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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Câncer de colo do útero: queda da cobertura vacinal contra HPV leva a aumento de casos

 


Janeiro Verde é a campanha nacional de prevenção e orientação sobre o terceiro tipo de câncer mais comum nas mulheres

 

 Sucessivas quedas das taxas de cobertura indicam um futuro de risco aumentado para as meninas que não receberam a vacina contra o HPV (papiloma vírus humano) antes do início da vida sexual. Infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, o HPV está associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero. A neoplasia e vários outros tipos de câncer poderiam ser evitados com vacinação, contudo, a queda dos números de imunização indica que o Brasil está longe de atingir a meta de erradicação da doença até 2030.

Durante o Janeiro Verde, mês dedicado à conscientização do câncer de colo de útero – também conhecido como câncer cervical –, ganha destaque o fato de que a imunização é o caminho mais curto e barato contra a doença, porém, não necessariamente o mais utilizado. Em 2019, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina. Em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura vacinal baixou de 61,55% em 2019 para 52,16% em 2022.

O oncologista Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas, aponta que em 2021 foram registrados 16.760 novos casos de câncer de colo uterino pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), total que subiu para 17.010 em 2023, sendo que 6.380 mulheres faleceram em razão da doença.

“O câncer cervical é o terceiro tipo mais comum nas mulheres e a quarta causa de morte por câncer entre elas no Brasil. A despeito de todo o aparato preventivo, tem aumentado de incidência aqui no Brasil, mesmo dispondo de meios para praticamente ser erradicado”, explica o médico.

Dos mais de 200 tipos de HPV, dois são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de útero, conta o oncologista:  o HPV 16 e o HPV 18. Outros tipos de HPV podem também aumentar o risco do câncer do colo uterino, mas em menor grau, acrescenta Medina.

“Estima-se que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas pelo vírus HPV em algum momento da vida. No entanto, a maioria das infecções é transitória e o sistema imunológico é capaz de eliminá-las”, reforça Medina. “A vacina é uma das medidas mais eficazes para prevenir o câncer de colo de útero. É segura e pode evitar a infecção por HPV e o desenvolvimento de lesões cancerosas”, detalha.

Pesquisa nacional encomendada pelo Ministério da Saúde mostrou que mais da metade dos indivíduos do estudo que iniciaram a vida sexual apresentaram resultado positivo para o HPV: 54,4% das mulheres e 41,6% dos homens sexualmente ativos que passaram pelo serviço tinham HPV genital.

Além da associação com o câncer cervical, parte dos casos de câncer na vulva, pênis e orofaringe tem relação com o HPV. Sem contar que 90% das verrugas genitais são provocadas pela doença. A vacina HPV quadrivalente, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), previne contra todas essas complicações e está disponível, gratuitamente, nos postos de vacinação pelo Brasil.

 Vacina

A vacina contra o HPV, lembra Medina, foi incluída no calendário nacional em 2014. Antes, era aplicada apenas em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos e em pessoas de 9 a 45 anos em condições clínicas especiais, como as que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos (imunossuprimidos).  Em agosto de 2023, a vacinação foi estendida às vítimas de abuso sexual para se alinhar à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Associação Pan-Americana de Infectologia (API).

“O ideal para prevenção do HPV e consequentemente do câncer de colo uterino seria uma cobertura acima de 80%”, salienta Medina, que indica vários fatores como determinantes para a queda das taxas de cobertura.

“Os fatores que podem explicar a baixa adesão à vacina no Brasil são a falta de informação e de conscientização a respeito de sua importância, as crenças equivocadas, como a ideia de que a vacina estimula a promiscuidade sexual, e dificuldade de acesso à vacina, como a falta de oferta em todas as unidades de saúde”, enumera, reforçando a necessidade das campanhas de orientação como as que ocorrem durante o Janeiro Verde.


Esquema Vacinal do HPV

• Pessoas de 9 a 14 anos de idade, do sexo feminino e masculino, vítimas de violência sexual: duas doses conforme o Calendário Nacional de Vacinação de rotina.  As doses devem ter um intervalo de 6 meses;

 • Pessoas de 15 a 45 anos de idade, do sexo feminino e masculino, imunocompetentes e vítimas de violência sexual: três doses, com um intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda; e de 6 meses, entre a primeira e a terceira. O intervalo para vacinar deve ser de no máximo 6 meses;

 • Pessoas de 15 a 45 anos de idade, do sexo feminino e masculino nas indicações especiais (vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea); pacientes oncológicos; imunossuprimidos (pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos); e vítimas de violência sexual: três doses, com um intervalo de 2 meses, entre a primeira e a segunda; e de seis meses, entre a primeira e a terceira (0, 2 e 6 meses).

  


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Férias escolares: entenda a importância de manter atividade física e práticas alimentares às crianças

 Especialistas do CEJAM dão dicas de como manter o corpo e a mente saudáveis durante o período 

 

No imaginário, as férias estão totalmente atreladas ao lazer, descanso e descontração. Apesar disso, esse período exige atenção, principalmente com os pequenos. Nesse tempo de recesso escolar, é primordial garantir que os movimentos corporais e a alimentação saudável também integrem às suas rotinas.

Para Luana de Oliveira Candido, profissional de Educação Física atuante no polo de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) da coordenadoria Sul, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisa “Dr. João Amorim” em parceria com a Prefeitura de São Paulo, o modo e a disponibilidade do corpo estão relacionados às experiências de vida e entorno, sendo a expressão e a interação com o mundo corporal traduzidas nas relações e escolhas de vida.

Por isso, é tão importante trabalhar o corpo e a mente, especificamente na infância. E por que não aproveitar esse período para isso? “Quando a criança coloca o corpo em movimento, ela faz a energia rodar e cria intimidade com ele. Então, quando se movimenta com regularidade, consegue extravasar e imediatamente passa a sentir as transformações”, explica a educadora física.

Não só isso, estudos e pesquisas apontam os benefícios bioquímicos e fisiológicos da prática regular de exercícios e atividades físicas: o indivíduo dorme melhor, o sono tem mais qualidade e há mais disposição física, permitindo a realização de atividades cotidianas com menos exaustão.

Por isso, é importante ter pelo menos 30 minutos diários para que a corporeidade seja observada e trabalhada. O tempo ideal pode variar de acordo com os hábitos de cada um, a faixa etária, a disponibilidade física e se há lesão ou não.

No entanto, Luana reforça que as atividades para crianças e adolescentes estão na esfera lúdica e, com isso, existem peculiaridades na hora de exercitar o corpo. “Crianças e adolescentes têm que estar em turma, jogar bola e correr. O incentivo para que eles se movimentem nas férias, no geral, é estar com outras pessoas da mesma faixa etária.”



Alimentação

Para potencializar esse tempo, Marlucy Lindsey Vieira, nutricionista na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Nakamura, também gerenciada pelo CEJAM em parceria com a prefeitura, destaca a importância de manter os bons hábitos alimentares como aliados, a partir de um cardápio variado e equilibrado.

A recomendação da especialista é para que seja mantida a rotina de horários do café da manhã, almoço, lanches e jantar. Além disso, ela orienta que seja evitada a oferta de doces, salgadinhos e guloseimas em geral, dando preferência aos alimentos frescos e naturais, por serem mais saudáveis e nutritivos.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial
cejam.org.br/noticias.



Sprays, pastilhas e outros medicamentos comuns para dor de garganta podem esconder doenças mais graves; saiba como utilizar os produtos!

 Especialista do Hospital Paulista orienta sobre o uso responsável de remédios para aliviar o incômodo dos sintomas


As frequentes alterações climáticas ocorridas nas últimas semanas têm impactado a saúde da garganta de muitas pessoas. Seja pela mudança com elevação ou queda brusca de temperaturas, seja por desidratação ou excesso de exposição ao ar-condicionado, o problema pode ir de um simples incômodo até uma doença mais séria.

Nesse sentido, é comum recorrer às prateleiras das farmácias, onde uma variedade de sprays e pastilhas prometem aliviar o desconforto de forma rápida e eficaz.

Mas será que tais medicamentos são seguros? Há uma maneira correta para usá-los? Para entender melhor essas e outras questões, o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dr. Gilberto Pizarro fala sobre o tema e traz orientações sobre os cuidados que as pessoas devem ter em relação aos produtos encontrados nas farmácias.

O especialista destaca que cada uma das opções disponíveis no mercado possui diferentes formulações e princípios ativos destinados a aliviar a dor e promover a recuperação.



Cuidados ao usar sprays e pastilhas

Dr. Pizarro ressalta que sprays e pastilhas podem oferecer alívio temporário e sintomático, mas é crucial usar esses produtos com responsabilidade.

Algumas recomendações incluem:

- Ler as instruções na bula: antes de utilizar qualquer medicamento, é fundamental ler as instruções fornecidas na embalagem. Entender a posologia e as contraindicações é essencial para um uso seguro.

- Evitar o uso excessivo: de acordo com o especialista, ao utilizar continuamente e com frequência medicamentos, como sprays e pastilhas para dor de garganta, além do risco de dependência e efeitos colaterais indesejados, a pessoa pode acabar mascarando uma doença importante e que necessita de investigação.

“Esse tipo de remédio deve ser usado apenas para aliviar sintomas que perdurem por dois ou três dias. Mais do que isso, pode indicar a presença de um problema mais sério que não se resolverá sem intervenção médica”, complementa.

- Ter atenção às contraindicações: pacientes com condições médicas específicas, como alergias a determinados componentes, devem prestar atenção às contraindicações dos medicamentos. “Em caso de dúvida, deve-se sempre procurar um profissional de saúde”, alerta o otorrinolaringologista.

- Hidratar-se adequadamente: o especialista reforça a importância de manter-se hidratado, sobretudo quando há um quadro infeccioso. “Além do uso de medicamentos, beber líquidos quentes e manter uma boa hidratação auxiliam no processo de recuperação.”



A importância da avaliação médica

Dr. Pizarro enfatiza que, embora esses medicamentos possam proporcionar alívio temporário, é fundamental buscar a orientação de um profissional de saúde para um diagnóstico adequado. A automedicação, especialmente em casos recorrentes, pode esconder ou até agravar sintomas de problemas mais sérios.

“O tratamento da dor de garganta deve ser personalizado, considerando a causa e o histórico do paciente. Um otorrinolaringologista pode identificar a origem da dor e orientar sobre o tratamento mais adequado", afirma o médico.

Ao enfrentar sintomas persistentes ou em caso de qualquer dúvida sobre o uso de medicamentos para dor de garganta, a consulta a um profissional de saúde é sempre a melhor abordagem para garantir uma recuperação segura e eficaz.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Infertilidade: Saiba tudo o que você precisa saber sobre a doença


Em todo o mundo 15% dos casais são inférteis, isso representa que a cada cinco casais, um é considerado infértil. Se você não sabe o que é a doença, o que causa, como identificar, tratar e outras informações, o especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, responsável técnico da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, nos ajudará a esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto. 

Frantz afirma que é considerada infértil uma pessoa ou o casal que no período de 12 meses não consegue chegar a uma gestação tendo relações sexuais regularmente sem métodos contraceptivos, mas em casos de mulheres com mais de 35 anos, o tempo cai para 6 meses. 

“A doença atinge 15% dos casais em idade reprodutiva. Devido à tendência em deixar para engravidar mais tarde, alguns estudos já apontam para uma taxa de 20%”, afirma Frantz. 

A infertilidade tem dois diferentes tipos: a primária e a secundária. 

“A primária é diagnosticada quando um casal está querendo ter filhos pela primeira vez e não consegue chegar ou manter uma gravidez após 12 meses de tentativas. Enquanto a secundária é quando casais que já têm pelo menos um filho não conseguem engravidar novamente ou sustentar uma gravidez até o nascimento do bebê”, explica Frantz.

 

Causas e influências 

É estimado que 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentem problemas para engravidar, podendo ter causas masculinas, femininas ou em ambos. 

Segundo Frantz, as principais causas femininas que contribuem para a infertilidade são a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, comprometimento das trompas e idade avançada. 

Já nos homens, a obstrução dos canais ejaculatórios por infecções ou vasectomia, distúrbios que tenham afetado os testículos na infância, diminuição na quantidade ou na motilidade dos espermatozoides e outros. 

Também existem fatores como a qualidade de vida, estresse, fumo, álcool, alterações de peso e dieta, doenças pré existentes ou doenças que surjam ao longo da vida como o câncer, que podem fazer com que uma pessoa fique infértil. 

Vale ressaltar que um estudo feito pela Medical College of Georgia, nos EUA, trouxe informações importantes de que 17% das mulheres que participaram do estudo e que apresentaram uma infertilidade inexplicável tinham variantes genéticas que poderiam causar doenças como o câncer no futuro. 

Já era sabido que a infertilidade tinha ligações com doenças, mas ainda não havia sido descoberto que a infertilidade poderia ser um sinal de que essa pessoa poderia ter uma grave doença no futuro.

 

Como identificar 

Se você está suspeitando ser infértil, o primeiro passo é procurar um especialista e explicar o seu caso. Com isso, alguns exames serão pedidos e após os resultados será possível chegar a um diagnóstico ou prolongar a investigação. 

“Para as mulheres são pedidos exames como dosagem hormonal, ultrassonografia transvaginal, contagem de hormônio anti-mulleriano, biópsia de endométrio e entre outros. Já para os homens, o espermograma e teste hormonal são os principais, mas também existem outros”, explica Frantz.

 

Tratamentos de reprodução humana 

Após a identificação do problema, se não houver um resultado satisfatório com outros tipos de tratamentos para reverter o quadro, pode-se utilizar alguns métodos de tratamentos reprodutivos, segundo Frantz, entre eles estão: 

Fertilização in vitro (FIV): Processo em que a fertilização dos gametas é feita em laboratório. Os pré-embriões são transferidos para o útero da mãe, onde será desenvolvida a gestação. 

Inseminação artificial: procedimento em que o sêmen é preparado e inserido diretamente no interior do útero, com o objetivo de aproximar o espermatozoide do óvulo, facilitando a sua fertilização. 

Coito programado: relação sexual programada, com uso de medicamentos para indução da ovulação.

 

O que é a fadiga menstrual e o que fazer para aliviar os sintomas

 

Médico explica as razões pelas quais as mulheres se sentem mais cansadas durante a menstruação

 

Lidar com o fluxo dos hormônios femininos durante todo o mês não é fácil. Somente isso é suficiente para que muitas mulheres sofram com cansaço e outras mudanças no organismo. Porém, existe uma época em que essa ‘luta’ com o próprio corpo aumenta: o período menstrual. Às vezes, nesse momento, o esgotamento é tanto a ponto de a mulher não ter energia para trabalhar ou fazer as atividades cotidianas. Esta sensação é chamada de fadiga menstrual.

 

Juntamente com mau humor, inchaço e dores de cabeça, a fadiga menstrual é um dos sintomas que vêm com a menstruação. O ginecologista Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, explica que o cansaço excessivo é comum e ocorre por uma série de razões ligadas ao organismo. 

 

Segundo Bellelis, algumas causas para a fadiga menstrual não são controláveis, mas outras podem ser evitadas ou amortecidas. “Nosso corpo costuma reagir à forma como o tratamos. Se não ingerimos as vitaminas necessárias e não damos a ele o devido descanso, ele irá reclamar. Uma alimentação rica em nutrientes é recomendável para qualquer pessoa durante todo o mês, mas para as mulheres é ainda mais importante, especialmente durante a menstruação”, afirma o médico. Ele defende, ainda, o acompanhamento médico.

 

A seguir, o especialista traz os principais motivos que levam à fadiga menstrual. Entenda:

 

Baixos níveis de estrogênio – Nesse período, ocorre a diminuição do estrogênio, o hormônio sexual feminino. Essa alteração provoca parte dos sintomas da síndrome pré-menstrual, ou tensão pré-menstrual, a TPM. Os sintomas podem durar até que os níveis comecem a subir novamente, já no final da menstruação.

 

Sangramento intenso - O sangramento uterino anormal, ou até mesmo um sangramento mais intenso, também pode provocar fadiga. Suas causas podem ser miomas, pólipos ou desequilíbrio hormonal. Este último pode levar a um desenvolvimento excessivo do endométrio (tecido que reveste o útero e se desprende durante a menstruação), resultando em sangramentos menstruais mais fortes. 

 

Anemia - É uma condição na qual o corpo carece de glóbulos vermelhos saudáveis ​​que ajudam a transportar oxigênio para outros tecidos do corpo. A anemia pode ser causada por sangramento excessivo ou ingestão inadequada de ferro.

 

Dieta pouco saudável - Comer alimentos pobres em nutrientes também pode levar à fadiga menstrual. É melhor ingerir comidas ricas em ferro, proteína, ômega-3, magnésio e cálcio, com propriedades anti-inflamatórias.

 

Dormir mal - Tendemos a subestimar o quanto o sono afeta nossa saúde. Dormir mal pode contribuir para a fadiga menstrual e aumentar o risco de doenças cardíacas, pressão alta, diabetes, derrame, obesidade e depressão. Embora a dor e as mudanças de humor possam atrapalhar o horário de sono, é importante tentar tirar uma soneca sempre que possível. 

 

  



Clínica Bellelis - Ginecologia


Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), do Hospital de Câncer de Barretos.


Esquizofrenia x Transtorno Bipolar: como diferenciar os dois transtornos mentais?

 

Crédito: canva

Doenças possuem sintomas parecidos, mas principais características podem ajudar a diferenciá-los; psiquiatra da SIG Residência Terapêutica comenta

 

Existem diversos tipos de transtornos mentais, geralmente caracterizados por combinações de sintomas diferentes. No entanto, alguns podem se manifestar de forma semelhante. Entre os transtornos, podemos citar a depressão, o transtorno bipolar, a demência, a esquizofrenia, entre outros, que, somados, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), afetam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo. 

O Transtorno Bipolar e a Esquizofrenia - transtornos mentais que levam muitos pacientes para internação e para residências terapêuticas - são doenças conhecidas, mas muito confundidas. “As pessoas podem confundir essas condições porque alguns sintomas, como agitação, desorganização, sintomas psicoticos, desânimo, inadequação, podem aparecer em ambos, especialmente em momentos de crise”, comenta o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica. 

Os dois transtornos mentais podem ser graves e afetar o pensamento nos períodos de agudizacção. As vezes, a doença pode ser indistinguível em um primeiro momento, necessitando de mais tempo de acompanhamento para fechar o diagnóstico, que muitas vezes nem é fechado ou pode até mesmo ser modificado ao longo do acompanhamento médico. "Além disso, há também um diagnóstico onde essas doenças se misturam, o Transtorno Esquizoafetivo. Existe, inclusive, uma teoria bem aceita entre os psiquiatras, em que ambas seriam uma mesma doença, porém, quando falamos da apresentação clássica dos transtornos, elas possuem diferenças". Ainda segundo o especialista, a principal delas é a possibilidade de no Transtorno Bipolar o paciente poder ficar quase completamente assintomático.

O Transtorno Bipolar é uma doença com 3 fases, segundo o Dr. Lipman: a fase da depressão, a fase da euforia e a fase da estabilidade, chamada eutimia. "O objetivo do tratamento é prolongar ao máximo a fase da eutimia e reduzir as fases das crises, seja de euforia ou de depressão. Já na esquizofrenia, a fase da estabilidade costuma não ser isenta de sintomas, com um comprometimento maior, sintomas como desinteresse, embotamento afetivo, perdas funcionais mais pronunciadas", comenta. "Na verdade, a semelhança entre as doenças aparece em evoluções mais graves do transtorno bipolar, que pode se assemelhar a esquizofrenia, ou no período das crises, porém, as crises tratadas, costuma ser mais fácil fazer a diferenciação", completa.
 

Diagnóstico 

De acordo com o Dr. Lipman, ao falarmos de transtornos mentais, estamos falando sobre doenças que não têm um exame específico para um diagnóstico e é por isso que os relatos do paciente são importantes, assim como a entrevista com os familiares. 

“Como essas e outras doenças têm sintomas muito parecidos, cada relato, cada informação vinda do paciente é extremamente importante para fechar um diagnóstico certeiro e, assim, realizar o tratamento correto”, orienta ele.

 

Tratamento 

Nos dois casos, o uso de medicação psicotrópica se mostra fundamental. Na esquizofrenia, o uso de antipsicóticos é a pedra mestre do tratamento, enquanto no transtorno bipolar o mesmo é feito com estabilizadores de humor. “Nos dois casos pode ser necessário o uso de outras medicações, como antipsicóticos e antidepressivos no transtorno bipolar, ou antidepressivos, benzodiazepínicos, entre outros, na esquizofrenia”, explica.

Outras terapias como psicoterapia, hospital-dia, entre outros também são úteis e devem ser avaliados caso a caso. “Para as duas doenças, os tratamentos são contínuos e têm como objetivo a reversão de sintomas e alargamento dos períodos intercrises e não da doença, pois as duas são crônicas, ou seja, durarão por toda a vida”, finaliza.



Residência Terapêutica

De acordo com o profissional, essas são as duas doenças que mais levam pacientes para residências terapêuticas, lar para pessoas com doenças mentais crônicas. Como em muitos casos essas pessoas precisam de cuidados intensos que nem sempre seus familiares conseguem dar conta, um lugar próprio para isso pode fazer toda a diferença e gerar uma melhor qualidade de vida.

 

Sig Residência Terapêutica

 

Cuidados e o uso do protetor solar previnem manchas e queimaduras na pele

Os dias de verão estão a todo vapor e se você adora se expor ao sol, é provável que em alguma ocasião já tenha ficado com a pele vermelha e ardendo. Para evitar esse problema, o protetor solar deve ser usado sem moderação e quem faz a recomendação é o dermatologista Antonio Lui, do Hospital Santa Casa de Mauá.  

“Cuidados simples com a pele evitam transtornos futuros como o câncer, o envelhecimento precoce, as manchas e as rugas. A exposição aos raios ultravioletas (UV) torna o uso de protetor solar indispensável em todas as idades”, explica o médico. 

A inflamação da pele, o aparecimento de bolhas e os edemas, os calafrios, a febre, a descamação e a desidratação são alguns dos desconfortos causados pela queimadura solar e a intensidade dos sintomas varia de acordo com o grau da exposição ao sol. Nesses casos, não utilize receitas caseiras ou produtos desconhecidos, pois podem agravar ainda mais a inflamação. Para amenizar os sintomas, o ideal é limpar a pele com água fria, hidratar com loções pós-sol e fazer compressas frias. 

Veja alguns cuidados que ajudam a manter uma pele saudável e evitam as queimaduras: usar o protetor solar  com a reaplicação a cada duas horas, após a transpiração excessiva ou depois de longos períodos dentro da água; não se expor ao sol entre 10 e 16 horas; usar roupas com proteção UV, chapéus, óculos de sol e dar preferência à sombra, além de se manter sempre hidratado. As orelhas, tornozelos e pés também precisam receber proteção, pois ficam mais expostas aos raios solares, assim como o couro cabeludo - aposte no uso de chapéus e bonés. 

A proteção dos bebês com menos de seis meses deve ser por meio de roupas e bonés em tecido UV e com exposição à sombra. Dos seis meses aos dois anos de idade, são indicados os protetores com ativos minerais e, acima dos dois anos, os filtros que absorvem os raios UV com FPS 50 ou mais. 

No verão também é comum a fitofotodermatose, que consiste em queimaduras seguidas por manchas a partir da combinação do sumo de frutas cítricas ou algumas plantas e o sol. O limão é o exemplo mais comum. “O protetor solar não evita este tipo de queimadura, Por isso, é preciso lavar bem as mãos com água e sabão após manusear a fruta, além do rosto e ao redor da boca após consumir bebidas que levem o limão", recomenda o dermatologista Antonio Lui. 

As manchas somem com o tempo, porém podem causar coceira, ardência e bolhas em casos mais graves e não devem ser estouradas. As compressas com soro fisiológico ajudam a aliviar o incômodo e a de água gelada reduz a inflamação. Também é importante proteger a região com filtro solar e não se expor ao sol. No caso de queimaduras graves ou manchas que demoram em desaparecer, consulte um dermatologista já que pode ser necessário um tratamento com pomadas, creme, filtros solares e clareadores, além de procedimentos estéticos. 



Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/

 

Urina pode sair preta em casos de desidratação grave, como mostra o filme “Sociedade da Neve”

  

Quando a ficção retrata a realidade: nefrologista do Vera Cruz Hospital comenta sobre situação retratada no longa, que mostra condições humanas extremas vividas por sobreviventes de um acidente aéreo 

 

Lançamento da Netflix, o filme “Sociedade da Neve”, dirigido por JA Bayona e baseado em livro de mesmo nome, faz a releitura de um trágico acidente aéreo ocorrido há quase 52 anos, em 1972, com uma equipe de rugby uruguaia nos Andes, no Chile. Além da história em si, o filme retrata as condições humanas enfrentadas pelos sobreviventes durante os 72 dias entre o desastre e a chegada do socorro. Desnutrição, desidratação, queimaduras do frio, hipotermia, fome e outras dificuldades estão evidentes. Mas nenhuma delas chama mais a atenção do que o momento em que os sobreviventes relatam a cor marrom-escura, quase preta, da urina. 

E segundo Rodrigo Dias de Meira, nefrologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), a ficção retrata a realidade. “A urina é, basicamente, formada por água, toxinas e elementos que o rim filtrou e desprezou. Quando o organismo apresenta desidratação, o rim é o órgão que vai lutar para preservar a maior quantidade de água possível no corpo, reduzindo ao máximo a porcentagem de água na urina. Isso fará com que a urina fique mais concentrada, ficando mais escura, o que pode variar em tons de amarelo, castanho ou preto, em casos considerados os mais graves”, explica. 

Segundo o especialista, porém, não é somente em casos de desidratação que o problema pode ocorrer. “O escurecimento da urina também pode ser causado por situações em que o corpo necessite reter mais líquidos, como, por exemplo, em hemorragias, que levam à perda de sangue e, consequentemente, de líquido; e patologias que podem baixar a pressão arterial, como infecções. Nestas situações, o rim vai ajudar o organismo a reter a maior quantidade de líquido possível e, em alguns casos, a pessoa acometida pode até mesmo deixar de urinar até o quadro ser estabilizado”. 

O médico lembra que a coloração da urina também pode ter alteração devido à presença de sangue, ao uso de determinados medicamentos e perda de outras substâncias. Por essa razão, recomenda que qualquer alteração na coloração da urina em pessoas hidratadas seja bem investigada. 

Portanto, é de extrema importância estar de olho na coloração da urina e não esquecer de beber água suficiente para manter uma boa hidratação, especialmente em dias quentes e durante a prática de exercícios físicos. “Além da coloração mais escura da urina, é importante estar atento a demais sinais que podem dar indícios do problema - desidratação, como fraqueza, boca seca, sensação de sede, dor de cabeça, sonolência, coma e demais agravamentos, que podem até mesmo levar a morte”, conclui.


ESPECIALISTA DO INSTITUTO DO SONO ENSINA COMO DORMIR BEM NO VERÃO

Altas temperaturas podem colocar em risco a qualidade de sono, alerta a médica Sandra Doria.

 

No verão, as temperaturas se elevam sendo um convite para passeios ao ar livre, prática de atividade física e banhos de mar e piscina. Por outro lado, o calor requer cuidados com organismo para evitar desidratação, insolação e problemas no aparelho respiratório. Outra queixa comum nas noites muito quentes é a dificuldade para dormir. E a ciência vem mostrando cada vez mais a relação entre o calor e a piora do padrão de sono. Um estudo sueco1 com 19.254 pessoas revelou que, nas noites quentes, 34,5% dormiram menos de 6 horas, 12,1% tiveram despertares matinais precoces e 15,5% sentiram-se cansados ao acordar. Pesquisadores dinamarqueses2analisaram 47.628 pessoas de 68 países, constatando que o efeito das altas temperaturas na perda de sono é maior em idosos e nas mulheres. 

O ciclo vigília-sono está vinculado ao sistema de regulação de temperatura corporal, que é influenciado pela temperatura externa. Para o sono começar, o organismo precisa dissipar o calor. “No calor, o corpo tem de fazer um esforço redobrado para realizar esta tarefa”, explica a médica Sandra Doria, pesquisadora do Instituto do Sono. Assim é mais difícil adormecer. Além disso, o tempo de sono profundo e o tempo total de sono podem ficar mais reduzidos. 

O clima quente é também um convite para as pessoas saírem de casa à noite para irem a bares e restaurantes, reuniões com amigos e passeios ao ar livre. Como o sono requer regularidade, se há uma mudança de rotina, é preciso se adaptar aos novos horários para não haver dificuldade de conciliar o sono. “Pior que a alteração de rotina, é dormir e acordar cada dia em um horário diferente, o que prejudica a qualidade de sono”, diz Sandra Doria.


Estudo dinamarquês mostra que as altas temperaturas
 provocam a perda de sono principalmente nas mulheres e nos idosos
.

Por causa da falta de horários regulares para o descanso, muitas pessoas lançam mão de bebidas estimulantes para ficarem despertas durante o dia como café, chás e enérgicos. À noite, o excesso de consumo pode levar à insônia. Para resolver o problema, muitos tomam bebidas alcoólicas. “Embora facilite o ato de adormecer, o álcool proporciona uma qualidade de sono ruim. A pessoa acorda cansada e, para melhorar o rendimento, toma uma bebida estimulante, entrando assim num círculo vicioso perigoso”, pondera a especialista do Instituto do Sono. 

A seguir a médica Sandra Doria dá 5 dicas para melhorar o sono nas noites quentes: 

- Banho antes de dormir – uma boa ducha pode ajudar a reduzir a temperatura do corpo e ajudar a sentir menos calor antes de pegar no sono. 

- Temperatura elevada – mantenha as janelas abertas para facilitar a ventilação. Use ar- condicionado ou ventilador para diminuir o calor no ambiente. 

- Pernilongos – por causa do barulho e das picadas esses insetos podem se transformar em elementos que fragmentam o sono. Coloque telas nas janelas ou use mosqueteiros para evitar a entrada de insetos no quarto. 

- Exercícios físicos – resista à tentação de aproveitar as noites quentes para a prática de esportes, corrida e atividades físicas poucas horas antes de ir para cama. Prefira fazer algo relaxante como meditar, ler ou ouvir música. 

- Hidratação – manter-se hidratado no calor é muito importante. Beba água fria antes de se deitar para aumentar asensação de frescor.


Instituto do Sono


Referências:

Olga Titova el al. Seasonal variations in sleep duration and sleep complaints: A Swedish cohort study in middle-aged and older individuals܂Journal of Sleep Reasearch. Volume31, Issue1

2022.Kelton Minor el al. Rising temperatures erode human sleep globally܂One Earth 5, 534–549, 2022 Elsevier Inc



Janeiro Branco - 5 Dicas Para Enfrentar a Depressão



Descubra Como A Campanha Janeiro Branco Está Iluminando O Início Do Ano, Destacando A Importância Do Cuidado Com A Saúde Mental E Emocional. Conheça Dicas Valiosas Para Enfrentar A Depressão Com A Dra. Gesika Amorim, Mestra Em Educação Médica, Pós Graduada Em Neurologia E Psiquiatria, Com Especialização Em Tratamento Integral Do Autismo, Saúde Mental E Neurodesenvolvimento.
 

 

O Janeiro Branco é uma campanha que surgiu em 2014. O objetivo da campanha é chamar a atenção das pessoas e da sociedade para a importância dos cuidados com a saúde mental. O tema de 2024 visa alertar para os cuidados com a saúde mental e emocional da população, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico. 

A campanha já se tornou global, sendo realizada em vários países, como Angola, Colômbia, Japão, EUA, Portugal e outros, ampliando o seu impacto e promovendo a conscientização sobre a saúde mental em escala mundial. A escolha do mês de janeiro se deve ao fato de que, nesse período, as pessoas estão mais propensas a fazerem reflexões, planos e metas para o ano que se inicia. A cor branca simboliza uma folha ou tela em branco, onde cada um pode escrever ou reescrever a sua história. 

Janeiro é o mês que marca o início de um novo ano, um novo ciclo, uma nova oportunidade de recomeçar. Muitas pessoas fazem planos, metas, resoluções e expectativas para os próximos doze meses, mas nem sempre as coisas saem como planejado, e isso pode gerar frustração, decepção, ansiedade e até depressão – explica a Dra. Gesika Amorim. 

A campanha Janeiro Branco promove diversas atividades, como palestras, oficinas, rodas de conversa, caminhadas e muito mais, visando informar, educar e sensibilizar as pessoas sobre os temas relacionados à saúde mental, como prevenção, tratamento, estigma, direitos, políticas públicas, entre outros. Visando também estimular ações de cuidado consigo mesmo e com os outros, incentivando o fortalecimento dos vínculos afetivos, a solidariedade, a empatia e a compreensão. Além disso, a campanha orienta as pessoas a procurarem ajuda profissional quando necessário, seja de psicólogos, psiquiatras ou outros profissionais da saúde. 

A ansiedade é um sentimento de medo, preocupação ou nervosismo diante de uma situação incerta ou ameaçadora. A depressão é um transtorno de humor que causa tristeza profunda, perda de interesse, culpa, baixa autoestima e outros sintomas que afetam a qualidade de vida. Ambas são doenças sérias que precisam de tratamento adequado, pois podem levar a complicações graves, como isolamento social, abuso de substâncias, automutilação e suicídio – alerta a Dra. Gesika Amorim. 

Janeiro Branco é uma iniciativa que visa conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde mental e emocional, e incentivar a busca por ajuda profissional quando necessário. Lembre-se que a saúde mental é de suma importância quanto; cuidar de si mesmo é um ato de amor e respeito. Não tenha vergonha ou medo de pedir ajuda. 

A Dra. Gesika Amorim apresenta 5 sugestões básicas, porém, essenciais para o enfrentamento da depressão: 

  1. Procure ajuda médica: Um médico poderá avaliar sua condição e recomendar um tratamento adequado, como terapia e/ou medicação, se necessário. 
  1. Busque apoio emocional: Participar de grupos de apoio ou conversar com um terapeuta pode fornecer um ambiente seguro para compartilhar suas experiências e obter apoio de pessoas que entendem o que você está passando. 
  1. Compartilhe com alguém de confiança: Conversar com amigos ou familiares sobre o que você está passando pode trazer algum alívio emocional. 
  1. Cuide de si: Priorize seu bem-estar físico, praticando exercícios, mantendo uma alimentação saudável e dormindo adequadamente. 
  1. Evite o isolamento: Mantenha-se conectado com outras pessoas e participe de atividades sociais que lhe tragam prazer, mesmo que pareça difícil no momento.

 

Dra Gesika Amorim - Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo

 

Reposição hormonal pode ser feita antes da menopausa?

Ginecologista explica porque não há necessidade de esperar a menstruação acabar de vez para realizar a terapia de reposição hormonal 

 

A menopausa assinala o momento na vida da mulher em que a menstruação cessa naturalmente, uma vez que os ovários deixam de produzir os hormônios femininos. A entrada na menopausa é confirmada após 12 meses consecutivos sem menstruação. Esse período é geralmente observado entre 45 e 55 anos, representando, portanto, o encerramento da fase reprodutiva.

Com a chegada desse ciclo, é possível notar mudanças de comportamento e temperamento feminino. Por que conviver com uma baixa qualidade de vida se é possível reverter quadros desse tipo? Em situações em que a mulher se sente depressiva e ansiosa, é possível realizar a reposição hormonal. “Esperar a mulher ficar um ano sem menstruar para realizar a reposição hormonal é desnecessário, porém é preciso ter alguns sintomas para iniciar o tratamento”, relata a médica ginecologista Loreta Canivilo.

Um dos primeiros sintomas que as mulheres relatam é a irregularidade menstrual. “Menstruar duas vezes no mês ou apresentar sangramentos de 10, 15 dias são alguns dos sintomas que começam a aparecer na vida da mulher, porém não são eles que definem se é possível realizar a reposição hormonal”, conta a especialista.

Para que haja o início do tratamento, critérios mais importantes devem ser notados. “Sintoma vasomotor (calores), dor de cabeça, ansiedade, depressão, dores nas juntas, zumbido no ouvido, vertigem e insônia”. São sinais maiores que vão guiar e quantificar a realização da reposição hormonal de acordo com a Dra. Loreta. Ela ressalta a importância da mulher apresentar algum sintoma para fazer o tratamento, pois sem aparentar essas razões não é possível realizar a reposição hormonal.

A terapia de reposição hormonal manterá os níveis adequados de hormônios de acordo com a necessidade de cada pessoa e controlará os sintomas, melhorando a qualidade de vida. Os hormônios predominantes na terapia de reposição incluem estrogênio e progesterona, sendo que, em determinadas situações, a testosterona e a gestrinona também podem ser utilizadas.

“É essencial lembrar que qualquer tratamento deve ser discutido com um profissional de saúde qualificado. Cada pessoa é única, e a escolha da reposição deve ser baseada em necessidades individuais, a saúde e conselhos médicos”, conclui a especialista. 

  

Dra. Loreta Canivilo - Médica ginecologista, obstetra e ginecoindócrino Loreta Canivilo, é especialista em reposição hormonal feminina, estética íntima feminina e tratamentos de doenças do útero e endométrio. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade Primum, referência em educação em medicina. Nas redes sociais, Loreta já possui mais de 30 mil seguidores - @draloreta, e oferece conteúdo explicativo sobre assuntos relacionados à saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes. Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto Primum – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.

 

Redução da camada de ozônio pode aumentar em até 40 mil casos de câncer de pele por ano


Especialista comenta estudos que apontam o aumento dos danos causados pelos raios ultravioleta à saúde; câncer de pele, catarata, alteração no DNA e envelhecimento precoce estão entre os principais problemas
 

 

A camada de ozônio desempenha um papel crucial na proteção da vida na Terra, especialmente, quando falamos sobre os danos causados pela radiação ultravioleta (UV) do sol, já que ela é a responsável por absorver e filtrar a maior parte dos raios UV-B e UV-C, impedindo que eles alcancem a superfície da Terra em quantidades prejudiciais aos seres vivos.

E quando a camada de ozônio é danificada ou enfraquecida, mais radiação UV atinge a superfície da Terra. Isso pode levar a um aumento na incidência de doenças relacionadas à exposição solar, como o câncer de pele. “Os raios UV-B possuem a capacidade de danificar o DNA nas células da pele, aumentando o risco de mutações que podem levar ao câncer”, explica Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e professor especialista em cosmetologia.


Estudos sobre a diminuição da camada de ozônio x impacto na saúde mundial

É sabido que a camada de ozônio vem se tornando mais fina a cada ano, o que pode causar consequências ainda mais prejudiciais à saúde. Segundo um estudo realizado pelo Global Solar UV Index, publicado na World Health Organization, e desenvolvido com modelos computacionais, aponta que 10% da diminuição do ozônio estratosférico pode aumentar em 300 mil os casos de câncer não-melanoma, 4.500 casos de câncer de pele melanoma e entre mais de 1.6 e 1.75 milhões de casos de catarata em todo o mundo.

Um outro estudo publicado no Brazilian Journal of Development, prevê que a redução de 1% na espessura da camada de ozônio pode aumentar a incidência de casos de câncer melanoma entre 1% e 2%, o que corresponde de 20 mil a 40 mil novos casos por ano em todo o mundo.


Danos causados pela radiação ultravioleta

Além do câncer de pele, problema mais conhecido causado pela exposição solar, outros problemas também podem ser causados pela radiação ultravioleta e que, com a diminuição da camada de ozônio, também deverão ter mais impacto na saúde da população nos próximos anos, como:

  • Envelhecimento precoce: A radiação UV contribui para o envelhecimento prematuro da pele, causando rugas, linhas finas, manchas senis e perda de elasticidade.
  • Hiperpigmentação: A exposição solar pode levar ao aumento da produção de melanina, resultando em manchas escuras ou hiperpigmentação na pele, como sardas e melasma.
  • Imunossupressão cutânea: A radiação UV pode suprimir o sistema imunológico na pele, tornando-a mais suscetível a infecções, como as virais e bacterianas.
  • Danos ao DNA: A exposição aos raios UV pode causar danos ao DNA nas células da pele, aumentando o risco de mutações que podem levar ao desenvolvimento de câncer de pele.
  • Catarata: A exposição crônica aos raios UV pode contribuir para o desenvolvimento de cataratas, uma condição que afeta a visão e, como citado em um dos estudos acima, os casos de catarata também deverão aumentar consideravelmente nos próximos anos.

“Esses estudos trazem dados alarmantes e que, se não forem levados a sério, poderão causar um impacto futuro na saúde de todos nós e, também, das próximas gerações. Por isso, precisamos reforçar cada vez mais o quão essencial é adotar práticas seguras de exposição solar, como usar protetor solar regularmente, vestir roupas de proteção, evitar a exposição direta ao sol durante os períodos de maior intensidade (geralmente entre 10h e 16h), e usar óculos de sol para proteger os olhos dos raios UV. A prevenção é fundamental para manter a saúde da pele e dos olhos a longo prazo”, finaliza o especialista. 

 

Dr. Maurizio Pupo - farmacêutico ítalo brasileiro, pesquisador e professor especialista em cosmetologia. É autor de vários livros na área cosmética como: Tratado de Fotoproteção, Luz Azul | Luz Visível e Impactos na Dermatologia, DIFENDIOX® OPP’s Antioxidantes Biologicamente Ativos e Estabilizados em Sistema Hydromicelar, entre outros. Além disso, é CEO e responsável pelo desenvolvimento dos produtos marca de dermocosméticos ADA TINA.

 

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