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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

O homem também pode fazer reposição hormonal?


Sim e está indicada para homens que apresentam testosterona abaixo dos limites da normalidade e com a presença de sintomas, embora – muitas vezes - esses sintomas sejam inespecíficos, podendo ser confundidos com a deficiência de outros hormônios (tireoidianos), sintomas da depressão, do burnout, do estresse psíquico e do estilo de vida.

 

“Porém, somados aos sintomas citados acima, a diminuição da libido, dificuldade de ereção, cansaço, falta de disposição, anemia e osteoporose, que são sinais que chamam mais atenção do especialista”, explica a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

 

Dra. Lorena conta que - além da redução de todos os sintomas relativos à baixa testosterona, há outros benefícios como ganho de massa óssea e massa muscular, já que a testosterona tem o efeito de aumentá-las.

 

Riscos - Geralmente, a reposição hormonal masculina é feita com o objetivo de normalizar os níveis da testosterona. Ou seja, será reposto o que está em falta. Os riscos envolvidos são quando a testosterona está muito baixa.

 

“A confusão existe porque pessoas que não têm deficiência desse hormônio acabam usando de forma equivocada e perigosa, para alcançar benefícios estéticos, e acabam elevando a testosterona para níveis acima dos fisiológicos. O normal da testosterona é 400 e é elevada para 1.000, 2.000. O perigo mora aí, podendo causar infarto, trombose, acidente vascular cerebral (AVC)”, alerta Dra. Lorena Amato.

 

Há riscos também para aquele homem que está com deficiência da testosterona e não procura ajuda do especialista. Para esse tipo de situação os riscos embutidos são vários como osteoporose, anemia, depressão, aumento do risco de diabetes, síndrome metabólica e perda de massa muscular. “Os jovens são, muitas vezes, subdiagnosticados, porque eles têm muita vergonha de falar sobre disfunção sexual, disfunção erétil, libido. Pela vergonha, acabam não se queixando e não procuram o especialista para serem diagnosticados e tratados”, comenta a endocrinologista. 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/
www.amato.com.br


Pacientes com diabetes tipo 1 precisam ganhar protagonismo em serviços da rede pública e privada

  

Muito se fala sobre o diabetes do tipo 2, doença adquirida em razão de hábitos de vida, como obesidade e hipertensão, e fatores genéticos, mas o diabetes tipo 1, menos incidente, porém necessita de tratamento imediato e contínuo, ocupa um papel de coadjuvante na política pública de saúde e na cobertura das operadoras. Com esse cenário preocupante, os cerca de 580 mil DM1, jargão usado para identificar esses pacientes, muitas vezes ficam desatendidos, sem direito a tratamentos mais adequados de controle dessa enfermidade ou acesso a novas tecnologias. 

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune e ocorre quando há uma destruição progressiva das células responsáveis pela produção de insulina no pâncreas. Essa enfermidade acomete principalmente crianças e adolescentes. Sem o hormônio insulina no organismo, não é possível metabolizar a glicose para a produção de energia. 

A questão é que sem a insulina, o organismo entra em colapso, por isso a importância do uso de insulina análoga por todo a vida desses pacientes. Entre as complicações do DM1 estão o comprometimento renal, doenças cardíacas, cegueira e chance de amputações, levando o paciente ao coma ou à óbito. Para ter uma ideia, no Brasil, a expectativa de vida de uma criança com DM1 sem tratamento adequado é de 40-54 anos. 

Hoje o teste de glicemia não é padrão no pronto-atendimento de crianças ou adolescentes. Por isso, é frequente ouvirmos das mães que elas procuram ajuda emergencial e ficaram sem o diagnóstico correto. O perigo é que a ausência de insulina no corpo leva à cetoacidose diabética, complicação que pode resultar em coma ou morte, se não identificada em tempo. Boca seca, urina em excesso, fraqueza e emagrecimento são sinais de DM1, e não podem ser negligenciados independentemente da faixa etária das pessoas. 

Hoje o SUS oferece o tratamento à base de insulina mais simples, nem sempre adequado para todos os casos de DM1, e os estoques desse hormônio estão sempre no limite. As bombas de insulina, chamadas de pâncreas artificial, dispositivos que fazem a liberação contínua de insulina ao longo do dia, também não. Esses sistemas inteligentes fazem a liberação deste hormônio, atuando no controle da hipoglicemia ou da hiperglicemia, condições desafiadoras e graves que afetam a saúde dos pacientes. 

Os planos de saúde, por outro lado, fazem o diagnóstico do diabetes tipo 1, mas não oferecem tratamentos. Os pacientes têm que comprar os medicamentos, sensores e as bombas de insulina. Ou seja, recorrem à rede pública de saúde, sobrecarregando um sistema que já trabalha no limite. 

Diante desse cenário atual, no entanto, a boa notícia é que a comunidade médica, associações de pacientes e parlamentares da causa estão empenhados na aprovação de projetos de lei que visam garantir os direitos dos pacientes com DM1 bem como o seu bem-estar e qualidade de vida.

Um deles é o 4809/2023, em tramitação no Senado, que visa a modificação da Lei 9.656/1998. A alteração tem como objetivo incluir no rol de coberturas obrigatórias insumos e tecnologias aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de pessoas com diabetes tipo 1 no ambiente domiciliar, o que obrigaria os planos de saúde a oferecerem tratamentos. Outro é o PL 2687/2022, que classifica o diabetes do tipo 1 como deficiência para todos os efeitos legais, ampliando assim a disponibilidade de serviços para os pacientes com a doença. 

É fato que precisamos dar maior protagonismo ao diabetes tipo 1. Ainda mais porque estudos internacionais indicam crescimento dessa doença em crianças e idosos. Não podemos brincar mais com essas vidas.

 

Monica Gabbay - endocrinologista pediátrica, Coordenadora do Ambulatório de Bomba de Insulina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do departamento de DM1 do jovem da Sociedade Brasileira de Diabetes.


Está aberta consulta pública para incluir teste de HPV por PCR no SUS

Infecções por HPV podem causar câncer de colo de útero, o terceiro tipo mais comum de câncer entre as mulheres¹; toda população pode participar da consulta até o dia 17/01
 

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) acaba de abrir consulta pública para a incorporação de um teste de HPV baseado em DNA, conhecido como teste de genotipagem de HPV, que utiliza uma análise de biologia molecular por PCR (reação em cadeia de polimerase) e detecta, de forma automatizada, a infecção por HPV mesmo antes do vírus transformar as células em pré-câncer ou câncer. Dessa forma, é possível saber se a mulher está em risco ou não de desenvolver a doença com antecedência. Toda a sociedade civil pode participar até o dia 17 de janeiro de 2024, por este link. 

O câncer de colo de útero é causado por infecções persistentes do vírus HPV (Papilomavírus Humano), transmitido sexualmente, sendo o terceiro mais comum entre mulheres no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma¹. Desenvolvem o pré-câncer ou o câncer as mulheres que tiverem uma infecção persistente por HPV, por determinados tipos desse vírus, e com condições imunológicas inadequadas. Na maioria dessas infecções, o próprio sistema imunológico elimina espontaneamente o vírus. Portanto, esse é um câncer totalmente evitável e pode ser prevenida com exames eficazes de diagnóstico e com vacina. 

Com relação ao diagnóstico, os testes PCR ajudam na rápida detecção e mostram se a mulher possui o vírus e, não necessariamente, se já está doente. O vírus pode estar quieto no organismo, o que é chamado de infecção latente, e nunca se manifestar. Caso a mulher fique com o vírus latente por muitos anos, ela pode ter um risco maior de desenvolver um câncer de colo de útero do que aquela que elimina o vírus. O teste PCR é sensível a ponto de identificar a mulher já contaminada, mas sem a doença. Além disso, permite que, quando o resultado dá negativo para todos os tipos de HPV, a mulher pode aguardar cinco anos para refazê-lo², não sendo mais necessário fazer o exame papanicolau anualmente. 

“Como uma empresa de biotecnologia 100% focada em inovação, desenvolver soluções diagnósticas só faz sentido se for para transformar a vida das pessoas e suas famílias. Neste sentido, a Roche Diagnóstica é uma das empresas no Brasil que possui esse teste inovador e acredita que nenhuma mulher deve morrer mais de câncer de colo de útero. Temos trabalhado com o compromisso de buscar alternativas para ampliar o acesso da população brasileira a soluções de saúde inovadoras e que atendam às suas necessidades. Contamos com a participação de toda a sociedade civil para termos mais essa conquista no País”, afirma Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil. 

A CONITEC é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, responsável pela incorporação de tecnologias no SUS e assistida pelo Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS). Após a participação da sociedade civil, as contribuições serão avaliadas pelo plenário da CONITEC, que emitirá sua recomendação final sobre o tema. Por fim, a SCTIE/MS proferirá sua decisão sobre a incorporação, ou não, da tecnologia analisada no SUS.

 

Referências

¹ INCA: Link
² The Lancet Regional Health – Americas: Link


Nova terapia pode reduzir o transplante de córne

Pesquisadores indicam como escapar do transplante. Levantamento mostra 25% descuidam do ceratocone que lidera o transplante no Brasil.  

 

Descoberta de pesquisadores do departamento de Oftalmologia da faculdade de Medicina de Harvard publicada no The American Journal of Pathology revela que a administração de um neuropeptídeo, hormônio estimulador a-melanócitos (a-MSH), pode reduzir o transplante de córnea. Isso porque, o a-MSH  limita a morte das células que formam o endotélio,  camada interna da córnea  que é irrecuperável, previne o edema e a opacidade da córnea. Os pesquisadores afirmam que o estudo evidencia o potencial terapêutico deste hormônio para uma ampla gama de doenças oculares genéticas, entre elas a Distrofia de Fuchs, entre outros distúrbios do endotélio que levam ao edema da córnea.

 De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, a descoberta é um grande avanço no tratamento das doenças na córnea. Isso porque até hoje não há outras terapias capazes de recuperar as células endoteliais da córnea. Pior: são elas que respondem pela transparência e regulam o equilíbrio de fluido da lente do olho.

 

Fatores de risco

O especialista esclarece que várias condições podem opacificar a córnea e levar ao transplante. “É importante reconhecer esses fatores para adotar medidas preventivas quando possível” afirma. As principais doenças elencadas pelo médico são:

·         Ceratocone – É o fator de risco de maior prevalência. Levantamento realizado no Penido Burnier mostra que ¼ dos pacientes descuidam do acompanhamento oftalmológico. Por isso correm maior risco de transplante de córnea, afirma Queiroz Neto.  A condição, explica, causa mudanças estruturais na córnea, afinamento, protrusão e dilatação da porção central. Por ser progressivo, responde por 2 em cada 3 transplantes no Brasil. A recomendação da Academia Internacional de Ceratocone é de exames trimestrais até os 18 anos, período em que a progressão é mais rápida. O oftalmologista explica que só o acompanhamento nesta fase permite  submeter o paciente ao  crosslinking, único tratamento que interrompe a progressão. A cirurgia, explica, é ambulatorial  e reforça   as ligações de colágeno da córnea através da aplicação de ultravioleta associado à vitamina B2, afirma.


·         Genética: O oftalmologista ressalta que quando há histórico familiar de  distrofias genéticas, como a distrofia de Fuchs, o risco de precisar de u transplante de córnea aumenta.


·         Trauma ocular: No mundo todo, metade da cegueira corneana unilateral é causada por lesões mecânicas ou químicas. Queiroz Neto destaca que as cicatrizes e o edema da córnea são as duas principais alterações na córnea que levam à perda significativa da visão. Mas é o edema que responde por mais de dois terços dos transplantes de córnea.


·         Uso incorreto de lentes de contato: Má higiene, uso durante o sono, lentes vencidas, manter o mesmo estojo por mais de 3 meses, lentes mal adaptadas, aumentam o risco de opacificação da córnea e necessidade de transplante de córnea.


·         Uso prolongado de corticosteroides tópicos: para tratar condições oculares aumentam o risco de desenvolver glaucoma e, portanto, danos nas células endoteliais.


·         Doenças infecciosas: Infecções oculares, como herpes ocular, podem prejudicar a integridade das células endoteliais.


·         Fatores ambientais: A exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV) sem proteção adequada contribui para danos nas células endoteliais.

 

Sintomas

Queiroz Neto afirma que os principias sintomas de danos nas células endoteliais da córnea que indicam  risco de transplante são:

·         Visão embaçada: Decorrente do acúmulo de fluido na córnea, resultando em visão embaçada.


·         Halos ao redor das luzes: Decorrente da falta de na itidez da sua visão, especialmente durante a noite.


·         Fotofobia (sensibilidade à luz): Aumento da sensibilidade à luz  e intolerância a locais muito iluminados.


·         Desconforto ocular: Dor ou sensação de corpo estranho nos olhos.


·         Redução na acuidade visual: À medida que os danos nas células endoteliais progridem.


·         Edema: O edema é caracterizado pelo acúmulo de fluido na córnea e torna a visão embaçada.


·         Mudanças na forma da córnea: Em casos avançados de ceratocone podem ocorrer mudanças estruturais na forma da córnea.

 

Prevenção

·         Exames oftalmológicos regulares: É crucial para detectar precocemente qualquer problema nas células endoteliais ou outras condições oculares para manter a integridade da saúde ocular.


·         Proteção ocular: O oftalmologista ressalta que utilizar óculos de ao praticar esportes ou atividades que apresentem risco de trauma ocular pode ajudar a prevenir lesões que possam afetar as células endoteliais.


·         Cuidados com lentes de contato: Se você usa lentes de contato, é importante seguir as orientações do seu oftalmologista quanto ao uso adequado, limpeza e substituição das lentes. Má higiene,  uso prolongado ou incorreto pode aumentar o risco de complicações na córnea.


·         Evite autodiagnóstico e automedicação: Se você notar sintomas oculares ou alterações na visão, é fundamental procurar a orientação de um oftalmologista em vez de tentar diagnosticar ou tratar a situação por conta própria.


·         Controle de condições sistêmicas: Manter sob controle a glicemia e a hipertensão, ajudar a prevenir complicações oculares que podem afetar as células endoteliais.


·         Evite o tabagismo: O hábito  está associado a uma série de problemas oculares, incluindo o aumento do risco de doenças que podem afetar a córnea. Parar de fumar pode contribuir para sua saúde ocular, conclui.



O verão chegou e a saúde pede atenção especial nesse período

Estação preferida por muitos, requer cuidados reforçados para manter o bem-estar e curtir os dias mais quentes 

 

Dias ensolarados e as tão aguardadas férias, andam juntos com o verão e o início de mais um ano, mas a atenção redobrada com a saúde não pode ficar de fora para quem quer aproveitar ao máximo. A estação mais quente do ano oferece momentos de lazer e descontração, mas é importante ficar atento aos cuidados gerais com a saúde e preservar o bem-estar, seja para quem vai ficar em casa descansando ou os que querem aproveitar para viajar e curtir um lugar novo.

 

O checklist de cuidados para o período, começa pelo cuidado com a alimentação. Mesmo com muitas delícias para se provar no final de ano, é importante procurar consumir produtos mais saudáveis tomando cuidado com a conservação, manuseio e preparo dos alimentos. Mantenha-se bem hidratado tomando água mesmo sem ter sede, tópicos que ajudam a enfrentar o sol e o calor típicos dessa época. 

“Tudo passa por uma boa alimentação e hidratação adequada. No verão, é comum que as pessoas se exponham mais ao sol e participem de atividades ao ar livre, o que requer uma atenção especial à nutrição. Optar por frutas, verduras e legumes frescos é um passo crucial para aproveitar o verão com saúde e energia”, explica o doutor Leonardo Demambre Abreu, coordenador médico da Amparo Saúde, do Grupo Sabin. 

Seguindo nessa linha, também não custa nada passar o protetor solar antes de pegar aquele bronze, evite a exposição ao sol no período entre 10h e 16h e priorize a utilização de roupas leves. A proteção da pele contra os efeitos nocivos dos raios ultravioleta minimiza os efeitos da exposição direta ao sol, principalmente para prevenir queimaduras, riscos de câncer de pele e envelhecimento precoce. Além disso, ter esse cuidado ainda evita a vermelhidão na pele favorecendo o tão desejado bronzeado. 

“Os danos causados pela exposição solar inadequada podem ser irreversíveis. Portanto, incorporar o hábito de aplicar protetor solar regularmente e adotar roupas adequadas são medidas simples, mas essenciais, para evitar problemas dermatológicos”, explica dr. Leonardo. 

Atenção especial com as pessoas mais suscetíveis ao calor como é o caso de bebês e crianças, idosos, especialmente cardíacos e com pressão alta, pessoas doentes acamadas, portadores de doenças crônicas (Cardiovasculares, respiratórias, mentais, renais, diabetes e alcoolismo). 

Na hora de planejar o roteiro, uma parte essencial dos preparativos é conferir junto com seu médico se o calendário vacinal está em dia. Isso vale para evitar contratempos na hora de visitar paísesque requerem imunização contra a febre amarela e também para outras infecções preveníveis por vacinas. 

Esse cuidado serve para a proteção individual e coletiva, já que a vacinação ainda ajuda no combate à propagação de doenças contagiosas. Ou seja, os aspectos positivos são incontáveis. Atualmente já existem inúmeras vacinas que protegem contra dengue, sarampo, coqueluche, hepatite, meningite e covid-19, então o cuidado nunca é demais. 

“As férias são momentos de lazer e descontração, não vale a pena colocar os planos em risco por ter deixado de se vacinar antes. Vale reforçar também que ter o calendário vacinal é importante até mesmo se for ficar em casa”, finaliza o coordenador médico da Amparo Saúde. 

 

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ANVISA aprova EPKINLY™ (epcoritamabe), primeiro anticorpo biespecífico (DuoBody®-CD3xCD20) para tratamento de linfoma difuso de grandes células B recidivo ou refratário

 

  • EPKINLY™ (epcoritamabe) é o primeiro anticorpo biespecífico (DuoBody®-CD3xCD20) de administração subcutânea para o tratamento de linfoma difuso de grandes células B recidivo ou refratário aprovado no Brasil;
  • Os anticorpos biespecíficos, criados por engenharia genética, atuam em dois alvos importantes: combatem as células cancerosas diretamente, ao mesmo tempo que ativam as do sistema imunológico (células T) que, por sua vez também passam a combater as células cancerosas;
  • Estima-se que, no mundo, os linfomas difusos de grandes células B representem 30% dos casos de linfoma não Hodgkin, sendo mais frequentes com o envelhecimento1. Estes são um tipo de câncer no sangue com poucas opções de tratamento e prognóstico pessimista.3,4

 

A AbbVie anuncia que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o anticorpo biespecífico EPKINLY™(epcoritamabe) indicado para o tratamento de pacientes adultos com linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) recidivo ou refratário após duas ou mais linhas de terapia sistêmica. O medicamento é o primeiro da classe aprovado no Brasil para o tratamento de LDGBC e chega para uma necessidade não atendida para pacientes que possuem poucas opções de tratamento quando já estão na terceira linha de cuidados2,3,4. 

“O LDGCB é um tipo agressivo de câncer que cresce rapidamente e pode ser resistente a diferentes tratamentos. O epcoritamabe, é de administração subcutânea, agora aprovado no Brasil, é um tratamento com um mecanismo de ação inovador, opção não-quimioterápica, benefícios clínicos substanciais com a conveniência de ser um medicamento pronto para uso, quando esta for a indicação”, explica Maria Duran, líder médica de Oncologia na AbbVie Brasil. 

A aprovação da ANVISA está baseada nos resultados do estudo multicêntrico EPCORE™ NHL de fase 1b/2 GCT 3013-01, que avaliou a eficácia e segurança de epcoritamabe em pacientes adultos com LDGCB R/R. O Brasil faz parte do programa de desenvolvimento da terapia em linfomas com centros de pesquisa em todo o país. 

Atualmente, o tratamento padrão para LDGCB é a imuno-quimioterapia. Entretanto, estima-se que cerca de 30 a 40% dos pacientes5,6 que seguem essa linha de tratamento acabam apresentando doença refratária ou então acabam recidivando pós-tratamento. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que para cada ano do triênio 2020/2022, surgiram cerca de 12.000 novos casos de Linfoma Não-Hodgkin (LNH), dentre eles o LDGCB7.

A AbbVie tem o compromisso de transformar os padrões de tratamento em diferentes tipos de câncer no sangue e, para isso, investe e avança na pesquisa e desenvolvimento de novas soluções, incluindo parceria com centros e pesquisadores brasileiros. “A aprovação no Brasil representa um importante avanço na jornada do paciente com LDGCB, que hoje enfrenta uma série de necessidades não atendidas”, completa Maria Duran, líder médica de Oncologia na AbbVie Brasil.


Sobre epcoritamabe 

Epcoritamabe é um anticorpo biespecífico IgG1 criado a partir da tecnologia DuoBody de propriedade da Genmab. Esta tecnologia foi desenhada para atuar diretamente nas células T, de forma seletiva para gerar uma resposta imunológica nas células alvo8. CD20 é expressa nas células B e é um alvo clinicamente validado para uso em várias malignidades, incluindo linfoma difuso de grandes células B, linfoma folicular, linfoma de célula manto e leucemia linfocítica crônica.9,10 No Brasil, será comercializado no Brasil pelo nome comercial EPKINLY™.

 



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Referências

  1. Sehn, Salles. "Diffuse Large B-Cell Lymphoma." N Engl J Med. 2021;384:842-858. DOI: 10.1056/NEJMra2027612.
  2. Thieblemont C, Grossoeuvre A, Houot R, Broussais-Guillaumont F, Salles G, Traullé C, Espinouse D, Coiffier B. Non-Hodgkin's lymphoma in very elderly patients over 80 years. A descriptive analysis of clinical presentation and outcome. Ann Oncol. 2008 Apr;19(4):774-9.Hamadani M, Liao L, et al. Characteristics and Clinical Outcomes of Patients With Relapsed/Refractory Diffuse Large B-cell Lymphoma Who Received At Least 3 Lines of Therapies. Clinical Lymphoma, Myeloma and Leukemia, Vol. 22, 2021 No. 6, 373–381
  3. Crump M, Neelapu S, Farooq U, et al. Outcomes in Refractory Diffuse Large B-Cell Lymphoma: Results From the International SCHOLAR-1 Study. Blood, 2017; 130:1800–8.
  4. Susanibar-Adaniya S, Barta SK. 2021 Update on Diffuse large B cell lymphoma: A review of current data and potential applications on risk stratification and management. Am J Hematol. 2021 May 1;96(5):617-629.
  5. Chao MP. Treatment challenges in the management of relapsed or refractory non-Hodgkin's lymphoma - novel and emerging therapies. Cancer Manag Res. 2013 Aug 23;5:251-69.
  6. Em Link. Acessado em 12/09/23.
  7. Rafiq, Butchar, Cheney, et al. "Comparative Assessment of Clinically Utilized CD20-Directed Antibodies in Chronic Lymphocytic Leukemia Cells Reveals Divergent NK Cell, Monocyte, and Macrophage Properties." J. Immunol. 2013;190(6):2702-2711.

8.    Singh, Gupta, Almasan. "Development of Novel Anti-Cd20 Monoclonal Antibodies and Modulation in Cd20 Levels on Cell Surface: Looking to Improve Immunotherapy Response." J Cancer Sci Ther. 2015;7(11):347-358


Especialista Lista Cinco Inovações em Tecnologia e Saúde Mental para RH em 202

264 milhões de indivíduos enfrentam problemas de saúde mental, o que resulta em perda de US 1 trilhão na economia global, diz estudo

 

Num cenário empresarial cada vez mais atento à importância do bem-estar dos colaboradores, o papel estratégico do departamento de Recursos Humanos (RH) se destaca ao empregar ferramentas especializadas para promover a saúde mental no ambiente de trabalho. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 264 milhões de indivíduos enfrentam quadros de depressão e ansiedade, resultando em uma impactante perda de US 1 trilhão na economia global anualmente. A pesquisa também revela que, ao investir US 1 em iniciativas que favorecem melhoras na saúde mental e bem-estar dos colaboradores, há uma notável contrapartida de US 4 em ganhos decorrentes do aumento da produtividade. 

Pensando nisso, Renata Tavolaro, head de psicologia da orienteme, plataforma de gestão de saúde, listou 5 inovações em tecnologia e saúde mental para a área de RH para o ano de 2024:


1- Ferramentas que medem KPIs de saúde 

Essas ferramentas visam fornecer insights sobre o estado emocional e psicológico dos colaboradores, permitindo que as organizações identifiquem áreas de preocupação e implementem estratégias de apoio. Incluir perguntas específicas sobre o bem-estar mental nas pesquisas regulares de engajamento pode fornecer dados interessantes. 

É importante salientar que essas ferramentas também devem medir qualitativamente e não apenas quantitativamente.


2- Parcerias que promovam mapeamento de saúde mental 

Uma outra estratégia que o RH pode adotar são as parcerias que promovem mapeamento de saúde mental, para entender o grau de risco da população organizacional adoecer emocionalmente. Não é um diagnóstico, mas é um fator fundamental para a tomada de decisão voltada para ações de saúde corporativa. 

Empresas especializadas em mapeamento podem oferecer avaliações e ferramentas específicas para identificar sinais precoces de problemas relacionados ao bem-estar emocional dos colaboradores. Isso permite a intervenção precoce e a implementação de medidas preventivas. 

A partir desse levantamento, o RH deverá pensar no que fazer sobre isso, como por exemplo a implementação de programas de saúde mental, roda de conversas, treinamentos, entre outros.


3- Avaliações e feedbacks 

Embora as avaliações existam há anos, estão sempre modernizando com ferramentas que contribuem para dar feedbacks de forma mais tecnológica a respeito da saúde dos funcionários. 

Estabelecer uma comunicação aberta e construtiva cria um ambiente onde os colaboradores se sentem reconhecidos e valorizados, contribuindo significativamente para seu bem-estar emocional. Além disso, um feedback construtivo fornece orientação sobre como superar desafios e contribuir para a autoeficácia e confiança dos colaboradores.


4- Mapeamento de perfil comportamental 

Ao compreender as características individuais, habilidades e preferências de cada membro da equipe, o RH pode personalizar estratégias de gestão, comunicação e desenvolvimento profissional. 

O mapeamento de perfil comportamental não apenas ajuda a identificar potenciais fatores de estresse ou desafios específicos para cada colaborador, mas também permite a criação de ambientes de trabalho adaptados às necessidades individuais.
 

5- Programas de saúde física 

A introdução de atividades físicas e práticas de autocuidado não apenas promove um estilo de vida saudável, mas também serve como uma estratégia proativa para melhorar a saúde mental no ambiente de trabalho. A prática regular de exercícios físicos contribui para a saúde física e também libera endorfina, reduzindo os níveis de estresse e ansiedade. 

Da mesma forma, a inclusão de atividades de meditação e mindfulness oferece aos colaboradores ferramentas para gerenciar o estresse, aumentar a concentração e promover uma mentalidade equilibrada.

 

orienteme


Mamadeira e chupeta, um problema pra vida inteira

 

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Como algo tão inocente como a mamadeira pode desenvolver distúrbios respiratórios 

 

Um estudo revelou diferenças notáveis no desenvolvimento oral de crianças que utilizaram mamadeira em comparação com aquelas que aprenderam a usar copos. A análise demonstrou que o selamento labial predominou entre as crianças que usaram copo, indicando os problemas na utilização da mamadeira e chupeta.

"Ao beber o leite de forma natural a musculatura da língua é fortalecida, favorecendo seu posicionamento adequado no palato. Isso resulta em uma respiração nasal mais eficiente, essencial para aquecer, umidificar e filtrar o ar antes de chegar aos pulmões, além de contribuir para o crescimento adequado do maxilar e dos dentes." Diz a especialista em ortodontia e ortopedia orofacial, Dra. Alessandra Kuskoski Szupka.

Por outro lado, o uso da mamadeira resultou em uma atuação limitada da língua, levando à um mal hábito que a impossibilita de manter a posição correta. Isso gerou uma maior ocorrência de respiração oral ou mista e na falta de passagem de ar pelo nariz, podendo levar a diversos problemas, como crescimento inadequado da mandíbula e respiração pela boca.

Um dos maiores problemas é a falta de sintomas até mais ou menos os três anos da criança. As consequências são futuras. Problemas no crescimento dos ossos do rosto, oclusão dentária e dificuldade de respirar podem desencadear ronco e a apneia do sono por exemplo.

É importante destacar o impacto negativo do uso prolongado de mamadeiras e chupetas no desenvolvimento orofacial das crianças, mesmo aquelas que receberam aleitamento materno, ressaltando a importância de considerar alternativas para promover hábitos que favoreçam o desenvolvimento adequado dessa região tão essencial para a saúde respiratória e bucal. 

 

Una Odontologia, Saúde & Bem-Estar Odontologia do Sono
Dra. Alessandra Kuskoski Szupka - CRO-PR 21.270 = Especialista em Ortodontia & Ortopedia Orofacial
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Transplante de córnea em bebês e crianças: conheça os desafios na prevenção e cuidados no pós-operatório

 

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Cerca de 90% das córneas doadas são aceitáveis e a taxa de êxito das cirurgias também é alta, sendo que os doadores não se limitam aos pequenos, podendo ser adultos ou até mesmo idosos

 

O Brasil tem cerca de 27 mil crianças cegas, sendo que 40% delas ficaram assim por conta de condições oculares que poderiam ter sido evitadas ou tratadas se tivessem recebido acesso a serviços oftalmológicos precocemente, afirma o Dr. Luiz Brito, chefe do Setor de Córnea do H.Olhos - Hospital de Olhos, da rede Vision One, com base em informações do relatório As Condições de Saúde Ocular no Brasil - 2023, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia com dados do IBGE. Mundialmente, esse número é muito maior: 500 mil crianças ficam cegas anualmente, sendo que 50% destes casos poderiam ser evitados, informa a Organização Mundial de Saúde (OMS). 

O médico explica que o transplante de córnea acaba sendo uma solução eficaz para devolver a visão à grande parte dos pequenos, mas, embora considerada segura, a cirurgia em bebês e crianças gera desafios diferentes.
 

“Sua necessidade já se observa nos primeiros dias ou meses de vida, com uma córnea de cor azulada ou branca. Porém, para a detecção precoce de problemas visuais em bebês, o teste do reflexo vermelho, também conhecido como Teste do Olhinho, deve ser realizado em todos os recém-nascidos ainda na maternidade. Não importa se particular ou da rede pública, trata-se de um direito da criança para a detecção das patologias”, diz o Dr. Luiz Brito.


Os olhos de bebês e de crianças são significativamente menores do que os de adultos, o que torna a seleção e adaptação da córnea doadora um desafio, explica Dr. Luiz. Fora isso, existe a própria característica mais inquieta dos pequenos: as chances de problemas podem ser maiores que em adultos, por causa da possibilidade de traumas e maior chance de rejeição.
 

Outro fator a ser considerado é a limitação na comunicação verbal e a resposta limitada a testes oftalmológicos: “Outros fatores devem ser levados em conta, como o sistema imunológico em desenvolvimento dos bebês, que pode rejeitar o enxerto corneano. Portanto, o uso de medicamentos deve ser cuidadosamente ajustado para evitar complicações”, diz o médico.

 

Cirurgia é segura

A boa notícia é que, apesar dos grandes cuidados exigidos, aproximadamente 90% das córneas doadas são aceitáveis para transplante e a taxa de êxito dos procedimentos também fica acima de 90%; sendo que os doadores não se limitam a outros bebês e crianças, podendo as córneas serem uma doação de adultos ou até mesmo de idosos. 

O tempo de espera na fila também diminui, “já que crianças abaixo de 7 anos são priorizadas na doação de córnea”, diz o médico. 

Dr. Luiz também explica que, após a cirurgia, a criança deve ser monitorada de perto para verificar a rejeição e quaisquer complicações, e que, em bebês, o controle no pós-operatório deve ser feito todas as semanas e durante 60 dias. Também são introduzidos medicamentos que controlam a imunidade, a fim de diminuir a rejeição.
 

Outro cuidado no pós é a correção com óculos ou até lente de contato para estimular o desenvolvimento da visão que acontece nos primeiros anos de vida. 

A recuperação do transplante de córnea em bebês, porém, pode ser mais demorada do que em adulto e, neste processo, a avaliação frequente é necessária para ajudar a criança a se adaptar à nova córnea e a desenvolver a visão. Além disso, exames oftalmológicos regulares são essenciais para garantir o sucesso do procedimento a longo prazo.


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