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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Índice Global de Inovação: Brasil avança no ranking, mas ainda há muito o que melhorar

Pode parecer motivo de orgulho, mas o avanço do Brasil no ranking do Índice Global de Inovação (IGI) não é algo tão positivo como muitos acreditam. Mesmo tendo ganho cinco posições na lista em relação a 2022 e liderando os países da América Latina, temos muito potencial inexplorado que poderia nos colocar como verdadeiras referências no assunto. Algo que, se não for criteriosamente analisado, impedirá que possamos alavancar nosso mercado em prol da adoção de boas práticas inovadoras internacionais.

Divulgado na última semana pelo WIPO (World Intellectual Property Organization), o Brasil passou a ocupar a 49ª posição entre 132 países participantes no ranking, além de se tornar o 1º colocado da América Latina e Caribe. À frente, podemos notar nações como Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul – muitos dos quais, poderíamos ultrapassar em diversos dos pontos levando em consideração as categorias avaliadas.

Sete indicadores são verificados ao estabelecer essa colocação: instituições do país; capital humano e de pesquisa; infraestrutura; sofisticação do mercado; dos negócios; conhecimento de tecnologias e criatividade, em âmbito geral. Apesar da média destas notas ser a responsável por determinar a classificação no índice, é importante desdobrarmos um olhar mais cauteloso sobre cada uma delas, uma vez que refletem uma realidade preocupante que, caso compreendida e revertida, poderá trazer o resultado que realmente temos capacidade de conquistar.

De todos, o ambiente regulatório empresarial foi o mais severo. Isso é, considerando a facilidade em se fazer negócios frente à legislação nacional, políticas e cultura, foi considerado demasiadamente complexo, nos levando à 99ª posição. Um ponto extremamente negativo e crucial de ser aperfeiçoado para que tenhamos a base necessária para fomentar a inovação em nossos empreendimentos.

O mesmo vale para a questão de conhecimento e difusão da inovação no mercado (termo utilizado para a adoção de uma nova inovação em uma sociedade), no qual ocupamos o 67º lugar. Nosso mercado é vasto e em expansão, e temos muitas mentes brilhantes capazes de destravar esse ambiente inovador, mas, ainda falhamos fortemente nesse aspecto. Principalmente, se levarmos em consideração que países que estão à nossa frente, como Portugal, Irlanda e Singapura, não dispõem do mesmo preparo que o nosso.

Em regiões inspiradoras neste assunto, como o Vale do Silício, muito desse fomento vem de iniciativas que integram o ambiente corporativo às instituições de ensino, o que permite a troca de conhecimentos, insights e, com isso, um local propício para o desenvolvimento de iniciativas inovadoras. Por aqui, também temos universidades excelentes e renomadas, mas além de não serem inteiramente acessíveis à população, falta essa integração entre as partes e um trabalho unido em prol desses resultados – o que nos levou ao 78º lugar nesse item.

Mesmo que tenhamos avançado cinco posições, ainda estamos muito longe de sermos verdadeiramente parabenizados pelo nosso potencial inovador. Afinal, em alguns dos aspectos mais importantes para estruturar e difundir esse mindset, os resultados permanecem bem abaixo do ideal para que essa mudança se inicie – em um cenário realmente grave, considerando que temos dispositivos extremamente eficazes para alterar essa realidade.

A ISO de inovação, como exemplo, é uma metodologia de gestão da inovação reconhecida internacionalmente, e que vem sendo cada vez mais adotada pelas empresas brasileiras. Já temos grandes cases de sucesso no território, demonstrando os benefícios que ela traz para o crescimento e destaque inovador frente aos concorrentes, e sua importância em ser adotada para revolucionar esse cenário.

Por mais que ela ainda não seja um fator analisado nos países participantes do ranking, seu amplo crescimento nos últimos anos demonstra uma forte probabilidade de que se torne um parâmetro mensurado em breve – já que outras normas como a ISO 9001 (relacionada ao desenvolvimento de sistemas de gestão) e a ISO 14001 (responsável por estabelecer diretrizes para sistemas de gestão ambiental) já são citadas nos critérios verificados para a classificação.

O ranking divulgado evidencia o quanto os órgãos responsáveis estão de olho nessa aderência às boas práticas internacionais, e o quão longe ainda estamos de atingir essa meta. Temos um potencial enorme para explorar positivamente e alcançarmos posições cada vez melhores nessa área, mas que precisa iniciar imediatamente. A jornada é longa, mas cada pequeno passo será importante para que tenhamos uma verdadeira mentalidade inovadora em nosso país.

 

Alexandre Pierro - mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e sócio fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.

ISO de inovação
www.isodeinovacao.com.br


A boa gestão em saúde depende também de sistemas confiáveis


A boa gestão de uma clínica ou hospital é fundamental não só para a otimização dos recursos, mas especialmente para garantir o bem-estar dos pacientes e a qualidade do atendimento médico. Nesse contexto, a escolha de bons fornecedores de tecnologia em todas as áreas é crucial na operação e administração dessas instituições e ponto decisivo para garantir eficiência, segurança e conformidade com as regulamentações. 

O uso de produtos e serviços irregulares ainda é, infelizmente, comum no setor de saúde em nosso país. Isso representa riscos significativos que podem prejudicar a qualidade do atendimento e a reputação do estabelecimento de saúde, além de trazer potenciais consequências legais.

 

Tomemos, por exemplo, a tecnologia. 

Sistemas de gerenciamento de informações médicas não-confiáveis geram insegurança nos registros e podem favorecer erros médicos, além de dificultar a coordenação de cuidados. Da mesma forma, os processos hospitalares ficam mais lentos e sujeito a gargalos que podem impactar na gestão do estabelecimento e no cuidado com o paciente: isso inclui gerenciamento de leitos, agendamento de cirurgias, fluxo de trabalho de enfermagem e distribuição de recursos. 

Os riscos de ter um sistema inadequado também envolvem uma área crucial para a sustentabilidade da instituição: os sistemas de gestão financeira. Produtos sem credibilidade podem causar problemas na monitorização e otimização dos fluxos de caixa, faturamento, cobranças e reembolsos. Isso resulta em uma gestão financeira problemática, desperdícios e dificuldades na tomada de decisão sobre investimentos e custos. 

Vale lembrar aqui que hospitais lidam com informações sensíveis de pacientes, incluindo históricos médicos, registros de tratamento e informações de cobrança. Produtos de gestão não homologados podem carecer de medidas robustas de segurança cibernética para proteger esses dados contra acessos não autorizados e ataques cibernéticos. 

Outro ponto muito importante é a alta regulamentação da área da saúde, com normas e leis específicas para proteger a privacidade do paciente e garantir a qualidade dos serviços. Produtos e serviços homologados são projetados para atender a esses requisitos legais, ajudando as instituições a evitarem problemas legais e multas. 

O fato é que produtos e serviços oficiais são desenvolvidos por empresas renomadas e seguem padrões rigorosos de qualidade. Eles passam por testes extensivos para garantir que funcionem de maneira confiável e estável, minimizando falhas e interrupções que possam afetar negativamente os processos hospitalares. Boas empresas também oferecem suporte técnico contínuo e atualizações regulares. Isso ajuda os hospitais a manterem seus sistemas atualizados com as últimas funcionalidades e correções de segurança, garantindo que a operação não seja interrompida por problemas técnicos. 

Investir em soluções legítimas e confiáveis é uma pedra angular para alcançar a excelência na administração hospitalar. Essas soluções não apenas otimizam os processos operacionais, mas também garantem a segurança do paciente, a conformidade regulatória e a tomada de decisões estratégicas fundamentadas. 

A MV está há 36 anos no mercado e sabe dos desafios do setor em ter bons fornecedores para a gestão do negócio. Somos líderes em desenvolvimento de softwares para saúde na América Latina, mas também oferecemos apoio para que nossos clientes possam complementar as soluções que oferecemos com toda a segurança e confiança. Por isso, nós também identificamos, credenciamos, homologamos e entregamos opções de fornecedores aos nossos clientes nas áreas de tecnologias, equipamentos, cursos e treinamentos, facilities, serviços especializados, gestão estratégica, infraestrutura e consultoria. 

Fazemos isso por meio da Healthcare Alliance, uma plataforma de serviços e produtos da MV, que - como dizemos internamente - atende a área de A a Z. A empresa tem como objetivo identificar no mercado e fornecer as melhores soluções para apoiar as organizações na evolução digital dos seus processos. Usamos a expertise da MV para que as instituições de saúde tenham todos os requisitos para a melhor gestão possível. 

Instituições de saúde que investem em soluções confiáveis geralmente proporcionam uma melhor experiência ao paciente. Os agendamentos são mais eficientes, a comunicação é clara e registros, precisos. Em um setor tão crítico como o de saúde, o investimento inteligente em tecnologias e sistemas confiáveis é um pré-requisito para o sucesso contínuo e a melhoria dos serviços prestados.

 

A Neuropolítica de manipulação

 

No filme da Pixar de 2015, “Divertidamente”, somos transportados para o interior da mente de uma menina chamada Riley, que está em processo de mudança de sua vida, indo morar com seus pais na cidade grande. Somos apresentados aos Sentimentos fundamentais que comandam a sua Sala de Comando, dentro de sua mente: Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojo. A sensação de Repulsa/Repugnância é representada por uma glamorosa moça que torce o nariz para brócolis e colegas pouco agradáveis. O que os autores e os cientistas políticos não sabiam é que essa simpática moça iria se transformar em um Godzilla de manipulação das massas. Não o filme. As áreas cerebrais que processam o Nojo.

Durante a campanha que viria a eleger Barack Obama o primeiro presidente negro americano, em 2008, uma senhora pegou o microfone durante um comício do candidato republicano e adversário de Obama, John McCain. Ela manifestou algumas Fake News a respeito do candidato adversário, dizendo que Obama não era de confiança, era um árabe, uma ameaça. John McCain balançou a cabeça e falou: “Não, minha senhora, não. Ele é um homem decente, um homem de família. Não há porque ter medo dele”. Essa cena é da campanha de 2008, e parece que ocorreu em outra era política. A senhora dava voz a um tipo de manipulação muito usada nas campanhas políticas desde sempre: a manipulação do Medo, ou da Raiva, dois membros destacados da Sala de Comando de nosso Cérebro. Parece um sonho que um candidato diga, numa campanha, que seu adversário é um homem de bem, não um monstro devorador de criancinhas. John McCain morreu quando outro republicano, Donald Trump, era presidente dos Estados Unidos. Trump espalhou fake News sobre tudo e todos, inclusive sobre o senador McCain, que proibiu a sua presença em seu funeral. Não queria aquele ser repulsivo à beira de seu túmulo. Foi sua última manifestação como político republicano.

Os estudos mostravam, já naquela eleição, que os eleitores conservadores são mais sensíveis que eleitores progressistas aos estímulos do Medo e do Nojo. São redes neurais mais ativas em situações de estresse, o que torna esse tipo de eleitor mais suscetível a imagens e ideias que estimulem medo ou repugnância. Nessa situação, tendem a procurar situações mais protegidas. Conservadores tendem a ser mais xenofóbicos, isso é, tem mais medo e restrições contra imigrantes ou pessoas diferentes de seus costumes.

Os progressistas apresentam maior ativação de seu córtex Cingular Anterior, portanto conseguem apreciar melhor ideias novas e situações fora de sua zona de conforto. Conservadores tem maior ativação da Amígdalas, estruturas do tamanho de uma ervilha em nosso Cérebro Emocional que processam o Medo. Ela se correlaciona também com a Insula, onde processamos o Nojo. O medo e a repulsa nos tornam menos propensos a lidar com situações de diferença ou ouvir o que outra pessoa tem a dizer. Uma neuropolítica de criação de falsas informações e cenários de ameaça e perigo tendem a assustar mais as pessoas que tem essa resposta aumentada ao medo. Isso significa que todo conservador é um medroso e um tapado, e os progressistas são pessoas mais abertas e inteligentes? É claro que não. Tem gente de ótima e péssima qualidade em todas as matizes de crenças políticas. Mas existe esse conhecimento do ponto fraco de cada eleitor, e isso pode ser usado.

Essa característica do Cérebro Conservador, a alta reatividade ao Nojo, abre e exacerba a resposta ao Medo. Lembro da fala da então ministra Damaris Alves, que falava de crianças que eram traficadas na fronteira Norte do nosso país, e tinham seus dentes arrancados para fazer sexo oral em seus abusadores. Ficou com Nojo? Pois é. Essa sensação abre caminho nas áreas do Medo para a pessoa acreditar em qualquer ideia aberrante. Inclusive, que haveria um grande salvador para resgatar as criancinhas. O candidato da ministra, é claro. Os adversários? Estariam ao lado dos traficantes de criancinhas.

Da mesma forma que se pode usar a Meditação para tornar atiradores de elite mais letais, podemos usar as maravilhosas descobertas da Neurociência como arma de manipulação de massas e geração de conflagração entre as pessoas. Cabe a nós, que estudamos o assunto, apontar para esse tipo de horror que navega livremente pelas redes sociais e celulares dos tiozinhos do WhatsApp. Na nossa última eleição pudemos ver os efeitos dessa manipulação e a criação de um mundo imune a se ouvir o ponto de vista de quem é diferente. O resultado teve armas empunhadas na rua e derramamento de sangue.

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”.

 

Não seja chato! Cinco dicas para fazer marketing efetivo sem ser invasivo

Para nós, profissionais de marketing, estar presente na cabeça do consumidor e ter resultados em vendas sem ser invasivo é um desafio e tanto. Isso porque precisamos criar meios de gerar resultados para a empresa, mas também sabemos que ninguém gosta de ser interrompido por anúncios quando está buscando uma informação, tampouco ser surpreendido por uma notificação no WhatsApp, esperando um contato pessoal, e dar de cara com alguém tentando vender algo.

Muitas vezes, as abordagens de marketing se tornam cansativas, seja pela frequência visualizações de anúncios, pelo número de e-mails enviados, pelos pop-ups com ofertas que aparecem insistentemente quando o usuário não está preparado para a compra ou, ainda, pelo conteúdo de mensagens que não fazem sentido para a pessoa que está recebendo.

Mas, se o mundo é digital e o consumidor está do outro lado da tela quase 100% do tempo, como uma marca consegue criar conexão com ele sem invadir seu espaço e sem se tornar chata? A resposta é simples: tornando-se relevante e interessante. Mas isso pode ser um pouco subjetivo, uma vez que o que é interessante para um cliente, pode não ser para outro, ou pior, o que chama atenção de uma pessoa hoje, pode passar despercebido por ela mesma amanhã.

Para facilitar a vida dos estrategistas de marketing, aqui estão cinco dicas para tornar a comunicação envolvente, manter o consumidor engajado e, claro, gerar mais vendas.

#1 - Pense primeiro no cliente. De verdade! - é comum que profissionais de marketing e vendas invistam muito do seu tempo falando sobre os benefícios dos seus produtos, mas aí eles deixam de fazer uma coisa muito importante para o sucesso nas vendas: ouvir. Ao conhecer o cliente, a marca consegue encaixar o seu produto na realidade do consumidor, criando, assim, conexão e desejo de compra.

#2 - Use dados para enriquecer a jornada de compra - essa dica todos os profissionais envolvidos no processo de captação de novos clientes conhecem muito bem. A ideia aqui é rastrear o caminho feito pelo comprador, abrangendo desde o momento em que ele faz busca por produtos, seu comportamento nas páginas, meios de pagamento utilizados e até a recorrência de compra. Com essas informações em mãos, as marcas são capazes de se posicionar estrategicamente na tomada de decisão do consumidor.

#3 - Cuidado com canais pessoais - os canais usados pelos clientes para conversar com amigos e família podem não ser os mais adequados para uma abordagem de venda, uma vez que o usuário tende a se sentir invadido. Buscar canais alternativos, como o RCS, por exemplo, é uma saída inteligente. O RCS é o novo canal de mensagens do Google que possui todos os recursos necessários para criar engajamento, como envio de fotos e links para compra, mas ao mesmo tempo, mantém a impessoalidade necessária para não invadir o espaço do cliente, uma vez que ele utiliza o aplicativo de mensagem nativo do smartphone.

#4 - Atenção aos detalhes – a automação de marketing permite a personalização de mensagens, mas ela não substitui a necessidade de que a equipe de marketing conheça cada vez mais os compradores dos seus produtos para criar ofertas que façam sentido para eles. Os cuidados aqui são vários, como por exemplo: não enviar mensagem sem nome, não enviar conteúdo inadequado para aquele cliente, uma oferta de produto que ele já tenha comprado, ou até mensagens com erros de português.

#5 - Saiba a hora de sair de cena - essa dica, talvez, seja um dos pontos mais sensíveis durante a jornada da venda, afinal, sempre temos a esperança de que aquele lead ou cliente realize a compra. Saber ler as entrelinhas e entender quando está sendo inconveniente, exige olhar atento, mas é um fator que contribui muito para o relacionamento entre empresa e comprador. Pode ser que a pessoa que está sendo abordada ainda não esteja preparada para a compra, mas fará isso no futuro. Se ela considerar a empresa ou vendedor invasivo, ela provavelmente não voltará.

Para manter uma empresa em crescimento contínuo, é preciso estar atento ao cliente, conhecer seu comportamento e desejos. Porém, é primordial estar a par das mudanças do mercado. Nós, profissionais de marketing, devemos manter o olhar e mente abertos a novas estratégias, novos canais e novos jeitos de encantar pessoas. Só assim conseguiremos gerar resultados, sem sermos chatos.

 

Larissa Lopes - Head de Marketing da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

A situação atual em relação aos crimes contra as mulheres no futebol


O mundo do futebol, apesar de sua paixão global e sua capacidade de unir pessoas, enfrenta um problema profundo e perturbador: os crimes contra as mulheres no esporte. Nos últimos anos, temos assistido a um aumento alarmante nos casos de violência, assédio e abuso sexual contra mulheres que estão envolvidas de alguma forma com o futebol. Isso nos leva a uma reflexão necessária: está se tornando ou sempre foi assim?

 

A situação atual em relação aos crimes contra as mulheres no futebol é preocupante. Nos últimos anos, temos visto um aumento significativo no número de casos de violência, assédio e abuso sexual envolvendo mulheres no ambiente do futebol. Episódios como os cometidos por Daniel Alves e Robinho são resultado de uma combinação de fatores, incluindo a cultura machista que ainda prevalece no esporte, a falta de conscientização e a impunidade. A cultura de machismo que permeia o futebol muitas vezes resulta em uma atmosfera hostil para as mulheres, onde sua segurança e dignidade são postas em risco.

 

Principais crimes cometidos no meio

 

Os principais tipos de crimes que as mulheres enfrentam no ambiente do futebol são a violência doméstica e familiar, o assédio sexual e o abuso sexual. A violência doméstica e familiar é o tipo mais comum, recentemente destacada pela agressão do jogador Antony, ocorre quando o agressor é um parceiro, ex-parceiro ou familiar da mulher. O assédio sexual acontece quando uma mulher é submetida a investidas sexuais indesejadas, como toques, insinuações ou comentários obscenos. Já o abuso sexual ocorre quando uma mulher é forçada a ter relações sexuais ou a praticar atos sexuais contra a sua vontade.

 

A origem histórica da problemática dos crimes contra as mulheres no futebol está intrinsecamente relacionada à cultura machista que ainda prevalece no esporte. O futebol, historicamente dominado por homens, perpetuou uma mentalidade sexista que marginalizou e subjugou as mulheres. Essa cultura machista pode levar a comportamentos violentos e abusivos contra as mulheres, criando um ambiente propício para a ocorrência desses crimes.

 

Lutas por avanços 

 

Felizmente, várias medidas têm sido tomadas pelas autoridades esportivas, clubes e organizações para combater esses crimes. Entre as medidas mais importantes estão a criação de políticas e diretrizes para prevenir e punir a violência contra as mulheres, a realização de campanhas de conscientização sobre o problema e o fornecimento de apoio às vítimas. É essencial que o futebol assuma a responsabilidade de proteger as mulheres e criar um ambiente seguro.

 

A cultura do futebol pode influenciar e perpetuar esses comportamentos de várias maneiras. A pressão pela vitória a qualquer custo pode levar a comportamentos agressivos e violentos em campo, refletindo-se também fora das quatro linhas. Além disso, a cultura da masculinidade tóxica no esporte pode levar os homens a acreditar que têm o direito de controlar e abusar das mulheres. É fundamental desafiar esses estereótipos prejudiciais e promover uma cultura mais inclusiva e respeitosa no futebol.

 

As mulheres que desejam denunciar crimes contra elas no mundo do futebol enfrentam diversos desafios, incluindo o medo de represálias por parte do agressor, a falta de apoio de clubes e organizações esportivas e a dificuldade de comprovar os crimes. Esses obstáculos tornam crucial o desenvolvimento de sistemas de denúncia seguros e o fornecimento de apoio às vítimas.

 

Papel dos clubes e das organizações para um futebol mais seguro

 

Existem alguns exemplos de sucesso em lidar com o problema dos crimes contra as mulheres no esporte. A FIFA, por exemplo, adotou uma política de tolerância zero com a violência contra as mulheres, mostrando um compromisso claro com a erradicação desse problema. Além disso, alguns clubes e organizações esportivas têm implementado programas de conscientização e apoio às vítimas, mostrando que é possível promover mudanças positivas.

 

Para que o futebol seja um espaço seguro para mulheres, é imperativo que elas estejam envolvidas nas decisões do esporte. Hoje as mulheres representam apenas 2% das diretoras de times. Isso impacta na forma como o futebol trata as mulheres dentro e fora dos gramados.

 

A conscientização é crucial para combater os crimes contra as mulheres no futebol. Jogadores, torcedores, dirigentes, árbitros e todos os envolvidos devem entender que a violência contra as mulheres é um problema sério e que deve ser combatido. É por meio da educação e da mudança cultural que podemos criar um ambiente mais seguro e inclusivo para as mulheres no mundo do futebol.

 

Trabalhar juntos é fundamental para criar um ambiente mais seguro e inclusivo para as mulheres no mundo do futebol. Isso envolve promover a conscientização sobre o problema, oferecer apoio às vítimas e criar políticas e diretrizes sólidas para prevenir e punir a violência contra as mulheres. Todos os envolvidos no futebol têm um papel a desempenhar nessa missão.

 

As redes sociais e a mídia têm um papel importante na disseminação desse problema, mas também podem ser ferramentas poderosas na luta contra a violência e no apoio às vítimas. Elas podem ser usadas para denunciar crimes, conscientizar sobre o problema e promover uma mudança cultural positiva, colocando pressão sobre as organizações esportivas para agirem de forma responsável.

 

As organizações esportivas têm um papel central na promoção de uma mudança cultural positiva para combater esses crimes. Isso inclui a adoção de políticas e diretrizes claras e rigorosas contra a violência contra as mulheres, a realização de campanhas de conscientização e educação, e o oferecimento de treinamento e apoio aos funcionários e voluntários. É responsabilidade de todos trabalhar em conjunto para garantir um ambiente seguro e inclusivo para as mulheres no futebol.

 

Gabriela Sabino -- Assessora de Desenvolvimento de Políticas Públicas de Relação Porto-Cidade no Ministério de Portos e Aeroportos e foi coordenadora do processo participativo de revisão do plano diretor de São Paulo.


Ascensão de um direito à conexão no ambiente de trabalho?

O Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) foi palco, na manhã do último dia 3 de outubro, de uma atípica manifestação de trabalhadores terceirizados, que protestaram contra a proibição de celulares nas áreas de carga e descarga dos terminais. A paralisação provocou atrasos nas chegadas e saídas dos voos, criando mais um transtorno para a população que sofreu a paralisação de trens e metrôs na cidade de São Paulo. 

Em resumo, os trabalhadores questionam a proibição do uso de aparelhos celulares em certas áreas internas do aeroporto, lançada pela Receita Federal, a partir do caso da troca dolosa de bagagens de duas brasileiras que acabaram sendo presas na Alemanha. Os manifestantes alegam que perderam a conexão com seus familiares e que a proibição reflete uma “ditadura” imperando no aeroporto.

A partir desta atípica manifestação, uma reflexão deve ser feita, a respeito de uma possível ascensão de um “direito à conexão”, em contraponto ao “direito à desconexão”. 

Com o advento de meios telemáticos cada vez mais acessíveis e práticos, a exemplo dos smartphones, em que tudo e todos constam na palma da mão, como uma extensão do corpo humano, a sociedade se torna hiperconectada, instantânea, confundindo os espaços do trabalho, da casa e do lazer, sendo “tudo ao mesmo tempo agora”, como diriam os roqueiros da banda Titãs.

Há pouco mais de duas décadas, um trabalhador deixava o espaço da sua casa, deslocava-se pela cidade para o espaço do trabalho e, nas horas vagas e de ócio, frequentava o espaço do lazer. 

Em tempos atuais de avultamento do teletrabalho, defende-se, por um lado, um “direito à desconexão”, para que o empregado possa se desconectar do serviço, material e imaterialmente, para poder usufruir da folga e do repouso, não levando o trabalho para o espaço (e o tempo) da casa nem do lazer. 

O que se viu na manifestação do Aeroporto de Guarulhos, por outro lado, é levar os espaços da casa e do lazer para o espaço do trabalho, por meio da conexão do smartphone, movimento que faz parecer emergir um novo direito da classe trabalhadora, o de estar conectada, simultaneamente, com o não trabalho. 

A ponderação entre os vários valores a serem defendidos com a legítima medida de proibição do uso de celulares no ambiente de trabalho, como segurança e integridade, deve ser mediada com o desejo da classe de estar conectada e de não estar excluída da vida social. Valem o alerta e a reflexão. 

Eduardo Pragmácio Filho - advogado, doutor em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pesquisador do Getrab-USP, sócio do escritório Furtado Pragmácio Advogados, membro da Academia Brasileira de Direito do Trabalho.

 

Kaspersky descobre golpe que redireciona transferências PIX e que já tentou atacar quase 6 mil vítimas em 2023

 Novo esquema é uma evolução do conhecido Golpe da Mão Fantasma, a diferença é a automação do golpe – que permite que o roubo ocorra mesmo quando o criminoso está dormindo ou na praia


Uma investigação dos especialistas da Kaspersky no Brasil revelou um novo tipo de golpe financeiro que consegue redirecionar uma transferência PIX. Classificado como a evolução do conhecido esquema da “Mão Fantasma”, ele realiza fraudes bancárias no celular da própria vítima de maneira automática devido a adoção da técnica ATS (sigla em inglês para Automated Transfer System). A empresa de cibersegurança já detectou mais de 6.300 ataques desse tipo desde janeiro de 2023, e este golpe é o segundo mais bloqueado no país. Confira dicas para se proteger contra essa nova ameaça.

O Brasil já é o país mais atacado por trojan bancário (desktop) no mundo e já é o quinto quando leva-se em consideração apenas esses golpes no celular. O Panorama de Ameaças de 2023 da Kaspersky reforça ainda a tendência identificada em 2022 que coloca o malware financeiro de origem brasileira como o principais responsável pelas fraudes bancárias no Brasil e na América Latina – e eles ainda ganham cada vez mais notoriedade no âmbito internacional.

Essa referência global se reflete na criação de novos golpes financeiros, sendo o bloqueio de pagamentos com cartão de crédito sem contato, o golpe da mão fantasma e o redirecionamento do PIX exemplos das inovações recentes do cibercrime brasileiro. A primeira família de trojan bancário para celular usando a automação foi identificada em dezembro de 2012 e, de lá para cá, já foram registradas um total de 7 famílias de trojans bancários usando a técnica ATS. Entre os grupos mais ativos, está o malware BRats, que é o 2º ameaça mais detectada no Brasil com 2.100 bloqueios entre janeiro e setembro deste ano.

Como o golpe começa?
Os criminosos precisam infectar o celular das vítimas com o trojan bancário para realizar a fraude. Para isso, a investigação identificou app de jogos servindo como disfarce. Para motivar as vítimas a baixá-lo, ainda era oferecido prêmios. Porém, os especialistas alertam que qualquer app popular pode servir como disfarce, além de que esses apps falsos estarão (na maioria das vezes) fora das lojas oficiais.

Uma vez instalado, o trojan bancário solicitará a permissão de acessibilidade – que é uma ferramenta presente em todos os celulares Android que permitem que pessoas com deficiência física usem o dispositivo. Para convencer a pessoa a autorizar essa permissão, o vírus mostra uma mensagem de “atualização” necessária do app falso – ela será apresentada até que a vítima aceite. Essa etapa é essencial, pois o golpe não ocorrerá sem ela.

Como ocorre o redirecionamento do PIX?
“Dizer que o novo golpe redireciona o PIX é uma maneira simples de explicar como a fraude ocorre. Como muitas pessoas usam a digital ou o reconhecimento facial para autenticar uma transferência bancária, o malware que usa a técnica do ATS espera a vítima acessar o app do banco para atuar”, explica Fabio Marenghi, analista sênior da Kaspersky no Brasil.

“Quando um PIX é feito, o malware ATS irá bloquear a tela na etapa “processando transferência”. Enquanto a pessoa espera, o vírus vai clicar em “voltar” e alterar o destinatário e o valor da transferência. Essa troca ocorre rapidamente, justamente porquê todo o processo foi automatizado. Quando a tela retorna para o correntista colocar a senha, a troca foi feita. Por isso a sensação de que há o redirecionamento”, completa.

O especialista esclarece ainda que o malware tem a capacidade de realizar a fraude enquanto o celular está com a tela desligada. A preferência pelo “redirecionamento” é apenas uma forma mais simples para burlar a autenticação biométrica. Outro detalhe importante é a maneira que a transferência ocorre: via PIX. Esse método é usado por ser instantâneo, porém o malware pode realizar transferências entre contas da mesma instituição bancária ou usar outros métodos (como via TED ou TEF).

Rápido crescimento
O ranking da Kaspersky mostra a família de trojan bancário para celular Banbra como a mais popular no Brasil, com mais de 2.500 bloqueios neste ano. Mas o analista da empresa chama atenção para um detalhe importante: o golpe da mão fantasma existe há cinco anos – já as novas famílias de trojans que automatizam a fraude é a técnica mais usada em apenas 9 meses.

“A mão fantasma é um golpe em que o criminoso realiza manualmente a fraude. Quando se automatiza a tarefa, o criminoso pode focar 100% do seu “trabalho” na infecção de novas vítimas – só nisso é possível aumentar os lucros. Outro ponto importante, é que – quando o criminoso está dormindo ou decidir ir com a família para a praia no fim de semana, ele perde. Com o malware ATS, todas as oportunidades serão aproveitadas, pois o vírus faz todo o trabalho. Esses dois pontos-críticos justificam como esse novo golpe cresceu tão rápido”, explica Marenghi.

Para evitar ser vítima desse golpe, os especialistas da Kaspersky recomendam:

  • Baixe apps apenas da loja oficial: apesar de existirem app maliciosos nelas, a chance é muito menor de ser enganado. Sem falar que as empresas removem o app malicioso, dando mais trabalho para o criminoso. Já as lojas não-oficiais não têm o mesmo cuidado – sem falar que o site pode ser falso.
  • Nunca dê a permissão de acessibilidade: todos os trojans bancários modernos precisam dessa autorização para funcionar. Por outro lado, essa funcionalidade só é necessária caso a pessoa tenha alguma limitação física. Em outras palavras, se um app pedir essa autorização, há grandes chances de ser golpe. Fique atento!
  • Habilite a autenticação de dois fatores (2FA): proteja suas contas online, especialmente aquelas vinculadas a métodos de pagamento, com 2FA.
  • Use a solução de segurança: uma solução de segurança de qualidade, como o Kaspersky Premium, impedirá tanto o acesso do site falso onde se baixo o trojan bancário quanto sua instalação. Não dê bobeira e proteja o celular da mesma forma que o computador ou notebook.

Para se manter atualizado sobre novos golpes e como se proteger, siga o blog da Kaspersky.

 

Kaspersky

https://www.kaspersky.com.br/

 

domingo, 8 de outubro de 2023

Confira as dicas para cuidar da pele dos pequenos para o Dia das Crianças

 Especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia explica o assunto 

 

No próximo dia 12 de outubro, comemoramos o Dia das Crianças. E claro que não pode faltar muita brincadeira e festa nesta data tão especial. E para quem vai brincar ao ar livre os cuidados com a pele dos pequenos devem ser redobrados. Segundo Laura Serpa, dermatologista especialista em pediatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, algumas ações simples fazem toda a diferença para proteger a pele dos pequenos também no dia a dia.  

Um produto fundamental que não pode faltar na bolsa dos pais é o repelente. Para quem gosta de brincar e se divertir em parques ou viajar para regiões com muita vegetação e cachoeiras, o repelente garante proteção contra picadas de insetos e evita alergias. Camisas de mangas longas e calça compridas também são recomendadas. De acordo com a Dr. Laura, dependendo da região, o mosqueteiro também é um item indispensável. A especialista ressalta que o repelente só pode ser usado a partir dos 3 meses de idade:  

— É Importante lembrar que ele deve ser usado depois dos 3 meses de idade e após o uso do protetor solar, para que funcione de forma satisfatória.   

E falando em protetor solar, o uso antes dos 6 meses de vida é proibido. Para evitar queimaduras até essa idade, o recomendando é não deixar o bebê exposto ao sol e abusar do uso de chapéus e roupas.  

— Depois dos 6 meses, é fundamental utilizar filtro solar infantil com fator de proteção mínimo de 30, que deve ser usado de acordo com o tom de pele da criança. A reaplicação deve ocorrer a cada duas horas — orienta a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.  

De acordo com a Dra. Laura, A pele dos pequenos requer cuidados específicos. E a recomendação vale até sobre algo bem simples do cotidiano: banho. Ela destaca que banhos muitos quentes e demorados devem ser evitados, e os sabonetes usados devem ser suaves e específicos para o público infantil:  

— A pele deve ser hidratada com o uso de loções ou cremes suaves e sem fragrâncias logo após o banho. 

Há ainda orientações para o vestuário da criançada:   

— Prefiram vestir as crianças com roupas leves e de algodão. Tecidos sintéticos e ásperos podem causar irritações, pois a pele de eles é sensível. A pele da criança requer cuidados particulares.  

A Dr. Laura ressalta ainda que em casos de erupções na pele, manchas ou alergias, a consulta ao dermatologista é indispensável para um diagnóstico e tratamento adequado.   


Conheça hábitos diários que prejudicam a saúde da pele

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 Especialista detalha cada um deles e dá dicas de como manter uma rotina mais saudável


A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha um papel fundamental na saúde e bem-estar. No entanto, muitas pessoas cometem alguns hábitos diários que podem fazer muito mal para a saúde cutânea. Para ajudar a entender esses hábitos prejudiciais e aprender a manter uma rotina mais saudável, a biomédica esteta, Michele Camargo, explica alguns deles:


Exposição excessiva ao Sol: um dos maiores vilões para a pele é a exposição excessiva ao sol. Os raios ultravioletas podem causar danos significativos, como envelhecimento prematuro e aumento do risco de câncer de pele. A dica da especialista é usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, e evitar a exposição direta ao sol durante as horas mais quentes do dia.


Fumar: o tabagismo é terrível para a pele, pois reduz o fluxo sanguíneo para a epiderme, causando enrugamento e pele opaca. Além disso, fumar diminui a produção de colágeno, o que leva à perda de elasticidade. A dica é parar de fumar o quanto antes, para benefícios imediatos para a pele e para a saúde em geral, por isso, é necessário o acompanhamento médico além da prática de exercícios físicos.


Dormir com maquiagem: ir para a cama sem remover a maquiagem é um erro comum que pode obstruir os poros, causar acne e acelerar o envelhecimento da pele. Certifique-se de remover completamente a maquiagem antes de dormir e seguir com uma rotina de cuidados com a pele, como limpeza, tonificação e hidratação.


Alimentação não saudável: o que você come afeta diretamente a saúde da sua pele. Uma dieta rica em açúcares e alimentos processados pode levar ao surgimento de espinhas e à inflamação da pele. Opte por uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras e água para manter a pele saudável e radiante.


Não hidratar adequadamente: a desidratação é um grande inimigo da pele. Se você não está bebendo água suficiente, sua pele pode ficar seca, áspera e sem brilho. A especialista Michele Camargo recomenda beber pelo menos oito copos de água por dia e usar um hidratante adequado ao seu tipo de pele.


Stress excessivo: o stress crônico pode levar a problemas de pele, como acne e psoríase. Encontrar maneiras de gerenciar o stress, como meditar, praticar ioga ou simplesmente reservar um tempo para relaxar com você mesmo, pode melhorar significativamente a saúde da sua pele.


Não dormir o suficiente: a falta de sono prejudica a capacidade da pele de se regenerar durante a noite. O sono insuficiente pode resultar em olheiras, pele pálida e falta de viço. Tente estabelecer uma rotina de sono adequada, dormindo de 7 a 9 horas por noite.

  

Michele Camargo - Biomédica Esteta formada pelo Centro Universitário UniFECAF (CRBM: 52710) e Técnica em Estética e Cosmetologia. Pós-graduanda na Skinacademy. É membro efetivo do Conselho Regional de Biomedicina – 1ª Região. No Instituto Michele Camargo, a especialista realiza todos os procedimentos corporais e faciais além de oferecer um espaço com centro de aperfeiçoamento e treinamento para profissionais da área com cursos voltados ao setor de estética, com alunos no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Inglaterra e Itália.


10 hábitos para colocar em prática e emagrecer de forma saudável

Já estamos no último trimestre do ano, e para muitas pessoas bate aquela angústia por não ter conseguido cumprir com a promessa de emagrecer e ter um estilo de vida mais saudável. 

Um dos nossos maiores erros é ficarmos focando apenas no resultado e deixar a desejar os movimentos diários do progresso. Pensando nisso, Igor Gomes, analista corporal com múltiplas certificações em emagrecimento, preparou 10 hábitos para colocar em prática e emagrecer de forma saudável:

 

1 - Comece as refeições com alimentos crus, por exemplo, saladas e coma com calma, pois em torno de 16 min é que será liberado hormônios para saciedade e comerá menos a próxima refeição.

 

2 - Mastigue bem os alimentos, além de dar ao sistema nervoso o tempo saudável para liberação de hormônios da saciedade, a boa digestão começa na mastigação, quanto mais pastoso descer o alimento para o estômago melhor é a digestão.

 

3 - Evite TV ou celular ao comer, sua mente não se concentra quando assiste algo comendo e evita a liberação dos hormônios necessários para saciedade comprometendo as duas ações anteriores.

 

4 - Evite depreciar seu corpo ou alguma parte específica dele, pensamentos negativos, depreciativos sobre nosso corpo podem liberar hormônios do estresse, como cortisol que está relacionado a acúmulo de gordura abdominal.

 

5 - Crie âncoras para lembrá-la do que é mais importante. Você pode desenhar uma estrelinha no dorso da mão, por exemplo, e olhar para ela sempre que estiver ansiosa ou prestes a cair em tentação diante de compulsões.

 

6 - Tire o foco do resultado - esqueça metas, apenas se concentre em fazer o básico bem feito, todos os dias, pois o resultado é o empilhamento de micro vitórias diárias e será inevitável o seu sucesso.

 

7 - Efeito paralelo - Um hábito sempre vem acompanhado, então foque, por exemplo, em fazer sua caminhada todos os dias, e consequentemente irá perceber uma melhora na sua alimentação, na sua hidratação.

 

8 - Se atente ao seu ambiente - sentir-se sozinha em um ambiente social, mesmo que repleto de pessoas pode te levar a comer além do necessário para suprir esse vazio emocional. Não compareça porque eles querem e sim porque você se sente bem.

 

9 - O choro pode engordar mais que comida. Evite segurar o choro ou engolir sapo, pois vai te engordar o que você evitar por pra fora. Tenha companhias que te permitam ser quem você é. Quando precisar chorar, chore!

 

10 - Ame a si mesma para amar o próximo. Quanto mais cuidar de si mesma, amar-se, melhor você vai ser para as pessoas a sua volta e não o contrário.

“Pare de focar no peso ideal e faça todos os dias o básico bem feito e celebre esses pequenos avanços”, finaliza. 



Igor Gomes - Analista Corporal
@institutoigorgomes
https://itig.com.br/


Além da longevidade: conheça os segredos do óleo de oliva para a saúde da pele


Especialista explica os benefícios deste ingrediente, utilizado há milhares de anos, como 'fonte de beleza e juventude'


Todos os alimentos e ingredientes que ingerimos produzem algum efeito no nosso organismo, podendo ser positivo ou negativo. E a pele é um dos principais órgãos do corpo que funciona como ‘termômetro’ com relação ao que estamos absorvendo por meio da alimentação. E se tem um ingrediente que, desde a Grécia antiga, é considerado como ‘fonte de beleza e juventude’, este ingrediente é o óleo de oliva.

“Na época, ainda sem todas os estudos e comprovações científicas que temos hoje, o óleo de oliva já era utilizado pela Cleópatra para cuidar de sua beleza. Ou seja, era algo que trazia resultados visíveis, mesmo que os povos antigos não tivessem acesso ou conhecimento sobre os benefícios dos compostos neste ingrediente”, explica Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e professor especialista em cosmetologia.

Países da região do Mar Mediterrâneo, como Itália e Grécia, usam o óleo de oliva de forma abundante em todas as suas refeições. “Um bom óleo de oliva italiano, extravirgem, contém até 22 tipos diferentes de polifenóis, que são os mais potentes antioxidantes, clareadores, protetores de DNA, protetores de colágeno, ácido hialurônico e anti-idade pró-longevidade que existe. Por este motivo, dizemos que ele é o segredo da longevidade dos povos que fazem a dieta do Mediterrâneo, especialmente, aqueles que vivem na Zona Azul de longevidade da Sardenha, na Itália”, ressalta o especialista.


Benefícios do óleo de oliva para a pele

E para esclarecer melhor sobre como o consumo do óleo de oliva pode ser benéfico além da longevidade que ele pode proporcionar, Dr. Maurizio Pupo destaca alguns dos principais benefícios deste ingrediente para a saúde da pele.

  • Antioxidantes: como falado acima, o óleo de oliva é extremamente rico em antioxidantes, como a vitamina A e E, que combatem os radicais livres e, consequentemente, combatem o envelhecimento da pele.
  • Ação anti-inflamatória: com propriedades antibacterianas e antifúngicas, o óleo de oliva ajuda a eliminar processos inflamatórios no organismo, prevenindo doenças como úlcera e câncer gástrico, além de atuar no tratamento de psoríase, eczema e dermatite atópica.
  • Ação hidratante: o ingrediente ainda possui propriedades hidrófilas, ou seja: criam uma barreira protetora sobre a pele, capaz de contribuir com a regeneração, hidratação e nutrição da pele, além de fornecer uma limpeza natural dos poros.
  • Cicatrizes e feridas: suas propriedades auxiliam no fortalecimento dos nossos tecidos e, desta forma, o óleo de oliva é um ótimo ingrediente para melhorar processos de cicatrização.
  • Elimina toxinas: além de combater os radicais lives, o óleo de oliva ainda é um ótimo aliado para eliminar substâncias que prejudicam o nosso organismo, como gorduras ruins. Desta forma, o ingrediente contribui ainda com a perda de peso e com uma aparência mais saudável e viçosa para a pele.
  • Ameniza as rugas e linhas de expressão: uma das propriedades do óleo de oliva atua no alívio das tensões musculares, inclusive, as faciais. Desta forma, com a musculatura mais relaxada, os vincos causados por estresse serão beneficiados e o rosto ficará com um aspecto descansado e com mais vitalidade.

“É claro que ainda vale mencionar que, além desses benefícios para a pele, o óleo de oliva também é um ótimo aliado para a saúde das unhas e cabelos. Sendo assim, em um único ingrediente, temos praticamente um combo completo de benefícios para a saúde do corpo todo”, diz o farmacêutico.

“E o melhor de tudo: óleo de oliva além de fazer bem, ainda é um ingrediente extremamente saboroso e que pode ser utilizado em diversos pratos, tanto para cozinhar, quanto na salada e até na confecção de pães. E isso facilita ainda mais para inserir o óleo de oliva nas nossas refeições diárias e, desta forma, se beneficiar de todas as suas propriedades sem precisar de nenhuma ‘receita milagrosa’ para isso”, finaliza Dr. Maurizio.


Dr. Maurizio Pupo- farmacêutico ítalo brasileiro, pesquisador e professor especialista em cosmetologia. É autor de vários livros na área cosmética como: Tratado de Fotoproteção, Luz Azul | Luz Visível e Impactos na Dermatologia, DIFENDIOX® OPP’s Antioxidantes Biologicamente Ativos e Estabilizados em Sistema Hydromicelar, entre outros. Além disso, é CEO e responsável pelo desenvolvimento dos produtos marca de dermocosméticos ADA TINA.


Cirurgia plástica influenciada por comentários maldosos, principalmente pela internet: até quando vamos aceitar?

 

É grande o número de pessoas que buscam um procedimento, não para melhorar sua autoestima, mas porque estão cansadas do bullying

 

A atriz e campeã do BBB 18, Gleici Damasceno, revelou recentemente em entrevista que fez rinoplastia, plástica para modificar a aparência do nariz, motivada por um comentário maldoso que recebeu pela internet.

O fato é muito mais comum e influencia muito mais decisões para realizar uma cirurgia plástica do que se pode imaginar. A médica Patrícia Marques, especialista em frontoplastia - cirurgia de redução de testa - com quase 700 procedimentos realizados, conta que muitas pessoas chegam ao consultório traumatizadas, tanto pelo que ouviram de chacotas na infância, quanto pelo desconforto atual em prender o cabelo, molhá-los, evitando mar ou piscina, e até mesmo vento no rosto. “Sim, este é um problema comum, recorrente e precisamos falar sobre ele. É completamente possível deixar este incômodo para trás, mas isso só deve ser feito quando o próprio caminho é respeitado, quando as decisões são conscientes e baseadas no amor próprio”, diz. 

Segundo o Google Trends, o termo “frontoplastia preço” cresceu na busca mais de 90% nos últimos 90 dias em relação ao período anterior. Na era das selfies e das videoconferências, outras cirurgias que a procura cresce a cada ano são a rinoplastia e a otoplastia (para suavizar o nariz e as orelhas). 

A especialista conta que outro fato comum no consultório é a falta de apoio que esses pacientes recebem de amigos e familiares, pois quando decidem colocar prótese de silicone ou fazer uma lipoaspiração, por exemplo, eles até ouvem que não precisam, que já são bonitos, mas ninguém se posiciona contra. Agora, quando se trata de uma frontoplastia, os conselhos se tornam mais severos, a família é contra de uma maneira muito mais contundente. “Essas pessoas sofrem duplamente, primeiro com o que ouvem a vida inteira e depois por essa falta de apoio quando decidem mudar. Talvez seja falta de informação, é verdade, mas esse acolhimento faz muita falta”, revela Marques.

A especialista reforça que a decisão de fazer uma cirurgia plástica não deve se basear no que os outros dizem, muitos menos no que fazem ou para copiar ou agradar alguém. Todo procedimento cirúrgico envolve riscos como o de infecção, sangramento, abertura de pontos, acúmulo de líquido, alergias e irritações cutâneas. A insatisfação com a aparência pode afetar significativamente a autoestima e a qualidade de vida de uma pessoa, mas, para algumas, a redução da testa, a “correção” do nariz ou das orelhas não são suficientes porque a harmonia física e a emocional caminham juntas. “É preciso cuidar da parte interna tanto quanto da externa. Por isso que eu ofereço acompanhamento psicológico aos meus pacientes, porque o apoio emocional e o cuidado com a saúde mental são fundamentais para que o resultado da cirurgia seja ainda mais satisfatório e duradouro”, finaliza a médica.



Patrícia Marques - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA. É referência nacional em frontoplastia e redução de testa e já transformou a vida de mais de 650 pessoas através das cirurgias realizadas. CRM-SP 146410. Também é tricologista, especialista em medicina capilar.
Instagram: @dra_patricia_marques
https://www.drapatriciamarques.com.br/
Avenida Moema, 300, conjunto 71, Moema, São Paulo/SP
Telefone: (11) 93206-0079

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