o maior número em 5 anos, chegando a 131,8 milhões de unidades, 11% a mais do que em 2018. A maior concentração do consumo fica nas regiões Norte e Nordeste, que representam 34% do total comprado. A penetração da categoria de inseticidas chega a 77% da população, o que representa mais de 45 milhões de lares brasileiros. 

Os atacarejos são o canal de venda que mais ganha espaço na venda das categorias. Representavam 6,8% do share de vendas de repelentes e 16,8% de inseticidas em 2020 e em 2023 foram responsáveis por 13,2% e 23,9% da comercialização dos produtos, respectivamente. 

No último verão o consumo em unidades de repelentes já foi 9% maior versus o verão de 2020, enquanto inseticidas registraram crescimento de 48%. Com o fenômeno El Niño prometendo temperaturas acima da média neste verão e o recente salto dos casos de dengue no Brasil, a expectativa é de que esses mercados sigam crescendo. 

Os dados acima são do estudo Brasil 40º da Kantar, que acompanha o comportamento de consumo dos brasileiros em bens de consumo massivo – alimentos, bebidas, artigos de limpeza do lar e itens de higiene e beleza pessoal, de maneira contínua. Foram contemplados 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do País, representando 60 milhões de lares.

 

Kantar
www.kantar.com/brazil


Quer dar baixa no MEI e não sabe por onde começar? O Sebrae te ajuda

Sebrae preparou uma série de vídeos especiais além de um portal inteiramente dedicados a esclarecer as principais dúvidas de quem já é MEI ou quer empreender


Se você precisa encerrar o seu cadastro como Microempreendedor individual (MEI), independentemente do motivo, é preciso estar atento às diferentes ações necessárias para não deixar nenhum débito ou cobrança após a realização do processo. Esse é um dos serviços que estão na série de 10 vídeos e um Portal preparados pelo Sebrae, inteiramente dedicados a esclarecer essas e outras dúvidas dos microempreendedores individuais.

O primeiro passo é acessar o portal gov.br/mei e buscar o menu que é disponibilizado para quem já está cadastrado. Entre as guias de serviços, clique em dar baixa na empresa. Para isso, é necessário acessar a plataforma com o login e senha do gov.br. É importante conferir a declaração de baixa antes de confirmar. É importante lembrar que a baixa do MEI é irrevogável. Uma vez feita, é impossível conseguir o mesmo CNPJ novamente. Para finalizar, emita a certidão de baixa.

Outra etapa é o acesso à DASN situação especial, devido à baixa do MEI. Lá é necessário informar o CNPJ e escolher o ano vigente. Nessa ocasião, é importante conferir se as declarações dos anos anteriores já foram entregues antes da declaração de extinção. É importante ficar atento aos débitos que podem aparecer nesta etapa, caso tenha deixado de pagar as DAS anteriores.

Por fim, com a baixa do MEI, o alvará também precisará ser encerrado junto à prefeitura do município, apesar de não ser mais exigido alvará do MEI atualmente.


De olho nas dicas

O Sebrae preparou uma série de 10 vídeos com todas as orientações para facilitar a vida dos microempreendedores individuais (MEI). Lá o empreendedor vai encontrar dicas sobre “Como se formalizar como MEI”, “Como fazer o cadastro no portal Gov.BR”, “Como emitir as guias DAS do MEI em atraso”, entre outros conteúdos.

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Jornadas MEI

Quer começar a empreender? Já tem um negócio ou precisa organizar sua empresa? O Sebrae preparou um portal com conteúdos inteiramente voltados aos microempreendedores individuais. Lá a pessoa que quer se tornar MEI ou que já abriu a própria empresa vai encontrar o caminho para melhorar vários aspectos do dia a dia do negócio.

Ao completar as trilhas de conhecimento, o empreendedor poderá ter acesso a benefícios exclusivos, como consultorias, bônus de desconto e mesmo acesso a linhas de crédito diferenciadas.

Saiba mais aqui.


Turismo de SP deve gerar R$ 304 bi em movimentação econômica em 2024

Com expansão sólida e sustentável, setor deve gerar 46 mil novos empregos ao longo do ano e atrair 49,1 milhões de visitantes

 

O turismo no Estado de São Paulo continua em alta este ano, de acordo com projeção divulgada pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens de SP (Setur-SP). O estado deve ultrapassar os 49 milhões de turistas até dezembro, número recorde da série histórica, gerando 46 mil novos postos de trabalho formais diretos e movimento de R$ 304 bilhões na economia do estado. 

“É uma expansão sólida e sustentável em todos os sentidos. O turismo paulista se tornou uma das principais apostas da economia de SP, seja pela abrangência da cadeia, que inclui gastronomia, transporte e comércio; seja pela rapidez e pelo dinamismo com que converte novas oportunidades em empregos e renda para a população”, afirma Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens de SP.  

O PIB do turismo paulista deve crescer 5,1%, ocupando um percentual cada vez mais relevante no PIB do Estado: pelas projeções, o turismo de SP vai representar 9,6% de todas as riquezas produzidas por São Paulo, com impacto na geração de empregos. Serão 46 mil novos postos de trabalho gerados este ano pelo setor, um acumulado que deve chegar a 937,8 mil em 2024. De acordo com o Seade, para cada emprego direto criado no setor, são gerados outros dois indiretos.   

O fluxo de turistas também aumenta de forma representativa este ano em destinos do litoral, interior e capital, ultrapassando os 46,8 milhões de brasileiros em SP e a 2,3 milhões de estrangeiros no estado este ano. A alta do turismo é estimulada, em grande parte, pelo avanço da conectividade aérea, a partir de ações como o acordo da Setur-SP com as empresas aéreas que atuam em SP, reduzindo os impostos que incidem sobre os combustíveis em troca do aumento do número de voos. 

Em janeiro, o Governo de SP anunciou a criação do distrito turístico do Centro, o primeiro urbano do Brasil, parte de um conjunto de iniciativas de fomento à requalificação da área central da cidade. A ação promove a criação de um território seguro e sustentável a partir de corredores turísticos, fachadas ativas, novas habitações e postos de trabalho, com o incentivo à instalação de novos negócios, benefícios econômicos, fiscais e de crédito.


Negligenciar atenção aos filhos pode virar caso de Justiça

Abandono afetivo é o nome da ausência, mais frequentemente paterna, na vida de milhares de crianças. E o advogado especialista em Direito de Família, Lucas Costa, garante: em muitos casos, cabe indenização

 

No universo das obrigações paternas, além das contribuições financeiras, existe uma responsabilidade frequentemente esquecida, mas de igual importância: a presença emocional na vida dos filhos. O Código Civil Brasileiro, por meio do artigo 1634, garante que criar e educar os filhos são deveres fundamentais dos pais. Mas, na realidade, muitas vezes o que vemos é um dos pais, geralmente a figura paterna, ausente. 

 

Este abandono emocional, caracterizado pela falta de participação e afeto na vida da criança, pode desencadear cicatrizes psicológicas, deixando a memória de rejeição e desamparo. Essa lacuna persiste mesmo diante do cumprimento das obrigações materiais, como o suporte financeiro por meio da pensão alimentícia. 

 

Dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas de 2022 revelam que cerca de 11 milhões de mulheres no Brasil criam seus filhos sem a presença paterna. Além disso, um levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN) destaca que, somente em 2022, mais de 164 mil crianças foram deixadas à deriva pelo pai desde a gestação. Em 2023, esse número ultrapassou 106 mil de janeiro até julho. 

 

Lucas Costa, advogado especialista em Direito de Família (@advogadolucascosta no Instagram), reforça a importância do papel do pai com seus herdeiros. "A presença, o amor e a dedicação são indispensáveis na criação dos filhos, indo muito além das responsabilidades financeiras," ressalta. "Nos casos em que o abandono emocional é evidente, com traumas e os psicológicos comprovados, a justiça tem reconhecido o direito à reparação, marcando uma posição firme contra essa negligência emocional". 

 

Para configurar o abandono afetivo do ponto de vista legal, é essencial comprovar não apenas a ausência voluntária do pai, mas também os prejuízos emocionais e psicológicos sofridos pela criança ou adolescente. "A prova passa pelo embasamento de um laudo psicológico", explica Costa. Esta abordagem legal é focada apenas na responsabilidade emocional na formação dos filhos, desvinculada das questões materiais. "Ou seja, mesmo que o pai pague pensão alimentícia, se não for presente, os filhos podem reivindicar essa indenização", complementa. 

 

A ausência paterna durante o crescimento de crianças e adolescentes pode afetar a saúde física e mental, em alguns casos, provocando danos como ansiedade, frustração, tristeza, baixa autoestima, entre outros. Diante dessa realidade, o judiciário tem adotado medidas rigorosas para assegurar o respeito aos vínculos afetivos desses jovens em formação. Prova disso são as ações judiciais por abandono afetivo, que vêm crescendo no Brasil, refletindo uma mudança significativa na compreensão da paternidade.  

Um exemplo é a condenação de um pai a indenizar dois filhos em R$120.000,00, em Minas Gerais. O desembargador Evandro Lopes da Costa, no TJMG, ao analisar o recurso e manter a sentença da condenação do pai, se manifestou da seguinte forma: "Exatamente em razão de o afeto não ser coisa, mas sentimento, é preciso que um pai saiba que não basta pagar prestação alimentícia para dar como quitada sua ‘obrigação’. Seu dever de pai vai além disso e o descumprimento desse dever causa dano, e dano, que pode ser moral, deve ser reparado, por meio da indenização respectiva.” 

 



Lucas Costa - Advogado, formado pelo Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA), com pós-graduação em direito processual civil pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDCONST). Por dois anos foi membro do grupo de pesquisa em Direito de Família da UNICURITIBA. Foi membro do Grupo Permanente de Discussão da OAB/PR na área de Planejamento Sucessório. É membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). Tem nove anos de experiência na defesa de mulheres em ações envolvendo violência doméstica e nas áreas de família e sucessões. Possui escritório físico há seis anos na cidade de Curitiba/PR, atendendo em todo o Brasil.


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