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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

A TRÍADE DA SAÚDE: Como reduzir, prevenir doenças e conquistar qualidade de vida através de importantes escolhas do dia a dia

Alimentação balanceada, exercícios físicos e o sono são os três elementos que compõem a pirâmide da qualidade de vida, sendo essenciais para uma vida saudável

 

A alimentação, a prática de atividade física e o sono representam três dos principais pilares para uma vida equilibrada e livre de doenças.

Normalmente, quando o indivíduo se alimenta mal, e ainda não pratica atividades físicas, as noites de sono podem ser prejudicadas. Porém, quando os três elementos andam juntos, todas as áreas da vida passam a colher benefícios. Como diz o ditado: corpo são, mente sã. Por esse motivo, é importante focar na melhora constante de cada um destes pilares. 

“A saúde mental, física e nutricional andam de mãos dadas, porque o funcionamento do nosso corpo está diretamente associado ao tipo de rotina que temos. Quando conseguimos promover bons hábitos alimentares, por exemplo, estamos dando condição ao nosso corpo de executar suas funções da forma mais plena possível. Uma alimentação adequada, equilibrada e saudável reduz a possibilidade de termos instaladas no nosso organismo, doenças crônicas não transmissíveis, que limitam muito a atividade do ser humano no dia a dia”, avalia Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo, rede de lojas de produtos naturais e alimentação saudável.

Para incentivar e potencializar os resultados, a Bio Mundo lançou a campanha "Tríade da Saúde”, com uma seleção de produtos saudáveis para este mês de agosto, com promoções especiais e exclusivas, pensando inclusive como uma maneira de presentear os papais. 

O primeiro produto é o Óleo de Semente de Abóbora com 60 cápsulas da  Bio 365, marca própria da Bio Mundo, que apenas neste mês sairá por R$59,99. Um suplemento que previne e trata de forma natural várias condições de saúde, além de possuir propriedades antioxidantes e ser rico em vitamina E. Ele pode ser indicado para quem sofre de diabetes, de doenças cardiovasculares e principalmente para quem sofre com problemas na próstata.

Outro produto é o BOOSTER T-PUMP com 60 cápsulas da Bioway, que durante o mês de agosto está por apenas R$139,99. É um suplemento alimentar esportivo desenvolvido com a combinação de magnésio, extrato de semente de feno grego, beta alanina, taurina e zinco, em uma dosagem que auxilia no aumento dos níveis de testosterona do organismo melhorando a resistência e a performance em treinos intensos ou atividades de alto gasto energético. Auxilia na melhora da potência e duração dos treinos, na saúde sexual e no aumento da libido.

E por fim, a Creatina com 300G da Integral Médica, que neste mês está por apenas R$119,99. Ela exerce um papel importantíssimo na contração muscular, servindo como uma reserva de energia em atividades físicas de curta duração, alta intensidade e com curtos períodos de recuperação, melhorando a resposta fisiológica e aumentando a produção de força máxima. 

A Bio Mundo surgiu exatamente com a intenção de proporcionar saúde e bem-estar a todos os públicos, em todas as rotinas. Nas unidades é possível encontrar desde os itens mais básicos para uma alimentação diária até produtos mais específicos para suplementação. Itens livres de lactose, sem gordura, veganos, diet, light, integrais, sem glúten, funcionais, vegetarianos, que somam em média 3.000 produtos em prateleira e mais de 300 opções de produtos à granel. 

Além dos produtos que complementam a rotina, a Bio Mundo traz dicas e orientações para o equilíbrio de um dia a dia saudável aliada à suplementação.

Partindo do primeiro princípio, uma alimentação balanceada oferece nutrientes, fibras e antioxidantes necessários para o bom funcionamento do organismo. Um prato colorido e nutritivo proporciona melhora no funcionamento do sistema imunológico e dos intestinos, por exemplo. Além disso, melhora a qualidade de sono, humor, metabolismo e concentração. 

Lembre-se: os hábitos alimentares estão diretamente relacionados à saúde e ao bem-estar físico e mental. Quanto mais saudável for, menos propenso a doenças o corpo estará. 

Quanto aos exercícios físicos, vale lembrar que a prática regular também é essencial para manter o bom funcionamento do organismo – esse hábito oferece inúmeros benefícios, que vão além da perda de peso e prevenção de doenças, mas podem influenciar na concentração, humor e diretamente na qualidade do sono. 

Sujeito a prática regular, o organismo se transforma em uma fábrica de substâncias químicas; entre elas estão os neurotransmissores. Sendo assim, em poucos minutos, a serotonina, endorfina e noradrenalina – hormônios responsáveis pela estabilização do humor – começam a correr pelo corpo. 

Além dos benefícios hormonais, da aceleração de metabolismo e gasto calórico durante os exercícios, os vasos capilares se dilatam, proporcionando melhor oxigenação do sangue, já que o coração bate mais rápido. Tais fatores proporcionam sensação de bem-estar físico e mental. 

E por fim, a importância de ter um boa noite de sono. O sono é o momento no qual o corpo entra em repouso e renova as energias para o próximo dia. Mesmo durante uma noite de sono, o organismo continua trabalhando. Exemplo disso é que, enquanto dormimos, os tecidos corporais são reparados e as toxinas acumuladas durante o dia são eliminadas do corpo.

O sono é um hábito natural e, por isso, não estamos acostumados a pensar com afinco nos benefícios que traz. Contudo, dormir bem ajuda a prevenir obesidade, diminui a resistência do corpo à insulina, fortalece a memória e melhora o condicionamento físico.

Quer ter uma vida longa e saudável? Então, não abra mão de nenhum desses pilares – aliás, estimule-se a perseguir a excelência em cada um deles. 

 

Bio Mundo

 

Amamentação: quais são cuidados necessários para o uso dos métodos contraceptivos?

Especialista esclarece as possibilidades de contracepção para este período 

Durante o período de amamentação, as mães se deparam com questões essenciais para a sua saúde e a do bebê, sendo a contracepção uma delas. Nessa fase, é fundamental ter cuidado e atenção redobrados ao conhecer as opções disponíveis para fazer a escolha certa, contando sempre com a orientação médica. De acordo com a diretora médica associada da área de Saúde Feminina da Organon, Talita Poli Biason, uma das preocupações básicas deve ser utilizar métodos que não afetem negativamente a quantidade ou qualidade do leite materno.

“Alguns estudos sugerem que o hormônio estrogênio, presente nas pílulas contraceptivas combinadas, pode diminuir a produção de leite. Portanto, é recomendado evitar métodos contraceptivos que contenham estrogênio durante a amamentação. Em contrapartida, as pílulas só de progestagênios e os métodos de longa duração costumam ser seguros para essa fase. Isso é essencial para não interferir no crescimento e desenvolvimento do bebê”, explica.

O momento de iniciar o uso de um método contraceptivo após o parto varia de acordo com a situação de amamentação da mulher. Para puérperas que não amamentam ou que optam por um aleitamento misto, ou seja, combinando aleitamento materno com fórmula infantil, é recomendado iniciar o uso contraceptivo por volta da terceira ou, no máximo, quarta semana após o parto. Já para as mães que praticam o aleitamento materno exclusivo, o início da anticoncepção pode ser realizado a partir da sexta semana após o parto.

A especialista alerta para um mito comum: nem todas as mulheres que amamentam estão naturalmente protegidas contra a gravidez. Existe a chamada "amenorreia da lactação", que proporciona cerca de 98% de proteção contra a gravidez, mas apenas em algumas mulheres até seis meses após o parto. Para que essa forma natural de contracepção seja eficaz, a mulher precisa estar amamentando exclusivamente, sem oferecer ao bebê nenhuma outra fonte de alimento, e seus ciclos menstruais não podem ter retornado.

Talita destaca que os métodos de longa duração (LARCS) são particularmente úteis durante o puerpério e lactação. “Nessa fase, em que a mulher está voltada ao cuidado do bebê e passando por diversas mudanças na sua rotina, métodos que não dependem de sua lembrança diária para ter eficácia são um ganho na sua qualidade de vida”, afirma a médica. Ela ressalta que esses métodos são os mais eficazes em todas as etapas da vida e têm sua segurança comprovada para uso durante a lactação, desde que respeitado o momento de início de cada um deles. "Esse é um momento muito especial da vida da mulher e do bebê”, conclui, reforçando a importância de garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê durante a amamentação.

 

Organon
www.organon.com/brazil

Apesar de causas conhecidas e evitáveis, câncer de pulmão é um dos mais comuns e o mais letal

Em todo o mundo, a doença diagnosticada na atriz Aracy Balabanian, que morreu nesta segunda (7), é responsável por 1,8 milhão de mortes anuais. Avanços no diagnóstico, cirurgia e tratamento sistêmico aumentaram a expectativa de vida dos pacientes, mas a doença segue com alta taxa de óbitos. Cigarro é causa direta de 80% a 90% dos tumores malignos do pulmão

 

A principal causa, tabagismo – responsável por 80% a 90% dos casos – é conhecida. Houve avanços nos últimos anos no entendimento dos diferentes tipos de câncer de pulmão, propiciando abordagens mais assertivas, para cada grupo de pacientes, com cirurgia, radioterapia e tratamento sistêmico com quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Há também o conhecimento sobre a tomografia computadorizada de baixas doses em pessoas com histórico de tabagismo, sendo usada como método de rastreamento, ser capaz de descobrir a doença mais cedo e reduzir a taxa de mortalidade. Apesar de todos estes fatores, a doença, diagnosticada no ano passado na atriz Aracy Balabanian, morta nesta segunda (7), continua sendo a mais letal entre todos os tipos de câncer. São 1,8 milhão de mortes anuais (18% de todas as mortes por câncer), segundo o Globocan, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS).  

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de pulmão é o terceiro mais frequente entre homens e o quarto mais comum entre as mulheres, com estimativas de 32.560 novos casos em 2023, sendo 18.020 entre homens e 14.540 em mulheres. De acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM, em 2020 foram registradas 28.620 mortes por câncer de pulmão no Brasil. O câncer de pulmão, quando diagnosticado em estágio inicial, apresenta taxa de sobrevida de 56% (pacientes vivos após cinco anos do início de tratamento).


É possível diagnosticar cedo o câncer de pulmão?

Em 2011, o mundo recebeu uma contribuição científica que mostrou redução de mortalidade por câncer de pulmão. Pesquisadores do National Lung Screening Trial (NILST) dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) concluíram que o rastreamento pela Tomografia Computadorizada de Baixas Doses (TCBD), quando comparada com a radiografia tradicional de tórax, conseguiu reduzir em 20% a mortalidade do câncer de pulmão. O estudo foi publicado no New England Journal of Medicine, um dos periódicos científicos mais importantes do mundo. Ao longo da última década, o trabalho, com mais de 5 mil citações na literatura médica, influenciou estratégias de diagnóstico precoce ao redor do mundo, inclusive no Brasil, mas o exame não é adotado como estratégia de rastreamento populacional no país para a população com histórico de tabagismo, como é preconizado.

“A única forma de conseguir aumentar o número de diagnósticos iniciais é implementando política de rastreamento para câncer de pulmão”, explica o cirurgião oncológico Antônio Bomfim Rocha, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). O médico cita o exemplo da China - um dos países com melhores resultados na política de rastreamento: “Fazem tomografias de rotina em toda população acima dos 50 anos de idade, principalmente entre aqueles que fumam ou são expostos ao uso do cigarro, em todas suas formas. A tomografia de tórax precisa fazer parte do checkup anual - especialmente para quem tem mais risco de adquirir o câncer de pulmão: fumantes e pessoas acima de 50 anos”, reforça Rocha.

De acordo com o cirurgião oncológico Héber Salvador, presidente da SBCO, a entidade tem cada vez mais investido em campanhas de informação para combate ao tabagismo, que é a principal causa de morte evitável do mundo. “Precisamos da imprensa para tornar isso uma coisa de abrangência maior”, ressalta. Para ele, a formação e acompanhamento do cirurgião especialista em câncer também são pilares para a garantia de tratamentos com sucesso e mais chances de cura.


Avanços da cirurgia oncológica no pulmão

Nos últimos 15 anos, houve diversos avanços nas tecnologias para tratar esse tipo de câncer. “Tivemos a possibilidade de fazer o tratamento de forma minimamente invasiva, tanto do diagnóstico quanto das cirurgias mais complexas. A cirurgia robótica é uma das intervenções mais modernas no mundo, e que já é uma realidade em várias regiões do Brasil”, informa Rocha.

As vantagens da cirurgia robótica para o câncer de pulmão são vastas, segundo ele. “Ela proporciona uma qualidade no tratamento oncológico, o que resulta em menos sofrimento ao paciente. Ela também permite que os pacientes voltem às suas atividades habituais com mais rapidez, uma vez que as cirurgias tendem a ter menos complicações.


Tratamento sistêmico

Paralelamente ao cenário de diagnóstico tardio e mortalidade, o câncer de pulmão é uma das doenças oncológicas que mais mostra evidências de se beneficiar de terapias-alvo e de imunoterapias, tratamentos da era da Medicina de Precisão. Ao contrário do início do milênio, quando todo tumor pulmonar era tratado com quimioterapia, hoje os pacientes, antes de iniciar o tratamento, podem receber a indicação de teste de mutação em EGFR, BRAF, ROS-1, KRAS, fusão EML4-ALK, rearranjo em NTRK, dentre outras alterações genéticas para as quais há medicamentos com eficácia comprovada para perfis de pacientes com câncer de pulmão avançado.

Esse arsenal reflete em mais tempo e qualidade de vida para o paciente. Comparativamente, se em 2020, com tratamento restrito à quimioterapia, os pacientes com câncer de pulmão agressivo e metastático tinham sobrevida média de 12 meses, as terapias-alvo e, mais recentemente, as imunoterapias, permitem que os pacientes com câncer de pulmão, que têm indicação e acesso à esta terapia-alvo, tenham média de até 90 meses de sobrevida e com menor toxidade. Por essa razão, o acesso dos pacientes à terapia alvo é essencial. Isso porque a cirurgia não é a opção de escolha para o câncer de pulmão que é diagnosticado em fase avançada (o que representa 75% dos casos).

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica - SBCO

 

Como a detecção antecipada pode fazer a diferença na saúde vascular

O diagnóstico precoce desempenha um papel fundamental na saúde vascular, pois permite a identificação precoce de problemas e doenças que afetam o sistema circulatório



Manter a circulação do sangue de forma regular para alimentar os tecidos e órgãos do corpo, além de remover suas impurezas é função primordial da saúde vascular. É por meio da circulação venosa que as veias das pernas bombeiam o sangue de volta ao coração, e as válvulas venosas presentes no interior das veias impedem que o sangue regresse para os pés. A detecção antecipada na saúde vascular pode fazer uma enorme diferença na prevenção, tratamento e prognóstico das doenças vasculares.

 

O médico angiologista Guilherme Jonas, especialista em cirurgia vascular, afirma que as pernas têm grande influência em nosso organismo, e que sem os devidos cuidados com esses membros, as consequências podem atingir todo o corpo. “Se não cuidarmos de nossa saúde vascular, o nosso coração e demais órgãos podem sofrer com isso. A prática de exercícios físicos é essencial, mas outros tipos de cuidados também podem ajudar”.

Ele ainda acrescenta que é sempre bom ficar em alerta quando notar o surgimento de dores, inchaços, manchas ou pequenos vasinhos nas pernas, pois isso pode ser um sinal. “A não ser que a pessoa tenha feito alguma atividade de esforço nesses membros, as dores repentinas não são comuns. Se manter dentro do peso adequado também é importante, para não causar essa sobrecarga nos músculos inferiores e consequentemente o surgimento de problemas”, orienta.

O uso de roupas confortáveis que não permitam o bloqueio do fluxo sanguíneo também contribui para a circulação não ser afetada. “Calças muito apertadas, além de não serem muito confortáveis, atrapalham esse fluxo sanguíneo. Se utilizar, o ideal é trocar a vestimenta por outra mais leve assim que chegar em casa, aliviando as pernas”, pontua o angiologista. 

 

A importância do diagnóstico precoce na saúde vascular

Tratamento eficaz: Em muitos casos, quanto mais cedo a doença vascular for diagnosticada, maior a probabilidade de sucesso no tratamento. Certas condições, como o AVC, exigem tratamento imediato para minimizar os danos cerebrais. Com diagnóstico precoce, é possível iniciar tratamentos específicos que podem reverter ou reduzir os efeitos da doença;

 

Qualidade de vida: Detectar e tratar precocemente doenças vasculares pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente. Por exemplo, pessoas com doença arterial coronariana podem evitar complicações graves, como infartos, e levar uma vida mais ativa e saudável com a adoção de mudanças no estilo de vida e medicamentos adequados;

 

Redução de custos de saúde: Diagnósticos precoces podem levar a tratamentos mais simples e menos invasivos, resultando em menor tempo de hospitalização e menos procedimentos médicos caros. Isso também pode reduzir o impacto financeiro nas famílias e no sistema de saúde em geral;

 

Prevenção de complicações: Algumas doenças vasculares podem levar a complicações graves, como embolias pulmonares ou amputações. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir essas complicações, melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes.

 

Fonte: Guilherme Jonas - médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG. @drguilhermejonas


Como a detecção antecipada pode fazer a diferença na saúde vascular

O diagnóstico precoce desempenha um papel fundamental na saúde vascular, pois permite a identificação precoce de problemas e doenças que afetam o sistema circulatório



Manter a circulação do sangue de forma regular para alimentar os tecidos e órgãos do corpo, além de remover suas impurezas é função primordial da saúde vascular. É por meio da circulação venosa que as veias das pernas bombeiam o sangue de volta ao coração, e as válvulas venosas presentes no interior das veias impedem que o sangue regresse para os pés. A detecção antecipada na saúde vascular pode fazer uma enorme diferença na prevenção, tratamento e prognóstico das doenças vasculares.

 

O médico angiologista Guilherme Jonas, especialista em cirurgia vascular, afirma que as pernas têm grande influência em nosso organismo, e que sem os devidos cuidados com esses membros, as consequências podem atingir todo o corpo. “Se não cuidarmos de nossa saúde vascular, o nosso coração e demais órgãos podem sofrer com isso. A prática de exercícios físicos é essencial, mas outros tipos de cuidados também podem ajudar”.

 

Ele ainda acrescenta que é sempre bom ficar em alerta quando notar o surgimento de dores, inchaços, manchas ou pequenos vasinhos nas pernas, pois isso pode ser um sinal. “A não ser que a pessoa tenha feito alguma atividade de esforço nesses membros, as dores repentinas não são comuns. Se manter dentro do peso adequado também é importante, para não causar essa sobrecarga nos músculos inferiores e consequentemente o surgimento de problemas”, orienta.

O uso de roupas confortáveis que não permitam o bloqueio do fluxo sanguíneo também contribui para a circulação não ser afetada. “Calças muito apertadas, além de não serem muito confortáveis, atrapalham esse fluxo sanguíneo. Se utilizar, o ideal é trocar a vestimenta por outra mais leve assim que chegar em casa, aliviando as pernas”, pontua o angiologista. 

 

A importância do diagnóstico precoce na saúde vascular


Tratamento eficaz: Em muitos casos, quanto mais cedo a doença vascular for diagnosticada, maior a probabilidade de sucesso no tratamento. Certas condições, como o AVC, exigem tratamento imediato para minimizar os danos cerebrais. Com diagnóstico precoce, é possível iniciar tratamentos específicos que podem reverter ou reduzir os efeitos da doença;

 

Qualidade de vida: Detectar e tratar precocemente doenças vasculares pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente. Por exemplo, pessoas com doença arterial coronariana podem evitar complicações graves, como infartos, e levar uma vida mais ativa e saudável com a adoção de mudanças no estilo de vida e medicamentos adequados;

 

Redução de custos de saúde: Diagnósticos precoces podem levar a tratamentos mais simples e menos invasivos, resultando em menor tempo de hospitalização e menos procedimentos médicos caros. Isso também pode reduzir o impacto financeiro nas famílias e no sistema de saúde em geral;

 

Prevenção de complicações: Algumas doenças vasculares podem levar a complicações graves, como embolias pulmonares ou amputações. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir essas complicações, melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes.

 

Fonte: Guilherme Jonas - médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG. @drguilhermejonas


Agosto Dourado: mês da amamentação

 

Uma mulher pode amamentar o filho de outra? Existe leite materno fraco? Há alimentos que são capazes de aumentar a quantidade de leite materno? Obstetra esclarece mitos da amamentação 

Leite materno reforma o sistema imunológico do bebê e a amamentação traz inúmeros outros benefícios para a criança e a mãe. Mas é preciso estar preparada fisicamente para este momento tão especial 

 

O aleitamento materno é considerado padrão ouro em alimentação infantil: o leite materno é o alimento mais completo do mundo e os bebês até os seis meses de vida devem ser alimentados exclusivamente com o leite de suas mães, não necessitando de receber nem sequer água para serem nutridos. Existem, porém, muitos mitos em torno da amamentação e Agosto Dourado é o termo utilizado para chamar a atenção para a importância desse gesto que é tão importante para as crianças e suas mães. 

A Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, explica mitos e verdades sobre a amamentação:

 

1) A mãe precisa ser suplementada para a amamentação?

Dra. Mariana Rosario – Sim! Durante a gestação, a mulher recebe uma série de suplementos alimentares para que seu corpo enfrente todo o período adequadamente o aporte necessário de nutrientes para o completo desenvolvimento do feto sem a depleção do organismo materno. Da mesma forma, durante o puerpério e após esses 45 dias, na amamentação, o obstetra faz o ajuste suplementar para que a mulher continue amamentando, dando ao seu organismo todas as condições necessárias para esse importante momento. Atualmente, é praticamente impossível que uma mulher amamente adequadamente sem estar suplementada, porque não conseguimos adquirir, apenas pela alimentação, todos os nutrientes necessários para uma boa saúde. Para produzir o leite, o organismo pode esgotar o corpo da mulher, de forma a deixá-la fraca. Mas, é possível observar que mesmo as mulheres subnutridas conseguem amamentar – o que é algo prejudicial à saúde delas, porque não são bem alimentadas e suplementadas.


2) Existe leite materno fraco?

Dra. Mariana Rosario – Esse é o maior mito que existe! O leite materno é o único alimento completo do mundo, capaz de ser a fonte exclusiva de nutrientes de um ser humano. Há duas situações que levam a esse entendimento errôneo. A primeira é que a produção do leite materno pode ser pouca para saciar a fome do bebê – e, então, a mãe acredite que seu leite seja pouco. A segunda é que o bebê não consiga mamar adequadamente e, por isso, chore de fome, já que não se alimentou corretamente.


 3) Existem alimentos que ajudam a ‘aumentar o leite’?

Dra. Mariana Rosario – Há mulheres que ingerem grandes quantidades de leite de vaca e canjica, por exemplo, na expectativa de aumentarem o volume de leite. Isso também não tem qualquer comprovação científica. A mulher precisa alimentar-se bem, preferencialmente com a orientação de um nutricionista, para que seu organismo consiga produzir o leite. Também é preciso estar relaxada, porque o estresse impede a liberação do hormônio prolactina, responsável pela lactação.


4) Uma mulher pode amamentar o filho da outra?

Dra. Mariana Rosario – Não. Essa prática não é permitida desde a década de 80, quando o vírus HIV passou a ser altamente transmitido e se soube que ele pode ser passado para um bebê por meio do leite materno. A chamada amamentação cruzada é, inclusive, proibida por lei, no Brasil, e não recomendada pela Organização Mundial da Saúde em nenhum país do mundo. As mães que não produzem leite podem recorrer aos bancos de leite humano. A diferença é que, nos bancos de leite, o leite da mulher é recebido, testado e pasteurizado, para garantir toda a segurança ao bebê que o recebe. 


5) Todas as mulheres conseguem amamentar seus filhos?

Dra. Mariana Rosario - Não. Muitas mulheres enfrentam o problema por medo da dor, despreparo ou até falta de apoio familiar. Amamentar não é fácil. É demorado, pode machucar, se a pega do bebê for incorreta, acontece muitas vezes ao dia e, quando o bebê dorme, a mulher precisa de descanso. Se ela não tiver uma rede de apoio familiar, até se adaptar completamente, não conseguirá levar o processo adiante.

E a adaptação da mãe e do filho também não é fácil. Não é algo tão natural quando se pensa. O bebê não nasce sabendo mamar e a mãe também não consegue amamentar sem treino. Não podemos deduzir que será fácil para todo mundo. Por isso, existem profissionais que ensinam, acompanham, ajudam. E tudo bem, o importante é o resultado final.

 

A importância do aleitamento materno

Uma das maiores preocupações de Dra. Mariana Rosario, em seu consultório está relacionada à orientação sobre o preparo, durante toda a gestação, para que as gestantes adquiram a consciência da importância da amamentação exclusiva do bebê, até os seis meses de vida, e complementar, até os dois anos de idade. “A cada dia, percebo que as mães, principalmente as de alta renda, têm a tendência de desistir da amamentação com muita facilidade. Realmente, este pode não ser um processo fácil, porque há muitos bebês que demoram a pegar o peito, sendo um ato que demanda paciente e dedicação. Mas a amamentação é tão importante que eu insisto para que as gestantes tentem o tempo que for necessário para que se crie esse vínculo entre mãe e filho e a amamentação aconteça”, diz a médica, que faz parte do corpo clínico do hospital Albert Einstein.


Vale sempre lembrar...

 - Teoricamente, todas as mulheres produzem leite, desde a gestação. Após à saída da placenta, existe a saída do colostro, que dura de três a cinco dias e é um alimento fundamental para o bebê, porque traz anticorpos imprescindíveis para a proteção de seu organismo.

 - Depois desse período, realmente vem o que popularmente é chamado de ‘descida do leite’: as mamas ficam bem cheias e é possível que exista dor e, em alguns casos, até febre. Não é um momento para estresse, porque apenas com calma e paciência é que a mãe conseguirá amamentar. O estresse, inclusive, pode prejudicar a produção do leite.

- É comum que, nos primeiros dias, os bebês não peguem o peito – e as mães se desesperem. Isso é comum, mas eles estarão no hospital, acompanhados pela equipe médica, e nada de ruim acontecerá. É o melhor momento para que se tente amamentar, acompanhada pela equipe de enfermagem e com todo o apoio. Em casa, também não se deve desistir, porque o recém-nascido tem instinto de sobrevivência e precisa se alimentar. É hora de tentar alimentá-lo, primeiro com a mama, seguindo para fórmula apenas depois de tentar a amamentação, e com orientação do pediatra.

- Dependendo do jeito que o bebê pega o peito, pode causar rachadura. Por isso, é fundamental seguir as orientações da equipe de enfermagem e do obstetra, que têm muita experiência e podem orientar a mãe. Também existem pomadas específicas para tratamento, que devem ser usadas apenas após o nascimento do bebê.

 - Existem bicos de silicone e outros utensílios para ajudar as mães na amamentação. É o estímulo do sugar do bebê, entretanto, que fará com que o leite desça e que a produção seja contínua. Por isso, não se deve desistir – mas, também não se pode deixar a criança mamar quando o peito estiver machucado, porque a situação pode piorar. Por isso, quando houver qualquer problema, deve-se procurar pela orientação médica.

- Muitas mães ainda têm medo do efeito que a amamentação poderia causar, esteticamente falando, em suas mamas. Existe o mito de que a sucção da criança deixaria as mamas flácidas e caídas e uma pequena parcela delas opta pelas fórmulas para evitar esse efeito. Esse é um erro de interpretação: as mulheres que já têm as mamas flácidas realmente terão o problema acentuado. Porém, as que não as têm não sofrerão do problema.

- Algumas mulheres temem que, após a licença-maternidade, seja muito difícil para o bebê ficar sem o leite materno e ele sofra. Porém, é melhor ele ser amamentado pelo maior tempo possível, com exclusividade, do que não ter nenhum período disponível desse alimento, tão precioso. Então, analisando friamente, mesmo que a mulher não consiga seis meses de licença, é preferível amamentar o bebê com exclusividade por quatro meses do que em nenhum momento.


Antes do nascimento...

 - Durante a gestação, também é possível preparar as mamas para a amamentação. Uma de minhas dicas é esfoliar, durante o banho, o bico do peito, com uma bucha vegetal comum, para que o bico vá se formando.

 - Outra dica é tomar sol no peito, sem roupa, pela manhã, diariamente (até às 10h), para que a pele fique mais forte. O mamilo pode ser estimulado com a mão, para que vá se formando. Mas, antes do parto, nunca se deve usar pomadas emolientes.

 - A mãe também deve, durante a gestação, preparar-se psicologicamente para a amamentação. Trata-se de um ato de amor e muitas mulheres relatam o bem-estar imenso que sentem ao amamentar, porque o vínculo que é criado entre a mãe e o bebê é ímpar, insubstituível. Portanto, se houver o preparo, sem medo, tudo dará certo. 

É importante lembrar que a amamentação também faz bem para a mãe, porque o aleitamento permite que o útero volte ao tamanho normal rapidamente, previne a anemia materna, já que reduz o sangramento, e ainda previne o risco de câncer de mama e de ovário, além de ajudar na manutenção do peso corporal.

  

Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.


Sociedade Brasileira de Urologia alerta para hiperplasia prostática a partir dos 50 anos

Especialista de Santos mostra os riscos da doença que rendeu mais de 22 milhões de atendimentos ao SUS em 2022 


Muitos homens tendem a negligenciar sua saúde e bem-estar, deixando de realizar exames preventivos, ignorando sintomas e adotando hábitos não saudáveis. Essa falta de cuidado pode levar a consequências sérias para a saúde, diminuindo a qualidade de vida e, em alguns casos, até mesmo colocando a vida em risco. 

Buscando conscientizar o público masculino sobre o problema mais comum encontrado na próstata, a hiperplasia prostática benigna (HPB), a Sociedade Brasileira de Urologia divulgou uma pesquisa afirmando que cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos a tem, e essa prevalência aumenta com a idade, podendo chegar a 80% nos homens entre 70 e 80 anos. 

Mas o que é HPB? O médico urologista Heleno Diegues Paes explica que essa é uma das condições inerentes do envelhecimento masculino, onde ocorre o aumento volumétrico da próstata que acomete os homens, principalmente a partir dos 50 anos. 

“A próstata tem uma tendência a crescer com o passar dos anos. No adolescente e adulto jovem a velocidade de crescimento é muito pequena. Mas a partir dos 40 anos, a velocidade vai aumentando, quando começam a surgir as manifestações clínicas desse aumento. Isso pode ser motivado pelo hormônio testosterona e por fatores genéticos e ambientais, o que justifica a diferença de sua apresentação entre os homens. 

Como o HPB determina algum grau de obstrução da uretra, dificultando em maior ou menor grau a passagem da urina, existem pessoas praticamente assintomáticas e pessoas que sofrem bastante para urinar. 

Neste caso, alguns sintomas que ajudam a identificar o problema são o jato urinário fraco, necessidade de esforço para ajudar a micção, jato urinário intermitente e prolongado, sensação de resíduo urinário após a micção, gotejamento terminal de urina, aumento da freqüência urinária, necessidade de acordar à noite para urinar. 

E mesmo com sintomas, Heleno Paes diz que muitos não procuram ajuda primeiro porque não sabem que possuem um problema. À exceção dos casos extremos, onde estes homens têm sintomas muito intensos, os homens vão evoluindo com uma deterioração da micção de maneira muito lenta e progressiva, e passam a considerar sua micção como uma condição normal. Na verdade um “novo” normal. 

Segundo dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) do Ministério da Saúde, só no ano passado foram mais de 22 milhões de atendimentos no SUS devido a HPB no País. O médico explica o motivo desse aumento. 

“Isso se deve principalmente ao envelhecimento da população. É nítida a inversão da pirâmide demográfica no Brasil. Você pode verificar, por exemplo, a preocupação dos governantes com o colapso do sistema previdenciário devido este efeito. Será cada vez mais comum as doenças inerentes ao envelhecimento”, afirma Paes.

 

Riscos

A uretra é o canal que leva a urina da bexiga para fora do corpo, atravessando o interior da próstata. O crescimento da próstata, em alguns homens, passa a comprimir esta porção da uretra, por um efeito de massa, mesmo. Dessa forma a bexiga passa a realizar um maior esforço de contração para eliminar a urina. 

Segundo o especialista, com o passar dos meses e anos, esta bexiga sofrerá um desgaste e adaptações que poderá se manifestar com uma maior reatividade, levando ao quadro de bexiga hiperativa, ou então entrar em falência, evoluindo com a retenção urinária. Além de que o maior resíduo de urina aumenta o risco de infecções e formação de cálculos. 

“O maior risco é evoluir com uma deterioração irreversível do funcionamento da bexiga. Isso pode levar a necessidade de uso de sondas, a risco de infecções e insuficiência renal”, diz o médico. 

O diagnóstico do HPB é realizado pela história clínica, onde é questionado o padrão miccional da pessoa, pelo exame físico, que é o exame de toque, e pelo exame de ultrassom da próstata. 

Após identificar o problema, ele pode ser tratado com medicamentos e cirurgias. “O objetivo é promover a desobstrução do trato urinário e trazer de volta a micção satisfatória a estes pacientes”. 

Por isso, não há dúvida: ao perceber qualquer situação diferente da habitual, é preciso consultar o urologista e iniciar imediatamente o tratamento. “Após iniciado o tratamento, que é crônico, devem ser realizadas avaliações periódicas para verificar se as coisas estão indo bem”, completa Paes. 

Somente assim é possível garantir que os homens possam ter uma vida mais longa, saudável e plena. Ao cuidar da saúde, os homens não apenas se beneficiam pessoalmente, mas também têm um impacto positivo em suas famílias e comunidades.

 

Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.


Incontinência urinária: Urologista comenta condição que afeta mais de 10 milhões de brasileiros

 

Especialista do São Cristóvão Saúde esclarece a condição e o que poder motivar o escape involuntário da urina em homens e mulheres 


Cerca de 10 milhões de brasileiros apresentam algum grau de incontinência urinária e convivem todos os dias com a condição, que atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o número é superior ao de diabéticos no Brasil. De acordo com especialistas, porém, essa condição pode afetar pessoas de todas as idades, embora prevalente em idosos e mulheres. 

Urologista do Grupo São Cristóvão Saúde, Dr. Cristóvão Barbosa Neto esclarece que incontinência urinária “é um termo médico utilizado para descrever a incapacidade de controlar o fluxo de urina, resultando em perdas involuntárias de urina”. Segundo o médico, suas causas são variadas, “desde fraqueza da musculatura pélvica ou hiperatividade da bexiga, até lesões de nervos, causas hormonais, entre outras”. Porém, de acordo com o urologista, existem alguns fatores por meio dos quais é possível classificar a condição:

  • Incontinência Urinária de Esforço:  Ocorre a perda involuntária de urina durante atividades que aumentam a pressão intra-abdominal, como rir, tossir, espirrar ou praticar exercícios físicos. É causada pela fraqueza dos músculos do assoalho pélvico ou do esfíncter uretral, que são responsáveis por manter o fechamento da uretra;
     
  • Incontinência Urinária de Urgência: Súbita necessidade de urinar, acompanhada de perda involuntária de urina antes que se consiga chegar ao banheiro. “É causada por uma hiperatividade da bexiga, em que os músculos da bexiga se contraem de forma involuntária”, explica Dr. Cristóvão Barbosa;
     
  • Incontinência Urinária Mista: Uma combinação da incontinência urinária de esforço e de urgência;
     
  • Incontinência Urinária Funcional:  Causada por problemas físicos ou cognitivos, que dificultam o acesso ao local adequado para urinar;
     
  • Incontinência Urinária por Transbordamento: É quando, pela dificuldade de esvaziamento, ocorre um excesso de urina na bexiga, levando a um transbordamento. “Geralmente acontece devido a obstruções do fluxo urinário, como uma próstata aumentada (em homens) ou estreitamento da uretra”, exemplifica;
     
  • Incontinência Urinária Reflexa: A micção ocorre de forma involuntária, quando a bexiga atinge um determinado volume de urina, comum em pacientes com lesões medulares.


Mudança de hábitos e tratamento

O tratamento da incontinência urinária pode variar de acordo com o tipo e gravidade dos sintomas. Segundo o especialista, geralmente envolve mudanças de hábitos, abordagens comportamentais, terapias específicas e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas: “As principais formas de tratamento são exercícios do assoalho pélvico, medicamentos, injeção intravesical de botox e cirurgias para correção de problemas anatômicos”.  Entre os hábitos que contribuem para o escape involuntário da urina, estão:

  • Tabagismo: Fumar pode irritar a bexiga e levar à tosse crônica, o que aumenta a pressão intra-abdominal e pode contribuir para a incontinência urinária de esforço;
     
  • Obesidade:  O excesso de peso corporal pode exercer pressão adicional sobre a bexiga e os músculos do assoalho pélvico, aumentando o risco de incontinência urinária de esforço;
     
  • Má alimentação: Uma dieta pobre em fibras pode levar à constipação, o que pode afetar negativamente a função da bexiga e contribuir para a incontinência urinária;
  •  
  • Consumo de cafeína e álcool: Café e o álcool são diuréticos, o que significa que podem aumentar a produção de urina e levar a uma maior frequência urinária;
     
  • Segurar a urina por longos períodos:  Segurar a urina por muito tempo pode distender a bexiga e enfraquecer sua capacidade de contração, potencialmente causando incontinência de urgência;
     
  • Constipação crônica:  Constipação pode pressionar a bexiga e os nervos associados, contribuindo para a incontinência urinária.

“A escolha do tratamento depende da avaliação individual de cada paciente, sendo fundamental consultar um médico ou especialista em urologia para determinar a abordagem mais adequada para o caso específico de incontinência urinária”, finaliza Dr. Cristóvão Barbosa Neto. 
 

Grupo São Cristóvão Saúde


Baixa Estatura Infantil: causas, sinais e tratamento

Tratamento com hormônio tireoidiano pode normalizar o crescimento

                                   Você sabe o que é uma criança PIG?


A baixa estatura em crianças é caracterizada por uma altura abaixo da média para a faixa etária e pode ter várias causas envolvidas como genética, doenças crônicas, hormonais, doenças renais, cardíacas ou da tireoide. Algumas síndromes como a de Turner ou a acondroplasia também pode impedir o crescimento adequado, bem como baixa nutrição, estresse ou distúrbios do sono podem desacelerar o crescimento.

 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que embora cada criança cresça em seu próprio ritmo, alguns sinais podem indicar a necessidade de avaliação médica. “Crescimento lento ou estagnado, ou seja, a criança parou de crescer, membros desproporcionalmente curtos em relação ao tronco e atraso no desenvolvimento são alguns dos sinais que devem ser observados”, aponta Dra. Lorena. Ela diz ainda que, geralmente, o déficit de crescimento é notado pelo pediatra durante as consultas de rotina da criança ou pelos pais, que percebem que a criança está ficando menor que amigos da mesma idade.

 

O tratamento para baixa estatura dependerá da causa identificada pelo especialista. “Algumas opções de tratamento incluem a melhora na alimentação, que deve ter nutrientes essenciais para promover o crescimento adequado. Para os casos de deficiência do hormônio do crescimento (GH), o tratamento com injeções desse hormônio está indicado e pode ser eficaz. Já crianças com hipotireoidismo, o tratamento com hormônio tireoidiano pode normalizar o crescimento”, explica Dra. Lorena Amato.

 

Criança PIG - Pequena para a Idade Gestacional é uma criança que tem o peso ou a estatura abaixo do percentil 10 para aquela idade gestacional em que se encontra. Em geral, já se pode ter uma estimativa se uma criança é PIG pelo ultrassom, antes mesmo de nascer. “Nesta fase, referimo-nos à restrição do crescimento intrauterino, já que ainda é possível haver alguma medida que melhore no decorrer da gestação e essa criança volte a entrar em uma curva um pouco melhor de estatura e peso e acabe se adequando no momento do nascimento”, explica Dra. Lorena.

 

Existem várias causas para um bebê nascer pequeno de idade gestacional, entre elas hipertensão materna, gestação múltipla, mãe fumante e usuárias de drogas, se a mãe tem doença renal e diabetes.

 

“A baixa estatura em crianças pode ser uma preocupação para os pais, mas é essencial lembrar que cada criança é única e cresce em seu próprio ritmo. Se houver sinais de alerta ou preocupações persistentes, é fundamental buscar orientação para um diagnóstico médico adequado e um plano de tratamento personalizado”, orienta a endocrinologista.



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
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