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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Estudos atestam a viabilidade da produção de lúpulo no Estado de São Paulo

 

Pesquisadores da USP obtêm bons resultados com lúpulo
plantado no Estado de São Paulo. Percepção do consumidor
 de cerveja também foi favorável ao produto feito com plantas
cultivadas em solo nacional
(
foto: acervo dos pesquisadores)

Resultados obtidos por pesquisadores da USP de Ribeirão Preto revelam a qualidade dos óleos voláteis de plantas cultivadas em clima tropical, trazendo resultados importantes para o ramo cervejeiro

 

Quase a totalidade do lúpulo (Humulus lupulus L., família Cannabaceae) utilizado no Brasil para a fabricação de cerveja é importado especialmente da Alemanha e dos Estados Unidos, países que dominam esse mercado. Por muito tempo pensou-se que o cultivo da planta só seria possível nas condições ambientais do hemisfério Norte, já que a espécie é nativa do clima temperado. No entanto, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) tem testado a viabilidade da produção no Estado de São Paulo, obtendo resultados promissores.

Um experimento publicado no European Journal of Agronomy testou quatro cultivares de lúpulo (três norte-americanos e um europeu) durante dois anos e dois deles (Cascade e Chinook, ambos norte-americanos) se desenvolveram de forma satisfatória, de acordo com parâmetros fisiológicos e de crescimento.

Atualmente sabe-se que, além da temperatura, a incidência de luz também influencia diretamente a produtividade dos cones – nome popular dado à principal parte comercializada da planta – já que o verão do hemisfério Norte garante cerca de 16 horas diárias de luz natural. No Brasil, são até 14 horas, problema contornado com a instalação de placas de iluminação artificial para ampliar o período luminoso. São nesses cones – inflorescências – que se encontram as estruturas produtoras de lupulina, secreção onde os compostos de interesse do lúpulo são encontrados.

Período de luminosidade influencia diretamente a produtividade
dos cones, que são as inflorescências onde se encontram
 as estruturas produtoras de lupulina
 (
foto: acervo dos pesquisadores)

Financiado pela FAPESP (projetos 19/01486-0 e 19/11175-2), o estudo envolveu as faculdades de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) e a de Filosofia, Ciências e Letras (FFLCRP) da USP de Ribeirão Preto e o Institute for Plant and Food Research, da Nova Zelândia.

Com o resultado promissor sobre os cultivares Cascade e Chinook, parte do grupo de pesquisadores se dedicou a aprofundar os conhecimentos sobre eles e analisou os compostos de seus óleos voláteis por cromatografia gasosa. Os resultados foram divulgados na revista Química Nova.

“Comparamos os óleos de lúpulos produzidos em Ribeirão Preto com os de outros locais e concluímos que possuem os principais constituintes químicos encontrados no material comercial, em especial a partir do segundo ano de cultivo. Trata-se de um estudo inédito, que traz resultados importantes para a indústria cervejeira e produtores nacionais”, destaca Fernando Batista da Costa, professor da FCFRP-USP.

“Em conjunto, os estudos revelam aspectos importantes para os produtores: do ponto de vista fisiológico, após dois anos de experimento, concluímos que é viável cultivar lúpulo nas condições climáticas tropicais de São Paulo, pois a planta apresentou boa resposta, como fotossíntese e presença de enzimas antioxidantes, incluindo a produtividade de cones”, ressalta Costa.

O pesquisador explica ainda que, do ponto de vista químico, nos dois trabalhos ficou evidente que as substâncias importantes para o amargor (ácidos amargos), aroma e sabor (óleos voláteis) da cerveja estavam presentes. Ainda que no primeiro ano de cultivo as concentrações dessas substâncias estivessem abaixo da média, houve melhora significativa no segundo ano, “levando a crer que, com o passar dos anos, deve ocorrer um aumento gradual, o que é comum para essa planta”, diz.


Óleos voláteis

Os óleos voláteis do lúpulo contribuem com o aroma e o sabor da cerveja e sua composição envolve mais de mil substâncias diferentes, que dependem de fatores como genética da planta e condições de crescimento e secagem após a colheita.

O grupo de Costa verificou a composição química e o teor de óleo volátil dos dois cultivares plantados em Ribeirão Preto, comparando quali e quantitativamente com seus equivalentes de lotes comerciais. As substâncias foram extraídas e depois analisadas por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. Os resultados mostraram que quase 40% da amostra apresentou teor de óleo volátil dentro da faixa esperada.

Nas constatações, viram que o tipo de lúpulo utilizado pode ter um impacto até maior nas características sensoriais da cerveja do que a origem geográfica da planta. Isso porque houve mais diferença entre os perfis químicos de lúpulos de cultivares distintos (atualmente são mais de cem) do que na comparação entre os brasileiros e os comerciais do mesmo cultivar – Cascade e Chinook.

“Este foi também o primeiro estudo a mostrar a comparação entre lúpulos coletados em diferentes anos no Brasil, fornecendo uma contribuição significativa para a química de óleos voláteis de lúpulo”, dizem os autores. As mudas foram transferidas para o campo de cultivo em 2019, e as coletas dos cones durante a floração em 2020 e 2021.

Outra questão importante para a pesquisa desse ramo é a avaliação sensorial dos consumidores. Assim, para entender melhor se o perfil aromático dos lúpulos cultivados em Ribeirão Preto tinha a mesma aceitação que os importados, conduziram um experimento de degustação com cem consumidores.

O estudo foi publicado na International Journal of Wine Business Research e envolveu também pesquisadores da FCFRP-USP e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp-USP). Dois pesquisadores da FCFRP ficaram responsáveis por produzir a cerveja com lúpulo Cascade e Chinook de Ribeirão Preto e o lúpulo equivalente importado dos Estados Unidos, num total de quatro lotes, com um único estilo de cerveja, e os pesquisadores da Fearp ficaram responsáveis por elaborar os questionários aos consumidores e analisar os resultados.

“É o primeiro artigo publicado com cerveja artesanal elaborada com lúpulo cultivado no Brasil e mostra que a origem do lúpulo afeta a avaliação sensorial e hedônica dos participantes”, apontam os autores. Felizmente, com bons resultados para o produto nacional.

As amostras produzidas com lúpulo cultivado localmente, no estudo, receberam pontuações mais altas na avaliação dos consumidores. “Por meio de avaliação com escala de respostas e sensorial [aroma e sabor] da cerveja artesanal produzida utilizando lúpulo cultivado no campus da USP em Ribeirão Preto versus cerveja com o lúpulo equivalente vindo dos EUA os consumidores deram notas melhores às cervejas produzidas com lúpulo nacional”, destaca Costa, que aponta que as mulheres foram mais sensíveis às informações de origem, apresentando diferenças em relação à secura/adstringência, amargor e refrescância. “Esses resultados, se forem levados em consideração pelos nossos fabricantes, poderão direcionar a produção de novas cervejas de acordo com as preferências do consumidor”, diz.

Algumas limitações devem ser levadas em consideração, ressalta o grupo. Entre elas, o fato de existir características relevantes relacionadas ao consumidor que afetam a avaliação sensorial, como cultura, idade, percepção de renda e até mesmo diferenças na preferência alimentar. Porém, o grupo segue otimista com estudos futuros. “Uma vez que concluímos ser possível cultivar lúpulo em nossa região, estamos investigando o conteúdo do interior dos tricomas glandulares de inflorescências de lúpulo, ou seja, os locais onde estão armazenadas as substâncias importantes para o sabor e aroma da cerveja. Se tais substâncias realmente forem produzidas ali, o resultado será relevante para os produtores, que poderão direcionar mais cuidados e atenção para essas pequenas estruturas”, finaliza Costa.

O artigo Exploring the tropical acclimation of European and American hop cultivars (Humulus lupulus L.): Focus on physiology, productivity, and chemical composition pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1161030123002587.

O artigo The impact of hop origin information on the sensory and hedonic evaluation of highly involved consumers of craft beer pode ser lido em: www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/IJWBR-02-2023-0010/full/html.

O artigo Análise dos óleos voláteis de lúpulo (Humulus lupulus L.) Cascade e Chinook cultivados sob clima tropical no Estado de São Paulo está acessível em: http://dx.doi.org/10.21577/0100-4042.20230109.
 


Ricardo Muniz
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudos-atestam-a-viabilidade-da-producao-de-lupulo-no-estado-de-sao-paulo/50602

 

Autorregularização do ISS na cidade de São Paulo

Freepik
Projeto da prefeitura prevê um canal para as empresas solucionarem eventuais pendências antes da autuação


A regularização tributária é de extrema importância para as empresas, pois se trata do cumprimento das obrigações fiscais e tributárias estabelecidas pela legislação.

A cidade de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Fazenda, disponibilizou um novo sistema que permite, de forma preventiva, que empresas identifiquem eventuais inconsistências no recolhimento de ISS com a finalidade de evitar a aplicação de penalidades, como multas, juros e demais encargos, aos empreendedores da cidade.

O sistema fará comunicação com os contribuintes, antes da prefeitura realizar o processo de fiscalização.

O novo sistema também permitirá que empresas, que por algum equívoco tenham declarado e/ou recolhido o ISS erroneamente, possam realizar a correção das entregas sem a previsão de multas e demais encargos. Apenas será cobrada a correção monetária.

Outro ponto importante é que a autorregularização possibilitará o pagamento à vista e também o parcelamento em até 60 vezes. Há diversos motivos pelos quais a regularização tributária é essencial para as empresas:

- Cumprimento da legislação: a regularização tributária permite que as empresas estejam em conformidade com as leis fiscais e tributárias do país em que operam. Isso evita problemas legais, autuações, multas e penalidades.

- Preservação da reputação: o não cumprimento das obrigações tributárias pode acarretar problemas de reputação para as empresas. Ser conhecida como uma empresa que não paga impostos corretamente pode afetar a confiança dos clientes, fornecedores e  parceiros de negócios, prejudicando a imagem e a credibilidade da empresa.

- Evitar penalidades: a falta de regularização tributária pode resultar em penalidades financeiras significativas. As autoridades fiscais têm o poder de impor multas, juros e outras sanções para as empresas que não cumprem suas obrigações tributárias. Essas penalidades podem ter um impacto financeiro considerável e até mesmo ameaçar a continuidade das operações da empresa.

- Acesso a benefícios fiscais: a regularização tributária também permite que as empresas tenham acesso a benefícios fiscais legítimos. Dependendo da legislação do país, há incentivos fiscais e programas governamentais que podem reduzir a carga tributária das empresas. No entanto, para se beneficiar dessas vantagens, é necessário estar em dia com as obrigações fiscais e cumprir os requisitos estabelecidos.

- Planejamento tributário adequado: a regularização tributária também é importante para permitir um planejamento tributário adequado. Ao manter as obrigações fiscais em dia, as empresas têm uma visão clara de sua carga tributária e podem adotar estratégias legais para otimizar seus pagamentos de impostos, reduzindo custos e aumentando a eficiência financeira.

O novo projeto da prefeitura de São Paulo prevê claramente um canal para as empresas solucionarem eventuais pendências antes da autuação, com isso, fica mais simples a regularização empresarial e o recebimento de tributos pela prefeitura. 



Renan L. Silva - Advogado especializado em Direito Empresarial, é Superintendente da Câmara de Mediação e Arbitragem da ACSP

Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/autorregularizacao-do-iss-na-cidade-de-sao-paulo

 

Prefeitura começa a criar novas regras para programa de dignidade menstrual buscando atender recomendações do TCM

 A Secretaria Municipal de Educação atendeu às determinações do TCM para garantir a dignidade menstrual de estudantes das escolas municipais em São Paulo. 

 

A Secretaria Municipal de Educação atendeu às determinações do TCM para garantir a dignidade menstrual de estudantes das escolas municipais em São Paulo. Em documento publicado no Diário Oficial do Município, o órgão incluiu os pedidos feitos pelo tribunal ao “Programa de cuidados com as estudantes nas escolas da Rede Municipal de Ensino”.

Um alerta emitido à prefeitura no último mês de novembro aponta falhas na disponibilização de itens como absorvente descartável interno e externo dentro do espaço escolar, além de cesta de higiene com lenço umedecido, desodorante sem perfume, escova de dente, creme dental, fio dental e sabonete.

A nova norma estabelece que as rodas de conversa sobre menstruação devem acontecer a cada dois meses, com indicação dos profissionais responsáveis dentro do Projeto Político Pedagógico. Além disso, o programa deve intensificar as orientações relacionadas à saúde e cuidados menstruais, e acompanhar a frequência da distribuição destes itens. 

As escolas municipais, na primeira reunião do ano, deverão informar os familiares e responsáveis sobre o Programa e como será feito o acompanhamento da frequência das alunas.

O trabalho do corpo técnico do TCM começou em outubro, com visita a treze escolas municipais. O relatório apontou que não havia um estudo técnico pela prefeitura que comprovasse que a distribuição de absorventes garantia a frequência de alunos. Além disso, a auditoria do tribunal defendeu que seria necessária uma melhor regulamentação da oferta dos itens de higiene.


Como se destacar no mercado de trabalho e ser um profissional desejável em 2024?

O mercado de trabalho está cada dia mais competitivo e exigindo mais dos profissionais. Antes, os profissionais eram admirados por passarem anos na mesma função ou empresa e por serem especialistas em uma única coisa. Hoje em dia as empresas buscam por profissionais mais versáteis e adaptáveis, capazes de realizar tarefas distintas, atendendo as diversas demandas ou necessidades da empresa e do mercado.

Em 2020, ano que começou a pandemia no Brasil, foi uma explosão da internet e marketing digital, o que propiciou o surgimento de novas oportunidades e profissões, por outro lado, teve empresas que fecharam e outras que abriram.

Neste periódo, eu ainda trabalhava na Indústria Farmaceútica na área comercial e toda equipe precisou fazer home office, tivemos que nos adaptar e criar novas estratégias para continuar atingindo as metas e novas formas de comunicação para manter as conexões com nossos clientes.

Neste mesmo ano comecei a criar conteúdos na internet no intuito de transmitir mensagens de encorajamento, fé e motivação, pois sentia vontade de contribuir de alguma forma para tornar aquele momento difícil um pouco mais leve e com esperança, a fim de encorajar as pessoas a não desistirem de suas próprias vidas e de sua carreira profissional, devido ser um momento de perdas e sofrimento mundial.

Ao longo da minha trajetória profissional, em especial nestes quatro últimos anos na indústria farmacêutica, muitas pessoas me procuravam com frequência para pedir algum tipo de auxílio ou aconselhamento na carreira. Acredito que um dos fatores além da comunicação, era o fato de eu estar sempre em uma crescente na vida pessoal e profissional.

Constantemente vejo pessoas com problelmas de ansiedade, autoestima e medo de arriscar no novo, dificuldade nas relações interpessoais, desanimadas após demissões ou alguma negativa no âmbito profissional, além da dificuldade para conciliar vida profissional com a pessoal. Se você se sente assim ou conhece alguém, deve fazer uma autoanálise  e começar com pequenas mudanças de hábito e investir no autoconhecimento, no seu desenvolvimento pessoal para viver uma vida com mais significado e a performar melhor.

Em fevereiro de 2023 saí da indústria farmacêutica para focar em meu projeto voltado para o desenvolvimento humano, então surgiu a ideia do “Profissional Desejável” com foco na vida profissional e no autoconhecimento. Criei o método “3ACR” que está dividido em 5 pilares: Autenticidade, Autoconfiança, Adaptabilidade, Comunicação Assertiva e Relações Interpessoais. Cada pilar contribui para formação de profissionais com mais inteligência emocional.

Por meio deste programa é possível proporcionar a profissionais uma transição de carreira consciente, autoconhecimento, alta performance, o que possibilitará construir uma carreira de sucesso, assim como estarão aptos para assumirem de forma eficiente o protagonismo de sua própria história. 

 

Gizelia Bernardes Brandão - Mentora de vida e carreira, palestrante e escritora. Instagram: @gizabernardess

 

Contratação de executivos em empresas familiares: qual a importância?

Muito da prosperidade do mercado do nosso país se deve às empresas familiares. Afinal, além de representarem a maioria do contexto social brasileiro, a renda destes negócios traz um peso enorme para a economia nacional. Porém, para que este êxito seja atingido, muitos cuidados precisam ser tomados na administração destas companhias, o que pode ser imensamente favorecido através da contratação de um executivo qualificado que consiga dar continuidade ao trabalho de forma evoluída e segura.

Em dados divulgados pelo IBGE, hoje, cerca de 90% das empresas nacionais têm este perfil familiar. Juntas, são responsáveis por 65% do PIB e por 75% dos brasileiros empregados, em uma representatividade interessante decorrente, dentre tantos fatores, pela veia empreendedora de nossa população aliada a necessidade de sobrevivência. Ambas, características muito poderosas para a determinação de perseguirmos nossos sonhos de carreira.

Tamanho destaque destes negócios, contudo, é apenas um dos lados da moeda. Por mais que estas empresas somem uma grande parcela do nosso mercado, são poucas as que conseguem se perpetuar por longos anos com sucesso, como consequência da falta de preparo ou competência das próximas gerações familiares em conseguirem administrar os negócios com a mesma qualidade e determinação que seus fundadores.

O que vemos na prática, é uma quebra gradativa de qualificação daqueles que tendem a assumir a empresa ao longo dos anos. Afinal, enquanto os executivos que abrem as companhias costumam ter profundo entendimento do mercado de atuação e são os responsáveis pelo crescimento inicial do negócio, a segunda geração familiar não terá passado pelo mesmo caminho, com grandes chances de não terem a mesma competência de gestão e, dessa forma, maiores dificuldades de garantir perenidade ao negócio – especialmente, caso não se dediquem a conhecê-lo devidamente.

Caso a empresa sobreviva até a terceira geração, as dificuldades de mantê-la operando com prosperidade serão ainda maiores, considerando os mesmos empecilhos e desafios já enfrentados anteriormente. Como resultado disso, apenas 36% dessas empresas chegam à 2ª geração, piorando para 12% as que sobrevivem até a 3ª geração, segundo dados da PwC.

Estes desafios de gestão nas empresas familiares, infelizmente, são bastante comuns de serem percebidos no mercado global, o que vem evidenciando alternativas que possam auxiliá-las a terem alguém preparado e qualificado à frente do comando destes negócios, de forma que consigam conduzir suas operações com segurança, estratégia e planejamento – assim como vêm ocorrendo com a contratação de executivos para assumirem este posto.

O conhecimento destes profissionais adquirido ao longo de sua trajetória e suas vivências em empreendimentos variados são peças importantes para que consigam entender com maior facilidade a estrutura da empresa, suas características e objetivos para que, com isso, estruturem um plano de negócios aderente à sua realidade – além de gerenciarem, de perto, os processos que forem instaurados para garantir que não haja qualquer investimento de tempo e recursos que não gerem valor ao negócio.

Cada empresa familiar terá suas próprias demandas e necessidades para que prospere ao longo das gerações, e será dever deste executivo manter o que já está sendo executado corretamente, e evoluir o que for preciso conforme as melhores práticas do negócio – algo que, ao contrário do que muitos imaginam, não dependerá apenas de suas hard skills.

O sucesso desta contratação está diretamente ligado à construção de um relacionamento próximo entre este talento e os fundadores da empresa, de forma que ele compreenda os valores e missões daquele negócio e os mantenham alinhados nas ações que serão tomadas. Na prática, isso significa que o executivo precisa ter muito jogo de cintura, maturidade, respeito aos donos da empresa, sabedoria ao fazer o diagnóstico da companhia, paciência e, sobretudo, entender que mudanças não são feitas da noite para o dia.

Diferentemente do que é usualmente visto em grandes organizações, as empresas familiares costumam levar a vontade de seus donos como prioridade. Então, o executivo que ingressar este ambiente precisa ter a maior empatia possível à essas preferências, fortalecendo a confiança entre as partes, assumindo protagonismo e se esforçando para fazer o que é necessário para que a marca prospere. Quando combinados, esses fatores serão o que farão a diferença para que as empresas familiares sobrevivam e se destaquem por cada vez mais gerações.

 

Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/


Como transformar a vaga temporária em efetiva em 2024?


Especialista da Luandre dá dicas para se destacar durante o período de contratação para a data sazonal
 

 

Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostraram que o ano de 2023 foi bom para quem estava buscando uma oportunidade de trabalho. No acumulado de janeiro a novembro de 2023, o saldo foi de 1,9 milhão de empregos formais.

Na Luandre, uma das maiores consultorias do país, o ano se encerrou com mais de 40 mil vagas temporárias trabalhadas, sendo 56% delas oferecidas no período entre outubro e dezembro, o mais aquecido em razão da Black Friday e do Natal.

A boa noticia é que percebe-se um movimento positivo das empresas na efetivação destes profissionais. Debora Herdeiro, Gerente de RH da Luandre diz que as empresas tem observado nos profissionais temporários, cada vez mais, quesitos como motivação, força de vontade e dedicação. “Os líderes percebem quando o profissional realmente tem interesse em se tornar efetivo. Proatividade e busca por soluções diante dos problemas são características que podem levar à efetivação”, reforça.

Para quem está interessado em conquistar sua recolocação em 2024, a especialista lista algumas dicas abaixo.


Demonstre gentileza

Se mostrar interessado e ter gentileza com o público, caso o emprego seja no varejo, é importante e causa boa impressão. Atitudes como empatia com colegas e boa vontade também são observadas.


Apresente resultados

Durante o trabalho temporário mostrar os resultados para coordenadores e gerentes é essencial. Não precisa necessariamente fazer longas reuniões, mas mostrar a eficiência e enaltecer os pontos fortes profissionais é uma ótima combinação para se diferenciar.


Aproveite o trabalho em equipe

Além de potencializar as qualidades em grupo, aproveitar estes momentos para fazer networking é essencial. É indicado tirar dúvidas e entender a dinâmica da empresa.


Falar é importante

Comentar com colegas de trabalho e com superiores sobre o interesse pela permanência na empresa é uma boa prática, assim, sabendo da disponibilidade do profissional, as possibilidades aumentam. 



Luandre Soluções em Recursos Humanos


quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Exposição exprime relatos de abusos sexuais a meninos e meninas

divulgação
Lançada nesta quarta, 10 de janeiro, no Aparecida Shopping, às 14h, a exposição é itinerante, já passou por diversas cidades brasileiras e chega à Goiás pela primeira vez 

 

A arte como instrumento de comunicação, denúncia e cura. A artista plástica Mirian Arceno Rocha catarinense traz para Aparecida de Goiânia a exposição itinerante "Arte que Denuncia, Combate e Previne", uma exposição impactante composta por 14 obras em óleo sobre tela. A mostra de caráter inédito em Goiás integra a programação do Festival Rhema, de arte cristã, e será apresentada no Aparecida Shopping nesta quarta-feira, 14h.

O objetivo principal da exposição é, por meio das artes plásticas, sensibilizar e conscientizar o público sobre  o abuso sexual que, infelizmente, pode acontecer em qualquer casa, independente de posição social, religião ou lugar onde se vive. As telas da exposição são uma representação real de relatos de vítimas de casos de abusos sexual e doméstico, além da dramatização dos crimes sofridos pela própria artista e seu marido Oziel Rocha durante a infância. 

Além de conscientizar a sociedade, o projeto busca encorajar as vítimas a denunciar tais abusos e procurar apoio psicológico e terapêutico, usando a arte como instrumento de cura. O projeto já percorreu diversas cidades brasileiras e da América Latina, incluindo a Argentina. A exposição fica aberta ao público no shopping até o dia 13 de janeiro.

Autodidata, Mirian já pinta há 30 anos, mas em 2019 se sentiu inspirada a pintar sobre o tema, inspirada no abuso sexual que viveu aos 8 anos. E também seu marido, viveu a mesma situação aos 11 anos. Ela e o esposo trabalharam durante oito anos ouvindo relatos de vítimas de abusos e violência doméstica, o que também inspirou todo o processo de pintura poética. "Os relatos me inspiraram a produzir as telas.  Para encorajar as vítimas a falarem sobre o assunto tanto no sentido de denunciar o agressor quanto para ajudar em seu processo de cura”, diz.   

A exposição não tem fins lucrativos, os quadros não são comercializados. "A exposição é itinerante, as pessoas passam por ali e recebem a informação, o que desperta gatilhos. "Já recebi inúmeros testemunhos de pessoas, como de uma senhora que, aos 60 anos, nunca havia falado sobre o abuso que sofrera, e se sentiu impulsionada a falar pela primeira vez sobre o assunto. É libertador. A arte tem o poder de comunicar sem palavras.”

Mírian ressalta que que o processo de recuperação do ser humano começa quando ele consegue expor toda a dor sofrida no ato dos abusos para outras pessoas. Ela e o próprio marido só contaram um ao outro sobre os abusos depois de anos de casamento. Hoje, além da exposição, eles fazem palestras de sensibilização Brasil afora. 

Oziel Rocha, marido de Mirian, conta que demorou quase 40 anos para relatar o seu caso de abuso que sofreu aos 11 anos de idade. "Eu contei o meu caso em uma terapia e recebi a cura das minhas emoções e dos traumas que o fato me causou. Até o momento da cura eu era uma pessoa fechada, tímida e jamais falaria sobre o caso com qualquer pessoa. O falar da situação traz muita cura pra gente. A minha história pode encorajar mais meninos a falarem sobre o assunto e a trazer a tona esse tipo de situação", explica. Durante a exposição, Mírian, que também é escritora, fará o pré-lançamento do livro "O Rio que Flui em Mim".

 

Mais arte

A programação do Festival Rhema 2024 levará mais arte ao Aparecida Shopping durante a tarde. Além da exposição, o evento contará com cerca de 20 apresentações artísticas performadas por cerca de 150 artistas de todo País. Números  circenses, danças e peças teatrais vão encantar o público. Toda exibição é gratuita. 

O Festival Rhema 2024 está acontecendo desde 8 de janeiro e segue até 13 de janeiro, no auditório da Igreja Luz para os Povos, no Parque Amazônia, em Goiânia. Com a participação de artistas cristãos de do o País, durante o dia, centenas de bailarinos, atores e artistas de diversos segmentos se reúnem para aprimorar talentos através das mais de 40 oficinas, que vão desde montagem de coreografia, jazz, moderno, danças urbanas, circo, teatro, roteiro teatral, cinema, artes plásticas, preparação física para bailarinos, dentre outros. De noite, acontecem apresentações gratuitas a partir de 19h.

 

Companhia Rhema

Para informações sobre valores, relação das oficinas, horário das programações e inscrições basta acessar o site www.festivalrhema.art.br/.  

 

Campanha de doação de sangue é promovida pelo Shopping Penha


 A ação acontece nos dias 15 e 16 de janeiro mediante inscrição gratuita antecipada

 

Nos dias 15 e 16 de janeiro, o Shopping Penha, localizado na zona leste de São Paulo, realiza a campanha de doação de sangue no horário das 10h às 16h, em parceria com a ONG Amor se Doa, o Hemocentro São Lucas e a OAB da Penha. 

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, 2% da população brasileira doa sangue regularmente. Essa taxa está dentro do que prevê a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, não é o suficiente para atender a demanda do nosso país, que tem extensão continental.

 

“Campanhas como essa são uma oportunidade para contribuir no processo de conscientização da população sobre a importância de tornar a doação um hábito, além de contribuirmos para o abastecimento dos estoques dos hemocentros”, ressalta Renata Barros, gerente de marketing do shopping.

A campanha será realizada no 1º piso do empreendimento, próximo ao Outback e as inscrições devem ser realizadas pela Sympla e também pelo QRcode da imagem. 

 

Serviço: Campanha de Doação de Sangue

Data: 15/01 e 16/01

Horário: 10h às 16h

Onde:  1º Piso - Em frente ao elevador B - Próximo ao Outback

Inscrições: Via Sympla e também pelo QRcode da imagem

Link para o dia 15/01: https://www.sympla.com.br/evento/doacao-de-sangue-no-shopping-penha-dia-15-01/2293118 

Link para o dia 16/01: https://www.sympla.com.br/evento/doacao-de-sangue-no-shopping-penha-dia-16-01/2293114

Endereço: Rua Dr. João Ribeiro, 304 - Penha de França.


Grupo AD
www.adshopping.com.br, www.admall.com.br, e www.alugueon.com.br


Halitose: balas e chicletes realmente são eficazes pra combatê-la?

Especialista do Hospital Paulista fala sobre um problema com causas multifatoriais que pode afetar pessoas em qualquer estágio da vida

 

A halitose, comumente conhecida como mau hálito, é uma preocupação persistente para muitas pessoas, afetando não apenas a saúde bucal, mas também o bem-estar social. Dados da Associação Brasileira de Halitose (ABHA) indicam que cerca de 30% da população brasileira pode sofrer com o problema em algum momento da vida.

Segundo a otorrinolaringologista Ligia Maeda, especialista em halitose do Hospital Paulista, as causas podem variar, desde problemas bucais, como má higiene oral, cáries ou doenças gengivais, responsáveis pela maioria dos casos; até condições como rinite, sinusite, amigdalite, infecções respiratórias ou doenças do refluxo gastroesofágico.

Enquanto práticas de higiene bucal rigorosas, como escovação regular, uso do fio dental e exames dentários, são essenciais no combate ao mau hálito, “métodos paliativos”, como o uso de balas e gomas de mascar para amenizar o odor e o incômodo causado pela halitose, são comuns entre as pessoas que enfrentam o problema. 

A fim de desmitificar o uso desses recursos no dia a dia e compreender se eles realmente ajudam a combater o problema, a especialista no assunto esclarece seus efeitos e consequências à saúde como um todo.

Dra. Ligia frisa que um importante fator determinante na escolha do produto está em sua composição. “As bactérias presentes na boca se alimentam de açúcares, produzindo ácidos que contribuem para cáries e odores desagradáveis. Portanto, balas, pastilhas e gomas que contêm açúcar podem ser ainda mais prejudiciais”, alerta.

A opção mais segura, portanto, está entre as variedades de chicletes sem açúcar. De acordo com a especialista, a ação de mascar estimula a produção de saliva, contribuindo para a eliminação de bactérias e neutralização de ácidos na boca. Dessa foma, os chicletes sem açúcar podem atuar de forma positiva no combate aos maus odores do hálito. Além disso, a mastigação atua mecanicamente para desalojar partículas de alimentos e placa bacteriana, promovendo um hálito mais limpo e fresco.

É crucial destacar que, embora os chicletes possam proporcionar alívio temporário do mau hálito, eles não atuarão no combate às causas subjacentes do problema. A otorrinolaringologista do Hospital Paulista explica que a halitose persistente pode ser um indicativo de problemas mais profundos. “Recomendamos sempre que a pessoa consulte um dentista ou profissional de saúde para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.” 

Dra. Ligia reforça que a colaboração entre dentistas e otorrinolaringologistas é essencial em casos mais complexos e, portanto, seu acompanhamento é fundamental.



Tratamento

Considerado um dos mais importantes centros de referência para o tratamento e diagnóstico da halitose, o Hospital Paulista oferece soluções individualizadas para tratar o mau hálito e direcionar os pacientes da melhor forma, de acordo com cada causa. “Na maioria dos casos, o tratamento é contínuo e conta com acompanhamento multidisciplinar”, reitera a médica.

Dra. Ligia explica que o mau hálito pode gerar um prejuízo psicossocial, que interfere nas relações interpessoais, causando inúmeros problemas de autoestima. Segundo ela, postergar o diagnóstico e tratamento pode ser ainda mais prejudicial à saúde física e psicológica do indivíduo.

“A solução pode ser simples, por meio da higiene oral adequada, incluindo, principalmente, a limpeza da língua, uso de fio dental e visitas regulares ao dentista. Além dos hábitos de higiene, indicamos manter uma alimentação saudável e balanceada, bem como uma hidratação correta ao longo do dia. Evitar hábitos como o consumo de álcool e cigarro também é importante na prevenção”, encerra a especialista.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Cannabis medicinal é alternativa para tratamento de náuseas em pacientes oncológicos

Os benefícios terapêuticos da cannabis medicinal cada vez mais se evidenciam através de pesquisas e estudos científicos. Um deles, conduzido por pesquisadores da Universidade do Novo México, revelou que a cannabis demonstrou ser eficaz no alívio de sintomas de náusea - 96% dos participantes relataram melhora, reduzindo a gravidade do sintoma em quase quatro pontos em uma escala de 0 a 10 em apenas uma hora após a utilização. 

Igor Cogo, médico da Gravital do Rio de Janeiro, clínica focada em tratamentos à base de cannabis, explica que o responsável por esse efeito antiemético é o delta-9-Tetrahidrocanabinol (THC). "As náuseas e vômitos induzidos principalmente por quimioterapia são desencadeados por uma infinidade de receptores para neurotransmissores, como dopamina, serotonina, substância P e principalmente o receptor CB1", diz ele. A ativação dos receptores CB1 por substâncias canabinoides, por exemplo, são capazes inclusive de modular uma série de funções gastrointestinais. Por conta disso, a cannabis surge como uma alternativa terapêutica não somente no tratamento de náuseas e vômitos, mas também de doenças intestinais inflamatórias e funcionais.

 

Tratamento de pacientes oncológicos 

A náusea é um sintoma comumente visto em pacientes oncológicos, sendo um efeito colateral da quimioterapia e radioterapia. De acordo com o médico, essa é uma queixa bastante relatada em consultório e que tem tido bons resultados no tratamento com cannabis medicinal.  "Pacientes portadores de câncer pancreático em vigência de quimioterapia em uso de extrato rico em THC têm tido resposta satisfatória tanto para analgesia, como efeito antiemético devido à quimioterapia", relata.  

Ainda segundo o médico, as formas de administração da cannabis mais indicadas nesse tratamento são a inalada, a comestível e a sublingual. Ele acrescenta que, além do efeito antiemético, os pacientes em uso ainda poderão se beneficiar de outras formas. "O uso contínuo nos levará a uma série de benefícios, como analgesia, redução de ansiedade, assim como trará efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes", finaliza. 

 

Gravital
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Cigarro eletrônico é tão prejudicial à saúde quanto o comum

 Uso do vape também pode causar doenças pulmonares e cardiovasculares, tanto aos fumantes ativos quanto aos passivos


Apesar da proibição de comercialização no Brasil, os últimos anos têm demonstrado um notável aumento no consumo dos vapes, os cigarros eletrônicos. De acordo com um levantamento realizado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), mais de 2 milhões de brasileiros utilizam esse dispositivo. Além disso, o Google Trends mostrou que, entre 2021 e 2023, as pesquisas por “cigarro eletrônico” aumentaram mais de 1.150% no país. Esses dados levantam questões intrigantes sobre a percepção das pessoas em relação aos riscos do produto à saúde, já que muitos optam pelo uso do vape acreditando que seja uma alternativa menos prejudicial que o cigarro comum. No entanto, a realidade é diferente.

Existem mais semelhanças que diferenças entre os cigarros comuns e os eletrônicos. Embora a indústria que produz esses dispositivos tenda a minimizar o efeito do vape, como se fosse algo inocente e inofensivo, especialistas afirmam que ele pode ser tão perigoso quanto o cigarro comum. Isso ocorre porque o organismo inala diversas substâncias por meio do vape, algumas das quais podem ser as mesmas encontradas no cigarro. “Os líquidos utilizados nos cigarros eletrônicos podem conter nicotina ou não e, quando contêm, apresentam diferentes concentrações que também podem causar dependência. Além disso, esses líquidos têm outras substâncias que provocam danos ao endotélio - camada de células que reveste os vasos sanguíneos e linfáticos -, podendo causar inflamação e formação de coágulos na região torácica, aumentando o risco de doenças cardiovasculares e lesões pulmonares”, alerta o pneumologista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), Ricardo Alves. Nos últimos meses, o caso do lutador britânico Sean Tobin viralizou. O atleta de 20 anos de idade precisou remover uma parte do pulmão que estava gravemente danificada devido ao uso do cigarro eletrônico.

Outro problema associado ao uso do vape é a dificuldade de quantificar o consumo do produto. “Quando alguém utiliza cigarros comuns, consegue contar quantos fumou em um dia, seja um, cinco ou dez. No entanto, no caso do cigarro eletrônico, essa quantificação se torna desafiadora. Além disso, devido à falta de odor incômodo, as pessoas muitas vezes acabam usando o vape por horas”, detalha Ricardo. Ele explica que essa impossibilidade de contar as unidades consumidas pode levar a um consumo desenfreado. Supreendentemente, as consequências para a saúde podem ser ainda mais graves do que as causadas pelo cigarro comum.

Além disso, o especialista explica que, da mesma forma que o cigarro tradicional, o eletrônico também pode causar problemas para os fumantes passivos. “O grande problema com o vape é que, por não produzir um cheiro desagradável, ele não incomoda tanto as pessoas, o que, por sua vez, leva muitos a fumarem mais em ambientes fechados. Isso aumenta a exposição dos fumantes passivos à inalação da fumaça”, finaliza.



Universidade Positivo
up.edu.br/


Alergias alimentares ganham um novo capítulo

 Ovo ocupa 1º lugar no ranking dos alimentos mais alergênicos, desbancando o leite

Banana, sementes, frutas e o aumento expressivo das oleaginosas, como amendoim e castanhas chamam atenção

 

Novos alimentos estão ganhando destaque nas alergias alimentares. Se antes o leite liderava como sendo o alimento que mais causava alergia, agora ele perde posição de líder para o ovo. A lista dos principais alérgenos alimentares ainda é composta por soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. Porém, outros alimentos como frutas, gergelim, chia e linhaça emergem como desafios.

 

“Apesar de ainda ocupar papel de destaque entre as alergias na infância, o leite de vaca parece estar perdendo a primeira posição para o ovo. Além disso, alimentos como amendoim, castanhas, sementes e frutas, especialmente a banana, ganham destaque nas estatísticas de alergias”, conta a Dra. Renata Cocco, membro do departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

 

Aumento substancial das alergias a amendoim e castanhas: o número de crianças com sintomas de alergia após a ingestão de amendoim e/ou castanhas alcança pouco a pouco uma realidade semelhante às referidas em países como os Estados Unidos e Reino Unido. As alergias se manifestam ainda nos primeiros anos de vida, caracterizam-se pela gravidade das reações e podem ser desencadeadas por quantidades ínfimas dos alimentos, incluindo a inalação.

 

Persistência das Alergias na Vida Adulta: Paralelamente ao aumento do número de alimentos responsáveis pelas alergias, o tempo para sua remissão (isto é, a perda da alergia) também é maior. “Alergia ao leite, ovo, soja e trigo eram geralmente remitidas até os 5 a 7 anos de idade. Atualmente acompanhamos muitos pacientes até o final da adolescência ainda com reações alérgicas a estes alimentos”, explica a Dra. Renata.

 

Importância da Introdução Alimentar: A especialista da ASBAI ressalta a importância da introdução alimentar adequada como uma possível forma de minimizar o aparecimento das alergias. “Aleitamento materno exclusivo até os seis meses, seguido pela introdução gradual de alimentos, especialmente aqueles nutricionalmente essenciais, a partir do sexto mês”, recomenda a médica.

 

Riscos da Dieta de Restrição sem Acompanhamento: Atenção ao perigo que as dietas de restrição, sem orientação adequada, podem causar. Além dos prejuízos nutricionais, os impactos sociais e psicológicos podem criar estigmas e afetar a qualidade de vida.

 

Evolução no Tratamento: A imunoterapia, por diferentes vias de administração, e os imunobiológicos surgem como opções promissoras, proporcionando avanços significativos na qualidade de vida dos pacientes.

 

A dessensibilização oral não leva à cura da alergia, mas pode melhorar muito a qualidade de vida do paciente, especialmente daqueles que reagem a quantidades muito pequenas dos alimentos. Existem várias linhas de pesquisa em andamento, envolvendo novas abordagens terapêuticas, que devem nos trazer soluções mais seguras”, alerta Dra. Renata Cocco. 



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Criança na garupa da bicicleta traz sérios riscos de lesões

A criança deve ser transportada em cadeirinhas com
proteção dos membros inferiores e com cinto para
garantir que ela não coloque os pés na
roda e também não caia   
 
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Pequenos podem se ferir ao prenderem o pé no aro traseiro da bicicleta, alerta ABTPé

 

Verão, férias, período propício para as famílias aproveitarem o tempo livre e se divertirem em praças, parques e praias. Passeios de bicicleta estão entre as atividades preferidas para muitas famílias, mas ao transportar as crianças na garupa da bike, alguns cuidados são fundamentais para que um momento de lazer não se transforme em problema sério. Isso porque lesões do pé nos raios da roda traseira não são tão raros, explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Alexandre Leme Godoy dos Santos.

 

Os ferimentos podem ser desde uma escoriação até lesões mais graves com exposição de tecidos profundos, fraturas e amputações.

 

“Uma recomendação importante, inclusive para quem também está pedalando, é jamais usar chinelos ao andar de bicicleta, pois pode enroscar no aro da roda e o pé, desprotegido, machucar muito mais do que se a pessoa estivesse com sapatos fechados”, explica o médico. “A criança deve ser transportada em cadeirinhas com proteção dos membros inferiores e com cinto para garantir que ela não coloque os pés na roda e também não caia. Se a criança for maior e não couber mais na cadeirinha, é necessário instalar um protetor de aro e de correia, e o uso de capacete é fundamental para todos os envolvidos no passeio”, completa.

 

Tipos de cadeirinhas

 

Cadeirinhas dianteiras, que geralmente suportam crianças de até 15kg, são recomendadas para crianças a partir dos 9 meses, quando já conseguem manter a coluna e o pescoço firmes.

 

Já as cadeirinhas traseiras, que são fixadas nos bagageiros ou no quadro da bicicleta, são recomendadas para crianças maiores, que pesam entre 15 kg e 22 kg, mas algumas mais robustas, com um banco e apoio para as costas e os pés, podem suportar crianças de até 35 kg.

 

“Andar de bicicleta com as crianças é, sem dúvida, uma atividade muito prazerosa, mas é muito importante que a segurança de todos esteja em primeiro lugar”, alerta o especialista.





Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé - ABTPé


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