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sexta-feira, 2 de junho de 2023

Telemedicina: modalidade de atendimento cresce no Brasil, mas ainda gera dúvidas

Opção de consultas médicas à distância foi regulamentada oficialmente há um ano e vem crescendo no País. Atendimento rápido e simplificado tem atraído pacientes


A tecnologia tem revolucionado a medicina. Mas não são só as formas de tratar e diagnosticar doenças que evoluíram: com o avanço das telecomunicações, até mesmo a forma de se consultar tem mudado. Há um ano o Brasil regulamentou via Conselho Federal de Medicina (CFM) a prática da telemedicina, atividade que já vinha sendo adotada por operadoras de saúde desde 2018 a partir de uma resolução de caráter extraordinário e que se popularizou especialmente durante o período de pandemia. Desde então esta prática tem ganhado espaço com muitos pacientes optando pela praticidade de fazer o primeiro contato com o profissional de saúde diretamente de um smartphone ou computador, eliminando assim o deslocamento até o local de atendimento.

Regulamentada oficialmente desde maio do ano passado, a Resolução CFM 2.314/2022 homologou de forma definitiva a incorporação da telemedicina entre os atendimentos remotos, dando as diretrizes básicas para a oferta do serviço por hospitais e operadoras de saúde dentro de protocolos de qualidade e segurança adequados.

Uma pesquisa realizada no início deste ano por uma plataforma de telemedicina com uma base de dados que analisou mais de 2,5 milhões de pacientes apontou que as consultas virtuais resolvem 88% dos casos, sem necessidade de um novo atendimento presencial. Tal praticidade e eficiência no diagnóstico/tratamento tem conquistado a simpatia de muitos usuários de serviços de saúde: uma pesquisa realizada em 2022 pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), mostrou que pelo menos metade da população brasileira tinha utilizado algum serviço online de saúde ao longo dos últimos doze meses.

Embora esta venha se tornando uma prática popular, muitos pacientes ainda tem uma série de questionamentos relacionados a como, de fato, o serviço funciona. O médico coordenador do Programa Priori da Paraná Clínicas, Eduardo Senter (CRM-PR: 37.275, RQE 30.922), foi um dos responsáveis por implantar a modalidade de teleatendimento na Operadora durante o período da Pandemia e explica que a consulta virtual é basicamente idêntica à convencional: “O paciente entra em contato a partir do seu telefone/smartphone, tanto para uma consulta por vídeo quanto por áudio. Ela funciona como uma consulta habitual, exceto pela não existência do contato e do exame físico num primeiro momento. Dependendo dos sintomas relatados e da sua gravidade, o médico poderá orientar a pessoa a procurar imediatamente uma unidade de pronto-atendimento ou agendar uma consulta presencial convencional para verificar/comprovar as queixas relatadas durante a consulta virtual”, explica. Além disso, o primeiro contato virtual também ajuda a agilizar tratamentos, na medida em que o médico já pode solicitar alguns exames prévios antes mesmo de ter um encontro presencial com o paciente.

Até em função desta impossibilidade do contato físico inicial, o teleatendimento é indicado principalmente para casos com sintomas leves e/ou bem aparentes, ou para tratamentos com psicólogos e psiquiatras. Nestas situações, o profissional de saúde irá realizar a anamnese, que consiste na conversa para avaliar o estado do paciente e recomendar a realização de eventuais exames ou procedimentos médicos específicos, caso necessários. Em casos mais leves e facilmente identificáveis, como o de uma gripe, por exemplo, o médico pode receitar os medicamentos e dar sequência ao tratamento sem a realização de outras avaliações. Se houverem sintomas mais graves, febre alta, ou de mal-estar generalizado, a visita a uma unidade de pronto atendimento presencial é a alternativa mais recomendada.


Cuidados na hora de escolher o serviço

Embora hospitais e operadoras de saúde já ofereçam o atendimento virtual, é importante que o paciente cheque as informações sobre o serviço antes de entrar nas consultas: “De maneira geral é importante o usuário procure por hospitais e/ou planos de saúde que anunciem este serviço tanto em seus sites oficiais quanto em suas redes sociais. O paciente deve ficar atento e sempre se certificar que está acessando um serviço confiável e seguro em plataformas que ofereçam esta garantia. Ele também deve sempre pesquisar sobre a certificação do médico, que normalmente será apresentada antes ou após a consulta, na ficha com os detalhes do atendimento”, comenta Senter.

O médico explica ainda que as consultas seguem todos os protocolos padrões de segurança de quaisquer consultas médicas convencionais, incluindo as diretrizes personalizadas para liberação de receitas médicas e atestados: “O Conselho Federal de Medicina (CFM) oferece uma plataforma virtual onde o médico consegue enviar receituários comuns, receitas antimicrobianas, antibióticos e receituários especiais, como antidepressivos e controladores de ansiedade, além do atestado médico. Eles poderão ser enviados ao paciente por Whatsapp ou e-mail, dependendo da prática adotada pela empresa de saúde que oferece o serviço. É tudo feito de forma prática, simples e rápida”, conclui Senter.

 

DÚVIDAS COMUNS SOBRE TELEMEDICINA

As consultas virtuais são seguras?

Sim! A prática é comum no mundo toda e foi regulamentada oficialmente no Brasil via CFM desde maio de 2022

Em quais casos a consulta médica presencial deve ser priorizada?

Principalmente em situações onde o paciente apresente sintomas graves e/ou mal-estar generalizado que necessitem de uma intervenção médica imediata.

Como terei acesso à receita médica e ao atestado em uma consulta de telemedicina?

O Conselho Federal de Medicina tem uma plataforma virtual que permite ao médico enviar ao paciente receituários de todos os tipos e o atestado, quando necessário. Os documentos podem ser enviados por WhatsApp ou e-mail, dependendo da prática da empresa de saúde responsável pela consulta.

Como posso me certificar que o serviço médico virtual que estou acessando é seguro?

A recomendação é a de que o paciente priorize sempre plataformas de teleatendimento indicadas por sua operadora de saúde ou pelo hospital em que frequenta. É importante também checar antes ou depois da consulta o cadastro do médico que realizou o procedimento a fim de confirmar seus atributos e especializações.

 

Paraná Clínicas
panaclinicas.com.br


Anvisa aprova combinação de imunoterápicos para tratamento de câncer de fígado avançado ou irressecável

Estudo de fase III HIMALAYA demonstra que combinação de uma única dose de tremelimumabe combinada com durvalumabe reduziu o risco de morte em 22%

 

No dia 22 de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a combinação dos imunoterápicos durvalumabe e tremelimumabe como tratamento para pacientes com carcinoma hepatocelular avançado ou irressecável, tipo mais comum e agressivo dos tumores iniciados no fígado, correspondendo a 80% dos casos[1]. O estudo de fase III HIMALAYA apresenta o uso de imunoterapia em primeira linha de tratamento de carcinoma hepatocelular com maior tempo de acompanhamento: 33 meses[2], e baseia-se no regime STRIDE, que consiste na dose única de tremelimumabe combinada com durvalumabe, seguida de durvalumabe a cada 4 semanas². 

A aprovação da combinação dos imunoterápicos representa um marco no cenário da doença e uma nova possibilidade em primeira linha de tratamento aos pacientes. “Segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde, haverá um aumento significativo, de 55%, nos casos de morte por câncer de fígado no mundo até 2040. A combinação de tremelimumabe com durvalumabe reduz o risco de morte em 22% e demonstra que, aproximadamente, 31% dos pacientes estão vivos em 3 anos, o que pode contribuir positivamente para uma mudança no cenário mundial da doença e na vida dos pacientes”, evidencia Anouchka Chelles, diretora médica da área de oncologia da AstraZeneca. 

O estudo teve como comparador um inibidor de quinase, demonstrando eficácia superior em relação a sobrevida global, favorecendo o braço com durvalumabe e tremelimumabe, com medianas de 16,4 versus 13,8 meses². A avaliação de taxa de resposta também foi 4 vezes maior (20,1% versus 5,1%), com duração mediana de resposta de 22,3 meses e 65,8% dos que responderam, mantiveram o benefício por no mínimo 12 meses². A combinação também apresentou um perfil de segurança gerenciável e toxicidade conhecida, sendo os eventos adversos mais prevalentes: erupções cutâneas, diarreia, fadiga, prurido, dor musculoesquelética e dor abdominal². 

A recente aprovada combinação é recomendada pelas principais diretrizes internacionais e nacionais para o tratamento de carcinoma hepatocelular, sendo classificada pelo NCCN (National Comprehensive Cancer Network) como regime preferencial de primeira linha[3], como tratamento preferencial de primeira linha pela Diretriz da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) 2022[4] e com pontuação máxima no ESMO-MCBS (European Society for Medical Oncology - Magnitude de Benefícios Clínicos), com nota 5[5]. “Estamos certos de que com essa aprovação, será possível oferecer maior sobrevida com qualidade de vida aos pacientes com carcinoma hepatocelular avançado ou irressecável”, complementa Chelles.

 


AstraZeneca
www.astrazeneca.com.br
Instagram @astrazenecabr.



[1] Instituto Nacional do Câncer (INCA). Câncer de Fígado. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/figado#:~:text=Dentre%20os%20tumores%20iniciados%20no,mais%20de%2080%25%20dos%20casos. Acesso em 25 de maio de 2023.

[2] Abou-Alfa, Ghassan K., et al. “Tremelimumab plus durvalumab in unresectable hepatocellular carcinoma.” NEJM Evidence 1.8 (2022): EVIDoa2100070.

[3] NCCN, Hepatobiliary Cancers – Version 5.2022 – January 13, 2023.

[4] SBOC, Diretrizes de tratamentos oncológicos – Carcinoma hepatocelular, 2022.

[5] ESMO-MCBS Guidelines. Disponível em: https://www.esmo.org/guidelines/esmo-mcbs/esmo-mcbs-for-solid-tumours/esmo-mcbs-scorecards/scorecard-358-1. Acesso em 25 de maio de 2023.

 

PMMA e silicone industrial: jornalista Lygia Fazio morre em decorrência do uso e especialista faz alerta sobre o perigo das substâncias

Cirurgiã plástica Patrícia Marques explica que uma vez injetado, o PMMA não pode ser retirado

 

A jornalista e modelo Lygia Fazio não resistiu a um AVC que sofreu há cerca de 1 mês, quando passava por procedimentos para retirada de PMMA aplicado nos glúteos, que acabou se espalhando pelo corpo, causando várias infecções.

Familiares e amigos lamentam a morte e contam a luta de Lygia para reverter a aplicação do produto realizada há 3 anos. A amiga e jornalista Meiri Borges relata que Lygia se preocupava com a beleza, como todas as mulheres, e mesmo após negativa de aplicação pelos médicos, injetou o PMMA em local clandestino, o que classifica como uma bomba-relógio na vida da amiga.

O PMMA - ou polimetilmetacrilato - é um material sintético e, de acordo com a cirurgiã plástica Patrícia Marques, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, só pode ser utilizado em casos específicos e em pequenas quantidades. No Brasil, o PMMA para preenchimento subcutâneo precisa ser registrado na Anvisa, pois é um produto de uso em saúde da classe IV (máximo risco), mesmo assim, a substância atrai cada vez mais mulheres pela proposta de resultados instantâneos. 

Composto por microesferas de um material muito parecido com um plástico acrílico, o PMMA se espalha pelo tecido da região após ser aplicado. “O PMMA é bastante procurado por não ser absorvido pelo corpo, mas pode causar reações imprevisíveis a longo prazo. Ele ‘endurece’ no local aplicado e pode causar complicações com sequelas irreversíveis, como infecções crônicas e deformidades”, alerta a cirurgiã.

A especialista explica que uma vez injetado, o PMMA se espalha pelo tecido e não pode ser facilmente retirado, diferente de uma prótese de silicone, que pode ser removida a qualquer momento ou a aplicação do ácido hialurônico, que também é um tipo de preenchimento com muito mais segurança.


Alternativas melhores

Patrícia Marques esclarece que a bioplastia, também conhecida como plástica sem bisturi, é um procedimento não cirúrgico que utiliza substâncias de preenchimento - como o polimetilmetacrilato (PMMA) - para remodelar áreas da face e do corpo, mas não é a técnica mais segura para dar volume em qualquer parte do corpo. 

As próteses de silicone e a lipoenxertia com a transferência da gordura para a região onde se deseja mais volume são as cirurgias mais indicadas. O PMMA nunca pode ser utilizado como um substituto do silicone, principalmente em pacientes que buscam a técnica para aplicação nos glúteos, como foi o caso de Lygia, porque a dose utilizada nessa região precisa ser grande, bem maior que a de um simples preenchimento.


A importância do profissional habilitado

A Anvisa orienta que o produto só pode ser administrado por profissionais treinados. Para cada paciente, o médico deve determinar as doses e o número de injeções necessárias, dependendo das características de cada paciente, das áreas a serem tratadas e do tipo de indicação.

A Anvisa também esclarece que o produto não é contraindicado para aplicação nos glúteos para fins corretivos, porém, não há indicação para aumento de volume, seja corporal ou facial. 

“Cabe sempre consultar um profissional médico credenciado e responsável para avaliar a aplicação de acordo com a correção a ser realizada e as orientações técnicas de uso do produto”, finaliza Patrícia.




Patrícia Marques - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA. Também é especialista em medicina capilar e referência nacional em frontoplastia e redução de testa com mais de 600 cirurgias realizadas. CRM-SP 146410.Instagram: @dra_patricia_marques
Site: https://www.drapatriciamarques.com.br/
Avenida Moema, 300, conjunto 71, Moema, São Paulo/SP
Telefone: (11) 93206-0079


Imunização: a melhor forma de prevenir a anemia associada a doenças infecciosas

Junho Laranja: Prevenção da Anemia


A anemia é uma condição em que o corpo não tem glóbulos vermelhos saudáveis o suficiente para transportar oxigênio para os tecidos do corpo. Isso pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo deficiências nutricionais, doenças crônicas, perda excessiva de sangue ou problemas genéticos. No entanto, uma das principais causas de anemia em todo o mundo são as doenças infecciosas. 

A anemia pode agravar o curso das doenças infecciosas, tornando o corpo mais suscetível a infecções, piorando a resposta imunológica e agravando os sintomas da doença. Por exemplo, a infecção por Streptococcus pneumoniae, que pode causar pneumonia e outras infecções respiratórias, pode levar a uma piora da anemia em algumas pessoas. 

O médico e diretor técnico da Salus Imunizações, Dr. Marco César Rodrigues Roque, explica que, felizmente, a vacinação pode ajudar a prevenir e tratar essas condições. As vacinas são uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e, assim, reduzir o risco de anemia associada a essas doenças. As vacinas ajudam a proteger o corpo contra agentes infecciosos, evitando a infecção e a destruição dos glóbulos vermelhos, além de ajudar a prevenir as complicações associadas às doenças infecciosas. 

Por exemplo, a vacinação contra a malária está sendo desenvolvida e testada em todo o mundo. Embora ainda não haja uma vacina disponível comercialmente, as vacinas em desenvolvimento mostraram-se promissoras na prevenção da infecção pelo parasita da malária e na redução do risco de anemia associada à doença. 

Além disso, a vacinação contra o vírus da hepatite B pode prevenir a infecção pelo vírus, que pode causar anemia em alguns casos. A vacinação também pode ajudar a prevenir a infecção pelo Streptococcus pneumoniae, reduzindo o risco de complicações respiratórias e de agravamento da anemia. 

“É importante lembrar que a vacinação não apenas previne doenças infecciosas, mas também ajuda a proteger a saúde geral do corpo, reduzindo o risco de complicações secundárias, como a anemia. A vacinação é uma forma segura e eficaz de prevenir doenças infecciosas e suas consequências, incluindo a anemia, e deve ser uma prioridade para todas as pessoas, independentemente da idade.” Destaca o Dr. Marco César Rodrigues Roque. 

Algumas dicas importantes para garantir que você esteja protegido contra doenças infecciosas e anemia incluem:

 

    1. Manter um calendário de vacinação atualizado: verifique com seu médico ou profissional de saúde, quais vacinas são recomendadas para sua idade e histórico de saúde. Certifique-se de seguir as orientações de vacinação recomendadas para proteger-se contra doenças infecciosas e prevenir a anemia.

 

    2. Adotar hábitos saudáveis: uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, como ferro e ácido fólico, pode ajudar a prevenir a anemia e manter o corpo saudável. Além disso, é importante manter uma boa higiene pessoal e evitar o contato com pessoas doentes para reduzir o risco de infecções.

 

    3. Buscar atendimento médico quando necessário: se você estiver apresentando sintomas de anemia ou suspeitar de uma infecção, é importante procurar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.

 

    4. Participar de campanhas de vacinação: muitas vezes, as autoridades de saúde organizam campanhas de vacinação em massa para prevenir surtos de doenças infecciosas. É importante estar atento a essas campanhas e participar delas para garantir que você esteja protegido contra doenças infecciosas e anemia.

 

    5. Conscientizar-se sobre a importância da vacinação: a vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e suas consequências, incluindo a anemia. É importante conscientizar-se sobre a importância da vacinação e incentivar amigos e familiares a se vacinarem também, para proteger a saúde de todos. 

“A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças infecciosas e reduzir o risco de anemia associada a essas doenças. A vacinação é uma forma segura e eficaz de proteger a saúde e deve ser uma prioridade para todas as pessoas.” Finaliza o Dr. Marco César Rodrigues Roque.

 

Marco César Rodrigues Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor. Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia. Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP.


Saúde: Medicamento para câncer avançado de tireoide entra no rol da ANS


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a incorporação ao rol de Procedimentos do mesilato de lenvatinibe para o tratamento do câncer avançado de tireoide. “Até agora, nenhuma medicação para câncer avançado de tireoide -em que a radiodoterapia não traz mais reposta - tinha sido aceita, e o paciente tinha que entrar com uma liminar contra o convênio e, raramente, o medicamento era liberado. Portanto essa incorporação do levantinibe ao Rol da ANS é um ganho enorme para o paciente, porque essas medicações podem prolongar sua sobrevida e retardam a progressão da doença. E essa incorporação também representa um ganho ao médico, pois agora teremos mais uma ferramenta para o tratamento dos nossos pacientes com câncer avançado de tireoide”, explica Dra. Carolina Ferraz, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.  

Ela acrescenta que agora a torcida é para que essa medicação possa entrar também em breve na lista do SUS para favorecer mais pacientes. A Dra. Carolina e demais especialistas da SBEM-SP estão à disposição para conceder entrevistas sobre esta pauta.



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Infecção urinária é comum em mulheres e a causa frequente de internações do público Adulto+ em UTIs

Infecção das vias urinárias é causada por bactéria e tem diversos fatores de risco, como pouca ingestão de água, retenção da urina, não esvaziar a bexiga por completo, falta de higiene na parte íntima, uso de fraldas e sonda, entre outros


Se você ingere pouca água, costuma reter a urina ou tem poucos cuidados com a higiene da parte íntima do seu corpo, fique atento! Essas e outras atitudes favorecem o desenvolvimento da infecção urinária, especialmente em sua forma mais comum: a cistite, que tem como característica a inflamação da bexiga. E ainda tem mais! Esse problema atinge principalmente mulheres por conta da anatomia da uretra feminina, além de ser a causa de uma considerável parcela de internações em UTIs quanto se trata do público Adulto+.

E como ninguém quer sofrer com os incômodos que uma infecção urinária pode proporcionar, que tal saber tudo sobre essa inflamação e como reduzir os riscos de desenvolvê-la?

Todas as dúvidas sobre o assunto são esclarecidas pelo médico urologista da Prevent Senior Gabriel Barbosa.


Sobre a infecção urinária

Trata-se de uma inflamação causada por bactéria, podendo atingir qualquer parte das vias urinárias, como bexiga, uretra e rins.

Não existem estágios do problema, mas há uma divisão entre quadros leves ou graves.

Em casos mais leves, essa infecção atinge apenas a bexiga (cistite) e apresenta sintomas comuns, como ardência ao urinar, aumento na frequência urinária e urgência para tal, dor na região afetada (bexiga), mudança no aspecto e odor da urina e, em situações mais intensas, febre e presença de sangue na urina.

“Em casos graves de infecção urinária, a inflamação pode afetar os rins, provocando quadros sistêmicos, como febre, dores, queda do estado geral e, em situações extremas, com risco à vida”, complementa o urologista.


Fatores de risco

O médico explica que a bactéria causadora do problema chega no organismo por meio da via urinária, que é a uretra. Ou seja, ela vem de fora para dentro. “O principal mecanismo de defesa do corpo contra as infecções que essas bactérias provocam é esvaziar bem a bexiga para eliminá-las antes que causem as inflamações”, esclarece.


Hábitos que podem contribuir com o desenvolvimento de infecções urinárias:

- Beber pouca água

- Segurar por muito tempo a urina

- Não esvaziar a bexiga por completo ao urinar

- Pouco cuidado com a higiene genital

Outros fatores também podem aumentar as chances de surgimento desse tipo de inflamação, como a constipação intestinal, conhecida popularmente como “prisão de ventre”, a incontinência urinária e fecal (incapacidade de controlar os movimentos dessas duas regiões) e a manipulação nas vias urinárias durante cirurgias ou exames.


Problema que acomete mulheres e o público Adulto+

Apesar de qualquer pessoa poder apresentar um quadro de infecção urinária, o urologista Gabriel Barbosa relata que o público feminino é o que mais sofre com essa inflamação. “Isso ocorre porque as mulheres têm a uretra mais curta e com a abertura externa mais próxima do introito vaginal (extremidade inferior da vagina) e ânus”, completa.

De acordo com o urologista, o fato de a uretra masculina ser mais extensa acaba sendo um fator protetor contra esse tipo de inflamação.

Outro público propenso a apresentar infecção urinária é o Adulto+. Segundo o médico, pessoas com 60 anos ou mais têm maior risco por conta da prevalência de doenças que facilitam infecções, como incontinência urinária e fecal, e a redução da defesa do organismo contra essas inflamações (baixa imunidade). Outros fatores de risco são o uso de fraldas e sondas.

“Atualmente, as infecções urinárias representam cerca de um terço de todas as internações clínicas em UTIs de pessoas pertencentes ao público Adulto+”, ressalta o urologista.


Diagnóstico e tratamento

Para detectar os quadros mais simples de infecção urinária, basta uma análise clínica e física pelo médico. Em situações mais graves, ou em que há dúvidas do diagnóstico, podem ser solicitados exames de urina tipo 1, que ficam prontos em minutos, ou da cultura de urina, que leva entre dois e três dias para obter o resultado. Esta última avaliação é muito útil para identificar a bactéria causadora do problema, norteando a escolha do antibiótico mais adequado para tratamento. No entanto, costuma ser necessária em poucos casos.

O tratamento de infecções urinárias, por sua vez, é realizado com o uso de antibióticos, levando em consideração alguns pontos importantes. “A escolha da medicação e a duração do tratamento são determinados pelo médico responsável, a depender da gravidade do quadro, idade do paciente, uso de medicações recentes, alergias, avaliação de função renal, entre outros”, elenca Barbosa.

O médico lembra que, além de antibióticos, analgésicos também podem ser indicados pelo profissional como forma de aliviar os sintomas do paciente.

Caso a pessoa pertença ao público Adulto+, o especialista alerta que deve haver uma atenção redobrada na pesquisa de fatores desencadeantes do problema para melhor escolha do remédio a ser indicado, já que é comum a incidência de infecções por bactérias mais resistentes às medicações usuais.

Atenção! Se a infecção urinária não for tratada, os sintomas desagradáveis permanecem e uma inflamação leve pode se tornar grave, atingindo mais de um órgão e trazendo muito mais riscos ao paciente.


Prevenção

A melhor forma de reduzir os riscos de contrair uma infecção urinária, segundo o urologista, é ingerindo muito líquido, de preferência água; não reter a urina por muito tempo e ter paciência para esvaziar a bexiga por completo ao urinar; manter o bom funcionamento intestinal e uma higiene genital adequada, principalmente após relações sexuais; bem como tratar patologias que favorecem esse tipo de inflamação, como:

- Diabetes descompensado;

- Alterações prostáticas;

- Incontinência urinária e fecal;

- Cálculos renais.

 

Prevent Senior


Saúde óssea na ginecologia: o que a paciente precisa saber

Especialista reforça: é fundamental que as mulheres adotem hábitos saudáveis desde a infância, adolescência e até a fase adulta

 

“De acordo com dados da Fundação Internacional da Osteoporose, cerca de 70% das mulheres que estão na menopausa desenvolverão osteoporose caso não recebam tratamento adequado, daí a necessidade do cuidado com a saúde óssea da mulher ao longo da vida, desde a infância”, alerta Dr. Marcelo Steiner, da diretoria da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO).

 

Segundo ele, os ginecologistas possuem um papel fundamental na prevenção, na identificação e no tratamento das mulheres que podem desenvolver essa doença. A preocupação com a saúde óssea deve surgir desde a infância: durante a adolescência, ocorre um significativo ganho de massa óssea e estruturação do tecido ósseo e seu pico ocorre por volta dos 25-30 anos. A partir dos 30 até os 40 anos, há uma estabilização da massa óssea, seguida por uma diminuição gradual após os 40 anos.

 

Segundo o ginecologista, o pico de massa óssea é determinado principalmente pela genética, representando cerca de 70% a 80%, enquanto os hábitos de vida contribuem com aproximadamente 20%. “Portanto, é fundamental que as mulheres adotem hábitos saudáveis desde a infância, adolescência e até a fase adulta jovem para alcançar um pico adequado. Caso contrário, quando ocorrer a perda óssea, ela partirá de um estágio abaixo do seu potencial máximo, aumentando significativamente o risco de desenvolver osteoporose e fraturas”, explica o ginecologista.

 

Saúde óssea na gestação - Na fase gestacional, há um impacto significativo no metabolismo do cálcio, uma vez que há uma demanda maior por esse mineral, e a reserva de cálcio do organismo é proveniente do esqueleto. “É importante que as gestantes tenham um consumo adequado de cálcio nesse período e que seja avaliado o nível de vitamina D. Caso esteja baixo, é recomendada a suplementação. Além disso, é essencial realizar exercícios físicos, inclusive os de resistência, que beneficiam tanto os músculos quanto mecanicamente as células ósseas, promovendo uma influência positiva na saúde óssea”, destaca o especialista.

 

Saúde óssea pós-menopausa - O processo de remodelação óssea é responsável pela renovação do tecido ósseo. Existem duas células envolvidas nesse processo: uma célula responsável pela reabsorção do osso antigo e outra célula responsável pela formação do novo osso. “Em média, um indivíduo normal realiza essa renovação do tecido ósseo em cerca de 10% do esqueleto anualmente. O equilíbrio entre reabsorção e formação do tecido ósseo geralmente resulta em um osso saudável”, salienta o Dr. Marcelo.

 

Entretanto, após a menopausa, ocorre uma reabsorção óssea maior. A perda de estrogênio provoca um processo inflamatório, que por sua vez, sinaliza para as células responsáveis pela reabsorção óssea para aumentarem sua atividade, resultando em uma perda de massa óssea acentuada nos primeiros anos após a menopausa.

 

Portanto, é importante que os ginecologistas entendam e identifiquem as mulheres em risco nesse momento, aquelas que não alcançaram um bom pico de massa óssea ou que apresentam fatores de risco adicionais que contribuem para uma saúde óssea inadequada.

 

Quando realizar uma densitometria óssea? - A densitometria óssea é uma ferramenta para diagnosticar o risco de fratura. A primeira densitometria geralmente é solicitada aos 65 anos, exceto em casos de fatores de risco como histórico familiar de fratura, baixo peso, IMC abaixo de 18, menopausa precoce, uso de corticoides, entre outros. Na prática, a maioria dos ginecologistas solicita a primeira densitometria quando a mulher está entrando na menopausa. 

“A densidade óssea não muda rapidamente, portanto, a repetição do exame não é rotineira. Em mulheres com resultados normais aos 50 anos, a próxima densitometria pode ser solicitada em 5 anos ou até mesmo em 10 anos, sem afetar a conduta clínica”, pontua o médico. 



ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
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Aprovado recentemente pela ANVISA, balão deglutível chega ao Brasil e tem mais vantagens que o balão intragástrico convencional

 Sem necessidade de internação e sedação, dispositivo é engolido com água e, após quatro meses, eliminado nas fezes


Ele tem cerca de 2cm e é engolido com água, como uma cápsula. Não há necessidade de centro cirúrgico, internação, endoscopia e nem mesmo de uma sedação. Este é o balão gástrico deglutível, aprovado no fim do ano passado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que começa a ser utilizado em todo o país, inclusive na região de Campinas. O objetivo deste balão, como do balão intragástrico convencional, é ajudar a pessoa perder peso. O tratamento com ele é de seis meses.

De forma geral, no estômago, o balão deglutível tem a mesma funcionalidade do balão intragástrico convencional. Seu objetivo é ocupar uma parte do estômago (cerca de 30% do espaço do órgão) para que a pessoa, ao se alimentar, tenha uma sensação de saciedade precoce. Dessa forma, ela vai ingerir menos alimentos, o que resultará em um emagrecimento.

O balão deglutível, no entanto, possui vantagens em relação ao seu antecessor. “A primeira delas é a implantação, que demora cerca de 20 minutos. O paciente não precisa ser sedado e nem submetido a uma endoscopia, como na versão convencional do dispositivo. A pessoa simplesmente engole o balão, que é do tamanho de uma cápsula, com a ajuda de um copo de água. Depois que o paciente o engole, fazemos um raio-x para ver se o balão está no local correto. Se estiver, nós o enchemos, por meio de um cateter que fica na boca do paciente. Colocamos cerca de 550 ml de líquido para que ele infle dentro do estômago”, explica o cirurgião bariátrico e endoscopista Admar Concon Filho, de Valinhos.

O balão fica no estômago do paciente por cerca de 16 semanas. Ao final desse período, ele se rompe sozinho e é eliminado pelas fezes. “Não há necessidade de retirar via endoscopia, como fazemos com o balão convencional. Alguns pacientes sequer percebem que o balão foi expelido nas fezes”, comenta o médico.

Mas se o balão fica quatro meses, por que o programa de emagrecimento demora seis meses? Este é mais um diferencial do balão deglutível. Ele é associado à tecnologia. O paciente que recebe o balão, também leva para casa um smartwatch (relógio) e uma balança de bioimpedância, que vão monitorá-lo durante todo o tratamento.

“Em tratamentos de emagrecimento, sejam os convencionais, os endoscópicos e até mesmo as cirurgias bariátricas, alguns pacientes não seguem as recomendações da equipe multidisciplinar que os acompanha. Este novo balão pretende resolver esse problema. Com a tecnologia, a equipe consegue monitorar, remotamente, a perda de peso, a qualidade do sono, a composição corporal, a realização de atividade física. Dessa forma, o paciente pode ser melhor orientado – e até cobrado”, diz o cirurgião.

O balão intragástrico pode ser usado por pessoas com sobrepeso - IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 25 -, pessoas com obesidade graus 1 e 2 e até por obesos mórbidos. “Mas, neste último caso, costumamos utilizar o balão para ajudar o paciente a perder peso antes de ser submetido a uma cirurgia bariátrica com segurança”, explica Concon.

O médico ressalta que este novo tipo de balão facilita o tratamento a distância. “Como podemos fazer o monitoramento remotamente e não é necessário retirar o dispositivo, o paciente não precisa estar próximo fisicamente da equipe, a não ser, obviamente, no dia da colocação”, diz.

A perda de peso estimada no primeiro mês é de 7% a 10% do peso inicial do paciente. Até o terceiro mês, o paciente emagrece, totalizando de 15% a 20% do seu peso inicial. Depois, começa a ocorrer a manutenção do peso. Pacientes submetidos a um tratamento maior, de até 18 meses (com a colocação de três balões em sequência), podem perder 33% do peso inicial. “A perda de peso corresponde ao comprometimento do paciente, que deve aproveitar essa oportunidade para adotar novos hábitos de vida, como uma alimentação mais saudável e a prática de atividade física”, explica Concon.

O balão deglutível possui poucas contraindicações. As principais são cirurgia gástrica prévia (bariátrica, de refluxo ou de qualquer outra lesão no estômago) e terapia para anticoagulação.

 

10 coisas que você precisa saber sobre o hipoparatireoidismo

Doença é grave e afeta mais as mulheres

1 de junho é o Dia da Conscientização sobre o Hipoparatireoidismo

 

“Nem todo nódulo de tireoide precisa ser removido. E um dos desfechos graves de uma cirurgia de tireoide pode ser o hipoparatireoidismo, que acontece quando ocorre a lesão cirúrgica das paratireoides, que são quatro glândulas que ficam no pescoço, atrás da tireoide, que, quando lesionadas, podem trazer consequências muito graves para a saúde”, declara Dr. Sergio Setsuo Maeda, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP). 

Para alertar a população sobre a importância desta doença, o endocrinologista especializado em doenças do metabolismo ósseo, lista 10 coisas para você saber sobre o hipoparatireoidismo. 

1.   O hipoparatireoidismo acomete de 20 a 30 pessoas em cada 100 mil;

2.   A doença é mais comum em mulheres porque as doenças tiroideanas e cirurgias da tireoide são mais comuns nelas;

3.   Os sintomas estão relacionados à hipocalcemia (cálcio baixo no sangue) e mais comumente são: formigamentos na região da boca, mãos ou pés, cãibras, que podem chegar a convulsões, e contrações musculares involuntárias e frequentes;

4.   Em geral, os sintomas aparecem logo após a cirurgia, mas em alguns casos podem levar meses ou anos para aparecer;

5.   Em outros casos mais raros, o hipoparatireoidismo pode acontecer por destruição da glândula por doença autoimune ou por má-formação genética. “A presença de catarata ou calcificações cerebrais deve levantar esta suspeita, especialmente quando aparecem em pacientes jovens com quadro clínico compatível. As dosagens sanguíneas de cálcio e PTH baixos definem o diagnóstico”, explica Dr. Maeda;

6.   A redução na produção de hormônios pelas glândulas paratireoides, que são responsáveis pela regulação do metabolismo do cálcio e fósforo no organismo, gera desequilíbrio que causa problemas nos músculos, coração e no sistema nervoso;

7.   O tratamento padrão é feito com sais de cálcio e vitamina D. “Em alguns casos, podemos lançar mão de tiazídicos (fármacos diuréticos) para diminuir a perda urinária de cálcio e necessitar de quelantes de fósforo nos quadros mais graves”, pontua o endocrinologista;

8.    É importante ter acompanhamento especializado para monitorar o tratamento e as complicações crônicas da doença;

9. As complicações crônicas do hipoparatireoidismo estão relacionadas à progressão da doença e ao seu tratamento e incluem manifestações renais, oculares, cardiovasculares, ósseas e neuropsiquiátricas;

10. Endocrinologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço elaboraram o Consenso Brasileiro para o Diagnóstico e Tratamento do Hipoparatireoidismo publicado em 2018, que visa educar e instruir os médicos que acompanham esta condição. Ele versa sobre diagnóstico, investigação, tratamento e monitorização das complicações, com uma parte dedicada à esfera cirúrgica.

 

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Cuidado: atrás de uma imagem pode haver um ataque de phishing

Imagem ilustrativa - Divulgação Check Point Software


Os pesquisadores da Check Point Software apontam como os hackers estão escondendo links maliciosos em imagens enviadas por e-mail para redirecionar os usuários para sites de phishing

 

Os golpes bem-sucedidos raramente elucidam o que está prestes a acontecer, pois os hackers contam com táticas enganosas de engenharia social. Isso porque a ideia é fazer o usuário pensar que está executando algo legítimo, mas, na verdade, não está. Uma maneira de os atacantes realizarem isso é por meio da ofuscação. Ao ocultar a verdadeira intenção do e-mail encaminhado, pode ser mais provável que um verificador de segurança “pense” que ele está limpo e que um usuário abrirá e interagirá no conteúdo do e-mail. E uma forma de fazer isso é usar algo esperado para atrair a atenção, como uma imagem, e ocultar o conteúdo malicioso por trás dela.

 

A seguir, os pesquisadores da Check Point Research (CPR), divisão de inteligência de ameaças da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, explicam como os hackers ocultam os links maliciosos nas imagens para redirecionar os usuários para sites de phishing.


 

O ataque

 

Nesse tipo de ataque, os hackers criam links “mágicos” que mudam para o destino pretendido ao serem copiados e colados.

 

● Vetor de ataque: e-mail

● Tipo: Link malicioso

● Técnicas: Picture in Picture, Ofuscação

● Alvo: qualquer usuário final

 


Exemplo de e-mail


E-mail malicioso informando participação gratuita em programa de fidelidade da Kohl’s

A mensagem e a imagem parecerão ser de um e-mail padrão. No entanto, trata-se de uma mensagem falsa da Kohl's, mostrando que o usuário foi escolhido para participar de seu Programa de Fidelidade gratuito. Importante: a URL no rodapé da imagem não tem nada a ver com a Kohl's.

E-mail malicioso informando vale-presente da companhia aérea Delta

O mesmo acontece nesta outra imagem, a qual é relativamente convincente sobre uma oferta de vale-presente da Delta. Mas, novamente, a URL não aponta para a Delta. 

Ambas as URLs nas imagens são, de fato, um pouco semelhantes entre si.

 

Ao clicar na imagem, os usuários são redirecionados para as páginas clássicas de coleta de credenciais. “Atrás da imagem está a URL. Mesmo imagens verdadeiras de marcas legítimas têm links para uma página. A maioria dos e-mails de marketing funciona dessa maneira. Haverá uma imagem de promoção de boa aparência e o link levará à página pretendida”, explica Jeremy Fuchs, pesquisador e analista de cibersegurança na Check Point Software para solução Harmony Email.

 

Nos exemplos acima, porém, a página pretendida não tem nada a ver com a Delta ou a Kohl's, porém têm sim tudo a ver com roubo de informações.

 


As técnicas

 

A ofuscação é um presente para os hackers. Isso permite que eles façam um truque de mágica que funciona ocultando a verdadeira intenção de sua mensagem. Neste caso, trata-se de uma imagem. A imagem destina-se a atrair o usuário a clicar. Quem não gostaria de receber um vale-presente da Delta de US 1.000?

 

Os atacantes esperam que o usuário fique intrigado o suficiente para não passar o mouse sobre a URL e ver que ela não corresponde. Um usuário com olhos de águia veria isso e saberia imediatamente que algo está errado. E eles também esperam que os filtros de URL também sejam confusos. Parecerá limpo se eles não estiverem digitalizando dentro da imagem. Este é um método bastante comum. Muitas vezes, os hackers vinculam um arquivo ou imagem ou código QR a algo malicioso. Somente usando o OCR para converter as imagens em texto ou analisando os códigos QR e decodificando-os, é possível ver a verdadeira intenção. Mas, muitos serviços de segurança não fazem ou não podem fazer isso.

 

Nesses casos exemplificados, os e-mails parecem bastante legítimos. E sim, itens padrão como o endereço do remetente e o link estão desativados. O fato de a URL estar oculta atrás da imagem torna as coisas muito mais desafiadoras.

 

Melhores práticas: orientações e recomendações

 

Para se proteger contra esses ataques, os profissionais de segurança precisam:

 

● Implementar segurança que analisa todas as URLs e emula a página por trás dela;

● Aproveitar a proteção de URL que usa técnicas de phishing como esta como um indicador de um ataque;

● Aproveitar o software antiphishing baseado em IA capaz de bloquear o conteúdo de phishing em todo o pacote de produtividade.

 


Check Point
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Assédio moral: especialista explica como a comunicação assertiva pode ser uma aliada no combate a essas práticas

Débora Brum, fonoaudióloga empresarial e consultora especialista em comunicação humana, destaca a importância da comunicação não violenta como ferramenta para evitar essas ocorrências


À medida que a promoção de ambientes de trabalho saudáveis se tornou uma preocupação constante das companhias, novas normativas seguem sendo implementadas para garantir, por lei, que o respeito esteja na rotina corporativa. A exemplo disso, recentemente, entrou em vigor uma nova portaria do Ministério do Trabalho, que determina que todas as ocorrências de assédio moral sejam direcionadas à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

No entanto, de acordo com Débora Brum, fonoaudióloga empresarial, palestrante e consultora especialista em comunicação humana, o êxito no combate a essas práticas ainda depende da forma como os colaboradores de uma companhia estabelecem a sua comunicação.

“Seja em atividades rotineiras ou em momentos difíceis, somos responsáveis pelo que falamos; e tão importante quanto saber o que falar, é a maneira como isso é feito. Nesse sentido, temos que fazer uso da comunicação assertiva. Ela consiste, entre vários pontos, ter atenção ao tom de voz e à linguagem corporal, na postura empática, em saber escutar e escolher palavras que reforcem a linguagem positiva, evitando críticas e julgamentos”, explica Débora, responsável por ministrar o treinamento “Estratégias de comunicação humana na prevenção ao assédio moral”.

Configurando uma série de situações que resultam em violência psicológica no ambiente de trabalho, tais como humilhação, xingamentos, cobranças exageradas, isolamento e tratamento diferenciado, o assédio moral pode trazer sérias consequências às vítimas desses episódios, sendo as mais comuns a depressão, a desmotivação, baixa produtividade, crises de ansiedade e doenças psicossomáticas. Portanto, segundo a fonoaudióloga, é imprescindível que as empresas adotem práticas que desconstruam esses comportamentos.

“Para prevenir o assédio moral, não basta ter um manual de boas práticas, é preciso falar com frequência sobre o assunto e, para isso, os treinamentos de comunicação humana são sempre bem-vindos. É uma maneira de mostrar como as pessoas podem aperfeiçoar sua forma de falar e como isso impacta diretamente na qualidade dos relacionamentos. Muitas vezes, quem pratica o assédio não se dá conta disso, da mesma maneira que quem sofre, não sabe como lidar. Por isso, é importante elucidar essas questões, evidenciar que são cabíveis de punição, assim como dar voz àquelas que vivenciam essas situações e acolhê-las para que não tenham medo de reportar os episódios de violência”, enfatiza a especialista.

 

Débora Brum - Profissional com mais de 17 anos de experiência em treinamentos e palestras sobre comunicação humana, Débora Brum é fonoaudióloga com Mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana (UFSM/RS) e Especialização em Voz (CEV/SP). Palestrante e escritora, autora do best seller "Comunicação Assertiva - Aprenda a arte de falar e influenciar", a especialista é atualmente sócia-diretora da Comunicativa Fonoaudiologia Empresarial.

 

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