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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Volta às aulas: saiba qual a melhor forma de usar a mochila para evitar dores

A mochila não é somente um acessório, mas algo
 que influencia muito no conforto do estudante
Foto de Mary Tailor no Pexels.
 Item deve ser do tamanho da criança e também utilizado da maneira correta para garantir a qualidade de vida ao longo do ano escolar

 

Com a volta às aulas se aproximando, é comum que as famílias se preocupem com o material escolar e uniformes, por exemplo. Mas um item que também merece atenção é a mochila, afinal, não é somente um acessório, mas algo que influencia muito no conforto e pode fazer a diferença na qualidade de vida dos estudantes.

 

A mochila deve ser escolhida com cuidado para evitar problemas como dores nas costas e ombros, má postura e até mesmo desvios na coluna, como escoliose. O ideal é a mochila não seja muito grande. A parte de cima deve ficar na altura dos ombros e a de baixo precisa estar posicionada cerca de 5 centímetros abaixo da linha da cintura. 

Além disso, é fundamental que o modelo escolhido tenha alças largas e acolchoadas e seja ergonômico, se adaptando às curvaturas da região dorsal e lombar. Outro ponto de atenção é sobre o peso, que não deve ultrapassar 10% do peso da criança, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

 

É preciso usar da forma correta

Mesmo tomando esses cuidados na escolha da mochila, ainda é preciso saber como usar da forma correta para evitar dores e outros problemas de saúde. Utilizar as duas alças bem ajustadas nos ombros e aprender a distribuir o peso são passos importantes. 

O ideal, ainda, é que a mochila tenha algumas divisões, para que a criança possa guardar livros e cadernos, que são mais pesados, perto das costas. “As famílias podem ajudar incentivando para que as próprias crianças organizem os materiais e analisem juntas o peso dos estojos e acessórios que elas gostam de levar”, orienta a coordenadora de Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Pio XII, Cibele Bastos Guaringue.

 

Mochila de rodinhas também demanda atenção

Muitos pais optam pelas mochilas de rodinhas, com a intenção de reduzir o peso carregado pelas crianças, especialmente as pequenas. Porém, o modelo também precisa de atenção. O puxador, por exemplo, deve estar posicionado na altura correta, caso contrário, pode forçar braços e ombros ou sobrecarregar a coluna.

Para evitar problemas, o puxador deve ficar posicionado na altura do quadril. O ideal é que a mochila seja carregada com o braço esticado, formando um ângulo de 30 graus com o chão quando inclinada. Assim como as mochilas de costas, as de rodinha também precisam respeitar o peso máximo de 10% do peso da criança.

 

Veja algumas dicas para escolher a mochila correta na volta às aulas:

Tamanho adequado: a mochila não deve ser muito grande nem muito pequena para a criança. É preciso que tenha o tamanho suficiente para caber os materiais escolares essenciais, como cadernos, livros e estojo, mas não tão grande que seja difícil de carregar. 

Conforto: escolha uma mochila com alças acolchoadas e ajustáveis para distribuir o peso de forma uniforme nos ombros. Além disso, também é importante ter acolchoamento na parte de trás para garantir maior conforto.

Durabilidade: opte por uma mochila feita de materiais duráveis e de qualidade, como nylon ou poliéster, para que ela dure ao longo do ano escolar. Costuras reforçadas e zíperes resistentes também são importantes para evitar rasgos e danos. 

Design ergonômico: prefira mochilas com um design ergonômico que garanta uma postura saudável para a criança. Suporte lombar e alças largas, por exemplo, podem ajudar a distribuir melhor o peso nas costas e nos ombros.


Compartimentos: uma mochila com vários compartimentos e bolsos ajuda a organizar o material de forma mais fácil. Isso facilitará o acesso aos itens necessários e também auxilia na organização.

 

Colégios Maristas
maristabrasil.org/

 

Perspectivas e desafios para a cannabis medicinal em 2024

As discussões, estudos, e pautas sobre a cannabis medicinal tomaram conta do noticiário e das mídias sociais em 2023. Contudo, a pergunta que devemos fazer neste início de ano é: mesmo com todo esse movimento, o que esperar quando se está esperando? A expectativa é, sempre, claro, que os avanços prossigam. Diversos estudos científicos vêm sendo conduzidos para entender o potencial terapêutico das substâncias encontradas na cannabis, bem como traçar o perfil de risco e benefício dessa planta que teria potencial para revolucionar a medicina moderna. 

No entanto, o que temos aqui no Brasil são barreiras legislativas e regulatórias, que ainda brecam o progresso nacional da medicina canabinoide. É verdade que avanços aconteceram. Vários municípios e estados incluíram leis que regulamentam o acesso gratuito a cannabis medicinal através do Sistema Único de Saúde. No estado de São Paulo, por exemplo, finalmente foi publicado o Decreto nº 68.233/23, que regulamenta o acesso gratuito a cannabis através do SUS, para doenças ali especificadas. Resta agora o governo providenciar canais para aquisição dos produtos, para então iniciar sua efetiva distribuição a população carente. Com isso, espera-se reduzir a imensa judicialização desse tema, pela qual pacientes processam o governo para garantir o direito ao medicamento sem custo. 

No Congresso Nacional, por sua vez, está pendente a retomada da análise do Projeto de Lei 399/15, que autoriza o cultivo, extração, manipulação, fabricação, importação e pesquisas com produtos derivados da cannabis. O PL foi aprovado na Câmara em 2021 e deveria ter seguido para o Senado, mas foi obstruído através de recurso que questiona o trâmite simplificado, adotado na pandemia. 

No campo da persecução penal, o país aguarda ansioso a retomada do julgamento do Recurso Extraordinário (RE) de repercussão geral, paralisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto de 2023. O processo discute como enquadrar aqueles que forem flagrados com pequenas quantidades de drogas, à luz do art. 28 da Lei de Entorpecentes: como traficantes ou como usuários? A lei já isenta usuários de medidas restritivas de liberdade, e o STF agora é convidado a se debruçar sobre o tema, e pretende criar parâmetros objetivos (quantidades e circunstâncias) para que se faça a correta diferenciação entre uso e tráfico. 

Nessa questão, o julgamento assumiu um viés social quando o ministro Alexandre de Moraes proferiu seu voto, destacando as injustiças sociais que hoje condenam pobres, analfabetos e negros como traficantes, enquanto enquadram brancos, escolarizados e com renda mais alta, como meros usuários. O julgamento computa 5 votos a favor da despenalização a 1 contrário (Zanin, recém-empossado como ministro da Suprema Corte). O processo já foi devolvido após pedido vistas do ministro André Mendonça, e agora aguarda data para julgamento, pauta que compete ao atual presidente da Corte, ministro Luis Roberto Barroso. 

Outra medida bastante esperada pelo mercado é a revisão, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da RDC 327/19, que criou mecanismo para autorizações sanitárias de produtos de cannabis, mesmo sem estudos clínicos que atestem eficácia e segurança. A norma deveria ter sido revisada em 2023. No entanto, a agência pouco avançou na discussão. O mercado anseia por uma regulamentação inclusiva, especialmente às farmácias de manipulação, que de modo inexplicável foram excluídas da permissão regulatória, sendo o único setor da economia impedido de trabalhar com cannabis, mesmo que sejam estabelecimentos com conhecimento técnico e com ampla versatilidade para operar com ditos produtos.

Segundo interlocutores da própria Anvisa, ainda está pendente a análise de impacto regulatório, para que então um texto de consulta pública possa ser divulgado, abrindo prazo para manifestação dos setores produtivos e da população em geral. 

Noutra frente, a própria Anvisa já havia sinalizado conversas com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento para incluir a cannabis medicinal veterinária no arcabouço legal existente (de produtos sob controle especial da P. 344/98, cuja regulamentação recai sobre a autarquia). A inclusão prometida para o segundo semestre de 2023 ainda não ocorreu. A prescrição por médicos veterinários já ocorre na prática, mas não há uma legislação que garanta a legalidade desta prática, deixando todo o setor de saúde animal a descoberto, sem segurança jurídica. 

O ano de 2023 se encerrou frustrando algumas expectativas dos entusiastas da cannabis medicinal, apesar de avanços, como a inclusão do acesso através de SUS em várias cidades e estados brasileiros. A ciência segue evidenciando ao mundo seus benefícios para inúmeros distúrbios e doenças. Para este ano, devemos nos ater à esperança de que o mercado de cannabis seja finalmente regulamentado de forma ampla e inclusiva, e que o Brasil possa ocupar lugar de destaque nas pesquisas, no cultivo e na propagação da medicina canabinoide. Milhares de pessoas aguardam esse movimento da Anvisa, e dos nossos poderes Legislativo e Judiciário.

 

Claudia de Lucca Mano - advogada e consultora empresarial atuando desde 1999 na área de vigilância sanitária e assuntos regulatórios, fundadora da banca DLM e responsável pelo jurídico da associação Farmacann.

 

Pesquisa global da Sodexo aponta dados da saúde mental e física do trabalhador

 

  • 8 em cada 10 pessoas que têm problemas de saúde mental culpam o trabalho, sendo o estresse como a principal causa;
  • 7 em 10 pessoas com saúde física ruim apontam como causa principal a falta de tempo para se exercitar também por conta do trabalho;


O equilíbrio da saúde mental e física é essencial para um ambiente de bem-estar, engajamento e produtividade dos trabalhadores e, diante de uma rotina dinâmica, cada vez mais, as organizações têm se atentado a esse tema, buscando iniciativas que contribuam para aumentar a qualidade de vida de seus colaboradores. Segundo uma pesquisa global realizada pela Sodexo, no mundo, o nível de bem-estar mental é médio ou ruim para 27% dos colaboradores, sendo o trabalho apontado como o principal motivo (80% dos casos) diretamente ligado ao estresse (39%). Quando a saúde física é ruim (10%), o trabalho também é a causa (75% dos casos) devido à falta de tempo para se exercitar (42%) e preparar alimentos saudáveis (21%). Os dados veem de um levantamento com 5.595 profissionais entrevistados, que atuam em empresas de diferentes setores, em seis países, com o objetivo de compreender os comportamentos e expectativas dos colaboradores durante o expediente, especialmente neste momente em que há a intensificação das atividades presenciais em empresas de todo o mundo.

Danielle Totti, vice-presidente de Estratégia, Marketing, Comercial e Performance da Sodexo On-site no Brasil, enfatiza a necessidade de as empresas priorizarem a qualidade de vida de seus colaboradores. “Promover um ambiente saudável, abordando aspectos físicos, mentais e nutricionais, é crucial para aumentar a eficiência e a vantagem competitiva das empresas, além de estabelecer bases sólidas para um futuro sustentável. A alimentação é a principal ferramenta que temos na Sodexo para ajudar nossos clientes a melhorar a saúde de seus colaboradores. Além disso, um ambiente propício para executar as atividades e espaços que promovem interações sociais e conexões entre os colegas também são meios para proporcionar mais qualidade de vida para os colaboradores”, destaca Danielle.

No Brasil, a pesquisa revela que 31% diz não ter tempo para preparar opções de comida saudável, 23% apontam que não têm opções saudáveis e nutritivas no local de trabalho e 22% acabam tendo hábitos alimentares inadequados quando atuam remotamente. Neste cenário, muitas empresas optam por contratar serviços especializados em alimentação coletiva, que priorizam aspectos de saudabilidade e sustentabilidade. Somado às soluções de alimentação saudável, por meio do programa Mais Saúde, a Sodexo oferece orientação nutricional indicando aos colaboradores qual a combinação adequada de vitaminas para impulsionar energia, memória e controle emocional. “Com uma visão holística, o "Mais Saúde" está expandindo a sua atuação, incluindo soluções complementares que abordam novos aspectos do bem-estar físico e mental”, complementa Danielle.

Os dados da pesquisa também mostram 24% dos colaboradores apontaram que o seu local de trabalho presencial não é ergonômico/adequado. Por isso, a transformação do ambiente precisa ser centrada nas pessoas para contribuir com o bem-estar frente às novas dinâmicas de trabalho. As soluções personalizadas de facility management podem ajudar na reorganização, arquitetura e design dos espaços, possibilitando que as organizações fortaleçam seus negócios e equipes, aprimorando a conexão dos colaboradores, a produtividade e a experiência.

Devido a intensificação da presença física no local de trabalho, as empresas precisam examinar de perto o seu impacto na saúde física e mental dos colaboradores, com especial ênfase na estrutura dos espaços, na alimentação e na experiência, que são fatores determinantes para o bem-estar. “Empresas visionárias entendem que funcionários saudáveis e felizes impulsionam o sucesso da organização. Um ambiente preparado para o futuro, que dá atenção à saúde física e mental dos profissionais está focado em uma abordagem centrada nas pessoas, permitindo interação, cuidado com o bem-estar, e disponibilização de espaços que promovam interações sociais e cada vez mais sustentáveis”, conclui Totti.

 

Metodologia

A pesquisa ‘A experiência da vida no trabalho’ da Sodexo foi realizada em parceria com a YouGov, por meio de painel online, com colaboradores do segmento de Serviços Corporativos (escritório, fábrica, centro de P&D, call-center, armazém ou remoto em tempo integral) e entrevistou um total de 5.595 funcionários, com atuação em seis países: França, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, China, e Índia. A coleta dos dados e a análise foi realizada ao longo do primeiro semestre de 2023. 



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Hérnia na virilha está entre as dez doenças que mais afastaram brasileiros do trabalho em 2023

 

 Foto ilustrativa / Shutterstock

Um levantamento realizado pelo Ministério da Previdência Social aponta que a hérnia na virilha (inguinal) afastou temporariamente 29.749 trabalhadores brasileiros dos seus postos de trabalho ao longo de 2023, sendo a oitava maior causa de benefício por incapacidade temporária. 

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal (SBH) as hérnias são aberturas na musculatura do abdômen que permitem a passagem de uma porção de órgão - geralmente o intestino - ou gordura através deste espaço e acontecem principalmente na virilha, no umbigo e na cicatriz de uma cirurgia anterior. 

Para o cirurgião presidente da entidade, Dr. Gustavo Soares, o afastamento das atividades laborais pode acontecer em situações consideradas graves. “Hérnias grandes e volumosas, que provocam dor incapacitante em pacientes que trabalham levantando peso podem ter a indicação de afastamento das atividades, mas a avaliação precisa ser feita de forma individualizada de acordo com cada caso”, ressalta. 

Dados da SBH apontam que as hérnias na virilha tem alta prevalência, representando 75% das hérnias da parede abdominal e que 20% dos homens vão apresentar a alteração em algum momento da vida, assim como 3% das mulheres. 

Ainda segundo Soares, os homens são mais atingidos pois o tipo mais comum de hérnia na virilha acontece no ponto de ligação entre o abdômen e os testículos. “Afeta a zona de junção entre a coxa e a parte inferior do abdome, onde existe uma abertura natural por onde passam os vasos e nervos para os testículos, a transformando em uma área mais frágil”, ressalta. As mais volumosas podem descer em direção aos testículos e são chamadas de hérnia inguinoescrotal. 

Também acontece na virilha as hérnias femorais, essas mais raras e mais comuns em mulheres.

 

CAUSAS E SINTOMAS - O vice-presidente da SBH e cirurgião, Dr. Heitor Santos ressalta que entre as causas da doença estão a obesidade, diabetes descontrolada, tosse crônica e constipação intestinal. “O principal sintoma é dor no local que geralmente é acompanhada por uma bolinha. Em muitos casos é possível fazer o diagnóstico em consulta, com exame clínico e ter mais informações sobre a hérnia do paciente através de exames de imagem”. 

A cirurgia é a única forma possível de tratamento, complementa Heitor. “Como é uma abertura na musculatura não há outra forma de fechar esse espaço sem ser com cirurgia, a sutura dos tecidos. Também utilizamos uma prótese, no formato de tela, para evitar a recidiva do problema”.

 

DADOS - Segundo informações divulgadas pelo DataSus foram realizadas 166.131 cirurgias para correção de hérnias inguinais em todo o Brasil, de janeiro a novembro de 2023. A região Sudeste foi a que mais atendeu pacientes, com 65 mil cirurgias. 

De todos os casos, 23 mil foram atendidos em caráter de urgência, ou seja, 13% dos casos. 

Para saber mais, acesse nosso site.


Caso jogador do Corinthians: ginecologista explica se é possível o rompimento do saco de Douglas no ato sexual

Na noite da última terça-feira (30), uma jovem veio a óbito após ter relação sexual com um jogador da base do Corinthians. O laudo apontou que houve uma “rutura de fundo de saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda”, o que significa que ocorreu uma ruptura ou corte no local. 

Yara Caldato (@yaracaldato), ginecologista regenerativa, funcional e estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Belém, postou em seu Instagram, um vídeo onde explica que é possível sim o óbito com a lesão no saco de Douglas. Confira o que ela diz no vídeo:   

“Ontem eu recebi algumas mensagens de pessoas perguntando pra mim se isso é possível. Não sei se vocês viram essa matéria que saiu que uma jovem após ter relação sexual ela teve uma ruptura de uma região que se chama fundo do saco de Douglas que fica na vagina. Vou mostrar pra vocês daqui a pouquinho. Ela começou a sangrar e ela foi a óbito. E sim isso é possível de acontecer. Durante o meu período de residência médica, infelizmente, vi alguns casos. Não é algo comum mas pode sim acontecer e a gente tem que tomar cuidado durante as relações sexuais e com algumas posições além do uso de alguns toys, aqueles brinquedos. Essa imagem mostra o canal vaginal aqui e no fundo tem o fundo de saco de Douglas. Então essa é uma região muito vascularizada, dependendo da posição que essa mulher está tendo relação sexual o pênis pode sim bater com um pouco mais de força ali dependendo de como está sendo essa relação ou o uso de alguns brinquedos de sex shop. O que que a gente precisa entender? Como é uma região muito vascularizada pode bater ali e sangrar bastante levando essa paciente a ter um choque mesmo e pode levar a óbito se ela não procurar atendimento logo porque a gente precisa rafiar, costurar essa região que foi lacerada, mas o que que uma notícia dessa nos traz de alerta? A relação sexual ela não pode ser dolorosa ela não é pra sangrar, então qualquer coisa que você começa a sentir muita dor ou tem um sangramento, pare a relação imediatamente e observe, procure um atendimento de urgência se for o caso. Infelizmente essas coisas acontecem pra nos servir de alerta”.

 

Afinal, o que é o saco de Douglas? 

É uma estrutura anatômica na pelve humana. Este espaço está localizado entre o útero e o reto, na parte mais baixa da cavidade abdominal, e é uma parte importante da anatomia ginecológica. 

O saco de Douglas é uma área potencialmente vazia que pode ser preenchida por órgãos ou tecidos vizinhos, dependendo da posição e do estado fisiológico do sistema reprodutor feminino. É uma área onde os médicos podem realizar exames ginecológicos e avaliar a presença de fluidos ou anormalidades. 

Durante o ciclo menstrual, o saco de Douglas é uma região que pode ser examinada em busca de sinais de endometriose, uma condição em que o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero. Além disso, é uma área comum para acumulação de fluidos em casos de doença inflamatória pélvica ou outras condições ginecológicas. 

Assim, o saco de Douglas é uma região anatômica importante no contexto ginecológico e é frequentemente considerado durante exames e procedimentos relacionados à saúde reprodutiva da mulher.

 

O que mais faz uma mulher sangrar após o sexo?

 

Segundo estudo publicado no site NHS, o sangramento pode indicar: 

·         Uma infecção, como doença inflamatória pélvica (DIP) ou uma infecção sexualmente transmissível (IST), como clamídia;

·         Secura vaginal (vaginite atrófica) causada pela redução das secreções vaginais após a menopausa;

·         Danos à vagina, como lacerações causadas pelo parto ou por secura ou fricção durante o sexo;

·         Pólipos cervicais ou endometriais (crescimentos benignos ou não cancerosos no útero ou no revestimento do colo do útero);

·         Ectrópio cervical (também conhecido como erosão cervical), onde há uma área inflamada na superfície do colo do útero.

 

Portanto, o acompanhamento frequente com ginecologista é indispensável para manter a saúde íntima em dia.

 


FONTE:

Yara Caldato (@yaracaldato) - Ginecologista Regenerativa, Funcional e Estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Belém. CRM-PA 11627 - RQE 5066. Graduada em medicina pela Universidade do Estado do Pará, pós graduada em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal do Pará. Especialista em ginecologia e obstetrícia, membro da Associação Brasileira de Ginecologia Regenerativa Estética e Funcional. Atualmente é médica obstetra na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, com atuação em patologias obstétricas de alto risco.


Mergulho em água rasa é a segunda causa de lesão medular no Brasil durante o verão; saiba como evitar

 

Foto ilustrativa / Shutterstock

As altas temperaturas aumentam o número de visitas em locais como lagos, cachoeiras e piscinas e, consequentemente, sobe o índice de acidentes que causam lesões medulares provocadas por mergulho em água rasa. Conforme informações divulgadas pela Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), o mergulho em locais inadequados é a quarta causa deste tipo de lesão ao longo do ano e, no verão, sobe para a segunda posição, afetando principalmente jovens de 10 a 30 anos, com lesões na coluna cervical. 

Segundo dados do DataSus, os hospitais da rede pública realizaram 7.234 tratamentos de traumatismo raquimedular e de fratura na coluna vertebral com lesão na medula espinhal, de dezembro de 2022 a novembro de 2023, em todo o Brasil. Apenas no Paraná foram 394 atendimentos. 

O Ministério da Saúde informa que os atendimentos ambulatoriais por lesão medular chegaram a 31.094 de janeiro a novembro do ano passado. 

Recentemente um homem de 55 anos precisou ser socorrido pelo Batalhão de Operações Aéreas da Polícia Militar, após realizar um mergulho em Guaratuba, no litoral do Paraná, e sofrer um traumatismo craniano. 

O ortopedista especialista em cirurgia de coluna, Dr. Luiz Muller Avila, que atende no Eco Medical Center, explica que as consequências podem ser extremamente sérias. “Ao saltar em um local raso e bater a cabeça no fundo de uma piscina ou na pedra de uma cachoeira, o paciente pode apresentar fratura e/ou luxação da coluna cervical, com risco de sofrer lesões neurológicas definitivas causadoras de tetraplegia”, ressalta. 

A medula espinhal é uma estrutura que conecta o cérebro aos membros inferiores e superiores, através de ligações nervosas, possibilitando a mobilidade e a sensibilidade dos braços e pernas. 

Dr. Luiz explica como acontece a lesão medular nessas situações. “Geralmente a pessoa mergulha de cabeça e a bate contra o fundo, a força aplicada na cabeça é transmitida para o pescoço e leva a uma fratura nas vértebras cervicais, que provoca a compressão e a lesão da medula espinhal”. 

Ainda segundo o cirurgião, em casos de acidentes é necessário solicitar atendimento médico de urgência. “Caso seja um local sem a presença de salva-vidas, os banhistas que presenciaram o acidente devem retirar a vítima da água e solicitar apoio do SAMU ou corpo de bombeiros”.

 

COMO EVITAR - O corpo de bombeiros alerta que este risco existe em todos os locais e lembra que o comportamento do banhista é o ponto mais importante.

Conhecer o local é primordial, conforme explica a tenente Ana Paula Inácio Zanlorenzzi. “Antes de tentar mergulhar, entre em pé na água para saber a profundidade e que não faça ingestão de bebida alcoólica antes de entrar na água, pois isso pode causar uma redução dos reflexos. Evite também brincadeiras de jogar colegas na água, correr e saltar em locais, por exemplo. O salto de “ponta” ou com a cabeça não deve acontecer se a pessoa não souber a profundidade do local ou o que há embaixo d’água, alertando pela possibilidade de incidência de galhos, pedras e irregularidades no solo”.



ECO MEDICAL CENTER
Para saber mais, acesse o site

 

Foi encontrada uma nova classe de vida no sistema digestivo humano

Foto: Divulgação / MF Press Global

Cientistas da Universidade de Stanford fizeram uma descoberta impressionante no campo da microbiologia e genômica: a existência de "Obeliscos" no microbioma humano. Para aprofundar o entendimento deste achado, entrevistamos o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, PhD em Neurociências, especialista em Genômica e Membro da Royal Society of Biology do Reino Unido. 

Os "Obeliscos" são estruturas de RNA que se assemelham a vírus, presentes na boca e no microbioma intestinal. "Eles representam uma nova classe de elementos semelhantes a viróides. Com genomas de RNA circulares, estruturas secundárias em forma de bastonete e a capacidade de codificar proteínas 'Oblins', os Obeliscos são uma descoberta surpreendente", explica Dr. Agrela.

Estes elementos mostram uma tendência para infectar bactérias, sendo encontrados em cerca de 50% das bactérias orais e 7% das bactérias intestinais analisadas. "Isso sugere uma interação complexa e até então desconhecida dentro do nosso próprio corpo", acrescenta Dr. Agrela.

A pesquisa, que identificou cerca de 30.000 Obeliscos diferentes, revela um mundo biológico ainda inexplorado. "Cada descoberta como essa abre novos caminhos para entendermos melhor a saúde e a doença humanas", conclui Dr. Agrela.

Os Obeliscos foram identificados como um grupo filogenético distinto, sem semelhanças detectáveis com agentes biológicos conhecidos. Eles são predominantes em metatranscriptomas do microbioma humano, com presença contínua observada por mais de 300 dias em alguns casos. "Estas descobertas sugerem que ainda temos muito a aprender sobre o microbioma humano e sua relação com nosso corpo", acrescentou Dr. Agrela.

"Os Obeliscos representam um novo mundo de possibilidades no estudo da microbiologia e genômica. Eles desafiam nosso entendimento atual e abrem portas para novas pesquisas em diversas áreas da biologia", concluiu Dr. Agrela.



Referência do Estudo:
Ivan N. Zheludev et all (2024). Viroid-like colonists of human microbioRxiv bioRxiv. doi:10.1101/2024.01.20.576352


Após arrecadar 4,7 toneladas, ViaMobilidade renova Tampinhas de Amor nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda

Coletores ficam à disposição
dos passageiros nas estações
Campanha em parceria com o Instituto Amor Rosa recolhe tampinhas plásticas que são recicladas e geram recursos para pacientes em tratamento oncológico

 

A campanha Tampinhas de Amor arrecadou 4,7 toneladas de tampinhas plásticas em 2023. A iniciativa continua durante todo o ano de 2024 e tem como objetivo gerar recursos para apoiar pacientes oncológicos e seus familiares.

 

A ação é fruto de uma parceria entre o Instituto Amor Rosa, organização não-governamental especializada no atendimento a adultos com câncer, com a ViaMobilidade, concessionária responsável pela manutenção e operação das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.

 

Ao todo, foram 1.738 kg de tampinhas arrecadadas nas estações da Linha 8-Diamante e 2.974 kg nas estações da Linha 9-Esmeralda. Totalizando pouco mais de 4,7 toneladas em arrecadações.

 

“Pelas estações das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, passam cerca de 800 mil pessoas por dia. Com a parceria, a ViaMobilidade estimula a solidariedade entre os passageiros, promove uma ação sustentável, por meio da reciclagem das tampinhas, e contribui para que centenas de pacientes oncológicos sejam acolhidos e recebam um tratamento adequado”, afirma André Costa, diretor da ViaMobilidade.

 

O instituto vende as tampinhas doadas para três empresas especializadas em reciclar plástico. Impéria Calazans, conselheira do Instituto Amor Rosa, explica que são muitas as despesas da organização. “Com o dinheiro arrecadado, pagamos aluguel, custos com água e luz, compramos cestas básicas e realizamos outras atividades”, diz.

 

O material doado é retirado por parceiros do instituto periodicamente. Na ONG, é pesado e vendido a empresas de reciclagem. As doações das tampinhas podem vir de vários produtos: refrigerantes, sucos, leite, pasta de dente, medicamentos, cosméticos, recipientes plásticos, entre outros. 

 

Localizado na região central de São Paulo, o instituto recebe demandas de pacientes oncológicos de vários hospitais da rede SUS, do filantrópico Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no bairro de Vila Buarque. “Estamos próximos a eles, por isso muitos pacientes dos hospitais procuram o apoio que oferecemos e assistência”, explica.

 

Atualmente, o instituto conta com cerca de 250 pacientes cadastrados, com atendimento extensivo a seus familiares. “Quando fornecemos cestas básicas, não estamos beneficiando só uma pessoa, a família de um paciente em situação de vulnerabilidade social também precisa de atenção e apoio”, pontua Impéria.

 

Ana Maria Obranovich Rosa, presidente do Instituto Amor Rosa, explica que é difícil saber o que é prioridade na lista de urgências da organização. “Temos de manter uma estrutura física, e, além das cestas básicas, fornecemos kits de higiene e limpeza, e equipamentos, como próteses, cadeira de roda, andador”, conta. Uma outra preocupação da entidade é conseguir atender à procura por perucas, para doar aos pacientes em tratamento quimioterápico.

 

Serviço


“Campanha de arrecadação Tampinhas de Amor”

Em todas as estações das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, durante todo o ano de 2024.


Taxa alarmante: Brasil encerrou 4 empresas por minuto em 2023

De acordo com o Mapa de Empresas do governo federal, 2,1 milhões de negócios foram encerrados ao longo do ano


O cenário empresarial brasileiro em 2023 apresentou desafios significativos, refletidos no alarmante número de fechamento de empresas em comparação com o ano anterior. De acordo com o Mapa de Empresas do governo federal, a taxa de fechamento atingiu uma média assustadora de quatro empresas por minuto, totalizando 2,1 milhões de negócios encerrados ao longo do ano. Esse número representa um aumento substancial de 25% em relação a 2022, quando 1,7 milhão de empresas encerraram suas atividades.

 

Microempresas e empresas de pequeno porte foram particularmente afetadas, com 2.049.622 e 49.631 empresas fechadas, respectivamente. O impacto econômico e social desses fechamentos é imenso, afetando não apenas os proprietários e funcionários, mas também as comunidades onde essas empresas estavam inseridas.

É crucial compreender os motivos por trás desse aumento alarmante no fechamento de empresas. Durante o período de janeiro a novembro de 2023, 670 empresas declararam falência, enquanto outras 1,3 mil entraram com pedido de recuperação judicial, de acordo com dados da Serasa. Esses números destacam os desafios enfrentados pelos empreendedores, incluindo questões financeiras, competitividade de mercado e mudanças regulatórias, entre outros fatores.

No entanto, em meio a esses desafios, surge uma oportunidade para a orientação especializada desempenhar um papel crucial na sobrevivência e no crescimento das empresas. André Minucci, um especialista em empreendedorismo e estratégia empresarial, destaca a importância de buscar uma mentoria para empresa e orientação para evitar o fechamento prematuro de uma empresa.

Minucci enfatiza que os empreendedores devem estar dispostos a aprender e se adaptar constantemente às mudanças do mercado. Ele ressalta que a mentoria pode fornecer insights valiosos, experiências compartilhadas e orientação prática para enfrentar os desafios empresariais com confiança e resiliência.

“Uma das principais vantagens é a oportunidade de receber feedback personalizado e direcionado às necessidades específicas do negócio. Isso pode ajudar os empreendedores a identificar áreas de melhoria, desenvolver estratégias eficazes e tomar decisões informadas para impulsionar o crescimento”, comenta André.

Além disso, para o especialista é importante uma rede de apoio, conectando os empreendedores a uma comunidade de profissionais experientes, parceiros potenciais e além de recursos úteis. Essa rede pode ser inestimável para expandir o alcance do negócio, explorar novas oportunidades de mercado e superar obstáculos comuns enfrentados por muitas empresas.

André destaca ainda a necessidade de uma abordagem proativa. Os empreendedores não devem esperar até que surjam problemas sérios para buscar orientação, mas sim incorporar a mentoria como parte integrante de sua estratégia desde o início. Isso permite uma abordagem preventiva, ajudando a evitar armadilhas comuns e maximizar as chances de sucesso a longo prazo.

O aumento significativo no fechamento de empresas no Brasil em 2023 destaca os desafios enfrentados pelos empreendedores em um ambiente econômico dinâmico e competitivo. “A busca ativa pelo conhecimento pode ser um diferencial entre o fracasso e o sucesso empresarial, capacitando os empreendedores a enfrentar os desafios com confiança, determinação e visão de futuro”, comenta.



Tarcísio vai à Europa mostrar carteira de privatização e concessão a investidore

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), vai passar a semana viajando pela Europa para mostrar a potenciais investidores a carteira de leilões de privatização e concessão previstos para os próximos anos no Estado. A viagem começa com compromissos em Madri, na Espanha, nesta segunda-feira, 5/2, onde o governador tem reuniões com executivos de construtoras e de um banco.

Na terça, 6, Tarcísio estará em Milão, na Itália, se reunindo com executivos de empresas especializadas em escavação subterrânea e de uma empresa de grandes obras no setor de mobilidade. O resto da semana será em Paris, na França, onde o governador tem a maior parte da agenda, com reuniões com executivos e diretores de pelo menos oito outros grupos empresariais, incluindo alemães.

A viagem é mais um movimento do governador para avançar a agenda de privatizações e captação de recursos privados em projetos de infraestrutura do Estado. Na última semana, o acordo entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a construção do túnel que promete ligar as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, trouxe a participação do governo federal para a obra do estadual, estimada em aproximadamente R$ 6 bilhões.

Na mesma esteira, Tarcísio terminou 2023 com a aprovação da privatização da Sabesp e a aprovação de uma reforma administrativa que cortou quase cinco mil cargos comissionados, talhando a principal marca que quer deixar no seu governo, de trazer investimentos para o estado sem aumentar a arrecadação de impostos.

A venda da Emae, empresa de águas e energia controlada pelo governo do Estado, deve sair no primeiro semestre deste ano.

Para este ano, estão programados 13 leilões, sendo o primeiro o do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas, marcado para 29 de fevereiro. O governo pretende realizar, ao todo, 44 leilões durante sua gestão, estimados em mais de R$ 220 bilhões em investimentos do setor privado.


Estadão Conteúdo


Volta às aulas pede organização de alunos e professores

Coordenadora pedagógica da Qualé, revista para crianças e jovens distribuída pela Prefeitura de São Paulo, é quem dá dicas sobre a temática

 

Com o retorno às aulas, muitos estudantes ficam ansiosos e com medo de não darem conta dos compromissos escolares, como organização de material e entrega de trabalhos. A coordenadora pedagógica da Qualé, Cláudia Gabionetta orienta professoras e alunos sobre como tornar esse processo menos doloroso. 

Seguem abaixo algumas dicas da coordenadora: 

  • Primeiramente é necessário levar em consideração que a organização de cada escola pode mudar de acordo com o tipo de material que solicita para os seus estudantes, se alguns ficam dentro do armário da própria escola ou se eles levam para casa, por exemplo. Mas independente das particularidades de cada escola, de cada funcionamento, é fundamental que os professores, logo no início do ano, estabeleçam o que consideram necessário para a organização da sua turma, deixar isso muito explícito para os estudantes e ensiná-los a fazer; 
  • Algumas dicas básicas de organização são: colocar etiquetas nos materiais com o nome do aluno, a série; explicar sobre o funcionamento de um calendário semanal ou de uma agenda, para que os estudantes os utilizem para anotar datas de provas, trabalhos a serem entregues e outros compromissos escolares. Mas é fundamental, antes, explicar como que funciona uma agenda, como que ela está organizada na semana e nos meses, para que o aluno saiba utilizá-la adequadamente; 
  • Falar sobre o uso de canetas de cores diferentes, da importância de uma boa organização da escrita nos cadernos, pois isso os ajudará quando tiverem que consultar suas próprias anotações para retomar os conteúdos, por exemplo, na hora de estudar por uma prova; 
  • Fazer uma lista dos materiais básicos necessários para colocar dentro do estudo, como lápis, caneta, borracha, tesoura e cola. Esse material também pode variar de acordo com o ano escolar e de acordo com a organização da escola também; 
  • O professor, ao longo do ano, deve continuar ressaltando a importância dessa organização e sempre ajudar os estudantes nesse processo, de forma próxima, lembrando dos combinados e solicitando que os mesmos sejam seguidos. É muito comum que alguns estudantes precisem de um tempo maior para conseguirem internalizar essas etapas de organização e são esses que precisam de maior acompanhamento; 
  • Outros se tornam mais autônomos rapidamente e até conseguem desenvolver uma organização muito própria. Mas, assim como a aprendizagem dos conteúdos, desenvolver hábitos de organização também é um processo de aprendizagem constante e que precisa de acompanhamento e mediação do professor que está ali na sala de aula com os estudantes.

 

“Saber organizar a vida escolar é fundamental para que os estudantes consigam realizar conquistas em seus processos pessoais de aprendizagem. É preciso que pais e educadores ensinem e acompanhem. Assim, à medida que as crianças e jovens ganham autonomia, encontram soluções próprias de organização”, explica a coordenadora.



MSF detecta índices alarmantes de mortalidade e desnutrição em campo de deslocados no Sudão

Organização pede ação coordenada urgente para reforçar ajuda humanitária em Darfur do Norte

 

Uma avaliação rápida da situação de desnutrição e mortalidade feita por Médicos Sem Fronteiras (MSF) no campo de Zamzam, na região de Darfur do Norte, no Sudão, concluiu que as pessoas abrigadas no local enfrentam uma situação catastrófica desde o início do conflito no país, em abril de 2023.

Os dados mostram que todos os indicadores típicos de uma situação de emergência relacionada à desnutrição foram atingidos e MSF está apelando por uma resposta humanitária rápida e coordenada para que vidas possam ser salvas. A atuação de agências das Nações Unidas e de organizações internacionais _que têm mantido uma presença limitada em Darfur do Norte desde que a maioria foi evacuada, em abril_ é vital para que o objetivo seja atingido. A distribuição de comida e de dinheiro é urgente, assim como também são vitais a prestação de cuidados de saúde e a provisão de serviços de água e saneamento.

Quase um quarto das crianças examinadas durante o levantamento estavam desnutridas, sendo que 7% apresentavam desnutrição grave. Entre crianças de 6 meses a 2 anos, os dados eram ainda piores, com cerca de 40% desnutridas, 15% com desnutrição grave. O índice de emergência para desnutrição moderada e severa combinadas, que indica que providências devem ser adotadas, é de 15%. Está claro, portanto, que uma situação emergencial está ocorrendo no campo de Zamzam.

O número total de mortes diárias no campo também é motivo de alarme, com uma taxa bruta de 2,5 mortes por 10 mil habitantes por dia, mais do que o dobro do limite considerado emergencial. Outro indicador da gravidade da situação é que 40% de grávidas e lactantes também foram detectadas como desnutridas.

Para evitar que mais vidas sejam perdidas e reduzir a escala do sofrimento, MSF vai aumentar rapidamente sua resposta no campo para oferecer tratamento a crianças em situação mais crítica. Apesar disso, a escala do desastre em curso exige uma resposta muito maior do que MSF tem condições de oferecer sozinha.

“O que estamos observando no campo de Zamzam é uma situação absolutamente catastrófica”, afirma Claire Nicolet, coordenadora da resposta de emergência de MSF no Sudão. “Estimamos que a cada duas horas ao menos uma criança está morrendo no campo. Nossa estimativa atual é de que haja cerca de 13 mortes de crianças todos os dias. Aquelas com desnutrição severa que ainda não morreram correm um grande risco de morrer dentro de três a seis semanas se não receberem tratamento. O problema de saúde é tratável se a pessoa puder chegar a uma unidade de saúde, mas muitos não conseguem.”

MSF é o único provedor de cuidados de saúde ainda operacional no campo de Zamzam, um dos maiores e mais antigos campos para pessoas deslocadas internamente no Sudão. A pequena clínica de MSF está sobrecarregada com o número elevado de pacientes e a gravidade de seu estado de saúde.

Nos últimos nove meses, o já frágil sistema de saúde de Darfur do Norte e toda a resposta humanitária entraram em colapso, e a clínica é um dos poucos centros de saúde de Darfur do Norte que permanece operando plenamente. As pessoas viagem em lombo de burro ou a pé de vilarejos que ficam até 50 km distantes do campo para terem acesso a cuidados de saúde, montando acampamento do lado de fora da clínica de madrugada, porque é o único meio de obterem tratamento para seus filhos.

“Antes do início do conflito em abril do ano passado, as pessoas no campo dependiam muito de apoio internacional para obter tudo: comida, cuidados de saúde, água limpa. Agora, foram quase completamente abandonados”, explica Nicolet. “Não houve distribuição de comida do Programa Mundial de Alimentos (PMA) desde maio. Antes as famílias conseguiam fazer duas refeições por dia, agora elas nos relatam que só fazem uma. Pessoas estão passando fome e crianças estão morrendo em consequência disso.”

As condições sanitárias no campo também são atrozes: além de não haver cuidados de saúde à exceção da clínica de MSF, também não há fornecimento de água limpa. As pessoas estão bebendo água de brejos ou do rio, o que pode causar diarreia severa. Para crianças que já estão mal-nutridas, isso pode ser fatal. Da mesma forma, pode levar à desnutrição em crianças saudáveis e causar uma rápida deterioração de seu estado de saúde.

“Há muitos fatores que contribuíram para os altos níveis de desnutrição que estamos observando. Janeiro é um período que deveria ter os índices mais baixos, porque dezembro é geralmente o mês quando ocorre a colheita, o que significaria que os estoques de comida deveriam estar nos níveis mais altos. Mas no último ano as pessoas não conseguiram trabalhar nas lavouras por causa da insegurança. Além disso, a pouca produção agrícola foi ainda pior devido às poucas chuvas. Com a pior fase da desnutrição ainda por vir  – entre abril e setembro – esperamos que o número enorme de casos que já estamos observando se incremente dramaticamente nos próximos meses.”

Antes de abril de 2023, o sistema de saúde da Darfur do Norte era apoiado por agências da ONU como PMA, UNICEF, OIM (Organização Internacional de Migrações) e OCHA (Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários, na sigla em inglês). Esta ajuda foi agora abruptamente interrompida, com rotas terrestres e aéreas severamente obstruídas. As equipes deixaram de receber salários, há falta de equipamentos e remédios, assim como de combustível para geradores, de água e de outros suprimentos necessários para manter instalações de saúde em operação. Programas de combate à desnutrição, que antes estavam presentes na capital provincial, El Fasher, não existem mais. Não há nenhum lugar na cidade onde as pessoas possam receber atendimento de saúde primária para seus filhos. É urgente que as partes em conflito reabram o Aeroporto de El Fasher e garantam que permaneça acessível uma vez que esteja operacional. Desta forma, organizações humanitárias podem regressar rapidamente e oferecer assistência não apenas no campo de Zamzam, mas em outras partes de Darfur do Norte.

MSF é no momento a única organização internacional que oferece assistência pediátrica gratuita em todos os cinco estados de Darfur, uma região do tamanho da França. O hospital pediátrico possui um total de 78 leitos para uma população de mais de 11 milhões de pessoas, capacidade claramente insuficiente para responder a um desastre desta escala.

“Transferências de pacientes do campo de Zamzam ao hospital pediátrico em El Fasher acontecem diariamente na tentativa de salvar a vida de crianças”, explica Nicolet “Mas sabemos pelo levantamento de mortes que há centenas de crianças que não chegam sequer à nossa clínica no campo. É possível evitar que a situação se deteriore ainda mais com uma mobilização maciça da comunidade internacional. Não podemos deixar que as pessoas continuem sofrendo em silêncio. A necessidade deste aumento de assistência é urgente. Sem ele, mortes preveníveis de ainda mais crianças vão ocorrer. ”

Nota aos editores  - O levantamento rápido sobre a situação de mortalidade e nutrição foi conduzido durante quatro dias, de 10 a 13 de Janeiro de 2024. Foram pesquisados 400 domicílios e uma amostra de 3.296 pessoas. Para aferir a mortalidade, foi perguntado a membros das famílias se alguém no domicílio havia morrido nos três meses desde 1 de outubro. Isso resultou em uma taxa bruta de mortalidade de 2.5.

 

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