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sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Como recuperar IR pago em ações trabalhistas?

O crescente volume de ações trabalhistas registradas no país parece não ter perspectivas de reversão. Impactadas com o isolamento social, apenas no primeiro semestre deste ano foi registrado um aumento de 8,6% no número de casos protocolados pelo TRT-15 na comparação com o mesmo período do ano anterior – totalizando um amonte superior a 117 mil ações.

Segundo o próprio TST, em seu relatório geral, foram 2.550.397 novos casos distribuídos na Justiça do Trabalho, somente no ano de 2021. Mesmo se tratando de um cenário preocupante, aqueles que já tiveram seus processos finalizados e com retenção de imposto de renda podem tirar algo de bom deste cenário com a possibilidade de restituírem até 100% dos valores retidos, desde que essa jornada seja conduzida com máximo cuidado e organização a fim de evitar possíveis empecilhos.

Usualmente, grande parte dos contribuintes que recebem uma ação trabalhista sofrem retenção de imposto de renda, descontado diretamente no valor a receber – mas, poucos são aqueles que conhecem a probabilidade de recuperarem boa parte destes amontes. Apenas nos últimos cinco anos, os valores retidos em IR ultrapassaram a marca dos R$ 2,69 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), o que reforça a importância em buscar este direito como forma de evitar que sofram rombos financeiros que prejudiquem seriamente suas economias.

Cada ação trabalhista possui suas especificidades e questões burocráticas a serem analisadas como ponto de partida deste procedimento. Nela, é importante verificar quais tipos de verbas sofreram incidência de imposto e sua regularidade perante a legislação e a aplicação do direito, a fim de identificar sua legitimidade à restituição. Mesmo que a quantia final não seja tão elevada, sua aquisição é extremamente importante de ser feita para evitar pagamentos indevidos e, principalmente, irregularidades perante a Receita Federal.

Neste ano, mais de dois milhões de declarações caíram na Malha Fina em dados divulgados pela própria Receita Federal. Mas, todos já poderão iniciar a busca pela recuperação dos impostos retidos, a partir do dia 2 de janeiro de 2023, em um procedimento que, caso não conte com o apoio de um especialista do ramo, certamente pode enfrentar atrasos nesta conquista devido à demora na análise pelo órgão regulador.

Diante de uma legislação complexa e altamente passível de mudanças constantes, é essencial contar com o apoio de profissionais qualificados o quanto antes, como forma de trazer mais segurança na assertividade do procedimento a partir da análise das quantias exatas passíveis de serem restituídas e o procedimento adequado para este fim.

Idealmente, esse procedimento pode ser feito administrativamente, com início pela regularização da declaração do contribuinte. Isso poderá ser realizado, ainda, nos casos em que o imposto foi retido, retroativamente, nos últimos cinco anos. Uma vez aprovada, a devolutiva pode ocorrer no prazo máximo de um ano, com chances elevadas de conquistar um percentual significativo do valor pago, a depender do caso.

A cada ano, as cobranças indevidas estão se tornando mais frequentes, prejudicando ainda mais os contribuintes frente ao acréscimo de multas e juros a cada informação incorreta prestada. Por isso, apenas especialistas qualificados poderão evitar este cenário e conduzir a restituição do IR da maneira mais assertiva possível, averiguando os números existentes nos cálculos homologados, necessários para validar o potencial de restituição em cada ação trabalhista.

Caso iniciada rapidamente e com o máximo cuidado nos dados informados, menor será a chance de intimações e/ou notificações por parte da Receita Federal e maior a chance de restituição de até toda a quantia paga previamente. Essa é uma ótima oportunidade financeira tanto para os contribuintes quanto para os advogados trabalhistas reativarem clientes e aumentarem a recorrência em até 100% e, consequentemente, a rentabilidade de seus escritórios, desde que não demorem para buscar este direito. 



Daniel Lima - sócio fundador da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

RestituiçãoIR
https://restituicaoir.com.br/

 

DF lidera o ranking do país com o maior número de tentativas de fraudes a cada milhão de habitantes, revela estudo inédito da Serasa Experian

Além do Distrito Federal, outros Estados estão com resultados acima da média nacional, que marcou 1.382 tentativas de fraude a cada milhão de habitantes. 

Veja dicas dos especialistas para se proteger

 


Segundo estudo inédito da Serasa Experian, a população do Distrito Federal sofreu 7.302 tentativas de fraude de identidade em outubro deste ano. Com isso, o DF lidera o ranking do país com 2.326 tentativas a cada um milhão de habitantes. No mesmo sentido, São Paulo, que teve o maior número de tentativas em outubro (91.666), aparece em 2º lugar, com 1.947 tentativas a cada um milhão de habitantes. Além do Distrito Federal e São Paulo, outros sete Estados estão com resultados acima da média nacional, que marcou 1.382 tentativas de fraude a cada milhão de habitantes. Veja na tabela abaixo as informações completas:



“Os golpistas estão direcionando suas ações para os Estados que possuem a maior renda per capita na tentativa de gerar mais lucro com as fraudes aplicadas, o que ocasiona um enorme prejuízo financeiro para as empresas e seus clientes”, diz o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.


Mais de 3,3 milhões de tentativas de fraude em dez meses no Brasil

No acumulado deste ano – janeiro a outubro – o Brasil já sofreu com mais de 3,3 milhões de tentativas de fraude de identidade, o que representa uma a cada 8 segundos. “É um resultado alarmante e ainda é preciso considerar que essa época de fim de ano costuma ser um período em que o golpista intensifica suas ações. Por isso, o consumidor precisa ter atenção com seus dados pessoais e as empresas devem investir em soluções de autenticação e prevenção à fraude, além de conscientizar seus clientes divulgando informações seguras”, reforça Caio Rocha.

Ainda na visão do acumulado do ano, as tentativas de fraudes relacionadas com o segmento de Bancos e Cartões lidera com 1,9 milhão. Em segundo lugar, estão as Financeiras, com 581 mil tentativas, seguido pelo setor de serviços, com 518 mil. Varejo aparece em quarto lugar, com 272 mil pessoas que foram alvo e Telefonia em último lugar, com 82 mil.

Na visão por idade, a população com idade entre 36 e 50 anos foi a que mais sofreu, com 1,2 milhão. Em segundo lugar, estão os consumidores de 26 a 35 anos, que sofreram com 920 mil tentativas. Depois aparecem: 51 a 60 anos (469 mil tentativas); até 25 anos (382 mil tentativas) e acima de 60 anos (366 mil tentativas).

Veja dicas dos especialistas da Serasa Experian para consumidores e empresas evitarem ser vítimas de golpistas:


Consumidores:

· Inclua suas informações pessoais e dados de cartão se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;

· Desconfie de ofertas com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;

· Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminem os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba;

· Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;

· Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;

· Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;

· Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.


Empresas:

· Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em novos métodos de detecção de fraudes e tecnologias cada vez mais sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada. A Serasa Experian, por exemplo, tem soluções modulares inteligentes e um time de especialistas em autenticação e prevenção à fraude que possibilitam oferecer uma experiência segura e sem atrito ao cliente final. Com combinação de dados, analytics e soluções automatizadas, as empresas podem expandir os negócios com segurança.

· Conte com plataformas de pagamento online. A empresa que deseja atuar de forma online, prestando serviços ou vendendo produtos, precisa ter a máxima atenção com os pagamentos. É preciso adotar uma sistemática que alie rapidez no processamento das transações à segurança;

· Faça a análise de compras mais caras. Outra prática que pode reduzir bastante o risco de fraude online é a análise das compras. Sempre que a empresa se deparar com um pedido de alto valor, por exemplo, é necessário dedicar uma atenção especial, verificando de forma mais detalhada o cliente e os dados informados. Uma forma de garantir a segurança desse tipo de transação é realizando um contato prévio por e-mail ou telefone para confirmar dados ou a própria compra. Embora esse tipo de avaliação possa tornar o processo de venda mais longo, ele é essencial para resguardar o seu negócio contra fraudes;

· Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é outra estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode facilmente identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;

· Consulte o perfil do seu cliente. Conhecer o cliente é, sem dúvida, uma das maneiras mais eficientes de se evitar fraudes online. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo. Fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação.


Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.


Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da Serasa Experian: 1) total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian; 2) estimativa do risco de fraude, obtida através da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, baseados em dados brasileiros e tecnologia Experian global já consolidada em outros países. O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor é constituído pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados (item 1) pela probabilidade de fraude (item 2).

 

Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Natal seguro: como fazer compras online sem cair em golpes

É a época mais maravilhosa do ano – pelo menos para aqueles que não estão sofrendo ataques hackers  

A Pesquisa de Confiança Digital DigiCert 2022 mostra que mais da metade (57%) dos consumidores entrevistados sofreram ataques de segurança cibernética. Os principais ataques incluem hacks de contas, exposição de senhas e roubo de contas bancárias ou de crédito. Menos da metade dos consumidores entrevistados disse que sua confiança digital nas organizações com as quais lidam é maior do que no passado, e 54% dizem que há espaço para melhorias. 

Apesar do cenário assustador, existem maneiras simples de garantir que suas compras online sejam seguras e que você fique tranquilo enquanto compra on-line o presente perfeito. Aqui estão nossas principais dicas para compras seguras neste Natal.

 

Não clique em links desconhecidos

 

A maneira mais comum que os cibercriminosos usam para enganar você nesta temporada de festas é enviando e-mails de phishing com links que fingem levá-lo a algum lugar que eles não vão. Embora possa ser tentador ver a oferta interessante que eles enviaram, é melhor prevenir do que remediar.

 

Copie manualmente o link e inspecione-o antes de colá-lo em um navegador da web, para que você possa ver se o link o vai de fato direcionar você ao site do varejista. O mesmo conselho vale para clicar em links por meio de resultados de pesquisa. Certifique-se de saber para onde o link o está levando antes de clicar ou, melhor ainda, digite a URL do site do varejista na barra de endereço sempre que possível.

 

Verifique se o site é seguro

 

Você provavelmente já ouviu falar em procurar o cadeado para confirmar que um site é seguro. No entanto, cada navegador exibe esses sites autorizados de maneira diferente, o que pode causar alguma confusão. URLs de sites que começam com HTTPS:// acompanhados pelo ícone de cadeado têm TLS/SSL (segurança da camada de transporte/camada de soquetes seguros), e os consumidores devem clicar no cadeado para revisar as informações do certificado e confirmar se o site usa criptografia TLS antes de inserir seus Informação do cartão de crédito.

 

Não custa nada dar uma olhada no site para ver se eles parecem legítimos. Se você vir uma página de termos e condições, revisões, boa ortografia e gramática, um selo de site seguro e seguidores nas mídias sociais, todos esses são indicadores de que o site pode ser confiável.

 

Não use Wi-Fi público

 

O Wi-Fi público gratuito é comum e muitas vezes nem exige uma senha, facilitando o acesso dos cibercriminosos aos seus arquivos e informações pessoais. Muitas dessas conexões estão subprotegidas, por isso é melhor usar uma conexão Wi-Fi pessoal, hotspot pessoal ou rede privada virtual (VPN) ao acessar qualquer tipo de informação privada online, como uma conta bancária ou inserir informações de cartão de crédito para comprar.

 

Não compartilhe demais

 

Quando chegar a hora de se inscrever para obter um desconto ou entrar para comprar, serão solicitadas informações padrão. Os varejistas nunca precisarão de informações pessoais, como número do seguro social ou aniversário, para concluir uma compra, portanto, forneça o mínimo de informações necessárias.

 

Se um contato entrar procurar você sobre uma compra por mensagem de texto ou e-mail, não clique no link nem se apresse em fornecer informações adicionais até que você possa confirmar que a pessoa ou empresa realmente é quem diz ser.

 

Atualize seu software

 

Os cibercriminosos podem explorar pontos fracos quando você não mantém seu software atualizado. Verifique se o seu navegador está totalmente atualizado, além de evitar softwares ou plug-ins suspeitos. Mantenha seus computadores, telefones e tablets atualizados também.

 

Atualize regularmente seus programas antivírus para se proteger contra coisas como malware de cavalo de Tróia.

 

Gerencie e proteja suas senhas

 

Muitos varejistas exigem que você crie uma conta para concluir sua compra online. Se o check-out do convidado for uma opção, use-a. Para contas com senhas, crie senhas fortes, utilize a autenticação multifator quando disponível e não repita as senhas.

 

Um gerenciador de senhas que criptografa senhas é uma ótima opção para ajudar a salvar senhas que você pode esquecer sem comprometer a segurança.

 

Fique de olho nas atualizações do pedido

 

Enquanto aguarda sua compra chegar pelo correio, seja diligente - verifique as atualizações de rastreamento e certifique-se de que seu pacote realmente chegue. Salve os detalhes de confirmação do pedido e esteja pronto para entrar em contato com o comerciante, se necessário.

 

Além disso, fique de olho nos extratos bancários em busca de cobranças fraudulentas para garantir que você não seja cobrado por algo que não comprou.

 

Use o bom senso

Se um acordo parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é. Se um site parece incompleto, você nunca ouviu falar do varejista antes ou não consegue encontrar nenhuma outra evidência de presença online, não confie nele.

 

Essas dicas podem evitar que você seja vítima de um golpe cibernético, mas, em última análise, é preciso bom senso, vigilância e alfabetização digital para salvá-lo dos perigos online.

 

Embora possa parecer arriscado fazer compras online nesta temporada de festas, lembre-se de que essas etapas simples ajudarão a proteger você e seus dados pessoais. Não há razão para não aproveitar a conveniência e acessibilidade de fazer compras online - aproveite as facilidades do mundo digital!


 

Dean Coclin, diretor sênior de Desenvolvimento de Negócios da DigiCert 

DigiCert

digicert.com 

follow@digicert


Transição de carreira: autoconhecimento é o segredo para o sucesso


Segundo o relatório Protegendo o Futuro do Trabalho, em uma pesquisa sobre comportamento das pessoas pós-pandemia, realizada por uma plataforma de buscas on-line, 53% dos brasileiros querem mudar de profissão após a Covid-19. Dentre os motivos, estão: equilíbrio entre vida pessoal e profissional (50%), o desejo por um salário mais alto (49%), a busca por uma função mais significativa (31%), reduzir a quantidade de tempo trabalhado (31%) e trabalhar por prazer (14%).

No entanto, mudar de profissão era um movimento que vinha crescendo antes mesmo da pandemia do coronavírus começar. A decisão por realizar uma transição de carreira pode surgir por diferentes razões, mas geralmente está relacionada à insatisfação ou descontentamento com a área atual. O profissional busca encontrar algo melhor, que o deixe mais feliz, com maior retorno financeiro. E, às vezes, a pessoa até gosta de onde está, mas procura algo que está faltando para se sentir completa ou realizar um sonho. 

Como essa motivação varia de pessoa para pessoa, não existe um passo a passo padrão a ser seguido para fazer a transição de carreira, que pode acontecer de duas formas: intencional ou natural. A forma intencional é quando você está em uma carreira que não gosta e não quer fazer aquele serviço, trabalha na função por alguma necessidade específica, é o meio que você tem para ganhar algum dinheiro e chegar a um lugar. Ou seja, você está em uma posição que não te agrada e quer fazer a transição de carreira para uma profissão ou cargo que é do seu desejo e interesse.

Já a transição natural é quando você deixa ir acontecendo, vai testando e se adaptando até encontrar o que realmente quer. Com isso, a sua carreira vai se moldando como se fosse uma massinha, a minha foi assim. Eu até gostava do que eu fazia, mas foram aparecendo alguns descontentamentos, fui fazendo outras coisas e descobrindo o que eu gostava mais e me sentindo mais feliz, até me encontrar. Por outro lado, diferente de uma transição de carreira natural, na intencional você tende a saber para onde quer ir e consegue traçar um plano de ação para chegar lá, seja estudar, fazer um curso ou algum outro método.

Antes de realizar uma transição de carreira, é preciso ter em mente que não é simples, mesmo que tudo esteja definido e estruturado. Afinal, o primeiro desafio começa com você. Nem sempre é fácil saber o que quer, ter clareza, entender qual caminho seguir, sem falar da insegurança. E se não der certo? Será que eu vou gostar? São vários cenários e inúmeros questionamentos. É importante tentar manter a calma e não se desesperar, pois quanto mais você se planejar, maior a chance das coisas darem certo.

Porém, precisamos estar preparados caso tudo dê errado. Uma transição de carreira pode não funcionar e você acabar não gostando do resultado final. Às vezes, não era aquilo que foi imaginado ou idealizado. Então é preciso recalcular a rota e ir mudando e adaptando até chegar onde se deseja. E também varia de acordo com o momento de vida, você pode gostar do que está fazendo hoje e daqui um ano isso não fazer mais sentido. Eu acredito que mesmo que isso aconteça, um aprendizado novo nunca será um atraso ou tempo desperdiçado, pois você sempre está somando experiências, para sua vida e para o seu currículo. É preciso prestar atenção aos fatores que levaram a não funcionar, como, por exemplo, falta de foco e direcionamento tendem a atrapalhar o processo, o que pode não ser visto com bons olhos por algumas empresas.

Eu tendo a ver essa movimentação de forma positiva, pois é necessário muita resiliência e planejamento para chegar lá. Mas, se a pessoa atira para todos os lados, sem nenhuma estratégia, posso encarar como falta de foco. Uma migração consistente pode ser melhor, porque requer cautela. Hoje em dia, existem empresas que dão oportunidade para que colaboradores façam transição de carreira e fornecem uma rede de apoio. Esse, para mim, é o melhor tipo de transição.

Outro bom exemplo é quando você tem um emprego e almeja conquistar uma posição diferente ou atuar em um local de trabalho distinto, mas às vezes não tem os requisitos necessários e vai precisar se especializar antes de realizar a mudança. Todavia, o pior caso é estar desempregado e buscar uma transição de carreira para conseguir se recolocar no mercado. Neste cenário, você sofre bastante pressão e muitas vezes não tem a oportunidade de se preparar de maneira adequada.

Diante disso, podemos perceber que o próprio processo da transição de carreira tem seus altos e baixos, porque você está aprendendo algo novo e não sabe como é o dia a dia. Conhecer mais da área que se pretende migrar, tentar descobrir o que as pessoas fazem e saber qual é a rotina, são coisas que considero fundamentais para que você conclua o processo de forma mais tranquila e segura, evitando possíveis surpresas que podem ser desagradáveis.

Por essa razão, a principal dica que eu dou para quem quer começar uma transição de carreira é, antes de tudo, investir em autoconhecimento. Se conhecer mais, saber o que gosta e o que não gosta, são comportamentos que ajudam a diminuir essa pressão de que precisamos ter todas as respostas para todas as perguntas e que estamos constantemente atrasados no tempo. Está tudo bem não saber para onde ir, o importante é seguir tentando, descobrindo, pesquisando e testando. Devemos estar abertos para novas possibilidades!

É preciso entender que não é do dia para a noite que se consegue mudar a carreira. É um processo que leva tempo e estudo. Além disso, saiba que nenhum conhecimento vai ser jogado fora, tudo vai se somando. Por mais que  pareçam coisas distantes, uma hora tudo se conecta. Você não está começando do zero, pois já tem alguma bagagem. Tenha sempre em mente que o propósito da transição de carreira é alcançar os seus objetivos: ser melhor remunerado, se sentir realizado, estar feliz, estar onde você gosta e fazer o que gosta. Nunca ao contrário. E muitas vezes, você precisará fazer alguns sacrifícios no percurso para conseguir chegar lá!

 

Fernanda Bernardo - líder de People e Comunidades da Cumbuca, primeira fintech brasileira a oferecer conta compartilhada gratuita via aplicativo, uma espécie de conta conjunta reinventada. Ela é responsável por criar e desenvolver os processos da área na Cumbuca, como: Recrutamento, Onboarding, Desenvolvimento do Time, Analytics, Offboarding, Comunicação, Cultura. Fernanda é formada em Sistemas de Informação pela Universidade de São Paulo (USP), e cursando MBA em gestão de pessoas pela mesma instituição.


5 tendências de educação corporativa para 2023

Segundo especialista, desenvolvimento de pessoas conectado a objetivos de negócio e formação de comunidades devem marcar o mercado tech ano que vem


De acordo com um levantamento realizado pela LANDtech, em parceria com a Alura Para Empresas, solução de educação corporativa do ecossistema Alura, 78% dos mais de 3 mil entrevistados possuem interesse em migrar para a área de TI. Ou seja, há um forte interesse pelo setor, que pode ser fundamental para suprir a alta demanda por profissionais do ramo atualmente. Com isso, a qualificação desses trabalhadores também se torna um ponto fundamental para o mercado, tornando os programas de desenvolvimento de pessoas outro foco de atenção para o meio.

Para Adriano Almeida, COO da Alura e principal responsável pela unidade de negócios da Alura Para Empresas, o aprendizado deve ser visto como mais do que um benefício para colaboradores, e sim uma parte da cultura e das metas das empresas. “É papel das companhias participar ativamente desse processo educacional, acompanhando, oferecendo trilhas de estudo e de aprendizagem, além de engajar e incentivar os membros do time”, destaca. “Muitos grupos já perceberam que só assim será possível caminhar para a verdadeira transformação digital”, complementa.

Diante desse cenário, o executivo listou as cinco principais tendências de educação corporativa que devem abranger não só a área tech, mas diversos outros segmentos em 2023. Confira:


1) Upskilling e Reskilling

Com o mercado de tecnologia superaquecido, as empresas estão apostando na formação de profissionais com qualificação para os desafios do negócio. Segundo Almeida, nesse movimento, tanto a aceleração do aprendizado de pessoas iniciantes quanto a mobilidade interna ganham espaço. 

“Para quem já atua na área de TI, o objetivo é incentivar o aprendizado de novas linguagens e a atualização contínua dos times através do Upskilling”, diz. “Já no caso de pessoas que conhecem o negócio e estão com a cultura da organização enraizada, a expectativa é de que as companhias possam aproveitar esse trunfo para desenvolvê-las no segmento, levando-as para os setores de produto e inovação. Isto reduz custos de turnover e recrutamento”, completa.


2) Cohort Based Learning

A flexibilidade é um tema que veio com força nos últimos anos, inclusive em relação ao aprendizado. Porém, uma das grandes discussões acerca do tema no cenário corporativo é como ter mais liberdade também pode impactar no compromisso das pessoas com a finalização daquilo a que se propõem.

“A solução para empresas que querem oferecer o aprendizado flexível tem sido  investir em projetos com prazos (deadlines), que unam indivíduos em um objetivo comum (cohort), gerem um comprometimento público (accountability) e que incentivem e estabeleçam trocas espontâneas de conhecimento entre as pessoas participantes”, explica o executivo.


3) Comunidade corporativa

A formação de comunidades corporativas foi uma das tendências de 2022 e continuará a crescer em 2023. Para Almeida, o motivo do método de educação permanecer em alta se dá pela conexão gerada entre pessoas, motivada pela troca de experiências e conhecimentos. “Quando o time compartilha interesses em comum, não apenas as diferentes habilidades dos seus integrantes passam a ser difundidas naturalmente, como cria-se uma aproximação orgânica do time. Ou seja, mescla-se a evolução profissional com a pessoal, junção fundamental para um modelo escalável de negócios”, pontua.


4) Educação em tecnologia conectada aos objetivos dos negócios

As empresas estão percebendo que quando as suas equipes compreendem os objetivos do negócio e de cada produto, é possível observar mais claramente as skills necessárias para a melhoria de processos, a formação de uma cultura de aprendizado alinhada com as ações da marca, a consolidação de trilhas de conhecimento e, consequentemente, capacitações de forma mais assertiva. 

“As marcas querem profissionais preparados para solucionarem problemas reais, tudo isso feito de forma orgânica e em comunidade. Ou seja, é uma habilidade que não é desenvolvida isoladamente em um time de colaboradores. Muito mais que isso, ela se posiciona como um movimento, uma mudança cultural que torna a educação corporativa contínua e direcionada”, ressalta o executivo da Alura.


5) Digital Skills

O desenvolvimento de conhecimentos sobre tecnologia favorece não apenas aquelas carreiras já relacionadas a esse ramo, como também impulsiona a eficiência e a geração de valor constante em todas as estruturas de uma organização. “Desenvolver habilidades tech é igualmente indispensável para indivíduos que não são da área de TI, por isso deve continuar entre as prioridades de aprendizado nas companhias”, reforça Almeida.

Como exemplo, o executivo traz pessoas colaboradoras que trabalham com Recursos Humanos (RH). “É um profissional que precisa ter o mínimo de entendimento possível sobre dados para analisar desempenho e performance da sua área de trabalho”, afirma. “Essa é só uma pequena amostra de como o aprimoramento de Digital Skills se trata de um caminho inevitável para o mercado”, finaliza.

 

Alura Para Empresas


Fechamos negócio! E agora, como lidar com o cliente no pós-venda?

Num mercado cada vez mais competitivo, fechar uma venda já é algo a se comemorar. No entanto, o fato de ter firmado o acordo não encerra o trabalho a ser exercido por uma empresa. Tão importante para assegurar um negócio é garantir que todo o atendimento e o processo pós-venda sejam eficientes e contemplem todas as dores e exigências do seu novo cliente.

Para se ter uma ideia da importância desse trabalho, uma pesquisa idealizada pela Qualtrics XM Institute, em 2020, apontou que 89% das companhias que decidem oferecer e focar de forma eficiente na experiência do cliente, independente do segmento em que atue, apresentam resultados financeiros mais significativos em relação aos seus concorrentes. 

Esse número expressivo se explica pelos ótimos benefícios atrelados ao fato de se garantir uma clientela satisfeita. As grandes referências mundiais sobre esse assunto concordam que a melhor propaganda é feita por clientes satisfeitos. De fato, essa afirmação faz sentido se levarmos em conta que um consumidor realizado não só retorna para efetuar novas compras ou renovar contratos, mas também atua como um promotor de sua marca, assegurando uma boa reputação e contribuindo para a aquisição de novos clientes. 

Tendo isso em vista, é possível dizer que a área destinada ao Customer Success tem hoje uma importância que vai além do bom relacionamento com os clientes, sendo essencial ainda para abrir portas dentro das organizações. O resultado desse trabalho acaba sendo a construção de três fatores importantes para uma marca: retenção, expansão e indicação. 

Sendo assim, acho importante pontuar algumas práticas e movimentos necessários para a implementação de estratégias eficientes baseadas na cultura da jornada do cliente. 


Estratégias voltadas ao cliente

O primeiro passo é formalizar um atendimento ao cliente no pré-venda e estender essa relação também no pós-venda. Independente se a empresa ofereça um produto ou serviço, é fundamental garantir que esse consumidor ou parceiro esteja satisfeito com o que foi adquirido. 

Para isso, é determinante que a companhia ofereça um suporte humanizado e aproximado de sua clientela, fazendo com que esse usuário se sinta prestigiado e amparado no caso de dúvidas ou qualquer tipo de problema que possa aparecer no decorrer da compra.

Vale ressaltar que, diferente do que acontece com o suporte técnico ou a central de vendas, o atendimento voltado ao sucesso do cliente precisa ser pró-ativo. Ou seja, esse canal tem que marcar presença ativa no dia a dia desses clientes, realizando um trabalho focado na melhor assistência e encontrando oportunidades de ações para manter o parceiro engajado. 

É preciso se atentar de que existe uma linha tênue entre realizar um serviço prestativo e um acompanhamento pouco efetivo e impertinente. Pensando em evitar essa segunda opção, o mercado utiliza métricas que avaliam o nível de satisfação da base de clientes de uma forma segmentada e direcionada para diferentes frentes do trabalho. 

Uma das métricas mais utilizadas e competentes nesse sentido é o Net Promoter Score, ou a NPS. Baseado em perguntas simples, este indicador deve ser enviado periodicamente aos parceiros para coletar dados quantitativos e qualitativos e assim mensurar a satisfação desses usuários com o produto ou serviço. Por ser facilmente moldada, a partir de notas classificatórias de 0 a 10, esse tipo de mecanismo é fundamental para identificar, além do nível de satisfação dos clientes, mas também onde exatamente podem haver problemas ou melhorias nos processos oferecidos no momento da venda.

Diante desse cenário, é fundamental que o cliente sinta que a sua empresa atue de forma constante na busca de assegurar o melhor resultado possível após a compra de um produto ou serviço. Mais do que garantir o entusiasmo desse parceiro, ações com esta finalidade serão essenciais para garantir a retenção dessa clientela, além de resultar num verdadeiro propagador da sua marca no mercado. Até porque a melhor propaganda é feita por clientes satisfeitos e a pior, por clientes insatisfeitos.

  

Marília Zanotti - referência em relacionamento com cliente e marketing de demanda e geração de produtos, liderou projetos em multinacionais como Microsoft, Smart Fit e Comparex. Formada em Relações Internacionais e pós-graduada em Big Data e Marketing, ambas pela ESPM, a executiva se especializou em gestão de competências e pessoas, se tornando pilar-chave no desenvolvimento da TotalPass no Brasil.

 

É possível adquirir bens de alto valor economizando?

Digamos que seja possível adquirir itens de alto valor agregado, economizando dinheiro e, ainda, evitando desperdício de materiais. Você acreditaria? O chamado “luxo compartilhado”, que consiste em um grupo de pessoas que se reúnem para adquirir bens de alto valor (sejam helicópteros, aeronaves, embarcações, imóveis em localizações privilegiadas e até carros de luxo), trabalhando para tornar esses objetivos cada vez mais tangíveis.

Neste conceito, as facilidades são muitas, como a divisão de custos de manutenção, o rateio de compra em cotas, o aproveitamento contínuo do imóvel (que passa a ficar menos tempo vazio), porém, a possível indisponibilidade de agenda pessoal no momento acordado pode trazer alguns imprevistos dentre os compradores, que devem estar sempre alinhados.

Este modelo de aquisição, no entanto, é visto majoritariamente dentro da classe de alto padrão, mas tem muito potencial para ser aplicado em outros segmentos de renda, tanto para empresas que, porventura, se arrisquem nesta novidade, quanto para os clientes “normais”, que se beneficiarão com uma boa economia de custos. 

No Brasil, já existem empresas focadas no fornecimento deste serviço para o público de alta renda, todavia ainda acredito em grandes oportunidades em aberto para a expansão deste mercado a segmentos de rendas menores. 

Em termos de economia de custos, compartilhar é sempre uma ótima ideia, mas sempre há prós e contras em cada decisão. Desta forma, o luxo compartilhado acarreta saber ser maleável com a organização de agendas, para não haver mal entendidos. Então, caso você já tenha o seu imóvel próprio, pode adotar a ideia de compartilhar para economizar.

Pois, se pensarmos em termos de sustentabilidade e uso consciente de recursos naturais, ter uma residência vaga por longos períodos, implica no uso ineficiente de recursos naturais como areia, cimento, ferro e água dentre outros. Quando analisado em escala, os impactos são substanciais, tanto em disponibilidade de recursos quanto no impacto nos preços.

Ainda, é importante lembrar que, na hora de fechar qualquer contrato de compra, é necessário fazer uma pesquisa séria para certificar-se de que a pessoa ou a agência é idônea. Passo mais do que essencial para evitar problemas futuros.

Por fim, podemos dizer que o luxo compartilhado chega para trazer estilo de vida para quem não planeja gastar muito neste segmento, porém, é importante lembrar que você escolherá pessoas para dividir este diamante com você, por isso, conhecer bem quem dividir e aprender a ser maleável, tendo jogo de cintura para compartilhar e cumprir as regras de uso. Então, você está pronto para compartilhar um luxo?

 

João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA-USP

 

As lições de gestão que a Copa deixa ao Brasil

Vida que segue. Essa vem sendo a frase mais dita e ouvida por muitos após a sofrida eliminação do Brasil para a Croácia. Mas, o brasileiro não desiste nunca, e as expectativas com o tão esperado hexa em 2026, já começaram. Entretanto, além do show de futebol que presenciamos durante a vigésima edição da Copa do Mundo, também é fundamental enfatizar o espetáculo de gestão que o mundial apresentou aos telespectadores.

A edição deste ano, realizada no Catar, vem sendo alvo de críticas em relação às normas e condutas éticas do país – ao mesmo tempo que, positivamente, também chama a atenção para a eficiência e controle de gestão do comitê organizacional. Estádios construídos próximos uns dos outros, obras que serão desmontadas e reaproveitadas, bola com sensor de movimentos, hotéis, novas estradas, entre tantos outros pontos, são exemplos na prática de que mais do que paixão, o esporte também é gestão.

Para que fossem obtidos êxitos nos resultados, foi necessário um planejamento antecipado, levando em conta todos os gastos que seriam exigidos. De acordo com dados da Front Office Sports, apurados pela Statista, a Copa do Mundo de 2022 teve um custo quase 19 vezes maior do que a última edição na Rússia, em 2018, totalizando US$ 220 bilhões. Mesmo sendo esse o mundial mais caro da história, todas as obras e investimentos feitos integram o plano de desenvolvimento do Catar até 2030.

Já o Brasil, que foi sede do mundial há oito anos, ainda hoje, soma dívidas das construções de estádios – muitos subutilizados – e das obras de infraestrutura, que são alvos de processos judiciais. Nesta análise, o sucesso da realização da Copa do Catar só foi possível graças à visão e maturação da ideia de que os clubes esportivos são também empresas que demandam uma gestão assertiva.

Se, antes, tínhamos a ideia de que apenas a Europa aplicava esse conceito, os árabes também mostraram que estão ativos nessa corrida. E o que isso deve inspirar nosso país? Em tudo. O Brasil é conhecido por ser o país do futebol, uma referência na geração de lendas dos esportes, mas ainda está atrás de outras nações que entenderam a importância de fazer uma gestão esportiva eficiente.

O fato de termos enraizado o sentimento de amor pelo clube, inibe que muitos reconheçam que o esporte é um negócio, e identifiquem a necessidade de investir em ações gerenciais que permitam o desenvolvimento do time e a definição de estratégias de atuação. Durante cada edição do mundial, os países se tornam vitrines para mostrarem os seus talentos e atraírem investidores – mas, para almejar tal resultado, é primordial ter os processos alinhados.

E, justamente nessa missão, uma ferramenta de gestão é uma importante aliada, já que sua versatilidade permite que a empresa atue com foco em analisar métricas de gastos, investimentos, indicadores de desempenho dos adversários e, até mesmo, identificar futuras oportunidades para crescimento, atingindo maior visibilidade e rendimentos tangíveis.

Teremos pela frente mais quatro anos de preparação. E assim como tudo na vida evolui, a próxima edição da Copa do Mundo será sediada em três países, que deverão conciliar diversos aspectos de cultura, clima, moeda, transporte, divisão de gestos e lucros, e outros assuntos envolvidos no planejamento. Pode parecer uma desordem, à princípio, mas a proposta já se mostra mais passível de ser organizada com êxito, pois, desde o início, já está sendo desenvolvido o plano de gestão englobando todos os cenários possíveis.

É importante que o Brasil comece a interiorizar que os clubes precisam muito mais do que fazer a alegria dos torcedores, gerindo negócios com eficiência e qualidade. Até porque, mais do que esperar pela tão sonhada sexta estrela, é fundamental trabalhar para garantir vitórias consecutivas de organização e transparência no esporte brasileiro.  



Paulo Pimentel - executivo comercial da G2, consultoria especializada em SAP Business One.
https://g2tecnologia.com.br/

Garantir acesso à educação para preservar os direitos humanos de crianças e adolescentes

Assegurar a permanência e realizar a busca ativa de estudantes têm sido os principais desafios para os municípios

 

A temática dos direitos humanos requer um diálogo constante entre a sociedade, não apenas como forma de apresentar os direitos individuais, mas para assegurar que eles sejam promovidos e efetivamente garantidos. Dessa forma, o dia 10 de dezembro desponta como um momento propício para a reflexão: há 74 anos foi instituída a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 

 

No momento em que era fortalecida a ideia de que a proteção dos direitos humanos não deveria reduzir-se ao domínio único do Estado, líderes políticos das grandes potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial criaram, em 24 de outubro de 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU), promulgando, posteriormente, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento inaugurou uma nova concepção da vida internacional, com indivíduos livres e iguais.

 

Entre os 30 tópicos contidos na Declaração, o acesso à educação é reconhecido no artigo 26, apresentando a ideia de que todos os seres humanos têm direito à educação, de forma gratuita ao menos nos graus elementares e fundamentais. 

 

Ao longo dos anos, entre avanços e desafios, o objetivo de tornar a educação universal foi sendo renovado. Para citar alguns exemplos, ressalta-se a busca por garantias de acesso; a criação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica); além do desenvolvimento de novos documentos norteadores, como as LDB (Leis de Diretrizes e Bases), de 1996; os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), de 1998; e, de forma mais recente, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular).


 

Estratégias para superar desigualdades


Recentemente, o cenário da pandemia ensejou outro embate no campo da educação: só em 2020, 1,5 bilhão de estudantes em 188 países deixaram de frequentar as salas de aula, como estratégia para conter as transmissões da Covid-19. Nesse cenário, o Brasil foi o país que por mais tempo esteve com as escolas fechadas durante os dois anos e meio de pandemia, segundo relatório da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado em 1 de julho de 2022.

 

Após esse período, o empenho pela equidade na educação pública se tornou um grande desafio a ser enfrentado pelos municípios, como mostra a pesquisa “Desigualdades e impactos da covid-19 na atenção à primeira infância”, realizada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com o Itaú Social e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). De acordo com o levantamento, na creche e na pré-escola houve uma redução de quase 338 mil matrículas entre os anos de 2019 e 2021. Movimento semelhante ocorreu na pré-escola, quando a queda foi de cerca de 315 mil no mesmo período, sendo 275 mil apenas em 2021. 

 

“Cursar a educação infantil é essencial para que a criança consiga dar sequência em sua trajetória escolar. Os gestores públicos precisam estar atentos ao risco de evasão desses estudantes, ampliando ações robustas e coesas de busca ativa, preservando o acesso à educação infantil com qualidade. O propósito é que o direito constitucional à educação seja efetivamente garantido sempre”, explica a coordenadora de Implementação Municipal do Itaú Social, Sonia Dias. 

 

Para superar a desigualdade pedagógica presente também no ensino fundamental, sobretudo em relação ao ensino da leitura, escrita e oralidade dos alunos dos anos finais, foi instaurado o relatório “Expressão, Simbolização e Resolução de Problemas: tratar a evasão e a desigualdade no pedagógico”, desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental Helena litwin Schneider, localizada na periferia de Porto Alegre (RS), com o apoio do Itaú Social e Fundação Carlos Chagas. A iniciativa promoveu ações de incentivo à leitura e outras atividades pedagógicas, por meio de oficinas e grupos de discussão entre estudantes e professores.

 

Projetos como esse contribuem para lidar com o desafio da defasagem idade-série, apresentada pelos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental. De acordo com o Censo 2020, 22,7% dos adolescentes deste ciclo mostravam desigualdade de ensino igual ou maior a dois anos escolares, ou seja, alunos do 9º ano tinham aprendizado equivalente ao adequado para o 7º ano.

 

É importante destacar que essa é uma das etapas que registra um alto índice de evasão escolar, especialmente na transição para o Ensino Médio. Dados da nona onda da pesquisa “Educação na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, publicada em julho deste ano, revela que 37% de mães e pais têm preocupação com a perda de interesse nos estudos.

 

É justamente para evitar o risco de evasão escolar que as redes de ensino têm se dedicado para garantir o acesso e a permanência dos indivíduos no colégio. A partir de estratégias de busca ativa, municípios se esforçam para assegurar que crianças e adolescentes tenham seus direitos respeitados. 

 

Busca Ativa Escolar


Para encarar o desafio de recuperar crianças e adolescentes que estão fora da escola, os municípios de Itapevi (SP) e Paulista (PE) em parceria com o programa Melhoria da Educação, do Itaú Social, adotaram a estratégia da Busca Ativa Escolar, desenvolvida pelo Unicef e Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação) e implementada nos territórios com o apoio técnico da Cidade Escola Aprendiz.

 

A iniciativa ocorre com o envolvimento de todo o sistema de garantia de direitos da criança, com representantes da saúde, assistência social, cultura, esporte, agentes comunitários, conselho tutelar, entre outros. 

 

Em Itapevi, a meta era reduzir em 50% o número de crianças que abandonam a escola em um ano e reduzir em 100% o número de crianças que evadem em dois anos. Para alcançar o objetivo, foi criado um Comitê Gestor com funções para cada órgão participante. “Com as visitas, a família percebe que a escola está presente, essa prática serve para acolher a família e a criança”, conta a supervisora Institucional do Busca Ativa Escolar do município, Solange Santiago.

 

“Uma criança que não está na escola está vulnerável. Ela fica sem acesso aos serviços públicos e direitos”, reflete a formadora do Busca Ativa Escolar em Paulista, Roberta Castro. 

 

A partir da experiência com a metodologia, o município criou o programa Nenhum a Menos, cuja finalidade é melhorar a frequência de 70% dos estudantes com risco de evasão e rematricular 50% dos evadidos de 2019. O movimento também buscou fomentar a participação dos alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental por meio de grêmios estudantis.

 

Melhoria da Educação

Desenvolvido há mais de 20 anos pelo Itaú Social, o programa tem por objetivo contribuir com o fortalecimento dos municípios para garantir acesso, permanência e aprendizado com equidade para crianças e adolescentes. O site do programa também oferece o Autodiagnóstico da Rede de Ensino, instrumento disponível para que os gestores avaliem diferentes aspectos da gestão de uma secretaria de educação e consigam, a partir disso, identificar oportunidades de aprimoramento.


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