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quinta-feira, 5 de maio de 2022

Maio amarelo: especialistas reforçam importância da reabilitação à redução de sequelas por acidentes de trânsito

Lesões na coluna, fraturas expostas e traumatismo craniano estão entre os danos mais frequentes


Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um problema grave de saúde pública, os acidentes de trânsito estão entre as causas que mais matam brasileiros por ano – 89 pessoas por dia morrem em decorrência deste problema, segundo dados do banco de dados públicos do Sistema Único de Saúde (DataSUS).

Somente em 2021, de acordo com informações do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (Renaest), foram registrados mais de 630 mil acidentes nas estradas brasileiras. Além disso, um estudo recente divulgado pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) alertou para o aumento de ocorrências de internação de motociclistas envolvidos em acidentes de trânsito no Brasil. Conforme o levantamento, em 2021, foi registrado um número 14,3% maior do que no ano anterior, com mais de 71 mil ocorrências.

Além do alto risco de óbito, muitas das lesões decorrentes de acidentes de trânsito podem deixar sequelas incapacitantes definitivas, principalmente se a vítima não receber um atendimento adequado de primeiros socorros e se houver demora para iniciar um programa de reabilitação correto e eficiente.

“Infelizmente, as estatísticas só trazem número de acidentes e de mortes, ou seja, faltam dados em relação ao número de sequelados e o consequente impacto socioeconômico”, destaca Andréa Thomaz, fisiatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

A fisioterapeuta Michelle Lisidati Franchini, que também atua na Rede São Camilo SP, explica que o dano mais comum neste tipo de acidente está ligado à coluna lombar e cervical (pescoço).

“Quando estamos dentro de um carro em movimento, nosso corpo está com a mesma velocidade que ele. Por isso, quando nos chocamos com outro veículo ou objeto, somos projetados para frente, em um movimento brusco que afeta toda essa parte da coluna”, detalha.

Segundo ela, o problema também ocorre quando há colisão por trás, uma vez que o banco atua sobre as costas, empurrando a pessoa para frente. “Quem dirige com a cabeça muito afastada do encosto, por exemplo, tem maior probabilidade de sofrer danos na coluna, nestas situações.”

Além disso, a especialista destaca que os traumas mais comuns em acidentes de trânsito são aqueles que ocorrem por penetração, quando objetos cortantes atingem o corpo; por impacto, danificando os órgãos e tecidos; e por aceleração e/ou desaceleração, afetando os órgãos internos.

Dessa forma, como podem ocorrer vários tipos de lesões e muitas delas não são visíveis, o atendimento adequado (e preferencialmente o mais rápido possível) é fundamental para evitar piorar as lesões iniciais e minimizar os riscos de sequelas.

A especialista ressalta que o processo de reabilitação deve ser iniciado o quanto antes, tão logo o paciente esteja estável clinicamente. E é muito importante ter uma equipe multidisciplinar nos planos de cuidado destes pacientes, já que as sequelas podem não ser só físicas.

“A reabilitação já se inicia na fase aguda, logo após a ocorrência do trauma, principalmente pelos cuidados respiratórios, pela prevenção das úlceras de pressão e das deformidades dos segmentos paralisados ou imobilizados”, salienta.

 

Lesões mais comuns provocadas por acidentes de trânsito

Traumatismo craniano ou cranioencefálico:

Inclui fratura do crânio e pode ocorrer acometimento do cérebro. Dependendo da intensidade da batida, as lesões podem ser graves e, às vezes, até irreversíveis.

Fratura exposta:

Pode ser grave pelo elevado risco de contaminação e infecção dos tecidos, pelo risco de amputação e pela perda de sangue; sua recuperação pode ser mais lenta, uma vez que será preciso reconstituir a pele e fibras musculares rompidas.

Fratura de quadril: 

Muito comum em acidentes com alta energia; lesões nessa região do corpo podem causar hemorragia interna grave, o que pode ser fatal em poucas horas caso o sangramento não seja identificado e tratado imediatamente.

Fratura na coluna vertebral:

Uma fratura vertebral pode lesionar a espinha dorsal, situação em que as sequelas podem ser bastante graves e, muitas vezes, irreversíveis, incluindo a perda de movimentos de todos ou alguns membros do corpo, a perda do controle da bexiga e do intestino, e, também, a perda ou redução da sensibilidade.

 

Do primeiro atendimento à reabilitação: um longo processo

Michelle destaca que a reabilitação do paciente vítima de acidente de trânsito envolve reaprender ações básicas, como as atividades de vida diária, para que possa alcançar o máximo de independência e qualidade de vida.

De acordo com a profissional, uma boa avaliação fisioterapêutica, diagnóstico e tratamento do paciente têm como objetivos principais a manutenção ou ganho da amplitude de movimento dos membros, ganho de força muscular, diminuição do edema e manutenção da circulação adequada, além de prevenção de complicações respiratórias.

“Com a tecnologia atual, é possível alcançar ótimos resultados nesse sentido. Equipamentos eletroterapêuticos e de hidroterapia, por exemplo, são alguns dos inúmeros recursos que utilizamos durante o tratamento de pacientes nos ambulatórios de reabilitação da Rede São Camilo SP, sempre monitorados por uma equipe multiprofissional, que inclui fisioterapeutas, fisiatras, educadores físicos e fonoaudiólogos, entre outros”, ressalta.

Já o tempo de recuperação pode variar bastante, dependendo do tipo de lesão. O profissional de educação física Cássio Couto Moares, que também atua no Hospital São Camilo de São Paulo, afirma que pacientes com politrauma podem necessitar de até seis meses de tratamento.

De acordo com Cássio, lesões graves da coluna e/ ou crânio podem levar a condições neurológicas incapacitantes que se caracterizam por alterações da motricidade e da sensibilidade, além de outros distúrbios dos segmentos do corpo localizados abaixo da lesão, fatores que implicam no tempo e tipo de tratamento mais adequado a cada caso.

“Estudos mostram que um ano após o trauma, a velocidade de recuperação diminui acentuadamente e há pouca recuperação espontânea posterior a isso. Nestes casos, orientamos que o paciente mantenha uma reabilitação contínua”, alerta.

 

E atividade física: ajuda ou atrapalha?

Cássio frisa que, antes de iniciar qualquer programa de exercício físico, o paciente deverá fazer uma avaliação de pré-participação e estratificação do risco cardiovascular. Estando apto a praticar atividade física, o paciente seguirá um programa específico voltado para o tipo de lesão sofrida.

“É importante deixar claro que o exercício físico é sempre benéfico de forma ampla, tanto para a saúde física como mental. No entanto, em casos de recuperação de acidentes, o acompanhamento multiprofissional é crucial para evitar agravamento dos danos”, reforça.

 

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo

Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 5 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 1 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros.

No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.



Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Crescem casos de intoxicação por uso indevido de medicamentos, em Goiás

Cuidado com a automedicação! Especialista reforça os danos do uso inadequado de remédios.
Pexel


No Dia Mundial do Uso Racional de Medicamentos, especialista explica que hábito pode causar danos irreversíveis à saúde humana


O brasileiro tem o hábito de correr às farmácias para se automedicar contra dor de cabeça, febre, gripe, entre outras doenças. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF), 77% da população se automedica e quase metade (47%) têm o hábito de tomar remédio sem receita médica pelo menos uma vez ao mês. Essa prática tem sido comum não só no Brasil, mas por vários países. Pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que, pelo menos, 50% da população mundial se automedica de forma irregular.

A automedicação e a facilidade de comprar medicamentos sem receita médica é um dos maiores problemas da saúde mundial, segundo a OMS. É um alerta que precisa ser reforçado na semana que marca o Dia Mundial do Uso Racional de Medicamentos, em 5 de maio.

Em Goiás, os casos de intoxicação por medicamentos apresentaram crescimento nos últimos anos. Levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) mostra que em 2016 foram registrados 1.924 casos; em 2017, 2.348 e, em 2018, 2.373. Não há números mais atuais.

O uso inadequado ou abusivo de remédios é apontado pela secretaria como o segundo tipo de intoxicação que mais acomete as pessoas no Estado. Só perde para os acidentes por animais peçonhentos. O ato pode trazer consequências sérias para a saúde das pessoas. Cerca de 10% das internações hospitalares no mundo ocorrem em função do uso incorreto de medicamentos, segundo a OMS.


Alerta

Esse hábito tem gerado preocupação em especialistas e limitado a prescrição de fármacos, como por exemplo, os antibióticos, que podem produzir uma série de irregularidades no corpo humano. O uso irracional desses medicamentos pode produzir a chamada resistência bacteriana - permitindo a adaptação das bactérias e criando resistência ao medicamento - e gerando o agravamento de infecções que seriam tratadas facilmente.

O gastroenterologista Heitor Rosa (CRM-GO 687), que atende no Órion Complex, explica que os médicos estão cada vez mais conscientes sobre o uso abusivo de remédios. “Atualmente há maior conscientização médica sobre a prescrição de medicamentos. É indispensável o exame físico ao receitar o remédio e o profissional deve estar convencido dessa necessidade”.


Antigripais

Com o surgimento da Covid-19, dengue e de outras doenças respiratórias, como a Influenza H3N2, os brasileiros também intensificaram o hábito do consumo exagerado de antigripais e também dos anti-inflamatórios.

Heitor Rosa explica que, assim como os antibióticos, os antigripais e antiinflamatórios também podem gerar prejuízos para a saúde. “Os antigripais têm forte apelo ao consumo inadequado, são utilizados para tratar sintomas como o corrimento e obstrução nasal, além dos espirros. Já os antiinflamatórios tratam dores articulares e musculares. Ambos causam irritação gástrica, ativação de úlceras e até hemorragias digestivas.”

Para o gastroenterologista, a prevenção contra o excesso de medicamentos é a melhor medida para evitar reações químicas indesejáveis. “Se qualquer sintoma for persistente, o diagnóstico e a orientação médica são imprescindíveis. Não tome o remédio usado pelo vizinho ou indicado pelo amigo. Os mesmos sintomas ocorrem em doenças diferentes”, alerta Heitor Rosa.


Exames de ultrassom e ressonância magnética não levam radiação.


Verdade. No ultrassom, temos a emissão de ondas sonoras que não conseguimos escutar que ajudam a produzir imagens dinâmicas do corpo humano. Já a ressonância magnética utiliza o campo magnético para retratar imagens de alta definição dos órgãos do corpo humano.
 

Pacientes com claustrofobia não podem realizar exames de ressonância.

Mito. O paciente que possui claustrofobia em alguns casos pode se beneficiar da ressonância de campo aberto, que é feita em um aparelho similar ao convencional, porém com aberturas. Caso não seja possível, existe a possibilidade de realizar o exame com anestesia/sedação acompanhado por um médico anestesista.
 

Grávidas não devem realizar exames que envolvem radiação no primeiro trimestre.

Verdade. Os exames de imagem são mais seguros no último trimestre da gestação e devem ser evitados nas 12 primeiras semanas. A partir da décima segunda semana, já é possível realizar o exame de ressonância magnética sem o uso de contraste.
 

Existem exames que emitem mais radiação que uma radiografia.

Verdade. A tomografia, por exemplo, pode chegar a emitir 10 vezes mais radiação do que um aparelho de RX.
 

Não podemos usar objetos metálicos na hora dos exames de imagem.

Verdade. Todos os objetos metálicos, como brincos, anéis, pulseiras e relógios precisam ser retirados. Os metais podem sofrer aquecimento e prejudicar a avaliação final do diagnóstico. Além disso, em exames como a ressonância magnética, a pele pode sofrer aquecimento também com a presença de tatuagens.
 

Pacientes com pinos e marca-passo podem fazer o exame de ressonância

Mito. Devido ao campo magnético gerado pelo aparelho de ressonância, o exame é contraindicado para pessoas que tenham implantes eletrônicos, como marcapasso cardíaco, marcapasso cerebral, clip de aneurisma cerebral, stent, pinos, parafusos ou placas no corpo.
 

Os exames apresentam efeitos colaterais

Parcialmente verdade. Em geral, exames de imagem não apresentam efeitos colaterais significativos. Embora sejam muito raros, os efeitos colaterais como reações alérgicas acontecem mais quando se utiliza contraste na ressonância e principalmente na tomografia.
 

O contraste apresenta riscos à saúde.

Verdade. Mas deve-se ter em mente que estes exames são extremamente seguros. As complicações pela injeção de contraste são raras e quando acontecem, geralmente são leves. Com base em estudos internacionais, as reações adversas ao exame feito com contraste iodado iônico (utilizado na tomografia) são tão raras que acontecem numa proporção de 1 para cada 150 mil pacientes e, entre os que apresentam alguma reação, as mortes acontecem uma a cada 15 mil. Os agentes de contraste à base de gadolínio (usado na ressonância) são mais seguros que o contraste iodado e, portanto, as reações leves ou graves são ainda mais raras.
 

Exames de raio-x fazem mal e só podem ser feitos uma vez ao ano.

Mito. É verdade que existe um limite anual para um ser humano receber radiação. No entanto, a quantidade de radiação emitida nesse tipo de exame é mínima, e o avanço tecnológico permitiu o desenvolvimento de máquinas ainda mais seguras, principalmente aquelas que utilizam técnicas digitais. Obviamente o exame deve ser feito com indicação médica precisa.
 

Quem faz exames de raio-x pode desenvolver câncer.

Parcialmente verdade. Exposições exageradas às radiações aumentam o risco de câncer. Nas radiografias simples, no entanto, a dose efetiva de radiação é muito pequena, equivalente a alguns dias de radiação natural a que estamos expostos no ambiente em que vivemos.
 

Exames de raio-x só são feitos para ver ossos.

Mito. Apesar dos exames de raio-x não serem ideais para visualizar órgãos como coração e fígado, eles são essenciais para o diagnóstico de diferentes doenças no pulmão e no intestino, por exemplo. Quando o exame de raio-x é associado ao uso de contraste, é possível ainda avaliar outras estruturas como estômago, esôfago, duodeno e útero.
 

FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas. Com 1.910 colaboradores e um corpo técnico formado por mais de 500 médicos.

Dia Mundial do Lúpus: Células-tronco mensequimais são uma das apostas da medicina no tratamento da doença

 Data reforça a importância do diagnóstico e tratamento contínuo

 

O Dia Internacional do Lúpus, ressaltado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 10 de maio, foi criado com o objetivo de desmistificar a doença, chamar atenção sobre o impacto que ela causa na vida dos pacientes, promover o diagnóstico precoce e incentivar as pesquisas e desenvolvimento de tratamentos para o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

De acordo com Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, a doença é do tipo inflamatória crônica imunomediada, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos, rapidamente, ou de forma mais lenta e progressiva. “Pode ocorrer em qualquer idade ou gênero, porém é mais comum em mulheres. Por ser uma disfunção do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação, o paciente com Lúpus pode apresentar diferentes sinais e sintomas em diferentes órgãos”, explica. 

A doença ataca vários tecidos do corpo, mas geralmente afetam o coração, o sistema nervoso e locomotor, os pulmões e rins. Dr. Nelson pontua que, dentre as possíveis formas de tratamento, as células-tronco mesenquimais do cordão umbilical se caracterizam como uma opção de tratamento para os pacientes com essa condição. “Essas células têm propriedades mediadoras, que podem regular o sistema imunológico e suprimir a resposta imune anormal contra os tecidos do corpo”, certifica. 

O hematologista enfatiza que as células-tronco mesenquimais encontradas no sangue e tecido do cordão umbilical possuem diferentes potenciais de diferenciação e propriedades de regulação do sistema imune, o que viabiliza o controle de sua progressão. “Diversos estudos apontam que as células-tronco são extremamente efetivas na regressão de distúrbios e na aceleração da recuperação de enfermidades. A tendência é que de médio a longo prazo, seu uso seja mais disseminado à população”, assegura. 

Por fim, o médico reforça que, para uma vida saudável, o paciente com Lúpus deve manter os cuidados especiais com a saúde, incluindo atenção com a alimentação, prática de atividade física e evitar condições que motivem o estresse. “Essas ações são indispensáveis, já que auxiliam a controlar as atividades inflamatórias do organismo, ajudam o sistema imunológico e minimizam os efeitos colaterais dos medicamentos”, conclui.
 

Criogênesis


Dia Nacional da Distonia: Toxina botulínica é o tratamento mais eficiente para a doença

O controle da distonia pode trazer mais qualidade de vida ao paciente e tratar distúrbios psicológicos que podem estar associados à doença

 

No dia 6 de maio é celebrado o Dia Nacional da Distonia, doença caracterizada por contrações musculares involuntárias e espasmos incontroláveis, que são muitas vezes repetitivos, podendo causar posturas anormais e dolorosas para os pacientes. A Distonia pode ser idiopática, ou seja, ter sua origem indeterminada, ter causa genética ou pode estar associada a traumas, outras doenças neurológicas e uso de alguns medicamentos. 

Os sintomas podem variar de acordo com a região afetada pela doença, como por exemplo as mãos, pescoço, cabeça, cordas vocais e olhos. Na distonia cervical, o pescoço é a parte mais atingida, provocando sintomas como inclinação involuntária do membro para a frente, para trás ou para os lados, com dor associada1.

Segundo a Dra. Adriana Moro, médica neurologista e especialista em distúrbios do movimento, a distonia necessita de um tratamento multidisciplinar com fisioterapia e fonoaudiologia -- quando a voz é afetada, porém atualmente a aplicação de toxina botulínica é a parte do tratamento que mais ajuda a diminuir as contrações musculares involuntárias e as dores características desta doença. As aplicações são administradas pelo médico diretamente nos músculos afetados, geralmente a cada 3 meses e é normal sentir leve dor no local da injeção. Embora seja incomum, as aplicações podem causar outros efeitos colaterais, de acordo com o local da injeção, como dificuldade para engolir, no caso de distonia cervical, por exemplo.

Para a paciente Michelle dos Santos, de 40 anos, o primeiro sintoma foi uma inclinação involuntária do pescoço para o lado esquerdo, o que a motivou a procurar um neurologista e recebeu o diagnóstico da distonia cervical. A partir disso, Michelle iniciou o tratamento com aplicações de toxina botulínica na região posterior e lateral do pescoço. Ela afirma que sua qualidade de vida mudou totalmente, pois conseguiu retomar a sua vida social, como ir em festas e sair com os amigos e familiares.

Além disso, medicamentos para tratar distúrbios do humor ou do sono também fazem parte da vida de quem convive com a enfermidade, pois segundo a Dra. Adriana, a distonia pode ser incapacitante e prejudicar o dia a dia e a autoestima do paciente. Outro tipo de tratamento que pode ser utilizado por profissionais médicos é a cirurgia, opção que normalmente só é realizada quando os outros tratamentos não são eficazes. A técnica mais indicada de operação é a de Estimulação Cerebral Profunda, na qual consiste a implantação de eletrodos dentro do cérebro que estão conectados a um pequeno dispositivo, semelhante a um marcapasso, que geralmente fica no tórax e envia impulsos elétricos para o cérebro, ajudando a controlar as contrações musculares. Já a segunda é a Desenervação Periférica Seletiva, que consiste no corte das terminações nervosas que estão causando espasmos musculares1.

Caso você apresente alguns dos sintomas citados no texto, procure um médico neurologista ou vá à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência.


Falta de sono aumenta gordura abdominal prejudicial

Novas pesquisas da Mayo Clinic mostram que a falta de sono suficiente combinada com o livre acesso a comida aumentam o consumo de calorias e consequentemente o acúmulo de gordura, especialmente a go abdominal prejudicial. Descobertas de um estudo cruzado controlado e randomizado conduzido por Naima Covassin, Ph.D. (pesquisadora em medicina cardiovascular na Mayo Clinic), mostram que a falta de sono suficiente leva a um aumento de 9 por cento na gordura abdominal total e a um aumento de 11 por cento na gordura visceral abdominal, comparado com sono controlado. A gordura visceral é depositada profundamente dentro do abdome em torno dos órgãos internos e está fortemente ligada a doenças cardíacas e metabólicas.

As descobertas estão publicadas na revista médica Journal of the American College of Cardiology e o estudo foi financiado pelo National Heart, Lung and Blood Institute (Instituto Nacional de Coração, Pulmões e Sangue). A falta de sono suficiente costuma ser uma decisão comportamental que tem se tornado cada vez mais comum. Mais de um terço dos adultos nos EUA rotineiramente não dormem o suficiente, em parte por conta do trabalho em turnos e de dispositivos inteligentes e redes sociais utilizados durante os horários tradicionais de sono. Além disso, as pessoas tendem a comer mais durante longos períodos em que estão acordadas, sem aumentar a atividade física.

“Nossas descobertas mostram que o sono encurtado, mesmo em pessoas jovens, saudáveis e relativamente magras, está associado a um aumento na ingestão de calorias, a um aumento muito pequeno no peso e a um aumento significativo no acúmulo de gordura na barriga,” diz Virend Somers, M.D., Ph.D., professor de medicina cardiovascular da cátedra Alice Sheets Marriott e principal investigador do estudo.

“Normalmente, a gordura é preferencialmente depositada subcutaneamente ou abaixo da pele. Porém, o sono inadequado parece redirecionar a gordura para o compartimento visceral, que é mais perigoso. É importante ressaltar que, embora durante o sono de recuperação tenha havido uma diminuição na ingestão de calorias e no peso, a gordura visceral continuou a aumentar. Isso sugere que um sono inadequado é um gatilho previamente não reconhecido para o depósito de gordura visceral e que o sono de recuperação, pelo menos a curto prazo, não reverte o acúmulo de gordura visceral. A longo prazo, essas descobertas implicam o sono inadequado como um contribuidor para as epidemias de obesidades, doenças cardiovasculares e metabólicas,” afirma o Dr. Somers.

A coorte do estudo consistiu em 12 pessoas saudáveis que não eram obesas, cada uma passando por duas sessões de 21 dias no ambiente de internação. Os participantes foram aleatoriamente colocados no grupo de sono controlado (sono normal) ou no grupo de sono restrito durante uma sessão e o oposto durante a próxima sessão, após um período de pausa de três meses. Cada grupo teve acesso à livre escolha de alimentos durante todo o estudo. Os pesquisadores monitoraram e mediram o seguinte: consumo de energia; gasto de energia; peso corporal; composição corporal; distribuição de gordura, incluindo gordura visceral ou gordura na barriga; e biomarcadores circulantes de apetite.

Os primeiros quatro dias foram um período de adaptação. Durante esse tempo, todos os participantes foram autorizados a dormir nove horas. Nas duas semanas seguintes, o grupo de sono restrito teve quatro horas de sono permitidas, e o grupo de controle manteve as nove horas. A isso se seguiram três dias e noites de recuperação com nove horas de sono para os dois grupos.

Os participantes consumiram mais de 300 calorias extras por dia durante a restrição do sono, comendo aproximadamente 13 por cento mais proteína e 17 por cento mais gordura, comparado com o período de adaptação. Esse aumento no consumo foi maior nos primeiros dias de restrição de sono e, então, reduzido gradativamente para os níveis iniciais durante o período de recuperação. O gasto de energia permaneceu basicamente o mesmo durante o processo.

“O acúmulo de gordura visceral foi detectado apenas via tomografia computadorizada e seria despercebido de qualquer outra forma, especialmente porque o aumento de peso foi bem modesto (apenas cerca de meio quilo)”, afirma a Dra. Covassin. “Medidas de peso por si só seriam falsamente tranquilizadoras em termos de consequências de sono inadequado para a saúde. Também preocupantes são os efeitos potenciais de períodos repetidos de sono inadequado em termos de acúmulo e aumento progressivo de gordura visceral no decorrer dos anos.”

O Dr. Somers afirma que intervenções comportamentais, como um aumento de exercícios físicos e a escolha de alimentos saudáveis, precisam ser consideradas para pessoas que não conseguem evitar facilmente a quebra do ritmo de sono, como ocorre com trabalhadores de turnos. Mais estudos são necessários para determinar como essas descobertas em jovens saudáveis se relacionam com pessoas de maior risco, como aquelas que já estão obesas ou têm uma síndrome metabólica ou diabetes.

 

Mayo Clinic


Dia das Mães: 57% fazem cesarianas no Brasil enquanto OMS recomenda 15%


Neste mês de maio, o Dia das Mães (8) e o Dia da Saúde da Mulher e da redução da mortalidade materna (28) nos incentivam a discutir um tema muito importante: os diferentes tipos de parto no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país ocupa a segunda posição no mundo em número de cesarianas, pois 57% das crianças nascem por meio do procedimento. De acordo com a Organização, a média mundial de cesarianas está em 30%, mas o ideal seria que esse número estivesse entre 10% e 15%, porque o procedimento só é recomendado em casos específicos e pode trazer alguns riscos para a saúde da mãe e do bebê.
Entenda:
 

A Cesárea

Trata-se de uma incisão cirúrgica feita no abdômen da mãe de forma indolor (por causa da anestesia) para a retirada do bebê. Entre suas vantagens está a possibilidade de escolher o momento do nascimento, além do conforto e praticidade para a gestante. No entanto, por se tratar de uma cirurgia, o procedimento pode trazer reações como hemorragias, trombose dos membros inferiores e alergias, como também, um tempo de recuperação mais longo.
 

O Parto Normal

Dar a luz de forma natural traz benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a mãe, a recuperação é mais rápida e com menos riscos de complicações pós-parto. O processo natural é benéfico para o vínculo entre mãe e filho, pois as contrações liberam a ocitocina e o aumento da produção de leite acontece mais rapidamente. Para o bebê, o parto normal contribui para um melhor desenvolvimento do sistema imunológico e menos chances de desenvolver doenças respiratórias. 

O parto normal também pode ter contraindicações caso sejam detectados pelo médico riscos para a mãe ou para o bebê. São casos onde há alguma anormalidade com a placenta ou útero que podem levar ao sofrimento materno ou fetal, quando a mãe tem problemas de hipertensão e quando não há contração nas últimas semanas de gestação. 

Porém, de acordo com um levantamento do Ministério da Saúde, 42% das cesarianas que acontecem no Brasil são marcadas com antecedência e em pelo menos 14% dos casos, a cesárea é uma opção da mãe, por se tratar de um procedimento indolor e por ser mais conveniente. 

Para a Dra. Karina Santos, médica de família na Sami -- operadora de saúde de São Paulo, o medo é um dos principais motivos para uma mulher querer um parto prático e indolor, mesmo que gere consequências. Por isso o parto humanizado é um modelo que precisa ser trabalhado com as gestantes.
 

O parto humanizado é um procedimento onde a mulher escolhe desde o local de preferência para o nascimento do bebê, com menos métodos invasivos e condutas desnecessárias, evitando possíveis traumas decorrentes da violência obstétrica para a mãe e para o bebê. 

Para a Dra Karina, a mulher tem que expor o que deseja para o parto e o médico deve sinalizar a melhor opção, considerando a saúde dela e do bebê. “O que acontece hoje é que o médico quer realizar o procedimento da forma mais rápida possível e muitas vezes desconsidera a vontade do paciente”, aponta. 

Na Sami, a atenção primária permite que a equipe médica participe mais do dia-a-dia da gestante: “O time de saúde fica mais próximo do paciente do que em modelos convencionais. Com isso, nós conseguimos tirar mais dúvidas e aconselhar a gestante sobre questões como alimentação saudável e atividades físicas ideais para o período de gestação. A visão geral da paciente abre caminhos para que a gente consiga elaborar um plano de parto junto com a mãe e após a criança nascer, o mesmo médico da família continua cuidando do bebê. Criar esse laço e essa ligação é um dos propósitos que temos aqui na Sami”, conclui a Dra Karina.

 

Cirurgia DBS pode reduzir até 80% dos tremores causados pelo Parkinson


Embora o Parkinson seja uma doença ainda sem cura, a ciência vem trabalhando continuamente em busca de tratamentos para estabilizar, atenuar ou até mesmo interromper a piora dos sintomas. Esta é a segunda condição neurodegenerativa mais incidente em pessoas acima dos 60 anos, atrás apenas do Alzheimer. Entre as muitas dúvidas, que vão além do diagnóstico, as formas de tratamento também deixam incertezas entre os pacientes. Será que a medicação é nossa única alternativa, ou existem outras opções? 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam que aproximadamente 2% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a condição. Já no Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com ela. A origem do Parkinson está na perda de neurônios em um núcleo bem específico do cérebro chamado de Substância Negra (região onde os neurônios possuem um pigmento de cor muito escura, a neuromelanina), responsáveis pela produção de dopamina. Assim, os pacientes têm esses neurônios comprometidos, deixando de produzi-la. Os movimentos são afetados porque a dopamina, que ativa uma área do cérebro conhecida como corpo estriado, é uma das portas de entrada de um dos principais centros reguladores dos movimentos do corpo. 

Entre os sintomas mais conhecidos da doença estão o tremor involuntário e a rigidez corporal que, normalmente, podem ser controlados com o uso da medicação adequada. Entretanto, com o passar dos anos, o remédio pode perder o efeito gradativamente ou ainda o paciente pode desenvolver efeitos colaterais pelo uso da medicação, causando transtornos ao parkinsoniano.
Embora ainda existam excelentes opções de medicamentos como a conhecida Levedopa, que revolucionou o tratamento e foi oficialmente aprovada em 1970, cerca de 20 a 30% dos pacientes podem ter efeitos adversos à terapia medicamentosa, principalmente, alguns anos após o uso, como movimentos involuntários, alucinação e delírios. Mesmo com o ajuste da dosagem, os sintomas podem atrapalhar a vida do paciente e o efeito dos fármacos fica cada vez mais curto.  

Atualmente, uma das maiores esperanças da medicina em relação ao Parkinson é o aprimoramento da inovadora cirurgia intitulada DBS (do inglês, deep brain stimulation), que consiste na implantação cirúrgica de um dispositivo médico neuroestimulador, semelhante a um marca-passo cardíaco, auxiliando no controle dos principais sintomas da doença, que pode garantir a qualidade de vida dos pacientes. 

A cirurgia é um recurso muito importante e deve ser considerada para alguns pacientes. Ela não é ainda a primeira linha de tratamento possível, mas é uma das melhores alternativas em casos de pacientes que passam a apresentar resistência às medicações já conhecidas, e pode reduzir os tremores em até 80%, além da rigidez e outros sintomas, quando bem indicada.

É importante lembrar que nem todos os pacientes com Parkinson apresentam os mesmos sinais. Entre os mais conhecidos, além do tremor involuntário e da rigidez corporal, estão: as dores musculares; a lentidão nos movimentos; a perda de expressões faciais; entre outros, como a constipação e a incontinência urinária. Alguns podem ter apenas um tremor leve e, outros, um pouco de rigidez no corpo. Uma minoria também pode apresentar alterações de memória e de comportamento, por exemplo.

Na última década, principalmente, a tecnologia foi capaz de proporcionar benefícios ao paciente sem precedentes de efeitos colaterais. Em meio a um momento de descobertas no campo das terapias gênicas, pesquisadores tem apresentado, com confiança, estudos que visam apresentar novidades. 

Nestas pesquisas mais recentes, a proposta é autorregular a produção de dopamina, neurotransmissor responsável pela mensagem entre as células nervosas e que tem queda intensa na Doença de Parkinson. 

Além disto, o momento é também de lançamento para novas medicações de tratamento não apenas do Parkinson, mas também de outras doenças neurológicas. Esperamos contar no Brasil, em breve, com o ultrassom focado guiado por ressonância, que é uma ferramenta útil para tratar pacientes com tremor essencial e, também, o tremor do Parkinson, de uma forma menos invasiva. 

Neste momento de ansiedade, os pacientes que buscam consultar especialistas estão sempre ansiosos por novidades. Enquanto isso, trabalhamos diariamente para aprimorar as técnicas e, com base em avaliações clínicas, adaptar a terapia com mais precisão às necessidades de cada um.

 

Marcelo Valadares - neurocirurgião, pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e médico do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Dia das Mães pode trazer questionamentos sobre ideais inalcançáveis de maternidade

A terapeuta da Naomm, Katia Hirt, destaca a importância de sair do arquétipo idealizado da mãe pela sociedade e encarar a realidade sem culpa

 

"Quando nasce uma mãe, nasce a culpa". Essa frase se tornou tão popular nos últimos anos que é difícil alguém que não tenha se deparado com ela em algum momento, seja no ambiente de trabalho ou em um evento familiar. A verdade é que essa questão vem se tornando ainda mais desafiadora, especialmente diante da idealização da mãe multitarefas na sociedade moderna, que trabalha, seja dentro ou fora de casa, se cuida, e ainda consegue estar presente na vida dos filhos.

Com a chegada do Dia das Mães, o assunto ganha ainda mais relevância, nos levando a questionamentos a respeito das ideias inalcançáveis da maternidade. “Dentro da sociedade atual existe uma exigência muito grande de que as mulheres deem conta de tudo, que sejam mães e profissionais excelentes. E, no Dia das Mães é muito comum a gente começar a se questionar sobre o tipo de mulher que nós somos. Em geral, a primeira figura feminina que nós temos acesso e conexão é com a própria mãe, então esse papel é muito estimulado e muito maltratado muitas vezes, porque quando a gente olha para esse feminino idealizado e para o feminino real, muitas mulheres entram em sofrimento por não estarem nesse lugar de que é idealizado tanto por elas também”, explica Katia Hirt, terapeuta da Naomm, plataforma que reúne terapeutas qualificados e licenciados em Práticas Integrativas e Complementares, e especializada em Wombblessing.

De acordo com um estudo desenvolvido pela Ipsos, líder global em pesquisa de mercado, 46,3% das brasileiras se sentem frequentemente julgadas como mães. Outro ponto que chama atenção no levantamento é que as mães do Brasil estão entre as que mais se sentem frequentemente julgadas no mundo, seguidas pelas indianas e sauditas, com 60,6% e 49,4%, respectivamente.  Diante disso, a especialista acredita que a data pode ser vista por um novo ângulo, podendo ser um grande convite para que as mulheres “maternem” a si mesmas, inclusive quem não possui ou não pretende ter filhos.  

“Uma mãe precisa descansar e ser ajudada. Mas, hoje, a sociedade moderna, que está cada vez mais pautada na força da mãe, delega tudo isso para a figura materna, o que inevitavelmente traz também uma sobrecarga. É possível sair desse arquétipo idealizado da mãe pela sociedade e permitir que perpasse por cada mulher uma energia criativa, acolhedora, saudável e, principalmente, de emoções mais equilibradas. E quando a pessoa está dentro da sua própria naturalidade, dentro da sua própria natureza, ela consegue fluir com mais leveza e beleza diante do todo”, comenta.

Diante disso, uma solução pode ser buscar conhecer um pouco mais a respeito do Sagrado feminino, uma filosofia, um estilo de vida que promove ensinamentos sobre aspectos físicos e mentais da figura feminina e possibilita o despertar, cura, conexão e empoderamento de mulheres. Para Katia, entender um pouco a respeito desse mundo de mistérios e clareza permite despertar a energia feminina.

“Nesse caminho, quando a gente vai mergulhando no sagrado feminino, a gente também vai fazendo as pazes com a nossa própria mãe, percebendo que a nossa própria mãe também como mulher tem uma enormidade de falhas e defeitos, e que ela carrega culpas que inconscientemente ou até conscientemente projeta nos seus próprios filhos. Se ela não conseguiu uma boa carreira, então ela projeta no filho ou na filha, por exemplo. É um excelente exercício de olhar de onde nós viemos, para a nossa matriz materna, feminina e fazer as pazes com isso de que a nossa mãe não precisa ser pura e imaculada, ela precisa ser humana, natural e de que ela é inspiradora por ela ser de verdade e não necessariamente por ela ser idealizada”, finaliza. 


Maternidade nada Romântica

Eu tive o privilégio de poder escolher ser mãe. Falo isso porque quando nascemos mulheres nos ensinam (e nos empurram) que devemos ser mães. Como se ter um útero fosse sinônimo de maternidade. E não é.

E eu tive esse privilégio. Eu quis, escolhi e tive meus filhos. Sim, no plural e são 4. E sou empreendedora, sou palestrante, e claro: escritora.

O que mais escuto é: “que coragem”, “nossa!”, “como você dá conta de tudo?”. E a última pergunta, mais prática, consigo responder.

Primeiro, não dou conta de tudo. Desisti, há muito, de ser perfeita. Eu faço o que consigo e o que posso. E isso, minha cara leitora, foi a coisa mais libertadora que já fiz na vida.

Durante muitos anos me cobrei ser a mulher perfeita. Aquela que conseguia se alimentar perfeitamente, malhar, trabalhar, fazer a lição de casa com filhos. Roupas limpas e engomadas! Casa organizada com metodologia japonesa… Não. Eu não consegui. Cheguei a adoecer. 

E descobri que posso ser perfeita à minha maneira. Que terão dias que o jantar será miojo e no outro um belo risoto. Que esquecerei a tarefa de lição de casa. Que o par de meias não será necessariamente um par. 

E descobri, nessa delícia corrida que é minha vida e eu e meus filhos precisávamos de uma coisa só: EU. Mas o meu eu Real! A que cansa, que ri, que chora. A que erra e pede desculpas.

E por isso, tomo a liberdade de te dar umas 5 dicas, de mãe cansada para mãe cansada:

Permita-se surtar

Sim, você está cansada. Sim, você está com raiva. E TUDO BEM!

Surte! Chore no banheiro, cante alto. Explique ao seu filho que o dia foi ruim, que não é nada que ele fez, mas só o dia que foi difícil. Ele vai entender. Você vai desabafar e encontrará um elo e uma amizade com ele que nunca imaginou. 

(fora ajudar seu filho a compreender que há coisas ruins sim, que ele pode te ajudar, que ele é tão importante a ponto de você compartilhar com ele sua vida e ensiná-lo que a mamis também cansa)


Procure descansar

Sei que parece utopia, mas eu tiro nem que seja 10 minutos para ficar comigo mesma. E confesso: faço isso no banho (risos). Mas ~soa os meus 10 minutos, com minha música e meu mundo. Medito também, 5 minutos se der, por dia. Acalma minha mente e organiza minhas ideias.


Permita-se ter suas coisas

Quando nos tornamos mães nosso mundo está ali, nele. Coração que bate fora do peito, não é assim que falam?

Com isso deixamos de ter nossas coisas. A quanto tempo você não compra algo para você? Uma blusa, um brinco. um iogurte que seja. Mime-se. Fará bem a você a ensinará ao seu filho autoestima.


Brinque

O tempo voa. tenho 4 filhos e vejo isso com mais precisão e frequência.

Brinque com eles. Compre jogos de tabuleiro. Monte blocos de montar. Assistam a um episódio ou capítulo de uma novela ou série juntos. Nunca serão esquecidos e seu coração vai se encher de amor. faça isso, mesmo cansada.. valerá muito a pena.


Agende-se

Essa é a única dica que para mim salva tudo. Do trabalho à escola. 

Eu uso o Google Calendar (porque apita no celular). Mas use o que quiser. Marque no calendário na parede, no celular, na agenda física. Anote as tarefas que tem que fazer em todas as áreas de sua vida. Com cores diferentes, grife ou marque o texto com cores diferentes. Depois que fizer isso, liste as 3 ações que se você não fizer vai dar muita b**** .

Isso te ajudará a organizar suas atividades e conseguir priorizar as ações. Sua ansiedade vai diminuir. 

Com 4 filhos lindos eu compartilhei contigo um pouco do que coloquei em prática e foi incrível. Teste aí. Crie as suas.

E desejo a você muita alegria e amor! Pois somos mães. Mães incríveis!

 

Débora Loureiro - especialista em Desenvolvimento Humano. Contribui para o aumento de poder pessoal de quem está em contato usando conhecimentos de várias áreas sobre a mente humana, experiência e sensibilidade. Atua com sua personalidade única na vida de seus clientes para trazer ao mundo mais pessoas que estão cumprindo suas missões de vida. Ajuda a descortinar luzes interiores com toda sua potência e esplendor.


DIA DAS MÃES: CONFIRA DICAS PARA SUPORTAR A SOBRECARGA DE TAREFAS

No próximo dia 8 de Maio, é comemorado o Dia das Mães, e aproveitar desse dia relaxando é uma ótima ideia. Por isso, confira as dicas abaixo!


O segundo domingo de maio é consagrado às mães, em comemoração aos sentimentos e virtudes que o amor materno concorre para despertar e desenvolver no coração humano, contribuindo para seu aperfeiçoamento no sentido da bondade e da solidariedade humana. 

Mas essa tarefa de “ser mãe” também tem seus obstáculos e dificuldades como tudo na vida e por isso deixar esse momento mais leve e sem sobrecargas é muito importante. Pensando nisso, a cigana Kélida Marques deu algumas dicas que podem ajudar.

“Com a prática da multitarefa, a mulher-mãe tende a se sentir culpada pelo fato de não dar conta de tarefas que antes tinham hora e minutos para começar, e agora parece que tudo está acontecendo ao mesmo tempo. É comum os pensamentos e sensação de sobrecarga gerarem culpa interior e, com isso, o nervosismo, ansiedade e até a tristeza podem tomar conta da alma feminina”, explica Kélida Marques. 

Uma pesquisa do IBGE, realizada em 2017, aponta que as mulheres brasileiras dedicam em média 20,9 horas por semana a afazeres domésticos e cuidados de pessoas. O tempo é o dobro do verificado entre os homens, que gastam em média 10,8 horas por semana. 

Um outro levantamento realizado pelo Instituto Ipsos com a ONU Mulheres revela que, após a pandemia, aumentou a sobrecarga em razão da divisão de tarefas não remuneradas. O estudo descreve que 43% das mulheres entrevistadas tiveram que assumir mais responsabilidades pelas tarefas domésticas e cuidados com crianças e familiares durante a pandemia. 

"Mãe não é máquina, não é perfeita. Ela também precisa receber cuidado, apoio e suporte. Além de cuidar de si e lembrar de seus próprios limites é preciso construir uma responsabilidade de forma real e pedir ajuda para família", comenta a espiritualista.

 

Por isso, abaixo Kélida traz algumas dicas de como suportar essa sobrecarga. Confira!

  1. Tente acordar 1 hora mais cedo, todas as manhãs;
  2. Tire esses primeiros 60 minutos para meditar, ficar em silêncio, fazer um alongamento ou até um exercício e se possível faça um quadro de realizações, que pode ser com a família ou individual;
  3. Durante esse período, respire fundo e tente pensar em coisas das quais você gosta;
  4. Coloque uma música relaxante e deixe os pensamentos fluírem;
  5. Tenha um caderno de anotações e não pense no que está anotando, apenas escreva;
  6. Feche o caderno e não leia;
  7. Se possível, tire de 10 a 15 minutos para se exercitar, os exercícios ativam serotonina e trazem sensação de bem-estar. Hoje, existem vários aplicativos com exercícios rápidos para mamãe em casa, sem a necessidade de aparelhos de ginástica;

 

Kélida Marques - Detentora de um dos principais canais do YouTube sobre Espiritualidade, psicanalista, hipnóloga e terapeuta holística reikiana realiza atendimentos online, promove rituais de cura, benzimentos e vigília, de maneira constante e gratuita.

 

Obesidade: a outra pandemia mundial

Com mais de quatro milhões de pessoas mortas por ano por conta da obesidade, médico, escritor e professor em emagrecimento e qualidade de vida ressalta quais são os verdadeiros comportamentos inimigos de qualquer planejamento saudável


Enquanto 17 milhões de pessoas anualmente se tornam vítimas fatais de doenças cardiovasculares, o médico e professor em emagrecimento e qualidade de vida, Dr. Gabriel Almeida ressalta: o que contribui diretamente para essas enfermidades? A obesidade.

Atualmente, a obesidade é considerada um problema mundial com 1,9 bilhões de pessoas acima do peso e 650 milhões obesas. E essas não são as únicas doenças correlacionadas ao excesso de peso. Segundo o Dr. Almeida, vários tipos de câncer, diabetes tipo 2 e Alzheimer, por exemplo, também teriam suas mortes minimizadas com o controle da obesidade.

Quando relacionada ao Covid-19, por exemplo, a epidemia e pandemia se interligam, uma vez que estudos evidenciam que o tecido adiposo funciona como local de reserva do vírus, onde ele começa a fazer várias alterações em sua estrutura. O resultado é que o tecido começa a liberar várias substâncias inflamatórias, que favorecem ao surgimento da terrível tempestade de citocinas, principal responsável por internações em UTI, casos de trombose, falência dos múltiplos órgãos e a mortalidade. Somado a isso, ainda há a dificuldade respiratória mecânica em pessoas acima do peso. Não por coincidência que um dos países que mais sofrem com a Covid seja também o com maior numero de obesos, Estados Unidos.

Em um momento em que nunca se falou tanto em saúde, física e mental, porque ainda é tão difícil evitar a obesidade? Dr. Gabriel, autor do livro Efeito Sanfona – as verdades da ciência (e da prática) para um emagrecimento saudável, publicada pela Vital (selo da Editora Pandorga), explica alguns comportamentos que persistem em nossa vida e se tornam inimigos de qualquer planejamento saudável.

- O estilo de vida sedentário em combinação com a má alimentação e a diminuição da atividade física são alguns dos fatores que contribuem para esse cenário de pandemia da obesidade;

- A escolha por alimentos ultraprocessados, altamente palatáveis com excesso de gorduras e açucares também merece destaque dentro desse universo;

- Estresse, ansiedade e depressão, problemas de saúde que foram gravemente intensificados durante a pandemia de Covid-19, também tendem a ser fatores decisivos uma vez que nos levam a buscar alimentos de conforto, ricos em açúcar;

Ainda, o doutor ressalta algumas dicas fundamentais para ter uma vida saudável e um emagrecimento efetivo.

- Mais água. Fundamental para nosso organismo, a água é mais do que isso. Cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, analisaram o padrão alimentar de aproximadamente 18 mil pessoas e descobriram que tomar de 1 a 3 copos d'água antes das refeições reduz o apetite e faz você consumir até 205 calorias menos. Segundo essa pesquisa, a hidratação extra ainda levou a diminuição da ingestão de açúcar, colesterol e sódio.

- Consuma mais fibras, elas ajudam a tratar o intestino preso, aumentam a saciedade, controlam o índice glicêmico, reduzem o colesterol e diminuem a chance de evolução para alguns problemas como hipertensão, obesidade, hemorroidas, problemas cardíacos e até câncer de cólon.

- A prática de exercícios físicos é condição obrigatória para todo programa de emagrecimento sem efeito sanfona e para a qualidade de vida. A OMS recomenda um mínimo de 150 minutos de atividade física moderada por semana. Mas vale lembrar que o melhor é procurar um médico que possa orientá-lo de acordo com suas características.

Para mais dicas e pesquisas sobre o tema, leia Efeito Sanfona – as verdades da ciência (e da prática) para um emagrecimento saudável, publicada pela Vital (selo da Editora Pandorga).



Ficha Técnica:
ISBN: 978-65-87140-52-0
Páginas: 224
Formato: 16X23
Assunto: Medicina, Saúde
Acabamento: Brochura
Preço: R$69,90

Gabriel Almeida - formado em medicina pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). É especialista em Cirurgia Geral com residência médica no Hospital Geral Roberto Santos-Bahia. Médico com foco em prevenção e tratamento de doenças relacionadas à idade e ao emagrecimento através da alimentação e hábitos saudáveis, é também palestrante em cursos sobre a temática, Coordenador da pós-graduação do MEC em emagrecimento e escritor de livros, sendo a sua mais recente publicação, Efeito Sanfona.  É fundador do Núcleo Dr. Gabriel Almeida


Maio Amarelo

Detran.SP aperta o cerco contra condutores alcoolizados


Expectativa do Departamento de Trânsito é ampliar em 16% o número de blitze da Operação Direção Segura Integrada realizadas neste mês

 



No Maio Amarelo, mês voltado a campanhas educativas de trânsito, o Detran.SP vai aumentar em 16% as fiscalizações na Operação Direção Segura Integrada (ODSI). Estão previstas 33 blitze no Estado de São Paulo. Em abril, 28 operações foram realizadas.

O objetivo das ações é prevenir e reduzir a quantidade de acidentes e mortes por conta do consumo de álcool combinado com direção. Além do Detran.SP, as fiscalizações, integram também equipes das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, e serão realizadas nas noites de sexta, sábado e madrugadas de domingo.

Somente no primeiro quadrimestre deste ano, a quantidade de condutores que realizaram os testes do etilômetro cresceu 46% em relação a 2019, época anterior à pandemia. Foram 34.917 motoristas abordados entre janeiro e abril de 2022 contra 23.868 no mesmo período de 2019.

Vale lembrar que, por conta da pandemia, a ODSI foi interrompida em março de 2020 para preservar os agentes de trânsito e os condutores de possíveis contaminações. As operações foram retomadas em setembro do ano passado.

“A realização da operação é fundamental para reduzirmos os acidentes e mortes no trânsito, conscientizando também a sociedade sobre os perigos da combinação entre álcool e direção. Respeitar a legislação de trânsito é uma questão de cidadania, alerta Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

Neste ano, 1.476 condutores foram autuados por se recusarem ao teste do etilômetro nas fiscalizações da ODSI. Outros 211 motoristas foram multados flagrados dirigindo sob influência de álcool. Abril foi o mês que o Departamento de Trânsito registrou maior quantidade de motoristas abordados. Foram 10.899 em 28 municípios do Estado de São Paulo.

Tanto dirigir sob a influência de álcool quanto recusar-se a soprar o bafômetro são consideradas infrações gravíssimas, de acordo com os artigos 165 e 165-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O motorista que for flagrado alcoolizado ou que se recusar a fazer o teste do bafômetro será multado em R$ 2.934,70. No caso de reincidência no período de 12 meses, a pena será aplicada em dobro, ou seja, R$ 5.869,40, além da cassação da CNH.



Fiscalizações em abril

Na Operação Direção Segura Integrada realizada em abril, 10.899 veículos foram abordados. Os dados mostram que 88% das multas aplicadas foram dadas a motoristas que se recusaram a fazer o teste do etilômetro (bafômetro). De um total de 515 autuações registradas, 457 envolveram esse tipo de infração e 12 foram enquadradas em crime de trânsito, quando o condutor apresenta mais de 0,34% miligramas de álcool por litro de ar expelido.

No mês passado, a quantidade de motoristas que se recusaram a soprar o equipamento foi 3% superior a registrada em março. Na ocasião, das 426 infrações contabilizadas, 373 foram para condutores que não fizeram o teste.


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