Pesquisar no Blog

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

15 filmes para assistir no Dia da Criança

 

Divertida Mente é uma produção da Disney,
ganhadora do Oscar de Melhor Animação.
Crédito: Disney Brasil.

O guia Assista Mais selecionou uma lista de títulos dos principais streamings, especialmente para divertir a criançada  




Assistir a um filme em família é sempre uma boa pedida, especialmente no Dia da Criança. O guia Assista Mais elaborou uma lista com sugestões de 15 filmes infantis que estão disponíveis nos principais streamings. É só preparar a pipoca e reunir a criançada.

Entre os títulos, estão filmes emocionantes, divertidos e cheios de aventuras. Tem opções para todos os gostos e a lista pode aumentar, porque a pesquisa é bem intuitiva. O guia Assista Mais auxilia o usuário na busca de filmes e séries por streaming, categoria, gênero, ator e diretor, entre outras funções. O objetivo da plataforma, que também está disponível na versão app, é proporcionar facilidade, praticidade e organização da lista de prioridades do que se pretende assistir, além de agilizar a busca por títulos. De forma bastante completa, o Assista Mais também oferece informações de produção, galeria de imagens e sugestões de atrações semelhantes.

Para acessar, basta se cadastrar em assistamais.net.br ou baixar o App Assista Mais no seu celular. Na barra de buscas, digite o nome do filme ou série que quer assistir para descobrir em qual streaming este título está disponível. Também é possível fazer uma busca mais refinada usando filtros, selecionando as plataformas que o usuário assina ou ainda o gênero da produção.

Outra vantagem é a possibilidade de fazer economia, por meio do acúmulo de pontos, como um clube de vantagens. Ao assistir a anúncios específicos é possível acumular pontos que podem ser trocados por produtos de parceiros e, até mesmo, assinaturas de streamings.


Confira as dicas do Assista Mais para o Dia da Criança:



Lego Friends: O Próximo Capítulo

A animação do grupo Lego Friends lançada em 2023 retrata como o primeiro dia de aula pode ser um pouco desconfortável para as crianças. Mas em Lego Friends: o próximo capítulo, esse é o dia em que novas amizades serão feitas. O grupo de crianças se conhece e, em meio a muita confusão, prepara um bolo delicioso para o festival de boas-vindas da escola.



Encanto


Lançado em 2021, Encanto conta a história de Mirabel, uma jovem colombiana que precisa lidar com a frustração de ser a única em sua família a não ter poderes mágicos. Mirabel faz parte dos Madrigais, uma família extraordinária que vive escondida nas montanhas da Colômbia em um charmoso lugar… Encanto. A magia de Encanto abençoou todas as crianças da família com um presente único – um dom. Bem, todas as crianças, exceto Mirabel. No entanto, ela logo poderá ser a última esperança dos Madrigais quando descobrir que a magia em torno do Encanto está, agora, em perigo. Dirigido por Jared Bush (Moana), Byron Howard (Zootopia) e Charise Castro Smith (Raya e o Último Dragão), o filme é uma produção da Disney e conquistou o Oscar de Melhor Animação.



Minions 2: A Origem de Gru

Sequência do filme de 2015, a trama deste longa de 2022 acompanha um Gru agora com 12 anos. Sonhando em se tornar um vilão tão mau quanto seus ídolos do Sexteto Sinistro, Gru traça planos para tentar integrar o grupo. Quando finalmente consegue uma entrevista, porém, tudo corre mal. Para piorar, ele rouba o grupo e se torna seu inimigo mortal. Como um fugitivo, Gru pede ajuda para uma fonte bem improvável, o antigo líder do Sexteto Sinistro, que havia sido demitido. Aos poucos, o jovem Gru percebe que até vilões precisam de amigos. Mais uma aventura divertida e cheia de cenas cômicas dos Minions.



Divertida Mente

Ganhador do Oscar de Melhor Filme de Animação, Divertida Mente foi a primeira produção Disney-Pixar a abordar o tema depressão infantil. A trama de 2015 se passa quase toda dentro da mente da jovem Riley, que começa a sentir emoções conflituosas após mudar de cidade com seus pais. Dentro da mente da menina, vemos como isso afeta cinco emoções básicas: Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojo. De uma forma leve, mas bem emocionante, o longa aborda a importância do diálogo entre família, do equilíbrio entre as emoções e do cuidado com a saúde mental desde criança.



Matilda: O Musical

O filme Matilda: O Musical foi lançado em 2022 e leva o nome da sua protagonista, uma garotinha de apenas seis anos, dona de uma imaginação fértil e mente afiada. Matilda cresceu em meio a pais tão egocêntricos, a ponto de esquecerem de matriculá-la na escola. Desta forma, Matilda fica sempre em casa ou na livraria, onde costuma estimular sua imaginação. Após uma série de estranhos eventos ocorridos em casa, quando Matilda descobre que possui poderes mágicos, seu pai resolve enviá-la à escola. O local é controlado com mão de ferro pela diretora Agatha Trunchbull (Emma Thompson), mas Matilda tem a coragem de enfrentá-la e provocar mudanças na escola. As atrizes Alisha Weir (Não Saia de Casa), Lashana Lynch (007: Sem Tempo para Morrer) e Emma Thompson (Razão e Sensibilidade) contracenam no longa.



Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica

Quando os dois irmãos elfos adolescentes Barley e Ian Lightfoot descobrem que seu falecido pai lhes deixou um bastão mágico, eles tentam fazer um feitiço que pode trazer o patriarca da família de volta por 24h. Mas algo sai errado e apenas a metade de baixo do pai aparece. Para tentar realizar o feitiço completo até o final do dia, os irmãos saem em uma aventura para encontrar um novo cristal para o bastão. Em um mundo habitado por elfos, trolls, sereias, centauros, unicórnios, gnomos e outras criaturas fantásticas, todos parecem ter deixado a tecnologia substituir a magia. Cabe a Ian e Barley trazer isso de volta. Lançada em 2020, a trama é engraçada, emocionante e propõe uma reflexão sobre a importância da família em seus diferentes formatos.



Red: Crescer é uma Fera


Lançado em 2022, o filme Red: Crescer é uma Fera aborda a vida de Mei Lee, uma garota de 13 anos. Dirigido por Domee Shi (Divertida Mente), o longa também é uma produção da Disney em parceria com a Pixar. A animação reúne o que o estúdio tem de melhor e apresenta uma história que vai dos encantos mais infantis aos anseios mais adultos. Meilin é filha de imigrantes chineses e lida com a pressão e vigilância constante da mãe, Ming. Seu processo de amadurecimento fica mais complicado graças a uma “maldição” que recai sobre ela: a cada vez que Meilin sente emoções fortes demais (positivas ou negativas), ela se transforma em um panda-vermelho gigante - difícil de esconder.



Luca

O filme Luca, lançado em 2021, acompanha a história da forte amizade entre um ser humano e um monstro marinho camuflado. Uma deliciosa viagem pela costa da Itália, com cenários inspirados na região da Ligúria, onde estão destinos como Cinque Terre e Gênova. Com direção do italiano Enrico Casarosa, Luca mostra em detalhes as paisagens e o maravilhoso clima que reina na Riviera Italiana. Luca Paguro é uma criança curiosa que, em meio a confusões, sorvetes, massas e emocionantes viagens de Vespa, aprende a viver uma nova realidade, bem diferente da que ele está acostumado. Isso porque Luca é um monstro marinho, que descobre ser possível tomar a forma humana ao sair do oceano. As aventuras, dentro e fora da água, são sempre compartilhadas com seu novo melhor amigo, Alberto Scorfano, além da espertíssima Giulia.



Viva: A Vida é uma Festa

Uma celebração à cultura mexicana - que valoriza a morte não como o fim, mas como uma passagem intrínseca à nossa existência - neste tocante filme sobre honrar suas raízes e sua família. Viva: A vida é uma Festa conta a história de Miguel, que sonha em se tornar um grande músico como seu ídolo, Ernesto de la Cruz — apesar de a música ter sido banida em sua família. Para provar seu talento, Miguel vai à pitoresca Terra dos Mortos, seguindo uma misteriosa sequência de eventos. Ao longo do caminho, ele conhece o trapaceiro Hector e juntos partem em uma jornada para descobrir a verdade por trás da história da família de Miguel. O filme é dirigido por Lee Unkrich (Toy Story 3) e foi o vencedor nas categorias de Melhor Animação e Canção no Oscar 2018.



A Fera do Mar

A Fera do Mar é uma animação que conta a história da pequena Maisie Brumble, uma jovem ambiciosa e corajosa que foge do orfanato em que vive para embarcar clandestinamente em um navio de caçadores de monstros. Do mesmo diretor de Moana, Chris Williams, o filme cativa tanto o público adulto quanto os pequenos ao falar sobre amizades improváveis e gerar reflexões sobre o que ou quem os humanos consideram monstros.



Dia do Sim

Baseado no livro infantil de mesmo nome de Amy Krouse Rosenthal e Tom Lichtenheld, Dia do Sim é uma comédia para toda a família. Na trama, o casal, formado por Jennifer Garner (‘De Repente 30’) e Edgar Ramirez (‘The Undoing’), decide fazer absolutamente tudo que seus filhos querem em um dia e o resultado é ótimo. Seguindo a linha de filmes como ‘Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso’ - que também tem Garner no elenco, esta produção da Netflix cativa tanto o público infantil quanto o adulto.



Raya e o Último Dragão

A Disney tem o poder de nos transportar para outros universos e nos fazer esquecer da realidade por algumas horas - Raya e o Último Dragão é um desses acertos do estúdio. Ambientado no mundo fictício de Kumandra, onde dragões e humanos viviam em harmonia, até que forças malignas ameaçam a vida de todos e os seres místicos resolvem se sacrificar pelo bem da humanidade. No entanto, anos depois, o mal volta a dizimar as pessoas e a esperança é que o último dragão possa novamente restaurar a paz. Neste contexto conhecemos Raya, uma princesa guerreira novata no universo da Disney, que tem fé de que pode encontrá-lo. Como todo bom filme família, essa história é leve, divertida e desperta aquele sopro de esperança na sociedade.



Astro Kid


Astro Kid é uma animação para entreter crianças e adultos, evocando mensagens positivas sobre a família, amizade e, principalmente, mostrando que há um belo mundo além dos aparatos tecnológicos, com muitas cores e diversão nas atividades ao ar livre. Nesta aventura muito espacial, uma chuva de meteoros destrói a nave da família de Willy, e ele termina sozinho num planeta selvagem e inexplorado. Enquanto espera a missão de resgate, descobre as belezas do planeta e seus perigos!



Turma da Mônica: Laços

A Turma da Mônica é um dos maiores clássicos dos quadrinhos e das animações no Brasil. As criações de Mauricio de Sousa ganharam sua primeira adaptação live-action em 2019, com atores mirins que dão vida a Mônica, Cascão, Cebolinha e Magali A história é baseada na HQ de mesmo nome, de Vitor e Lu Cafaggi (que é parte da série Graphic MSP), e é sobre a busca do cachorro Floquinho, misteriosamente sequestrado. Reforçando valores familiares e de amizade, o longa é perfeito para pais e mães assistirem com os filhos e filhas, afinal as criações do Maurício atravessam gerações.



Compramos um Zoológico

Matt Damon e Scarlett Johansson protagonizam essa emocionante história real sobre um homem que decide largar sua vida na cidade grande e comprar um zoológico. Após perder sua esposa, Benjamin tenta superar o luto e ajudar seus dois filhos a fazer o mesmo. O desafio de fazer com que o zoológico volte à ativa, contudo, não será fácil. Um filme leve, que pode ser visto por toda a família, Compramos um Zoológico fala de família, diálogo, tudo isso em meio aos mais de 200 animais que agora pertencem a Benjamin. A trama é de 2011 e para quem já assistiu, vale a pena rever com os filhos.


Dia das crianças: amor, carinho e disponibilidade são os verdadeiros presentes para os pequenos

O Dia das Crianças é uma data especial, que nos faz lembrar da importância de cuidar dos pequenos em nossa sociedade. No entanto, muitas vezes, a forma como celebramos essa data pode estar longe do que as crianças realmente precisam. Em um mundo cada vez mais dominado por dispositivos eletrônicos de última geração e distrações digitais, é crucial refletir sobre como podemos oferecer às crianças o que elas verdadeiramente necessitam.


Você já parou para pensar sobre o que realmente a sua criança necessita de você?

Ao observarmos uma criança, imediatamente nos vêm à mente imagens de vitalidade, alegria, ânimo e determinação. Associamos a infância à energia inesgotável, sinceridade e brincadeiras cheias de barulho. No entanto, ao mesmo tempo em que temos essa visão positiva da infância, não podemos ignorar os preocupantes dados que emergem em nossa sociedade contemporânea.

Nos dias de hoje, testemunhamos um aumento alarmante no diagnóstico de problemas de saúde mental em crianças, uma realidade que antes era incomum. Ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, ideação suicida e uma autoestima debilitada são cada vez mais comuns entre os pequenos. 

Diante dessas constatações, surge uma pergunta angustiante: como passamos da imagem otimista e cheia de vitalidade da infância para essa triste realidade de problemas de saúde mental em nossas crianças? É uma questão que exige reflexão e ação para entender as causas e buscar soluções que promovam um ambiente mais saudável e equilibrado para o desenvolvimento infantil.

A natureza demonstra uma sabedoria incrível ao nos fazer os filhotes mais dependentes da classe de mamíferos. Essa dependência permite que nosso cérebro se desenvolva e cresça plenamente. À medida que amadurecemos, continuamos dependentes do cuidado de outros adultos, não apenas em termos físicos, mas também emocionais. Hoje, a ciência confirma que o contato constante com os pais nos primeiros meses de vida é fundamental para um desenvolvimento cerebral saudável em crianças.

Às vezes, concentramos nossa atenção em detalhes como o enxoval, o quarto ou eventos como chás de revelação, sem refletir sobre o que realmente importa para um bebê. O que eles realmente precisam é de pais presentes, emocionalmente preparados e equilibrados para a jornada da paternidade. Esses bebês necessitam de muito colo e carinho para se sentirem seguros, além de exposição ao sol, atividades ao ar livre e um ambiente repleto de amor, doação e, especialmente, tempo.

Os primeiros anos de vida de uma criança são cruciais para o desenvolvimento de habilidades sociais, autoestima e confiança. A ligação emocional que se forma entre pais e filhos durante esse período é alicerce para o futuro. Portanto, à medida que enfrentamos a jornada da parentalidade, é essencial lembrar que o que realmente importa é o amor, carinho, dedicação e tempo que estamos dispostos a investir em nossos filhos. Isso não apenas nutre seu crescimento saudável, mas também cria vínculos emocionais duradouros que enriquecem suas vidas e as nossas.

O choro da criança é sua linguagem inicial, a forma pela qual ela se expressa e comunica seus sentimentos, necessidades e desconfortos. No entanto, em algumas situações, podemos nos deparar com a tendência de suprimir rapidamente esse choro, como se fosse uma inconveniência a ser evitada. Negligenciar a presença e a dedicação dos pais, juntamente com a importância do choro como meio de comunicação da criança, pode ter efeitos negativos a longo prazo no bem-estar emocional.

Além disso, muitas vezes, as crianças são desestimuladas a falar ou expressar suas emoções, pois isso pode atrapalhar os pais que estão trabalhando em home office. Correr e brincar são atividades essenciais para o desenvolvimento físico e social, mas essas atividades são frequentemente restringidas devido a preocupações em fazer barulho para não incomodar os vizinhos de baixo ou ao ambiente inadequado, como restaurantes sem área para crianças.

Por vezes, a tecnologia é usada como um “paliativo” para manter as crianças silenciosas. No entanto, essa não é a maneira como os seres humanos se desenvolvem. O desenvolvimento ocorre quando as crianças podem correr, pular, brincar e socializar. Além disso, as crianças imitam os comportamentos dos adultos ao seu redor.

É importante lembrar que, se queremos que nossas crianças adquiram hábitos saudáveis, precisamos nos tornar modelos. Se nossos filhos estão constantemente vendo os adultos ao seu redor consumindo tecnologia durante as refeições, como podemos esperar que eles façam o contrário? Se não cumprimentamos nossos vizinhos, como podemos esperar que nossos filhos desenvolvam habilidades sociais sólidas? As refeições em família à mesa são um momento especial para conexão, um momento em que todos podem se sentar, conversar e compartilhar suas experiências do dia. Além disso, comer juntos promove hábitos alimentares saudáveis e a valorização da comida como uma oportunidade de nutrição e socialização, tornando-se um momento de gratidão. 

Da mesma forma, o acompanhamento escolar é uma forma de demonstrar interesse pelo desenvolvimento educacional das crianças. Estar envolvido na educação delas, participando de reuniões escolares e ajudando com a lição de casa, mostra que valorizamos não apenas seu crescimento intelectual, mas também seu bem-estar emocional. 

É importante ressaltar que os pais desempenham o papel de parceiros da escola, não concorrentes ou clientes exigentes. Delegar atividades de cunho pessoal e familiar para uma instituição de ensino pode ser visto e sentido pela criança como falta de interesse e afeto, provocando um sentimento de menos valia e negligência. Portanto, a cooperação e parceria entre família e escola são fundamentais para o desenvolvimento saudável e feliz das crianças.

À medida que o Dia das Crianças se aproxima, convido você a uma reflexão profunda sobre suas atitudes e exemplos que tem transmitido aos seus filhos. Pergunte a si mesmo: “Quais valores minhas ações estão passando para meu filho?”. 

Neste dia especial, considere dar às crianças o que elas realmente necessitam: amor, carinho, dedicação e tempo. Esses elementos não só nutrem um crescimento saudável, como também criam vínculos emocionais profundos que enriquecem a vida de todos. 

Como pais e cuidadores, somos os modelos de comportamento que nossos filhos observam e imitam. Portanto, vamos aproveitar esta oportunidade para refletir sobre como podemos atender às necessidades naturais de nossas crianças em um mundo em constante transformação, assegurando que nossas ações e escolhas estejam alinhadas com os valores que desejamos transmitir.

Feliz Dias das Crianças.



Nathalia de Paula - psicanalista clínica e educadora parental especializada em terapia emocional de famílias e terapia integrativa do sono infantil. Além disso, ela é co-fundadora e gestora do Instituto Lumina Educacional desde 2017, uma escola de ensino regular com educação infantil e fundamental.
@nathaliadepaula.parental
@nasuapsique


5 dicas para a vida digital das crianças ser mais positiva

Especialista em educação e tecnologia aponta ideias para famílias e educadores melhorarem o tempo gasto pelos pequenos no mundo online
 

No Brasil, 92% da população com idade entre 9 e 17 anos faz uso de internet, segundo a pesquisa TIC Kids Online, de 2022. Há quem se assuste com os dados, mas, com a tecnologia já intrínseca no cotidiano adulto, é também mais difícil desassociá-la do dia a dia das crianças. Por isso, o ideal é encontrar meios de tornar essa relação positiva e benéfica. Se alinhada a hábitos e ferramentas que impulsionam a criatividade, o raciocínio lógico e habilidades cognitivas e sociais, a vida digital tem tudo para ser nutritiva de conhecimento para os mais jovens. 

“Existem algumas estratégias e soluções que familiares e educadores, no caso das escolas, podem seguir para trazer propósito e bem-estar no relacionamento dos pequenos com a tecnologia. Jogos que instiguem o aprendizado, equilíbrio entre brincadeiras online e offline, limites no tempo de uso da internet e cursos sobre tecnologia são algumas das diversas alternativas”, comenta Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, escola de programação e robótica para crianças e adolescentes. 

Pensando nisso, o especialista aponta 5 maneiras de tornar a vida online mais vantajosa para as crianças. Confira:

 

Estabelecendo rotinas

Fundamental no dia a dia das crianças, impor horários para cada tarefa é uma forma de exercitar a organização, e com a tecnologia não deve ser diferente. Ao limitar o acesso a videogames e celulares a poucas horas do dia, elas aprendem que há um tempo adequado – e saudável – para se passar em frente às telas. Também é uma maneira de ensiná-las que os dispositivos eletrônicos são apenas uma das inúmeras formas de se divertir, equilibrando a rotina entre o mundo offline e online.
 

Consumindo conteúdos informativos

Familiares e educadores devem garantir que o conteúdo consumido na internet seja proveitoso e agregue conhecimento. Sejam músicas, desenhos, jogos, filmes ou séries, ter o controle sobre o que está sendo absorvido pelos pequenos é importante para seu desenvolvimento, segurança e, claro, para que sua relação com a tecnologia seja construída por meio de algo divertido e lúdico.
 

Jogando em equipe

Exercitar o trabalho em equipe é essencial para estimular a cooperatividade, o foco e o diálogo. Uma opção para tornar a vida online mais benéfica para as crianças é estimular brincadeiras e jogos que precisam ser realizados em conjunto, seja com irmãos, amigos ou responsáveis. Dessa forma, o uso da tecnologia se torna recreativo e também um momento para criar relações, pois promove o companheirismo, a proximidade com a família, a paciência para respeitar o tempo do outro e a comunicação social dos pequenos.
 

Incentivando a criatividade

A internet e a tecnologia não servem apenas para um uso passivo; pelo contrário, ajudam no desenvolvimento ativo, sendo a criatividade dos jovens uma das principais habilidades aperfeiçoadas. Familiares e educadores podem instruir atividades que atiçam a imaginação e criação de ideias. Por exemplo, podem propor projetos de audiovisual para gravar e editar vídeos e áudios, criar animações, fazer desenhos online e outras brincadeiras que encorajem o senso de propósito e a singularidade de cada criança.
 

Aprendendo em aulas de programação

A programação é a linguagem do futuro. Muitos jovens, e até mesmo adultos, não conhecem ou não sabem como são criados a maioria dos jogos, sites, aplicativos, ferramentas e programas que consomem. Ao inserir crianças em aulas de programação, por exemplo, elas passam a construir suas próprias plataformas e, assim, exercitam a autonomia, a inovação, o protagonismo e até mesmo habilidades que podem ajudar no seu futuro profissional. Sobretudo, entendem que podem ser criadores de tecnologia e não apenas consumidores, transformando sua visão sobre esse universo e criando uma relação mais saudável com ele.
 

Ctrl+Play


Dia das Crianças: por que garantir o direito ao brincar na infância?

 

Crédito: Wynitow Butenas
Pequeno Príncipe reforça a importância do estímulo a todos os tipos de brincadeiras


A infância é uma fase essencial par o desenvolvimento das crianças. Nessa etapa, elas desenvolvem a coordenação motora, cognição, linguagem, sociabilidade, raciocínio, autoestima, entre outras habilidades, e o grande aliado nesse processo é o brincar. Garantido como um direito previsto no artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ato de brincar vai muito além da diversão. Por isso, neste Dia das Crianças, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital exclusivamente pediátrico do país Brasil, reforça a relevância de estimular brincadeiras que aflorem a imaginação, a criatividade e curiosidade dos pequenos. 

É por meio da brincadeira que a criança se relaciona com o mundo. Nesse sentido, os pais devem dar a mesma atenção ao brincar quanto dão aos demais cuidados da rotina de seus filhos, atuando como estimuladores da construção do desenvolvimento global proporcionado pelas brincadeiras. 

O ato de brincar também promove o aumento da confiança, dos laços afetivos, do amadurecimento e do senso de comunidade. “O prazer da brincadeira deveria permear todas as atividades, inclusive para os adultos, que podem potencializar os benefícios do brincar nas crianças”, explica a psicóloga Rita Lous, também gerente do Setor de Voluntariado do Pequeno Príncipe – um dos setores responsável por promover brincadeiras em suas diferentes formas aos pacientes do Hospital.

 

Estímulo

Ao participar das brincadeiras, é fundamental que os pais respeitem a maneira com que a criança brinca e a deixem conduzir o momento. Ao incentivar, os responsáveis podem estimular que as atividades sejam feitas sozinhas ou com outras crianças. “Brincar sozinho ou brincar em grupo devem ser complementares, pois cada momento traz benefícios diferentes, como por exemplo a independência, assim como o aprender a respeitar regras e a compartilhar”, ressalta a psicóloga. 

A contribuição do adulto também é importante para garantir a segurança durante as brincadeiras. O brincar solitário é relevante para a construção da autoconfiança e da autonomia, mas acompanhadas ou não, as brincadeiras devem ser supervisionadas. “Não há necessidade de intervir ou controlar o ambiente o tempo todo. A ideia é evitar acidentes”, explica Rita. 

Ela frisa ainda que todos os processos do brincar são importantes, desde o momento de separar os materiais, confeccionar brinquedos e, até mesmo, guardar ou limpar tudo depois. Isso faz com que a criança esteja desenvolvendo habilidades de organização, responsabilidade e comprometimento, ao mesmo tempo em que brinca. 

“As crianças e os adolescentes possuem habilidades criativas muito aguçadas, por isso qualquer objeto pode virar um brinquedo. E assim também é importante proporcionar atividades que estimulem a criatividade, a socialização e o senso crítico, por exemplo. Enfim, ao incentivar as brincadeiras, os pais contribuem com todo o desenvolvimento global do seu filho ou filha”, finaliza Rita.

 

O Brincar no Pequeno Príncipe

Ela reforça a preocupação do Pequeno Príncipe em garantir esse direito mesmo durante o período de internamento da criança. “Sempre realizamos atividades para que os pequenos vivenciem a infância mesmo dentro do Hospital. Por meio das brincadeiras eles continuam a se desenvolver, além de todos os efeitos benéficos como segurança, adaptação e confiança”, diz. Atualmente, a instituição conta com brinquedotecas e recreação nos ambulatórios e enfermarias. Com a colaboração de voluntários, promove diversas atividades recreativas e também disponibiliza um sistema de empréstimo de brinquedos por telefone, que funciona como um delivery. 

Apresentações culturais e oficinas do setor de Educação e Cultura reforçam e complementam as atividades já desenvolvidas no Hospital. O coordenador da área, Claudio Teixeira, fala sobre as opções de brincadeiras versáteis a serem realizadas com as crianças e que impulsionam o raciocínio. “Trabalhar com jogos de estratégia e que fazem as crianças pensarem é incrível e diverte. Esses são recursos que utilizamos muito com os pacientes da instituição”, aponta.


Mês da criança: A importância do acompanhamento psicológico desde a infância

 Investir na saúde mental infantil promove resiliência e bem-estar a longo prazo


O Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, é uma data especial, pois comemora a infância, uma fase marcante que desempenha um papel fundamental na formação do cérebro, o que torna essencial cuidar da saúde mental desde cedo. O acompanhamento psicológico na infância não apenas oferece benefícios imediatos, mas também estabelece as bases para um desenvolvimento saudável e bem-estar emocional a longo prazo. 

Os pais e educadores desempenham um papel fundamental no reconhecimento da necessidade de ajuda psicológica para seus filhos. “Reconhecer os sinais e comunicar a necessidade de apoio psicológico são os primeiros passos. Encontrar um profissional qualificado e se envolver no processo de terapia é essencial. A criação de um ambiente seguro e amoroso e o respeito à privacidade da criança são igualmente importantes. Além disso, os pais devem educar-se sobre saúde mental infantil e acompanhar o progresso de seus filhos ao longo do tratamento”, destaca a psicóloga.

 

Existem várias abordagens terapêuticas para atender às necessidades individuais da criança. A Terapia Cognitivo-Comportamental é eficaz para lidar com ansiedade, depressão e transtornos de comportamento, enquanto a Terapia de Atividades Lúdicas é indicada para crianças mais novas ou com dificuldades de comunicação. A Terapia Familiar envolve toda a família, a Terapia de Arte permite que as crianças se expressem de forma não verbal, e a Terapia de Exposição é útil no tratamento de transtornos de ansiedade. Terapia de Apoio e Terapia de Grupo também desempenham papéis importantes. 

A escolha da abordagem terapêutica mais eficaz depende das necessidades específicas da criança, da natureza do problema e da avaliação do terapeuta. Em muitos casos, uma abordagem integrativa que combina elementos de diferentes terapias pode ser a mais adequada. O importante é envolver um profissional qualificado que possa personalizar o tratamento de acordo com o que cada criança precisa”, explica a psicóloga. 

Buscar terapia acessível pode ser desafiador, mas há opções disponíveis. Tatiane indica que planos de seguro de saúde, clínicas de saúde comunitária, programas de assistência social e recursos em universidades e faculdades são maneiras de acessar tratamento sem comprometer as finanças. Além disso, terapeutas de baixo custo e terapeutas voluntários em organizações sem fins lucrativos podem oferecer suporte financeiramente viável.


Fonte: Tatiane Paula - Psicóloga Clínica
@tatianepaula.psi


Semana da criança: como a aromaterapia pode auxiliar os pequenos em diferentes momentos

Associados aos cuidados de condições físicas e emocionais, os óleos essenciais vêm conquistando pais que procuram por fontes naturais para auxiliar o bem-estar físico e psicológico de seus filhos

 

Por ser a fase mais importante no desenvolvimento humano, a infância merece cuidados especiais. Assim, muitos pais estão em busca de alternativas para auxiliar seus filhos durante essa trajetória. Além dos tratamentos tradicionais e convencionais já conhecidos, a aromaterapia para crianças está aos poucos ganhando espaço nas casas brasileiras.

Carla Dantas- especialista em produtos da Phytoterápica - explica que os óleos essenciais podem ser uma ferramenta interessante para o equilíbrio na infância.

São opções naturais que podem ajudar a criança a se sentir muito melhor de acordo com cada momento pelo qual esteja passando, seja uma dificuldade para dormir ou também falta de concentração em época de provas”, revela.

Pensando nisso, a Phytoterápica - marca de cosméticos naturais e especialista em aromaterapia, separou algumas dicas para ajudar a mesclar esses cuidados em diferentes momentos.

Confira:

Para um sono tranquilo

Por possuir propriedades que auxiliam na agitação mental, o óleo essencial de Lavanda, assim como o de Laranja favorece um sono tranquilo e contínuo.


Para concentração e foco

Assim como a grande maioria dos cítricos, o óleo essencial de Limão-Tahiti é uma variedade híbrida. É excelente para uso em crianças no momento de estudo, pois ajuda a manter o foco e a concentração dos mais desatentos.


Para controlar a timidez excessiva

A timidez pode acompanhar a criança por muitos anos e, por vezes, pode acabar gerando algum desconforto durante a época escolar. Para isso, o óleo essencial de Bergamota pode auxiliar, e muito, a amenizar a autocrítica e minimizar os sentimentos de vergonha e rejeição, pois trabalha a autoestima.

Sugestão de uso dos óleos acima:

O uso dos óleos essenciais de Laranja, Lavanda, Limão-Tahiti e Bergamota pode ser feito no aromatizador de ambiente. Pingue de 5 a 8 gotas e deixe por 1 hora aromatizando o quarto. Importante não deixar ao lado da cama da criança.

 

Phytoterápica
www.phytoterapica.com.br

 

12 de Outubro: dia para brincar e estar junto aos filhos

Brincar com os filhos é fundamental    
 
Divulgação
Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul destaca a importância do ato de brincar no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, ressaltando a necessidade de interação e vínculo familiar nesta data especial


O Dia das Crianças é uma data especial para celebrar a alegria e o desenvolvimento dos pequenos. A data é uma ocasião importante para um reforço da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) sobre a importância do vínculo de pais e filhos e o imenso valor no ato de brincar, que ajuda no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.

Na visão do médico pediatra da SPRS, José Paulo Ferreira, ressalta que a profissão da criança é essa.

“Através do brincar, a criança vai experimentar a fantasia, vai experimentar o faz de conta, vai experimentar a imitação daqueles movimentos que o pai e a mãe fazem. Vai exercitar sua capacidade de socialização. Então, a brincadeira é super importante para o desenvolvimento motor, emocional, cognitivo. É ainda, uma oportunidade dela aprender a repartir ou esperar sua vez, por exemplo”, afirma.

Dentro desse processo, é fundamental considerar a idade e a fase de desenvolvimento de cada um, sendo este um fator importante a ser observado na escolha de brinquedos e de atividades. Cada criança, obviamente, tem uma idade específica para cada brinquedo. À medida que a criança vai se desenvolvendo, os jogos e as brincadeiras vão ficando mais sofisticados e elaborados, e a criança vai desenvolvendo habilidades importantes.

Um dos maiores desafios da atualidade é lidar com o uso excessivo de telas eletrônicas por crianças.

"A tela é um aparelho bidimensional, ou seja, não permite que a criança não interaja. Quanto mais a criança mexer com telas, menos ela está, portanto, desenvolvendo sua capacidade de criação, de lidar com conflitos, de lidar com soluções para problemas colocados. O brincar é muito mais saudável e estimulante do que o uso excessivo de telas, que tende a ser menos interativo", reforçou.

O grande desafio para brincar de forma saudável é que requer a participação dos pais, outras crianças da mesma idade ou o próprio pai e a mãe podem propor brincadeiras. Isso consome tempo dos pais, mas é um investimento valioso no desenvolvimento delas.

“O melhor presente no Dia das Crianças é a atenção e a presença dos pais. Quanto mais interagirem e brincarem com seus filhos, mais memórias positivas da infância serão criadas, contribuindo significativamente para o desenvolvimento emocional da criança", finalizou o médico.

 

Marcelo Matusiak


Dia das Crianças: 77% dos brasileiros não seguiram as profissões dos sonhos de infância

 


Pesquisa revela os principais motivos que levaram os entrevistados até as profissões atuais e quais eram as carreiras mais sonhadas por eles quando criança

 

O Dia das Crianças é uma data que, de forma geral, resgata muitas lembranças. Os amigos, a escola, as brincadeiras favoritas e os sonhos carregados de imaginação. E, desde a infância, com o desenvolvimento dos interesses próprios e talentos natos, é comum que as crianças sejam incentivadas a pensar em quais carreiras gostariam de seguir quando adultas.

 

Mas, entre os desejos de infância e as realizações da vida adulta, muita coisa acaba acontecendo e se transformando, seja por mudança dos interesses pessoais ou pelas diferentes oportunidades que vão aparecendo ao longo da vida. De qualquer forma, para alguns, os sonhos profissionais de infância realmente se tornam realidade. Neste contexto, a Onlinecurriculo, plataforma de currículos online, realizou uma pesquisa com 1000 brasileiros de todas as idades e regiões do país, buscando entender se eles seguiram nas profissões que sonhavam e como acabaram nas carreiras que têm hoje.

 

O estudo revelou que 77% dos brasileiros acabaram não seguindo as carreiras que desejavam quando eram crianças, exercendo atualmente ou ao longo da vida trabalhos em outras áreas que não as imaginadas. Desta forma, apenas 23% realmente seguiram com as profissões que sonhavam na infância.

 

 

Entre as profissões mais indicadas como aquelas que os entrevistados imaginavam seguir quando eram crianças, estão os trabalhos de médico, indicado por 26% dos respondentes; professor, citado por 17%; policial, apontado por 15%; veterinário, escolhido por 13%; atleta, por 11%; artista, e as carreiras de ator ou atriz, mencionadas por 10%.

 

Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurriculo, observa que muitos dos trabalhos que eram desejados pelas crianças estão relacionados com profissionais que, de alguma forma, ajudam ou que trazem bem-estar para as pessoas. “Desde muito cedo as crianças se relacionam com o conceito de super-heróis e super-heroínas que, no mundo real, acabam estando muito associadas com as profissões que ajudam ou que salvam o outro, como é o caso dos médicos, policiais e mesmo os professores, que dão cuidado e atenção diários às crianças”, diz. 

 

Por outro lado, Augustine levanta que  carreiras mais criativas também são bastante citadas. ”Isso  demonstra a importância do lado imaginativo das crianças. Trabalhar na área artística oferece outra forma de cuidado profissional com o outro, levando alegria para o público e melhorando seu bem-estar”, completa Augustine.

 

As outras carreiras mais citadas foram jogador ou jogadora de futebol (9%); engenheiro (9%); advogado (8%); músico (8%); bombeiro (7%); piloto (6%); comissário de bordo ou aeromoça (6%), e cientista (6%).

 


 

E como aquelas crianças estão hoje?

 

Para aqueles que acabaram em profissões que não as imaginadas quando criança, os principais motivos para se estar no trabalho atual estão relacionados com a falta de oportunidades ou recursos para seguir na carreira com a qual sonhava, indicado por 33% dos entrevistados, e a mudança de interesses ao longo da vida, sendo que, na idade adulta, já não existia mais a identificação com a profissão desejada na infância, apontado por 21%.


 

 

Para esses entrevistados, a percepção de como teria sido a vida caso tivessem seguido nas profissões dos sonhos de infância revela pontos como: a possibilidade de ter um maior reconhecimento financeiro, citado por 25% dos participantes; ter mais realização pessoal, indicado por 18%; ser mais feliz, segundo 16%, e enfrentar mais desafios, de acordo com 16% dos respondentes.

 

“Mesmo que muitos daqueles que estão hoje em profissões que não aquelas que sonhavam tenham acabado nessas novas carreiras por mudanças nos interesses pessoais, é interessante pensar que, para a maioria dos entrevistados, a ideia de estar na carreira imaginada quando criança poderia trazer mais retorno financeiro, realização pessoal ou felicidade. Essa percepção pode estar relacionada a uma idealização da profissão, que fica na memória desde a infância, ou mesmo como uma esperança de algo novo e melhor que pode vir, para aqueles que pensam em mudar de carreiras, por exemplo”, analisa Augustine.


 

 

Apoio da família é decisivo aos sonhos

 

Já para aqueles que seguiram as carreiras dos sonhos de infância, os principais motivos para conseguirem alcançar o objetivo estão associados a fatores como ter o incentivo da família e amigos, de acordo com 31% dos entrevistados; ter talento para seguir a carreira que sonhava, para 18%; ter conseguido trabalhar dentro da área desde cedo, segundo 16%, e ter tido oportunidades e recursos para seguir na carreira, apontado por 15% dos respondentes.

 

 

Quando perguntados sobre o que poderia ter sido diferente caso não tivessem seguido a profissão aspirada durante a infância, para 21% dos entrevistados a vida poderia ser menos feliz, enquanto para 17% a vida poderia ter sido mais feliz. 12% acredita que teria maior reconhecimento financeiro.

 

 

“Este ponto é muito curioso, pois poderia se esperar que, para a grande maioria daqueles que seguiram seus sonhos a felicidade e a realização fossem garantidas. No entanto, o que se percebe é que, para parte dos entrevistados, houve uma quebra de expectativa quanto à satisfação de seguir seus desejos”, diz Augustine.

 

“Acredito que esse seja um ponto importante para o entendimento de que a frustração dentro das profissões não está necessariamente ligada a ter alcançado um sonho ou não. Muitas vezes, acreditamos que a infelicidade está em não ter atingido um objetivo, mas nem sempre o caminho idealizado teria sido mais prazeroso ou menos desafiador”, pondera. 


 

Profissões da atualidade: surgem novos sonhos de infância?

 

Muitas das carreiras citadas pelos entrevistados como aquelas que eram desejadas na infância são profissões consagradas há muitos anos no mercado de trabalho. Recentemente, com o desenvolvimento da tecnologia e o surgimento das redes sociais, novas profissões foram surgindo. Hoje, blogueiros, tiktokers e youtubers, por exemplo, têm sua renda baseada nos trabalhos realizados na internet. Mesmo que exista uma certa glamourização dessas profissões, pela relação com grandes marcas ou pelos famosos “recebidos”, são trabalhos que exigem cada vez mais estudo e dedicação por parte dos profissionais. 

 

Mesmo assim, essas atividades podem dividir opiniões, por não seguirem os caminhos convencionais de construção de carreiras  no mercado. Para entender a opinião dos brasileiros sobre esse novo cenário, a Onlinecurriculo perguntou a percepção dos entrevistados sobre as novas possibilidades de trabalho relacionadas à internet. 

 

Para 22% dos respondentes, essas são carreiras que estão funcionando no momento atual do mercado; 21% acredita que são carreiras promissoras e que seguirão obtendo espaço; 19% enxerga como carreiras alinhadas com o momento atual, mas que talvez não se mantenham por muito tempo; 19% pensa que novas profissões poderão surgir a partir dessas carreiras, e 14% não vê essas atividades como profissões propriamente ditas.


 

 

“As opiniões sobre as carreiras que vêm surgindo com o desenvolvimento da internet e das redes sociais ainda se dividem, o que é normal quando uma novidade está emergindo. De qualquer forma, é importante validar e dar espaço para o que é novo, movimento que estamos observando também com o desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial, por exemplo. Muitos jovens e crianças já veem nesses trabalhos seus sonhos de carreira, e essas podem ser profissões que seguirão surpreendendo no futuro”, finaliza Augustine.

 


Metodologia

 

Entre os dias 20 e 27 de setembro de 2023, a Onlinecurriculo ouviu 1000 pessoas de diversos segmentos produtivos, faixas etárias, classes sociais e regiões do país. Mulheres e homens foram entrevistados individualmente respondendo as perguntas através de questionário estruturado em formato online.



Ainda existem reflexos da pandemia no comportamento das crianças e adolescentes


 

Foi no mês de abril de 2022 que o então Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou portaria declarando o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional causada pela pandemia do Covid-19 no Brasil. 

 

Como sabemos, durante toda a pandemia e, especialmente, no período mais agudo do isolamento social, pessoas de todas as idades sofreram de maneira importante não apenas com o medo da doença e dos seus desdobramentos – até então pouco conhecidos – mas com as questões relativas à saúde mental, dados os níveis de stress vivenciados no período. 

 

Em 2021, a Unicef apresentou os resultados de um estudo realizado em 21 países, com crianças e adultos. O levantamento apontou que, em média, um em cada 5 adolescentes e jovens de 15 a 24 aos tiveram sintomas de depressão e pouco interesse em desenvolver suas atividades no período. No Brasil, o número chegava a 22% dessa fatia da população. Se a preocupação com a saúde mental de crianças e adolescentes já preocupava antes da pandemia, agora se tornam ainda mais elevados, visto que de acordo com os dados da Unicef mais de um em cada sete meninos e meninas entre 10 e 19 anos viva com algum transtorno mental diagnosticado. Além disso, quase 46 mil adolescentes morrem por suicídio a cada ano, uma das principais causas de morte nessa faixa etária. 

 

Boa parte dos problemas tiveram origem relacionados à ausência de rotina na vida dessas crianças e adolescentes. Posteriormente, foram agravados devido à dificuldade de retomar a vida que já existia observando cuidados para evitar contaminações. Adicionalmente, as dificuldades em relação ao aprendizado à distância, a defasagem na absorção dos conteúdos, a falta de chances de recreação e a preocupação com a saúde e com a renda familiar contribuíram sobremaneira para deixar os jovens com medo, irritados e preocupados com o futuro. 

 

Inclusive, infelizmente, ainda existem reflexos da pandemia no comportamento de muitas crianças e adolescentes. São perceptíveis os índices de desatenção entre eles, fator que os leva a enfrentar certa dificuldade para assimilar conceitos em sala de aula. Também é notório o aumento de sintomas depressivos entre esse público, com maior nível de estresse, ansiedade e irritabilidade, que por vezes culminam em casos de automutilação. 

 

Os pais e responsáveis muitas vezes não identificam que essas crianças estão enfrentando tantos problemas de cunho emocional. Em diversos casos, surpreendem-se e, por vezes, até se sentem ultrajados quando recebem algum sinal de alerta vindo de terceiros. É compreensível, visto que nenhuma mãe ou pai quer que seu filho enfrente problemas desse tipo tão jovens. Também é natural que não saibam como conduzir as situações ou a quem recorrer nesses momentos. Porém, é extremamente importante agir. A negação e a inércia podem custar caro. Além disso, há muitas opções de tratamentos possíveis na atualidade, que podem ir desde às consultas com profissionais da psicologia e da psiquiatria, passando por terapias como Barras de Access e ThetaHealing, que podem trazer bons resultados. 

 



Sueli Conte é Psicóloga, Psicopedagoga, Doutoranda em Neurociências, Mestre em Educação, aplicadora e facilitadora da Barra de Access e ThetaHealing, além de fundadora do Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte, localizado na Zona Sul de São Paulo.
www.instagram.com/saudeintegrativa_oficial
www.instagram.com/sueliconteoficial


Posts mais acessados