Pesquisar no Blog

sábado, 17 de setembro de 2022

Dia Mundial do Alzheimer: alimentos naturais são os maiores aliados da saúde

Renata Guirau, nutricionista do Oba Hortifruti, explica que o consumo abundante de vegetais, peixes, oleaginosas, laticínios e grãos integrais funciona como estratégia nutricional para prevenção e auxílio no tratamento da doença

 

Estima-se que, atualmente no Brasil, existam 1,2 milhão de pessoas com a Doença de Alzheimer (DA). As vítimas costumam ter acima de 65 anos de idade e, em sua maioria, são mulheres. A doença, cuja principal característica é a perda progressiva de memória (decorrente da degeneração de células cerebrais), merece muita atenção. E é por isso que o dia 21 de setembro é a data escolhida para reforçar a necessidade de conscientização da sociedade. Além disso, há estudos que sugerem a estratégia nutricional como uma grande aliada tanto na prevenção quanto no tratamento a longo prazo. 

O tratamento da DA é baseado principalmente em critérios clínicos, além de atividades que trabalhem a função intelectual e, usualmente, a memória. No entanto, de acordo com a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, existem diversas pesquisas que sugerem a dieta nutricional cetogênica como aliada na prevenção e tratamento do Alzheimer. Esta estratégia se dá, basicamente, por um maior consumo de gorduras boas e proteínas, em detrimento a uma menor proporção de carboidratos, principalmente os refinados, como açúcares e farinhas. 

Um estudo recente elaborado pela Pubmed revelou que a dieta do mediterrâneo, um regime que consiste no consumo abundante de vegetais, peixes, oleaginosas, laticínios e grãos integrais, também funciona como uma medida interessante para a prevenção e auxílio ao tratamento da doença. Segundo Renata, essa mudança na alimentação proporciona benefícios para o corpo todo. “O que é consenso na literatura científica é que um padrão alimentar com o mínimo possível de alimentos processados e rico em alimentos naturais favorece a saúde do cérebro e ajuda na prevenção da demência. O principal mecanismo envolvido nesta proteção é a ação antioxidante desse tipo de estratégia nutricional”, afirma a especialista. 

Vale dar destaque também às castanhas. Alimento saboroso e rico em nutrientes que colaboram para a saúde do nosso cérebro, estas oleaginosas contém proteínas que protegem as membranas das células, além de conterem selênio e zinco, que atuam pela forte ação antioxidante; e como bônus, possuem fibras que ajudam na saúde intestinal.

Portanto, é importante enfatizar que o intestino funciona como o segundo cérebro do nosso corpo. Como mostra um estudo publicado no ano de 2021, pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (NLM), as bactérias que habitam nosso intestino têm interação com todos os nossos órgãos, o que inclui todo o sistema nervoso central. O metabolismo dessas bactérias pode gerar fatores pró-inflamatórios e alteração na produção de neurotransmissores. Com isso, fica claro que a saúde do intestino afeta todo o nosso sistema nervoso e há evidências sólidas de que ele colabora no combate de uma série de enfermidades.

Curiosidades sobre Alzheimer:
 

  • 38 milhões de pessoas diagnosticadas com Alzheimer no mundo;
  • Mais de 1 milhão de casos de demência diagnosticados no Brasil;
  • Até 2050, serão 131 milhões de pessoas diagnosticadas no mundo;
  • No Brasil, de 4 a 5 milhões serão diagnosticadas com Alzheimer até 2050;
  • A cada três pacientes, duas são mulheres;
  • Alzheimer causa mais mortes do que os cânceres de mama e próstata juntos.


Principais FLV (frutas, legumes e verduras) que atuam no combate à DA:
 

  • Todos os vegetais são fontes de antioxidantes e fitoquímicos, ajudam a reduzir inflamação e processos oxidativos no nosso organismo;
  • Banana, cacau e frutas vermelhas são excelentes combatentes ao envelhecimento precoce do nosso cérebro;
  • Vegetais escuros e uvas são excelentes opções, que além de gostosas, possuem alta concentração de nutrientes e compostos bioativos.
     


Pensando nisso, a nutricionista separou algumas receitas que têm como base os alimentos que combatem o Alzheimer:

Panqueca de banana com cacau

 


Ingredientes: 

1 banana nanica amassada

1 ovo

1 col de sopa rasa de farinha de aveia

1 col de café de cacau em pó

 

 Modo de fazer:

Misture tudo até formar uma massa homogênea. Cozinhe em uma frigideira antiaderente previamente aquecida.

 

 

Bolo integral com castanhas

 


 Ingredientes: 

1 xícara de farinha de trigo integral

1 xícara de farinha de aveia

2 bananas maduras

2 maçãs picadas

1 xícara de chá de castanhas picadas

1 xícara de chá de uvas passas hidratadas

50mL de leite

3 ovos

1 colher de sopa de fermento em pó

  

Modo de fazer:

Bata tudo no liquidificador, exceto as castanhas e as maçãs picadas.

Acomode a massa em uma assadeira de furo, untada.

Cubra a massa distribuindo os cubos de maçã e as castanhas picadas por toda a sua superfície. Leve para assar em forno pré-aquecido a 180º por cerca de 30 minutos.

 

 

Molho pesto com castanha

 



Ingredientes:
 

1 xícara de chá de folhas de manjericão

1 xícara de chá de azeite

1 colher de chá de sal

2 dentes de alho

½ xícara de chá de castanhas do pará

½ xícara de chá de queijo parmesão ralado

 

Modo de fazer:

Bata tudo no liquidificador ou mixer.

Guarde em um recipiente de vidro e use acompanhando torradas, pães, saladas ou massas.




Gratidão: a prática que muda vidas

 Psicóloga Deborah Dubner reúne recortes de gratidão em livro de dois formatos, bolso e caixinha 

 

Há mais de uma década a psicóloga Deborah Dubner pratica a #umagradecimentopordia nas redes sociais e inspira desde amigos mais próximos até pessoas que começaram a segui-la por meio da hashtag. Neste movimento de gratidão, com o desejo de que cada um encontre o seu jeito de agradecer, Deborah juntou reflexões, poesias, emoções e pensamentos na obra A Prática da Gratidão.

Disponível em dois formatos, de bolso e caixinha, a produção é indicada para quem busca autoconhecimento e bem-estar. Os insights permitem que o leitor saia do lugar de “reclamador” e se torne “agradecedor”, além de serem um auxílio para inspirar uma vida mais plena. Com textos que se diferenciam por não serem técnicos, mas sim, poéticos, as obras estimulam e encorajam a prática da Gratidão. Deborah, aos poucos, planta e semeia o sentimento de gratidão no coração de quem lê.

Para mostrar que a gratidão é importante na vida de todos, a autora reforça, logo nas primeiras páginas, que existem centenas de formas de agradecer e é com base nestes diferentes prismas que a gratidão será incorporada no corpo e na alma. Cada trecho pode ser lido de forma circular, ou seja, não há preocupação com a linearidade do que é contado.

Além do livro A Prática da Gratidão, a psicóloga criou uma caixinha que complementa a obra. O baralho contém 60 cartas para cultivar a prática da gratidão: 52 cartas possuem frases inspiradoras e oito são para passar adiante. São mensagens como: agradeço o seu sorriso, agradeço o seu gesto, agradeço o seu olhar, agradeço as suas palavras, agradeço o seu trabalho. Além de criar o hábito, as cartas criam conexões, deste modo, a gratidão vira uma prática constante e muda vidas.

Ao abranger temas sobre conexão com a fé, dinheiro, relações familiares e autoconhecimento, A Prática da Gratidão tece histórias que aconchegam o leitor, como um convite para abraçar cada palavra escrita.  Deborah propõe o despertar e a ampliação na forma como enxergamos a vida, tudo sob um olhar motivado pela prática do agradecimento.

Durante os meus quase oito anos de prática, houve alguns períodos onde foi muito difícil agradecer. Mas eu não desisti. Não é fazer de conta que está tudo bem, isso seria hipócrita. Mas a gente aprende a olhar o bom dentro do ruim. Acolhe a dor e o sofrimento com aceitação e sabedoria, aproveitando cada momento para evoluir.
(A Prática da Gratidão, p. 69)


Ficha técnica:

Título:
 A prática da Gratidão
Autor: Deborah Dubner
Editora: Taygeta
ISBN: 978-85-88614-06-2
Páginas: 200
Formato: 15×15 cm
Preço: R$ 50,00 (físico) | R$ 24,00 (eBook)
Link de venda: Amazon (eBook) | Loja da autora (livro físico)

Sobre a autora: Psicóloga e escritora da alma humana com cinco livros publicados. Em 2014, palestrou no TEDx Jardins em São Paulo contando sua história do #umagradecimentopordia para centenas de pessoas. Em 2015, recebeu o Prêmio Shift Agentes Transformadores pela prática da gratidão. Mantém a página @umagradecimentopordia no Facebook e um blog Um Agradecimento por Dia que tem milhares de seguidores de várias partes do mundo, o que multiplica e expande a prática da Gratidão.

www.deborahdubner.com.br

Facebook | Instagram | LinkedIn

 

5 Mitos e verdades sobre o Krav Magá

Divulgação

Conheça mais sobre a técnica de defesa pessoal israelense

 

O Krav Magá é uma técnica de defesa pessoal israelense criada em 1940 por Imi Lichtenfeld. Por muitos anos foi uma arte secreta das Unidades de Elite do Exército Israrelense, depois disso começou a ser ensinada para a população civil e hoje é conhecido mundialmente. Com esse grande alcance, muitas informações se espalharam sobre a técnica, mas o que realmente é verdade e o que é mito?   Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá, esclarece essas dúvidas.  

  • Só quem já tem conhecimento de artes marciais pode praticar o Krav Magá?  Mito - O Krav Magá é uma técnica de defesa pessoal que pode ser praticada por qualquer pessoa independente da sua força física, peso, altura, idade ou gênero. É uma técnica que utiliza a transferência de peso do próprio corpo na direção do oponente e a velocidade do golpe na hora de atingir o agressor então ela não exige força;
  • Treinar Krav Magá melhora o condicionamento físico? Verdade - O treino de Krav Magá movimenta o corpo todo e é considerado um exercício completo. Em uma aula é possível queimar de 600 a 800 calorias, então é uma atividade que pode trazer muitos benefícios para a saúde; 
  • O Krav Magá deixa as pessoas violentas? Mito -  Muito pelo contrário, nas aulas de Krav Magá são ensinados os conceitos de uma filosofia de vida baseada em honestidade, humildade, solidariedade, respeito e educação. Os alunos são incentivados a utilizar a técnica APENAS para autoproteção e transbordam para o senso de cuidado com o próximo;
  • Praticar Krav Magá tem impacto na saúde mental? Verdade - Praticar atividade física de forma geral traz inúmeros benefícios ao organismo, seja para saúde física ou mental. Nas aulas de Krav Magá, são trabalhados exercícios que desenvolvem o controle emocional, para ter clareza na hora de lidar com as situações adversas do dia a dia. Com a prática constante o aluno consegue aplicar esse conceito em sua rotina como ferramenta de escape em momentos de crise;
  • Aprendendo o Krav Magá vou conseguir voltar para casa com segurança? Verdade - Com as aulas da Federação Internacional de Krav Magá os alunos aprendem a se defender, superar o medo da violência E do bullying, além de recuperar sua autoestima e autoconfiança e andar mais seguro na rua.

 

Saiba mais sobre a técnica no Seminário Internacional de Krav Magá, que acontece nos dias 3 e 4 de setembro, em São Paulo, com treinamento, aulas e a presença inédita de Eyal Yanilov, um dos principais nomes da arte de defesa pessoal israelense, juntamente com Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá

 

 

Federação Internacional de Krav Magá 
https://www.kravmaga.org.br
 youtube.com/c/FederaçãoInternacionaldeKravMagá
Central de Atendimento: (11) 97041-9797

 

Setembro Amarelo: técnicas de respiração ajudam a aliviar o stress

 Foto: reprodução

Professor de yoga dá dicas de práticas respiratórias que melhoram a qualidade de vida


A importância da campanha “Setembro Amarelo” se justifica pelo fato do Brasil ser o país mais ansioso do mundo, de acordo com a OMS. O estado de angústia constante, no qual muitos brasileiros se encontram, afeta funções físicas do corpo, como a respiração. Segundo Victor Mazzoli, professor de yoga cadastrado no GetNinjas, maior aplicativo para a contratação de serviços do país, a respiração fica desregulada, pois assim como as atividades da mente influenciam no ato de respirar, este influencia o estado mental. 

Para ajudar a manter a mente saudável, é possível praticar exercícios de respiração que ajudam a controlar a ansiedade. “Existe uma relação entre os ritmos respiratórios e os estados mentais. Tais mudanças no ritmo da respiração correspondem não só a mudanças no ritmo do coração, mas a mudanças no potencial elétrico na superfície do cérebro também”, comenta Victor. No universo dos exercícios respiratórios há técnicas conhecidas como Kryias (de purificação) e técnicas de Pranayama (de controle de respiração). Ambas as técnicas podem ativar o sistema parassimpático e levar a um estado mais sedativo, promovendo um relaxamento. 

Além da sensação de relaxamento, a prática de técnicas de Pranayama também podem complementar o tratamento de doenças respiratórias e melhora a capacidade pulmonar de ex-fumantes. Porém, no caso de condições pré-existentes como diabetes, hipertensão e problemas posturais, podem existir algumas limitações. Além disso, outro ponto de atenção é o de se exercitar sem a orientação de um professor. Ao ser realizado de forma incorreta, a prática pode causar danos para o corpo e para a mente. “Problemas podem surgir quando alteramos a respiração e não damos atenção a uma reação corporal negativa”, alerta o professor.

 

No Yoga

Como o Pranayama é um dos membros do Yoga, é possível praticar os dois juntos ou até mesmo antes ou depois do exercício das posturas. Para praticar, é necessário manter a coluna ereta e encontrar uma posição confortável em que o corpo não perturbe a respiração. A postura do lótus com uma base triangular é a ideal, mas os iniciantes podem começar sentando-se em um banco afastado do espaldar, para poder manter o alinhamento da coluna.


6 mitos sobre o comportamento suicida

A depressão, uma das doenças mais incapacitantes do mundo, é a principal causa de suicídio, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias

 

Segundo dados do DataSUS, nos últimos 20 anos, os suicídios no Brasil subiram de 7 mil para 14 mil, mais de um a cada hora, sem contar os casos que não foram notificados. O Brasil está na contramão do mundo nesse quesito, uma vez que a média mundial de suicídio teve uma queda de 36% entre 2000 e 2019, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que o número de suicídios no Brasil em 2020 foi de 12.895, com variação de apenas 0,4% em relação a 2019, quando foram registrados 12.745 casos. A tendência no país é de alta: em 2012, foram 6.905 casos. 

O comportamento suicida envolve uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais, segundo Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, preceptora na residência da Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). 

“Estima-se que de 15 a 25% das pessoas que tentam suicídio cometem nova tentativa no ano seguinte, e 10% conseguem consumar o ato em algum momento no período de 10 anos, compreendido entre a tentativa anterior e o suicídio consumado. Ao longo da vida, de cada 100 pessoas, 17 chegam a pensar em suicídio”, relata Danielle Admoni. 

Entretanto, a psiquiatra explica que o ato suicida nem sempre envolve planejamento, ou seja, em muitos casos, a pessoa pode cometer suicídio por impulso, sem ter demonstrado previamente a intenção. “O grupo de maior risco é o das pessoas que já tentaram o suicídio. Apenas uma em cada três delas chega ao pronto-socorro, recebe o primeiro atendimento, mas nem sempre é encaminhada para serviços de saúde mental, onde pode receber cuidados adequados. Sem isso, a maioria pode voltar a tentar o suicídio”.

 

Depressão: principal causa de suicídio

Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou um aumento de 90,5% nos casos de depressão entre os brasileiros, desde o início da pandemia. A doença, tida como uma das mais incapacitantes do mundo pela OMS, é a principal causa de suicídio, seguida pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias. 

“A depressão pode ser resultado de alterações nos neurotransmissores do cérebro (como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar) ou de fatores como genética, problemas pessoais graves, traumas, abuso de substâncias lícitas e ilícitas, entre outros, gerando um quadro debilitante e difícil de lidar sem ajuda”, explica Danielle Admoni. 

Segundo ela, erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para a formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida. 

“Em pleno século XXI, numa era em que temos acesso facilitado a todo tipo de informação, o preconceito com as doenças mentais e com as terapias ainda persiste. O estigma resulta de um processo em que as pessoas passam a se sentir envergonhadas, excluídas e discriminadas. Isso acaba intimidando e impedindo pessoas portadoras de transtornos mentais a buscarem tratamentos adequados”.

 

Mitos sobre o comportamento suicida

Para auxiliar o entendimento e desmitificar o tabu em torno do assunto, a especialista listou os principais mitos acerca do comportamento suicida:

 

Quando uma pessoa pensa em se suicidar, terá risco de suicídio para o resto da vida

Falso. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.

 

As pessoas que ameaçam se matar só querem apenas chamar a atenção

Falso. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. De alguma forma, boa parte dos suicidas expressou seu desejo de se matar, seja para médicos, familiares ou amigos.

 

Se uma pessoa que pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, significa que o problema já passou

Falso. Se alguém cogitou o suicídio, mas depois aparenta estar tranquilo, não significa que tenha desistido da ideia. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode se sentir aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar, passando aos outros a impressão de que já está tudo bem.

 

Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo

Falso. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, após uma tentativa felizmente fracassada. A semana que se segue à alta do hospital é um período em que a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida, muitas vezes, continua em alto risco.

 

Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco

Falso. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário. Falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.

 

O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio

Falso. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade, interferindo em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio.

 

Sinais que merecem atenção

De acordo com Danielle Admoni, alguns sintomas e comportamentos podem sinalizar que uma pessoa precisa de ajuda. “Tristeza profunda e contínua, apatia, desânimo, perda do interesse pelas atividades que gostava de fazer, pensamentos negativos, alterações do sono, falta de libido e falta de apetite são sinais de alerta. O indivíduo pode ter dificuldade de perceber ou até de reconhecer que há algo de errado”.  

 

“Vale lembrar que as Unidades de Urgência e Emergência (geral e/ou psiquiátrica) e o CVV (Centro de Valorização da Vida) são de fundamental importância para os indivíduos que estão em situação de crise. Portanto, ao menor sinal de alterações no comportamento compatíveis às características citadas acima, é imprescindível buscar ajuda médica o mais rápido possível”, alerta Danielle Admoni.


Como o cadastro de doação de medula óssea ajuda a salvar vidas

Freepik

Em 17 de setembro, celebra-se o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. Médicos trazem o tema à tona e explicam a importância de doar para ajudar quem sofre de doenças como leucemia e linfomas

 

Com mais de cinco milhões de pessoas cadastradas, o Brasil tem o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo. O país tupiniquim fica atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. O dado é para ser celebrado, contudo, dois problemas ainda precisam ser enfrentados para que os números sejam transformados em doações concretas: poucas pessoas atendem ao chamado para doar e muitas não atualizam sequer os dados cadastrais. De acordo com o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), uma em cada três pessoas apresenta dados incorretos no formulário de doador. 

A fim de promover a conscientização sobre a importância da doação de medula óssea e para mudar essa realidade, foi criado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, também conhecido como World Marrow Donor Day (WMDD). Ele é celebrado no terceiro sábado de setembro, ou seja, neste ano, será comemorado no dia 17. "Esse dia tem como objetivo reafirmar a importância da doação de medula óssea, agradecer a todos os doadores e destacar a cooperação global pelo transplante de medula óssea", detalha Regiane Sales, hematologista do Hospital Anchieta.

 

Atitude nobre 

Assim como doar sangue, ser um doador de medula óssea representa um gesto de carinho, cuidado e preocupação com o próximo. "A medula óssea doada servirá para o transplante de medula óssea, também chamado de transplante de células tronco hematopoiéticas, que é um tratamento que objetiva substituir uma medula óssea doente por uma saudável, a fim de restabelecer a produção normal das células sanguíneas e contribuir para a cura de diversas doenças", explica Jackeline Felix, hematologista do Hospital São Francisco. 

Ou seja, o transplante é indicado no caso de diversas enfermidades, como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências. "A espera dos pacientes por um doador compatível costuma durar meses, portanto, um maior número de doadores é essencial para ampliar as possibilidades de compatibilidade e acelerar o procedimento de doação", acrescenta Felix.

 

Cadastro e doação 

Para realizar o cadastro e se tornar um doador é preciso ter entre 18 e 35 anos, boa saúde e não apresentar doenças como as infecciosas, as imunológicas, as hematológicas (do sangue) e doença neoplásica (câncer), nem qualquer doença incapacitante. Estando de acordo com os pré-requisitos, a pessoa deve fazer um registro no Hemocentro de seu estado e doar 10 ml de sangue para análise. A partir desse material, serão realizados testes de compatibilidade mais completos, o que poderá facilitar a identificação de doadores compatíveis. Vale ressaltar que, após o registro, os dados do doador ficarão armazenados e a doação poderá ser realizada até os 60 anos de idade. Só é importante que mantenha as informações atualizadas. 

"O material coletado passa por um exame de histocompatibilidade (HLA) e as informações do doador entram no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Já o paciente que precisa de transplante é cadastrado no REREME (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea) e o sistema procura por um doador compatível", explica a médica Regiane Sales. 

Verificada a compatibilidade entre doador e paciente, o doador é convocado para realizar o procedimento de coleta das células tronco hematopoiéticas. "Isso pode ser feito pelo sangue periférico através de uma máquina de aférese ou pela punção com agulha nos ossos da bacia. Essa última forma de coleta é feita em centro cirúrgico e sob anestesia, de forma que o doador não sentirá dor", complementa Sales. 

Do outro lado, o material doado será infundido no paciente por meio de um cateter venoso, de forma similar a uma transfusão de sangue. "Por meio da circulação, essas células chegarão até o interior dos ossos produtores de medula óssea, onde é esperado que se multipliquem e formem uma nova medula óssea", afirma a médica Jackeline Felix.

 

Tipos de dor: Quando devo me preocupar?

O Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião funcional na Unicamp e no Hospital Albert Einstein, explica como reconhecer sua dor e quais são as formas de tratamento existentes
 

A dor nem sempre é uma sensação simples. Além de física, ela também é um evento sensorial e emocional desagradável para o organismo humano. Em muitos casos, pode ser um alerta de extrema importância para a saúde. Em casos crônicos, por exemplo, ela pode indicar doenças. Por essa razão, é importante estar atento aos sintomas e aos pontos preocupantes. Afinal: você saberia identificar quando a intensidade da sua dor pode ser motivo de atenção? 

Globalmente, estima-se que 1,5 bilhões de pessoas (uma em cada cinco) sofra de dores crônicas, com prevalência maior em pacientes com idade mais avançada. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED), ao menos 37% da população, ou seja, cerca de 60 milhões de pessoas, relatam sentir dor de forma crônica.

“Chamamos de crônica a dor persistente, que incomoda o paciente por meses ou, até mesmo, anos”, explica o Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião, médico do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). De acordo com o especialista, não é normal sentir dor por mais de três meses. “Neste caso, ela pode indicar doenças sérias e, por isso, precisa de investigação. Se não tratada, pode levar a outros problemas que antes não existiam, como: alterações no comportamento motor, redução de atividades (tendência ao sedentarismo) e fadiga, além de prejudicar a ergonomia”, alerta.

Para o médico, é preciso escutar o paciente, antes de qualquer intervenção. “É essencial trazer conforto a essas pessoas com agilidade, permitindo que o paciente retome suas atividades cotidianas e sempre buscando uma resposta positiva, permanente e duradoura no tratamento. Cada indivíduo interpreta sua dor de uma forma diferente. Como profissionais da saúde, é nosso dever escutá-lo e acolhê-lo, pois todos merecem cuidados. Se o incômodo persiste há muito tempo, está certamente na hora de procurar alternativas”, afirma o Dr. Valadares.


Dor crônica e dor aguda

Enquanto algumas dores são passageiras, outras podem se perpetuar por semanas, meses ou, até mesmo, anos. O neurocirurgião esclarece que, por definição, a diferença entre dor crônica e dor aguda está no tempo. Enquanto a dor crônica deve durar mais de três meses para ter este nome, a aguda costuma ser pontual, podendo evoluir para um quadro crônico. Entretanto, as causas podem ser as mesmas.

“Quadros de dor crônica podem se perpetuar por meio das modificações do sistema nervoso, ou seja: a dor mantida pode levar a dores que não melhoram, mesmo que a causa seja removida”, ressalta.


Formas de tratamento

Ao tratamento, que é chamado de plano terapêutico, existem três considerações importantes pontuadas pelo especialista em dor. "Em primeiro lugar, é preciso alinhar as expectativas do paciente com a possibilidade de resultado diante do problema. Depois de investigar a causa do problema de origem, é necessário entender o mecanismo que fez surgir a dor para que seja possível intervir na sua origem. Por fim, traçamos uma análise do que já foi feito até o momento. Muitos pacientes que buscam tratamento já consultaram diversos profissionais e foram submetidos a tratamentos anteriores", reitera o médico.

Nos quadros de dor crônica, principalmente, o tratamento é multidisciplinar e pode ser longo. Envolve, além de avaliação médica adequada, outros tratamentos paliativos para reabilitação física como fisioterapia, acupuntura e pilates, por exemplo.

Muito frequentemente, segundo ele, são utilizadas medicações. Porém, existem outras opções para casos em que os fármacos não são mais adequados ou suficientes, como os bloqueios de nervos e infiltrações anestésicas, cirurgias pouco invasivas por vídeo e cirurgias percutâneas, ou seja, sem a necessidade de uso de bisturi.

Com os avanços da ciência, atualmente, é também possível pensar em tratamentos de estimulação cerebral para a dor. “Os procedimentos de neuromodulação (estimulação) cerebral ou medular, quando bem indicados, podem ser um excelente tratamento para a dor crônica em casos muito complexos e que já tentaram diversos tratamentos, com médicos diferentes. É preciso que a dor do paciente tenha algumas características que demonstrem acometimento de nervos ou do sistema nervoso, como as lombalgias (dores na região lombar) após cirurgias de coluna”, pontua o neurocirurgião.


Outros tipos de dor

Além das mais conhecidas (crônica e aguda), existem outros tipos de dores, como:

  • A dor neuropática, como explica o Dr. Marcelo Valadares, pode ser incapacitante, acometendo pacientes com diabetes mellitus e outras doenças. “A neuropatia ocorre em áreas ou órgãos envolvidos em lesões ou doenças neurológicas, quando o Sistema Nervoso Central ou periférico causa sensações como formigamento, queimação, adormecimento e choques”, complementa;
  • A dor disruptiva, por sua vez, pode ser mais intensa do que a crônica, rompendo a barreira de alívio promovida pelo analgésico;
  • A nociceptiva está ligada à inflamação ativa e acontece quando existem danos relacionados à lesão de tecidos ósseos, musculares ou ligamentos, como uma contusão, um corte ou uma queimadura;
  • A idiopática é um tipo de dor sem causa definida, na qual não existem evidências de doença ou causa psicológica;
  • A somática tem origem nos tecidos superficiais e da periferia do corpo;
  • Por fim, “dor psicossomática” é um termo raramente utilizado, definindo casos nos quais não existe uma causa orgânica para o quadro.
     

     
Dr. Marcelo Valadares - médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação, sendo que o neurocirurgião trabalha em São Paulo e em Campinas. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor. O especialista também é fundador e diretor do Grupo de Tratamento de Dor de Campinas, que possui uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos. No setor público, recriou a divisão de Neurocirurgia Funcional da Unicamp, dando início à esperada cirurgia DBS (Deep Brain Stimulation - Estimulação Cerebral Profunda) naquela instituição. Estabeleceu linhas de pesquisa e abriu o Ambulatório de Atenção à Dor afiliado à Neurologia.  

OMS aponta administração de medicamentos como desafio para a segurança do paciente em ambientes hospitalares

O professor da Faculdade de Medicina do Centro Hospitalar São Camilo e Doutor em Segurança do Paciente, Lucas Zambon, alerta para a importância da capacitação dos profissionais da Saúde sobre o tema

 

A data de 17 de setembro foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia da Segurança do Paciente. Este ano, o tema “Segurança de Medicamentos” foi lançado com o objetivo de conscientizar sobre os danos relacionados a falhas na prescrição ou administração dos medicamentos e até na cadeia logística que armazena, distribui e dispensa esses produtos nos serviços de Saúde.


No Brasil, pesquisas recentes mostram que ocorrem falhas em cerca de 30% a 40% das administrações de medicamentos e, de acordo com a OMS, práticas inseguras de medicação estão entre as principais causas que geram de danos evitáveis nos cuidados de saúde. No mundo, 50% dos desses danos são causados pelo uso errôneo de medicação que, se não ocorressem, levaria à economia de U$ 42 bilhões, nos gastos globais com a saúde por ano.


Para o professor de Medicina do Centro Universitário São Camilo e Doutor em Segurança do Paciente, Lucas Zambon, “no Brasil, o avanço nos protocolos de segurança do paciente começou a partir da publicação da Portaria nº 529, de 1 de abril de 2013, do Ministério da Saúde (MS), que institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Segundo ele, a partir da aplicação da portaria do MS os estabelecimentos de Saúde passaram a a ter Núcleos de Segurança formados por profissionais capacitados e voltados exclusivamente para tratar destas questões. Isso resultou na qualificação de pessoal e no uso de ferramentas para melhoria dos processos, como a conquista de acreditações com foco na redução de eventos adversos, alavancando a segurança do paciente”.

O professor finaliza, dizendo que “a  ciência da segurança do paciente ganhou uma perspectiva mais objetiva e isso nos leva hoje a um cenário em que esse conhecimento é levado para as graduações das faculdades de Saúde e para o desenvolvimento de pesquisas sobre o tema no ambiente acadêmico, o que é um reforço para reduzir dos eventos advversos ”, afirmou o professor Doutor.


Dia do Pulmão 25/09: Mitos e verdades sobre o impacto da asma na respiração

Especialista aponta doze fatores que prejudicam ou ajudam no dia a dia dos pacientes que sofrem com asma grave

 

A respiração é a ação mais básica do ser humano e ocorre espontaneamente e a todo momento, sem que precisemos pensar em como fazê-la. No entanto, esse ato tão simples e natural pode, muitas vezes, ser complexo para os portadores de asma.

A asma é uma doença crônica das mais comuns e acomete cerca de 300 milhões de pessoas -- crianças e adultos -- em todo o mundo. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, existem no Brasil aproximadamente 20 milhões de asmáticos, e a patologia é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total), conforme o grupo etário considerado.   

Não bastassem as dificuldades de respiração trazidas pela asma, os brasileiros portadores da doença convivem com dúvidas sobre causas e tratamentos. “Para os que têm a forma mais grave da doença, os cuidados devem ser redobrados para evitar piora no quadro. É fundamental que a informação chegue de forma transparente a todos”, alerta o pneumologista, Dr. José Roberto Megda, que vai esclarecer algumas questões sobre o assunto.
 

1 -- O cigarro é um dos principais inimigos da respiração?  
Verdade. O cigarro danifica as vias respiratórias, uma vez que o revestimento interno do aparelho respiratório não suporta a toxidade e nem a alta temperatura da fumaça e passa a substituir as células. Nos brônquios, a fumaça também provoca reação inflamatória. Além disso, o fumo passivo, que é a inalação dos derivados do tabaco por indivíduos não fumantes, mas que convivem com fumantes e que respiram as mesmas substâncias tóxicas, também ocasiona o aumento de doenças respiratórias. Os asmáticos que fumam têm declínio mais rápido da função pulmonar em relação aos não fumantes. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, desde 1964, cerca de 2,5 bilhões de não fumantes morrem por problemas respiratórios causados pela exposição indireta à fumaça do tabaco.
 

2 -- As queimadas são prejudiciais à saúde? 
Verdade. A fumaça proveniente das queimadas contém diversos elementos tóxicos nocivos à saúde. Esses elementos, em tamanhos menores, quando inalados, percorrem o sistema respiratório e conseguem transpor a barreira epitelial -- a pele que reveste os órgãos internos -- chegando na corrente sanguínea.
 

3 -- A poluição do ar é prejudicial? 
Verdade. Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia mostram que 91% da população mundial vive em áreas onde a qualidade do ar é inferior ao limite determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, estima-se que 4,2 milhões de pessoas morrem anualmente por exposição à poluição atmosférica externa e 3,8 milhões morrem por exposição à fumaça de fogões à lenha, gás e poeira dentro de casa.
 

4- As mulheres são mais propensas à asma do que os homens? 
Verdade. Embora na infância a asma seja mais comum em meninos do que em meninas, na idade adulta as mulheres são mais afetadas. Isso pode acontecer por conta dos hormônios femininos, uma vez que os sintomas da doença aparecem na puberdade, quando chega o período da menstruação, quando grávidas e quando estão se aproximando da menopausa.
 

5 -- O ar seco não interfere na respiração. 
Mito. A baixa umidade ocasiona o ressecamento das mucosas. O calor e a perda de suor podem causar a desidratação. O indicado é que as pessoas não fiquem expostas a ambientes externos nessas condições e não pratiquem exercícios físicos ao ar livre com o tempo seco, exceto para a natação.
 

6 -- Praticar exercício físico regularmente auxilia na respiração? 
Verdade. Para as pessoas que não têm doenças respiratórias, não há contraindicação. para os pacientes de asma ou ainda os que têm a versão grave da doença, é importante reforçar que a prática está liberada desde que estejam com a doença controlada, seguindo as orientações médicas e realizando o tratamento médico de forma correta. Para esses pacientes, um pulmão treinado e melhor oxigenado favorece até mesmo no controle dos sintomas da ansiedade, visto que a pessoa com a doença muitas vezes desenvolve crises de ansiedade pelo medo das consequências da falta de ar em alguns momentos9.
 

7 -- A obesidade pode causar doenças respiratórias? 

Verdade. A obesidade tem diversos fatores ligados às doenças respiratórias. Primeiramente a disfunção pulmonar relacionada ao excesso de peso, em seguida o sedentarismo e fatores dietéticos e o refluxo.

 

8- Quem tem asma não pode ter animais de estimação? 

Mito. Embora os ácaros, que são grandes desencadeadores de alergia, estejam presentes na pelagem de gatos e cachorros, existem pessoas que sofrem com asma e rinite e que não têm os ácaros como agente causador das crises. Resumindo, significa que o número de pacientes que apresentam crises por conta da pelagem de animais é entre 10 e 15%, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Nesses casos, a indicação é que a frequência dos banhos desses pets seja aumentada.

 

9 -- A asma pode ser contagiosa? 

Mito. Os asmáticos possuem uma condição genética (herança dos pais) que determina uma reação exagerada a determinados estímulos, como poeira, fumaça, mofo, entre outros. Essa reação causa os sintomas, que são o chiado no peito, a falta de ar, a tosse e o cansaço. Não há como pegar asma.  

 

10 -- Toda asma é igual?

Mito. A asma é uma doença crônica que pode ser caracterizada pelas formas leve, moderada e grave e varia muito em cada pessoa. Existe a possibilidade de ser muito leve e os sintomas desaparecerem e existe a possibilidade de a doença se agravar muito, necessitando de atendimentos de emergência e até mesmo internação. Por isso é fundamental que o paciente procure um especialista o quanto antes para iniciar o tratamento mais adequado da doença.

 

11 -- Posso parar de tomar os medicamentos caso eu esteja me sentindo bem e sem sintomas? 

Mito. Todo tratamento deve ser acompanhado por um especialista no assunto. Interromper ou cortar a medicação, pode fazer a doença regredir. Afinal, o fato de a pessoa estar disposta e sem sintomas, é sinal de que a medicação está sendo bem-sucedida. 

 

12 -- Para a asma grave, somente os corticoides inalatórios funcionam? 
Mito. O paciente diagnosticado com asma grave precisa se tratar com altas doses de corticoides inalatórios combinados com outros medicamentos de ação prolongada e, na maioria dos casos, apesar do uso adequado desses medicamentos, a doença não é controlada14. Hoje, com novos tratamentos, muitos deles à base de imunobiológicos, as pessoas que sofrem com asma grave podem melhorar a sua qualidade de vida associando essas novas terapias a adoção de hábitos simples, como caminhar, praticar alguns tipos de exercícios e outras atividades -- tudo que, antes, era difícil para esses pacientes. 

 

Retinoblastoma: diagnóstico precoce do tumor ocular infantil garante índices elevados de cura

A falta de sintomas desta doença considerada grave reforça a necessidade de exames periódicos nos primeiros anos de vida

 

A identificação de doenças raras que, muitas vezes, causam pouco ou nenhum sintoma, permite a prevenção de perdas visuais. Por isso, o teste do olhinho é feito ainda no berçário nos primeiros dias de vida em todos os bebês. Nos casos de prematuridade ou se existir uma malformação associada, o exame oftalmológico é ainda mais importante e deve ser mais completo, além de executado por um oftalmologista. No Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, comemorado em 18/09, incentivar a aplicação dos exames já nos primeiros dias de vida é fundamental.

O retinoblastoma é um tipo de tumor infantil, raro e maligno. Localizado na retina, no fundo do olho, tem um pico de incidência aos 2 anos de idade. Apesar de ser uma doença grave, possui sintomas silenciosos. “Às vezes, nada se observa externamente, então leva-se um tempo para que os adultos notem que existe algo de errado nos olhos da criança. Por isso, é importante o exame oftalmológico preventivo. Há o tratamento para esse tumor, mas é importante que se detecte precocemente, para que ele possa ser realizado a tempo de salvar a vida e preservar a visão da criança”, orienta a dra. Juliana Sallum, head de oftalmogenética da Dasa Genômica, braço de genômica da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil.
 

Sintomas e tratamento

Alguns dos sinais da doença são a pupila branca e o reflexo de ‘olho do gato’, que acontece quando a pupila da criança tem coloração normal, mas fica esbranquiçada nas fotos, em vez de ficar avermelhada. Também é preciso ficar atento para a presença de estrabismo e inflamação dos olhos, pois são sintomas que podem chamar a atenção para existência de um retinoblastoma. “Então, em qualquer sinal diferente, deve-se levar as crianças imediatamente ao oftalmologista para um exame”, ressalta Dra. Juliana. 

O tratamento do tumor envolve várias opções terapêuticas associadas, como a quimioterapia, a cirurgia e o laser. Todas requererem um acompanhamento multiprofissional em um centro especializado. Com o tratamento adequado, aplicado no início da doença, o retinoblastoma tem um índice elevado de cura.

 

Diagnóstico precoce e acompanhamento

Logo ao nascimento, é importante que a criança tenha seus olhos examinados no berçário, para analisar se a estrutura dos olhos está bem formada e se a luz é capaz de atingir a retina. A partir daí, já é possível identificar doenças oculares que podem ter tratamento iniciado imediatamente, aumentando as chances de cura e evitando sequelas. 

Depois disso, no primeiro ano de vida do bebê, os pais devem levar a criança ao oftalmologista para avaliar se ela está conseguindo fixar o olhar nos objetos, e se é capaz de acompanhar o deslocamento deles com os olhos. “Os exames durante a infância permitem identificar se existe algum problema na saúde ocular, incluindo a avaliação que pode descartar a possibilidade de um retinoblastoma e de outras doenças da primeira infância. No decorrer do crescimento, as crianças devem realizar exames oculares periódicos”, afirma. 

“Os pediatras costumam lembrar os pais de levar as crianças ao oftalmologista. Muitas escolas, antes da alfabetização, pedem que os pais levem as crianças para um exame ocular, com o intuito de saber se há algum problema que possa dificultar o aprendizado. São orientações que não podem ser descartadas, pois possibilitam identificar doenças assintomáticas, e permitem um tratamento adequado, minimizando sequelas graves”, finaliza a Dra. Juliana.

 

Dasa Genômica


Posts mais acessados