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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

78% das organizações de saúde vivenciaram incidentes cibernéticos no último ano, 60% deles impactaram o atendimento do paciente

 Estudo Global de Cibersegurança em Saúde da Claroty de 2023 revela prioridades e desafios em meio à escalada da conectividade ciber-física

 

Claroty, a empresa de proteção de sistemas ciberfísicos, concluiu seu Estudo Global de Cibersegurança em Saúde de 2023, uma pesquisa com 1.100 profissionais de cibersegurança, engenharia, TI e redes de organizações de saúde. O levantamento aborda a experiência das organizações de saúde com incidentes de cibersegurança ao longo do último ano, o estado de seus programas de segurança e futuras prioridades.

As descobertas da pesquisa mostram que as organizações de saúde enfrentam uma série de desafios de cibersegurança, que as obrigam a priorizar cada vez mais a segurança cibernética e compliance. De acordo com o estudo:

  • 78% dos entrevistados vivenciaram pelo menos um incidente de cibersegurança no último ano;
  • 47% citaram pelo menos um incidente, que afetou os sistemas ciberfísicos como dispositivos médicos e sistemas de gerenciamento predial;
  • 30% citaram que dados sensíveis, como informações de saúde protegidas (PHI), foram afetados;
  • Mais de 60% relataram que os incidentes tiveram um impacto moderado ou substancial na prestação de cuidados, e outros 15% relataram um impacto grave que comprometeu a saúde e/ou a segurança do paciente.

Surpreendentemente, dos entrevistados que foram vítimas de ataques de ransomware, mais de um quarto fizeram pagamentos de resgate. O estudo também concluiu uma relevante implicação financeira a ser destacada, mais de um terço dos que sofreram incidentes no último ano tiveram custos do ataque superiores a US$ 1 milhão. 

“A indústria de saúde enfrenta muitos desafios: uma superfície de ataque em rápida expansão, tecnologia legada desatualizada, restrições orçamentárias e uma escassez global de talentos em cibersegurança”, destaca Yaniv Vardi, CEO da Claroty. “Nossa pesquisa demonstra que as organizações de saúde precisam do apoio total da indústria de cibersegurança e dos órgãos regulatórios, para defender os dispositivos médicos contra as ameaças crescentes e proteger a segurança dos pacientes”.

 

Outras descobertas mostram que padrões e regulamentos mais rigorosos fortalecem a cibersegurança, mas ainda há trabalho a ser feito:

  • Quase 30% afirmam que as políticas e os atuais regulamentos governamentais precisam de melhorias ou não fazem nada para prevenir as ameaças;
  • Os NIST (38%) e Frameworks de Cibersegurança HITRUST (38%) foram os mais escolhidos pelos respondentes, como importantes para suas organizações;
  • 44% citam desenvolvimentos regulatórios, como relatórios de incidentes obrigatórios, como o fator externo mais influente na estratégia geral de segurança de uma organização.

 

O estudo também constatou que a escassez de habilidades em cibersegurança ainda é um dos principais desafios:

  • Mais de 70% das organizações de saúde estão buscando contratar profissionais para cargos de cibersegurança;
  • 80% dos que estão contratando afirmam que é difícil encontrar candidatos qualificados, que possuam as habilidades e experiências necessárias para gerenciar adequadamente a cibersegurança de uma rede de saúde.

Para acessar o conjunto completo de descobertas e análises, basta fazer o download do Estudo Global de Cibersegurança em Saúde de 2023 da Claroty aqui.

 

Metodologia

A Claroty contratou a Pollfish para conduzir uma pesquisa com provedores de saúde, organizações de prestação de serviços de saúde (HDOs), hospitais e clínicas na América do Norte (500), América do Sul (100), APAC (250) e Europa (250). Apenas indivíduos que trabalham em tempo integral em cibersegurança, engenharia clínica, engenharia biomédica, sistemas de informação, risco ou redes concluíram a pesquisa, totalizando 1.100 respondentes. Os entrevistados trabalham para organizações com no mínimo 25 leitos e mais de 500 leitos, sendo que o maior grupo (45%) trabalha para organizações com 100 a 500 leitos. A pesquisa abrange o período de junho de 2022 a junho de 2023 e foi concluída em julho de 2023. Observação: os totais podem não totalizar 100% devido ao arredondamento ou quando múltiplas respostas são permitidas.

 

Claroty
claroty.com


Quais os desafios mais comuns na vida de um empreendedor? Serasa Experian levantou os principais obstáculos

 Além dos desafios, material do Bora Empreender do YouTube apresenta soluções destinadas a impulsionar o sucesso dos negócios 



Ao embarcar na jornada de ter o próprio empreendimento, é natural que surjam uma quantidade de desafios pela frente. Aqueles que já mergulharam no mundo dos negócios certamente também estão se deparando com algum obstáculo neste exato momento. Nesse cenário, a Serasa Experian compilou uma lista dos principais desafios que podem aparecer ao administrar uma empresa, acompanhados por várias dicas com soluções para alavancar os negócios. O conteúdo também pode ser conferido na playlist Bora Empreender no YouTube. Confira:


Os 5 principais desafios na hora de empreender:


1) Evitar se dividir em muitas tarefas – Sabemos que uma pequena empresa não conta com muitos funcionários. Então, com uma equipe mais enxuta, as pessoas precisam ser multitarefas e acabam cuidando de vários assuntos ao mesmo tempo. Mesmo quando há mais colaboradores, pode ocorrer de suas funções não serem muito claras e a divisão do trabalho ficar confusa. Desta forma, a produtividade pode cair e o clima organizacional se tornar mais estressante tanto para quem empreende quanto para a equipe. Por isso, a estratégia é definir bem as atividades e tentar finalizá-las antes de começar outras, com foco em gerenciamento de tempo.


2) Separar as finanças pessoais das contas da empresa – É comum acontecer casos de empresas que começam com um bom investimento e capital de giro disponível, além de muita vontade de fazer as coisas darem certo. Mas por conta de uma série de pequenos erros, as dívidas acabam surgindo. Um dos deslizes que mais ocorrem em uma empresa PME é misturar as finanças pessoais com o dinheiro que pertence ao negócio. Então, é necessário ter sempre as questões financeiras separadas e ter a organização das contas em dia. Se necessário, a renegociação de débitos pode ser uma saída.


3) Controle de estoque – Dependendo do modelo do negócio, o empreendedor precisa gerenciar todos os itens do seu estoque, pois esse setor abriga boa parte dos ativos essenciais para a empresa funcionar. Em outras palavras, estoque é dinheiro e desperdícios nessa área são perdas financeiras. Uma das opções que pode ajudar os empreendedores é a criação de uma planilha de estoque.


4) Cuidar do Marketing – O Marketing, principalmente o digital, é a alma do negócio e acaba tornando-se um elemento essencial para o crescimento da empresa. Esta área tem a capacidade de fortalecer a marca, atrair novos clientes e torná-los fiéis ao negócio. E com tantas responsabilidades, é desafiador para o empreendedor focar em estratégias mais efetivas para aumentar o alcance da empresa e ainda manter a proximidade com os clientes. Portanto é aconselhável buscar um especialista confiável para embarcar nessa jornada.


5) Lidar com burocracias – Podemos até amenizar as burocracias, mas tem algumas que não tem como fugir, então o jeito é lidar. Quem cuida de um negócio esbarra na burocracia todos os dias. Para administrar uma pequena empresa, saber lidar com muitas exigências como impostos, obrigações fiscais e outras documentações é essencial.


Dicas para alavancar os negócios:

1) Construir um plano de negócio – Por mais força de vontade que o empreendedor tenha, um negócio não vai a lugar nenhum se não tiver um bom planejamento. O plano de negócios reúne todas as informações necessárias sobre as operações da empresa, oferecendo uma visão holística que contribui para o seu sucesso e tranquilidade.


2) Estudar sobre o mercado e buscar uma vantagem competitiva – Sem um bom conhecimento no ramo de atuação, é possível que o empreendedor se depare com desafios inesperados e isso pode fazer com que a empresa fique para trás. Por isso, é importante entender qual é a infraestrutura necessária, os suprimentos importantes e como está o atual cenário do nicho de mercado. Tentar criar um diferencial será essencial para destacar o negócio frente aos seus concorrentes.


3) Se dedicar à gestão financeira da empresa – Sabemos que “time is money", ou seja, tempo é dinheiro. Por isso, o capital de giro é o que faz as coisas acontecerem numa empresa. Portanto, reservar um tempo para um bom planejamento financeiro é importante, e principalmente seguir os seguintes passos:

• Gerenciar o fluxo de caixa;

• Elaborar um bom orçamento;

• Fazer um levantamento de todos os custos e despesas;

• Determinar o lucro;

• Saber precificar produtos e serviços;

• Não assumir despesas desnecessárias;

• Manter os registros atualizados;

• Ter um bom controle de contas a pagar.


4) Delegar – Saber delegar responsabilidades é crucial para criar uma equipe capaz de ajudar. Ao mesmo tempo, entender que o dono do negócio é o responsável por fazer essa empresa crescer também é importante, por isso que sua presença precisa ser constante.


5) Investir em tecnologias – Existem soluções que podem automatizar e ajudar a gerenciar documentos, estoques e informações, incluindo relacionamento com cliente, emissão de notas fiscais, relatórios financeiros e fluxo de caixa. Investir em inovação na empresa pode auxiliar o negócio a ser mais ágil e rentável, e o empreendedor a ser mais estratégico e ter mais tempo para coisas menos burocráticas.


6) Consulte o Score CNPJ – Assim como uma pessoa física, uma empresa também possui seu Score, ou seja, pontuação de crédito. Então, vale conferi-lo sempre que tiver um tempo disponível, pois é um indicador que mostra a saúde do negócio. A ferramenta está disponível na página da Serasa Experian e o cadastro é gratuito.

Este conteúdo faz parte da playlist Bora Empreender no YouTube da Serasa Experian como parte do programa voltado a disponibilizar material gratuito de suporte a empreendedores.

Utilizando o poder dos dados para trazer mais precisão e segurança na tomada de decisão dos negócios, a Serasa Experian possui uma área voltada exclusivamente para atender as necessidades das pequenas e médias companhias brasileiras. São soluções adequadas para quem precisa crescer a carteira de clientes, proteger a empresa, monitorar clientes e fornecedores e recuperar dívidas. Além disso, a área conta com o blog que dispõe de uma série de conteúdos gratuitos para quem precisa de ajuda para começar a empreender, incrementar as vendas, conquistar mais clientes.



Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Autoconhecimento é peça-chave para que se reconheçam rotas alternativas em planos profissionais

A busca por assertividade nas tomadas de decisões muitas vezes traz a percepção de que é preciso fazer uma escolha que perdure – como um estudante que presta um vestibular acreditando que seguirá a carreira escolhida até o último dia de sua vida. Porém, assertividade não precisa ser estática. Para o escritor Uranio Bonoldi, especialista em tomada de decisão, é completamente natural e necessário ter uma postura aberta às adaptações  a novas circunstâncias e fazer mudanças no percurso profissional, mantendo ou se aproximando ainda mais dos seus princípios e valores.

“Às vezes, é necessário fazer concessões e mudar algumas rotas naquilo que havia sido planejado, porque o mundo muda o tempo inteiro. Hoje, um mercado pode estar bem, com muitas vagas abertas e oportunidades de sucesso na sua área, e amanhã a realidade será outra. É importante saber enxergar essas mudanças situacionais para não insistir em caminhos que não têm mais as mesmas perspectivas de antes”, diz o autor.

Em seu livro “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”, Bonoldi defende que as escolhas feitas no campo profissional – e também em outras áreas – devem equilibrar as situações externas e os objetivos, gostos, preferências e a identidade da pessoa. “Bem ou mal, devemos reconhecer que não vivemos no mundo dos sonhos. Não podemos fazer só aquilo que queremos, temos que ter os pés no chão e fazer escolhas racionais. A grande questão é que, quanto mais conhecermos a nós mesmos, reconhecendo nossos talentos, aptidões, planos e nossas vontades, mais capazes nos tornamos de reconhecer caminhos alternativos que nos mantenham próximos daquilo que realmente gostaríamos de fazer”, pondera.

Bonoldi, que é também autor da série de ficção “A Contrapartida”, cita que esse dilema costuma ser comum em profissionais do campo cultural. “Muitos às vezes sonham em viver de arte, mas esse é um caminho difícil, pouco acessível para uma grande parcela da população. O que se pode fazer? Observe que outros trabalhos você pode realizar paralelamente que te permita ter uma renda fixa e garanta recursos para investir em sua arte. Ou então, escolha trabalhar em áreas correlatas, como marketing, eventos, jornalismo, etc, para ampliar as possibilidades. Não estou sugerindo que se perca o foco, mas que se faça adaptações e se pense de forma mais ampla para agir de maneira mais estratégica, menos idealista e emocional”, opina.

É claro que é possível persistir em um plano de carreira que foi decidido previamente – mas paga-se um preço por isso, e pode ser alto. “A questão que fica é: você está disposto a lidar com as consequências de insistir em um caminho que tem poucas chances de sucesso no curto/médio prazo? Você vai bancar a decisão, ser disciplinado, persistente e se esforçar para fazer dar certo? Se a resposta for sim, então siga em frente. O que não pode ser feito é agir de forma ingênua, acreditar num mundo de idealizações que não existe, e acabar se frustrando por isso. Estude o mercado, analise a viabilidade dos seus planos, e decida por aquilo que mais fizer sentido para você”, finaliza.



Uranio Bonoldi - palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO. É autor dos thrillers da saga “A Contrapartida” e de “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”. Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP.


Imposto de herança e doação promete impactar economia familiar com alíquota progressiva

 Especialistas defendem a importância do planejamento sucessório, especialmente para famílias que compõem organizações, caso a reforma tributária seja aprovada

 

Em tramitação no Senado Federal, a PEC 45/2019, que serve de base para a reforma tributária, tem despertado a atenção dos brasileiros, na expectativa de conferir as grandes mudanças estruturais quanto à cobrança de impostos, taxas e outras contribuições em vigência. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), são produzidas 2,26 normas tributárias a cada hora útil no País – que possui, por sua vez, um dos sistemas tributários mais complexos do mundo.

Uma das mudanças previstas no escopo da tributação de herança, por meio de alterações no Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), merece uma atenção especial. Isso porque está prevista a alíquota progressiva neste tributo, o que promete impactar as famílias brasileiras, em especial, as que compõem organizações empresariais ou que tenham patrimônio acumulado.

De acordo com Otavio Fonseca Pimentel, sócio do Pimentel, Helito & Razuk Advogados (PHR), especializado em Direito de Família e Sucessões, a previsão é de que se faça uma alteração na Constituição e torne obrigatória a progressividade do imposto. “A Constituição Federal já prevê que o imposto pode ter uma alíquota de 4% a 8%, e cada estado define essa porcentagem. No estado de São Paulo, por exemplo, existe uma alíquota fixa de 4%, tem outros estados que têm alíquotas fixas diferentes e têm estados que já têm uma alíquota progressiva. O que a reforma traz é a obrigatoriedade dessa progressividade, então significa dizer que todo o estado, por exemplo, o estado de São Paulo, que não tem essa progressividade, passará a ter”.

No caso de um patrimônio, que tenha um valor de até 500 mil reais ou até 1 milhão de reais, será tributado a uma alíquota de 4% na herança – supondo que esse imóvel esteja situado no estado de São Paulo. Acima desse patamar, pode ir para 6% e, de repente, pode se definir um terceiro patamar acima de 1 milhão e meio, 2 milhões de reais, que seria a alíquota máxima de 8%. “Portanto, os estados que têm uma alíquota fixa vão ser obrigados a alterar sua legislação para fazer uma alíquota que vá aumentando entre 4% a 8% à medida da proporção do patrimônio”, destacou Pimentel.

Como a Constituição Federal determina que cada estado fará sua legislação, existem algumas possibilidades de isenção do imposto. Supondo que uma pessoa tenha um imóvel residencial, que tenha um valor inferior a 2.500 FESPs – índice de variação anual – e que essas 2.500 FESPs em São Paulo tenham um valor aproximado de R$ 80, 85 mil. Quando se tem um imóvel residencial que tem o dobro desse valor (5 mil FESPs), mas em que os herdeiros ou alguns herdeiros residam ou residiam no imóvel ao tempo do falecimento, eles podem também ter alguma isenção. “São poucas as regras, ao meu ver, no quesito de isenção de ITCMD. Poderiam ter regras talvez um pouco mais bem pensadas em relação a isso. Inclusive, numa iniciativa de se levar a alíquotas de patrimônios maiores e mais vultuosos, poderia se pensar também em deixar mais modernas as cláusulas de isenção para patrimônios menores”, defende o advogado.

A dispensa do imposto de herança também acontece em outros casos, conforme explica Vanessa Paiva, advogada Familista, sócia do Paiva e André Advogados, e especialista em Direito de Família e Sucessões. “O artigo 9 da Lei 18.573/2015 determina que não incide ITCMD se o herdeiro renuncia a herança, ou se for legatário ao testamento, desde que não tenha aceitado em momento algum o direito de receber esses bens. Também não incide em valores deixados ao testamenteiro, a título de prêmio ou remuneração, até o limite legal. E não há incidência nos frutos e rendimentos dos bens deixados, além de benfeitorias construídas nesses bens, feitas após o falecimento”.

Vanessa explica que também há isenção quando o cônjuge sobrevivente é herdeiro de um único imóvel - justamente o que reside - e não possui outro, ou quando a pessoa não é proprietária de outro bem imóvel e herda imóvel rural com área não superior a 25 hectares, e for utilizada para o sustento de sua família. “Nos casos de transmissão de bens e objetos de uso doméstico, também há isenção. É isento, também, o herdeiro de valores de bens decorrentes do INSS, PIS/PASEP e Fundo de Garantia”, explica.


Planejamento sucessório: por que e como fazer?

Devido à progressão da alíquota no imposto de herança, especialistas recomendam o planejamento sucessório. Para a advogada Familista, Vanessa Paiva, a doação em vida é uma forma de planejamento sucessório. “Esse tipo de ato resolve, desde logo, a sucessão, e exterioriza a autonomia privada do patrimônio”.

A especialista ressalta que há a necessidade de traçar um objetivo pelo qual o planejamento sucessório irá se prestar. É possível, por exemplo, organizar em vida os bens que ficarão para cada herdeiro, ou ainda, organizar a operação de uma empresa. “É sempre importante ter em mente que o planejamento sucessório é também um ato de última vontade do autor da herança e, portanto, dispensa a concordância dos herdeiros. A importância de contratar um advogado é no sentido de realizar o planejamento de forma legal e correta, para que não tenha problemas no futuro”, aconselha Paiva.

Embora as recomendações sejam feitas de forma personalizada, considerando cada histórico familiar, o advogado especializado em Direito de Família e Sucessões, Otávio Pimentel, explica que o ponto mais importante é observar se existem medidas absolutamente dentro dos limites da lei para evitar eventuais tributos excessivos por algum tipo de planejamento, além de uma situação conflituosa entre parentes.

“É possível otimizar a sucessão no sentido de que a transmissão do patrimônio no momento do falecimento seja mais ágil, menos burocrática. Pode-se pensar em adiantamentos em vida e prevenir, também, conflitos quando existem alguns elementos na estrutura familiar que possam anunciar uma eventual discussão após o falecimento. Além disso, o planejamento sucessório pode ajudar muito nessas situações de tentar deixar as formas de distribuição mais encaminhadas, à vontade da pessoa que faleceu, de forma bastante clara e registrada com títulos válidos”, concluiu Pimentel.

 



Fontes:

Otavio Fonseca Pimentel - sócio do Pimentel, Helito & Razuk Advogados (PHR Advogados), especializado em Direito de Família e Sucessões.

Vanessa Paiva - sócia do Paiva e André Advogados, é advogada Familista, especialista em Direito de Família e Sucessões, Direito da Mulher, mestra em Direito e professora de Direito de Família.



A estratégia alternativa baseia-se na oxidação do propano usando
 cloreto de ferro como catalisador homogêneo na presença de luz
(
foto: Vitor Gabriel Pastana)

Considerada um insumo essencial na indústria química, a acetona geralmente é produzida por meio de um processo elaborado e perigoso. Uma estratégia mais sustentável foi desenvolvida por cientistas da UFSCar, da UFMG e colaboradores da Alemanha

Insumo essencial na indústria química, a acetona é utilizada na fabricação de uma grande variedade de produtos, como adesivos, antibióticos, componentes eletrônicos, solventes e removedores, tintas de impressão e vitaminas, entre outros. Seu processo de produção, no entanto, é elaborado e perigoso. Para simplificá-lo, torná-lo mais seguro e diminuir custos, um grupo de pesquisadores do Brasil e da Alemanha desenvolveu um método inédito, que utiliza apenas luz e um composto químico barato: o cloreto de ferro (FeCl3).

Os resultados da pesquisa, financiada pela FAPESP, foram publicados no periódico ACS Catalysis.

Conhecido como Hock ou cumeno, o processo padrão de fabricação de acetona envolve diversas etapas: primeiramente, o propano – subproduto do petróleo – é transformado em propileno, um gás extremamente inflamável que reage com o benzeno e, em seguida, com o oxigênio a altas temperaturas e pressões para dar origem à acetona. Essas reações também geram um composto denominado fenol – que tem demanda menor e gera custo para ser transformado em substâncias de maior valor.

O método alternativo, proposto por cientistas das universidades Federal de São Carlos (UFSCar), Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Max Planck Institute of Colloids and Interfaces (Alemanha), baseia-se na oxidação do propano usando cloreto de ferro como catalisador homogêneo na presença de luz (reação fotocatalítica).

“Descobrimos que, ao ser irradiado com determinados comprimentos de onda, o cloreto de ferro gera o radical cloro, que é extremamente oxidante e faz a ativação da ligação CH, ou seja, quebra a ligação entre carbono e hidrogênio, dando origem a um radical que, na presença de oxigênio, leva à formação de acetona”, explica Ivo Freitas Teixeira, professor do Departamento de Química da UFSCar e coordenador do estudo. “Realizamos uma reação muito importante de maneira absolutamente diferente e utilizando elementos muito simples.”

A comprovação de que a reação foi realmente conduzida por radicais de cloro gerados pela fotólise da ligação Fe-Cl foi feita por meio de estudos mecanísticos, incluindo análises de espectrometria de massa (que permitem identificar os componentes de uma mistura com base no peso molecular de cada elemento).

Entre as vantagens do novo processo estão o fato de ele ser direto (não há produção de propileno em etapas intermediárias) e mais seguro, pois não envolve reações de oxigênio em altas pressões e temperaturas nem intermediários inflamáveis e perigosos. Além disso, reduz o gasto de energia e o custo, pois possui menos etapas e ocorre à temperatura ambiente de 25 °C.

Apesar de os experimentos terem utilizado uma fonte de luz do tipo LED, a ideia é que, no futuro, ela possa ser substituída por luz solar, tornando o método ainda mais sustentável.


Depósito de patente e próximos passos

Com a patente já depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a ideia agora é buscar parcerias com empresas para financiar o escalonamento do novo processo para nível comercial.

“Esse método pode se tornar absolutamente disruptivo para a produção de acetona na indústria química, tornando o processo mais seguro e sustentável e viabilizando uma rota para a produção unicamente de acetona, o que reduziria custos e traria competitividade”, diz Teixeira.

De acordo com o pesquisador, o principal desafio, nesse caso, se deve ao fato de que, na indústria petroquímica, os processos acontecem em grande escala e atualmente não existe nenhum método comercial fotocatalítico.

O projeto de pesquisa também segue evoluindo em duas direções: ao mesmo tempo em que testam o novo método com outras substâncias, como metano, os pesquisadores agora já pensam, também, em maneiras de escalonar o processo e adaptá-lo à indústria para que se consiga produção e aproveitamento maiores.

O artigo Direct Synthesis of Acetone by Aerobic Propane Oxidation Promoted by Photoactive Iron(III) Chloride under Mild Conditions pode ser lido em: https://pubs.acs.org/doi/full/10.1021/acscatal.3c02092.



Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/metodo-permite-obter-acetona-de-forma-mais-simples-segura-e-barata/44749


Estudo revela que 45% dos consumidores confiam mais em empresas bem rankeadas no Google

Pesquisa inédita realizada pela Opinion Box e Buscar ID traça um raio-x do comportamento de quem realiza compras pela internet no Brasil

 

O Opinion Box e a Buscar ID realizaram um estudo inédito para entender o comportamento de quem compra na internet e orientar as ações de marketing digital das empresas. Entre janeiro e fevereiro de 2023, foram entrevistados 2.115 consumidores que fizeram alguma aquisição online nos últimos 12 meses, e uma das principais conclusões, segundo Rodrigo Nascimento, fundador da BuscarID e idealizador da pesquisa, é que, quando decidem fazer compras online, a primeira ação para 45% dos entrevistados é realizar pesquisas no Google sobre a empresa e produto, demonstrando a importância de estratégias como SEO.  

“A pesquisa foi motivada pelo desejo de compreender as potenciais alterações no comportamento das pessoas ao longo de sua jornada de compra, bem como atualizar nosso conhecimento sobre abordagens eficazes e ineficazes para atender às necessidades do consumidor”, explica Nascimento.

A pesquisa também mostrou que leads de indicações têm uma taxa de conversão 30% maior do que aqueles gerados por outros canais de marketing, como anúncios em redes sociais ou mídia programática. Esse dado reforça o poder do boca a boca e a confiança atrelada a uma recomendação pessoal. Além de aumentar a taxa de conversão, as indicações também ajudam a construir relacionamentos mais fortes com os clientes e a aumentar a lealdade à marca. O estudo aponta que, para aproveitar ao máximo esse potencial, as empresas devem considerar a implementação de programas de indicação que não apenas incentivam os clientes a compartilhar sua experiência positiva com a marca, mas que também os recompensem por esse esforço.

Outro ponto identificado pelo estudo diz respeito ao impacto dos anúncios nas estratégias de marketing. De acordo com os números, 86% dos consumidores já foram impactados por um anúncio relacionado a algo que já pesquisaram, sendo que 80% concluíram a compra após verem a propaganda. Isso destaca a eficácia de alcance e conversão do retargeting, que permite alcançar usuários interessados em determinado produto ou serviço. No entanto, aponta o levantamento, é essencial garantir que os anúncios sejam valiosos para os consumidores, evitando bombardeá-los com mensagens irrelevantes. 

Os dados mostram ainda que 73% dos consumidores pesquisam muito a reputação de uma marca antes de realizar uma compra, ressaltando a importância de as empresas oferecerem produtos de qualidade, atendimento de excelência e serem transparentes nas práticas de negócios para garantir uma boa reputação online. Outro ponto identificado é que o e-mail continua sendo o canal predileto das pessoas: 71% delas afirmaram preferir receber comunicações por correio eletrônico.

“Estamos amplamente satisfeitos com a pesquisa. Ela nos revelou dados atualizados sobre o comportamento do consumidor e possibilitou comprovarmos algumas teses. Muitas pessoas achavam que o e-mail marketing era coisa do passado, com a pesquisa, ficou claro que ainda é uma ferramenta muito importante do marketing. Outro ponto relevante é que mais de 80% dos entrevistados compraram um item após verem um anúncio, isso mostra que a confiança do consumidor está alta”, comenta o fundador da Buscar ID.

A pesquisa também revelou que 66% dos consumidores estão dispostos a continuar se relacionando com uma empresa após a compra, demonstrando uma oportunidade valiosa para fidelizar clientes e transformá-los em defensores da marca. Com isso, manter o contato com os clientes após a compra e oferecer um excelente serviço pós-venda tornam-se estratégias fundamentais.

O estudo completo pode ser acessado no seguinte link: https://materiais.marketingpordados.com/estrategia-marketing-jornada-compra 

 


Opinion Box
https://www.opinionbox.com/


Pinguins voltam saudáveis para o mar


Chegou o momento de devolvermos à natureza o primeiro grupo de pinguins-de-Magalhães da temporada 2023. Após longo processo de reabilitação, nove aves voltaram ao habitat natural na Praia do Moçambique, em Florianópolis.

 

“Observamos que chegaram com as características comuns dos pinguins em sua primeira migração: indivíduos juvenis, com anemia, níveis baixos de proteína no sangue, entre outros problemas. A maioria atendida apresentava grau moderado de parasitismo (tanto em sistema digestivo como no sistema respiratório”, explica a responsável técnica do PMP-BS/R3 Animal, Marzia Antonelli. 

Outras aves também apresentavam sinais sugestivos de interação com petrechos de pesca (Captura não intencional – ByCatch). “Alguns pinguins tinham cortes profundos e lesões que foram tratadas e outros apresentaram infecções em sistema respiratório” complementa Marzia. 

As ações de resgate, reabilitação e soltura são feitas por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Deste grupo, uma ave foi resgatada no Trecho 5, pela instituição executora Univille e outra no Trecho 2, pela instituição executora Instituto Australis. Todas foram encaminhadas para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/ R3 Animal), localizado em Florianópolis. 

Completando o grupo, sete pinguins foram resgatados no Trecho 3, pela instituição executora R3 Animal, nas praias da Ilha de Santa Catarina. A previsão natural é que as aves comecem a voltar para suas colônias na região da Patagônia Argentina no próximo mês. 


Migração anual 

Todos os anos, em meados do outono no hemisfério Sul, os pinguins-de-Magalhães saem de suas colônias reprodutivas, principalmente na Patagônia Argentina, e rumam ao Norte, seguindo cardumes de peixes e as correntes de água fria. 

A maioria dos pinguins que aparecem em nossas praias estão em sua primeira migração, são inexperientes, podem ter dificuldade em se alimentar e encalham nas praias debilitados. Muitos morrem. 

Existe também os animais que são capturados, sem intenção, por redes de pesca (ByCatch) e acabam morrendo.

 A soltura ocorreu na sexta-feira (1 de setembro), em Florianópolis.


Texto e fotos:
Ricardo Wegrzynovski / R3 Animal


Explorando mundos por páginas: Hábitos para iniciar na literatura

Segundo docente da UNIFRAN, para desenvolver gosto pela leitura, é preciso compreender o que ela pode proporcionar a cada um


Criar o hábito de leitura é uma jornada que pode transformar vidas, abrir portas para o conhecimento e oferecer um prazer por meio das palavras. Compreender como adentrar neste mundo e os benefícios que ele traz é o primeiro passo para cultivar essa prática enriquecedora. 

Segundo Cláudio Nazaré Silveira, coordenador dos cursos de Pedagogia, Letras e História da Universidade de Franca – UNIFRAN, instituição pertencente a Cruzeiro do Sul Educacional, para desenvolver gosto e apreço pela leitura é preciso compreender o que ela pode proporcionar a cada um. “Existe uma infinidade de gêneros de livros no qual cada leitor deve iniciar a prática diária da leitura por meio dos assuntos e temas que mais lhe despertam interesse, seja para buscar informação ou para entretenimento”. 

Para aqueles que desejam começar a criar este hábito, a chave é alinhar a escolha de leitura aos próprios interesses, idade e nível educacional. Se você é jovem e gosta de esportes, revistas sobre o assunto podem ser um começo. Se temas como política ou economia chamam sua atenção, jornais e revistas especializadas são opções valiosas. Já para os amantes da ficção, romances e biografias podem transportá-los para aventuras inexploradas. 

Cláudio explica que ingressar no universo literário pode ser facilitado por textos com linguagem menos complexa, como gibis, literatura infantojuvenil e best-sellers. Esses textos são projetados para um público amplo e ajudam a construir familiaridade com a leitura. À medida que se torna mais confortável com a linguagem, explorar os clássicos oferece a oportunidade de aprimorar. 

“Além de aperfeiçoar habilidades de comunicação em diversas áreas da vida, a leitura literária proporciona prazer e satisfação únicos. Através da ficção, é possível viver sonhos e aventuras, tornando a leitura uma forma de terapia pessoal.” 

O docente ainda explica que a quantidade de páginas a serem lidas diariamente varia conforme o tempo e a disposição individual. No entanto, dedicar pelo menos meia hora por dia a uma leitura focada é um passo importante para adquirir conhecimento. 

“Estabelecer metas pode ser uma ferramenta poderosa para desenvolver a disciplina na leitura. A sugestão é aproveitar momentos ociosos para ler em vez de assistir à televisão.” 

Segundo o docente, ler abundantemente também contribui para a melhoria da escrita. A exposição diária e diversificada a diferentes estilos de escrita expande o vocabulário e a compreensão dos recursos linguísticos, enriquecendo a capacidade de se comunicar eficazmente. 

Cláudio Nazaré Silveira, coordenador dos cursos de Pedagogia, Letras e História da UNIFRAN, finaliza dizendo que qualquer ato de leitura é benéfico, não importa o gênero, mas o texto literário é realmente aquele que mais agrega valor. “A literatura transcende o tempo e o espaço, permitindo-nos compreender a humanidade em sua diversidade. A literatura é atemporal e ajuda-nos a compreender o homem de qualquer tempo e lugar, além de auxiliar a autocompreensão em nossos anseios e desejos. Literatura humaniza o homem!” 


UNIFRAN
www.unifran.edu.br



5 dicas para construir um planejamento estratégico de Diversidade & Inclusão

Relatório divulgado pelo GPTW mostra que somente 12,1% dos colaboradores enxergam que as corporações possuem maturidade em D&I


Diversidade e Inclusão têm ganhado cada vez mais destaque no âmbito corporativo, já que as organizações reconhecem a importância desses tópicos e estão adotando abordagens concretas, colocando os temas relacionados à ESG no planejamento estratégico dos negócios. De acordo com o relatório ‘Tendências de Gestão de Pessoas em 2022’, produzido e divulgado pelo Great Place to Work (GPTW), a maioria dos colaboradores enfatizam que a Diversidade e Inclusão são temas importantes para as empresas, porém somente 12,1% enxergam que as corporações possuem maturidade neste aspecto.

Essa discrepância entre o reconhecimento da relevância e a efetiva maturidade realça o desafio de transformar intenções em ações concretas. Portanto, a  Scooto, central de atendimento que transforma o relacionamento entre pessoas e empresas, apresenta 5 dicas para elaborar um plano de D&I consistente.

Engajamento da Liderança
O comprometimento genuíno com o tema deve ser demonstrado de maneira contínua, coerente e visível pela liderança.  Esse compromisso não apenas influencia a cultura organizacional, mas também transmite uma mensagem poderosa aos colaboradores de que essa estratégia é uma prioridade, e não uma tendência passageira.

Avaliação e Diagnóstico
É essencial avaliar a atual situação da empresa em relação ao assunto para identificar deficiências e áreas que necessitam de aprimoramento. Ainda segundo o Great Place to Work (GPTW), 93% das empresas reconhecidas como ‘Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil em 2021’ possuem um profissional dedicado a combater a discriminação e promover a diversidade. Neste sentido, a realização de uma auditoria especializada é altamente eficaz, já que permite uma análise minuciosa de fatores como representatividade em cargos técnicos e estratégias de recrutamento.

Estabelecimento de Objetivos Claros
Para efetuar a implementação de um plano de Diversidade & Inclusão de maneira eficaz, é importante estabelecer metas objetivas, pois, não somente fornecem diretrizes claras, mas também mantêm o foco na obtenção de resultados tangíveis. 

Políticas e Práticas Inclusivas
O desenvolvimento de soluções efetivas inicia-se com a formulação de políticas afirmativas que garantam um ambiente seguro e acolhedor para todos os indivíduos, assegurando igualdade de oportunidades. Elas podem englobar diversas iniciativas, como o aumento da diversidade em posições de liderança, a promoção de uma cultura inclusiva nas decisões estratégicas e o estímulo à criação de soluções diversas.

Letramento e Sensibilização
O letramento em Diversidade & Inclusão proporciona uma base sólida de conhecimento sobre tópicos relacionados ao tema, como preconceitos inconscientes, estereótipos, privilégios e diferentes identidades. Isso não apenas aumenta a conscientização dos colaboradores, mas também os instrui sobre como essas questões podem impactar o ambiente de trabalho. Além disso, é importante integrar o letramento ao processo de recrutamento de novos colaboradores e criar uma variedade de recursos, tais como workshops, vídeos e materiais online, para atender a diversos estilos de aprendizado. Incentive ainda a aprendizagem contínua e crie espaços abertos para diálogos sobre assuntos sensíveis


Mesmo com nova lei, Brasil ainda precisa avançar em igualdade salarial entre homens e mulheres

Tradicionalmente desigual em diversos aspectos, país tenta diminuir diferença salarial ainda existente

 

Durante muitos anos a igualdade salarial entre homens e mulheres foi algo distante da realidade brasileira e esta situação foi erroneamente encarada com naturalidade por algum período. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado no fim de 2022, a mulher brasileira recebe 78% do que ganha um homem.

Recentemente, a lei 14.611, sancionada pelo presidente Luiz Inácio, determinou que as empresas que não cumpram os requisitos de igualdade salarial podem ser multadas em até dez vezes o valor do salário devido ao colaborador. 

“Ao garantir salários iguais, a sociedade reconhece o valor do trabalho desempenhado pelas mulheres, sejam eles profissionais, acadêmicos, domésticos ou de qualquer outra função exercida”, explica Jorgiana Lozano, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira.

Mesmo antes da nova lei, a Constituição Federal do Brasil e as leis trabalhistas já estabeleciam orientações relacionadas à igualdade salarial entre homens e mulheres na busca da garantia da remuneração igualitária entre os gêneros.

Após sancionada,  empresas que apresentem desigualdade salarial ou de critérios remuneratórios deverão apresentar e implementar plano de ação para mitigar a desigualdade, com metas e prazos, garantida a participação de representantes das entidades sindicais e de representantes dos empregados nos locais de trabalho.

Além disso, uma vez comprovada a diferença em termos de salário, a empresa será multada em valor correspondente a 10 vezes o salário que deveria ser pago ao colaborador, que pode ser dobrado, em caso de reincidência. 

“É fundamental o estabelecimento de mecanismos de transparência salarial,  incremento da fiscalização contra a discriminação salarial,  com a disponibilização de canais específicos para denúncias, além da implementação de programas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho”, opina Ágatha Otero, especialista em direito trabalhista no Aparecido Inácio e Pereira.


Como o colaborador pode agir?

É importante que o colaborador compreenda seus direitos trabalhistas e esteja ciente das leis relacionadas à igualdade salarial entre homens e mulheres. Consultar um advogado trabalhista ou o sindicato da categoria pode ajudar a obter informações detalhadas sobre os direitos e as leis aplicáveis.

“O colaborador que se sinta lesado pode buscar assistência jurídica de um advogado trabalhista para entrar com uma ação na Justiça do Trabalho e o profissional irá representar o colaborador e buscar uma solução por meio do processo judicial”, esclarece Jorgiana.

A nova lei determina a publicação de relatórios de transparência e de critério remuneratório para empresas com cem ou mais empregados, entretanto, é válido ressaltar que a igualdade salarial é um princípio fundamental de justiça social e equidade de gênero. Pagamentos justos e iguais para trabalho igual ou equivalente são essenciais no combate a discriminação de gênero e garantia de igualdade no local de trabalho.

“Fatores como etnia, origem social e identidade de gênero também influenciam no acesso ao mercado de trabalho e na remuneração das mulheres. Por isso, o que se espera com a nova lei, é que exista mais do que a equiparação salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função, mas também a redução da pobreza e o desenvolvimento econômico e social”, finaliza Ágatha.

 

Dra. Jorgiana Paulo Lozano - Advogada no escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, é especialista em Direito do Constitucional e Administrativo.

Dra. Agatha Flávia Machado Otero - Bacharela em Direito pela Universidade Santo Amaro e pós-graduanda em Direito e Processo do Trabalho pela Escola Paulista de Direito.


Público infantil é o que mais lê no Brasil: crianças de 5 a 10 anos consomem livros com frequência

 A iniciativa mostra que crianças que são incentivadas a ler entram na escola tendo ouvido aproximadamente 1,4 milhão de palavras a mais do que as que não cultivam esse hábito

 

O hábito de leitura é uma experiência engrandecedora para qualquer ser humano. Para as crianças, é por meio dos livros que existe a possibilidade de visitar lugares desconhecidos, dar asas à imaginação, além de ajudar no aprendizado e no desenvolvimento.

De acordo com o recente levantamento feito pelo IPL (Instituto Pró-Livro), o público infantil é o que mais lê no Brasil. O relatório mostrou que crianças de 5 aos 10 anos de idade consomem livros com frequência. Essas crianças representam 23% de toda a população e costumam ler diariamente ou quase todos os dias por vontade própria.

Para Carmen Pareras, diretora da Catapulta Editores no Brasil, os livros são peças fundamentais para que as crianças se desenvolvam bem e tenham bons hábitos no futuro. “Muitas pessoas não sabem, mas os livros quando inseridos desde cedo na vida das crianças, eles ajudam a aprender a identificar coisas, socializar, criar o senso crítico e ampliar sua compreensão.", explica.

Um estudo realizado pela Universidade de Ohio mostra que crianças que são incentivadas a ler entram na escola tendo ouvido aproximadamente 1,4 milhão de palavras a mais do que as que não cultivam esse hábito.

“A leitura é um hábito que estimula a criatividade das crianças e exercita paciência e compreensão ao acompanhar a história do livro. Também é essencial para o desenvolvimento e alfabetização dos pequenos, especialmente quando a leitura é feita em voz alta pela criança”, comenta Natália Reis Morandi, psicóloga na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Decifrar, compreender, generalizar, sintetizar ou até mesmo propor hipóteses são funções superiores da mente, usadas durante a leitura. Talvez por isso, pesquisas científicas realizadas nos Estados Unidos – Universidade de Stanford ­– e na França – Unidade de Neuroimagiologia Cognitiva do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm/Comissão de Energia Atômica e de Energias) – comprovam que a leitura faz bem ao cérebro. 

Dentre os diversos benefícios que a prática oferece as crianças, também é por meio dela que as crianças:

  • Desenvolvem a concentração;
  • Estimulam a memória;
  • Trabalham o raciocínio e compreensão;
  • Estimulam a linguagem oral;
  • Ampliam a capacidade criativa. 

Os benefícios se estendem também para o fortalecimento de vínculos afetivos e habilidades socioemocionais, uma vez que, por meio da leitura, as crianças começam a entender seus sentimentos e a tentar lidar com eles.

“Ler com os pequenos é uma forma de estreitar o laço afetivo e também entender o universo e as emoções da criança, mostrando para as crianças as maneiras saudáveis de lidar com os sentimentos”, finaliza Morandi.

 

Catapulta
https://catapultaeditores.com.br/
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


1 em cada 5 síndicos de prédios de SP é empresário: confira o ‘raio-x’ do síndico paulistano

Levantamento da Lello, maior administradora de condomínios do país e quinta maior do mundo, aponta mudanças no perfil dos síndicos paulistanos, que estão mais jovens e ficam menos tempo no cargo do que antes; mais de 80% dos que comandam os edifícios têm mais de 46 anos; 32% são mulheres 



Um em cada cinco síndicos de prédios da cidade de São Paulo concilia a tarefa de administrar o dia a dia do condomínio com a vida de empresário. É o que aponta o mais recente estudo do Data Lello, braço de inteligência de dados da Lello Condomínios, que compila, traduz, cruza analisa e transforma em informação e tendência os dados relacionados à vida em comum na cidade.

Em relação ao último levantamento, feito em 2019, houve algumas mudanças no perfil dos síndicos paulistanos. Eles estão mais jovens que antes e ficam menos tempo à frente do condomínio do que no último levantamento. Em 2019, 43% dos síndicos tinham mais de 60 anos e 48% permaneciam por três mandatos (ou 6 anos), em média, à frente dos condomínios.

Nesta pesquisa mais recente, o tempo médio dos síndicos à frente dos condomínios caiu para dois mantados . O atual tempo médio dos síndicos no comando dos condomínios é entre dois e quatro anos em 52% da amostra, mais de quatro anos em 35% dos casos e até dois anos em 13%.

Conforme a pesquisa Data Lello, 45% dos síndicos têm entre 46 e 60 anos de idade e apenas 37%, acima de 61 anos. Os síndicos com idades entre 31 e 45 anos representam 17% do total, enquanto os abaixo de 30 anos de idade representam 1%.

Segundo o estudo, 19% dos condomínios são comandados por síndicos que também são empresários. Outros 15% dos síndicos são administradores de empresas, 13%, aposentados, 9%, engenheiros e 7%, advogados.

Outras profissões comuns identificadas entre os síndicos paulistanos são as de professor, economista, arquiteto e médico.

O número de síndicos profissionais também obteve um leve crescimento em relação ao último estudo passou de 11% em 2019 para 13%, agora. Ainda assim, 87% dos síndicos paulistanos continuam sendo moradores de seus condomínios.

O estudo mostra também uma tendência que 68% dos síndicos são homens, e 32%, mulheres.

“Percebemos uma sensível mudança no perfil dos síndicos. A disputa pelo cargo está mais acirrada, e os candidatos estão cada vez mais conectados com o seu verdadeiro papel para o condomínio, para o bairro e para a cidade. São pessoas genuinamente preocupadas com a formação das comunidades, com o fomento à convivência, com a construção de vizinhanças mais amáveis e colaborativas, entendendo o verdadeiro papel que devem cumprir”, afirma Angélica Arbex, diretora de Marketing da Lello Condomínios.

Segundo ela, o síndico contemporâneo se interessa muito por serviços integrados, otimização de recursos, novos formatos de contratação de mão de obra e um desenho claro de plano de trabalho e apresentação de resultados.

“O compromisso é com a eficiência da gestão, e isso faz toda a diferença. O síndico é fundamentalmente um gestor de ativos. Ele tem sob sua governança a maior riqueza das famílias que compões aquele condomínio que é o seu imóvel. Se ele vai valer 100 ou 1000 daqui a 10 anos vai depender de como esse patrimônio foi gerido. E o síndico é quem está a frente desta imensa responsabilidade, de fazer a maior riqueza daquela comunidade ser preservada.”, destaca Angelica.

Para a diretora da Lello, ser síndico, hoje, é ir muito além da rotina de controlar receitas e despesas, cobrar os inadimplentes e zelar pelo cumprimento do regimento interno. “Claro, os problemas de sempre vão continuar existindo – festas barulhentas, brigas entre moradores, a fumaça do cigarro que invade o apartamento vizinho, os inadimplentes crônicos. Mas o papel do síndico moderno é ser um construtor das novas relações entre as pessoas, e contribuir para que o convívio seja cada vez maior.



Novos condomínios em SP

Segundo projeção da Lello, a cidade de São Paulo deve ganhar 580 novos condomínios residenciais em 2023. Administradora estima que entre 2023 e 2025 serão entregues 1,7 mil novos prédios, com cerca de 168 mil apartamentos e 650 mil novos moradores nas unidades. Atualmente a capital paulista conta com 31 mil condomínios, dos quais 90% são residenciais.

 

domingo, 3 de setembro de 2023

O Amor e o amor-próprio




Afinal, o que é o amor? Qual a sua forma mais pura? Dentre tantas frases e textos que tentam definir este sentimento, não seria ele algo aprimorado pela vida e maturidade?

Quando nos curamos por meio do perdão, nos tornamos mais aptos a receber e a compartilhar o amor na sua plenitude. Veja, enquanto carrego as mágoas da infância, de tudo aquilo que considero falhas ou negligências a meu respeito, o amor que habita em mim não pode se manifestar totalmente, pois existe um muro entre as minhas emoções positivas e emoções negativas.

Somente após a compreensão, que chega com a experiência de vida e da ressignificação de tudo o que já fui e senti é que o meu amor transborda, a ponto de ser compartilhado.

Amor de verdade é quando não há mais julgamentos e sim aceitação. Paro de culpar meus pais por tudo aquilo que me faltou e, finalmente, compreendo que eles me deram o que podiam, o que tinham para dar. A então ausência de julgamento, me permite doar o meu amor em sua melhor forma, tanto para meus pais quanto para meus filhos, cônjuge, amigos, trabalho ou o que for. Tudo é energia e quando ela flui, se espalha para todas as áreas da vida.

Após o não mais julgar de nossos pais, tudo muda. Eu passo a não me autojulgar e não julgar ao próximo. Passo a ter respeito pela vida que cada um tem. Este nível de maturidade e entendimento, me permite olhar no espelho e ver meus ancestrais com orgulho, aceito o que antes eram os supostos defeitos de meus pais em mim, os ressignificando e os transformando em algo novo, quebrando antigos padrões, como um convite para que novos comportamentos cheguem.

Isso é o amor! Quando aceitamos com respeito as pessoas como elas são e depois disso nos aceitamos. Esta fluidez do que se é e do que os outros são abre espaço para o fluir da vida. O que antes era estagnado agora se movimenta e abre espaço para a prosperidade em todos os sentidos da palavra.

O amor aos nossos pais é o mais importante, pois somente a cura das feridas em nossas raízes é que permite a expansão do amor para outras áreas da vida. A primeira consequência deste amor curado é a aquisição do amor-próprio, que se expande para a vida emocional, afetiva, saúde, financeira e tudo o que puder se imaginar.

O amor é a energia da vida.

Tudo está certo.

Existem quatro leis espirituais ensinadas no Hinduísmo, que afirmam o seguinte:

“A pessoa que vem é a pessoa certa”.

“Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido”.

“Toda vez que você iniciar é o momento certo”.

“Quando algo termina, termina”.

Ou seja, tudo na vida está correto. Entre o suposto errado e o ponto certo a ser atingido existe uma trajetória que nos ensina, nos fortalece e nos molda exatamente onde precisamos.

E tudo o que acontece ao nosso redor está conectado com essa sabedoria divina.

Tudo é energia. E ela se movimenta por meio do amor.

Se permita sentir o primeiro amor dentro de você, dos seus pais. Olhe para isso e se permita curar e amar seus pais. Todo o resto é consequência desse primeiro amor.

E assim, a vida flui.

Por meio do amor e para o amor, com empatia, num ciclo que nunca termina.

 

Lucy Mari Tabuti - empresária, educadora, escritora e psicoterapeuta. Autora do livro “Os 5 fundamentos de reencontro com seu eu” (Literare Books International). Instagram: @lucymaricriativo



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