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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Hábito de ingerir água evita problemas causados pela desidratação

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A OMS aconselha o consumo médio diário de dois litros de água para adultos 


desidratação é um problema de saúde que se caracteriza pela baixa concentração não só de água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que ele realize as funções normais. A condição ocorre quando a quantidade de perda de líquidos é maior que a reposição no organismo, sendo mais   comum em dias com temperaturas elevadas e, principalmente, durante o verão, devido à exposição ao calor e a pouca ingestão de água.  

O médico nefrologista Dr. João Luiz Carneiro, do Hospital VITA, em Curitiba, relata que a desidratação pode afetar pessoas de todas as idades, mas idosos e crianças (especialmente recém-nascidos e lactentes) são as mais vulneráveis.

Segundo ele, dentre os sintomas mais comuns estão mal-estar e fraqueza, ressecamento de mucosas, como olhos, nariz e boca, longos períodos sem urinar, aumento da irritabilidade, câimbras, tontura, dor de cabeça e enjoo. Além disso, em quadros mais graves, podem ocorrer vômito, hemorragia, alterações de consciência, desmaio, disfunção de múltiplos órgãos e até risco de morte. 

O médico explica que o volume ingerido de líquido diariamente deve ser equivalente às perdas que o corpo sofre, incluindo a transpiração resultante de atividades físicas e do clima. Algumas variáveis podem alterar na quantidade diária de consumo de água, como: esforço físico, idade, gênero, temperatura do local e em caso de gravidez. 

quantidade de água que deve ser ingerida varia de acordo com o peso da pessoa, no entanto, em média a OMS (Organização Mundial de Saúde), aconselha o consumo médio de dois litros de água potável por dia para adultos. Para saber a quantidade necessária de ingestão diária de água basta calcular por meio da fórmula matemática: 35 ml X peso corporal em quilos (o valor deve ser número inteiro). 

De acordo com o nefrologista, o corpo humano é composto por 60% a 70% de água, a qual é responsável pela hidratação, já que leva sais minerais e nutrientes até as células e elimina as substâncias tóxicas do organismo, pelo suor e pela urina. Ao ingerir água, ela é enviada a todas as células para que cada uma delas execute as funções de forma adequada. “Inúmeras funções corporais, vitais para a sobrevivência, dependem da água, como transporte sanguíneo, absorção de nutrientes, filtragem de substâncias, transpiração e controle da temperatura. A água é necessária para que o organismo funcione corretamente. Além disso, há uma série de elementos químicos presentes na água que são fundamentais para a saúde e bem-estar”, ressalta o nefrologista. 

O Dr. Carneiro alerta que se a pessoa não tomar a quantidade adequada de água, ela vai ficar com pouco líquido nos rins, o que é prejudicial para todo o funcionamento do corpo. “Quando o rim percebe que há pouco líquido no organismo, ele concentra a urina como reserva de água. Nesses casos, podem se formar pedras nos rins e na bexiga, o chamado cálculo renal, explica o médico. 

Para evitar problemas de saúde, em períodos de temperaturas mais quentes é necessário redobrar a atenção quanto à ingestão de água. Portanto, deve-se aumentar a ingestão de líquidos no calor e abusar da água, do suco de frutas e da água de coco. “A água participa de vários processos metabólicos, como a manutenção da temperatura do corpo, funcionamento dos rins e intestinos, por isso nunca pode ser esquecida”, salienta o Dr. Carneiro. 

Para prevenir a desidratação, o Dr. Carneiro recomenda que além de ingerir muita água, deve-se consumir alimentos in natura ou minimamente processados, usar roupas adequadas para a estação e permanecer em ambientes bem arejados e, preferencialmente, na sombra. 



Hospital VITA

Alerta: saiba identificar medicamentos falsificados para tratamento de diabetes e obesidade

 O uso destes produtos pode colocar a saúde em risco e trazer graves consequências 

 

Lotes do medicamento Ozempic falsificado têm sido apreendidos em diversos países, inclusive no Brasil. Por aqui, entre junho e outubro deste ano, chegaram ao país lotes não identificados pelo fabricante. Também foram relatados casos semelhantes no Reino Unido e em outros países da Europa, com registros de pessoas internadas com quadros de hipoglicemia e convulsões em decorrência do seu uso. 

Segundo o fabricante, os lotes falsificados contém concentrações alteradas do medicamento e trazem rótulos em espanhol. 

Há também relatos de compras do medicamento em farmácias de manipulação, o que é proibido no Brasil. Por este motivo, não é possível comprovar a origem das moléculas utilizadas nestas produções, nem sua eficácia ou segurança. 

Na Áustria, as falsificações levaram pacientes a internações, apresentando hipoglicemias graves e quadros de convulsão.

 

Atenção na hora da compra 

O fabricante do medicamento e a Anvisa elaboraram algumas dicas para evitar a compra das versões falsificadas. Confira: 

- Comprar sempre o medicamento em farmácias regularizadas

- Verificar se a caixa está lacrada, com contendo código de barras, lote de fabricação e prazo de validade

- Não adquirir produtos com preços muito abaixo dos praticados no mercado

- Exigir sempre a nota fiscal

- Verificar se existe bula em português

 

O que fazer em caso de dúvida? 

Em caso de suspeita de falsificação, os produtos não devem ser utilizados sem antes entrar em contato com o fabricante para verificar sua autenticidade. 

Caso seja comprovada a fraude, o caso deve ser comunicado à Anvisa, por meio do sistema Notivisa (profissional de saúde) ou por meio da Ouvidoria, utilizando a plataforma FalaBR (pacientes).

 

Ainda dá tempo de emagrecer para o verão? 

A menos de um mês do início do verão, começa a corrida contra o tempo. Para muitas pessoas começou a contagem regressiva para chegar às férias de fim de ano com o peso ideal. Já se sabe, no entanto, que a perda de peso e um organismo saudável não são conquistados às pressas. Ao contrário, são fruto de hábitos saudáveis, uma rotina alimentar equilibrada e prática de atividade física regular. 

Quanto mais tempo mantivermos essa rotina, melhores serão os resultados, explica o Dr. Daniel Lerario, médico endocrinologista, mestre e doutor pela Escola Paulista de Medicina.

“Nunca é tarde para começar e os resultados rapidamente aparecem. Mas não existem milagres”. 

Um plano de emagrecimento extremamente desconfortável, com restrições exageradas, pode trazer fadiga, irritabilidade, mal-estar e desnutrição. 

“A dificuldade em manter planos assim por muito tempo, faz com que a eventual perda de peso conquistada não seja consistente e duradoura, gerando sofrimento e frustração. É muito mais sensato seguir um plano dietético no qual a pessoa se sinta bem e que possa ser sustentável. Isso pode envolver tanto ajustes de hábitos de vida, quanto o uso de medicações, que ajudam no controle alimentar para aqueles que têm tal indicação”, explica. 

De acordo com o especialista, portanto, não há uma fórmula ideal que se ajuste a todos aqueles que desejam perder peso. A melhor estratégia será aquela na qual a pessoa se sinta bem e obtenha resultados duradouros, ainda que o objetivo final leve um pouco mais de tempo a ser conquistado.

 

Medicamentos para emagrecer 

Em alguns casos, podem ser receitados medicamentos para complementar o tratamento. Hoje, estão disponíveis no Brasil diferentes classes, todas seguras e com diferentes mecanismos de ação. 

“Independentemente de agir no sistema nervoso central ou no sistema digestório, o principal mecanismo das medicações antiobesidade é a modulação da vontade de comer, ou seja, reduzem a fome ou aumentam a saciedade. Isso ajuda demais na aderência a um plano alimentar hipocalórico e costuma resultar em perda de peso mais consistente do que a observada apenas por intervenções comportamentais”, revela o Dr. Daniel. 

Somente um médico especialista, conhecendo o paciente e após a realização de exames que possam ser necessários, poderá orientar sobre quais as melhores opções para cada caso. Por este motivo, remédios para emagrecer devem sempre ser usados com indicação e acompanhamento médico. O uso inadequado pode trazer inúmeras consequências e colocar em risco a saúde do paciente.


Seis passos de autoexame ajudam a identificar sinais de câncer bucal

Especialista do Vera Cruz Hospital dá dicas, detalha sintomas, tratamentos e salienta importância de visita ao profissional de saúde qualificado 

 

As chances de cura do câncer bucal chegam a 95% quando há o diagnóstico precoce e o consequente início de um tratamento adequado, segundo o Ministério da Saúde. Em estágios avançados, as chances são reduzidas a 45%. O câncer bucal é aquele que afeta qualquer parte da boca, incluindo lábios, língua, gengivas, palato duro (céu da boca), palato mole, parte interna das bochechas e a parte inferior, como explica Monique Regalin Silva, especialista em odontologia hospitalar do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP). “Geralmente, começa como uma lesão, ou ferida, que não cicatriza e pode se desenvolver em um tumor maligno”, diz. 

O mês de novembro é dedicado - “Novembro Vermelho” - a mobilização para promover a conscientização sobre a doença, no entanto, a orientação é válida para o ano todo. A especialista chama a atenção para a possibilidade de um autoexame oral que permite a identificação do início do problema; caso alguma anormalidade seja notada, é hora de buscar ajuda profissional. Para isso, é preciso seguir seis passos:

 Escolha um ambiente bem iluminado e use um espelho de mão e um espelho maior para ver claramente dentro da boca;

  1. Passo a passo: comece observando os lábios, tanto a parte externa quanto a parte interna, em busca de feridas, manchas, inchaços ou mudanças na cor; examine a parte interna das bochechas, gengivas e o céu da boca para qualquer anormalidade, áreas brancas, vermelhas, ou lesões que não cicatrizam; verifique a língua, incluindo os lados e a parte superior, procurando por caroços, feridas ou mudanças na textura; atente-se, ainda, à parte de trás da garganta e às amígdalas, observando se há inchaço, vermelhidão ou qualquer outra alteração;
  2. Palpação: use os dedos para sentir qualquer anormalidade na boca, como nódulos ou áreas endurecidas.
  3. Movimentação: durante o exame, mova a língua e a mandíbula para verificar se há alguma dor, desconforto ou dificuldade de movimento.
  4. Verifique seus dentes: observe se há mudanças na posição dos dentes, áreas de sangramento ou quaisquer anormalidades na gengiva;
  5. Repita regularmente: Realize o autoexame pelo menos uma vez por mês para monitorar quaisquer mudanças na sua boca. 

“É importante ressaltar que um autoexame não substitui exames regulares realizados por um profissional de saúde qualificado. Se encontrar alguma anormalidade, é fundamental agendar uma consulta com um dentista ou médico para uma avaliação mais detalhada”, alerta. 

É possível identificar o câncer bucal em estágios iniciais especialmente se houver uma atenção regular à saúde bucal e à realização de exames odontológicos de rotina. Além disso, estar ciente dos sintomas e sinais precoces pode ajudar na detecção, favorecendo um tratamento bem-sucedido. 

Com relação aos fatores de risco, Monique destaca o tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição ao sol nos lábios, infecção por HPV (papilomavírus humano), uma dieta pobre em frutas e vegetais, além de história familiar de câncer bucal.

 

Diagnóstico

A confirmação do diagnóstico de câncer bucal envolve uma série de etapas. “Exame físico e histórico médico; biopsia em caso de lesões suspeitas, que podem ser por punção, escovagem ou excisionais; exames de imagem, de sangue e laboratoriais; e endoscopia. O diagnóstico geralmente é feito com base na combinação desses resultados. Uma vez confirmado o diagnóstico, o estágio do câncer é determinado para orientar o plano de tratamento mais apropriado”, pontua.

 

Boas notícias

Em termos de tratamento, a especialista chama a atenção para avanços importantes:

• Imunoterapia: envolve o uso de medicamentos que estimulam o sistema imunológico a combater o câncer. Tem mostrado resultados promissores em alguns casos, ajudando-o a reconhecer e atacar as células cancerígenas;

• Terapia-alvo: novos medicamentos estão sendo desenvolvidos para atacar alvos específicos nas células cancerígenas, reduzindo os danos às células saudáveis ao redor. Essa abordagem direcionada pode melhorar a eficácia do tratamento e reduzir os efeitos colaterais;

• Avanços na cirurgia: técnicas minimamente invasivas estão sendo aprimoradas para remover tumores com menos danos aos tecidos circundantes. Isso pode resultar em uma recuperação mais rápida e menor impacto na função bucal após a cirurgia;

• Pesquisa genômica: estudos estão sendo conduzidos para entender melhor as características genéticas do câncer bucal, o que pode levar a tratamentos mais personalizados e direcionados, considerando a genética específica de cada paciente;

• Avanços em radioterapia e imagem: técnicas mais avançadas, como a radioterapia conformacional ou a terapia de intensidade modulada, estão sendo usadas para direcionar precisamente as áreas afetadas, reduzindo os danos aos tecidos saudáveis ao redor. 

“É importante lembrar que, embora esses avanços sejam promissores, nem todos os tratamentos ou técnicas são adequados para todos os pacientes. Cada caso é único e a decisão sobre o tratamento deve ser feita em consulta com a equipe médica, considerando o estágio do câncer, a saúde geral do paciente e outras condições individuais. Esses avanços oferecem esperança, mostrando que a pesquisa está progredindo e novas opções de tratamento estão sendo desenvolvidas. Continuar acompanhando os avanços na área médica e buscar orientação de profissionais de saúde especializados são passos importantes para aqueles que estão passando pelo diagnóstico e tratamento do câncer bucal”, conclui Monique.

 

Monique Regalin Silva - (CRO 138059) - especialista em odontologia hospitalar do Vera Cruz Hospital

 

O impacto da endometriose na vida das mulheres

Especialista lista dicas que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida; doença afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva 

 

Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada dez mulheres no Brasil sofre com os sintomas da endometriose - alteração inflamatória no funcionamento normal do organismo provocada por células do endométrio, que é a camada interna do útero. A dor crônica é um dos sintomas mais comuns e pode variar em intensidade, de acordo com cada pessoa, o que afeta significativamente a capacidade da mulher de trabalhar, estudar ou realizar atividades diárias. Além disso, a doença pode levar à fadiga, distúrbios do sono e problemas emocionais, como ansiedade e depressão. 

Embora não haja cura, existem tratamentos disponíveis para aliviar os sintomas e melhorar o bem-estar da mulher com endometriose. O médico ginecologista Dr. Thiers Soares, especialista em endometriose, adenomiose e miomas, lista alguns fatores essenciais para quem tem a doença: 

·  Buscar tratamento médico - a primeira e mais importante estratégia é buscar ajuda médica para receber um diagnóstico adequado e tratamento específico, que inclui medicamentos para aliviar a dor, terapia hormonal ou cirurgia, dependendo da gravidade dos sintomas. 

·  Adotar hábitos saudáveis - manter hábitos saudáveis, como ter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regulares e dormir bem, ajuda a melhorar a saúde física e emocional da mulher com endometriose. Além disso, reduzir o consumo de álcool e cigarro também contribui para aliviar os sintomas. 

·  Buscar apoio emocional - a endometriose pode ser uma condição debilitante que afeta a vida diária da mulher. Buscar apoio emocional de familiares, amigos e profissionais de saúde mental é fundamental para lidar com a condição. 

Em relação ao tratamento adequado, o mesmo dependerá da gravidade dos sintomas, da idade da paciente, dos planos futuros de gestação e da localização e extensão dos tecidos endometriais. Dentre os tipos de tratamentos para endometriose estão: 

·  Medicamentos - analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e pílulas anticoncepcionais são frequentemente usados para aliviar a dor e a inflamação associadas à endometriose. 

·  Terapia hormonal - a terapia hormonal pode ajudar a reduzir a produção de estrogênio, que é responsável por estimular o crescimento do tecido endometrial. Isso pode ser feito com o uso de pílulas anticoncepcionais, injeções de progesterona ou dispositivos intrauterinos (DIU) que liberam hormônios. 

·  Cirurgia - o objetivo da cirurgia é remover o máximo de lesões de endometriose e restaurar a função normal dos órgãos afetados. Entre as mais indicadas estão as minimamente invasivas - robótica e laparoscopia. A histerectomia só deve ser feita em casos graves de endometriose e como última opção, pois ela envolve a remoção do útero e, às vezes, dos ovários.

 Com um diagnóstico precoce, acompanhamento médico e tratamento adequado, é possível gerenciar a dor e ter uma vida saudável e feliz. 

 

Dr. Thiers Soares - Doctor Honoris Causa pela Universidade Victor Babes/Romênia, Dr. Thiers Soares, graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), é ginecologista especialista em doenças como Endometriose, Adenomiose e Miomas. Também é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). O especialista é membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Recentemente, o Dr. Thiers Soares foi um dos responsáveis por trazer para o Brasil a técnica de Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterino, um tratamento moderno e eficaz, que causa a destruição térmica de tumores uterino

 

Síndrome de Burnout ganha status de doença ocupacional pelo Ministério da Saúde

Especialista Adverte sobre a Importância da Prevenção Diante das Atualizações do Ministério da Saúde sobre Doenças Relacionadas ao Trabalho
 

É primordial as empresas atuarem de forma preventiva diante dessas mudanças significativas do mundo atual. O alerta é do Dr. Roberto Aylmer, médico, Ph.D. pela Rennes School of Business e consultor em desenvolvimento humano. Para ele, a recente reclassificação do Burnout como doença ocupacional no CID-11 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, agora, a determinação do Ministério da Saúde elimina qualquer dúvida quanto ao tema e se apresenta como um divisor de águas nas relações de trabalho. “Vivemos uma nova realidade e o burnout faz parte de nossa realidade muito mais do que possamos imaginar”, afirma o professor. 

Aylmer alerta que com a inclusão do Burnout na lista de 165 novas patologias pelo Ministério da Saúde, o cenário torna-se ainda mais complexo e demanda uma abordagem abrangente por parte das organizações. Para ele, a compreensão das causas é um caminho que precisa ser trilhado com coragem: “O entendimento da ‘vida como ela é’ nas camadas mais operacionais da empresa, ajuda a entender o quanto de esforço e desperdício. Oferecer ações paliativas como sessões de Mindfulness para os executivos, quando a empresa estimula a competição entre eles com uma avaliação de curva forçada, onde somente os 10% melhores resultados serão recompensados, me parece, no mínimo, ingenuidade”, afirma o especialista. 

A recente lista de transtornos mentais divulgada pelo Ministério da Saúde adiciona ainda mais nuances ao quadro, incluindo o abuso de drogas, tentativa de suicídio e uma gama de transtornos relacionados ao uso de substâncias. O Burnout, segundo a definição ministerial, pode ser desencadeado por fatores psicossociais relacionados à gestão organizacional, conteúdo das tarefas do trabalho e condições do ambiente corporativo. 

O professor frisa o quão incapacitante é um quadro de Burnout. A perda progressiva do interesse e das competências tem um forte impacto na produtividade, e podem gerar consequências graves na segurança do trabalho. Por isso, é preciso atuar preventivamente nos elementos conhecidos e que impactam a saúde mental dos colaboradores. “Nas pesquisas que realizamos (mestrado e doutorado) foi identificado o papel do chefe imediato como central na percepção da pressão pelo colaborador. O chefe imediato é o principal elemento que, isoladamente, mais pode influenciar o resultado final. Ele é o ponto focal para o suporte ou a pressão sobre o colaborador”, sinaliza. 

Diante desse cenário, Aylmer destaca a necessidade das organizações agirem preventivamente, especialmente considerando o papel crucial do líder imediato na percepção da pressão pelos colaboradores. Ele reforça a importância de ouvir as equipes operacionais, buscando mapear pressões desnecessárias e reduzir rotinas que não contribuam efetivamente para o negócio, uma abordagem que ele chama de "Inteligência Coletiva.


Câncer de mama é agravado pela desigualdade social

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Levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) faz uma analogia com o naufrágio do Titanic e comprova que diferenças socioeconômicas afetam o diagnóstico e o tratamento da doença no País 

 

Estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em conjunto com a Universidade Federal de Goiás (UFG) comprova que a condição socioeconômica das mulheres no País foi determinante no diagnóstico do câncer de mama antes e depois da pandemia de Covid-19. Na avaliação comparativa entre a saúde suplementar, que engloba serviços privados prestados por planos de saúde, e o Sistema Único de Saúde (SUS), o mastologista Ruffo Freitas-Junior, assessor especial da SBM, afirma que os dados espelham uma situação de contrastes, “comparável ao naufrágio do Titanic”. “Da mesma forma que as vítimas que viajavam na terceira classe do transatlântico, as mulheres com menos recursos no Brasil enfrentam uma perversa situação de desigualdade. E isso se reflete diretamente na possibilidade de detecção precoce e no sucesso do tratamento da doença”, destaca.

O artigo “Covid-19 e diagnóstico de câncer de mama no Brasil: Uma analogia com o naufrágio do Titanic” foi publicado recentemente no JCO Global Oncology, jornal da conceituada Sociedade Americana de Oncologia Clínica. O estudo avaliou as taxas de diagnósticos tardios para câncer de mama nos estágios III e IV, os mais graves da doença, em mulheres com mais de 50 anos, comparando-se dois períodos: 2018 a 2019 e 2020 a 2021.

Autor do estudo, juntamente com Aline Ferreira Bandeira Melo Rocha, Henrique Lima Couto, Jordana de Faria Bessa e Linei Augusta Brolini Dellê Urban, Ruffo Freitas-Junior observa que antes da pandemia os diagnósticos de estágios avançados de câncer de mama entre as usuárias do SUS eram 43,16%, segundo o DataSUS do Ministério da Saúde. Na saúde suplementar, eram 30,5%. “Ocorre que a pandemia potencializou essa diferença, com taxas de 52,04% no setor público contra 36,4% no setor privado”, destaca. “Isso comprova a crescente desigualdade no acesso aos serviços de saúde no Brasil.”

Um levantamento anterior, realizado com pacientes com câncer de mama em estágio clínico III, usuárias dos dois sistemas de saúde no País, demonstra que em uma década a taxa de sobrevida de mulheres atendidas pela rede privada é de 55,6% e de 39,6% no SUS. Para o especialista da SBM, o efeito da pandemia na prevalência dos estágios avançados da doença aumentará ainda mais a diferença nos índices de mortalidade entre as usuárias dos SUS e da saúde privada.

Com o naufrágio do Titanic, menos de um terço dos que estavam a bordo sobreviveram. Mas o número de mortes entre passageiros da terceira classe (74,78%) e os da primeira (37,84%) é desproporcional. “O estudo que apresentamos roga para que evitemos a situação em que pessoas com menos recursos sejam a ‘terceira classe’ no diagnóstico e no tratamento de câncer no Brasil”, diz.

Para o especialista da Sociedade Brasileira de Mastologia, políticas públicas que elevem o rastreamento e o tratamento a níveis superiores aos observados antes da pandemia de Covid-19 é crucial e urgente. “O Brasil possui o maior sistema público de saúde do mundo. São mais de 190 milhões de brasileiros que a princípio, por lei e pela Constituição, têm direito a acessar o serviço”, conclui Ruffo Freitas-Junior.

 

Sorotipo 3 da dengue volta a circular após 15 anos - Saiba como reconhecer os sintomas e se prevenir e aprenda a identificar as diferenças entre a dengue comum e a dengue hemorrágica

 

O sorotipo 3 do vírus da dengue, ausente no Brasil há mais de 15 anos, voltou a circular e está causando preocupação entre as autoridades de saúde. A reintrodução desse sorotipo traz consigo o risco de uma possível epidemia de dengue e a ameaça da forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica. Com essa nova dinâmica, é fundamental que a população esteja atenta, informada e tome medidas preventivas para evitar a transmissão do vírus.

O retorno do sorotipo 3 ocorre devido à capacidade do vírus da dengue de sofrer mutações e se adaptar ao ambiente. Essa variante específica, que estava fora de circulação por tanto tempo, encontra uma população suscetível e pode se disseminar rapidamente.

Quatro casos de dengue sorotipo 3 foram confirmados em Votuporanga, interior de São Paulo. Um estudo da Fiocruz já havia alertado para o ressurgimento desse sorotipo, que não causava epidemias há mais de 15 anos. Os pacientes apresentaram sintomas intensos da doença, e a secretaria de Saúde confirmou outros sete casos suspeitos. As autoridades estão investigando a circulação do vírus em diferentes regiões da cidade. Não há registros desse tipo de dengue em outros municípios de São Paulo, e o governo estadual monitora a situação com um plano de contingência.

O sorotipo 3 da dengue é uma das quatro variantes do vírus da dengue, sendo as outras três o sorotipo 1, 2 e 4. A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Os médicos e diretores da Clínica Salus Imunizações, Dra. Marcela Rodrigues e Dr. Marco César Roque, explicam que o sorotipo 3 da dengue possui características semelhantes aos outros sorotipos em termos de sintomas e transmissão. Os sintomas da infecção pelo sorotipo 3 da dengue são, geralmente, febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, fadiga, erupção cutânea e, em alguns casos, sangramento. Em casos mais graves, a dengue pode evoluir para a forma hemorrágica, que pode ser fatal.

Uma das características do sorotipo 3 da dengue é a sua capacidade de causar epidemias mais graves. Isso ocorre porque, em algumas populações, a exposição prévia a outros sorotipos da dengue pode levar a uma resposta imunológica cruzada que pode agravar a infecção pelo sorotipo 3. Isso significa que pessoas que já foram infectadas por outros sorotipos de dengue têm um risco aumentado de desenvolver uma forma mais grave da doença se forem infectadas pelo sorotipo 3.

“Para identificar a dengue hemorrágica, é essencial estar atento aos sintomas de alerta, como febre persistente, manchas vermelhas na pele, dor abdominal intensa, vômito persistente e sangramento nas gengivas, nariz ou urina. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações graves, e qualquer suspeita de dengue deve ser prontamente comunicada a profissionais de saúde”. Destaca a Dra. Marcela Rodrigues.

A população desempenha um papel fundamental na prevenção da dengue. É necessário combater o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença. Medidas simples, como eliminar recipientes que acumulam água parada, limpar regularmente quintais e terrenos, utilizar telas de proteção em janelas e portas, e utilizar repelentes são ações essenciais para reduzir a proliferação do mosquito.

O Dr. Marco César Roque comenta que, além disso, destaca-se a importância da vacinação contra a dengue. A vacina oferece proteção contra os diferentes sorotipos do vírus e pode contribuir significativamente para a redução da incidência e gravidade da doença. A imunização em massa, aliada às medidas de controle do vetor, é uma estratégia eficaz para combater a dengue e prevenir epidemias.

A vacina QDENGA©, desenvolvida pela Takeda, é recomendada para pessoas de 4 até 60 anos, independentemente de terem sido infectadas anteriormente pela dengue. O esquema de vacinação consiste em duas doses, administradas com um intervalo de três meses entre elas. Estudos clínicos demonstraram que a vacina possui uma eficácia de 80,2% na prevenção da doença e reduziu em até 90,4% as hospitalizações relacionadas à dengue. Além disso, a vacina QDENGA© continuou eficaz na prevenção de 90,4% das hospitalizações 18 meses após a vacinação. Ao longo de quatro anos e meio, a vacina demonstrou evitar 84% das hospitalizações por dengue e até 61% dos casos de dengue com sintomas.

A Dra. Marcela Rodrigues conclui alertando que é crucial que a população esteja consciente dos perigos da doença e adote medidas preventivas. Ficar informado, procurar atendimento médico ao surgirem sintomas suspeitos, eliminar criadouros do mosquito e buscar a vacinação são ações que podem fazer a diferença na proteção da saúde individual e coletiva.

As autoridades de saúde reforçam a importância de seguir as orientações de prevenção, manter-se atualizado sobre as informações divulgadas pelos órgãos competentes e colaborar ativamente no combate à dengue. Somente com a união de esforços será possível enfrentar essa ameaça e preservar a saúde da população.

 

Clínica de Vacinas Salus Imunizações


Dezembro laranja, conheça 10 fatores de risco para o câncer de pele

Dermatologista alerta para sinais nem sempre muito conhecidos da população


O mês de dezembro ficou mundialmente conhecido como Dezembro Laranja, período de conscientização da população sobre os riscos e a prevenção do câncer de pele.

Por vivermos em um país tropical, no qual a incidência solar é alta, o tumor do tipo não-melanoma é o mais comum no Brasil, correspondendo a 30% de todos os diagnósticos de câncer segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Acontece que 3% dos tumores de pele são do tipo melanoma, mais raro e agressivo, que pode causar metástase e até a morte.

O uso do protetor solar adequado ao tipo de pele evita esse tipo de câncer, não se expor ao sol nos horários de pico (entre 10h e 16 horas) e fazer avaliação anual das pintas com um dermatologista, também são medidas protetivas. Mas, quais são os fatores de risco da doença?

Segundo a médica dermatologista Dra. Maria Paula Del Nero, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), além da exposição solar, há mais 10 fatores que nem todo mundo conhece. Ela descreve um pouco de cada um deles a seguir:
 

1. Pintas: “uma pinta ou marca de nascença é um tumor benigno”, diz a médica. A maioria surge em crianças e adultos sem grandes problemas, mas “pessoas com muitos desses sinais têm um risco aumentado para desenvolver o melanoma”, alerta.
 

2. Pintas displásicas: são atípicas e, muitas vezes, parecem com pintas normais, mas têm características do melanoma. “Elas são maiores e têm uma forma ou cor anormal. Podem aparecer na pele que é exposta ao sol, bem como na pele que, normalmente, está coberta, como nádegas ou couro cabeludo. Algumas pintas displásicas podem evoluir para melanomas”, descreve Dra. Maria Paula.
 

3. Pintas congênitas: as pintas de nascença são chamadas de pintas melanocíticas congênitas e o risco de virar um melanoma varia de 0% a 5%, dependendo do tamanho. Quanto maior a pinta, maior o risco.
 

4. Pele clara, sardas e cabelos claros: “o risco de melanoma é maior para brancos do que para os negros. Os brancos com cabelos ruivos ou loiros, olhos azuis ou verdes ou pele clara com sardas ou que se queimam facilmente têm um risco aumentado para a doença.”
 

5. Histórico familiar: segundo a dermatologista, cerca de 10% dos pacientes com melanoma têm histórico familiar da doença. “Por isso é recomendável que os familiares próximos, como pais, irmãos e filhos, façam autoexame rotineiramente, consultem o dermatologista regularmente e reforcem a proteção solar”, diz a médica.
 

6. Histórico individual: pessoas que tiveram melanoma têm risco aumentado para desenvolver novos tumores. Do mesmo modo, quem já teve câncer de pele basocelular ou espinocelular também têm risco aumentado de contrair melanoma.
 

7. Imunossupressão: pacientes que passaram por transplante, que sejam HIV positivo ou que façam tratamentos que afetem severamente o sistema imune, podem desenvolver melanomas.
 

8. Idade: “o melanoma é um dos cânceres mais comuns em pessoas com menos de 30 anos, especialmente em mulheres. Em casos familiares, o melanoma pode ocorrer em faixas etárias ainda menores”, explica Dra. Maria Paula.
 

9. Gênero: antes dos 50 anos, o risco é maior para as mulheres; depois dos 50, o risco é maior em homens.
 

10. Xeroderma pigmentoso: Dra. Maria Paula conta que essa é uma condição rara e hereditária, resultante de um defeito em uma enzima que normalmente repara danos ao DNA. Pessoas com esta condição apresentam maior risco de desenvolver melanoma e outros cânceres de pele em uma idade jovem, principalmente em áreas da pele expostas ao sol.

A prevenção ainda é a melhor forma de lidar com o câncer de pele e pode ser feito por todos. O tratamento da doença pode incluir medicação, cirurgia e até quimioterapia.




Dra. Maria Paula Del Nero - CRM-SP: 74.594 / RQE: 103.535. Formada em 1991 pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-UNESP; Estágio em Dermatologia no Hospital Darcy Vargas; Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; International Fellow da Academia Americana de Dermatologia; Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; Diretora da Clínica Healthy Dermatologia desde 2001.


Campanha de conscientização sobre poliomielite da AACD e Sanofi divulga vídeo com relato do jornalista Boris Casoy


Com o apoio da Sanofi, a AACD lançou em julho uma campanha que tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância da vacinação contra a poliomielite. O último vídeo da campanha já está disponível e pode ser assistido por este link. O conteúdo relata a história do jornalista e apresentador Boris Casoy, que, em 1942, foi acometido pela doença e, desde então passou a lidar com sequelas.



Sobre a AACD
 

Fundada em 1950, a AACD possui uma infraestrutura completa e dedicada a pacientes ortopédicos e reabilitação de pessoas com deficiências físicas, composta por um hospital ortopédico, sete unidades de reabilitação e cinco oficinas para fabricação de produtos ortopédicos. Realiza em média 800 mil atendimentos anuais via SUS, particular e convênios. 

A AACD ainda conta com a unidade escolar AACD Lesf, a área de ensino e pesquisa para disseminar conhecimentos, a AACD Esporte, que contribui por meio da prática esportiva para a inclusão da pessoa com deficiência, e com a cooperação técnica, que leva o padrão de excelência e a expertise da instituição para diversas partes do Brasil, por meio de entidades parceiras. Para mais informações, acesse o site da AACD.
  

Dia Mundial de Luta contra a Aids


"Nos dias de hoje a AIDS continua sendo um problema de saúde global, com avanços importantes na prevenção tratamento e diminuição da mortalidade. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é transmitida principalmente pela via sexual, relações sexuais desprotegidas, lembrar a importância do uso de preservativo, em todas as formas de relações.

Compartilhamento de agulhas e uso de drogas injetáveis.

Transmissão vertical (mãe infectada pelo HIV pode transmitira o vírus durante a gravidez, parto ou amamentação).

Instrumentos e produtos contaminados, instrumentos ou produtos médicos ou de beleza não esterilizados

Transfusão sanguínea, extremamente rara nos dias de hoje onde os testes são realizados de forma rotineira. 

Hoje temos avançado muito no diagnóstico precoce e o tratamento efetivo, assim como na conscientização e redução do estigma associado a doença. 

Mas temos muitos desafios no acesso universal aos serviços de saúde, a prevenção e o diagnóstico precoce.

A prevenção inclui medidas e comportamentos que possam prevenir a transmissão do vírus.

Algumas delas: 

1. Medida extremamente importante : uso correto de preservativos em todas as relações sexuais vaginal, oral ou anal

2. Existem 2 estratégias conhecidas como PrEP e PEP, a primeira é o uso de medicamentos antiretrovirais em pessoa soro negativas que se expõem a situações de risco. A segunda é uma medida de emergência na qual fazemos uso de medicamentos antirretrovirais apos exposição

3. Testagem regular

4. Redução de parceiros sexuais ou contatos de risco

5. acesso aos serviços médicos de forma precoce durante a gravidez parto e puerpério

6. Conscientização, redução do estigma e acesso a saúde"

 

Dra. Zoila Medina - ginecologista e conselheira fiscal da AMCR


Especialistas destacam 6 dicas para trabalhar o medo do parto

Equipe Respeitare fala sobre a importância das informações no pré-parto. Estudo recente revela preferência por partos normais entre as mulheres no país.

 

Ainda há muitas dúvidas entre as gestantes sobre qual tipo de parto escolher. Até mesmo sobre as diferenças entre os tipos de parto e o tão comentado parto humanizado, quando a decisão pende por naturalizar o processo do nascimento do bebê. Mesmo que a preferência seja pelo parto normal, alguns receios são bem comuns entre as mães, como o medo da dor ou de surgirem complicações com o bebê.

Para Morganna Guedes, enfermeira obstetra e diretora da Respeitare – Parto Respeitoso, clínica especializada em parto humanizado, o segredo está na informação. “Uma mulher bem-informada tem receio, ansiedade mas não tem medo”, afirma, enfatizando que a opção mais saudável e segura para gestações de baixo risco são partos normais com mínimo de intervenção.

O maior estudo sobre parto no Brasil, realizado pela Fiocruz, revelou que a via de parto normal ganha maior preferência das pessoas no início da gestação, mas sem um pré-natal bem realizado, muitas mulheres, no final da gestação, optam por cesáreas. Por isso a importância do conhecimento e boas informações. 

 Mas quais são as principais diferenças entre o parto normal, o natural e o humanizado? “O parto normal é o que acontece pela vagina, mesmo que com intervenções, como o uso de ocitocina sintética para acelerar o processo ou algum tipo de analgesia para alívio da dor. Já o parto natural, que também acontece pela vagina, é aquele que inicia sem estímulo algum. E o termo ‘parto humanizado’ diz respeito a uma assistência prestada de forma respeitosa, baseada em evidências científicas. A humanização do parto, apesar de estar sempre vinculada a imagem de um parto na banheira, com luz baixa e sem intervenções, é um movimento mundial que visa um olhar mais respeitoso e seguro para a mulher e o bebê, mesmo que, para isso, seja necessário o uso de algumas intervenções”, explica a enfermeira obstetra da Respeitare, Thayse Vitória.

Para trabalhar os medos, tão naturais nessa fase, a equipe da Respeitare destaca algumas dicas:


Dica 1 - Tenha uma Doula – o trabalho dessa profissional que dá assistência a mulher pode começar desde o início da gestação até os primeiros meses após o nascimento do bebê. Ela será a responsável por passar informações importantes à mãe e ao casal sobre o que esperar do trabalho de parto, nascimento, intercorrências, além de sugerir terapias, como massagens, técnicas naturais de alívio de dores, orientar sobre descanso, respiração, postura, posições e movimentos da mãe. Presta apoio físico e emocional à mulher e à família, antes, durante e após o parto. Também presta auxílio no momento da amamentação logo após o nascimento do bebê e nos primeiros dias. 

“Importante lembrar que a doula não substitui a equipe de obstetrícia, não realiza procedimentos médicos e não toma nenhuma decisão pela mãe”, afirma o enfermeiro Juan Pedro, que também integra a equipe da clínica.


Dica 2 - Procure uma equipe qualificada – os partos de risco habitual podem ser assistidos por uma equipe de enfermeiros obstetras, sem necessariamente a presença de um médico obstetra. Porém, é importante que o ambiente escolhido seja seguro e a equipe esteja pronta para prestar todo o atendimento necessário para as primeiras horas de nascimento do bebê e dos cuidados com a mãe. “O próprio Ministério da Saúde enfatiza, nas diretrizes de parto normal, que centros de parto normais fora do ambiente hospitalar, como o Respeitare, aumentam a chance de parto normal e reduzem complicações”, afirma Morganna. 


Dica 3 - Estude sobre o parto - busque todas as informações necessárias, faça perguntas para sua doula e sua equipe de obstetrícia, nenhuma pergunta é considerada desnecessária;


Dica 4 - Acredite no processo – acredite na qualificação da equipe escolhida para te dar assistência e esteja certa de se sentir acolhida;


Dica 5 - Acolha o tempo necessário – mesmo para as mães que não são de primeira viagem, saiba que cada gestação tem suas particularidades. Sua equipe de obstetrícia saberá te orientar sobre o tempo necessário de cada processo que envolver sua gestação. O segredo é não deixar a ansiedade tomar conta;

Dica 6 - Tenha uma rede de apoio - um dos pilares para o sucesso, tanto para o período da gestação, quanto no puerpério. Ter uma rede de apoio que esteja conectada com a família vai ajudá-la a pedir e aceitar ajuda, reconhecendo suas limitações.

“O puerpério, em especial, é um momento vivenciado de forma única por cada pessoa, ou seja, cada mulher vai ter necessidades subjetivas durante esse processo, entretanto, quando a mulher é informada desde o pré-natal sobre as alterações hormonais, psicológicas e físicas no período pós-parto, é possível perceber uma melhor lida com esse processo”, conclui Morganna Guedes.

Inaugurada em 2021, em João Pessoa/PB, depois de 5 anos de atuação da equipe com assistências ao parto domiciliar planejado (PDP) e atendimentos em consultório, a Respeitare é a primeira Casa de Parto privada do estado e do Nordeste. Somente em 2023, a clínica já prestou assistência a mais de 55 partos.

Gerida por equipe de enfermeiras obstetras, foi projetada com ambientes que lembram o “aconchego” da casa da família, com a segurança de um ambiente hospitalar. O trabalho é baseado em modelos de países de primeiro mundo, com atendimento nas áreas de saúde ginecológica, saúde reprodutiva, acompanhamento do pré-natal ao parto, puerpério e puericultura, inclusive para o público de baixa renda. A casa também conta com médicos obstetras sensíveis ao cuidado numa transferência ou necessidades especiais, além de outros profissionais para atender às necessidades das famílias. Outros detalhes: instagram.com/respeitare 

 


Clínica Respeitare
Onde: R. José Mesquita, 184 - Treze de Maio, João Pessoa - PB
Mais informações: instagram.com/respeitare

 

Dezembro Vermelho: Desafios e Avanços na luta contra o HIV

 Após 40 anos, os desafios ainda persistem e lembram o porquê o combate ao vírus é tão importante 

 

O dezembro vermelho é um mês dedicado à luta contra a Aids e também para a conscientização, como prevenção, tratamento e desafios enfrentados durante mais de quatro décadas desde os primeiros casos nos anos 80. A evolução no tratamento e estratégias de prevenção do HIV é notável, mas ainda existem alguns desafios cruciais, sendo o estigma e preconceito contra as pessoas que vivem com o vírus uma questão persistente. A disseminação de informações enfrenta obstáculos e é essencial que seja feita uma melhor comunicação para a sociedade, desfazendo equívocos sem fundamento, por exemplo, que a transmissão pode ocorrer por meio de gestos de carinho.

Para o diretor da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), Dr. Álvaro Costa, os esforços devem ser concentrados em conscientizar as pessoas sobre as novas ferramentas de prevenção. “O PrEp (Profilaxia pré-exposição) é um exemplo do avanço da medicina, é um antirretroviral utilizado por pessoas não infectadas pelo HIV, fazendo com que o risco de contrair o vírus seja reduzido em até 90%, se for usado corretamente”, comentou. “O medicamento está disponível no SUS, contudo, os desafios persistem, desde a busca pela cura até a necessidade de ampliar o acesso a tratamentos inovadores”, completou o especialista.

No Brasil, a concentração em populações vulneráveis exige medidas específicas. A capilarização do acesso à PrEP é vital, assim como a melhoria nos serviços de Saúde Transversal. Ainda que o Brasil tenha avançado, enfrentamos desafios significativos, especialmente na redução do número de casos e na superação do estigma.

“Existem alguns desafios fundamentais para os próximos anos, como a ampliação da PrEP para toda a população, investimento em diagnóstico e manutenção dos pacientes indetectáveis, implementação de tecnologias injetáveis para tratamento e prevenção do HIV, desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiros, estratégias combinadas para a cura e a superação contínua do preconceito em torno do vírus”, explicou Costa. 

Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, no último ano foram registrados aproximadamente 17 mil casos da infecção, sendo que mais de um milhão de pessoas vivem com HIV no país. No início, os sintomas mais comuns são: febre, dor de cabeça e garganta, dores musculares, manchas na pele e calafrios. O diagnóstico pode ser feito por meio de exame laboratorial e teste rápido, ambos disponíveis pelo SUS. A descoberta precoce aumenta a expectativa de vida do paciente e ainda pode impedir que o HIV se desenvolva para Aids, que faz com que a pessoa tenha uma perda progressiva da imunidade.  

 

SPI - Sociedade Paulista de Infectologia
https://www.instagram.com/spinfectologia/


Dia Mundial do Combate a AIDS: 64% dos brasileiros não usa preservativo na relação sexual

 

Médica explica importância da prevenção e os avanços no diagnóstico nos dias de hoje
 

Com a proximidade do Dia Mundial do Combate a AIDS, que acontece no dia 1° de dezembro, uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontou que 64% da população não usa preservativos na relação sexual e 33% dos brasileiros já mantiveram relação sem camisinha fora do relacionamento.

Além disso, o estudo também apontou que aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo de 2019, correspondendo a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais.

Segundo Luciana Persoli, Diretora de Marketing da DKT South America, um dos motivos levantados nessa avaliação para justificar a queda é a de que os jovens vêm se preocupando menos com a possibilidade de contrair uma IST e mais com as chances de uma gravidez indesejada. “Atualmente, existem muitos tipos de anticoncepcionais capazes de fornecer um planejamento familiar, mas uma gestação não é a única consequência que se pode adquirir depois de uma relação sexual. Nesses casos, o preservativo é o único método capaz de evitar a transmissão de um vírus e/ou doença”, explica.

A DKT South America é conhecida mundialmente pela sua missão de proporcionar um planejamento familiar a diversas famílias espalhadas pela América do Sul, além de promover a conscientização sobre os cuidados e prevenção para o HIV/AIDS.

Zoila Medina, médica ginecologista pelo Centro de Referência em Saúde da Mulher e Conselheira Fiscal da AMCR (Associação, Mulher, Ciência e Reprodução Humana no Brasil) afirma que nos dias de hoje a AIDS continua sendo um problema de saúde global, com avanços importantes na prevenção, tratamento e diminuição da mortalidade. “A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é transmitida principalmente pela via sexual, relações sexuais desprotegidas, por isso é importante lembrar do uso de preservativo, em todas as formas de relações”.

Além disso, ela complementa dizendo que hoje em dia o diagnostico precoce e o tratamento efetivo tem avançado, assim como na conscientização e redução do estigma associado à doença. “Mas mesmo assim temos muitos desafios no acesso universal aos serviços de saúde, a prevenção e o diagnóstico precoce”. 

Por fim, a médica ressalta medidas e comportamentos que possam prevenir a transmissão do vírus: 

1. Uso correto de preservativos em todas as relações sexuais vaginal, oral ou anal;

2. Existem 2 estratégias conhecidas como PrEP e PEP, a primeira é o uso de medicamentos antirretrovirais em pessoas soronegativas que se expõem a situações de risco. A segunda é uma medida de emergência na qual se faz o uso de medicamentos antirretrovirais após exposição;

3. Testagem regular;

4. Redução de parceiros sexuais ou contatos de risco;

5. Acesso aos serviços médicos de forma precoce durante a gravidez parto e puerpério;

6. Conscientização, redução do estigma e acesso à saúde;

 

DKT South America
Para saber mais, acesse o site.



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