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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Arquitetura influencia o aprendizado

Durante muito tempo, a arquitetura das instituições de ensino muito se assemelharam às estruturas fabris do século XIX. Numa perspectiva tecnicista, a função da escola era formar sujeitos disciplinados (no sentido restrito do termo), obedientes, pouco questionadores e igualmente pouco reflexivos. 

A premissa de disciplinar corpos e mentes acabou determinando as estruturas físicas e simbólicas do espaço escolar. Crianças enfileiradas, sinal sonoro idêntico ao da fábrica, tablados em sala de aula, evidenciando as hierarquias nas relações, currículo escolar rígido como uma linha de montagem fordista do início do século XX. Apesar dos saudosismos de alguns, esse modelo de escola tinha muitos problemas: pouco espaço para reflexão, criação e exercício da criatividade. A apropriação da técnica era mais importante do que aprender a pensar, refletir e a solucionar problemas.O desenvolvimento de habilidades comportamentais, emocionais e o trabalho em equipe não tinham espaço no currículo.  

Hoje entende-se que todos os espaços da escola são importantes para a formação de crianças e jovens. Neste sentido, os ambientes precisam ser inspiradores e motivadores, proporcionando o desenvolvimento pleno dos estudantes.  A escola, na qual as crianças e adolescentes passam boa parte do seu dia, mudou radicalmente. São espaços em que se revelam sonhos, desenvolvem a criatividade, estimulam o autoconhecimento, definem destinos, moldam personalidades.

A maioria dos edifícios escolares, porém, ainda é pensada em termos quantitativos, com espaços projetados considerando mais a metragem quadrada e menos o seu potencial para o desenvolvimento de habilidades, competências e maximização das aprendizagens significativas. O interior das salas de aulas, os espaços de convivência, as mobílias, dentre outros, precisam se adequar às necessidades dos alunos, visando buscar uma melhoria no aprendizado. A arquitetura e a pedagogia precisam estar atreladas, desde a concepção do projeto arquitetônico até sua execução. É de suma importância que os ambientes escolares dialoguem com a proposta pedagógica de cada escola.

A arquitetura e a configuração dos ambientes de aprendizagem influenciam diretamente no desenvolvimento das crianças e jovens. É importante que haja um diálogo entre arquitetura e proposta pedagógica, para a formação de um cidadão global. Benefícios pedagógicos devem motivar as novas instalações. Atual é estar conectado com o mundo, evidentemente, em constante transformação. 

Durante esse mais de um século e meio de existência, a história do Arquidiocesano se mistura com a história da cidade de São Paulo. O colégio está em constante transformação, atualização e modernização, sendo conhecido e reconhecido pela excelência acadêmica e pela tradição aliada a um constante processo de inovação e transformação. 

Uma instituição com 164 anos de atividade contínua e ininterrupta, precisa estar pautada em pilares sólidos: ensino de qualidade, ética e uma formação transformadora para crianças e jovens. Uma formação ancorada na excelência acadêmica, no desenvolvimento de habilidades comportamentais e emocionais, com princípios cristãos, que fazem a diferença na vida de cada um e no mundo, contribui para que os alunos alcancem seus sonhos mais sublimes e mais elevados. 

Afinal, suas vidas e sonhos não cabem dentro de uma caixa de concreto. 

 

Prof. Everson Caleff Ramos - diretor geral do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP).


sábado, 3 de setembro de 2022

Repaginar móveis antigos: como dar um up na decoração gastando pouco

Com um pouco de criatividade e muita economia, é possível renovar a sua casa, ou apenas o seu espaço preferido


 

Se tem uma coisa boa que a pandemia ensinou foi dar mais valor ao nosso lar, aproveitando melhor cada cantinho da casa. Mas, junto de toda essa valorização, veio a vontade de mudar boa parte dos móveis ou pinturas para dar um ar mais aconchegante para essa estrutura que os acolhe com tanto carinho. 

 

Todavia, reformar custa caro, e, com a crise financeira que o país está vivendo atualmente, o ideal é esperar por um momento melhor, certo? Errado! Saiba que pequenas mudanças na decoração, como repaginação de móveis antigos e pequenas pinturas nas paredes, já ajudam a melhorar o visual da casa e dar uma sensação de inovação para o seu lar. E nem precisa gastar muito para isso!

 

Assim, com um pouco de criatividade e muita economia, é possível renovar a sua casa, ou apenas o seu espaço preferido. Isso serve, inclusive, para pessoas que moram de aluguel e não podem fazer grandes reformas no imóvel. Confira algumas dicas:

 

Adesivos ou papéis de parede


 Uma forma muito fácil de mudar o visual de paredes e móveis é utilizar adesivos, ou aplicar papéis de parede criativos. Além de não gastar muito, a pessoa pode aplicar sozinha em casa, com o auxílio de poucas ferramentas. Existem inclusive papéis de parede autocolantes, que dão menos trabalho ainda, só abrir e já ir pregando por aí. Inclusive, os adesivos não precisam ser pregados apenas nas paredes, mas em armários, geladeiras, escrivaninhas e onde mais a sua criatividade permitir. 

 

Pintura de móveis antigos


Para aqueles que preferem modificar o mobiliário, não precisa sair comprando tudo novo. Que tal reformar os antigos? Pintar armários e mesas de centro pode ajudar a dar um ar mais alegre, descontraído ou retrô para o seu imóvel. Pesquise as tendências e veja o que mais lhe agrada. Pesquise técnicas diferenciadas, como a pátina, que, apesar de ser uma pintura nova, dá um ar antigo ao móvel. Não se esqueça de retirar os puxadores e lixar o móvel todo antes de pintar. Para facilitar a pintura, aposte em tinta spray preto fosco, azul-claro, amarelo aberto ou vermelho vibrante.

 

Utilize tecidos coloridos e estampados


Se você quer uma casa mais alegre, que tal dar uns toques pequenos e espalhá-los pela casa. Já pensou em repaginar aquela poltrona com valor sentimental que está na família há anos? Ou a cadeira de escritório, para dar um ar mais alegre ao home office? Usar tecidos estampados e coloridos para essa tarefa pode trazer um ar bem acolhedor e divertido.

 

A reforma não precisa ser imensa nem cara, inclusive aposte no DIY (faça você mesmo). Além de economizar ainda mais, você pode aprender novas habilidades e, por que não, se divertir nesse processo todo.


Madeira ganha cada vez mais espaço nos decorados

Léo Romano explica como usar o material de forma certa. Além de deixar ambientes mais aconchegantes, ele pode até valorizar o imóvel


A madeira sempre foi usada na decoração dos ambientes, mas vem ganhando cada vez mais espaço e se tornando a queridinha dos arquitetos na hora de desenhar os projetos interiores. Isso tudo por causa da sua praticidade, beleza e durabilidade. É o que diz o renomado profissional Léo Romano, que destaca a versatilidade do material.  

“Acho que a madeira, assim como a pedra, é um material vivo, natural. Buscamos sempre  elementos que sejam de fácil reconhecimento para nossos projetos, e acho que a madeira tem essa grande virtude, além do interesse estético, tátil, e do aspecto sensorial que ela desperta nas pessoas. Ela garante sempre uma sensação de bem-estar e aconchego para os espaços interiores”, destaca ele. 

Se no passado, ela era aplicada predominantemente no piso, hoje seu uso é livre. “Ela pode vir no piso, teto, parede, mobiliário, bancadas... ela consegue vestir a casa de várias maneiras, seja através de ripados, painéis, muxarabi, madeira talhada”, explica Léo Romano, um fã declarado da madeira. “Em meus projetos eu sempre uso madeira, desde que eu virei arquiteto, há 26 anos. É uma admiração pelas características do material”, revela.

O arquiteto alerta, porém, para a conscientização de se usar material certificado, de empresas que se preocupam com o meio ambiente. Além de ser uma prática sustentável, o uso de madeiras certificadas também traz mais valorização ao imóvel na hora da venda, segundo pesquisa divulgada pela DreamCasa. De acordo com a publicação, combinar essas madeiras, cartelas de cores e iluminação adequada agrada aos compradores, que pagam até 19% a mais no valor venal do imóvel.


Para não errar

Léo Romano lembra que a escolha de onde revestir em madeira exige, antes de tudo, bom senso e intenção estética. “Temos que pensar sempre em projetos de interiores colocando um objetivo e que tipo de solução que se almeja naquele lugar. O material vem como consequência de uma escolha conceitual. Ele é a resposta e não o caminho”, diz.

Se o espaço pede muito aconchego, a dica é usá-lo de uma forma mais pragmática, às vezes no piso, teto, definindo alguns volumes, marcando espaços, criando formas geométricas. “Se a pessoa não quer errar, ela pode escolher um dos espaços para aplicar a madeira. Então, no quarto, por exemplo, ela pode escolher a parede que pode ser a cabeceira da cama, que fica muito elegante, ou a parede lateral”, sugere.

Ele assina os apartamentos decorados da Opus Incorporadora e tem mostrado a cada projeto as múltiplas possibilidades de aplicação da madeira nos ambientes. Confira:

Fugindo dos tons tradicionais da madeira, no Opus Selena, Léo Romano usa um ripado de madeira na sofisticada cor verde, que acaba trazendo vida ao living sem perder a sobriedade

Raquel Pinho

 

Já no decorado do Opus Penthouse, Léo Romano aposta no ripado em tons escuros nas paredes, teto e parte do piso. Para dar contraste e leveza, traz mobiliário e acessórios em tons claros

Raquel Pinho

 

Na suíte do rapaz Opus Sunna, lançamento no Setor Oeste, a opção foi fazer um ripado em quadriculado em todo quarto. O tom claro da madeira traz sutileza e elegância ao ambiente.

Augusto Miranda


Seis dicas de decoração para a primavera 2022


Inove Duplex Linen - Bella Janela

A especialista em produtos da Bella Janela, Tatiana Hoffmann, lista 6 conselhos de como re-florescer seu lar

Com a chegada da primavera tudo se renova, deixamos a estação mais fria do ano e entramos numa época cercada de flores, trazendo de volta o colorido da natureza. Com isso, podemos apostar em plantas, elementos, cores e estilos para decorar nosso lar. 

Levando isso em consideração e acompanhando as tendências para a primavera, a especialista Tatiana Hoffmann, Gerente de Produtos da Bella Janela, maior fabricante de cortinas da América Latina, listou seis dicas de decoração para essa estação. Confira: 

1 - A paleta de cores da estação é regada de tons pastéis e cores suaves, como o rosa Bali, encontrado nas cortinas da Bella Janela. No entanto, se gostar mais de tons vivos, é preferível escolher aqueles associados à natureza, como verde e azul. 

2 - Os tecidos mais utilizados nesta estação são o cru e o linho, que remetem à naturalidade da estação, eles podem ser utilizados nas cortinas, podendo ser  encontrados na linha Inove Duplex Linen.

3 - Preferindo um ambiente mais clean, aposte em adornos, quadros e almofadas, utilizando as cores da estação ou estampas florais. Ou até mesmo fontes de água, que nos fazem sentir mais próximos da natureza. 

4 - Caso seu estilo seja mais ousado, prefira painéis de parede que remetem à natureza, trazendo flores e plantas ou até mesmo animais, estes podem ser utilizados em uma parede principal deixando-o em destaque no ambiente.  

Tecido de Parede Nature Folhagem - Bella Janela

5 - Utilizar fibras naturais como madeira, bambu, juta, o rattan e o vime, também são apostas totalmente assertivas na decoração, a utilização de painéis de paredes ripados, estão tomando cada vez mais espaço nos ambientes, e se encaixam com a estação. 

6 - Vasos de flores e bandejas com frutas podem ser utilizadas como decoração, vale lembrar que itens geralmente são delicados, então o cuidado e atenção tem que ser redobrado. 

 

Tecido de Parede Ripado - Bella Janela

“Percebendo as atuais necessidades da população, e com a intenção de tornar o lar um ambiente mais convidativo para o descanso, a Bella Janela, preza desenvolver produtos cada vez mais atrelados a demanda do consumidor, sem perder a essência e sempre alinhada com as tendências da decoração”, destaca Tatiana Hoffmann. 


O que você precisa saber antes de decorar espaços pequenos

 Arquiteta dá dicas para dar mais funcionalidade, conforto e amplitude a ambientes menores sem abrir mão do design


Em uma década, o número de nascimentos no Brasil caiu 10% e o de casamentos, 26%. Isso significa que cada vez mais os brasileiros vivem sozinhos ou, quando casam, têm famílias menores. Essa tendência teve reflexos na arquitetura e construção civil e fez explodir a procura por pequenos apartamentos e as chamadas tiny houses, minicasas que, mais que moradia, representam uma experiência de viver.

Por mais que optemos por moradas pequenas, ninguém quer desconforto, nem bagunça. Aproveitar bem os espaços, encontrar soluções de armazenamento sem perder o estilo e o design virou um desafio à criatividade de arquitetos e designers.

A arquiteta e urbanista da Criare Campinas, Rafaela Costa, explica que a marcenaria planejada é o coração dos interiores reduzidos. “Adequar armários, prateleiras, optar por móveis reversíveis e funcionais podem ser estratégias que permitam transformar um mesmo cômodo em dois ou três para que ele cumpra diversas funções”, diz.

Multifuncionalidade e planejamento são ideiais para ocupar metragens mínimas

É assim que você abre uma porta, ou fecha um compartimento, e transforma seu quarto num escritório, por exemplo. A arquiteta explica que essa tendência vem sendo explorada até para ambientes maiores. “Temos projetos em que uma única bancada pode ser utilizada como apoio da cozinha, sala de jantar, living e, com uso de um painel móvel, criar um ambiente privativo para uso como home office. Uma sala de TV pode ser fechada com uma porta de correr e virar um dormitório extra. A porta de um armário pode comportar o painel de uma TV, em casos onde o dormitório é reduzido. Esse aproveitamento de espaço pode, até mesmo, fazer com que o mesmo televisor seja reversível tanto para a sala, quanto para o quarto, com o uso de um painel giratório. É uma forma de otimizar o espaço de forma inteligente sem abrir mão de nada”, afirma.

O sucesso das tiny houses e studios, apartamentos com até 30 metros, prova que a funcionalidade e design podem andar lado a lado, mesmo no aperto daquela metragem mínima. “O conceito minimalista é uma tendência forte de decoração e prova que todo espaço, por menor que seja, pode ter conforto, beleza e funcionalidade, se for ser bem pensado para receber um layout e marcenaria planejados”, diz.

Cores claras e foco na iluminação ampliam ambiente


A organização é peça chave quando falamos em espaços reduzidos. Muito em alta, o estilo industrial, costuma abusar de estantes e prateleiras com uso do metal e objetos à mostra, mas deve ser pensado e repensado antes de ser executado em espaços pequenos. “É uma tendência que deve ser usada com cuidado, sobretudo nas cozinhas, onde normalmente temos uma quantidade considerável de utensílios que dificilmente podem ser apresentados de uma forma bonita e organizada. Em ambientes pequenos é importante ter, pelo menos, mais um armário, fechado, para acomodar todos os utensílios que não vão ficar bonitos na sua prateleira”, explica Rafaela.

Cores fortes e vibrantes também devem ser evitadas em espaços muito pequenos. “O ideal é usar cores mais claras, que dão uma sensação de amplitude ao ambiente. A mesma regra vale para uma boa iluminação, que valorize os detalhes. O uso de espelhos também dá a sensação de que o cômodo é maior”, completa a especialista.

Estante multifuncional divide a sala do quarto e otimiza o uso da TV

Praticidade
Quem vive nesses pequenos espaços geralmente tem pouco tempo para a manutenção e a limpeza da casa. “Quando projeto uma cozinha, penso em vários detalhes para tornar o uso mais prático: lixeira, escorredor de pratos e outros objetos, como porta-temperos, podem ser embutidos para otimizar o espaço. Para facilitar a limpeza dos móveis, recomendo usar menos objetos e evitar texturas, porque podem acumular sujeira. Superfícies lisas são rápidas e práticas de limpar”, ensina.

Planejamento
A palavra-chave é planejamento. “O projeto tem que estar adequado às necessidades do morador. Isso evita que se crie espaços que não serão usados frequentemente, e ajuda a definir funcionalidades que vão facilitar a vida dele nas tarefas do dia a dia. É possível, sim, morar em imóveis pequenos sem abrir mão do design e do conforto”, garante a arquiteta.

Marcenaria planejada aproveita e organiza espaço sem perder o design

 

Movimento Construção Saudável alerta para os riscos de mofo e infiltração

A Associação conscientiza sobre a prática da impermeabilização como fator de melhoria da saúde

 

Apesar de um ambiente úmido, com mofo e infiltração, apresentar graves riscos à saúde, alguns dos problemas causados por uma impermeabilização inadequada ainda são pouco discutidos.  Por isso, o objetivo do Movimento Construção Saudável é conscientizar a população para a prevenção das consequências nocivas da umidade, do mofo e das infiltrações.

De acordo com o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), 85% dos contratempos nas construções do país são causados por umidade e aproximadamente 80% dos imóveis brasileiros sofrem com esse problema.  “Não existe a cultura da impermeabilização preventiva no Brasil. A maioria das pessoas se preocupa apenas em reparar mofos aparentes, mas não em preveni-los ou mesmo erradicar a causa de maneira mais efetiva”, aponta Julio Barbosa, diretor executivo do Movimento.

Ao conviver com mofo sem saber por meses, a notícia sobre o triste caso da Amie Skilton, na Austrália, chama atenção para a importância da impermeabilização preventiva. Com sintomas físicos graves ao conviver com mofo sem saber por meses, Amie chegou a ser diagnosticada com a doença de Alzheimer.

A australiana identificou a possível ligação de seus problemas de saúde com o mofo por meio de uma publicação feita por uma amiga nas redes sociais e, assim, a conscientização mudou o rumo dessa história. Após a mudança de casa e recuperação, Amie se tornou técnica qualificada em análise de mofo residencial, usando seu conhecimento para ajudar outras pessoas. Exposto de forma contínua ao fungo, um de seus clientes teve uma reação tão grave que ficou em coma por três anos.

Embora estes casos façam parte dos 25% da população mundial que tem vulnerabilidade genética às toxinas do mofo, o convívio em locais afetados pela umidade pode ocasionar ou agravar asma e rinite em qualquer pessoa, principalmente crianças e idosos, que representam alto índice de mortalidade por doenças respiratórias.

Estudos do The Global Impact of Respiratory Diseases comprovam que os ambientes mal projetados são responsáveis por inúmeras doenças. O pulmão é o órgão mais afetado pelo ar insalubre. A doença pulmonar ocupacional, por exemplo, é uma doença comum com incidência considerável, que pode causar morte, incapacidade e absenteísmo.

Outros números importantes devem ser levados em consideração quando falamos da relação entre doenças respiratórias e ambientes inadequados, como: são 25,9 milhões de moradias inadequadas no país; 20 milhões de brasileiros sofrem com asma, que é a 4ª causa de internações hospitalares no Brasil. No mundo a asma acomete cerca de 235 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram registrados 73.864 mil casos novos de tuberculose no Brasil, em 2019. Para a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a rinite afeta cerca de 15 a 42% da população global; 26% das crianças e 30% dos adolescentes são portadores da rinite alérgica, além de cerca de 30 milhões de brasileiros sofrerem com sinusite.

Essas doenças podem ser evitadas por meio de medidas capazes de assegurar um ar limpo no local de trabalho e em casa. Em lugares livres de umidade e infiltrações, não haverá o crescimento e proliferação de esporos de mofo. O crescimento de fungos internos, como no caso de Amie Skilton, pode e deve ser evitado pelo controle da umidade. Por isso, o Movimento Construção Saudável se compromete com o bem-estar, a saúde e com a mobilização da sociedade em torno de um bem comum, disponibilizando informação de qualidade para as práticas e técnicas de construção.

Acesse gratuitamente a cartilha Impermeabilização é Saúde, a primeira publicação na América Latina a abordar o tema, mostrando essa relação direta entre a saúde das casas e dos moradores, disponível neste link.

 

Movimento Construção Saudável

http://construcaosaudavel.org


Por que o turismo sustentável é essencial no mundo pós-pandemia?

Divulgação
Setor realiza a conservação de biodiversidade, valoriza a cultura local, alavanca a geração de renda em comunidades tradicionais e contribui com a saúde mental e bem estar de seus viajantes.

 

Depois da pandemia causada pela Covid-19, o turismo sustentável tem sido visto como um caminho necessário no mundo. Mesmo que a importância de viagens mais responsáveis sob o ponto de vista socioambiental venha sendo discutida há décadas, foi só depois da pandemia que grandes empresas, governos, companhias aéreas, a imprensa e a sociedade, de modo mais geral, passaram a dar a devida atenção ao assunto. 

Portugal, por exemplo, lançou, em outubro de 2020, o Plano Turismo + Sustentável 20-30, com mais de 70 propostas de projetos e ações, com o propósito de posicionar o país “como um dos destinos mais competitivos, seguros e sustentáveis do mundo através de um desenvolvimento econômico, social e ambiental em todo o território”.  Em 2020, o país se tornou também membro do Conselho Global de Turismo Sustentável e teve 11 lugares na lista dos “100 destinos mais sustentáveis do mundo”, do Green Destinations, divulgada naquele mesmo ano. 

Em dezembro de 2020, o  Ministério do Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia lançou a primeira Política de Turismo Sustentável: Unidos pela Natureza, que “reconhece a importância do turismo como parte da conservação da biodiversidade, paisagens, ecossistemas e recursos naturais da Colômbia”. Na mesma direção, a Suíça lançou a Swisstainable – Estratégia para o desenvolvimento sustentável da Suíça como destino de viagem, cuja intenção é colocar o país como o destino mais sustentável do mundo. O Conselho Federal Suíço também assumiu o compromisso de criar uma Suíça neutra em impactos para o clima até 2050. Países como Japão, Noruega e Costa Rica também estão entre os que já compreenderam a importância do turismo sustentável e como boas práticas desenvolvem o setor. 

De acordo com a iStock - plataforma líder de comércio eletrônico que oferece imagens, vídeos e ilustrações, por meio de sua plataforma de pesquisa criativa, VisualGPS - o turismo de natureza é uma prioridade crescente para latino-americanos quando viajam. De cada dez pessoas, quatro (40%) disseram que o turismo sustentável é mais importante agora do que antes da pandemia.

Outra pesquisa, conduzida pela plataforma de hospedagem Booking, revelou no “Relatório de Viagens Sustentáveis”, edição 2022, que está crescendo o desejo por escolhas mais conscientes em toda a experiência de viagem. Realizada com mais de 30 mil viajantes de 32 países e territórios, incluindo o Brasil, o estudo mostrou que 90% dos entrevistados brasileiros pretendem viajar de forma ecologicamente correta nos próximos 12 meses. O levantamento também apontou que 86% dos brasileiros dizem que estão mais propensos a escolher uma acomodação sustentável e dois terços (65%) dos viajantes do país afirmam que os esforços feitos por acomodações e provedores de transporte em prol do meio ambiente têm um grande papel na hora de decidirem contratar esses serviços.

Daniel Cabrera, cofundador e diretor-executivo da Vivalá - Turismo Sustentável no Brasil, destaca que o governo brasileiro deve institucionalizar sua visão de turismo sustentável para o país. Com a maior biodiversidade do mundo, o Brasil deve proteger seus biomas, como a Amazônia, e precisa aproveitar sua aptidão para experiências em unidades de conservação. “O turismo sustentável conserva biomas, enaltece a cultura de comunidades locais, gera emprego e renda digna, e não precisa de um super investimento inicial em infraestrutura. Entretanto, é preciso investimento para fomentar iniciativas em parcerias público-privada, capacitar a força de trabalho e transformar a divulgação do país no exterior de ‘sol, samba e futebol’ para algo que contemple realmente a nossa gigante diversidade natural e cultural. Temos um poder para o turismo sustentável ainda totalmente subaproveitado”.

O impacto positivo do turismo sustentável pode ser sentido também na melhoria das condições de saúde e educação das populações tradicionais. “O turismo sustentável tem trazido muito aprendizado, conhecimento e ajuda financeira para facilitar a saída das pessoas para buscar conhecimento fora da aldeia e depois aplicá-los aqui. O turismo vem ajudando nas dificuldades que temos, inclusive contribuindo na faculdade das minhas duas filhas. Nunca na nossa história tínhamos tido essa oportunidade”, explica o Cacique Teka Shanenawa, da Aldeia Indígena Shanenawá, parceira da Expedição Amazônia Shanenawa da Vivalá.

A ONU (Organização Mundial das Nações Unidas) e a OMT (Organização Mundial do Turismo), inclusive, consideram o turismo sustentável como importante instrumento na busca pelo cumprimento dos 17 ODS, os Objetivos Sustentáveis do Milênio. 

Negócio social pretende injetar R$ 30 milhões até o ano de 2032 em comunidades locais 

No Brasil, a Vivalá surgiu com a missão de ressignificar as relações das pessoas com o Brasil através do Turismo Sustentável, empoderando comunidades e ajudando na conservação da maior biodiversidade do mundo. A empresa é especializada em expedições em unidades de conservação com profunda interação com a natureza e imersão nas comunidades tradicionais locais por meio do Turismo de Base Comunitária e do Volunturismo. 

“Como negócio social que visa a geração de impacto socioambiental positivo, buscamos desenvolver vivências que fazem bem para quem viaja, para quem recebe e para o planeta. Assim, os viajantes têm a chance de ver de perto uma unidade de conservação no Brasil, entender sua riqueza e propagar a mensagem de proteção ambiental, ao mesmo tempo em que descobrem outras formas de viver em harmonia com o meio a partir dos saberes ancestrais dos povos tradicionais. Já nossos parceiros indígenas, ribeirinhos, quilombolas e sertanejos, nessa troca, aprendem, ensinam e se orgulham de sua cor, cultura, gastronomia e religiosidade, enquanto também encontram oportunidades de emprego e renda sustentáveis”, explica Cabrera. 

Até 2032, a Vivalá planeja injetar mais de R$ 30 milhões em comunidades tradicionais locais através da compra de serviços de base comunitária e, nos próximos dois anos, vai acelerar sua expansão para unidades de conservação de todas as regiões do Brasil. Além disso, o negócio social visa alcançar 120 mil horas de voluntariado em seus programas de viagem de Volunturismo de saúde, educação, meio ambiente e bioeconomia.


Beleza cênica brasileira é a maior do mundo e pode ser ainda mais aproveitada

De acordo com o Índice de Competitividade Turística, documento elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil segue alternando a liderança do ranking dos países com recursos naturais de beleza cênica com o México. Os Estados Unidos estão em quinto lugar. Lá, os parques nacionais chegam a receber mais de 300 milhões de visitantes ao ano. “Só em 2019, o Serviço de Parques Nacionais Norte Americano registrou 328 milhões de visitantes, que gastaram cerca de US$ 21 bilhões nas regiões onde os parques estão inseridos, gerando 341 mil empregos”, destaca uma reportagem no portal Turismo Spot. Enquanto isso, o mercado de turismo sustentável em unidades de conservação do Brasil segundo o ICMBio em 2019 foi de R$ 1,1 bilhão, cerca de 97 vezes menor, mesmo tendo muito mais atrativos naturais do que os Estados Unidos.

Ainda segundo a matéria, o Canadá, que ocupa a décima primeira posição na lista dos países com mais territórios protegidos por unidades de conservação, viu os anos de 2016 e 2017 registrarem 24,9 milhões de visitantes, gerando mais de 40 mil empregos, US$ 2,5 bilhões em renda e contribuindo com mais de US$ 4 bilhões na economia canadense. A reportagem também menciona a Costa Rica, conhecida como um dos destinos pioneiros do ecoturismo no mundo. “Seu território, que corresponde a menos de 1% do brasileiro, possui 25% de sua área coberta por áreas naturais protegidas”, destaca a reportagem, que lembra que dados do Instituto Costarricense de Turismo apontam que a visitação em áreas naturais saltou de 500 mil em 1990 para 2,2 milhões em 2018.

“Se o potencial de geração de renda e receita que o ambiente natural bem protegido e conservado é capaz de gerar fosse, de fato, levado em consideração no Brasil, as oportunidades de ascensão de novos negócios cresceriam exponencialmente”, pontua Cabrera, da Vivalá, que realiza todas as suas atividades de turismo sustentável em Unidades de Conservação do Brasil, como parques e florestas nacionais, terras indígenas e áreas de preservação ambientais.

 

Vivalá Turismo Sustentável no Brasil

 www.vivala.com.br


Volkswagen Gol: uma história de 42 anos de sucesso no Brasil

Especialista da Zapay reuniu em uma lista algumas curiosidades dos modelos do Volkswagen Gol, que sairá de linha em 2022 


Existem situações que, certamente, em algum momento da vida todo mundo vai passar: perder o dente de leite, o primeiro dia de aula, cair de bicicleta e claro, dar uma volta em um “Gol Bolinha”, como carinhosamente ficou conhecido uma das versões do Volkswagen Gol. Após 42 anos de história e milhões de unidades vendidas, o Gol sairá de linha no fim de 2022. Para homenagear o Gol e fazer muitas pessoas relembrarem boas aventuras que tiveram junto com o carro, a Zapay, startup especializada no pagamento e na desburocratização dos débitos veiculares, fez uma lista com os detalhes de todos os modelos do VW Gol. 

Lançado em 1980, o Volkswagen Gol tinha como objetivo suceder o Fusca na preferência dos motoristas brasileiros. O modelo, cujo nome teve óbvia inspiração no futebol, foi desenvolvido levando em conta as condições das vias no País e as necessidades dos consumidores locais. O veículo conquistou um lugar no coração dos brasileiros e alcançou o posto de carro mais vendido do Brasil por 27 anos consecutivos, de 1987 a 2014. E a popularidade do Gol também pode ser confirmada pela Zapay: é o modelo de carro que a maior parte dos usuários que utilizam o serviço da empresa possui.  

Ao todo, o veículo já teve mais de 8,6 milhões de unidades fabricadas no Brasil, sem contabilizar os modelos derivados da família Gol, que são a perua Parati, o sedã Voyage e a picape Saveiro. "Com mais de quatro décadas de história e milhões de unidades vendidas, o Gol é um carro muito ligado ao aspecto emocional dos brasileiros. Quem não se lembra de alguma história ou momento marcante com a família já vivido a bordo de um Gol?", diz o especialista em automóveis da Zapay, Gustavo de Sá, que também listou alguns detalhes do Gol. Confira abaixo:

 

VW Gol G1 

“O primeiro Gol surgiu em 1980 como um projeto desenvolvido pela filial brasileira da Volkswagen. A primeira versão tinha motor refrigerado a ar e câmbio de quatro marchas. Com carroceria de duas portas, ele era oferecido nas versões S e L”, afirma Gustavo.  

Em 1981, o Gol ganhou motor 1.6, também refrigerado a ar, e depois o modelo passou a vir com motores 1.6 e 1.8 com refrigeração líquida. Em 1989, o Gol GTi fez história ao estrear como o primeiro carro nacional com injeção eletrônica. 

 

VW Gol G2

“O Gol G2 é o modelo que todo mundo conhece como Gol Bolinha e que marcou o fim das formas quadradas do carro e é a primeira grande transformação do Gol. Com a nova carroceria lançada em 1994, a proposta era imprimir ao modelo um ar de sofisticação e maior qualidade construtiva. Primeiro ele foi lançado com duas portas e a segunda geração trouxe a opção de quatro portas, que foi lançada em 1998”, relembra o especialista. 

 

VW Gol G3

Gustavo detalha que o Volkswagen Gol G3 surgiu em 1999 como uma atualização em relação ao G2. “O G3 trouxe faróis e lanternas mais retilíneos, grade ampliada e interior completamente redesenhado. O carro tinha um painel inspirado no Golf. E vale lembrar também que foi nesta linhagem que o Gol se tornou o precursor da tecnologia flex, lançada em 2003 na versão com motor 1.6 Total Flex”. 

 

VW Gol G4

Ele afirma ainda que o VW Gol G4, apresentado em 2005, ficou marcado pela extrema simplicidade na comparação com o anterior, tanto em design, quanto em acabamento interno e qualidade construtiva. 

As linhas retilíneas do G3 foram substituídas por traços mais arredondados para faróis e lanternas, que não conversavam tão bem com o restante da carroceria. Na cabine, o belo quadro de instrumentos com conta-giros e velocímetro tradicionais (lado a lado) foi substituído pela mesma peça utilizada no Fox, bem mais simples e com tacômetro diminuto.

Após anos sem mudanças profundas, o Gol G5 marcou a maior transformação do compacto em toda a sua história. Chegou no mercado em 2008 a terceira geração do veículo que representou um salto em qualidade construtiva, dirigibilidade e acabamento em relação aos antecessores.

“Esse modelo passou a ser construído em uma versão atualizada da plataforma PQ24, que até então era utilizada no Brasil nos modelos Polo e Fox. Isso possibilitou que o Gol pudesse adotar motores de disposição transversal, com mais espaço interno. Esse modelo também foi o primeiro Gol da história a não ter opção de carroceria com duas portas”, destaca Gustavo de Sá. 

 

VW Gol G6

Lançado em 2012 como linha 2013, temos o Gol G6, que é basicamente a primeira reestilização da terceira geração do modelo de acordo com o especialista da Zapay. Nesse modelo o hatch ganhou faróis e grade com traços mais retilíneos, enquanto a traseira adotou lanternas mais arredondadas e a seção central da tampa do porta-malas em alto relevo. A marca também promoveu atualizações de calibração nos motores 1.0 e 1.6 da família EA-111. Outra novidade foi a volta da carroceria de duas portas nas versões 1.0. No ano de 2015, o G6 recebeu o motor 1.6 EA-211 na versão Rallye.

Para manter o ar de novidade do Gol, a marca redesenhou novamente a dianteira do compacto no modelo G7, lançado em 2016 como linha 2017. O para-choque recebeu maior entrada de ar inferior, enquanto os faróis ficaram mais simples, com arranjo do tipo monoparábola. Na traseira, as lanternas ganharam novas lentes com aspecto tridimensional, enquanto a tampa do porta-malas novamente adotou vincos em baixo relevo. 

“O maior destaque desta reestilização foi a cabine, com painel completamente redesenhado e opção de central multimídia com tela tátil. Na mecânica, o G7 marcou a chegada do motor 1.0 três-cilindros da família EA-211”, explica o especialista. 

Por fim, chegamos no G8, que marcou a chegada da oferta de câmbio automático de seis marchas para o Gol. Na linha 2019 lançada em 2018. “Nesse modelo, do lado de dentro, além da nova alavanca de câmbio, houve mudanças pontuais em grafismos no quadro de instrumentos e nos revestimentos dos bancos. E acredito que é com esse visual que o Gol deverá sair de linha agora no final de 2022”, enfatiza. 

 

E para o futuro? Volkswagen Gol vai virar SUV?

Para o especialista da Zapay, tudo indica que sim!

“A Volkswagen anunciou oficialmente que está desenvolvendo uma nova família nacional de compactos baseada na plataforma MQB. Nessa nova estratégia, a marca pretende lançar um novo SUV de porte compacto, menor do que Nivus e T-Cross, para ser o utilitário esportivo mais acessível da marca por aqui. Ainda não há confirmação de que o modelo inédito irá, de fato, resgatar o nome Gol, então herança do Gol seria pelo fato de ser um modelo compacto exclusivamente projetado para o Brasil e outros países da América Latina”, reforça. 

Enquanto o mini-SUV da Volkswagen não chega, o Polo Track será o substituto imediato do Gol em 2023. “Em relação ao Polo atual, o futuro carro mais barato da marca no Brasil terá novos para-choques, grade redesenhada e faróis com formato inédito. O único motor disponível será o 1.0 MPI flex (aspirado), de até 84 cv de potência quando abastecido com etanol”, finaliza. 

 

Zapay está presente em todos os Detrans do País e é credenciada junto à Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), pela portaria Nº 750, publicada em 18 de outubro de 2018 no Diário Oficial da União.

 

Brasil: Confiança da Construção aumenta em agosto

Resultado é o melhor desde 2013 e especialistas acreditam em cenário otimista para o setor  

  

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV)divulgou, no fim do mês de agosto, o Índice de Confiança da Construção (ICST) com aumento de 1,4 pontos em relação ao mês de julho. Já no comparativo do mesmo mês com o ano anterior, o aumento foi de 1,8 pontos. De acordo com especialistas do setor e economistas, o aumento reforça o ambiente de confiança dos investidores e resulta em mais créditos, obras e empregos.   

A administradora financeira e coordenadora do curso de Ciências Contábeis do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Elisa Barroso, explica que o crescimento revelado pela FGV também coloca o aumento, na casa dos 98,2 pontos de confiança, atrás apenas da alta histórica, registrada em dezembro de 2013, quando atingiu 98,3 pontos. “Os números evidenciam algo que a população, em especial os economistas, adoram trabalhar. É uma cadeia de números positivos: com maior confiança, teremos mais crédito disponível. Logo, mais obras acontecendo, mais pessoas trabalhando, mais renda nas casas e mais dinheiro sendo movimentado. Um resultado muito bem-vindo, pois é o mais alto desde o final de 2013, há quase 10 anos. Isso é expressivo e denota melhora na nossa economia, fragilizada principalmente em razão do período pandêmico”, pontua Elisa.  

Para a especialista, há a possibilidade de esse crescimento ter uma queda razoável ainda em 2022, em razão do período eleitoral e da suspensão de obras estruturantes e de moradia pelos governos e administrações públicas. Entretanto, com variação declinando temporariamente. “São vários índices demonstrando aumento ou estabilidade dos movimentos do setor da construção civil. Temos também o Índice de Situação Atual (ISA-CST) e o Índice de Expectativas (IE-CST) - dados referentes aos comparativos da confiança de vários setores, como os de serviço, comércio e construção - aumentando gradativamente. Claro, com o período eleitoral, é possível haver uma perspectiva de desaceleração dos investimentos. Mas as expectativas para a demanda de futuro próximo são bastante otimistas”, finaliza a professora Elisa Barroso.   

No cenário de crescimentos, a FGV também sinaliza a intenção de 31% das empresas em contratar nos próximos meses, contra 11,9% indicando a possibilidade de redução. Desta forma, profissionais qualificados serão os principais requisitados na perspectiva da expansão da oferta de vagas relacionadas ao segmento das engenharias.  


Preço da gasolina reduz 6% em um ano e recuo chega a 24% após as reduções de julho e agosto, aponta Ticket Log

Média do litro nas bombas é 8% acima do valor, quando analisado com a paridade com o mercado internacional


O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que o preço médio do litro da gasolina, comercializado a R$ 5,75 no fechamento de agosto, é apenas 6% menor em relação ao mesmo período de 2021. “Se olharmos para o ano passado, o recuo nas bombas não chega aos dois dígitos, mas quando comparamos com as médias de junho deste ano, período anterior aos últimos recuos no preço do combustível, ocorridos após a redução da alíquota do ICMS no início de julho e reduções ao longo de julho e agosto, o preço da gasolina, que estava 7,56, já caiu 24%”, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.

Em relação a julho, o litro do combustível reduziu 11,62%. “Vale ressaltar que, de acordo com entidades do setor, ainda temos uma situação de preço nacional 8% acima da paridade com o mercado internacional, em relação ao preço das refinarias. Devemos aguardar o cenário dos próximos dias, que tende a apresentar mais reduções no preço do combustível”, reforça Pina.

Já o etanol, comercializado a R$ 4,95, ficou 9,90% mais barato para o motorista no fechamento de agosto, se comparado a julho. No comparativo com um ano atrás, o valor do biocombustível baixou 4%.

Nos destaques por região, o Nordeste apresentou as reduções mais expressivas para os dois combustíveis. A gasolina fechou a R$ 5,80, com baixa de 14,56%; o etanol a R$ 5,21, ficou 11,05% mais barato. 

A Região Norte se destacou no período com o maior preço médio para ambos os combustíveis: gasolina (R$ 5,97), etanol (R$ 5,35).

O Sul registrou as menores médias do País para a gasolina, que foi comercializada a R$ 5,48. O etanol mais barato de todo o território nacional foi encontrado nas bombas de abastecimento do Centro-Oeste a R$ 4,32.

Na análise por Estado, tanto a gasolina quanto o etanol, comercializados em Roraima, registraram as médias mais altas de todo o País. A gasolina no Estado fechou o período a R$ 6,49 e o etanol a R$ 5,81. Goiás liderou o ranking da gasolina mais barata, vendida a R$ 5,35, com recuo de 10,41%; e São Paulo apresentou o etanol com valor mais baixo entre os demais Estados, comercializado a R$ 3,86, com redução de 8,32%.            

Os recuos mais expressivos para os dois combustíveis foram registrados nos postos de abastecimento do Piauí: 18,24% de baixa no valor da gasolina, que passou de R$ 7,23 para R$ 5,91; e de 13,17% para o etanol, que passou de R$ 5,56 para R$ 4,83. No período, o etanol se apresentou como mais vantajoso para abastecimento apenas em São Paulo e no Mato Grosso.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

 

Ticket Log

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Memória curta na política

 “Brasileiro tem memória curta para política”.

“Nunca se lembra em quem votou”.

“Os candidatos esquecem das promessas que fizeram”.

Quem nunca ouviu frases assim, que atire a primeira pedra. A propósito, você lembra a última vez que brincou de tacar pedras? Pois é… São curiosos os caminhos da memória e podemos tirar valiosas lições a respeito de seu funcionamento. Por exemplo, em tempos de debates acalorados, nos quais os candidatos se acusam de terem memória curta e de se esquecerem “do que fizeram no verão passado”, não custa lembrar o funcionamento básico dos nossos mecanismos de memória.

A memória visual de um ser humano pode registrar cerca de 860 mil imagens todos os dias, 400 mil sons e mais de um milhão de sabores, odores e sensações táteis. Diante de um poder tão grande de retenção na memória, não faria sentido os candidatos carregarem uma pasta cheia de folhas e anotações para usar nos debates.

Quando falamos na memória do eleitor, é de causar estranheza ver pessoas levando suas memórias artificiais para a urna de votação para conseguir lembrar míseros números de dois a cinco dígitos de seus candidatos. Afinal, o que está acontecendo com a nossa memória? Será que estamos vivendo os efeitos da COVID 19, já que os relatos de lapsos de memória por parte de quem contraiu a doença têm aumentado consideravelmente? É possível que a afirmação popular de que brasileiro tem memória curta para política realmente se sustenta?

A melhor resposta para esta pergunta é, depende. Faz 25 anos que escrevo livros, artigos, pesquiso e dou palestras sobre o tema memória. Neste período, já atravessei diversas eleições e sempre trago à tona, no período eleitoral, a discussão sobre memória curta para os assuntos da política. Qual foi o candidato a deputado que você votou na última eleição? Qual era o partido político e o número de votação dele? Quais eram as propostas que ele apresentou para te convencer?

Deparados com essas perguntas, a maioria esmagadora dos eleitores não conseguia se lembrar, ou seja, admitia que no assunto política, tinha a memória curta. Mas, afinal, como gravamos as informações na memória? Por que o tema “política” geralmente cai na “caixa de spam” ou na “lixeira cerebral”?

Muito bem, e onde a política entra nesse processo? A lógica é bem simples: o tema política causa dor? Resposta: não! Nos enche de prazer e vontade de ficar falando a respeito? Resposta: também, não! Nesse caso, por não atender aos critérios básicos de memorização, o tema política e tudo que o envolve, como o nome dos candidatos, nome de partido, número e demais detalhes vão parar na lixeira da memória.

Pergunte a um eleitor se ele se lembra o nome e número dos candidatos que votou na última eleição, e você facilmente irá constatar o fenômeno da memória curta. A boa notícia é que percebo uma mudança de comportamento na população. A memória curta para a política está começando a se transformar em memória forte, de longa duração. O fato é que o jeito dos políticos se apresentarem, as plataformas de comunicação e especialmente a narrativa criada estão impactando a memória das pessoas e imprimindo com mais força as experiências.

Em primeiro lugar, temos uma polarização em que o perfil, a história, o temperamento, o comportamento dos políticos e as ideias que defendem estão ativando nas pessoas estados mentais de euforia, esperança, ódio, medo, ansiedade, indignação, entre outros, ou seja, mecanismos equivalentes aos que são ativados nos cérebros dos torcedores de times de futebol, que consegue lembrar “de cabeça” o nome, sobrenome, idade, nascimento, trajetória dos seus jogadores favoritos e nem precisou de papelzinho para anotar.

Tais estados mentais emocionais por si só já ativam mecanismos de memória de longa duração. Outro ponto importante é que o período pré-eleitoral está se tornando, não sei dizer se de forma deliberada ou não, um roteiro de novela recheado de reviravolta e descobertas bizarras da vida de seus atores políticos. E acompanhar o desenrolar dessas reviravoltas nos dá a impressão de que estamos assistindo a uma novela o que, mais uma vez, ativa nossos mecanismos mnemônicos e afastam o fantasma da memória curta.

Por último, nosso neocórtex é ativado e nos faz ficar preocupados com o futuro, tentando imaginar como será nosso país se este ou aquele político ganhar as eleições. Ao ativar nossas áreas nobres de processamento cerebral, automaticamente forçamos a criação de novas conexões neuronais e a retenção dessas memórias. E se, como eleitores, continuarmos utilizando esses mecanismos ao pensarmos em eleições, não será difícil imaginar a quantidade de detalhes que guardaremos a respeito dos candidatos.

Nesse dia, os políticos atuais receberão em nossa memória a mesma posição de Pelé, Neymar e Ronaldo, mas por enquanto continuemos com as “colinhas” e números escritos na mão para amenizar o problema da memória curta.

 

Renato Alves - pesquisador cognitivo e principal autor brasileiro nas áreas de aprendizagem, concentração e memória com 9 livros publicados, dentre eles O Cérebro com Foco e Disciplina; Os 10 Hábitos da Memorização; Faça seu Cérebro Trabalhar para Você, todos eles figurando nas listas dos mais vendidos do Brasil. É fundador da Memory Academy instituição que tem por objetivo ajudar pessoas com déficit de aprendizagem, foco, memória e concentração e, desde a fundação, já atendeu mais de 120 mil pessoas.

https://renatoalves.com.br/ 


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