Ainda objeto de estudo de especialistas, as Inteligências Artificiais podem ser um recurso eficiente na educação, se utilizadas corretamente; especialista de desenvolvimento de negócios da startup francesa TestWe conta como tem sido possível o trabalho
As inovações tecnológicas no mundo digital, principalmente aquelas que envolvem as Inteligências Artificiais (IAs), estão muito presentes e suscitam múltiplas questões. Algumas delas estão relacionadas ao mercado de trabalho, por exemplo, de que forma elas podem ajudar a otimizar processos em diferentes áreas. Para além das dúvidas, há uma certeza: é fundamental que as empresas passem por atualizações e estejam atentas às inovações em prol do seu público.
De acordo com o levantamento “Global AI Adoption Index 2022”, elaborado pela IBM, mais de 40% das empresas brasileiras conseguiram implementar alguma inteligência artificial de forma efetiva em seus serviços. Além disso, entre as empresas presentes no estudo, 39% delas tomaram a decisão de acrescentar uma IA em suas soluções, pensando na redução de custos e na automatização de processos.
Seguindo a tendência do mercado, a TestWe, referência europeia em certificações online e serviços de RH, atuante também no Brasil, resolveu utilizar ferramentas do ChatGPT em suas soluções de plataformas de avaliação à distância.
Rafaela Manes, diretora de desenvolvimento de negócios no Brasil e em Portugal da startup francesa, usa o contexto da empresa para ilustrar a necessidade das instituições de se aterem às inovações tecnológicas. “No caso da TestWe, trabalhamos com educação, que é um segmento em constante movimento e no qual a tecnologia pode fazer grandes mudanças e evoluções. Portanto, é mais do que necessário que as instituições sigam esse caminho e se adaptem às novidades”, afirma.
Nesse sentido, surge a necessidade de as empresas aproveitarem, da melhor maneira possível, os novos recursos oferecidos pela tecnologia de uma maneira inteligente, pensando no benefício próprio e no de seus clientes. Contudo, vale ressaltar que nem todas as instituições deveriam integrar novas funcionalidades apenas para seguir o mercado, pois, nesse momento, essa tecnologia corre o risco de uma implementação mais estética do que realmente eficaz.
Além disso, a diretora acredita que
quando as IAs foram introduzidas, muitos artigos no cenário da educação focaram
no lado “negativo” delas, passando por aspectos como fraude ou o “fácil” acesso
às informações, o que resultou em uma atmosfera de medo em torno da tecnologia,
impedindo usos benéficos da ferramenta. “Com o tempo, as empresas e as
instituições começaram a prestar atenção nos benefícios, que são diversos,
podendo ajudar tanto os professores, quanto instituições e até mesmo os
alunos”, conta.
Bom uso da tecnologia
De acordo com Rafaela, a funcionalidade de assistência virtual integrada na TestWe permite que os professores criem provas de forma simples. Basta o professor detalhar o seu pedido citando, por exemplo, quantas questões estarão na avaliação e a dificuldade de cada uma delas.
Além disso, o docente pode fornecer um conteúdo específico, caso queira um item criado a partir de um assunto especializado. Após o processo, diversas questões serão criadas e será possível selecionar quais serão importadas para a prova. Depois da validação, em poucos minutos, a prova estará criada.
Outra parte do processo da prova online otimizada é o
momento da correção. Os professores, uma vez que já tenham recebido os
resultados dos participantes, poderão igualmente utilizar a assistência virtual
para efetuar a verificação das questões abertas. “A ideia é que uma primeira
correção com notas e comentários seja realizada pelo assistente virtual para
facilitar o processo e economizar tempo. Em seguida, o professor irá revisar e
validar a correção final”, explica a diretora.
TestWe