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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Setembro Roxo: avanços na pesquisa e tratamento da fibrose cística são destaque em dia nacional de conscientização

No próximo dia 5 de setembro, o Brasil se une para celebrar o Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística

 

A fibrose cística, uma condição genética que impacta principalmente o sistema respiratório e digestivo, é um tema que tem ganhado crescente atenção na área da genética médica. Essa doença hereditária, causada por mutações no gene CFTR, afeta a produção de muco e fluídos no corpo, levando a complicações graves ao longo do tempo. Dados estatísticos apontam que a fibrose cística atinge cerca de 1 em cada 10 mil nascidos vivos no Brasil. O diagnóstico precoce e tratamento adequado são cruciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Nesse contexto, a SBGM reforça seu compromisso em conscientizar e orientar a população sobre essa condição genética, ressaltando a importância de políticas públicas e investimentos em pesquisa.

O médico geneticista e membro da SBGM, Salmo Raskin, salienta que importantes avanços estão ocorrendo no tratamento da fibrose cística nos últimos três anos, decorrentes do desenvolvimento de quase três décadas de medicamentos que pela primeira vez agora são dirigidos para tentar alterar o problema básico da fibrose cística causado pela alteração genética.

“Até três anos atrás existia tratamento para os sinais de sintomas da fibrose cística, que obviamente eram muito úteis para os pacientes, mas não havia medicamentos para tentar fazer com que a proteína que está defeituosa nessas pessoas pudesse voltar a atuar. Essa que é a grande revolução, ou seja, interferir, modular e potencializar a ação da proteína defeituosa produzida nos pacientes. E os resultados têm sido espetaculares, com uma melhora muito importante do quadro clínico do paciente", afirma Raskin.

Para o médico, a expectativa é que esses avanços tragam um impacto significativo na vida dos pacientes com fibrose cística, ampliando a sobrevida e consideravelmente melhorando a qualidade de vida.

“Um exemplo notável é o medicamento Trikafta, recentemente incluído no SUS. Ao administrar esse medicamento aos pacientes, além das melhorias abrangentes que ele proporciona, especialmente em relação ao quadro pulmonar, há indícios de que ele pode reduzir de forma considerável, sem mencionar a eliminação completa, a necessidade de um transplante pulmonar em estágios avançados da doença. Os resultados clínicos observados em pacientes dos Estados Unidos, Europa e até mesmo em alguns casos de pacientes brasileiros que obtiveram acesso por meio de judicialização têm surpreendido os médicos devido à notável eficácia dessa nova geração de medicamentos para fibrose cística. Dessa forma, um novo horizonte se apresenta para aqueles que convivem com essa condição, especialmente para os pacientes mais jovens que ainda não enfrentam complicações pulmonares sérias”, acrescentou.

A fibrose cística é transmitida de forma autossômica recessiva, o que significa que um indivíduo precisa herdar uma cópia defeituosa do gene CFTR de ambos os pais para desenvolver a condição. Portadores saudáveis podem transmitir o gene defeituoso sem apresentar sintomas, o que torna o diagnóstico pré-concepcional de portadores e o Aconselhamento Genético ferramentas essenciais para famílias em risco.

Os sintomas da fibrose cística podem variar amplamente, mas geralmente incluem problemas respiratórios recorrentes, infecções pulmonares frequentes, dificuldade na digestão e absorção de nutrientes, além de impactos no crescimento e desenvolvimento. A condição pode levar a complicações graves ao longo do tempo, afetando a qualidade de vida e a expectativa de vida dos pacientes.

A data de 05 de setembro é o Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, conforme o Ministério da Saúde. Em 08 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Fibrose Cística. Nesta data, em 1989, foi publicada na literatura científica, a descoberta do Gene CFTR.


Marcelo Matusiak


Setembro Amarelo: prevenção ao suicídio começa pelo autoconhecimento

Serviço online de saúde mental do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino permite testes psicológicos gratuitos, desenvolvidos sob bases científicas

 

Uma iniciativa do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), braço científico da Rede D’Or, permite a realização gratuita de testes psicológicos online, desenvolvidos com bases científicas, que pode ser uma ferramenta importante de autoconhecimento para a prevenção do suicídio. 


No Brasil, nos últimos 20 anos, os suicídios subiram de 7 mil para 14 mil ao ano. Ou seja, por dia, 38 pessoas tiram a própria vida (dados do DataSus). 


Os especialistas alertam que é preciso ficar alerta com a saúde mental. Segundo Paulo Mattos, psiquiatra e pesquisador do IDOR que auxiliou no desenvolvimento da plataforma, o que torna o serviço inigualável em relação a outros é o olhar abrangente para a saúde mental, trazendo informações comprovadas cientificamente e oferecendo uma possibilidade de autoconhecimento a partir do uso de escalas validadas que costumam ser cobradas em outros serviços.  


“Os usuários poderão comparar seus resultados em relação a outras pessoas e, ao mesmo tempo, auxiliar no avanço da ciência na área psiquiátrica. Desta forma a jornada de autoconhecimento é um serviço único no país, oferecido ainda de forma totalmente gratuita”, ressalta Mattos. 


 

Testes em 5 etapas

 

 Os desafios dos últimos anos nos mostraram a importância de nos conhecermos melhor, avaliar as nossas metas, valores pessoais, pontos fortes e fracos para enfrentarmos melhor os obstáculos do dia a dia. Por meio da jornada de autoconhecimento será possível realizar testes específicos em cinco diferentes etapas. Essas etapas representam aspectos fundamentais do crescimento pessoal e psicológico. Respondendo aos questionários o usuário recebeautomaticamente resultados personalizados destacando seus pontos fortes e áreas de crescimento.


Na etapa “Personalidade”, por exemplo, é possível explorar, por meio de respostas às questões propostas, como o indivíduo lida com emoções e os seus comportamentos. Já em “Valores” a pessoa consegue saber mais sobre sua filosofia de vida, valores e princípios sobre como viver a vida. Na terceira etapa, “Bem-Estar”, são colocadas questões que permitem verificar como estão o humor, ansiedade, nível de estresse e emoções. A quarta etapa, “Relacionamentos”, possibilita que a pessoa descubra como está seu nível de satisfação com os relacionamentos e como melhorá-los. A quinta e última etapa permite conhecer melhor questões como consciência, habilidades e experiências.


O portal IDOR-Saúde Mental também disponibiliza vídeos sobre atividades que promovem bem-estar e dicas sobre saúde mental e autoconhecimento, dentre outros conteúdos. "A partir dos resultados obtidos por meio dos questionários online da jornada de autoconhecimento, será possível compreender melhor nossas forças e fraquezas pessoais, nosso perfil psicológico, permitindo, assim, planejar as áreas que precisam ser trabalhadas.", diz Paulo Mattos.


"É importante nos autoconhecermos usando as ferramentas da ciência. Ninguém será diagnosticado, mas o novo serviço dará sinais para que a pessoa possa entender, com base em fundamentos científicos, o que acontece com ela e procurar ajuda profissional, se necessário”, afirma o psicólogo Ronald Fischer, que integra a equipe idealizadora do portal de autoconhecimento do IDOR.


Segundo Fischer, os transtornos de ansiedade, pânico e depressão são alguns dos males comuns da atualidade e, na tentativa de amenizar o sofrimento, muitas pessoas buscam informações na internet. Mas é preciso tomar cuidado com supostos “diagnósticos” e dicas encontradas na Internet ou nas redes sociais.

A “Jornada do Autoconhecimento” pode ser acessada por meio do link: https://saudemental.idor.org


Vacinação infantil: dicas para tornar esse momento menos traumático

Pesquisa indica que o medo antecipado está diretamente ligado ao comportamento dos pais durante a vacinação


Pesquisadores da Universidade de York, no Canadá, encontraram uma forte conexão entre o medo antecipado e o comportamento dos pais durante as vacinas infantis. O estudo descobriu que o comportamento passado e presente dos pais é o maior motivo para esse sofrimento. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) afirma que 40% dos adolescentes passam mal em procedimentos com agulhas e a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) acrescenta que, cerca de uma em cada dez pessoas, sofrem em algum nível com o receio de agulhas.

            Segundo a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, algumas dicas podem ajudar muito na hora dos pais lidarem com a vacinação. "É importante conversar sobre a importância da vacinação e, jamais, colocar a vacina como forma de punição. Os pais precisam demonstrar confiança no momento da vacinação, para que esse sentimento reflita nos filhos”, afirma, lembrando que na maioria das vezes o trauma de agulhas vem da infância.

            A especialista lembra que distrações são muito bem-vindas nesse momento. “É possível oferecer leite materno logo após a picada para que os bebês se sintam acolhidos. Vídeos, brinquedos e objetos com música também garantem a distração”, sugere. A Clínica Vacinne disponibiliza também óculos de realidade virtual para tornar esse momento menos estressante. Com essa tecnologia, a criança pode escolher o filme ou desenho de sua preferência e ficar mais tranquila na hora da aplicação. Os óculos podem ser usados também por adultos que apresentam fobia de agulhas.

Kátia lembra que o papel dos pais é enxergar a vacinação com mais tranquilidade e tentar reforçar sobre a importância da imunização, tentando gerar na criança uma consciência maior sobre a saúde e o bem-estar dela e de todos que a cercam. “A ansiedade e o nervosismo, tanto das crianças, quanto dos acompanhantes, torna, muitas vezes, a vacinação mais difícil e ainda aumenta a percepção da dor”, explica. A dica para os pais é não demonstrar pena, tratar a vacinação como algo natural e muito importante para manter a saúde em dia, e estar dos lados dos seus filhos durante a aplicação, para dar suporte para a criança. “Para os pais que também têm medo de agulhas, é possível pensar em outra pessoa de confiança da criança para acompanhar esse momento”, finaliza.


Brasil apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por sepse do mundo

Mais de 80% dos casos de infecção generalizada são contraídos fora do hospital


Dia 13 de setembro é o Dia Mundial da Sepse, uma disfunção orgânica agressivamente letal, decorrente de uma resposta desregulada do hospedeiro frente a uma infecção. Conhecida popularmente como infecção generalizada, a sepse é a maior causa de morte evitável do mundo.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a sepse é uma das doenças que mais mata globalmente: são 11 milhões de vítimas por ano. O Brasil apresenta uma das maiores taxas de mortalidade por sepse no mundo, sendo aproximadamente 240 mil pessoas anualmente. Ainda, segundo o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), a mortalidade no Brasil chega a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%.

Segundo o especialista em bacteriologia e diretor técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski, a sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. “Mesmo infecções comuns, como pneumonia, infecções urinárias, na pele, ou até a meningite, além de outras inúmeras doenças, pode levar a sepse. Mais de 80% das infecções que levam a sepse são contraídas fora do hospital”, alerta.

A doença acomete pessoas com o sistema imunológico fraco. “É importante manter exames atualizados e a carteira de vacinação em dia. Além disso, no dia a dia higienize as mãos com frequência, evite tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca e mantenha os ambientes ventilados, mesmo no inverno”, aconselha.

O LANAC disponibiliza um equipamento de hematologia que realiza o teste CBC/diferencial - primeiro equipamento de Curitiba e RMC que indica infecções graves. O marcador, destinado a pacientes adultos, é aprovado pela Food and Drug Administration (FDA). “O equipamento agiliza esse diagnóstico e fornece o resultado em até 15 minutos, o que garante um tratamento mais assertivo”, afirma. Devido à gravidade, a doença é tratada ao mesmo tempo em que é feita a investigação da infecção. 


Os dilemas do sistema de Saúde

Nos últimos anos, participei em inúmeras reuniões, apresentações e discussões sobre o sistema de saúde brasileiro que revelaram um cenário permeado por dificuldades, distorções e desafios complexos. Infelizmente, muitas vezes essas questões foram abordadas de maneira simplista e tendenciosa, comprometendo a profundidade da compreensão.

Lamentavelmente, esse panorama se estende à assistência à saúde, onde a distância entre a demanda crescente e a capacidade de fornecer cuidados continuamente se amplia. Os recursos limitados disponíveis são frequentemente desperdiçados em investimentos pouco eficazes, agravando ainda mais a situação.

Em um contexto tão intrincado, é crucial reconhecer que cada decisão mal embasada tem o potencial de desencadear consequências catastróficas. Nesse ambiente desafiador, a busca por elementos que reduzam a incerteza nas tomadas de decisão se torna uma necessidade premente. Contudo, a complacência emergiu como uma barreira significativa, minando o senso de urgência, a capacidade de resposta ágil e a velocidade de inovação tão vitais no setor da saúde.

Nesse mundo em constante aceleração, segundo o pensador Kotler, criar um senso de urgência entre os indivíduos é uma parte fundamental da liderança necessária para promover uma mudança organizacional bem-sucedida.

A triste realidade é que a complacência que enraizou no setor de saúde brasileiro gerou consequências profundas para seu desempenho. À medida que o tempo avança, o sistema enfrenta uma escalada progressiva dos problemas, e são os usuários desse sistema que mais sofrem com essa situação alarmante.

Vale ressaltar que diversos países ao redor do mundo estão imersos em discussões acerca da evolução ou construção de sistemas de saúde que estejam alinhados aos princípios fundamentais, tais como: garantir um nível mínimo desejável de qualidade nos serviços, assegurar um acesso sem restrições indevidas, justificável e equitativo, e manter um custo máximo suportável pela sociedade.

Nesse contexto, a urgência no Brasil se concentra na necessidade de harmonizar a assistência à saúde com os três pilares essenciais de sua estrutura: acesso, qualidade e custo. O desafio premente é ajustar esses pilares às necessidades reais dos usuários, otimizando sabiamente os recursos disponíveis.

É importante destacar que um mero aumento nos investimentos em saúde pode não ser suficiente, se não for acompanhado pela abordagem das ineficiências técnicas, produtivas e de alocação de recursos presentes em nosso sistema de saúde.

Por outro lado, é importante reconhecer que é viável construir um sistema de saúde que priorize e valorize as necessidades dos cidadãos. No entanto, tal empreendimento só se concretizará se a busca por interesses individuais ou de grupos restritos for deixada de lado.

Historicamente, os prestadores de serviços de saúde no Brasil têm empregado abordagens diversas e desorganizadas para a divulgação de informações de desempenho e qualidade da assistência. Essa disparidade tem gerado inquietações quanto à confiabilidade, utilidade e possibilidade de comparação desses dados.

O desafio atual reside na criação de diretrizes nacionais que estabeleçam padrões robustos de qualidade, bem como na amplificação da disseminação de informações, com o intuito de criar convergência entre a divulgação e as necessidades reais de saúde das populações atendidas.

Um progresso significativo depende da participação ativa de uma sociedade consciente e de representantes políticos íntegros e comprometidos, capazes de impulsionar essas mudanças tão necessárias para o bem-estar de todos. Este é um passo crucial para garantir um sistema de saúde que não apenas atenda aos princípios essenciais, mas também promova o bem-estar e a confiança de todos os cidadãos.


Mara Machado - CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), que há quase 30 anos capacita pessoas e contribui com as instituições de saúde para reestruturar o sistema de gestão vigente, impulsionar a estratégia de inovação e formar um quadro de coordenação entre todos os atores decisórios.


Análise não invasiva de causa de aborto se mostra efetiva em apontar alterações cromossômica em fetos

O aborto recorrente afeta 1 em cada 100 casais tentando ter um bebê e as anomalias cromossômicas podem ser a causa de aproximadamente 50% dos abortos espontâneos recorrentes. Em artigo publicado na revista científica International Journal of Obstetrics & Gynaecology, pesquisadores da Igenomix Espanha realizaram o estudo não invasivo de causas de aborto que detecta o DNA fetal no sangue materno para avaliar alterações cromossômicas. A análise não invasiva (niPOC) se mostrou efetiva e não inferior ao POC - e superior à análise de cariótipo - em determinar a causa genética do aborto clínico

 

No estudo recém publicado na revista científica BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, intitulado “Non-invasive cell-free DNA-based approach for the diagnosis of clinical miscarriage: A retrospective study”, pesquisadores da Igenomix Espanha analisaram, em coorte retrospectiva, 120 mulheres com perda gestacional entre 2021 e 2022, com amostras coletadas em 24 centros colaboradores, como hospitais e laboratórios de análises genéticas. O objetivo foi avaliar a eficácia do teste de DNA celular livre (cfDNA) como uma abordagem não invasiva para detectar aneuploidias em abortos clínicos. A análise das perdas gestacionais possibilita identificar, por exemplo, se há uma base genética que levou ao aborto e, com isso, avaliar o risco de perdas fetais futuras. 

No estudo, os autores compararam de forma pareada os resultados dos testes genéticos de produto de concepção por análise não invasiva (niPOC), a partir do sangue materno com estudo do cfDNA, com análise invasiva do produto de concepção (POC). Como resultado, não encontraram diferenças significativas entre os métodos invasivos e a análise não invasiva (10,0% [10/120] versus 16,7% [20/120], respectivamente). Os 20 casos não informativos no niPOC foi ocasionado por degradação do cfDNA sugerindo não correspondência da idade gestacional com a parada fetal. Também foi apontada que, das 120 amostras, 90 forneceram um resultado informativo nos grupos POC e niPOC (75%). A análise de cfDNA identificou corretamente as alterações cromossômicas em 85,1% (74/87) dos casos comparado a análise invasiva (excluindo as triploidias). A análise estatística binominal utilizada para determinar a concordância entre os métodos, identificou poucos casos discordantes (14,9% [13/87]) sendo todos do sexo feminino com baixa fração de cfDNA, sugerindo que o sexo fetal foi a única variável que influência a concordância entre os diferentes testes. A análise baseada no cromossomo Y permitiu a reclassificação ideal de cfDNA de fetos masculinos não informativos e uma avaliação precisa do desempenho do teste. Apesar de algumas limitações observadas a sensibilidade e especificidade do niPOC foram de 79,4% e 100%, respectivamente, que favorece o estudo citogenético por essa metodologia”, comenta Amanda Shinzato, bióloga e geneticista da Igenomix Brasil. 

No artigo, também foi ressaltado a importância de coletar amostras de plasma materno antes do material expelido. No entanto, a maioria dos centros colaboradores não registrou essa informação no formulário de requisição de exame. Miguel Milán, Diretor de Diagnóstico Genético Pré-Natal, da Igenomix Espanha, em Valência, afirma que “os resultados do estudo permitiram avaliar a concordância do teste POC não invasivo com o invasivo para seu lançamento na Europa e Oriente Médio. Como próximos passos, outros países com laboratório Igenomix, entre eles o Brasil, estão se preparando para oferecer esta análise”.

Como são feitos os testes para perda fetal - Atualmente, a técnica convencional para estudar o material expelido durante uma perda fetal é o exame de cariótipo (citogenético), que identifica e avalia o tamanho, a estrutura e o número de cromossomos em uma amostra de células do corpo. Esse método requer células vivas para o cultivo celular, portanto, em até 40% dos casos não é possível a obtenção de resultado devido à baixa qualidade da amostra além da contaminação materna ser outro fator que impacta negativamente. Mas existem outros testes mais assertivos. Um deles é o POC (exame molecular), conferindo um processo mais rápido em comparação ao cariótipo de aborto convencional e com resultados obtidos em 99% dos casos. 

O exame POC já é utilizado em muitos laboratórios, porém nesse estudo os pesquisadores utilizam um novo teste chamado de Teste de DNA livre de células para análise POC não invasiva (niPOC). Ele detecta o DNA fetal no sangue materno para avaliar alterações cromossômicas e, apesar das semelhanças, ainda não substitui o exame POC. Por sua vez, os dois são superiores ao exame de cariótipo porque trazem com mais precisão as amostras e são mais rápidos em relação ao cariótipo, que pode levar 30 dias para sair o resultado.  O niPOC ainda não está disponível em nenhum serviço no país. O teste POC é oferecido na Igenomix Brasil. 

Por que analisar tecido fetal após um aborto espontâneo - A importância da investigação do material biológico após a curetagem permite conhecer a possível base genética na perda da gravidez e controlar o risco de perdas fetais futuras. A análise dos fetos permite saber se a causa do aborto foi genética. Aproximadamente metade dos abortos espontâneos são devidos a alterações cromossômicas. As demais causas conhecidas são malformações uterinas, trombofilias, alterações imunológicas e infecções. A literatura médica recomenda que a investigação seja realizada a partir de duas ou mais perdas.

Referência do estudo 

Balaguer N, Rodrigo L, Mateu-Brull E, Campos-Galindo I, Castellón JA, Al-Asmar N, Rubio C, Milán M. Non-invasive cell-free DNA-based approach for the diagnosis of clinical miscarriage: A retrospective study. BJOG. 2023 Aug 2. doi: 10.1111/1471-0528.17629. Disponível em https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1471-0528.17629 

 

Igenomix


Cinco requisitos para atender empresas multinacionais

Em um cenário empresarial fortemente globalizado, as empresas multinacionais desempenham um papel fundamental para o crescimento da economia nacional – sendo o Brasil, hoje, considerado como um dos maiores destinos de investimentos de negócios estrangeiros na América Latina. Considerando este posicionamento estratégico frente ao mercado internacional, saber como atender essa demanda é imprescindível para a atração e fidelização de cada vez mais clientes globais e, com isso, garantir o fortalecimento do negócio em seu segmento.

Segundo um levantamento feito pelo Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro, o Brasil é o sétimo destino mais procurado pelos estrangeiros que querem investir em países emergentes. Em 2022, esses aportes alcançaram a marca dos US$ 90 bilhões, de acordo com o Banco Central, que comprova essa atratividade do mercado nacional.

Para atender as demandas complexas dessas empresas com capital estrangeiro, é fundamental que os profissionais contábeis possuam um conjunto sólido de requisitos fiscais e legais que tragam segurança e eficácia aos clientes. Deles, confira os principais critérios a serem cumpridos pelas empresas de contabilidade:


#1 Qualificação e experiência na rede internacional de serviços: uma empresa de contabilidade que integre uma rede global de serviços, adquire acesso a conhecimentos e recursos em diferentes países, o que é essencial para a compreensão das complexidades das operações dos clientes multinacionais. A combinação desta capacidade, aliada a uma experiência consolidada na área, é fundamental para entender as nuances e desafios específicos, e oferecer soluções pertinentes e eficazes que atendam aos objetivos destas empresas com presença global.


#2 Conhecimento em auditoria independente e estruturas empresariais: o contador deve estar familiarizado com os processos de auditoria independente, incluindo questões como a revisão limitada, full audit e auditoria trimestral, de forma que consiga atender às normas rigorosas de empresas de auditoria renomadas. O mesmo vale para as regras contábeis aplicáveis aos diferentes portes e tipos de estruturas empresariais, incluindo sociedade anônima de capital aberto ou fechado, e limitada. Isso irá fortalecer a confiabilidade dos relatórios financeiros, além de demonstrar a competência da empresa em fornecer informações precisas.


#3 Assessoria em compliance e regimes tributários: ao atender negócios internacionais, é fundamental que haja um cuidado extremo na explicação das questões legais e de compliance pertinentes à matriz no exterior, auxiliando a empresa multinacional a cumprir todas as regulamentações brasileiras. Ainda, considerando os diferentes tipos de regimes tributários do nosso país, as vantagens e desvantagens de cada um deles aplicáveis a cada empresa, conforme o ambiente de negócio de cada uma, precisam estar claramente compreendidos, para que escolham aquele mais benéfico e que faça sentido perante suas operações.


#4 Pontualidade na entrega das prestações contábeis: a entrega de fechamentos contábeis mensais nos primeiros dias do mês subsequente, com precisão e qualidade, é fundamental para manter a transparência nas operações financeiras e para garantir a tranquilidade à matriz no exterior ao consolidar os resultados do grupo. Principalmente, considerando que qualquer atraso ou erro nas informações prestadas, pode ocasionar em problemas na consolidação dos números e na tomada de decisão.


#5 Competência em ERP: efetuar o processamento contábil dentro dos mais renomados sistemas de ERP traz diversos benefícios às empresas, uma vez que todas as suas informações serão registradas em uma única base, sem o uso de softwares paralelos que se faz por meio de integração de arquivos ou redigitação – o que, normalmente, demanda reconciliação entre os sistemas devido a divergências que podem ocorrer, encarecendo o processo. A utilização do ERP permite que todos os envolvidos nessa relação tenham a mesma informação de forma ágil, precisa e transparente.

Atender empresas multinacionais requer uma combinação única de conhecimentos técnicos, habilidades internacionais como o domínio da língua inglesa, e sensibilidade cultural, especialmente, considerando a complexidade e burocracia da legislação nacional.

Por isso, os contadores que tiverem os requisitos mencionados, estarão bem-posicionados para oferecer soluções eficazes e contribuir para o sucesso das operações das empresas multinacionais no Brasil.

 

Claudio Eguchi - sócio e diretor comercial na ECOVIS®BSP.


Lucas Leme - sócio e supervisor de contabilidade na ECOVIS® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Avanço da pobreza e educação falha: desafios urgentes para o país


Fruto da inação de nossos governantes e sob o silêncio obsequioso de intelectuais, entidades de classe e de boa parte da grande mídia, o empobrecimento da população brasileira avança à velocidade estarrecedora. Hoje, os rendimentos dos 1% de cidadãos mais ricos do país correspondem a 34,8 vezes a renda dos 50% dos brasileiros mais pobres, discrepância que, por si só, comprova o fracasso das políticas de distribuição de renda e explicam muito sobre o abismo social que delineia as desigualdades tão marcantes na nação.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2019) e do Instituto Millenium (2023) mostram que o estrato dos 1% mais ricos do país tinham em 2018 (portanto antes da pandemia da Covid-19) renda média de R$ 27.744,00, enquanto os 50% mais pobres receberam R$ 820,00 por mês. Apenas dois anos depois, em 2021, a renda dos mais ricos era de R$ 15.800,00/mês e, a dos mais pobres, R$464,00/mês. Para os abastados, a queda na renda no período foi de 43,05% e a dos brasileiros mais pobres foi ainda um pouco maior: 43,41%.

Se esses valores forem calculados em moeda norte-americana, a queda é bem maior. A renda dos mais ricos caiu 61,95%, de US$ 7.161,11/mês para US$ 2.724,60/mês, tomando-se por base a cotação do dólar em 31 de dezembro dos anos-referência. Para os mais pobres, a queda foi de 62,20%, de US$ 211,66/mês para US$ 80,01/mês.

Obviamente, a queda na renda tem impacto muito maior na vida dos mais pobres do que no cotidiano dos mais ricos.

Hoje, a enorme maioria (de 93 a 94%) da população brasileira com carteira assinada e trabalhadores autônomos tem rendimento mensal bruto inferior a R$ 4.700,00. Para esses, a renda líquida é pouco superior a R$ 3.920,00 por mês.

É triste também a realidade nacional quando olhamos para o rendimento domiciliar per capita – correspondente à renda total da família dividida pelo número de moradores na residência. Em 2022, a média brasileira era de apenas R$1.625,00. Nesse quesito, as maiores rendas estão em três unidades da Federação:  Distrito Federal (R$ 2.913,00/mês), São Paulo (R$ 2.148,00) e Rio Grande do Sul (R$ 2.087,00). Os piores resultados estão nas regiões Norte e Nordeste: Amazonas (R$ 965,00), Alagoas (R$ 935,00) e Maranhão (R$ 814,00).

Dados relativos a 2021 publicados este ano pelo Instituto Millenium torna ainda mais dramático o quadro das desigualdades. Revela que em apenas três estados o grupo dos 1% mais ricos da nação tem renda superior à da média nacional, de R$ 15.800/mês:  Distrito Federal e Rio de Janeiro, ambos com R$ 19.900,00, e São Paulo, com R$ 16.400,00. Rio Grande do Sul (R$ 12.000,00) e Espírito Santo (R$ 11.600,00) vêm em seguida, mas ficam abaixo da média nacional.

Os três estados com pior colocação nesse quesito são Rondônia (R$ 8.100,00), Paraíba (R$ 8.200,00) e Roraima (R$ 8.300). Muitos dos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentam média inferior à metade da média nacional.

Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), publicado em fevereiro de 2023, sobre o coeficiente de Gini no Brasil retrata a piora nesse indicador que mensura a distribuição de renda em um território (quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade social). Em 2017, o índice Gini brasileiro foi de 0,501, no ano seguinte (2018) subiu para 0,509 e, em 2020, foi de 0,543. Ou seja, a desigualdade social segue crescendo.

A enorme concentração de poder e renda explica muito sobre a perpetuação das desigualdades sociais no Brasil. Um quadro agravado graças às poucas oportunidades de trabalho, péssima administração dos recursos públicos, baixa remuneração dos trabalhadores, alta tributação sobre o consumo e baixíssima escolaridade de grande parte dos brasileiros, dentre outros fatores não menos graves.

Não é de se estranhar, portanto, que a população enfrente pobreza e miséria, condições precárias de moradia, aumento dos índices de violência e da falta de segurança pública, além da má qualidade dos serviços públicos de educação e saúde.

A máxima segundo a qual “sem educação não há salvação” vem sendo sistematicamente ignorada nos últimos 20 ou 25 anos pelos governos, sempre eficientes nos discursos, quase nunca assertivos nas ações práticas.

A implantação do ensino em tempo integral ainda patina, apesar de reconhecida como um grande passo para a melhoria da educação. Hoje, o Brasil tem apenas 11,40% dos alunos matriculados em escolas de tempo integral no ensino fundamental I. A evolução é muito lenta: em 2018 eram 11% e em 2022, 11,40%. Nesse ritmo, o Brasil levará 40 anos para atingir a meta de 50% dos alunos nesse tipo de ensino.

Os números são também nada encorajadores no Ensino Fundamental II. São apenas 13,7% em escolas de tempo integral. Em 2018, eram 10,5%. Nesse ritmo, a meta só será alcançada em mais de 13 anos.

O maior passo foi dado no Ensino Médio, com melhora significativa e encorajadora. Eram 10,5% dos alunos matriculados em 2018 e, em 2022, já eram 20,40%. A manutenção desse ritmo assegurará o alcance da meta (50% dos alunos) em poucos anos.

É fundamental para o país a implantação do ensino em tempo integral em todos os níveis e em todo o território nacional. O modelo, já adotado em países desenvolvidos, é absolutamente recomendável. Com ela, a criança que passa o dia na escola fica socialmente protegida e dá tranquilidade às mães que precisam trabalhar fora para sustentar a casa ou auxiliar na renda familiar. O mais importante, no entanto, é que o aluno tem oportunidade de desenvolver suas habilidades e competências que lhe serão muito úteis, mais tarde, em sua vida profissional e no exercício da cidadania. Há ainda reflexos positivos na saúde e na busca exitosa de colocação no mercado de trabalho, com melhores remunerações e qualidade de vida.

O Brasil precisa olhar com mais cuidado o processo de alfabetização das crianças. Hoje, há deficiências graves nessa etapa. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada em 20 de maio, com base em informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que acompanha o processo de alfabetização do 2º ano do ensino básico, a proporção de crianças com dificuldade para ler e escrever dobrou entre 2019 e 2021, saltando de 15,5% para 33,8%. Nesse quadro de horror contemporâneo, portanto, uma em cada três crianças não está sendo adequadamente alfabetizada.

A mesma matéria traz outros indicadores que mostram o enorme fosso entre os discursos políticos e a realidade. Um deles é a avaliação internacional pela qual o Brasil teve uma das piores notas em estudos. Apontou que quatro em cada 10 alunos do 4º ano têm dificuldades para ler.

No mesmo jornal, a jornalista Renata Cafardo escreveu o artigo “Adolescentes que não sabem ler”, no qual demonstra muita preocupação com a existência de adolescentes que chegam ao 6º e até ao 9º (portanto, às portas do ensino médio) sem saber ler e escrever fluentemente. Foi dado o alerta: se nada for feito rapidamente, teremos uma legião de jovens com seus direitos massacrados e uma vida escolar e profissional fadada ao fracasso.

E mais. Aponta percentual elevado de crianças em situação de vulnerabilidade social – fator, inclusive, de evasão escolar – e revela que 70% dos valores disponibilizados para a educação via Fundeb estão comprometidos com folha de pagamentos. Com isso, sobra pouco para as outras necessidades inerentes ao ensino de qualidade, como laboratórios, bibliotecas, etc.

Questão essencial a ser enfrentada com urgência é a baixa remuneração dos professores, desestímulo à carreira, com consequência desastrosa na qualidade de ensino. As remunerações hoje variam de R$ 3.450,00 até R$ 8.151,00 (para quem possui doutorado) bem abaixo de outras profissões.  Em São Paulo, o estado mais rico da Federação e com plano de carreira, a remuneração mensal dos professores varia de R$ 5.000,00 até R$ 13.000,00 (para os que possuem título de doutor), conforme reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 19 de maio de 2022. Para 89% dos professores paulistas, a remuneração dos professores paulistas, em 2021, ficou em R$ 5.000,00 mensais o que significa, na prática, que o piso igualou-se ao teto.

O quadro é agravado pela falta de plano de carreira na maioria dos estados ou mesmo o seu descumprindo onde ele existe. Faltam políticas públicas que incentivem a docência e tratem a educação com a seriedade que o tema merece. É recorrente a falta de concursos públicos e, por isso, quase metade (44,6%) dos professores trabalham amparados por contratos temporários.

Os desafios postos são enormes. O Brasil ressente-se de mais investimentos na infraestrutura das escolas e, principalmente, de melhor formação e capacitação, além da reformulação do currículo escolar para torná-lo mais próximo das demandas modernas e das profissões do futuro.

Para alcançar a meta de ter ao menos 50% dos alunos do ensino fundamental e médio em regime de tempo integral, o Brasil precisaria ampliar a capacidade física das escolas e arcar com os custos adicionais, notadamente com a contratação de mais professores. Talvez seja necessário dobrar os recursos financeiros hoje alocados nas escolas regulares. Entretanto, não se trata de custo, mas de investimento para mudar o patamar da educação nacional.

Sem que haja uma política de Estado profunda e objetiva em relação à Educação, continuarão existindo dois Brasis. Não se trata das desigualdades regionais, seriíssimas, mas de um Brasil de portadores de CPF que cumprem as leis, e de outro Brasil, uma nação dissociada da realidade e na qual governantes e políticos parecem acometidos de surdez coletiva e cegueira conveniente.

É esse segundo Brasil o maior obstáculo para a construção do primeiro, o sonhado, porque é dominado por quem está mais preocupado em manter – ou ampliar – os seus próprios poderes, à custa de mais despesas e maior endividamento público, hoje já ultrapassando R$ 7,5 trilhões e crescendo à ordem de mais de R$ 700 ou R$ 800 bilhões por ano.

O déficit público aumenta de forma irresponsável, ainda que de forma legal, por meio da aprovação de leis aprovadas pelo Congresso Nacional, possibilitando a flexibilização de gastos, controles e autorizações, agora sob a denominação de novo arcabouço fiscal. Nesse cenário, já está sinalizado aumento de gastos autorizados para 2024 de cerca de R$ 40 bilhões a R$ 80 bilhões sem a necessidade de receitas correspondentes, o que certamente significará uma herança de dificuldades para os futuros governos. Como se não bastasse, já se discute a aprovação de novas leis que descriminalizam qualquer prática do governante que venha a descumprir suas obrigações, tudo extensivo a estados e municípios, o que é ainda pior.

Discursos e promessas que jamais serão cumpridas continuam sendo a tônica nacional, como se fosse possível resolver todos os problemas do país com o novo marco fiscal e com a reforma tributária – verdadeiro eufemismo para aumento de tributos.

Ninguém assume publicamente que reforma tributária somente será positiva para a população se vier acompanhada de dispositivos que propiciem, de forma imediata e explicita, a redução drástica da tributação sobre o consumo, correção anual das tabelas do Imposto de Renda e das aposentadorias e pensões pagas pelo INSS (pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores), e que a defasagem de mais de 147% no IR somente será reposta em até cinco anos, em parcelas anuais.

Os governos ainda não aceitaram a verdade de que o equilíbrio fiscal e o crescimento socioeconômico não virão somente pela via única de aumento dos tributos e sim – e principalmente – por meio da redução dos gastos públicos e efetivo combate a corrupção dos três entes federativos.

Com isso, o país patina e segue sofrendo de três grandes males: a falta de prioridade na Educação, a falta de ética na vida pública e a ausência de um plano de metas, com ações delineadas e rumo bem definido.

Todos os governos que assumem, costumam conjugar cinco verbos em seus primeiros atos: exonerar, nomear, revogar, ampliar e culpar. É muito pouco para um país com tantas necessidades, gargalos a serem eliminados e distorções a serem urgentemente corrigidas. Há muitas outras ações que precisam ser postas em prática.



Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. https://samuelhanan.com.br

 


Como os millennials e o mercado financeiro fizeram o "ESG" crescer

A geração Y assumiu a gestão de grandes empresas e incorporou com mais relevância o selo verde no mundo dos negócios


Há pouco mais de um mês, a sigla ESG, que reúne as políticas de meio-ambiente, responsabilidade social e governança, completou 17 anos de existência. Sim, o conceito tão falado nos últimos tempos está quase na "maioridade" e só há poucos anos começou a entrar sistematicamente nas agendas de discussões globais, corporativas e, felizmente, nas escolas e também vai se fortalecendo dentro das nossas casas. Se antes as empresas lidavam só judicialmente com os impactos ambientais das suas atividades, hoje elas precisam construir uma reputação para suas ações se tornarem atrativas ao mercado financeiro, a um consumidor cada vez mais atento e crítico na hora de adquirir produtos e serviços e até para bons funcionários que estão analisando as vagas alinhadas aos valores de preservação da natureza e engajamento cidadão. O lema é colocar todos unidos (sociedade, corporações e indivíduos) num único objetivo: criar um futuro mais sustentável e igualitário. Os "baby boomers" começam a sair do mercado e o bastão tem sido passado aos Millennials. Mais de 80% dessa geração direciona sua preferência de consumo em empresas comprometidas com a sustentabilidade. 

 

Contudo, não se limita a eles a responsabilidade de revolucionar os métodos de produção, incorporando um respeito tanto pelo ambiente quanto pelas pessoas. O mercado financeiro também já tem demonstrado que apoia, com dinheiro e confiança, empresas que seguem práticas propostas pelo ESG. Larry Block, CEO de uma das maiores gestoras de ativos do mundo, sempre exaltou a aliança benéfica entre o capitalismo e respeito à igualdade social e meio ambiente. Para ele, quanto mais uma companhia colocar propósito na relação com os funcionários, clientes e comunidade, mais retornos duradouros entregará aos acionistas.  

Um novo conceito empresarial já surgiu. Já passou da hora de os empresários colocarem em prática, não só como marketing, mas com meta a cumprir. Até porque a jornada é longa para implementar novos processos e culturas de gestão e de consumo. Os millennials representam 34% da população mundial e já estão transformando o mercado com essa exigência. Imagine quais tendências serão lançadas pelas gerações Z e Alpha, que já aprendem na escola a interagir com meio respeitando os recursos naturais e a sociedade?

 

Patrícia Costa - Jornalista, com ampla experiência e TV, rádio, assessoria de comunicação, mestre de cerimônias, pós-graduada em gestão ambiental.

 

Brasil tem cerca de 1,5 milhão de pessoas com mais de um plano de saúde médico-hospitalar

Estudo do IESS traz dados inéditos sobre beneficiários que possuem múltiplos planos


Novo estudo desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com dados inéditos, revela que 1,5 milhão de pessoas contam com mais de um plano de saúde médico-hospitalar no País. O número representa cerca de 2,8% do volume total de beneficiários e tem como base a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.  

De acordo o Texto para Discussão nº 97, a maior prevalência entre os que possuem dois ou mais planos está nas faixas etárias de 31 a 40 anos (21%) entre os adultos, e 0 a 10 anos (16,6%), entre as crianças. Outras duas faixas etárias também demonstraram participação considerável, 41 a 50 anos (13%) e 51 a 60 anos (12,5%).   

Outro ponto apresentado no estudo diz respeito ao rendimento familiar dos beneficiários com múltiplos planos. Foi constatado que quase metade das pessoas (49%) possuía rendimento familiar per capita acima de três salários mínimos. Para aproximadamente 45%, o rendimento per capita variou entre um e três salários mínimos.       

Algumas das principais razões identificadas para beneficiários com mais de um plano de saúde são: crianças dependentes de seus pais e familiares que podem possuir um plano de saúde de cada responsável; indivíduos que trabalham em dois ou mais empregos e podem ter acesso a benefícios de planos de saúde diferentes oferecidos por cada empregador; pessoas que podem possuir um plano de saúde fornecido pela empresa em que trabalham e, adicionalmente, possuir outro plano como dependen­te de seu cônjuge ou familiar.

“O estudo traz dados interessantes que até então eram desconhecidos no segmento e nos fornece subsídios importantes para futuras análises e pesquisas. O nosso objetivo é sempre aprimorar, promover novas discussões e obter informações que beneficiem o sistema da saúde suplementar no País’, comenta o superintendente executivo do IESS, José Cechin.    

Vale lembrar que atualmente, de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB 84), do IESS, o Brasil conta com cerca de 50,8 milhões de beneficiários inseridos em planos de saúde médico-hospitalares, número que corresponde a uma taxa de cobertura de 26%.

Clique aqui para acessar o TD 97 na íntegra.

 

Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)


Como se preparar para os vestibulares on-line: confira 5 dicas essenciais

Para especialistas do Pravaler e da Universidade Cruzeiro do Sul coisas simples como se manter organizado e cuidar do emocional fazem toda diferença para se sair bem durante a avaliação


A pandemia do COVID-19 trouxe diversas mudanças e adaptações ao nosso cotidiano, e algumas delas parecem ter chegado para ficar, como os vestibulares on-line. Muitas das principais universidades particulares do país com alguns dos cursos mais bem avaliados pelo MEC (Ministério da Educação) hoje têm a modalidade remota como uma das possibilidades padrões de ingresso no ensino superior.

Uma das principais vantagens dos vestibulares on-line é a possibilidade de ampliar as oportunidades de candidatos que vivem longe da universidade, poupando um grande e cansativo deslocamento antes e após a avaliação. Em geral, as provas remotas têm mais flexibilidade em suas datas, podendo acontecer no meio do ano ou em momentos menos convencionais. E tal qual o modelo tradicional, a preparação é fundamental.

De acordo com Regiane Ribeiro de Aquino Serralheiro, mestre em avaliação psicológica e docente do curso de Psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul, instituição parceira do Pravaler no financiamento estudantil privado, independentemente do formato da avaliação, é importante que a preparação foque tanto na prova quanto no período dela. “E cuidar das questões emocionais é essencial para um bom aproveitamento, uma vez que o equilíbrio emocional é a capacidade de manejar situações difíceis”, comenta Regiane.

O vestibular on-line foi aderido, principalmente, pelas universidades particulares, já que as públicas continuam no modelo tradicional de aplicação da prova de forma presencial. No entanto, realizar o processo admissional para uma faculdade à distância ainda pode ser uma prática desconhecida para muitos candidatos, gerando dúvidas no processo de avaliação. “Os vestibulares on-line permaneceram mesmo após a pandemia principalmente por conta da ampliação de perspectivas que eles proporcionam e de sua praticidade, mas o processo preparativo para a prova, com exceção dos conteúdos contemplados, é diferente da modalidade presencial”, explica Ottilia Duarte, head de Cultura, Engajamento, Desenvolvimento e Remuneração do Pravaler, principal plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação do Brasil.

Pensando nisso, a especialista listou 5 dicas para ajudar os candidatos:


· Confira se seu equipamento é adequado

Uma das maiores desvantagens dos vestibulares on-line é a possibilidade de falhas técnicas que podem até mesmo provocar desclassificações, algo que não acontece nas provas presenciais. Por isso, antes da data do exame, confira os requisitos técnicos para a realização da prova e se seu equipamento os atende.


· Encontre o local ideal para realizar a prova

Idealmente, a prova deve ser realizada em um cômodo tranquilo, longe de interferências externas e com uma boa conexão à internet. Ao encontrar um local que atenda esses requisitos, também é essencial certificar-se de que o ambiente esteja bem iluminado, já que a maior parte das provas exige que o candidato esteja nitidamente frente à webcam.


· Atente-se ao horário

Por mais que os vestibulares on-line proporcionem maior flexibilidade em relação a horários, isso não deve ser motivo para procrastinação. Lembre-se também que, na maioria dos casos, uma vez que a prova for iniciada, não será possível pausá-la ou reiniciá-la. Portanto, um bom planejamento e concentração são fundamentais.


· Tenha lápis e papel ao alcance

Uma vez que a prova é feita em computadores, não há espaço para rascunhos e anotações. Portanto, ter papel e lápis à mão para suprir essa necessidade é fundamental, principalmente porque, como mencionado, uma vez que a prova é iniciada, candidatos que saírem da frente da câmera serão desclassificados, então buscar papel e caneta no meio da avaliação não é uma viável.


· Tente se familiarizar com o teste antes da prova

Muitas instituições disponibilizam uma avaliação de teste justamente para que os candidatos possam se adequar de acordo com todos os itens anteriores e, caso encarem alguma dificuldade ou problema técnico, tenham a chance de resolvê-los antes do exame real. Caso esse seja o caso, não perca a chance de realizar esse teste para se familiarizar com o formato do teste e se preparar para a real avaliação.

“É importante reconhecer que situações avaliativas causam ansiedade e isso é normal, principalmente em situações novas. Compreender a relevância do momento, estabelecer prioridades e traçar estratégias são importantes formas de se preparar”, finaliza Regiane.

 

Pravaler


9 razões pra acreditar no ensino superior.

Para um início adequado deste texto, acredito que seja importante alinhar as expectativas entre mim, que escrevo, e você, que lê. É inegável que o ensino superior, no modelo tradicional, precisa de melhorias. No entanto, gostaria de focar na metade cheia desse copo e apresentar alguns argumentos que costumo usar quando me deparo com críticas que considero excessivas em relação à realidade das universidades brasileiras.

Primeiro, é crucial reconhecer que todas as universidades privadas não são iguais. Existem as comunitárias, confessionais, filantrópicas e as particulares com foco no lucro. Essa distinção é importante porque as razões de existir, mesmo que as missões, visões, princípios e valores sejam praticamente iguais, são diferentes. As fundações, por exemplo, conseguem oferecer uma experiência acadêmica mais rica em eventos, pesquisa e extensão, pois reinvestem uma parte maior do superávit no serviço. Essa afirmação é baseada em minha experiência de 20 anos e não há uma fórmula pronta para isso; trata-se apenas da minha percepção.



1. O Ensino Superior quebra ciclos de perpetuação de pobreza e cria ciclos de perpetuação de riqueza entre gerações.

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou informações cruciais sobre a relação entre a escolaridade e a renda dos pais e a trajetória profissional de seus filhos. A pesquisa demonstra que o nível educacional dos pais exerce uma influência significativa na carreira e no salário de seus filhos. Em média, os filhos alcançam níveis de escolaridade e salários mais elevados quando os pais têm concluído o ensino superior e possuem empregos de melhor qualidade. É importante notar que essa influência se estende tanto aos pais quanto às mães, destacando a relevância do ambiente educacional e profissional em que os filhos crescem.

A pesquisa não analisou detalhadamente a qualidade do ensino frequentado pelos pais, nem comparou se eles se formaram em áreas com maiores salários e condições.

Nas famílias em que os pais possuíam pelo menos um diploma universitário, 69,1% dos filhos também conseguiram concluir a graduação. Esse percentual é significativamente menor nas famílias em que o pai não é alfabetizado (9,6 milhões de pessoas que não sabiam ler e escrever em 2022 no Brasil), onde apenas 4% dos filhos conseguiram concluir o ensino superior. DEZESSETE vezes menor.



1. O Ensino Superior é um escudo contra a precarização do emprego.

“Motoristas de Aplicativo” são considerados parte da GIG Economy e vem sendo utilizados como exemplos de empregos precarizados (uma vez que não possuem vinculo trabalhista com as plataformas nas quais atuam). Entre esses motoristas 61,8% possuem o Ensino Médio completo, 19,9% o fundamental completo e 7,7% o fundamental incompleto.

Na contramão o percentual de pessoas com nível superior completo entre os motoristas de aplicativo e taxistas é de apenas 10,9% (entre Mototaxistas é de 7,1%).

O percentual para entregadores de mercadorias via motocicleta é ainda menor: 1,9%. A título de comparação, esse resultado para o total de ocupados na economia em geral é de 22%. É correto afirmar portanto que a faculdade protege contra a informalidade dos empregos da GIG Economy. Segundo dados do IPEA.



https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2022/05/painel-da-gig-economy-no-setor-de-transportes-do-brasil-quem-onde-quantos-e-quanto-ganham/




1. Blinda contra o desemprego.


Concluir o ensino superior leva o profissional a menor taxa de desemprego por nível de ensino. Dos profissionais com faculdade apenas 5,2% estão desempregados. Como medida de comparação o desemprego para quem possui o Ensino Médio Incompleto é de 18,4% e o Ensino Médio Completo 12,6%. Segundo dados da PNAD Contínua.




1. Eleva a Renda e o Salário.

Quanto maior o nível de instrução, maior o rendimento. Aqueles que possuem ensino superior completo registram rendimento médio aproximadamente três vezes maior (R$ 5.108) que o daqueles que tinham somente o ensino médio completo (R$ 1.788). São cerca de seis vezes o daqueles sem instrução. As pessoas que não possuíam instrução apresentaram o menor rendimento médio (R$ 918). Segundo dados do IBGE.
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/27594-pnad-continua-2019-rendimento-do-1-que-ganha-mais-equivale-a-33-7-vezes-o-da-metade-da-populacao-que-ganha-menos


1. Diferenciação no Mercado.
Apenas 17,4% dos profissionais no Brasil possuem Ensino Superior. Ainda existem muitas oportunidades para profissionais formados. Melhores vagas de emprego e mais possibilidades de ascensão profissional. Segundo dados do IBGE.






1. É necessário estudar para empreender com sucesso.

Líderes empreendedores de pequenos e médios negócios possuem ensino superior e pós graduação. O estudo “Lideranças brasileiras: Perfis que impactam o Ambiente dos Pequenos Negócios” do Sebrae possibilitou o mapeamento de 13 perfis principais de liderança e suas características. Entre seus achados o estudo aponta que 87,4% dos líderes possuem ao menos ensino superior completo. Ainda 57,4% possuem, além do ensino superior, Pós Graduação, Mestrado ou Doutorado.




1. É sine qua non, ainda para empreender na nova economia.


Quando pensamos em empreendedorismo e inovação, naturalmente olhamos para as startups como exemplos de destaque na nova economia. Muitas vezes, aprendemos valiosas lições com as técnicas e metodologias dessas inspiradoras organizações, que refletem o modus operandi dos negócios modernos.

A Distrito realizou uma análise aprofundada dos 100 fundadores das principais startups brasileiras, oferecendo insights valiosos sobre práticas de sucesso para negócios digitais. E um fato surpreendente veio à tona: todos os 100 fundadores possuíam ensino superior. Não há exceções a essa regra de ouro.

Dentre esses executivos de alto desempenho, 32% são formados em Engenharia, 22% em Administração de Empresas e 15% em Economia. Carreiras que muitos consideram decadentes concentram 69% desses líderes. Além disso, 15% vêm das Ciências da Computação e 2% da Tecnologia da Informação (totalizando 17% com formação em código). Os demais estão divididos em áreas como Direito, Publicidade, Design, Matemática, Cinema, Biologia, Estatística e Espanhol (com porcentagens entre 1% e 3%).

É notável também que 57% desses fundadores fizeram cursos de Pós-Graduação, alguns realizando mais de um. Novamente, Administração, Engenharia e Finanças lideram, representando 75% dos cursos escolhidos.

Além disso, a qualidade das instituições de ensino também merece destaque. Enquanto muitos defendem a ideia de que abandonar a faculdade é o caminho para o sucesso, 100% dos fundadores possuem ensino superior, indo na contramão da glorificação da cultura do abandono dos estudos. Surpreendentemente, 22% se graduaram fora do país, 42% em instituições de ensino público e apenas 37% em instituições privadas. Esses últimos se formaram em instituições renomadas como PUCs do Rio, Paraná e Minas, FGV, Mackenzie, ESPM e FAAP, representando 22% dos formandos.


1. Estudar paga mais dentro das mesmas atividades.

Mesmo dentro de uma mesma ocupação, recebe mais que possui melhor formação. Entre motoristas de caminhão, aquele com formação abaixo do ensino médio ganhavam USD 1,3 milhões ao longo de toda a sua vida contra US$ 1,5 milhão para caminhoneiros com ao menos um diploma do ensino médio, segundo o estudo Education, Occupations, Lifetime Earnings desenvolvido pela Georgetown University nos Estados Unidos. O mesmo para professores de educação básica. Aqueles com bacharelado receberam USD 1,8 milhão ao longo da vida em comparação com USD 2,2 milhões para aqueles com Mestrado, segundo o mesmo estudo.


1. É o caminho para deixar um legado para a humanidade.

Das 20 maiores personalidades da história da humanidade 12 eram cientistas (https://pt.m.wikipedia.org/wiki/As_100_Maiores_Personalidades_da_Hist%C3%B3ria). Nem todos fizeram faculdade (até porque o caminho era outro na história antiga) mas estudaram nos liceus do seu tempo. Ainda 100% das celebridades e personalidades contemporâneas fizeram um ou mais cursos superiores. No Brasil não é diferente: 99% da produção científica vem das universidades, segundo relatório de 2018 da Clarivate Analytics para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Ao investir em educação, não apenas melhoramos nossas vidas, mas também contribuímos para um futuro mais brilhante para as gerações futuras. Um legado.

Em resumo, é importante reconhecer os aspectos positivos do ensino superior e o papel fundamental que desempenha na vida dos indivíduos e na sociedade como um todo. Ao investir na educação superior, estamos investindo em um futuro mais promissor e igualitário para todos. Vamos continuar valorizando e apoiando o ensino superior no Brasil.


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