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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Falta de óculos atrapalha aprendizado

Levantamento mostra que o aumento dos exames de vista entre crianças este ano está abaixo do necessário.

 

No mês da criança uma boa nova quando o assunto é saúde ocular. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas, dados do Ministério da Saúde mostram que as 22,5 milhões consultas oftalmológicas realizadas no primeiro semestre deste ano superam em 17% os 19,2 milhões atendimentos realizados no primeiro semestre de 2019, ano em que uma pesquisa junto ao Ministério da Saúde conduzida pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o médico faz parte, aponta o maior número de atendimentos registrados no período de  2012 e 2021.

A expectativa é de que em 2022 a prescrição anual de óculos para corrigir a miopia, hipermetropia e astigmatismo que predominam na população infantojuvenil mantenha-se maiorq ue a de 2019  até o final do ano. Ainda assim, falta muito para comemorarmos. Isso porque, a estimativa do CBO é de pelo menos 20% deles precisam usar óculos. São 59,6 milhões brasileiros com até 19 anos. Portanto, seriam necessárias 11,92 milhões prescrições para que todos pudessem enxergar com clareza. Para Queiroz Neto a falta de óculos é um dos fatores que explicam o retrocesso de 20 anos no Educação apontados pela UNICEF (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância) diante da exclusão escolar de 5,2 milhões de crianças durante a pandemia.

 

Óculos melhora aprendizado, indica pesquisa

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde) a dificuldade de enxergar é um dos mais relevantes fatores que dificultam o aprendizado. Segundo Queiroz Neto isso ficou comprovado em uma pesquisa com pais e professores de 36 mil alunos das escolas públicas após um ano de uso dos óculos que receberam no programa Mais Visão realizado pelo braço social do hospital, a Fundação Dr. João Penido Burnier. A pesquisa mostra que um simples par de óculos permitiu aos professores observar melhora no rendimento escolar de 50% dos estudantes, a concentração de 57% aumentou e 38,2% ficaram menos agitados.

Para os pais, 88% das crianças passaram a ter mais concentração e interesse pelo estudo, todos que sentiam dor de cabeça pararam de se queixar e 91% começaram realizar tarefas que antes não conseguiam.

Queiroz Neto que liderou outras inciativas de responsabilidade social, entre elas  ações com a ONG internacional OneSight, ressalta que nossa integração com o meio ambiente depende em 85% da visão e por isso a falta de óculos representa um dos maiores custos sociais para o País, especialmente quando atinge crianças.

 

Miopia cresce na pandemia

O isolamento social na pandemia de covid aumentou a predisposição à miopia entre crianças. devido o maior uso do celular e computador, somado à baixa exposição ao sol. Queiroz Neto explica que o sol, estimula a produção de dopamina, hormônio que controla o crescimento do olho. Por isso, a recomendação é praticar pelo menos duas horas/dia de atividade ao ar livre. A recomendação para evitar que as telas prejudiquem os olhos da criança é ensinar que descansem os olhos a cada 20 minutos olhando para um ponto distante, pisquem voluntariamente e não permaneçam mais de duas horas ininterruptas em frente às telas. Isso porque,  na criança os músculos do olho ficam acomodados a enxergar só o que está próximo, conforme ficou demostrado em um estudo realizado pelo médico.

 

Como identificar problemas de visão

As dicas as dicas de Queiroz Neto que sinalizam quando uma criança está com dificuldade de enxergar são:

1.    Assistir TV muito próximo – Indica miopia, bem como aproximar qualquer outro objeto do rosto.

2.    Dor de cabeça frequente – Quando acontece após horas de esforço visual é sinal de erro refrativo decorrente de esforço visual..

3.    Acompanhar a leitura com um dedo – Pode indicar ambliopia ou olho preguiçoso que faz a criança anular o olho de pior visão e embaralha as linhas.

4.    Apertar os olhos para ler – sinaliza falta de foco.

5.    Lacrimejamento excessivo – Pode estar relacionado à obstrução da canal lagrimal, ou uma disfunção dna lágrima

6.    Coçar os olhos frequentemente – pode sinalizar predisposição ao ceratocone, conjuntivite ou alergia.

7.    Tampar um olho com a mão - Sinaliza ambliopia ou estrabismo.

8.    Alta sensibilidade à luz – sinal de estrabismo ou astigmatismo.

9.    Dificuldade para ler – estrabismo ou astigmatismo.

10. Dificuldade para ler placas de sinalização – miopia.

 


O perigo da automedicação para disfunção erétil

Apenas 10% dos homens afetados procuram ajuda médica

 

O assunto é um verdadeiro tabu e pouco comentado entre os homens. A maioria diz que nunca teve esse problema, mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população masculina economicamente ativa do Brasil com mais de 18 anos sofre de disfunção erétil, o que representa cerca de 15 milhões de homens.

 

A verdade é que a disfunção erétil é um problema comum entre os homens e não tratar o tema com seriedade pode aumentar o estigma e prejudicar o tratamento, que dispõe de diversos recursos.

 

Apesar do grande contingente de pessoas afetadas, estima-se que apenas 10% procuram ajuda médica e, o que preocupa os médicos urologistas, é que os outros 90% deste total acabam recorrendo a remédios (como o Viagra e o Cialis) para resolver o problema, mesmo sem prescrição médica - o que traz diversos riscos à saúde.

 

“O principal risco é de estarem fazendo o tratamento inadequado, uma vez que o remédio não é a solução para todos os casos. Felizmente, a ocorrência de eventos graves é rara com estes medicamentos. A maioria das pessoas apresentaram efeitos adversos leves e passageiros. Aqui eu cito a dor de cabeça, o rubor e a mialgia (dores musculares). O sildenafila pode ocasionar alterações visuais. Pessoas com doença coronariana instável ou que usam medicamentos à base de nitrato podem apresentar infarto do miocárdio e morte súbita, portanto não devem usar o medicamento. O medicamento pode aumentar a chance de priapismo em sujeitos com propensão”, explica o médico urologista Heleno Diegues Paes.

 

A incidência de disfunção erétil é maior nas pessoas mais idosas, portanto, sua principal utilidade é na faixa etária acima dos 50 anos. Entretanto, o medicamento pode ser usado de forma auxiliar em outras situações, onde há um componente psicogênico ou neurogênico determinando o mau resultado, sempre associado a outras terapias.

 

Cerca de 50% dos atendimentos que Heleno Paes faz são relacionados a problemas sexuais e, na maior parte das vezes, os pacientes que se automedicam o procuram porque o remédio não está fazendo o efeito esperado. “Poucos casos não toleram o uso devido à cefaléia e palpitações. Outros têm receio de usá-lo com medo de ficar viciado no remédio. Alguns têm receio de usá-los por medo de problemas cardíacos, apesar de estarem saudáveis”, diz o médico.

 

Diante de um cenário tão desafiador, Heleno afirma que os urologistas, dentro de todo o comércio de soluções sexuais milagrosas e não milagrosas, estão espremidos em um canto pequeno e é acionado na menor parte das vezes quando um homem tem um problema sexual.

 

Na maioria das vezes, o indivíduo procurou alternativas por conta própria antes de consultar o médico. “Os exemplos são os mais diversos: fitoterápicos, cremes que prometem aumentar o pênis, fórmulas secretas que curam impotência, remédios importados clandestinamente de outros países, uso de testosterona adquirido em academias, além da própria automedicação do Viagra e Cialis. O urologista entra como o único profissional capaz de entregar conhecimento científico e com resultado comprovado para os problemas sexuais. O desafio é educar as pessoas a procurarem o profissional certo”. 

 

Heleno Paes - Santista de nascimento e criação, começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.


Outubro Rosa: benefícios da alimentação na prevenção do Câncer de Mama

Especialista em Nutrição do CEUB defende a alimentação saudável como forma de prevenir a doença

  

Divulgação
A campanha Outubro Rosa faz parte de um movimento global de combate ao Câncer de Mama. A iniciativa, que nasceu em Nova Iorque nos anos 90 e ganhou o mundo, fomenta campanhas coletivas para prevenir e estimular o diagnóstico precoce da doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil contabilizou mais de 66 mil casos novos da doença somente em 2021.

Para conscientizar a população e salvar vidas, especialistas explicam como um estilo de vida saudável pode prevenir a doença. Além de exames periódicos, como a mamografia a partir de 40 anos, e do autoexame das mamas, o fator alimentação saudável pode fazer toda a diferença. A especialista em Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ana Salomon alerta que o cuidado diário na prevenção do câncer está ligado diretamente aos hábitos alimentares.

Confira entrevista na íntegra:

Quais alimentos são os vilões da alimentação para as mulheres?
AS: Dentre os alimentos considerados inadequados, temos os fast foods, alimentos ultraprocessados, que contêm quantidades elevadas de gorduras saturadas e açúcar, além de gorduras trans – que não devem ser consumidas em quantidade alguma. O consumo elevado de carnes vermelhas (em mais de 500 g de carne preparada por semana), bem como das gorduras das carnes (gordura aparente, peles e couro), é outro fator que interfere na saúde feminina e na produção de hormônios, interferindo de forma negativa na amamentação e na própria fertilidade. Além dos alimentos, as bebidas com altos teores de açúcar (bebidas açucaradas) e bebidas alcoólicas também são prejudiciais e não devem ser consumidas.

Existem grupos de alimentos cancerígenos que devemos banir da alimentação?
Peixes em salga, carnes em conserva e embutidos devem ser evitados por aumentarem o risco para câncer. Além, é claro, dos alimentos ricos em açúcar e gordura. O mesmo deve ser considerado para as bebidas açucaradas e bebidas alcoólicas devem ser igualmente evitadas.

Quais alimentos ajudam o corpo a funcionar melhor e prevenir o surgimento de câncer?
AS: Os alimentos ricos em fibras, como as frutas, legumes e verduras e cereais integrais que, além das fibras, são compostos por vitaminas e minerais antioxidantes que protegem o corpo contra os efeitos danosos dos fatores ambientais a que estamos expostos.

Dentre os vegetais, destacamos o consumo dos vegetais não amiláceos: cenoura, beterraba, aipo, nabo, assim como vegetais verdes, folhosos (como espinafre e alface); vegetais crucíferos (brócolis, repolho e agrião); e do gênero allium, como cebola, alho e alho-poró. As batatas e outros tubérculos (inhame, cará, mandioca) devem ser consumidos com moderação, por conterem teores mais elevados de energia e carboidratos.

Quanto às frutas, vale reforçar a importância do consumo de frutas de cores diferentes (por exemplo, vermelha, verde, amarela, branca, roxa e laranja), para garantir um aporte adequado de vitaminas e minerais. Assim, a grande base da alimentação deve ser composta por grãos integrais, vegetais não amiláceos, frutas e leguminosas (como feijão, soja, grão de bico, lentilha ou ervilha fresca).

Quais substâncias benéficas encontradas nos alimentos que preservam a saúde da mulher, em especial?
AS: Vitaminas, minerais e fibras, que atuam mantendo o equilíbrio corporal, evitando o estresse oxidativo (que favorece o câncer) e promovendo um funcionamento intestinal normal. É importante mencionar que, segundo o INCA, não existe benefício em substituir as fontes alimentares desses nutrientes por suplementos vitamínicos e minerais que, além de não gerarem o mesmo efeito (por não conterem todas as substâncias que os alimentos possuem), podem aumentar o risco para certos tipos de câncer, quando consumidos em doses excessivas (principalmente sem a orientação e prescrição de um médico ou nutricionista).

Qual é a relação entre os alimentos orgânicos e os alimentos vendidos em mercados tradicionais. Dá para manter uma dieta equilibrada e de baixo custo?
AS: Os alimentos orgânicos têm a grande vantagem de não demandarem a utilização de agrotóxicos para seu cultivo e muitos agrotóxicos causam prejuízos nas células, aumentando o risco para câncer. É possível sim manter uma dieta equilibrada e de menor custo quando adquirimos esses alimentos de produtores locais que, por não precisarem da intermediação de outros comerciantes, conseguem manter os preços mais acessíveis.

Quais as gorduras podem e devem ser consumidas para a boa saúde feminina?
AS: As melhores gorduras são aquelas provenientes de fontes vegetais, com exceção de gordura de coco e palma. As gorduras de melhor qualidade se mantêm na forma líquida na temperatura ambiente, como os óleos vegetais e mesmo o óleo de peixe. Já as gorduras mais prejudiciais se mantêm mais pastosas em temperatura ambiente (como a gordura do coco). Exemplos de boas gorduras são o azeite de oliva, as gorduras presentes em frutas (como o abacate), oleaginosas (castanhas, amendoim, amêndoas, nozes, entre outras) e sementes (girassol, gergelim, entre outras).

Os laticínios são boas opções dentro dessa proposta de alimentação saudável?
AS: São, sim. Especialmente porque o leite e seus derivados são boas fontes de cálcio, entre outros minerais e vitaminas. Devem ser escolhidas as opções com menores teores de gorduras, que são os desnatados ou semi-desnatados.

Existe alguma suplementação ou reposição capaz de evitar o aparecimento dessas doenças?
AS: Não existem pesquisas que comprovem que suplementos são boas opções para a substituição do alimento em si, o que é reforçado pelo INCA. Na realidade, um suplemento utilizado sem a prescrição de um profissional habilitado pode inclusive prejudicar o funcionamento do corpo e aumentar o risco de câncer.
Assim, não é indicado o uso de suplementos para a prevenção de doenças. O que se indica é a realização de um acompanhamento regular com o médico e o nutricionista, que, na suspeita de alguma deficiência, solicitarão exames e, caso seja comprovada, farão a reposição específica de nutrientes em deficiência.

Qual é o recado que você gostaria de deixar às mulheres, em relação ao cuidado com a alimentação e a prevenção de doenças?
AS: Uma alimentação saudável, que inclui preparações à base de alimentos naturais e que contemple variedade e quantidade corretas de frutas, verduras e legumes (no mínimo 400 gramas ao dia ou 5 porções), além de cereais integrais, é fundamental para manter um estado nutricional adequado e para prevenir vários tipos de doenças. E não só isso: garantir o consumo de uma alimentação saudável é garantir um futuro saudável, com qualidade de vida!

Paralisia cerebral: atendimento multidisciplinar é fundamental para qualidade de vida dos pacientes


Pequeno Príncipe conscientiza sobre essa deficiência permanente e reforça a importância da atuação de diferentes profissionais para um tratamento adequado da doença

 

Foto: Marieli Prestes/Hospital Pequeno Príncipe


De acordo com a organização World Cerebral Palsy Day, mais de 17 milhões de pessoas vivem em todo o mundo com paralisia cerebral (PC), que é a causa mais comum de problemas físicos graves na infância. Só no Brasil, a entidade estima que surjam de 30 mil a 40 mil novos casos todos os anos.

A paralisia cerebral é descrita como uma condição permanente que afeta o desenvolvimento do movimento e da postura. A doença é resultado de malformações ou lesões cerebrais que ocorrem durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou infantil, até os 5 anos. No Dia Mundial da Paralisia Cerebral, lembrado em 6 de outubro, o Hospital Pequeno Príncipe conscientiza sobre essa deficiência permanente e reforça a importância da atuação de uma equipe multidisciplinar para um tratamento adequado da doença.

Cuidados com neurologistas, ortopedistas, fonoaudiólogos e psicopedagogos são essenciais para promover uma vida melhor a crianças com PC. “Sabemos que a paralisia cerebral é uma condição persistente, não progressiva. No entanto, as habilidades da criança só vão progredindo à medida que novos processos são instigados. Desta forma, os profissionais de saúde devem sempre guiar ações visando a atender às metas funcionais das crianças”, explica a neurologista pediátrica Elisabete Coelho Auersvald, do maior hospital exclusivamente pediátrico do país.

Entenda a paralisia cerebral


  • Classificações

O comprometimento dos sistemas neuromuscular, musculoesquelético e sensorial é característico da PC. Conforme a disfunção motora atribuída a cada paciente com esse diagnóstico e o local da lesão cerebral, é possível classificar a paralisia cerebral. A doença é dividida em três principais tipos: espástica, discinética/hipotônica e atáxica.

Na paralisia cerebral espástica, que representa de 70% a 80% dos casos, os músculos são rígidos e fracos, podendo afetar o movimento de braços e pernas. Problemas de visão, como estrabismo, e a marcha em tesoura, quando a criança se desloca com uma perna à frente da outra, também são possíveis nesse quadro. Com a paralisia discinética ou hipotônica, o movimento involuntário é algo característico. Já a atáxica afeta o equilíbrio e a coordenação, junto de um tremor nos movimentos.


  • Principais causas

A neurologista pediátrica Elisabete Coelho Auersvald, revela que as causas da PC podem ser pré-natais, como malformação do encéfalo e problemas genéticos; perinatais, a exemplo de fatores traumáticos e isquemia; ou pós-natais, como infecções e acidentes.

“Com todas essas causas, o importante é que também podemos identificar alguns sinais de alerta. O atraso para sentar, engatinhar ou falar, assimetria na movimentação de membros, falta de equilíbrio, dificuldade de deglutição, distúrbio no sono e estagnação no crescimento da cabeça ao longo do primeiro ano de vida são alguns fatores que merecem atenção e investigação”, conta a médica.


  • Tratamento

Por ser uma condição permanente e sem cura, o diagnóstico rápido e a intervenção precoce constituem o principal tratamento da criança com paralisia cerebral. Esses fatores são determinantes para garantir um melhor desenvolvimento psicomotor e uma consequente melhora da qualidade de vida já durante a primeira infância.


Cuidado da família é essencial no tratamento

Em um cenário global, mais de 350 milhões de pessoas convivem com alguém que tenha paralisia cerebral. A experiência em dividir uma rotina com uma pessoa nessa condição pode culminar em uma sobrecarga dos pais ou responsáveis. Por isso, a médica paliativista Andreia Christine Bonotto Farias Franco, do Hospital Pequeno Príncipe, reforça a importância do cuidado com as famílias dessas crianças, que devem receber informações seguras e relevantes, além de apoio, respeito e acolhimento.

“Ao obter o diagnóstico da paralisia cerebral, os pais geralmente vivenciam um período de choque. Isso pode gerar um forte impacto emocional, devido ao medo do desconhecido e por não se sentirem preparados para enfrentar a situação. Gradualmente, passam a aceitar, reestruturar a organização familiar e a se adaptar à nova condição da criança, que demanda tratamento contínuo e exige cuidados permanentes. O amor dos pais oferece às crianças a capacidade de desenvolver o seu potencial humano de manifestar sua própria forma de ser no mundo”, conclui a especialista.


Melhor idade: uma vida sem dor

A Polimialgia Reumática é diagnosticada comumente nos idosos, mas esse não pode ser um fator determinante que prejudicará a qualidade de vida  


Em primeiro de outubro comemoramos o Dia Internacional do Idoso, e assim como para qualquer idade, um dos fatores mais importantes é a qualidade de vida e a saúde. E precisamos falar das doenças reumatológicas. 

Nada incomum, o idoso começa a reclamar de dores nos membros superiores e inferiores, o cansaço extremo toma conta e o desânimo o abate, isso traz consequências para todos os aspectos da vida desta parte da população. 

Segundo Dr Felipe Mendonça, reumatologista da Imuno Brasil, as queixas de dores nas articulações, assim como em outros locais do corpo, são comuns na terceira idade, mas não podem deixar que as coisas caminhem sem um diagnóstico efetivo, afinal, as doenças reumatológicas quando detectadas precocemente podem ser tratadas de forma mais efetiva. 

As dores dos idosos não podem ser subdiagnosticadas e nem subvalorizadas, mas sim tratadas de forma cuidadosa e resolutiva. E uma das doenças mais comuns nesses casos é a Polimialgia Reumática. O tratamento é simples, desde que o diagnóstico seja feito antecipadamente dando início ao tratamento. 

O doutor explica que a doença afeta indivíduos acima de 50 anos, mas acomete mais frequentemente na faixa etária dos 70 anos. 

Apesar de ser uma doença caracterizada principalmente por dores as articulações, em até 10% dos casos pode evoluir de forma grave, para uma inflamação dos vasos chamada Arterite de Células Gigantes que por sua vez pode acarretar em perda de peso, dificuldade de alimentação e até cegueira total. Desta forma, o diagnóstico tempestivo é fundamental tanto para a melhora da qualidade vida quanto para evitar a evolução para as formas mais graves. 

A Polimialgia Reumática é caracterizada por uma doença inflamatória sistêmica que acomete os tecidos musculoesqueléticos, com mais incidência nas articulações dos ombros e quadris. Os sintomas são dor e rigidez nas áreas afetadas. 

Devido ao processo inflamatório, os sintomas são mais severos pela manhã e pode até causar febres intensas. Com diagnóstico clínico, a enfermidade deve ser tratada com corticóides o quanto antes, para evitar a evolução para Artrite de Células Gigantes, que, como mencionado anteriormente, pode causar cegueira em 20% dos casos. 

Os idosos merecem diagnósticos contundentes e rápidos, afinal, eles têm o direito de manter qualidade de vida para desfrutar a melhor idade. 

 

Dr Felipe Mendonça - reumatologista da Imuno Brasil, graduado em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (2012), com residência em Clínica Médica e Reumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), onde também atuou como médico preceptor em Reumatologia, assim como no Hospital dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo.


Dia Mundial da Paralisia Cerebral: médico explica a importância do trabalho multidisciplinar no tratamento da doença

Com a ajuda de diversos profissionais, pacientes podem ter mais qualidade de vida

 

Há 17 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com paralisia cerebral (PC). Outras 350 milhões de pessoas estão intimamente ligadas a uma criança ou adulto com PC. Isso é o que diz a Associação Brasileira de Paralisia Cerebral. Ela pode ocorrer durante a gestação, no nascimento ou no período neonatal, causando alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo. Porém, apesar de ser irreversível, crianças e adultos com PC podem ter uma vida produtiva, desde que recebam o tratamento adequado. 

O dia 6 de Outubro é lembrado como o Dia Mundial da Paralisia Cerebral, que serve justamente para chamar a atenção para essa conscientização, esclarecer os mitos que muitas vezes existem, para ajudar os pacientes e a família, já que eles dependem muito da ajuda de várias especialidades médicas, tais como fisioterapia, fono terapia ocupacional, psicologia, neurologia, ortopedia e fisiatria. Um dos tabus mais comuns é de que a deficiência pode ser adquirida depois da infância, porém segundo especialistas, existe sim uma idade limite. A paralisia cerebral, geralmente, surge nos primeiros meses de vida.

 

Importância do Tratamento 

As formas de tratamento são multiprofissionais e multidisciplinares, segundo Hélio van der Linden Junior, neurologista infantil do Instituto de Neurologia de Goiânia: "Geralmente, esse paciente costuma ter algumas complicações, que decorrem da paralisia cerebral, como atraso motor, deformidades esqueléticas, complicações ortopédicas, como escoliose. Então, o acompanhamento do neurologista, do fisiatra, do ortopedista, são fundamentais”, fala.

 “E por outro lado, é essencial o acompanhamento de uma equipe multiprofissional de reabilitação ou de habilitação, nesse caso, a fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, dentre outros. O tratamento é basicamente estimular o cérebro para que as áreas que não foram comprometidas, possam suprir totalmente ou parcialmente aquelas áreas cerebrais comprometidas. Isso se dá graças ao que a gente chama de plasticidade neuronal, que é muito mais intenso e eficaz, na infância do que no adulto”, explica.

 

Mais qualidade de vida 

O tratamento e o grau da paralisia que vão interferir na qualidade de vida do paciente. Segundo o médico, “depende muito do grau da doença, porque a paralisia pode ser classificada de um a cinco dependendo do nível de gravidade, sendo cinco o mais grave. Se o paciente tem uma lesão mais focal que afeta apenas um lado do corpo, as chances são maiores de uma maior capacidade de reabilitação, conseguindo atingir uma vida sem muitas restrições, Outros, por exemplo, que só têm a parte motora afetada, que não apresenta lesão cognitiva, ou seja, têm a inteligência normal, apesar do corpo comprometido, podem chegar sim a um nível bom de independência, fazer faculdade, trabalhar e constituir família. Então tudo vai depender do grau”, completa. 

“Mesmo pacientes com formas graves de paralisia cerebral podem ter uma qualidade de vida razoável, aliando uma boa equipe com um tratamento adequado, evitando maiores complicações da paralisia. Hoje em dia há uma gama enorme de tratamentos para a paralisia cerebral, que vai desde medicação a cirurgias. O importante é trazer realmente benefício na qualidade de vida do paciente e dos familiares”, finaliza Hélio.


Rapidez na indicação do tratamento é fundamental para bom prognóstico de paciente com câncer de mama

Médico mastologista referência no Brasil em cirurgia plástica e oncológica, Wandemberg Barbosa destaca a cirurgia como principal forma de tratamento da doença. Intervenções complementares como a quimioterapia também são necessárias 

 

Dando continuidade aos preparativos para o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, o médico mastologista referência no Brasil em cirurgia plástica e oncológica Wandemberg Barbosa ressalta a importância do tratamento adequado à doença para aumentar as chances de cura da paciente. Wandemberg explica que o principal procedimento terapêutico para a doença é a cirurgia, cuja indicação deve ser rápida e precisa a fim de se extirpar o câncer. “Uma má indicação cirúrgica ou atrasar o tratamento podem mudar acentuadamente o prognóstico dos pacientes”, afirma.

Segundo Wandemberg, após o diagnóstico do câncer e antes da cirurgia, porém, a União Internacional Contra o Câncer (UICC) estabeleceu a necessidade do estadiamento do paciente. ou seja, a classificação deste paciente em grupos de tratamento de acordo com o estágio da doença. “Basicamente os médicos se apoiam em três parâmetros para fazer o estadiamento cirúrgico do paciente, chamado estadiamento clínico. São eles: tamanho do tumor, presença de nódulos e presença de metástases. A partir dos resultados determinada cirurgia é indicada”, explica.

A quadrantectomia ou retirada do quadrante mamário (parcial) é a cirurgia reservada para os casos de mamas de médio ou grande porte, em que o tumor mede até dois centímetros e na biopsia de congelação, exame que dirime dúvidas diagnósticas, foi detectada margem de segurança, ou seja, que há tecido livre de tumor para se conservar a mama. “Trata-se de uma cirurgia muito boa para se aproximar da estética nos tumores de quadrante externo, e de difícil execução nos tumores do quadrante interno, em que envolvem o 'colo mamário'. Após se efetuar a quadrantectomia, na maioria dos casos, se faz, nessa mesma mama, Radioterapia complementar para se prevenir as Recidivas Locais, que são à volta do tumor próximo à cirurgia”, comenta Wandemberg.

Cada vez menos frequente devido a aumento de diagnósticos precoces, a mastectomia ainda se faz necessária em alguns casos para evitar a progressão da doença. Neste tipo de cirurgia, de acordo com Wandemberg, retira-se totalmente a mama, os nódulos e os músculo peitorais. “É a mais mutilante das cirurgias e gera um aspecto estético bastante desfavorável. Foi caindo em desuso a partir dos anos 1980 e hoje é pouco indicada”, relata o médico.

Recomendada para quando o tumor não está muito próximo da pele que reveste a mama, a mastectomia subcutânea é bastante realizada atualmente, podendo ou não, de acordo com o caso, estar associada a uma linfadenectomia axilar (retirada de linfonodos da axila). Conforme Wandemberg, a vantagem desse tipo de cirurgia é a de preservar todo o “bojo” da pele que envolve a mama, o que permite sua reconstrução imediata.

Outro tipo de cirurgia é a da mama oposta. Segundo o médico referência em cirurgia plástica e oncológica, este tipo de intervenção é recomendada para um pequeno número de casos, no qual há metástases na mama oposta (carcinomas lobulares também chamados de metástases em espelho) ou quando é necessária a redução da mama oposta para ficar em simetria com aquela que passou pela cirurgia em decorrência do câncer.

Depois da cirurgia, dependendo do caso, há a necessidade de que o paciente passe por tratamentos complementares. Os dois principais são: quimioterapia e radioterapia. Wandemberg explica que a quimioterapia é geralmente indicada para quem apresenta gânglios contaminados por células tumorais, quando o grau nuclear do tumor é agressivo ou os dois. “Pode ser usada também em caráter pré-operatório, para reduzir tumor localmente avançado”, diz o médico.  Entre seus piores efeitos colaterais estão o vômito e a queda de cabelo.

Por ser iminentemente um tratamento localizado do tumor, a radioterapia é, segundo Wandemberg, um método comprovadamente eficaz como complemento da cirurgia. “Quando utilizada após a retirada parcial da mama diminui de maneira significativa o índice de volta do tumor na mama residual, que passa de 30% para menos de 1%”, afirma. De acordo com Wandemberg, este procedimento tem como seu maior inconveniente o fato de alterar o tecido irradiado, produzindo modificações que tornam mais complicada a reconstrução da região.

No caso de o tumor sair do lugar de origem e migrar para ossos, fígado, pulmões e cérebro, a equipe médica tem ao seus dispor para tratamento a quimioterapia, radioterapia e a cirurgia, mas a estratégia será variada para cada situação. Conforme Wandemberg, o prognóstico de recuperação do paciente nestas situações dependerá da agressividade do tumor e sua resposta ao tratamento instituído. “Hoje se consegue, mesmo nos casos avançados, um índice de resposta em torno de 35%, graças, principalmente, a ação de novos quimioterápicos”, ressalta. 

 

Dr. Wandemberg - cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Pela sua experiência e conhecimento, Dr. Wandemberg é reconhecido nacionalmente e internacionalmente, tendo levado inúmeros trabalhos em congressos. Além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Brasil, é “fellow” da The International College of Surgeons, “member ship”, na The European Society of Clinical Oncology, "associate member", na The American Society of Plastic Surgeons e médico visitante no Massachuset’s General Hospital Boston, nos Estados Unidos, e The Royal Marsden Hospital, no Reino Unido. Dr. Wandemberg é excelência em cirurgias no estado de São Paulo, sendo médico cadastrado nos principais hospitais da capita paulista, tais como: Albert Einstein, São José, H-Cor, Nove de Julho e São Luís.


Autoconhecimento dos empreendedores: qual a importância para os novos negócios?

Precisamos falar sobre autoconhecimento e visão empreendedora, as quais possuem o racional simples: se está colocando toda a sua energia, sangue, suor e lágrima em algo que está profundamente alinhado e conectado a você, ou seja, o seu propósito, todo o resto fica mais fácil.

Mas para que isso aconteça, primeiramente, é necessário identificar o que de fato te move, qual é a chama que está dentro de você. É preciso fazer uma imersão para se autoconhecer. E para exemplificar um pouco mais sobre isso, compartilho um pouco da minha própria história.

Por muito tempo, eu não fazia ideia nem do que era propósito. Eu tinha ali um ideal, objetivos, que obviamente eram muito pautados no que via dentro de casa. Me formar em engenharia, crescer em cargos gerenciais dentro de uma multinacional e dar uma boa vida para minha família, foi meu drive durante algum tempo, pois desde quando eu era mais novo, já pensava no futuro.

Eu até tinha vontade de ser dono do meu próprio negócio, até por uma questão de que eu curto muito independência, mas esse plano sempre ficou de lado, por conta das crenças, as quais era exposto e, também, pela falta de referências, de uma rede de apoio.

Até que, em 2014, quando eu tinha 23 anos, fui aprovado em um mestrado profissional nos Estados Unidos com bolsa integral. Na época eu vi aquilo como uma oportunidade de ir para fora, me capacitar em uma das melhores universidades relacionada ao que fazia, voltar e acelerar meu tempo na esteira corporativa. Mal sabia que aquela experiência, na verdade, ia mudar completamente o rumo da minha vida.

Quando cheguei nos EUA, me abri para experiências das quais eu nunca tinha participado, enquanto estava no Brasil. Eu estava muito determinado a me conectar mais comigo mesmo. Então, meditação, yoga, além da minha rotina de treinos, foram coisas que começaram a fazer parte do meu dia a dia. 

Na época, eu achava que o que eu fazia e minha formação em si me impediam, me limitavam a fazer algo bom ou deixar um legado para o mundo. Olhando agora, eu vejo o tamanho da bobagem que dominava a minha cabeça, mas eu imagino que possa ser algo que também passe na cabeça de muitas pessoas. Além de ser comum que a gente acabe, como ser humano, diminuindo o próprio impacto que podemos ter na mudança do mundo, na vida das pessoas.

Com a minha virada de chave é que de fato eu encontrei o meu propósito. Cheguei a ter uma visão clara do que me movia. Eu percebi que meu propósito era impactar positivamente o mundo, tornando-o mais sustentável possível. E foi esse pensamento que me guiou ao longo dos últimos anos. Até que, em 2021, decidi sair do negócio que eu mesmo tinha criado, e então veio uma guerra interna muito forte com relação ao meu propósito. 

Depois de muita reflexão, meditação e terapia é que eu tive a clareza de que o Fernando é um empreendedor com o propósito de criar negócios que impactem o mundo positivamente. Esse é o meu legado. Sustentabilidade sempre fará parte de quem eu sou, sempre será um pilar core de todos os meus negócios, mas não necessariamente a única coisa, o único tema. Essa clareza foi um alívio e é nisso que estou depositando todo meu foco e energia agora.

Bom, mas por que eu contei toda essa história? Para provar que não é preciso ser um super guru ou monge para descobrir seu propósito, a sua essência. Basta estar disposto a fazer essa viagem interna. Empreender é uma viagem tortuosa, cheia de altos e baixos, igual uma montanha russa. E para passar por isso, é preciso ter muita resiliência, estar muito conectado ao negócio, fazendo com que todo fardo, dores e desafios fiquem mais fáceis de passar. E é aí que vem o autoconhecimento e o propósito.

Para te ajudar nessa reflexão, compartilho um framework de descoberta de propósito, uma metodologia de três passos criado por Simon Sinek, são eles: 

  • Reunir e compartilhar histórias: para Simon o propósito é a descrição de quem nós somos, e por isso recorremos à memória, procurando por momentos e experiências que geraram conexão emocional, ou seja, que realmente impactaram nossa vida.
  • Identificar temas: enquanto estiver vasculhando o passado, sua história, é possível perceber e agrupar as memórias de acordo com temas, sendo elas as bases dos porquês. 
  • Desenhar e refinar a afirmação do porquê: essa declaração deve ser clara, simples, orientada ao impacto, acionável e criada com palavras que mexem com os sentimentos.

Por fim, o framework criado por Sinek, em tradução livre, fica assim: “Quero ____ para que ____”, sendo o primeiro espaço a sua contribuição e o segundo é o impacto gerado por ela. Para ficar mais fácil, trago um exemplo criado pelo Simon, “Quero inspirar pessoas a fazer o que as inspiram, para que elas possam transformar o mundo”. 

Contudo, de toda forma, lembre-se que encontrar o propósito é um processo, então tenha compaixão consigo mesmo também. Seja lá com o que for empreender, com certeza, investirá anos da sua vida, dedicação e comprometimento. Então vale muito a pena, parar agora, dar uma respirada, refletir, se conectar com você mesmo e começar algo que esteja conectado e alinhado com o que acredita. 

 

Fernando Senna - cofundador da Start Empreendedor, edtech criada por empreendedores para empreendedores, com o propósito de apoiar em todas as etapas da jornada de uma startup, da fase inicial a aqueles que já estão prontos para escalar o seu negócio. Faturou mais de R$ 100 milhões em menos de sete anos como empreendedor.


Tudo que você precisa saber sobre métodos contraceptivos

Extrafarma lista os principais métodos, funções e riscos de concepção de cada um

 

Recentemente, pesquisadores do Instituto Indiano de Tecnologia divulgaram que a primeira injeção anticoncepcional masculina pode chegar ao mercado em até 12 meses. Diante desse cenário e de tantas informações divergentes sobre métodos contraceptivos, a Extrafarma selecionou alguns esclarecimentos que todos precisam saber sobre o tema.

“Existem diversos métodos contraceptivos disponíveis no mercado. Eles podem ser de barreira, como os preservativos masculinos e femininos, esponjas e espermicida. Podem ser hormonais, como a pílula anticoncepcional, injeção e adesivo. Também podem ser intrauterinos, como o DIU de cobre e hormonal. Além disso, em um futuro próximo, os homens também poderão usar o seu método”, diz Camila Oliveira, coordenadora farmacêutica, que também ressalta a necessidade de consultar um ginecologista para que o método escolhido se adeque não apenas ao organismo, mas também a sua rotina.

Diferenças entre os métodos contraceptivos

  • Camisinha masculina

Impede o contato entre o pênis e a vagina, evitando transmissão de ISTs, além de barrar os espermatozoides de fecundarem o óvulo. Chance de gravidez: 3 a 7%.

  • Camisinha feminina

Funciona como a masculina, mas pode ser colocada com até oito horas de antecedência. Chance de gravidez: 3 a 7%.

  • Diafragma

Forma uma barreira no colo do útero, impedindo a fecundação. Deve ser retirado até seis horas depois da relação. Chance de gravidez: 5 a 8%.

  • Esponjas

Produzidas com espermicidas, devem ser colocadas antes de 12 a 24 horas antes da relação sexual. Chance de gravidez:  5%.

  • Espermicida

Gel ou creme deve ser colocado com um aplicador até 30 minutos antes da relação. Chance de gravidez: 8%.

  • Contraceptivos injetáveis

Prescritos por um médico por via intramuscular. Age liberando hormônios gradualmente, impedindo a ovulação. Chance de gravidez: 0,3%.

  • DIU de cobre

Um pequeno tubo, deve ser inserido pelo ginecologista no útero. Libera íons de cobre que formam uma barreira evitando a fecundação. Dura dez anos. Chance de gravidez:  1%.

  • DIU com hormônio

Também inserido por um médico especialista. Diminui a movimentação dos espermatozoides no útero e trompas uterinas, dificultando a fecundação. Deixa o endométrio mais fino, impedindo a fixação do óvulo caso seja fecundado. Chance de gravidez: 0,5%.

  • Implantes

Pequeno bastão introduzido sob a pele do braço da mulher. Libera gradualmente progesterona, hormônio que impede a ovulação. Chance de gravidez: 0,3%.

  • Adesivos cutâneos

Composto de estrogênio e progestagênio, colado na pele, pode ser colocado nas costas, braço ou nádegas. As substâncias impedem a ovulação. Chance de gravidez: 0,3%.

  • Pílula de 1 hormônio

Compostas de progestagêneo bloqueiam a ovulação e provocam um fechamento intenso do colo do útero. Deve ser tomada todos os dias. Chance de gravidez: 0,3%.

  • Pílula com hormônio combinado

Compostas de estrogênio e progestagênio, altera o muco cervical e dificulta a entrada do espermatozoide. Deve ser tomada todos os dias. Chance de gravidez: 0,3%.

  • Anel vaginal

Composto de estrogênio e progestagênio, o anel é inserido na vagina. Os hormônios caem na corrente sanguínea, impedindo a ovulação. Chance de gravidez: 0,3%.

  • Coito interrompido

Antes da ejaculação o home tira o pênis da vagina. Chance de gravidez: 25%.

Importante: não deixe de consultar um(a) ginecologista para saber qual o método mais adequado para seu organismo. 

Alguns contraceptivos estão disponíveis como preservativos masculinos e femininos e pílulas anticoncepcionais estão disponíveis nas lojas físicas e no site www.extrafarma.com.br.


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