Segundo
especialista, desenvolvimento de pessoas conectado a objetivos de negócio e
formação de comunidades devem marcar o mercado tech ano que vem
De acordo com um levantamento realizado pela
LANDtech, em parceria com a Alura Para Empresas,
solução de educação corporativa do ecossistema Alura,
78% dos mais de 3 mil entrevistados possuem interesse em migrar para a área de TI.
Ou seja, há um forte interesse pelo setor, que pode ser fundamental para suprir
a alta demanda por profissionais do ramo atualmente. Com isso, a qualificação
desses trabalhadores também se torna um ponto fundamental para o mercado,
tornando os programas de desenvolvimento de pessoas outro foco de atenção para
o meio.
Para Adriano Almeida, COO da Alura e principal
responsável pela unidade de negócios da Alura Para Empresas, o aprendizado deve
ser visto como mais do que um benefício para colaboradores, e sim uma parte da
cultura e das metas das empresas. “É papel das companhias participar ativamente
desse processo educacional, acompanhando, oferecendo trilhas de estudo e de
aprendizagem, além de engajar e incentivar os membros do time”, destaca.
“Muitos grupos já perceberam que só assim será possível caminhar para a
verdadeira transformação digital”, complementa.
Diante desse cenário, o executivo listou as cinco
principais tendências de educação corporativa que devem abranger não só a área
tech, mas diversos outros segmentos em 2023. Confira:
1) Upskilling e Reskilling
Com o mercado de tecnologia superaquecido, as
empresas estão apostando na formação de profissionais com qualificação para os
desafios do negócio. Segundo Almeida, nesse movimento, tanto a aceleração do
aprendizado de pessoas iniciantes quanto a mobilidade interna ganham
espaço.
“Para quem já atua na área de TI, o objetivo é
incentivar o aprendizado de novas linguagens e a atualização contínua dos times
através do Upskilling”, diz. “Já no caso de pessoas que conhecem o negócio e
estão com a cultura da organização enraizada, a expectativa é de que as
companhias possam aproveitar esse trunfo para desenvolvê-las no segmento,
levando-as para os setores de produto e inovação. Isto reduz custos de turnover
e recrutamento”, completa.
2) Cohort Based Learning
A flexibilidade é um tema que veio com força nos
últimos anos, inclusive em relação ao aprendizado. Porém, uma das grandes
discussões acerca do tema no cenário corporativo é como ter mais liberdade
também pode impactar no compromisso das pessoas com a finalização daquilo a que
se propõem.
“A solução para empresas que querem oferecer o
aprendizado flexível tem sido investir em projetos com prazos
(deadlines), que unam indivíduos em um objetivo comum (cohort), gerem um
comprometimento público (accountability) e que incentivem e estabeleçam trocas
espontâneas de conhecimento entre as pessoas participantes”, explica o
executivo.
3) Comunidade corporativa
A formação de comunidades corporativas foi uma das
tendências de 2022 e continuará a crescer em 2023. Para Almeida, o motivo do
método de educação permanecer em alta se dá pela conexão gerada entre pessoas,
motivada pela troca de experiências e conhecimentos. “Quando o time compartilha
interesses em comum, não apenas as diferentes habilidades dos seus integrantes
passam a ser difundidas naturalmente, como cria-se uma aproximação orgânica do
time. Ou seja, mescla-se a evolução profissional com a pessoal, junção
fundamental para um modelo escalável de negócios”, pontua.
4) Educação em tecnologia
conectada aos objetivos dos negócios
As empresas estão percebendo que quando as suas
equipes compreendem os objetivos do negócio e de cada produto, é possível
observar mais claramente as skills necessárias para a melhoria de processos, a
formação de uma cultura de aprendizado alinhada com as ações da marca, a
consolidação de trilhas de conhecimento e, consequentemente, capacitações de
forma mais assertiva.
“As marcas querem profissionais preparados para
solucionarem problemas reais, tudo isso feito de forma orgânica e em
comunidade. Ou seja, é uma habilidade que não é desenvolvida isoladamente em um
time de colaboradores. Muito mais que isso, ela se posiciona como um movimento,
uma mudança cultural que torna a educação corporativa contínua e direcionada”,
ressalta o executivo da Alura.
5) Digital Skills
O desenvolvimento de conhecimentos sobre tecnologia
favorece não apenas aquelas carreiras já relacionadas a esse ramo, como também
impulsiona a eficiência e a geração de valor constante em todas as estruturas
de uma organização. “Desenvolver habilidades tech é igualmente indispensável
para indivíduos que não são da área de TI, por isso deve continuar entre as
prioridades de aprendizado nas companhias”, reforça Almeida.
Como exemplo, o executivo traz pessoas
colaboradoras que trabalham com Recursos Humanos (RH). “É um profissional que
precisa ter o mínimo de entendimento possível sobre dados para analisar
desempenho e performance da sua área de trabalho”, afirma. “Essa é só uma
pequena amostra de como o aprimoramento de Digital Skills se trata de um
caminho inevitável para o mercado”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário