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sábado, 8 de julho de 2023

10/07 Dia da Pizza | Chef Isaías Soares ensina a fazer massa de pizza com tomate triturado

Ingrediente entra na massa para dar mais cor e sabor à pizza



Que tal convidar amigos e familiares para comemorar o Dia da Pizza? Celebrado no Brasil em 10 de julho, pode ser uma oportunidade para explorar e apreciar diversos sabores de cobertura e inovar também na massa. Para quem curte preparar sua própria pizza em casa, eis uma dica do chef Isaías Soares: incluir molho de tomate triturado da EKMA na massa.

Para preparar a massa de uma pizza de 35 cm (oito fatias), serão necessários os seguintes ingredientes:


200 gramas de farinha de trigo

3 gramas de fermento biológico

6 gramas de sal

7 gramas de azeite

3 gramas de açúcar

120 gramas de Tomate Triturado da EKMA,

 

Modo de Preparo: Colocar a farinha em um recipiente e, em seguida, acrescentar o fermento e o açúcar. Misture bem. Coloque o sal e misture novamente. Em seguida, acrescente o azeite e o Tomate Triturado da EKMA (que é elaborado apenas com tomates selecionados e levemente temperados com azeite de oliva e alho in natura). Bolear por 7 minutos ou até a massa fiar homogênea. Em seguida, faça uma bolinha e deixe crescer por cerca de uma hora ou até dobrar de tamanho. Feito isso, abra a massa, escolha a cobertura que mais gosta e leve ao forno por aproximadamente 15 minutos.

 


Ekma


Chef Isaias Soares - Formado em Gastronomia e pós-graduado em Massas Italianas, o Chef Isaias é referência quando o assunto é pizza. Com ampla experiência nacional e internacional, é diretor da FIC (Federação Italiana de Cozinheiros) no Paraná, Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, e da API (Associação Pizzarias Italianas). Além disso, é diretor da FEBRAMEPI (Federação Brasileira de Mestres Pizzaiolos) e diretor do Instituto Gourmet da Pizza. Sua habilidade como pizzaiolo é reconhecida em todo o mundo, e sua especialização na Accademia Pizzaioli e Le 5 Stagione na Itália o destacam ainda mais como um verdadeiro mestre em sua arte.

 

Ansiedade e depressão: quase um quinto das mulheres recebem o diagnóstico, aponta pesquisa

O número é considerado alto, mas o estudo indica que elas estão buscando ajuda; Empresas podem ser aliadas neste processo


Uma pesquisa realizada pela healthtech 3778, que monitorou a saúde de colaboradoras de empresas parceiras, concluiu que 30% das mulheres possuem diagnóstico e/ou fazem tratamento para depressão e ansiedade. O estudo foi realizado por meio de um questionário auto preenchido por cerca de 16 mil mulheres e 7 mil homens, com idades entre 18 e 74 anos. A 3778 é especializada em saúde corporativa e análise de dados com auxílio de inteligência artificial.

Os dados apresentam números alarmantes sobre a saúde mental feminina. Ao menos 17% das entrevistadas apresentam sintomas de ansiedade, enquanto 13% foram diagnosticadas com depressão. “O número é considerado alto, mas indica que elas estão em busca de ajuda e apoio emocional. Elas tendem a procurar os serviços de saúde com mais frequência do que os homens. Esse passo é o mais importante na direção do bem-estar e da qualidade de vida, prevenindo desdobramentos mais graves”, afirma Gregório Rodrigues, médico de família especialista em ciência de dados em saúde da 3778.

É importante ressaltar que o Brasil é o país com mais casos de ansiedade no mundo; ao menos 9,3% da população geral sofre de ansiedade patológica, de acordo com o mapeamento mais recente da Organização Mundial de Saúde.

Os motivos para o desencadeamento da ansiedade e depressão entre as mulheres são diversos, como propensão genética e hormonal, vivência de traumas, e até mesmo a saúde física. Ainda de acordo com o levantamento da 3778, quando perguntadas sobre a quantidade de minutos de exercícios físicos realizados, 46% das entrevistadas responderam não se exercitar, enquanto 22% praticam entre 1 a 120 minutos por semana. Paralelamente, cerca de 34% das mulheres que responderam a pesquisa estão com sobrepeso e 23%, com obesidade.


A relação da saúde mental com o trabalho 

Outro motivo que também se deve levar em consideração, quando se trata de saúde mental, é o trabalho. Para se ter uma ideia, 78% dos afastamentos médicos de 2021/22 foram por transtornos mentais, segundo uma pesquisa levantada pela 3778. Isso porque, é difícil às vezes separar a vida profissional com a pessoal, e muitas pessoas acabam desenvolvendo ansiedade e depressão por motivos ligados aos seus empregos, como por exemplo: trabalhar em um ambiente opressivo, passar por situações desconfortáveis, não receber nenhum tipo de auxílio, entre outros motivos. 

Para a especialista Thamyris André, gerente operacional da 3778, as empresas podem ser grandes aliadas neste processo de cuidado à saúde das mulheres. “É importante que as organizações e principalmente a liderança, estejam sempre atentas e busquem soluções para ajudar e evitar o adoecimento dos colaboradores. A 3778 vem contribuindo em muitos negócios com a implementação e/ou gestão de linhas de cuidado para melhorar esses indicadores, reduzindo custos de afastamentos, melhorando o bem-estar e produtividade dos trabalhadores”, conclui Thamyris.


Crianças que fazem uso demasiado de telas apresentam problemas oculares mais cedo

No dia 10 de julho, em que chamamos a atenção para a saúde ocular, oftalmologista explica como cuidar da visão de crianças e adolescentes

 

 

Comemorado no dia 10 de julho, o Dia da Saúde Ocular tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico de doenças oculares que, se não tratadas de maneira correta, podem levar à perda da visão de longo prazo.

 

Um estudo recentemente publicado aponta que metade da população mundial será míope em 2050 e desta, um a cada 10 serão de alto grau, e, portanto, predispostas a complicações oculares bem como pelo risco de perda progressiva e irreversível da visão. Nos últimos dois anos estudos na população de crianças asiáticas mostraram cerca de 40 % de crescimento de miopia. Esse fator foi atribuído ao excesso de uso de telas e falta de atividades outdoor trazidos durante a pandemia do Covid 19.

 

De acordo com Dra. Patrícia Ferraz Mendes, oftalmologista e chefe da equipe de Oftalmologia do Sabará Hospital Infantil, além do surgimento da miopia, essa exposição às telas em excesso de atividades pode trazer outros danos à saúde ocular. “Crianças que ficam muito tempo em celulares, tablets ou atividades indoor estão em constante exposição ao fator de risco para o desenvolvimento da miopia patológica. Além do fato do uso de telas sem descanso também desencadearem sintomas como fadiga e sinais de olho seco severo pela falta do piscar”, explica a médica.

 

“Estima se que as taxas de desenvolvimento de miopia diminuam cerca de 2% cada hora adicional em atividades ao ar livre por semana em crianças que ainda não sejam míopes. Além disso, recomenda se que, a cada 40 minutos de uso de tela, haja uma pausa de 10 minutos” , complementa Dra. Patrícia.

 

Embora o uso faça parte da rotina, pais e responsáveis não devem fornecer telas as crianças com idade inferior a dois anos. Segundo a Academia Americana de Pediatria, entre dois e cinco anos, o uso destes dispositivos deve ser restringido a uma hora por dia, pois desenhos e jogos causam irritabilidade, agitação e outros prejuízos no desenvolvimento cognitivo e da linguagem.

 

A especialista explica que o ideal é a criança ser levada ao oftalmologista ainda no primeiro ano de vida. Com isso, caso seja identificada alguma alteração ocular, o tratamento é realizado de forma precoce, uma vez que, os primeiros sete anos de vida, são os mais importantes no desenvolvimento visual.

 

O primeiro teste ocular é feito ainda na maternidade. Chamado de Teste do Olhinho, esse exame mostra se há alguma dificuldade para que a luz passe pela retina e chegue ao cérebro. No entanto, o acompanhamento clínico deve ser realizado em todas as fases da vida:

 

•           Entre 3 e 6 meses: para identificar possíveis dificuldades no desenvolvimento da visão e do olho ou problemas de má-formação;


•           1 ano de idade: essa consulta servirá para avaliar todo o primeiro ano de desenvolvimento da visão do bebê;


•           Entre 2 e 3 anos de idade: também para identificar problemas de formação e desenvolvimento como estrabismo (conhecido como visão dupla, olho torto ou “vesguice”) e anisometropia (foco desigual entre os olhos);


•           Entre 5 e 7 anos de idade: nesse período, o oftalmologista avaliará a existência dos problemas mais comuns como miopia, astigmatismo, hipermetropia, que podem ser uma barreira no desempenho escolar e na alfabetização;


•           Entre 12 e 15 anos de idade: nessa idade é comum que a miopia, por exemplo, comece a dar sinais, se não houver se manifestado antes.

 

As principais doenças oculares entre crianças e adolescentes são os erros refracionais (miopia, astigmatismo, hipermetropia); ambliopia (olho preguiçoso); estrabismos (desvio ocular) e alergias oculares. Porém, o exame é importante também para exclusão de doenças mais raras como retinoblastoma e outros tumores, glaucomas e cataratas congênitos e da infância.

 

Os sinais que devem servir de alerta aos pais para abreviarem a ida à consulta oftalmológica são desde olhos vermelhos, prurido ocular, desvios oculares (estrabismo), fotossensibilidade ou “tiques” à luz, lacrimejamento excessivo, dificuldade para enxergar ou queixas de dores de cabeça. 

 

O Departamento de Oftalmologia do Sabará Hospital Infantil reúne uma equipe de profissionais de retaguarda para realizar as avaliações e alguns procedimentos voltados para a saúde ocular infantil.

 

 

Sabará Hospital Infantil


Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca: doença de alta mortalidade necessita de intervenção precoce

Diabetes e doença renal crônica são fatores de risco para a condição

 

O Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca acontece em 9 de julho com o intuito de reforçar a atenção para essa condição que contribui para a redução da expectativa de vida das pessoas, já que metade dos pacientes não vivem mais do que 5 anos após o diagnóstico[1]. No entanto, por meio de intervenção precoce e tratamento otimizado, é possível melhorar a qualidade de vida de quem sofre com a doença. 

No Brasil, estima-se que a insuficiência cardíaca atinja 4 milhões de pessoas[2]. Ela é uma doença crônica em que o coração não bombeia o sangue de maneira adequada, fazendo com que o corpo não receba oxigênio e nutrientes suficientes pelo sangue. Os sintomas mais comuns são cansaço, dificuldade para respirar, seja deitado ou em movimento, inchaço nas pernas, perda de apetite e abdômen aumentado[3]. 

Na presença de sintomas ou caso a pessoa tenha condições pré-estabelecidas, o rastreio da insuficiência cardíaca é necessário: “A intervenção precoce da insuficiência cardíaca é o que vai contribuir para a mudança na jornada de saúde e longevidade desses pacientes. O rastreio da doença deve ser feito, principalmente, em pessoas que já convivem com outras condições, como o diabetes e a doença renal crônica, podendo ser causa ou consequência dessa última: cerca de 55% das pessoas que tem insuficiência cardíaca também desenvolvem doença renal crônica[4]”, alerta Fernanda Ronco, líder médica de área terapêutica da AstraZeneca. 

Pacientes com diabetes também devem realizar o monitoramento da saúde do coração. Dos 15,7 milhões de brasileiros que convivem com o diabetes[5], segundo dados da Federação Internacional do Diabetes, 90% têm o tipo 2 da doença[6]. A condição aumenta a possibilidade de diagnóstico de insuficiência cardíaca e outras doenças cardiovasculares. 

Com o tratamento medicamentoso adequado e otimizado, junto à adoção de melhores hábitos de saúde, como a prática de exercícios físicos com acompanhamento, mudança rigorosa na alimentação, diminuição na ingestão de sal e líquidos e manejo do estresse[7], é possível a melhora do quadro e, consequentemente, da qualidade de vida dessas pessoas, recuperando a capacidade da realização de atividades. 



AstraZeneca
www.astrazeneca.com.br
Instagram @astrazenecabr.



[1] Mozaffarian D et al. Cirulation. 2016 Jan; 133:e338-360.

[2] Arq. Bras Cardiol. 2018 Set;111(3):436-539. doi: 10.5935/abc.20180190.

[3] Ministério da Saúde. Cuidado com o coração. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/julho/sus-oferece-assistencia-gratuita-para-pacientes-com-insuficiencia-cardiaca#:~:text=O%20Sistema%20%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde,vida%20mais%20adequada%20e%20saud%C3%A1vel Acesso em 04 de julho de 2023.

[4] McAlister FA et al. Circ Heart Fail. 2012;5(3):309–314.

[5] International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas. 10th ed. 2021.. Disponível em: https://diabetesatlas.org/ . Acesso em 10 de maio de 2023.

[6] Ministério da Saúde. Diabetes. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/diabetes/. Acessado 18 de maio de 2023

[7] FazBem Programa de cuidado e apoio ao paciente. O que é insuficiência cardíaca? Conheça as principais características da doença. Disponível em: https://www.programafazbem.com.br/blog/post/o-que-e-insuficiencia-cardiaca-conheca-as-principais-caracteristicas-da-doenca Acesso em 04 de julho de 2023.



Dia Mundial da Saúde Ocular: envelhecimento e pobreza estão entre os principais fatores de risco para a cegueira

 

Especialista alerta que exames preventivos podem diagnosticar desde doenças sistêmicas até tumores

 

Dez de julho é marcado pelo Dia da Saúde Ocular. A data é um alerta sobre a prevenção  e o diagnóstico precoce de doenças oculares. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), há cerca de 1,5 milhão de pessoas cegas no Brasil. O estudo aponta que o envelhecimento e a pobreza estão entre os principais fatores de risco para perda da visão.

 

O oftalmologista Antônio Sardinha Neto, do Hospital de Olhos de Cuiabá,  enfatiza a necessidade de se dedicar à prevenção e ao cuidado adequado dos olhos. "Muitas doenças oculares podem ser detectadas numa consulta com o oftalmologista. Os exames preventivos podem diagnosticar desde doenças sistêmicas até tumores”, afirma o médico. 

 

O especialista aponta ainda para o aumento das doenças oculares relacionadas ao estilo de vida moderno. "Passamos cada vez mais tempo em frente a telas digitais, seja no trabalho, no lazer ou nos estudos. Isso tem levado ao surgimento de problemas como a síndrome do olho seco e a fadiga visual. Além disso, o envelhecimento da população também traz consigo um aumento nas doenças oculares crônicas, como a degeneração macular relacionada à idade."

Segundo o Dr. Antônio, a prevenção é a chave para a saúde ocular. “É muito importante ressaltar que os olhos não apresentam somente problemas de grau, há doenças sérias que podem levar à cegueira se não detectadas e tratadas a tempo. Por isso, recomendamos visitas anuais ao oftalmologista”, ressalta o médico.

Ainda de acordo com o especialista, as principais doenças oculares são: conjuntivite aguda bacteriana, conjuntivite viral, conjuntivite crônica (tracoma), catarata e glaucoma. Além de consultar regularmente o oftalmologista, o médico também lista algumas dicas para proteção dos olhos:  

- Evitar coçar ou esfregar os olhos;

- Remover a maquiagem antes de dormir. Sempre verificar a validade dos produtos;


- Não compartilhar maquiagem;


- Verificar o nível de glicose para evitar problemas causados pela diabetes;


- Pelo menos uma vez ao dia, é importante higienizar a área em volta dos olhos (pálpebras, cílios e cantos). Ao remover as impurezas, o paciente evita as coceiras, irritações e até conjuntivite;


- Usar óculos ou lentes quando prescritos;


- Usar óculos escuros em locais com muita claridade, e


- Piscar com frequência para lubrificar as córneas. Isso ajuda a prevenir a Síndrome da Visão de Computador.

“Em caso de baixa visão, dores oculares, irritações frequentes, procure um oftalmologista”, recomenda o médico do Hospital de Olhos de Cuiabá.

 

Julho Laranja: A importância da prevenção dentária desde a infância

Segundo especialista, para garantir melhores condições de saúde bucal no futuro é preciso se antecipar

 

A campanha Julho laranja iniciou em 2019 e surgiu como forma de conscientizar e alertar a população sobre as intervenções ortodônticas precoces, de forma especial na infância, sem esquecer dos adolescentes que não receberam o tratamento adequado quando criança.

A ação reforça a importância do diagnóstico prévio de possíveis causas que podem ocasionar futuros problemas na ortodontia, e foi escolhida para acontecer em julho, porque as pessoas procuram mais pela especialidade neste período de férias escolares.

Segundo Maria Fernanda Braga, cirurgiã-dentista, a prevenção com os dentes deve acontecer desde cedo e é por meio de ações como frequentar o dentista enquanto criança, uma boa escovação, uso do fio dental, além do consumo de alimentos saudáveis, que se mantém uma ótima saúde bucal.

“Para garantir melhores condições saudáveis no futuro é preciso se antecipar. O uso do aparelho corretivo na infância, por exemplo, pode ser iniciado aos 3 anos de idade, caso a criança apresente alguma disfunção. A correção traz vários benefícios que vão muito além da boca, como por exemplo: melhorar a mordida, corrigir o espaço ideal para nascimentos dos dentes permanentes e melhora nos hábitos de sucção e deglutição”, informa a especialista.

A cirurgiã-dentista realiza uma campanha de prevenção ativa em sua profissão, por meio do personagem Dentix, criado e idealizado por ela, veiculado no gibi “As Aventuras de Dentix”, que cria uma comunicação facilitada para fazer a informação chegar para as famílias. O projeto já alcançou mais de 17 mil crianças com participação em camarotes dentro da Sapucaí, com ações em ONGs, entre outros, reforçando sempre a importância do sorriso saudável.

 

Maria Fernanda Braga : CRO RJ-41346 - Cirurgiã-dentista, especializada em bebês e crianças, com formação e especialização pela UFRJ. É escritora, desenhista e idealizadora do projeto de prevenção da saúde bucal “As Aventuras de Dentix”, que cria uma comunicação facilitada para fazer a informação chegar para as famílias.


6 mitos e verdades sobre gripe e vacinação

No inverno, com o aumento dos casos de doenças respiratórias, como a gripe, é comum surgirem dúvidas e informações incorretas relacionadas ao frio, gripe e vacinação. É importante esclarecer essas questões para que as pessoas se mantenham informadas corretamente. Confira a seguir alguns mitos e verdades sobre esse tema, desvendados pela Droga Raia e Drogasil

 

  1. Ficar exposto ao frio causa gripe.

Mito. A exposição ao frio por si só não causa a gripe. A gripe é causada por vírus, especificamente o vírus influenza. No entanto, acredita-se que o frio possa diminuir a eficácia do sistema imunológico, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções virais, incluindo a gripe. Além disso, no inverno, as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados e com aglomerações, o que pode facilitar a transmissão do vírus.


  1. Tomar vitamina C previne resfriados e gripes.

Mito. Embora a vitamina C seja importante para o funcionamento adequado do sistema imunológico, não há evidências científicas suficientes para apoiar a afirmação de que a suplementação regular de vitamina C previne resfriados ou gripes. Manter uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais, é importante para o sistema imunológico, mas não há um único nutriente ou suplemento que seja uma "cura" definitiva para essas doenças.


  1. A vacina contra gripe pode causar a doença.

Mito. A vacina contra a gripe não causa a doença. A vacina geralmente é composta por vírus inativados, fragmentos de vírus ou proteínas virais que não são capazes de causar a infecção. É possível que algumas pessoas tenham reações leves após receber a vacina, como dor no local da injeção ou febre baixa, mas esses efeitos são passageiros e não são equivalentes à doença em si.


  1. A vacina contra gripe é a maneira mais eficaz de evitá-la.

Verdade. A eficácia da vacina contra a gripe varia de ano para ano, dependendo da correspondência entre as cepas de vírus incluídas na vacina e as cepas circulantes durante a temporada de gripe. Ainda assim, a vacinação é a melhor maneira de reduzir o risco de contrair a gripe e suas complicações. Mesmo que a vacina não forneça uma proteção completa, ela pode ajudar a diminuir a gravidade e a duração da doença em pessoas vacinadas.


  1. A vacina contra a gripe pode reduzir o risco de complicações graves.

Verdade. A vacinação contra a gripe pode diminuir o risco de complicações graves, hospitalização e morte relacionadas à doença. É particularmente importante para pessoas em grupos de risco, como idosos, crianças pequenas e pessoas com condições médicas subjacentes ou comorbidades.


  1. Se eu já tive gripe antes, estou imune e não preciso me vacinar.

Mito. Embora seja possível desenvolver alguma imunidade após a infecção por um determinado vírus da gripe, existem diferentes cepas circulantes a cada ano. A vacinação anual é recomendada porque as cepas do vírus da gripe podem mudar e a imunidade adquirida pela infecção anterior pode não fornecer proteção adequada contra as novas cepas.

 

Droga Raia
https://www.drogasil.com.br/vacinacao/gripe

Drogasil
https://www.drogaraia.com.br/vacinacao/gripe

 

Viagens longas e trombose venosa: os cuidados essenciais para prevenir complicações

Cirurgião vascular explica que pessoas com varizes e com histórico de trombose na família precisam reforçar a atenção


A trombose venosa profunda acontece quando um coágulo se forma dentro de uma veia, o que pode comprometer o fluxo sanguíneo. Uma das complicações dessa doença é a embolia, situação em que um pedaço de coágulo se desprende da região que se originou, circula pelo organismo e se aloja nos pulmões.

Em viagens de longa distância, o risco de desenvolvimento dessa doença pode aumentar de forma considerável, como explica o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Dr. Márcio Steinbruch.

“O que está relacionado a esse problema é a dificuldade do fluxo sanguíneo da extremidade do organismo retornar ao coração. Essa situação pode acontecer quando ficamos muito tempo sentados, sem estimular a musculatura da panturrilha, responsável pelo bombeamento do sangue, que está atuando contra a força da gravidade para manter a circulação sanguínea adequada. É importante destacar que só é considerável um risco as viagens que ultrapassam quatro horas de duração”, contou.

As pessoas com varizes e com histórico de trombose na família precisam reforçar a atenção e buscar orientação especializada antes de fazer uma viagem longa, seja de avião ou por meios terrestres. Mulheres que fazem uso de anticoncepcionais orais e pessoas obesas também devem consultar um angiologista antes de viajarem. Contudo, não há necessidade para preocupação excessiva, pois com alguns cuidados esse distúrbio pode ser evitado.

“As meias elásticas ajudam a melhorar o retorno do sangue venoso, mas para isso é importante que ela seja prescrita por um profissional da área, para indicar a altura, compressão e tamanho adequado em cada caso. Também é importante fazer exercícios de fortalecimento da panturrilha e, durante a viagem aérea, fazer movimentos com os pés, simulando uma caminhada para favorecer a drenagem do sangue”, concluiu o cirurgião vascular.

Quando o percurso for feito por meios terrestres, aproveite as paradas para esticar e alongar o corpo. E lembre-se de evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, ingerir bastante água, evitar roupas apertadas nas regiões da cintura e das pernas e procurar não deixar as pernas cruzadas. 



Dr. Márcio Steinbruch – formado pela Universidade de São Paulo (USP), é médico com especialização em cirurgia vascular pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, além disso, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e é membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Curta as redes sociais do médico: Instagram: @livredevarizes e Facebook.com/marcio.steinbruch e acesse o site: www.livredevarizes.com.br/.


Teste genético possibilita selecionar embrião saudável antes de transferir para o útero

 

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Antes de transferir para o útero, por meio de técnica de fertilização in vitro (FIV) é possível selecionar, por meio do teste PGT-M, disponível na Igenomix Brasil, um embrião que não esteja associado com uma doença hereditária presente na família (causada por uma mutação genética) e alterações cromossômicas, aumentando a chance de gravidez e nascimento de um bebê saudável 


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, oito milhões de pessoas podem ser inférteis e, para muitas delas, um recurso viável para conseguir uma gravidez é recorrer a procedimentos de reprodução assistida. Nesses tratamentos, o sucesso não está apenas em conseguir uma gravidez, mas em gerar um bebê saudável. Atualmente, diversos testes oferecem vantagens nas técnicas de reprodução assistida e um deles é o PGT-M, que previne a transmissão de doenças monogênicas presentes na família, além de rastrear alterações cromossômicas que podem inviabilizar a gravidez, identificando os embriões com maior probabilidade de gerar o nascimento de um bebê saudável.

As alterações no material hereditário são responsáveis por muitas doenças humanas. Além disso, a maioria dos abortos espontâneos que ocorrem no primeiro trimestre da gravidez são causados por anormalidades genéticas ou cromossômica. A boa notícia é que o avanço da ciência permitiu que o campo da medicina reprodutiva minimizasse a possibilidade de transferir uma doença ao bebê, incluindo as monogênicas (causas por uma única alteração específica). No teste genético pré-implantacional para doenças monogênicas (PGT-M), disponível na Igenomix Brasil, do grupo Vitrolife, é possível detectar no embrião a presença ou ausência de alterações no material genético dos pais. 

Portanto, o teste PGT-M costuma ser indicado por especialistas em Reprodução Assistida para pessoas com risco de transmissão de alguma doença genética específica, que acompanha a análise PGT-A que estuda a saúde cromossômica do embrião. “O teste PGT-A é agregado ao PGT-M pois é uma importante ferramenta para aumentar as taxas de gravidez bem-sucedidas, ou seja, com menor risco de abordo espontâneo, além da prevenção da doença hereditária que o PGT-M irá prevenir. E propicia também o melhor dos desfechos, que é um filho saudável em casa”, ressalta a biomédica e geneticista Marcia Riboldi, VP Sales & Marketing Medical devices da Igenomix Brasil e Latam. 

Indicação do teste PGT-M - O PGT-M é indicado para famílias em risco de transmitir uma doença monogênica (dominante ou recessiva; autossômica ou ligada ao cromossomo X). De fato, é fundamental que a doença hereditária a ser diagnosticada tenha uma caracterização genética precisa para que se possa identificar o gene responsável. Portanto, o teste é útil para reduzir o risco de conceber descendentes com uma doença genética familiar;


Tipos de teste PGT 

PGT-A: A idade da mãe é um dos motivos mais comuns para a realização desse diagnóstico genético pré-implantacional para detecção de aneuploidias. É usado para analisar a carga genética do embrião e detectar se há mais ou menos cromossomos nele. As aneuploidias são o principal fator de aborto de primeiro trimestre. O teste também irá detectar síndromes cromossômicas, como por exemplo a trissomia 21, conhecida como síndrome de Down, que ocorre quando há três cromossomos 21;


PGT-M: detecção de doenças monogênicas. Este teste permite detectar a alteração de um gene específico. Portanto, diferentes doenças hereditárias, como Fibrose Cística, Hemofilia A e/ou doença de Huntington, são analisadas com ele; inclusive quando não há histórico de doenças, porém o casal detecta através do teste de compatibilidade genética (CGT) um risco aumentado para uma doença monogênica.


PGT-SR: assim como o PGT-A, analisa aneuploidias, porém com uma resolução aumentada para detectar reorganizações estruturais desbalanceadas que podem ocorrer com uma frequência alta quando um ou os dois membros do casal possuem uma alteração no cariótipo.


Quando é recomendado realizar um diagnóstico genético pré-implantacional PGT-A?

- Mulheres acima de 37 anos;

- História de dois ou mais abortos;

- Casais com cariótipos alterados (neste caso a indicação é o PGT-SR);

- Homens com anormalidades cromossômicas no esperma detectadas pelo estudo FISH do esperma;

Deve-se levar em consideração que o diagnóstico genético pré-implantacional (PGT) é um estudo parcial do material genético de várias células. Portanto, é possível fornecer informações apenas sobre o que é estudado em cada caso, e não sobre o embrião inteiro. Para isso, o PGT-M e o PGT-A e PGT-SR são estudos de pré-implantação que permitem antecipar a detecção de alterações a nível genético, tanto cromossômicas quanto genéticas, facilitando assim a seleção de embriões viáveis para transferência ao útero.

Este tipo de teste é realizado por meio de uma biópsia dos embriões obtidos após o tratamento de fertilização in vitro, no estado de blastocisto e requer sua vitrificação até a obtenção do resultado. Assim, os avanços da ciência permitem identificar a presença de quaisquer doenças genéticas ou alterações no número de cromossomos antes mesmo de se estabelecer a gravidez.

 

Igenomix


Infecções por Candida ainda têm alta taxa de mortalidade no Brasil, apesar de avanço terapêutico

  

A utilização de cateter venoso central é um dos fatores de risco;
 há evidências de que sua remoção ajuda a reduzir a mortalidade por candidemia
 (
foto: Eliola/Pixabay)


Artigo publicado no Journal of Fungi analisou a infecção por fungos do gênero Candida na corrente sanguínea, comparando dados entre 2010/2011 e 2017/2018 no Brasil, e mostrou que o país ainda apresenta taxas de mortalidade extremamente elevadas, apesar dos avanços nas práticas terapêuticas. A candidemia é a infecção fúngica invasiva hospitalar mais prevalente em todo o mundo, com incidência variando de 0,33 a 6,51 episódios a cada mil internações.

A análise comparativa teve apoio da FAPESP e foi feita com dados de 11 hospitais públicos e privados, num total de 616 casos, sendo 369 do primeiro período e 247 do intervalo mais recente. O uso de antifúngicos da classe de equinocandinas foi intensificado – passou de 13% para 41%, mas não houve reflexo nos índices de mortalidade, alertando para a necessidade de observar outros fatores.

“Temos um problema de diagnóstico tardio, que ainda depende exclusivamente da hemocultura e requer tempo para crescimento e identificação do fungo em laboratório. A sensibilidade desse método é baixa, até 50% de pacientes podem ter exame negativo na presença da doença. O tempo é crucial para a sobrevida do paciente e precisamos encurtá-lo, investindo em melhores técnicas não dependentes de cultura, incluindo diagnóstico molecular e por biomarcadores”, aponta Caroline Agnelli, primeira autora do artigo e doutoranda em doenças infecciosas e parasitárias na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Além disso, chama a atenção no trabalho o índice de pessoas que não chegam a receber tratamento. “De cada dez indivíduos, dois nem sequer são tratados por falta de recurso diagnóstico e pelo menos metade dos que recebem tratamento morre. Para ter uma ideia, dados coletados por colegas de Porto Alegre em mais de 120 centros médicos da América Latina demostram que só um em cada dez hospitais tem recurso suficiente para fazer uma boa abordagem diagnóstica em micologia médica – e isso vale para várias infecções fúngicas”, alerta o professor da Unifesp Arnaldo Colombo.

Para os pesquisadores, o estudo mostra que, apesar do amplo conhecimento que se tem sobre a história natural de infecções invasivas por Candida – ao contrário de outros fungos negligenciados –, não houve uma redução de mortalidade. “O prognóstico do paciente é multifatorial, mas temos conhecimento do que pode fazer a diferença. São medidas como início precoce de antifúngico combinado com o controle oportuno e eficaz da fonte de infecção, incluindo a remoção de cateter venoso central”, explica Agnelli.

A candidemia é uma complicação que geralmente aparece em pacientes críticos, hospitalizados por longos períodos, principalmente em unidades de terapia intensiva, com uso de antibióticos de amplo espectro, corticoides, ou que têm alguma demanda de processo invasivo, como diálise ou procedimento cirúrgico, especialmente abdominal. A utilização de cateter venoso central é um dos fatores de risco, mas a proporção de remoção precoce nos casos de candidemia permaneceu abaixo de 50% ao longo dos anos estudados. “Ainda que a decisão da retirada deva ser individualizada por motivos de segurança, gravidade da doença ou condições clínicas, é uma medida que deve ser priorizada sempre que possível para melhor prognóstico”, afirmam os pesquisadores.

Vale ressaltar que o fungo que causa a candidemia hospitalar é o mesmo que já coloniza naturalmente o trato gastrointestinal – bastante conhecido pelas mulheres por causar candidíase vaginal. “É inofensivo quando se está com boa imunidade e fora do contexto de uma hospitalização. Mas em ambiente hospitalar há fatores que promovem a transição de colonização para doença invasiva, como uso de antibióticos, por exemplo, que favorecem a disbiose, reduzindo a microbiota bacteriana e aumentando a população de Candida, assim como a realização de procedimentos médicos invasivos para tratamento do paciente. Diante de condições associadas à baixa imunidade e ao ambiente hospitalar, o cenário vivendo com o inimigo de forma saudável se transforma em vivendo com o inimigo de forma crítica”, explica Colombo.

Mudança de perfil e outros estudos

As taxas de mortalidade foram inaceitavelmente altas e permaneceram inalteradas ao longo dos anos do estudo, apesar do uso mais amplo de equinocandinas. Para os autores, isso provavelmente está associado à mudança na população de risco e estratégias que podem ser melhoradas. “Houve mudança no perfil. Percebemos que a idade não aumentou, mas a qualidade do envelhecimento dos pacientes é diferente. Ultimamente, têm mais comorbidades, chegam já com histórico de mais internações anteriores”, pondera Agnelli.

Os pacientes de ambos os períodos tinham idade mediana semelhante (62 e 65 anos) e não houve diferença significativa na gravidade clínica inicial. Porém, nos anos mais recentes, dobrou o número dos que apresentavam mais de três comorbidades (29% contra 16% em 2010) e em processo de diálise (15% contra 8% em 2010). Os pacientes do período mais recente apresentaram candidemia mais rapidamente e 40% já tinham histórico de outras internações (contra 21% em 2010).

“Temos uma taxa de mortalidade com 14 dias da infecção em torno de 35%, e em torno de metade dos casos em 30 dias. É muito elevado e, há alguns anos, nos perguntamos a razão, comparando com as taxas de outros países”, destaca Colombo, citando um estudo feito em parceria com a Espanha. Os pacientes europeus apresentaram taxas de mortalidade significativamente menores, apesar de serem mais velhos do que os brasileiros. “Além do diagnóstico, ficou claro que eles retiram o cateter mais rapidamente, com controle de foco eficaz, e entram com o antifúngico correto também mais cedo. Ou seja, todo o protocolo de sepse bacteriana tão divulgado nas unidades de terapia intensiva é muitas vezes negligenciado quando se trata de infecção por fungos no Brasil. O tempo para o início do manejo terapêutico é crucial para o prognóstico do paciente e o estudo permite ver isso muito bem”, completa Agnelli.

Há alguns anos, Colombo e seu grupo se dedicam ao estudo de epidemiologia, boas práticas terapêuticas e emergência de patógenos resistentes. Agora, o pesquisador vai coordenar um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP com o propósito de estudar a questão da resistência antimicrobiana. São mais de 30 pesquisadores envolvidos e dez centros de pesquisa de vários países, além de parceiros na gestão pública e do setor privado (leia mais em: agencia.fapesp.br/41018).

Metodologia e desafios

Os dados do estudo publicado no Jornal of Fungi foram coletados a partir da confirmação da infecção por Candida por meio de um protocolo de vigilância laboratorial de rotina, incluindo dados demográficos, condições médicas, fatores de risco e condições associadas à candidemia, como uso de antibióticos de amplo espectro, quimioterapia, corticosteroides, cirurgia prévia, cirurgia abdominal, cateter venoso central, nutrição parenteral, identificação das espécies de cândida, gravidade clínica, antifúngicos prescritos, tempo para início do tratamento, tempo para remoção do cateter e mortalidade em 14 e 30 dias da hemocultura positiva. A espécie era analisada pelo laboratório local e o material enviado ao Laboratório Especial de Micologia (Lemi), da Unifesp, para confirmação.

Esse trabalho de vigilância epidemiológica é realizado há muito tempo e com a colaboração dos hospitais, o que possibilita semelhança entre as fichas clínicas. “Mas não é simples colher esses dados com acurácia. Há todo um processo de acompanhamento e auditoria, uma análise muito criteriosa para fundir bancos de dados e fazer comparações corretas”, explica Colombo. “A tecnologia ainda não evoluiu tanto para facilitar a fusão de duas bases. É preciso constantemente revisar os critérios, alinhando tudo para fazer com que as populações, as amostras e as variáveis sejam comparáveis”, destaca Agnelli.

Segundo a pesquisadora, as micoses sistêmicas não integram a lista nacional de doenças de notificação compulsória no Brasil. Elas também não são objeto de vigilância epidemiológica de rotina e, por isso, não existem dados epidemiológicos da ocorrência, magnitude e transcendência da candidíase sistêmica em nível nacional. No Brasil, a taxa de incidência chega a 2,49 casos de candidemia por mil admissões nos hospitais públicos terciários, o que corresponde a uma taxa de duas a quinze vezes maior do que as relatadas nos Estados Unidos e em países da Europa.

O artigo Prognostic trends and current challenges in candidemia: A comparative analysis of two multicenter cohorts within the past decade pode ser lido em: www.mdpi.com/2309-608X/9/4/468. 

 

Ricardo Muniz
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/infeccoes-por-icandida-i-ainda-tem-alta-taxa-de-mortalidade-no-brasil-apesar-de-avanco-terapeutico/41832/


Dia Mundial da Alergia: Confira alguns dos principais fatores de risco e cuidados para evitar a ocorrência de alergias respiratórias

 O dia 8 de julho é o Dia Mundial da Alergia. O médico do Hospital Edmundo Vasconcelos esclarece dúvidas e fornece orientações sobre o assunto


O dia 8 de julho é marcado por ser o Dia Mundial da Alergia, data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que visa conscientizar sobre os cuidados relacionados às alergias. Elas podem ser de diversos tipos, sendo a asma e a rinite alérgica, as alergias respiratórias mais comuns. Estas alergias acometem o sistema respiratório (cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões) e são frequentemente desencadeadas por agentes que ficam dispersos no ar, como ácaros, poeira, mofo, epitélios de animais e o pólen, segundo afirma o médico alergista e imunologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Dr Diogo Costa Lacerda. Na data que marca a doença, o especialista explica alguns dos sintomas mais comuns nas alergias respiratórias e os melhores cuidados e tratamentos a serem tomados. 


Sintomas

Entre os sintomas causados pelas alergias, muitos já são conhecidos pelos brasileiros. “Podemos encontrar principalmente espirros sequenciais, coriza abundante e clara, coceira no nariz, nos olhos, ouvido e garganta, além de obstrução nasal. Quando pensamos em uma alergia que afeta os pulmões, os sintomas podem ser crônicos e mais graves, como a falta de ar, chiados, sensação de aperto no peito, fadiga, respirações curtas e rápidas, tosse contínua e dificuldade para realização de atividades físicas”, detalha o especialista.


Fatores de risco

Lacerda relata que para o desenvolvimento das alergias é necessária uma predisposição genética associada a uma exposição a determinadas substâncias, identificadas pelo organismo, como estranhas. As principais reações ocorrem contra os componentes da poeira, pólens, alimentos, medicamentos ou até mesmo produtos químicos. “No entanto, é importante ressaltar que a presença desses genes, não garante o desenvolvimento de alergias, mas sim aumenta a suscetibilidade”, afirma.

Além disso, fatores ambientais também possuem um papel crucial para o desencadeamento das alergias. Os ácaros são os principais alérgenos domésticos e estão presentes em colchões, travesseiros, carpetes e estofados, além de roupas e cobertores guardados há muito tempo. O pólen, muito presente especialmente durante o período de polinização das flores na primavera, é um desses elementos.

Outros fatores como a poluição do ar, o estilo de vida e a dieta também podem contribuir. “Embora a herança genética seja um fator importante no desenvolvimento de alergias, a interação com fatores ambientais desempenha um papel crucial”, ressalta.

Além dos cuidados durante a primavera, o inverno também é uma estação que pode agravar os sintomas das alergias. Nesta época, o ar fica mais seco devido à baixa umidade relativa e ocorre um aumento da permanência em ambientes fechados.


Cuidados e prevenções

O médico do Hospital Edmundo Vasconcelos enaltece que diversos cuidados e atitudes preventivas podem ser tomados para reduzir a frequência das alergias.

É recomendável a lavagem nasal com soro fisiológico várias vezes ao dia, auxiliando na limpeza e hidratação das narinas, aliviando a secura e reduzindo a irritação. Diogo lembra que é importante seguir as instruções adequadas para a aplicação do soro fisiológico. “As principais medidas para reduzir a exposição aos ácaros incluem a lavagem frequente de roupas de cama e a manutenção da limpeza na casa”, garante.

Confira abaixo outros cuidados apresentados por Diogo Lacerda:

- Proteja a cama com capas de proteção para colchões e travesseiros para evitar o acúmulo de ácaros

-Evite bichos de pelúcia, animais de pelo e pena, especialmente no quarto

- Evite o mofo, reparando vazamentos de água e ventilando áreas úmidas como banheiros e utilizando desumidificadores, se necessário

- Evite produtos químicos irritantes, como fragrâncias fortes e sprays, que podem irritar as vias respiratórias

- Mantenha a casa limpa e ventilada, para reduzir a proliferação de ácaros

- Evite ambientes muito secos ou muito úmidos, que podem irritar as vias aéreas

- Evite exposição a poluentes domiciliares, como fumaça de cigarro

-Roupas de cama, cobertores, jaquetas e blusas de lã guardadas, devem ser lavados e secados ao sol ou ao ar quente, antes do uso

-Evite tapetes e cortinas de tecido

-Afaste o alérgico do ambiente enquanto se faz limpeza

- Evite métodos de limpeza a seco que possam agitar partículas no ar. Opte por métodos de limpeza úmida, como o uso de panos úmidos ou esfregões.

Extermine baratas e roedores do ambiente

"Durante a primavera, os pacientes sensíveis ao pólen, devem evitar atividades externas durante os picos de liberação de pólen. Essa dica é importante em especial para aqueles que habitam regiões de clima temperado, como é o caso da região Sul do país, onde as estações do ano são bem definidas”, diz.


Medicamentos

Diversos medicamentos podem ser utilizados, como: Anti-histamínicos, corticosteroides intranasais (usados para a rinite alérgica), orticoesteroides inalatórios e broncodilatadores (utilizados na asma), corticosteroides orais (para o caso de alergias mais graves ou crises agudas), entre outros. Vale lembrar que qualquer medicamento só deve ser utilizado após orientação médica.

O alergologista explica que o tratamento das alergias é amplo e personalizado, levando em consideração o impacto na qualidade de vida de cada pessoa. Para o tratamento, podem ser adotadas medidas preventivas e medicamentosas a curto, médio ou longo prazo. “Pacientes com sintomas leves e esporádicos, podem se beneficiar apenas de medicamentos para crises. Por outro lado, aqueles com sintomas mais graves e crônicos podem necessitar de um tratamento prolongado. É importante manter acompanhamento médico para ajustar as doses e determinar a duração adequada do tratamento”, informa.



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br


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