Mariana Watanabe,
Consultora Financeira da Complement Consultoria & Marketing, revela as
principais vantagens que investidores podem encontrar ao aplicar na modalidade
As principais características das rendas fixas são
rendimentos não tão altos, porém com riscos extremamente reduzidos. Muitos
investidores buscam alternativas que trazem uma rentabilidade maior e os Fundos
de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) podem trazer vantagens nesse
sentido, unificando lucro e diversificação.
Os FIDC’s são fundos de investimentos que reúnem
recursos financeiros de diversos investidores para uma aplicação em conjunto. A
exigência é que 50% do patrimônio líquido do fundo sejam aplicados em direitos
creditórios, ou seja, provenientes dos créditos de recebíveis que uma empresa
tem a receber, tais como cheques, parcelas de cartão de crédito, aluguéis ou
duplicatas.
De acordo com Mariana Watanabe, especialista em
Gestão de Finanças que atua como Consultora Financeira da Complement Consultoria & Marketing,
essa modalidade de investimentos tem vantagens e desvantagens. “Na maioria dos
casos o FIDC possui uma rentabilidade superior ao CDI dentro da renda fixa,
além de ter riscos classificados por agências de rating, gerando mais segurança
para investidores. Esses fundos são controlados por diversas instituições,
fazendo com que a fiscalização seja maior e resulte em aplicações mais seguras.
No entanto, os FIDC’s não são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de
Crédito), ficando restritos a investidores qualificados ou profissionais e
possuem uma baixa liquidez”, revela.
Há quem compare o FIDC com o conceito de Factoring,
porém, a especialista alerta que existem diferenças entre os dois sistemas de
investimento. “O factoring é uma sociedade comercial de capital próprio, que
compra recebíveis como cheques, duplicatas e notas promissórias de empresas de
pequeno e médio porte. No FIDC o risco de inadimplência dos recebíveis é
assegurado pelo fundo. Vale lembrar que o FIDC não exige o pagamento de
impostos, enquanto as operações das Factorings incluem Imposto de Renda e IOF”,
pontua.
Quando o assunto é captação de recursos, o FIDC sai
na frente como a melhor opção, pois possui alta rentabilidade em comparação com
outros tipos de investimentos. “O rendimento do FIDC não varia de acordo com a
oscilação do mercado, então, é possível prever qual vai ser a rentabilidade dos
direitos creditórios no momento em que o contrato for assinado. É uma ótima
opção para quem deseja diversificar investimentos sem correr grandes riscos”,
relata Mariana Watanabe.
De acordo com a Consultora, para investir de forma
certeira é importante encontrar o fundo correto para cada tipo de
empreendimento. “O investimento mínimo é de 25 mil reais, e existem diversos
tipos de FIDCs. Cada um possui a sua aptidão por segmento e faturamento e,
geralmente, esses fundos se interessam por empresas de médio porte com
faturamento anual de aproximadamente 30 milhões de reais. É possível encontrar
FIDCs para todo tipo de negócio, mas é importante ter conhecimento para
encontrar o negócio certo. A Complement possui uma vasta carteira de parceiros
que podem auxiliar nesse processo”, revela.
Para Mariana Watanabe, players conhecidos do mercado possuem seus próprios FIDCs, mas a modalidade não se restringe aos grandes empreendimentos. “É possível estruturar FIDCs para empresas de médio porte independentemente da área de atuação, transformando os recebíveis em garantia para a captação de recursos, antecipando as contas a receber e adiantando as contas a pagar. É possível também gerar receita financeira a partir da compra de recebíveis de seus próprios fornecedores”, finaliza a especialista.
Mariana Watanabe tem 15 anos de experiência no
varejo, sendo 8 deles dedicados à área financeira especificamente.
Especializada em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação
Getúlio Vargas, atua como consultora financeira da Complement Consultoria &
Marketing.
Complement Consultoria & Marketing
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