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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Cresce o número de óbitos no trabalho e acidentes notificados ao SUS batem recorde

Mais de 612 mil acidentes de trabalho foram registrados em 2022 no País, quando foram comunicados ao INSS 612,9 mil acidentes e 2,5 mil óbitos de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada, um aumento de 7% em relação a 2021


Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolvido no âmbito da Iniciativa SmartLab de Trabalho Decente, coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o Brasil, em mais de uma década, de 2012 a 2022, foram comunicados 6,7 milhões acidentes de trabalho e 25,5 mil mortes no emprego com carteira assinada. As informações se baseiam em comunicações de acidentes de trabalho (CAT) ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

No mesmo período, ocorreram 2,3 milhões de afastamentos pelo INSS em razão de doenças e acidentes de trabalho, e o gasto com benefícios previdenciários acidentários, em valores nominais, já chega a R$ 136 bilhões de reais. O valor inclui ocorrências como auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente relacionados ao trabalho.

Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde e presidente da Oncare Saúde e da ABRESST - Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho, lamenta o aumento de acidentes e óbitos no trabalho. “Apenas em 2022, foram comunicados ao INSS 612,9 mil acidentes e 2,5 mil óbitos de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada, um aumento de 7% em relação a 2021. A incidência de acidentes de trabalho no emprego formal no ano passado chegou a 171 casos a cada 10 mil empregos (pessoas expostas ao risco, em média), o que acompanha os mesmos patamares de 2021, se considerados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD-C do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para empregados com carteira de trabalho assinada. Com todos os recursos, legislação e profissionais dedicados a prevenção que temos, nos deparar com esses números é muito triste”.


Os afastamentos vão de acidentes aos transtornos mentais

         Em 2022 foram concedidos 149 mil benefícios previdenciários decorrentes de doenças ou acidentes de trabalho no emprego formal. Repetindo o padrão de anos anteriores, os afastamentos acidentários mais frequentes envolvem lesões graves, como fraturas, amputações, ferimentos, traumatismos e luxações (91 mil notificações). Quanto aos transtornos mentais e comportamentais, o número de afastamentos foi de 9 mil, um aumento de 2% em relação ao ano anterior.

Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade que custam à economia global quase um trilhão de dólares. “É urgente que se faça a gestão dos riscos psicossociais laborais e promover a saúde mental no e pelo trabalho, pois, além de um direito fundamental, ambientes de trabalho seguros e saudáveis minimizam a tensão e os conflitos e melhoram a fidelização do quadro de pessoal e o rendimento e a produtividade do trabalho”, afirma Ricardo Pacheco.

“O total de auxílios-doença concedidos por depressão, ansiedade, estresse e outros transtornos mentais e comportamentais (acidentários e não-acidentários) cresceram novamente em 2022, com mais de 200 mil novas concessões, um aumento de 3% em relação ao ano anterior. Isso diz muito sobre o impacto da pandemia no mundo do trabalho, quando as pessoas adoeceram também em home office”, ressalta o médico.

O gestor e presidente da Oncare Saúde lamenta o cenário nacional. “Além do triste passivo humano e dos dramas familiares associados, esses acidentes e doenças produzem de um lado enormes despesas para o sistema de saúde e para a Previdência Social, e de outro lado, gigantesco impacto negativo, financeiro e de produtividade, para o setor privado e para a economia em geral. Meio bilhão de dias de trabalho foram perdidos com as ocorrências no setor formal desde 2012 e, de acordo com a OIT, a perda média para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial, a cada ano, é de 4%. No caso específico do Brasil, essa porcentagem equivale a aproximadamente R$ 400 bilhões anualmente, se levarmos em consideração o PIB do País em 2022, que foi de R$ 9,9 trilhões. Em números acumulados, o prejuízo econômico pode chegar a R$ 4 trilhões de reais, metade do PIB anual do Brasil em dados de hoje”.


O papel dos serviços de saúde e segurança no trabalho na redução dos acidentes, doenças e afastamentos relacionados ao trabalho

Os serviços de SST são responsáveis por promover um ambiente de trabalho seguro e saudável para os funcionários, garantindo que as empresas cumpram as normas de segurança e saúde estabelecidas pelas leis e regulamentações:

·         Identificando e avaliando os riscos – Os serviços especializados realizam avaliações detalhadas dos locais de trabalho para identificar riscos potenciais para a saúde e segurança dos funcionários. Isso inclui a análise de processos de trabalho, máquinas, equipamentos, produtos químicos e outros fatores que podem causar danos.


·         Implementação de medidas preventivas - Com base nas avaliações de risco, os serviços de saúde e segurança no trabalho desenvolvem e implementam medidas preventivas adequadas. Isso pode incluir a instalação de proteções em máquinas, treinamento de funcionários em práticas seguras, fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) e estabelecimento de procedimentos seguros de trabalho.


·         Treinamento e conscientização - Os serviços oferecem treinamento regular para os funcionários, a fim de aumentar sua conscientização sobre os riscos ocupacionais e como preveni-los. Funcionários bem-informados têm mais chances de evitar acidentes e lesões no trabalho.


·         Gestão de acidentes e doenças - Em caso de ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho, os serviços de saúde e segurança são responsáveis por garantir uma resposta adequada e o tratamento oportuno para os afetados. Isso pode incluir primeiros socorros, encaminhamentos para atendimento médico e investigações de acidentes para evitar recorrências.


·         Promoção da saúde - Além de prevenir acidentes, esses serviços também podem se concentrar na promoção geral da saúde dos trabalhadores. Isso envolve incentivar práticas saudáveis, oferecer programas de bem-estar, cuidados preventivos e outras iniciativas que melhorem o bem-estar físico e emocional dos funcionários.


·         Monitoramento e avaliação contínua - Os serviços de saúde e segurança no trabalho realizam monitoramento contínuo das condições de trabalho e do impacto das medidas de segurança implementadas. Isso permite ajustes e melhorias constantes para garantir a eficácia das ações preventivas.


·         Cumprimento das regulamentações - Esses serviços garantem que a empresa esteja em conformidade com todas as regulamentações de saúde e segurança aplicáveis, evitando multas e sanções legais.

A Oncare Saúde é especializada em serviços de saúde e segurança no trabalho. “Ao adotar uma abordagem proativa para identificar riscos e implementar medidas preventivas, esses serviços podem contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, aumentando a produtividade e o bem-estar dos funcionários”, completa Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde e presidente da Oncare Saúde.

 

Mais produtividade: como a Inteligência Artificial pode auxiliar as pessoas no trabalho

Podendo ser vista como uma aliada das organizações, a Inteligência Artificial pode impulsionar a produtividade, agilizar os processos internos e ainda otimizar o tempo das equipes

 

 

A Inteligência Artificial já é uma realidade nas nossas vidas e tem sido cada vez mais implementada nas empresas. Acredita-se que a IA, como também é chamada, está destinada a criar um jeito completamente novo de trabalhar. 

 

A substituição da mão de obra é uma questão delicada que a implementação desse tipo de tecnologia traz há muitos anos para a discussão. Porém, embora esse ponto mereça atenção, diversos estudos têm mostrado que a Inteligência Artificial pode contribuir com inúmeras melhorias no dia a dia de trabalho – tanto para as empresas quanto para os colaboradores. 

 

Aderindo a esse tipo de recurso, organizações ganham produtividade e colaboradores ganham tempo, por exemplo. Esse combo permite o desenvolvimento de estratégias cada vez mais efetivas e, consequentemente, a conquista de resultados cada vez mais promissores.

 

Um levantamento feito pela Microsoft indicou que 64% das pessoas afirmam não ter tempo ou energia para trabalhar. Nesse sentido, a IA vem para agilizar esse processo, permitindo que o profissional dedique mais tempo para as tarefas criativas. Nessa mesma linha, a pesquisa mostra que 82% dos líderes afirmam que os colaboradores precisam desenvolver novas habilidades para acompanhar a Inteligência Artificial. Isso prova que tão importante quanto ter boas ferramentas é contar com equipes preparadas para fazer um bom uso delas.

 

Para Hugo Godinho, CEO da Dialog, startup que lidera o setor de Comunicação Interna no Brasil, essa junção entre tecnologia e estratégia pode ser bastante positiva para as empresas. “A Inteligência Artificial permite que os esforços destinados a atividades operacionais sejam reduzidos, pois ela é capaz de conduzir essas tarefas. Isso pode funcionar de diferentes formas, tudo depende da área em que a IA for implementada e dos recursos que ela oferecerá”, explica.

 

Na Comunicação Interna, por exemplo, a Inteligência Artificial tem ocupado cada vez mais espaço. A Dialog foi a HRTech pioneira no país a realizar a integração desse recurso à plataforma multicanal de CI que oferece a grandes empresas. O CEO ressalta que essa tecnologia precisa ajudar as organizações a solucionar alguma dor latente nos processos das áreas. 

 

“Entendemos que, muitas vezes, as equipes de Comunicação Interna nas empresas são pequenas. Com isso, os poucos profissionais que atuam no setor costumam ter a agenda apertada diante da necessidade de executar tantas atividades. Dessa forma, a Inteligência Artificial pode ser uma importante aliada. Com a Dialog, esse recurso visa otimizar o tempo dessas equipes e ajudá-las a produzir o conteúdo que será publicado na plataforma, garantindo uma experiência de comunicação ágil, intuitiva e personalizada”, explica Hugo. 

 

Além da produção de conteúdo em si, outra novidade tecnológica que a startup incluiu na plataforma foi a possibilidade de analisar o sentimento dos colaboradores por meio de um termômetro. Assim, as empresas conseguem identificar como a comunicação está sendo absorvida na jornada do colaborador. “É como existir uma pesquisa de satisfação ou de clima em tempo real”, comenta o CEO. 

 

Ao que tudo indica, a Inteligência Artificial promete impulsionar o desenvolvimento das pessoas, estimulando a criatividade e dando ferramentas que apoiam a execução de tarefas cotidianas. “Entendemos que a Inteligência Artificial pode absorver a realização de atividades que minam a nossa criatividade e dinamizar os processos, independente do tipo de empresa, permitindo que os profissionais se dediquem – efetivamente – ao crescimento do negócio”, finaliza Hugo Godinho.

 


Dialog

A reforma tributária e seu impacto nas empresas de SST

Há muito tempo o País espera por uma reforma tributária, mas com o texto proposto, o setor de Saúde e Segurança no Trabalho será fortemente impactado

 

Parece que depois de muitos anos a reforma tributária finalmente deu a largada do que parece ser seu momento mais decisivo: a formatação de uma proposta final e de consenso para ser votada ainda esse ano.

Contudo, o que se pôde perceber é que haverá um forte impacto no setor de prestação de serviços, onde se enquadram as empresas de saúde e segurança no trabalho.

Em linhas gerais, as PECs 45 e a 110 sugerem a substituição de cinco impostos – IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS – por uma alíquota única que vem sendo chamada de Imposto sobre Bens e Serviço (IBS), além de um Imposto Seletivo (IS) para desestimular segmentos nocivos à saúde, como bebidas alcóolicas e cigarro. É uma reforma tributária sobre consumo, pois as outras esferas tributárias – propriedade, renda e folha de pagamento – ficaram para um segundo momento.

O objetivo é estabelecer uma alíquota única, que ninguém sabe ao certo qual será. Do ponto de vista setorial, pode ficar abaixo ou acima do que um determinado segmento recolhe atualmente. Por mais que haja uma transição prevista e que a simplificação tributária traga mais eficiência – e menos custos – na aferição dos impostos, a preocupação geral, inclusive do setor de saúde e segurança no trabalho, reside na possibilidade de aumento de impostos.


Empresas de SST estão preocupadas

O conceito da alíquota única está baseado nos moldes do imposto sobre valor agregado (IVA) e considera acúmulo de crédito de impostos pagos ao longo de uma cadeia. O problema é que o setor de serviço, onde está a maior parte das empresas de SST, tem boa parte de seus custos alocados na mão-de-obra – que não será discutida nessa fase da reforma – e não conseguiria acumular crédito para neutralizar a alíquota única.

Para Ricardo Pacheco, presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) e da Oncare Saúde, as empresas especializadas têm razão para estarem preocupadas. “Suponha que uma empresa pague ISS na base de 3%, 4%, no máximo 5% e há a possibilidade de uma alíquota uniforme de 25%. Como ela vai aproveitar crédito se não compra insumo e tem só mão-de-obra? Tem uma certa racionalidade, mas é preciso lembrar que hoje, esses 4%, 5% são cumulativos, ele é incorporado no preço do serviço quando vende para outra empresa, que por sua vez, não aproveita esse crédito, então isso é despesa”.

O presidente da entidade defende um tratamento diferenciado para o setor. “Esperamos que o setor de SST tenha um tratamento diferente na reforma, assim como está sendo proposto para a saúde. Em boa parte dos países da OCDE que adotaram um sistema de alíquota única, essa diferenciação existe. Mesmo nos discursos dos representantes de governo envolvidos com a reforma isso já está no radar. Mas como isso será de fato feito ainda não se sabe também. Defendemos a redução na base de cálculo ou uma alíquota menor para as empresas de SST”.


As empresas de SST têm um papel fundamental para o País

As empresas de Saúde e Segurança no Trabalho desempenham um papel fundamental no Brasil para garantir a proteção e bem-estar dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho.

“Essa importância se baseia em vários fatores que contribuem para a melhoria das condições de trabalho e a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais”, reafirma Ricardo Pacheco

O médico e presidente da ABRESST elenca algumas razões que fazem com que essas empresas sejam essenciais para o País:

·         Prevenção de acidentes: As empresas de SST trabalham para identificar riscos e implementar medidas preventivas para evitar acidentes no ambiente de trabalho. Isso reduz também o número de lesões, garantindo um ambiente mais seguro para os trabalhadores.


·         Redução de doenças ocupacionais: Essas empresas também ajudam a identificar fatores que podem levar ao desenvolvimento de doenças ocupacionais, como problemas respiratórios, lesões musculares, estresse e doenças mentais. Ao adotar medidas preventivas, é possível reduzir a incidência dessas doenças e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.


·         Cumprimento da legislação: O Brasil possui uma legislação trabalhista e de segurança muito abrangente e rigorosa. As empresas de SST auxiliam as organizações a cumprirem as normas e regulamentações, evitando multas e sanções legais, além de proteger a reputação das empresas.


·         Aumento da produtividade: Trabalhadores saudáveis e seguros tendem a ser mais produtivos. Ao investir em saúde e segurança no trabalho, as empresas podem reduzir o absenteísmo e a rotatividade de funcionários, melhorando a eficiência e a produtividade geral do negócio.


·         Responsabilidade social e imagem da empresa: Empresas que priorizam a saúde e a segurança de seus funcionários demonstram um alto grau de responsabilidade social. Essa atitude pode melhorar a imagem da empresa perante os clientes, investidores e a sociedade em geral, tornando-se um diferencial competitivo positivo.


·         Impacto econômico: Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais têm um impacto significativo na economia, gerando custos com licenças médicas, indenizações, processos judiciais e outros. Ao investir em prevenção, as empresas contribuem para a redução desses custos e para a sustentabilidade do sistema de saúde do País.

“As empresas de Saúde e Segurança no Trabalho desempenham um papel vital para proteger a força de trabalho do Brasil, promovendo um ambiente laboral mais seguro e saudável, reduzindo custos e aumentando a produtividade. Além disso, contribuem para o desenvolvimento econômico sustentável e para uma sociedade mais justa e responsável. Por isso merecem um olhar especial em qualquer que seja o projeto de reforma tributária”, completa Ricardo Pacheco, presidente da ABRESST.

 

ABRESST - Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho


Sistema integrado da VLI inicia embarques de safra de milho para exportação

Companhia registra movimentação nos corredores Norte, Leste e Sudeste e utiliza flexibilidade e inovação para otimizar embarques

 

A VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – começa a realizar, em agosto, os embarques para exportação da safra recorde de milho prevista para 2023, a partir do Terminal de Produtos Diversos (TPD), localizado no Complexo de Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo. O escoamento dos polos produtores, principalmente Minas e Goiás, é feito pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que atende à demanda dessas regiões pelo corredor Leste.  

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total de milho no Brasil na atual safra será em torno de 125,5 milhões de toneladas, um aumento de 12,4 milhões de toneladas em relação à safra anterior, sendo aproximadamente 50 milhões para exportação. Para atender à demanda crescente, o TPD é peça-chave no sistema integrado que atende o agronegócio brasileiro, com capacidade para movimentar seis milhões de toneladas de grãos para exportação. Situado no maior complexo portuário privado do Brasil, o terminal recebe 20% do volume de commodities movimentado pela VLI.   

Para atender à demanda da região Sudeste, a companhia também utiliza o Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), situado na margem central do Porto de Santos, que recebe carga da FCA pelo corredor Centro-Sudeste. “Trabalhamos a flexibilidade dos dois portos (TPD e Tiplam) para otimizar a utilização de ambos os corredores, já que os embarques acontecem até o final do ano”, explica o gerente-geral de Operações do Sistema Sudeste da VLI, Denilson Fernandes.  

O volume expressivo da atual safra de milho também passa pelo Terminal Portuário São Luís (TPSL), da VLI, localizado no Porto de Itaqui, na capital maranhense. O terminal, que possui vantagem competitiva devido à sua localização estratégica, próxima da rota marítima com Europa e os Estados Unidos, também já realizou os primeiros embarques em julho. Além desses mercados, o milho, que é escoado pelo corredor Centro-Norte, pela Ferrovia Norte-Sul (FNS) atende ainda os mercados asiático e sul-americano.  

 

Inovação e flexibilidade   

No corredor Leste, foi implementado no TPD o Sistema de Planejamento de Embarque e Desembarque de Navios (Speed), para promover mais eficiência nas operações de carga e descarga dos navios. Antes da utilização do software, o plano de desembarque de navios era feito exclusivamente pelo capitão, com foco na estabilidade da embarcação, sem levar em conta o tempo necessário para a conclusão da operação. A utilização da ferramenta alcança uma estimativa de ganho de aproximadamente duas horas por navio, o equivalente a 90 horas operacionais por ano.

Com essa iniciativa, criada nas jornadas de intraempreendedorismo da VLI, a companhia se tornou pioneira na proposição de planos de embarque e desembarque, considerando a capacidade operacional dos portos, os interesses dos clientes e garantindo a estabilidade e a segurança dos navios, de forma personalizada para cada embarcação. O sistema é capaz de propor planos de desembarque ou embarque mais eficientes, permitindo a redução no tempo de operação, gerando maior capacidade de movimentação de carga nos portos da VLI.

Diante dos desafios trazidos ao setor portuário pelas safras, a companhia também desenvolveu o sistema flex no Tiplam, para otimizar a movimentação de commodities que chega nas composições. A inovação permite o recebimento simultâneo de diferentes comodities do agronegócio, aumentando a capacidade de armazenamento e reduzindo gargalos, como a fila de espera dos navios que aguardam carregamento. O sistema aproveita as ociosidades que ocorrem ao fim dos picos da produção de soja e açúcar, para receber o milho.

Até meados de 2020, os sistemas do terminal eram cativos, com rotas dedicadas exclusivamente a determinados produtos. “O sistema flex permite priorizar as cargas conforme a fila dos navios, atendendo grãos ou açúcar de forma equilibrada, otimizando a gestão do retroporto e eliminando gargalos desde o recebimento, armazenamento, até o embarque para exportação. Essa inovação permite o manuseio de produtos diferentes ao longo do ano conforme a safra, sem impurezas, mantendo o compromisso com a qualidade”, explica Fernandes. 

 

O Impacto Revolucionário da Inteligência Afetiva no Ambiente de Trabalho

No universo dos negócios, competências técnicas já não são suficientes para garantir sucesso profissional e organizacional. A crescente relevância das habilidades socioemocionais aponta para um novo horizonte na gestão empresarial, destacando o papel crucial da inteligência afetiva, um conceito amplamente discutido nas palestras de Roberto Shinyashiki.

Shinyashiki, psiquiatra, empresário e autor brasileiro, define a inteligência afetiva como a capacidade de entender, gerir e utilizar as emoções para impulsionar o crescimento pessoal e fortalecer as relações interpessoais. Ela é um passo além da inteligência emocional, incorporando a empatia, compreensão, conexão e habilidades de comunicação.

Roberto destaca que: "A inteligência afetiva é a capacidade de estabelecer uma conexão profunda com o outro, é a porta para a construção de relações de confiança e cooperação". Essas conexões profundas redefinem o modo como interagimos e nos conectamos no ambiente de trabalho. E os benefícios vão além de simplesmente melhorar o clima organizacional.

É por isso que o tema Inteligência Afetiva se tornou, inevitavelmente, fundamental.

Para o escritor, a Inteligência afetiva é a habilidade de compreender, assimilar e usar afetivamente nossos pensamentos, emoções e ações nos vínculos interpessoais para cultivar relacionamentos plenos.  É o elo que conecta corpo, cognição, emoção e ação, permitindo-nos responder adequadamente às diversas situações que encontramos diariamente em todos os tipos de relacionamentos.

“Ela é a base de uma comunicação eficaz, compreensão empática e a promoção da harmonia em nossos relacionamentos. No mundo cada vez mais digital de hoje, é crucial interpretar corretamente as emoções e intenções por trás das palavras e ações, online ou offline.  Desenvolver essa inteligência é fundamental para estabelecer relacionamentos saudáveis e enriquecedores e nutrir nossas interações pessoais, profissionais e sociais, facilitando a colaboração e o entendimento”, reflete.

De acordo com o psiquiatra, ao entendermos e gerirmos nossas emoções e as dos outros, podemos evitar o burnout, lidar com pressões e conflitos de maneira mais efetiva, tornando o ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

No cenário empresarial, a inteligência afetiva é cada vez mais valorizada, pois permite aos líderes formarem equipes fortes, cultivar uma cultura positiva e conduzir suas organizações ao sucesso. "A capacidade de fazer escolhas assertivas, construir um propósito compartilhado e inspirar os outros está intrinsecamente ligada à inteligência afetiva", observa Shinyashiki.

No fim das contas, as provocações de Shinyashiki nos desafiam a repensar nosso entendimento sobre o papel das emoções e sua gestão no ambiente de trabalho. Ao nos capacitar com a inteligência afetiva, podemos não apenas transformar as relações de trabalho, mas também dar um passo significativo em direção ao sucesso nos negócios. Como o psiquiatra bem pontua: "A inteligência afetiva não é uma mera habilidade, é uma revolução no mundo dos negócios".

 

Roberto Shinyashiki- tem influenciado toda uma geração de administradores do nosso país. Por isso, é um dos nomes mais disputados no meio empresarial, fazendo palestras, participando de seminários e convenções no Brasil e no exterior. Sua formação como médico psiquiatra, pós-graduado em Administração de Empresas (MBA - Universidade de São Paulo), doutor em Administração e Economia, pela Faculdade de Administração e Economia–USP, o tem levado a conhecer e entender como ninguém a base de qualquer empresa: O SER HUMANO dentro da sua organização. Estudioso apaixonado, tem realizado vários cursos de especialização nos EUA, na Europa e no Japão. É um escritor importante em nosso meio empresarial, autor de vários best-sellers, dentre eles: Sem Medo de Vencer, A Revolução dos Campeões, O Sucesso É Ser Feliz, Os Donos do Futuro, Você, a Alma do Negócio, tendo vendido mais de 6,5 milhões de exemplares.

 

Mitos e verdades sobre oratória: aprenda o que é real ou não

Fran Rorato, especialista em comunicação e oratória, elenca questões que causam dúvidas nas pessoas e esclarece que ter uma boa oratória não é difícil, basta procurar o curso certo

 

Oratória é um assunto que costuma gerar diversas dúvidas, principalmente pelo fato das pessoas acreditarem em algumas questões sem checarem se de fato são reais. Isso faz com que muitos fiquem inseguros e pensem que não é possível melhorar a comunicação. Em certos casos, provoca o sentimento contrário, fazendo com que tenham certeza que possuem uma boa oratória, mas não é verídico.

Por essa razão, Fran Rorato, especialista em comunicação e oratória, fundadora da 2Talk Show e CEO da rede de escolas de oratória Vox2You em São Paulo, fez duas listas, elencando os cinco maiores mitos e as cinco maiores verdades sobre oratória:


Mitos:

1.   Falar alto prende a atenção: Não, mas a modulação de voz prende.
 

2.   Oratória é um dom: Algumas pessoas aprendem muito rápido com a observação e com as experiências da vida, mas nenhuma nasce falando bem. É uma capacidade que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa.

3.   Silêncio no discurso é ruim, pode demonstrar insegurança: Na verdade, o silêncio é ótimo para captar novamente a atenção de alguém, ou mesmo, evitar que saia um caco, gíria ou algum vício de linguagem. 

4.   Falar muito indica ser um bom orador: Isso não é indicativo de ser um bom orador.

5.   Falar rápido significa dominar o assunto: Na realidade, pode comprometer a dicção e consequentemente o entendimento. Também, quando existe insegurança ou medo de falar em público, a pessoa pode ser afetada por ansiedade intensa, que a faz falar de forma mais rápida que o normal. O ideal é respirar e controlar o ritmo de fala. 


Verdades:

1.   Quem domina a oratória está a frente de qualquer concorrente com um currículo melhor.

2.   Oratória é para qualquer pessoa, desde crianças até adultos. Nunca é tarde demais para se desenvolver.

3.   Entre oratória e uma graduação, faça primeiro oratória e depois fará uma graduação de forma memorável.

4.   Curso presencial de oratória é o único que te transformará.

5.   Oratória tem a capacidade de melhorar as relações dentro de casa, entre pais, cônjuges e filhos e a sua imagem, no mundo profissional. 

Segundo Fran, é muito importante desmistificar a ideia de que ter uma boa oratória é uma tarefa difícil de conseguir, para que assim as pessoas criem coragem para se desenvolver e melhorar suas formas de comunicação. “Oratória é alta performance. Então como qualquer coisa que te transforma e te faz ser melhor, exige bastante dedicação e tempo de exposição”, explica.

Além disso, a especialista reforça que também é preciso engajar o processo de valorização dos cursos de oratória, visto que muitos são considerados superestimados. Boa parte da população não vê necessidade de investir em oratória e comunicação, seja por medo ou por não acreditar que vale a pena, quando na verdade, um curso adequado pode realmente fazer a diferença, tanto na vida pessoal quanto profissional.

É essa mudança de perspectiva que faz com que Fran se dedique e acredite cada vez mais no trabalho que realiza. “Eu costumo dizer que existe curso de oratória e existe o Vox2You. Os nossos treinamentos atendem a questão técnica e a questão emocional, que pode implicar na técnica. Por isso é tão eficiente e tantas pessoas indicam. Certamente quem não acredita em curso de oratória é porque nunca esteve em uma das nossas salas de aula”, finaliza. 

 

Fran Rorato - atriz, jornalista, especialista em comunicação e oratória, fundadora da 2Talk Show e CEO da rede de escolas de oratória Vox2You em São Paulo. Ao longo da carreira atuou como apresentadora em programas de TV na Record, RedeTV e É+TV e liderou projetos de treinamentos e mentorias voltados para oratória. Atualmente é reconhecida pelo mercado como uma das maiores especialistas do país em comunicação. Com conhecimento e prática, idealizou e fundou a 2Talk Show, empresa de agenciamento e direção artística de palestras, a construção de “palestra show”. A empresária é também conselheira da Vox2You, primeira e maior rede de escolas de oratória da América Latina, com 145 unidades distribuídas em todo território nacional. Fran lidera a operação de São Paulo que reúne três franquias: Moema e Itaim (operando) e Paulista (em fase de projeto criativo - layout da escola). É formada em Artes Cênicas, pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro; graduada em Relações Internacionais pela Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro e cursou Psicanálise no Instituto Brasileiro de Psicanálise.


Mais de 3,8 mil vagas de estágio estão abertas no Paraná

Cerca de 29,7 mil estagiários já atuam no estado; de acordo com o CIEE/PR,71% desses contratos foram firmados somente no primeiro semestre deste ano

 

Estão abertas mais de 3,8 mil vagas de estágio em todo o Paraná pelo Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR). As áreas com mais oportunidades para os estudantes são Administração (nível superior e técnico), Pedagogia, Direito, Ciências Contábeis, Engenharia Civil, Marketing e Informática. Das vagas ofertadas, 1,9 mil são para Curitiba e região metropolitana.

Mais de 29,7 mil estagiários estão contratados em todo o estado, sendo que 71% (21,1 mil) desses contratos foram firmados no primeiro semestre deste ano. “Durante o estágio, os estudantes podem aplicar a teoria e os conceitos aprendidos em sala de aula na prática, desenvolvendo habilidades que são importantes em suas trajetórias profissionais. Para muitos, esse é o primeiro contato com o mundo do trabalho e a cultura das organizações, possibilitando o reforço do senso de responsabilidade com suas carreiras”, destaca a supervisora do Centro de Serviços Compartilhados do CIEE/PR, Ilsis Cristine da Silva.

O programa de estágio oferecido pelo CIEE/PR é voltado para jovens com mais de 16 anos e matriculados em instituições de ensino. O cadastro é feito no site do CIEE/PR, que direciona as oportunidades de acordo com o perfil dos candidatos. Os interessados ainda podem obter informações nas unidades do CIEE/PR em todo o estado.

A entidade reforça a importância de os estudantes manterem seus cadastros atualizados no portal para que a equipe possa entrar em contato e, assim, permitir que os candidatos agendem entrevistas para as vagas de seu interesse. 

 

Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná - CIEE/PR


Detran-SP informa: cidadão pode renovar sua CNH antecipadamente a qualquer tempo

Por enquanto, a medida é válida para renovação presencial nos postos do Detran; a disponibilidade do serviço nos canais online deve acontecer no final de setembro

 

O Detran-SP liberou a renovação antecipada da CNH – Carteira Nacional de Habilitação a qualquer tempo. Agora, o cidadão não está mais limitado à regularização do documento com antecedência mínima de trinta dias em relação ao seu vencimento. Por enquanto, o processo poderá ser feito de maneira presencial, apenas nos postos de atendimento do órgão. A partir do final de setembro, estará disponível também pelos canais digitais da autarquia.

 

Com a medida, fica revogado o Comunicado Detran-SP nº 05, de 31 de agosto de 2013, que impossibilitava a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com antecedência superior a 30 dias, contados da data de sua validade.

 

Passo a passo para renovar a CNH 

Para agendar a renovação antecipada da CNH, basta acessar os canais digitais (www.detran.sp.gov.brwww.poupatempo.sp.gov.br ou app Poupatempo Digital). Após confirmar ou atualizar os dados, o motorista realiza o agendamento da visita a um dos postos do Poupatempo na Capital (Alesp, Cidade Ademar, Itaquera, Lapa, Sé ou Santo Amaro) e nas outras cidades do Estado no Ciretran ou Posto Avançado Detran-SP, leva os documentos solicitados (original da CNH, original e cópia do RG, CPF e comprovante de residência de até três meses anteriores ao agendamento, além de foto 3x4 colorida com fundo branco) e realiza o exame médico na clínica indicada pelo sistema.  

Para o condutor que vai renovar as carteiras de habilitação categorias A e B, basta a realização do exame médico com um profissional credenciado pelo Detran-SP. 

Já os motoristas que exercem atividade remunerada (categorias C, D ou E) terão de fazer primeiro a avaliação psicológica e o exame toxicológico em um dos laboratórios credenciados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).  Feita a coleta do material para análise toxicológica, o condutor deve, em até 90 dias, agendar e realizar o exame médico com um profissional credenciado pelo Detran-SP 

Após a aprovação nos exames requisitados, os motoristas de todas as categorias deverão pagar a taxa de emissão da CNH e aguardarem orientações via e-mail para acessarem a CNH Digital - que tem a mesma validade do documento físico e fica disponível no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). O código de segurança para acessar a CNH digital também pode ser consultado pelos canais eletrônicos do Detran-SP e Poupatempo.  

Para evitar deslocamentos e proporcionar mais conforto e comodidade, além da CNH digital, o cidadão irá receber a CNH física pelos Correios, no endereço indicado em seu cadastro.

 

Nova CNH

Desde 2022, as carteiras verde e amarelo também possuem uma tabela com imagens de veículos, que indica os tipos de veículo que o condutor está apto a dirigir. No verso, está presente no documento texto em português, inglês e espanhol, o que facilita a identificação do condutor em outros países. O código internacional similar ao utilizado em passaportes também consta no novo modelo. Chamada de MRZ (Machine Readable Zone ou Zona Legível por Máquina), a opção possibilita que o condutor embarque em terminais de autoatendimento nos aeroportos brasileiros. 

Ainda assim, a Permissão Internacional para Dirigir (PID) precisa ser emitida para que o condutor habilitado no Brasil (com Permissão para Dirigir ou CNH definitiva) possa dirigir nos países signatários da Convenção de Viena e nos países que atendam o princípio de reciprocidade. 

Para as pessoas que solicitam a inclusão do nome social, ele substitui o nome de registro na frente da CNH, na primeira linha do documento. 

Nos casos dos condutores que possuem a CNH definitiva, o documento mostra agora a letra “D”. Já para os permissionários, a letra é a “P”. A naturalidade e a nacionalidade do motorista fazem parte desse modelo. Informações sobre possíveis restrições médicas e outras informações adicionais, caso o cidadão exerça atividade remunerada (EAR), continuam na nova CNH. 

A nova carteira de motorista mantém o QR Code, disponível nos documentos emitidos a partir de 2017, e pode ser acessada pelo celular por meio do aplicativo da CDT (Carteira Digital de Trânsito), do Governo Federal. Tanto a versão física quanto a versão online do documento são válidas em todo o território nacional. O documento físico continua sendo entregue ao endereço de cadastro do cidadão.


Segredo do sucesso para o empreendedor: separar as finanças pessoais das contas do negócio

Um dos maiores desafios do empreendedor brasileiro é fazer seu negócio escalar e crescer de forma constante e sustentável. Existe ainda muita dificuldade na hora de conciliar os diferentes recebimentos (a vista, parcelados, atrasados,...) com as diferentes obrigações de curto, médio e longo prazo. Tudo isto, tendo que ter uma base sólida, que permita atender às demandas do negócio, sem comprometer suas finanças pessoais. E, dentro desse cenário, é nítido o desconhecimento do novo empreendedor ao misturar conta jurídica com a conta corrente física, o que prejudica - e muito - o negócio. 

Ao abrir uma empresa e ter em mãos o seu próprio CNPJ, o empreendedor passa a ter duas responsabilidades como pessoa que exerce uma dupla função. Isso mesmo: pessoa física com compromissos que precisam estar em dia, conta corrente pessoa física, cartão de crédito, investimentos e despesas; a pessoa que planeja viajar, comer em um bom restaurante, ter plano de saúde para a família, além de manter uma reserva para imprevistos do dia a dia. 

Por outro lado, tem a organização financeira da companhia, que gera recursos a partir do seu faturamento, tanto para a vida pessoal, quanto para a manutenção da empresa. Uma parte das receitas deve ser direcionada para os compromissos com impostos, folha de pagamento, despesas da operação, etc. Para o empresário (ou empresários em caso de mais de um sócio) deve ser definido um salário mensal (denominado de pró-labore). Este "salário" deve ser retirado da conta da empresa mensalmente e depositado na conta pessoa física de cada um dos sócios. Além disso, de acordo com o especificado no contrato social, periodicamente, os sócios podem retirar os excessos de caixa (lucro) na forma de distribuição de lucros e dividendos.

 

Por que é importante separar as finanças da PF e da PJ? 

A separação das finanças, mesmo em empresas de apenas um sócio, é de extrema importância não só pela organização do empresário, mas também para garantir sempre a melhor tributação. O uso da conta pessoa física, por exemplo, para receber ou movimentar recursos da empresa, pode resultar em um entendimento da Receita Federal de que aqueles recursos são destinados a uma pessoa física e, portanto, aplicando alíquotas muito maiores, na maioria dos casos. 

É importante ter clareza de que o dinheiro da empresa é da pessoa jurídica. Ele precisa ser contabilizado, tributado e, o que se destina aos sócios, precisa ser transferido de maneira adequada para as contas pessoa física. Outro problema comum é o uso do cartão de crédito pessoa física para compras da empresa, algo muito comum ao se iniciar um negócio.

As soluções modernas de contas empresariais disponibilizam cartões físicos e virtuais que podem ser utilizados tanto de forma online, quanto fisicamente, sem a necessidade do famigerado "limite de crédito". Em linhas gerais, o limite é garantido pelo saldo em conta. 

No contexto com sócios, por exemplo, o exercício do pró-labore e da distribuição de lucros precisa ser bastante consistente e aprovado por todos - sócios administradores e cotistas - para que não haja discordância ao longo do tempo. Os sócios administradores têm direito à retirada mensal, além da distribuição periódica de lucros, enquanto os sócios investidores ou cotistas, recebem apenas na distribuição. Mas tudo isso precisa estar em contrato. É o famoso: "combinado não sai caro". 

Para termos uma ideia do impacto da organização financeira nos negócios, um estudo do Sebrae de 2020 (Sobrevivência das empresas no Brasil), lista os maiores motivos que poderiam ter evitado o fechamento das empresas. Os motivos diretamente relacionados à falta de organização financeira somam 37%. E, se somarmos a estes a falta de crédito,  cuja necessidade poderia ter sido evitada com uma melhor gestão financeira do empresário, o total ultrapassa os 72%. 

 

E quando falamos em reserva de emergência? 

Em toda a conversa sobre finanças pessoais ou jurídicas, o tema “reserva de emergência” é assunto recorrente. As pessoas querem saber qual o valor ideal para juntar ou a melhor forma de guardar e investir, com maior segurança e rentabilidade. Entretanto, fala-se pouco da importância, principalmente do micro ou pequeno empreendedor, em ter uma reserva de emergência para o negócio - algo totalmente separado do pessoal e que pode, muitas vezes, eliminar a necessidade de crédito, prevenindo o empreendedor de entrar  em uma"bola de neve". 

Passo a passo do sucesso financeiro do empreendedor

 

●        Abrir uma conta PJ da sua empresa

●        Entender o custo fixo de operação da empresa tais como impostos, softwares de produtividade, registro de domínios, hospedagem e etc.

●        Reservar (em  comum acordo com os sócios) a fatia de recebimentos da empresa que deverá ser aplicado na PJ como "fundo de emergência"

●        Definir o pró-labore (salário mensal) de cada um dos sócios com funções na empresa para que seja transferido, mensalmente, para suas contas de pessoa física

●        Definir os critérios e a periodicidade da distribuição dos lucros para os sócios em  suas contas de pessoa física

●        Lembrar-se de não utilizar cartão, Pix, Doc/Ted das contas pessoa física para pagamentos relacionados a empresa

●        Ter uma ferramenta de gestão financeira e seguir à risca o planejamento. Existem várias, inclusive gratuitas;

●        Pensar no negócio sempre  de maneira profissional, agir com responsabilidade e, o principal: sentir-se como um "empresário", como um founder, tendo participação nos resultados de uma empresa, mesmo iniciando com apenas um sócio e empregado. Afinal, em um futuro breve, ela pode tornar-se muito maior, gerando riquezas para a sociedade, com vários outros sócios e empregados.

  

Heitor Barcellos - vice-presidente de serviços financeiros da Contabilizei, maior escritório de contabilidade do Brasil, líder em abertura de empresas e em gestão de soluções para CNPJs, onde atua como sócio-gestor do Contabilizei.bank, que oferece conta PJ exclusiva, gratuita e integrada para micros e pequenos empreendedores.


Infosiga mostra que acidentes fatais com pedestres caíram nos últimos cinco anos

 

As boas notícias chegam com o Dia Internacional do Pedestre; mas é necessário manter os cuidados e o respeito com o elo mais frágil do trânsito

 

Em algum momento do dia, todos são pedestres. Não importa se o indivíduo é motorista de carro, de ônibus, de moto ou até ciclista: quando não está em seu veículo, é a pé que anda. Neste 8 de agosto, comemora-se o Dia Internacional do Pedestre, que tem por objetivo reforçar os cuidados e o respeito com aqueles que transitam a pé. Dados do Infosiga São Paulo mostram que acidentes fatais com pedestres caíram 10,81% nos últimos cinco anos, comparando-se os primeiros semestres de 2019 a 2023. 

De janeiro a junho de 2019, foram registrados 638 acidentes fatais envolvendo pedestres. Já nos primeiros seis meses de 2023 este número caiu para 569 óbitos. Essa queda já vem sendo notada nos primeiros semestres de 2021 e 2022, que registraram, respectivamente, 500 (lembrando tratar-se de ano de pandemia) e 606 óbitos com transeuntes . Nesses cinco anos, as regiões administrativas que tiveram maior redução de letalidade nos acidentes com pedestres foram: Barretos, Franca, Itapeva e Marília. 

“Temos um momento de boas notícias no Estado em relação à queda de morte de pedestres em acidentes, mas é importante lembrar que todos devemos seguir as regras básicas de educação no trânsito. Além de um exercício de cidadania, garantir a segurança de todos é essencial, principalmente do pedestre, o elo mais frágil do sistema”, afirma Eduardo Aggio, diretor-presidente do Detran-SP. 

O trânsito seguro é responsabilidade de todos. Pedestres e condutores devem sempre estar atentos e respeitar todas as leis. O Código de Trânsito Brasileiro estabelece, pelo artigo 68 que é assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação. Além disso, o artigo 214 aponta como infração gravíssima de trânsito, com penalidade de multa, deixar de dar preferência ao pedestre que estiver atravessando a pista na faixa a ele destinada. O valor da multa vai de R$ 195,03 a R$ 293,47. 

A atual gestão do Detran-SP tem feito diversas campanhas educativas para alertar todos os tipos de condutores para a importância de obedecer às leis e aumentar os cuidados no trânsito. Desde fevereiro de 2023, foram criadas diversas peças dirigidas a todos os condutores, com o intuito de conscientizar sobre o respeito aos limites de velocidade e manutenção prévia dos veículos, respeito às leis de trânsito e à vida (própria e a dos outros). No Carnaval, o Governo de São Paulo apresentou ação com o mote “Palavras mentem. Números, não”, para o slogan “Neste Carnaval, não dê desculpas. Se beber, nem pense em dirigir”. Já na Semana Santa, em abril, o respeito aos limites de velocidade e manutenção prévia dos veículos foram as principais tônicas da campanha “Escute quem você ama, viaje com segurança”, com o objetivo de conscientizar os condutores sobre o respeito ao limite de velocidade e às leis de trânsito, assim como da atenção à manutenção dos veículos, antes de pegar a estrada no período do feriado. 

Em maio, o foco da campanha sobre o Maio Amarelo foi “No trânsito, respeite a sua vida e a dos outros”, com o intuito de refletir diante de relatos reais de quem teve sua trajetória impactada por acidentes. E, em julho, circulou a campanha educativa “No trânsito, dê férias para a morte” voltada ao período de descanso escolar. As peças usaram o humor para ressaltar que só a partir de cuidados e respeito às leis de trânsito pelos motoristas é que a “morte” pode tirar férias.

 

Respeito à Vida

O programa Respeito à Vida - um dos maiores programas de redução aos acidentes de trânsito do Brasil, que aplica verbas oriundas das multas de trânsito em iniciativas voltadas à prevenção de acidentes e à sinalização em municípios paulistas – já investiu, somente neste ano, R$ 280 milhões nos municípios paulistas, sendo que desses R$ 141 milhões em sinalizações horizontais, que incluem as faixas de pedestre, por exemplo. 

O programa também entregou 107 máquinas de demarcação viária aos municípios. Elas serão utilizadas pelas prefeituras para pintura de sinalização horizontal, como faixas, meio-fio, faixa de pedestres, entre outras. Ao todo, serão 195 equipamentos de pintura entregues para 179 municípios do Estado de São Paulo. 

Apesar dos bons resultados apresentados pelo Infosiga e pelo programa Respeito à Vida, que busca prevenir acidentes, o Detran-SP reforça algumas medidas básicas para pedestres e motoristas visando garantir a segurança de todos.

 

Pedestre:

·        Atravesse sempre na faixa e quando o semáforo estiver aberto para o pedestre.

·        Olhe para os dois lados antes de atravessar a rua.

·        Não use celular ou fone de ouvido enquanto atravessa a via.

·        Só desembarque de veículos pelo lado da calçada.

·        Antes de passar na frente de veículos, certifique-se de que você foi visto pelo motorista

·        Não atravesse por trás de carros, ônibus e árvores, pois são pontos cegos para os motoristas.

·        Caminhe sempre pela calçada

 

Motorista:

·        Não pare em cima da faixa de pedestres.

·        Quando não houver faixa luminosa de travessia, dê preferência ao pedestre pois o Código Brasileiro de Trânsito assegura que ele sempre tem preferência.

·        Reduza a velocidade ao visualizar uma pessoa atravessando a via.

·        Evite buzinar para os pedestres, pois pode assustá-lo e tirar sua atenção enquanto atravessa a rua.

·        Não utilize o telefone celular enquanto dirige ou quando estiver parado no semáforo.

·        Saiba que é regra de trânsito aguardar a travessia dos pedestres mesmo quando semáforo abrir.


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