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quarta-feira, 16 de março de 2022

Sinusite e outono: como se cuidar nas épocas mais difíceis

O médico otorrinolaringologista dá dicas de como as dores de cabeça e dificuldade de respirar podem ser sanadas

 

Abril vai se aproximando, o outono também, e quem convive com a sinusite já pensa no pior: crises sem fim. A sinusite é uma inflamação ao redor das vias nasais que causa dor na região do nariz e testa, congestão nasal, dor de cabeça e dificuldade para respirar, e se dá por vírus e bactérias, mas às vezes o problema é crônico ou desencadeado por outros fatores de risco, como poluição e cigarro. Essa inflamação pode se tornar crônica caso o paciente não cuide da forma correta e se apoie em automedicação baseada em antiinflamatórios.  

Ele explica que inicialmente precisa-se ter certeza de um diagnóstico, porque existem vários tipos de sinusite. Existem as sinusites agudas, crônicas, agudas recorrentes e as crônicas agudizadas. O diagnóstico é feito por um otorrinolaringologista de acordo com a duração da dor, e se há ou não sintomas persistentes residuais. O médico otorrinolaringologista, Dr. Jefferson Pitelli dá dicas valiosas para passar por esse período com mais conforto.

 

É possível prevenir e tratar? 

O que poucos sabem é que há sim uma forma de prevenir o surgimento da predisposição à inflamação, que é uma alimentação baseada em alimentos anti inflamatórios, evitar a automedicação e a alimentação com farinhas refinadas, açúcar, queijo e outros derivados do leite. “O paciente com sinusite crônica deve procurar o otorrinolaringologista regularmente para avaliar se ele não está com uma agudização da doença, ou seja, se não tem infecção ativa”, explica o Dr. Jefferson do Hospital Anchieta de Brasília. 

O ideal é evitar lugares que sejam gatilhos com poeira, ar condicionado sujo, fumaça, poluição e cigarro. O otorrinolaringologista completa: “é importante manter o ambiente arejado, tomar bastante líquido, realizar a lavagem nasal diariamente e seguir as orientações do uso dos medicamentos prescritos pelo médico”. Inicialmente o tratamento é feito de forma medicamentosa e de cuidados com o nariz, mas o médico explica que em casos extremos quando o paciente não responde ao tratamento clínico, é proposto o tratamento cirúrgico, “se faz uma abertura dos seios nasais para melhorar a drenagem da secreção e a ventilação”, conclui.

 

Como fazer a lavagem nasal 

Esquente cerca de 500ml de água até ficar morna, separe uma seringa sem agulha ou um kit de lavagem nasal (lota ou jala neti) e comece a lavagem. No banheiro, fique em frente ao espelho e pia. Posicione o nariz na direção do ralo e incline levemente a cabeça para frente, ou para a lateral, com a boca aberta. Direcione a seringa ou kit de lavagem em uma narina e deixe a água passar de um lado para o outro. Repita do outro lado. Após passar a água pelas duas narinas (250ml para cada), sem tampar um lado com os dedos, assopre até sair o residual de água.


Irritação na pele no verão, alergista explica brotoejas e urticária

Dra. Brianna Nicoletti explica urticária e brotoejas, o que é, qual a diferença entre elas e as alergias, como tratar e amenizar sintomas

 

O aparecimento de lesões na pele que coçam e incomodam bastante é o que melhor caracteriza a urticária. De 20% a 25% da população apresenta um episódio de urticária em algum momento da vida e a prevalência de urticária crônica na população chega a 5%.

“Essas lesões têm aparência de manchas avermelhadas, algumas com relevo e que podem se juntar formando placas, que têm duração fugaz e localização variável”, explica a alergista e imunologista Dra. Brianna Nicolletti, formada pela Universidade de São Paulo (USP).

A médica explica que, em alguns casos, podem surgir inchaços em locais do corpo como: pálpebras, face, lábios, genitália, entre outros. Esses inchaços são chamados de angioedemas.

As causas mais comuns da sua versão aguda são medicamentos, alimentos, picadas de insetos e infecções (principalmente causadas por vírus). Já a urticária crônica não tem um fator desencadeante específico porque aparece em um momento de desequilíbrio imune, associado a processos inflamatórios, que podem durar de meses a anos para serem curados.

“A versão crônica da urticária não é exatamente provocada por uma alergia, mas por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta situação, aparecem lesões avermelhadas e placas, com muita coceira em todo corpo por mais de seis semanas. Não é grave, no sentido do risco de vida, porém tem grande impacto na qualidade de vida do paciente”, indica Dra. Brianna.


Brotoeja e urticária são a mesma coisa?

Urticária e brotoeja são irritações diferentes. Enquanto a primeira surge a partir de agentes externos, a brotoeja -- nome popular da miliária -- é uma dermatite inflamatória causada pela obstrução mecânica diante da eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas.

Essa obstrução bloqueia o ducto excretor (glândula que passa pela derme, epiderme e termina nos poros da superfície da pele) e impede a saída do suor do corpo. Como consequência, surge uma irritação, em geral, no tronco, axilas, pescoço e dobras da pele, em forma de um grosseiro com pequenas bolhas de água (vesículas).

“A aparência dessas lesões varia. Ambientes quentes e úmidos, excesso de roupas e agasalhos, e algumas situações de febre favorecem seu aparecimento. Ou seja, não tem nada relacionado com alergia a coisa alguma, mas, sim, com o tipo de pele do paciente e ao calor excessivo, sendo, por isso, muito comum no verão e em crianças”, explica a alergista.


Causas mais comuns

Na infância, os agentes causadores de urticária são:

* Alimentos (nas crianças pequenas: leite de vaca, ovo, soja, amendoim e trigo. Nas maiores: frutos do mar, nozes e castanhas);
* Medicamentos (em especial: analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos);
* Infecções (causadas por vírus ou bactérias).

“Em crianças pequenas, é mais comum a urticária aguda, enquanto a crônica é mais prevalente a partir da idade escolar. Já a urticária crônica é mais frequente em adultos, sendo pouco comum na infância. No entanto, quando ocorre, pode comprometer a qualidade de vida, afetando a relação com o meio social, acarretando falta às aulas e prejuízo no aprendizado e aos pais ao deixarem de trabalhar”, informa a médica.

No verão, situações de irritação da pele ocorrem por causa de:
 

* Sol em excesso;

* Uso excessivo de produtos químicos, como protetores solares, bronzeadores ou repelentes, mais aplicados nesta época;

*Os banhos mais frequentes com sabonetes que ressecam e danificam a barreira natural da pele;

* As altas temperaturas aumentam a transpiração e podem contribuir com a formação das famosas brotoejas.


Sintomas: como amenizar e tratar

Dra. Brianna sugere algumas ações para aliviar os quadros de irritação da pele: 

* Ter uma rotina de hidratação da pele. Isso envolve beber água e usar produtos específicos adequados para seu tipo de pele;

* Manter a casa ventilada e limpa;

* Evitar excesso de irritantes na pele;

* Evitar banhos quentes e sabonetes abrasivos para a pele;

* Em caso de suspeita de alergia de pele, investigar para tentar identificar a causa.
 

“É importante tomar banhos mais frios, usar sabonetes neutros e roupas frescas como linho e algodão. Acalmar o sistema imunológico e diminuir processo inflamatório com doses altas de antialérgicos. E, no caso da urticária colinérgica citada acima, diminuir o calor corporal com banhos frios e roupas leves”, resume Dra. Brianna.



Dra Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)


Cuidado com a Síndrome de Burnout em tempos de crise do covid-19

Especialista orienta o profissional no home office para evitar o esgotamento profissional 

 

Competitividade acirrada, metas cada vez maiores e mais rígidas, tempo escasso e cobrança excessiva fazem do mercado corporativo um negócio para o desenvolvimento das chamadas doenças emocionais e agora com a covid-19, essa tendência tende a ser maior, por conta que o home office ganha espaço durante essa pandemia, e várias empresas têm recorrido ao home office como ferramenta para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores, porém, é preciso cuidado com a síndrome de burnout, porque o profissional precisa cumprir prazos, buscar um rotina, ter disciplina e responsabilidade para realizar as tarefas do trabalho e saber conciliar a hora do trabalho no ambiente residencial e isso pode gerar o esgotamento profissional, que afeta a saúde do trabalhador. 

Para a mestra em administração e desenvolvimento de negócios, Andrea Deis, o home office auxilia no plano de contingência vivido principalmente no Estado de São Paulo. 

O estresse tem sido rotulado como o grande mal do século e crescendo o número de pessoas com a Síndrome de Burnout, conhecida pelo esgotamento profissional e agora com a pandemia do novo coronavírus tende a aumentar e para quem não tiver uma disciplina e planejamento no home office, pode adquirir a doença. 

A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das consequências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). Enfim, a Síndrome de Burnout representa o quadro que poderíamos chamar "de saco cheio" ou "não aguento mais". 

No Brasil, um levantamento internacional apontou os executivos brasileiros entre os mais insatisfeitos do mundo com o equilíbrio entre vida familiar e dedicação profissional. É claro que não precisa ser executivo para se identificar com o estresse no trabalho, mas, entre eles o nível de estresse patológico chega a 44%. Segundo a gestora Andrea Deis, o executivo está sendo cada vez mais exigido no que diz respeito a produtividade e resiliência. Gerenciar as emoções também é necessário para a redução do estresse. "A depressão é a doença número uma esperada até 2030. Portanto, temos que prestar atenção aos sinais que nossas emoções estão nos apresentando", alerta. 

Profissionais das áreas da saúde, educação, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver a síndrome, principalmente agora com a pandemia do novo coronavírus. 

Esta síndrome é o resultado do estresse emocional incrementado na interação com outras pessoas. Algo diferente do estresse genérico, a Síndrome de Burnout geralmente incorpora sentimentos de fracasso. Seus principais indicadores são: cansaço emocional, despersonalização, falta de realização pessoal, dores de cabeça, problemas digestivos, erupções cutâneas, resfriados constantes, alterações de apetite, fadiga, dificuldade de concentração, vazio mental, esquecimentos, frustração, agressividade e solidão.

 

Confira 7 dicas da gestora empresarial, Andrea Deis para trabalhar home office e evitar o esgotamento profissional:

1 . Aprenda a administrar o seu tempo.

2 . Repense sobre seus valores e perceba como está lidando com eles.

3 . Estabeleça prioridades.

4 . Aprenda a lidar com o vício do sucesso.

5 . Ninguém está livre das frustrações. Aprenda a superá-las.

6 . É importante saber gerenciar os relacionamentos.

7 . Saiba administrar os conflitos e não somatizá-los.

 

 

Andrea Deis - Mestra em Administração do Desenvolvimento de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gestora Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Master Coach com mais de 18 mil horas de atendimento. Possui certificação na área pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e International Coaching Council (ICC), é especialista em Assessment Training DISC, NeuroCoaching e PNL (Programação NeuroLinquística; Pedagoga com foco em Orientação Educacional e Vocacional, palestrante e escritora. Atualmente, dedica-se ao desenvolvimento de empresas e pessoas, no que diz respeito ao planejamento e acompanhamento estratégico, tático e operacional para o desenvolvimento de organizações, times e indivíduos. Premiada em 2019 no Congresso SemeAd: 1o lugar na Categoria. Semead2019, Renovação na gestão, artigo aplicado -FEAUSP.

Instagram @andreadeis


Dia Internacional do Sono. Especialista da Dicas Para te Ajudar a Acabar Com a Insônia.

Nesse dia 18 de março, Dia Internacional do Sono, Madalena Feliciano, hipnoterapeuta e especialista em desenvolvimento humano, traz informações valiosas que podem te ajudar a ter uma melhor noite de sono. 

O sono é a suspensão temporária da atividade perceptivo-sensorial e motora voluntária, que mantem o corpo e a mente em um repouso normal e periódico. É considerado um período de descanso. O Dia Internacional do Sono, foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e visa alertar tanto a área de saúde como a população em geral, sobre a importância do sono na qualidade de vida, na saúde, no desempenho profissional, no desempenho escolar e na sociedade. 

A insônia é caracterizada pela dificuldade de dormir ou conseguir manter um sono contínuo sem ser interrompido durante a noite. Cerca de 30% a 50% dos brasileiros sofrem com a insônia, que pode se manifestar por diversas razões, maus hábitos de sono, estresse, ansiedade, depressão, falta de exercícios físicos, dor crônica e uso de certos medicamentos. 

“Os sintomas podem incluir dificuldade para dormir ou permanecer dormindo e não se sentir descansado.” afirma Madalena.

Madalena Feliciano listou alguns hábitos que irão te ajudar a combater a insônia:

Adotar horários regulares de sono.

Procure deitar e levantar habitualmente nos mesmos horários, mesmo nos fins de semana. Procure sempre ter uma hora certa para ir para cama. 

Evitar dormir durante o dia.

Cochilos, quando possíveis, podem ajudar na disposição, mas acima de 30 minutos (em qualquer momento do dia) tendem a prejudicar o sono noturno.

 

Fazer atividade física pela manhã ou à tarde.

A prática de atividade física é essencial para a boa saúde e ajuda a dormir melhor, mas pode causar agitação. Por isso é melhor exercitar-se até seis horas antes de dormir.

 

Evitar bebidas com cafeína à noite.

Café, chá-preto, chá-mate, refrigerante e energético contêm substâncias estimulantes, como a cafeína. Por isso devem ser evitados até cinco horas antes de dormir. Opte por bebidas quentes que não contém cafeína.

 

Comer alimentos leves no jantar.

Alimentos pesados e ricos em proteína, quando consumidos em excesso à noite, podem atrapalhar o sono. Pratos leves, como um lanche natural, são mais indicados para induzir o sono. Nunca durma de estômago vazio.

 

Diminuir a exposição à luz durante à noite.

Ao escurecer, começamos a produzir melatonina — hormônio que ajuda nosso organismo a se preparar para dormir. Lâmpadas fortes, telas de computador, tablets e celulares podem atrapalhar a produção de melatonina, e devem ser reguladas ou evitadas durante à noite. Assistir TV antes de dormir pode condicionar o cérebro a se manter desperto.

 

Fazer atividades relaxantes à noite.

Um banho morno cerca de duas horas antes de dormir abaixa a temperatura corporal e relaxa, ajudando na indução do sono. Atividades como ler, pintar, bordar, escutar música calma e meditar também podem contribuir para isso.

Pratique sempre um "ritual" antes de dormir, ex; tomar banho quente, escovar os dentes, vestir pijama. Isso já vai te preparar "mentalmente" para o sono.

Se você está muito ansioso ou pensando em muitas coisas, pegue um papel e escreva sobre seus pensamentos antes de ir para cama.

 

Procure Ajuda de um Especialista

Se ainda assim, sua dificuldade para dormir persistir, procure ajuda!

Para quem tem ansiedade, insônia, a hipnoterapia é uma ótima alternativa para ter alívio rápido. O transe da hipnose equivale a horas do sono e, caso o paciente queira, é possível auxiliar na prevenção de outros problemas durante o sono”, afirma Madalena.

A auto hipnose é excelente para relaxar e dormir bem é um método bastante eficaz, sem necessariamente precisar tomar remédios ou outras intervenções, além de ser extremamente tranquilizador.

 

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Mater Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.


Câncer de boca: doença pode passar despercebida e ser confundida com problemas de saúde bucal

 Apesar de discreta, a neoplasia é mais comum em homens acima de 50 anos; Oncologista comenta sinais para ficar de olho e importância do diagnóstico precoce

 

Podendo surgir de maneira silenciosa, o câncer bucal merece atenção - principalmente por boa parte dos óbitos ocorrerem pela demora no diagnóstico. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é estimado que a cada ano do triênio 2020/2022 sejam detectados 15.190 novos casos de câncer de boca e orofaringe, sendo 11.180 em homens e 4.010 em mulheres.  

De acordo com o Dr. Andrey Soares, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, os sintomas costumam ser discretos, podendo passar despercebidos. "Aftas insistentes, feridas na boca que não cicatrizam, manchas brancas e sangramento repentino precisam ser avaliados para o diagnóstico correto", explica.  

Muitas vezes, o câncer de boca pode até mesmo ser confundido com problemas de saúde bucal. "Por isso, é muito importante falar sobre o assunto e levar a informação à diante. Dessa maneira, a partir do surgimento da doença, é possível identificar a condição para que o tratamento seja realizado o quanto antes”, comenta o oncologista.

 

Prevenção e diagnóstico 

Como forma de prevenção, é muito importante manter visitas regulares ao dentista, além dos cuidados com a higiene da boca de maneira geral. "Isso pode evitar que o câncer seja descoberto em estágios mais avançados, salvando vidas", reforça. Além disso, é fundamental evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e também o tabagismo. 

O diagnóstico pode ser realizado através do exame clínico, mas para que o câncer seja de fato confirmado, é necessário biópsia. Após a descoberta, o médico irá solicitar exames para verificar o estágio e definir o melhor tratamento. São eles:  

  • Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética: traz informações importantes quanto à extensão das estruturas comprometidas, bem como auxilia no diagnóstico diferencial com lesões benignas;
  • PET/CT: realizado em alguns casos para avaliar se há lesões relacionadas à doença em outros órgãos (metástases);
  • Exames de sangue: os exames de sangue não podem diagnosticar tumores da boca. No entanto, são solicitados para avaliar o estado de saúde geral do paciente, especialmente antes do tratamento; e
  • Exame odontológico: antes do tratamento radioterápico, o médico pode solicitar ao paciente um exame dentário preventivo e, caso necessário, realizar a remoção dos dentes antes do início do tratamento. No caso de haver a remoção de uma parte da mandíbula ou do palato, o ortodontista irá trabalhar para garantir que os dentes artificiais e os dentes naturais remanescentes se encaixem corretamente.
     

"Vale lembrar ainda que o diagnóstico do câncer de boca ocorre na maioria das vezes em homens acima de 50 anos", comenta Andrey. Contudo, a doença pode acontecer em diversas partes da região, como lábios, bochechas, assoalho bucal, gengiva, amígdalas, céu da boca, entre outras.
 

Tratamento  

Geralmente, o tratamento da neoplasia é, na maioria das vezes, realizado de maneira cirúrgica - seja para lesões menores ou maiores. Dentre os procedimentos, a quimioterapia também é uma alternativa para complementar a cirurgia ou ainda quando ela não pode ser realizada.  

"O procedimento consiste na retirada do tumor da região e também de linfonodos do pescoço. Além disso, pode ser realizado outros procedimentos caso necessário, como a ressecção de segmentos ósseos", explica Andrey Soares.  

Contudo, o tratamento pode incluir:
 

  • Radioterapia IMRT: é um tipo de radioterapia que tem maior precisão na hora de tratar o tumor. Com isso, o paciente apresenta menos efeitos colaterais e os resultados são mais expressivos;
  • Terapia-alvo: são drogas que funcionam de forma diferente da quimioterapia padrão. Elas tendem a ter efeitos colaterais diferentes (e menos graves) e atuam impedindo que a célula tumoral se multiplique, retardando ou mesmo interrompendo o crescimento das células cancerosas. Esta terapia pode ser combinada com a radioterapia para alguns tipos de câncer em estágio inicial ou com a quimioterapia em casos avançados; e
  • Imunoterapia: esse tipo de tratamento aumenta a atividade das células de defesa do paciente para combater a doença. Pode ser utilizado combinado ou não com quimioterapia, a depender de características clínicas do paciente e da expressão do PDL1, que é uma proteína presente na superfície do tumor.


Fatores de risco 

Diversos especialistas acreditam que o desenvolvimento do câncer de boca está relacionado ao estilo de vida. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos da neoplasia estão ligados ao álcool e ao tabagismo.  

Durante a pandemia, de acordo com um estudo realizado pela Fiocruz, 33% dos fumantes brasileiros aumentaram o uso de cigarros no período. Segundo Andrey Soares, foi possível notar ainda uma maior ingestão de bebidas alcoólicas. Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig) apontou que 17,2% dos entrevistados declararam um aumento do consumo de álcool. "A médio e longo prazo isso pode impactar nos diagnósticos de câncer, como o de boca, fígado, intestino, entre outros. Por isso, é muito importante que o uso excessivo, tanto do álcool como do tabagismo seja freado pela população para evitar danos maiores", explica.  

Uma dieta pobre em vitaminas e minerais, além da exposição excessiva aos raios UVA e UVB nos lábios, sem proteger a região, podem também contribuir para o surgimento do câncer de boca. "É importante reforçar que nos últimos anos o HPV também tem sido um fator de risco entre os mais jovens, principalmente pelo sexo oral sem proteção. Como alternativa, as medidas preventivas, como o uso de preservativos e a vacinação, devem ser sempre colocadas em prática para contornar o desfecho da condição", finaliza o oncologista da Oncoclínicas.
 

Dia Mundial do Sono

Noites mal dormidas podem causar problemas sérios de saúde 


Cerca de 80 países promoverão atividades de conscientização para os perigos do distúrbio; em Campinas, especialistas do IOU da Unicamp participam de ações para alerta da população
 

Dormir bem faz tanta diferença para a saúde que a World Association of Sleep Medicine (Associação Mundial de Medicina do Sono) alerta anualmente sobre a necessidade desse período de descanso com qualidade. No Dia Mundial do Sono, 18 de março, cerca de 80 países promoverão ações de conscientização para elucidar os benefícios do repouso restaurador para o organismo e também problemas que podem surgir com a sua ausência. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quatro em cada dez indivíduos não têm sono revigorante. É um índice que chama a atenção, já que as pessoas passam 1/3 da vida dormindo. 

O otorrinolaringologista Dr. Edilson Zancanella, especialista em medicina do sono do Instituto de Otorrino & Cirurgia de Cabeça e Pescoço -- IOU na Unicamp, diz que as doenças mais comuns são apneia e insônia, mas existem outras que precisam de tratamento, como parassonias, narcolepsia e síndrome das pernas inquietas, entre outras doenças.
 

Apneia 

O Dr. Edilson explica que a apneia provoca paradas respiratórias durante o sono que podem estar associadas frequentemente a roncos, podendo gerar engasgos e a não renovação da oxigenação. As apneias estão associadas a um aumento do risco cardiovascular, hipertensão arterial, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto, além de levar à síndrome metabólica, que pode desencadear a diabetes. 

A apneia é mais comum em homens acima dos 50 anos e em mulheres pós menopausa. “O sono fica superficial e não reparador, podendo resultar em sonolência diurna, cansaço, perda de memória e de concentração”. 

Segundo o médico, o tratamento é individualizado e entre as indicações estão cirurgia, uso de CPAP, aparelhos bucais e fonoterapia específica.

 

Insônia 

A insônia é a dificuldade para iniciar e manter o sono. O Dr. Edilson salienta que, no geral, é mais comum em mulheres com mais de 50 anos. Fatores emocionais como depressão, ansiedade e preocupação podem fazer a pessoa deitar e não conseguir iniciar o sono. Outras vezes, a pessoa até começa a dormir, mais depois de algum tempo desperta e não adormece. No dia seguinte pode acontecer irritabilidade, alteração de memória, perda de produtividade e, também como na apneia, aumentar o risco cardiovascular e até de acidentes automobilísticos por sonolência diurna.

O Dr. Edilson enfatiza que o tratamento para a insônia, em geral, visa entender as causas e muitas vezes hábitos inadequados. “Uso de celular, computador e TV na hora de dormir podem dificultar o adormecimento. Pode haver indicação de medicação por curto período e medidas de higiene do sono, mudanças de hábito e terapia cognitivo comportamental”, esclarece.

 

Medicina do sono 

O Instituto de Otorrino & Cirurgia de Cabeça e Pescoço -- IOU na Unicamp, que começará a funcionar em breve, tem toda a estrutura e profissionais habilitados para o diagnóstico e tratamento de qualquer distúrbio do sono.

“O tema Medicina do Sono será diferenciado no IOU. O setor vai atender a população com um serviço inédito, tanto no Sistema Público de Saúde (SUS), encaminhado pela Cross (Central de Regulação de Vagas e Ofertas e Serviços de Saúde), quanto pela Unicamp. Será um serviço pioneiro há muito tempo esperado dentro da instituição”, adianta o médico.

 

Zerando a fila de exames 

O Dr. ressalta que leitos para fazer polissonografia são bastante limitados no Brasil e o IOU irá incluir o exame para todo tipo de doença relacionada ao sono. A estimativa é a de que sejam realizados 180 exames de polissonografia, em média, por mês, com os seis aparelhos em funcionamento logo nos primeiros dias de atividade, devendo aumentar essa capacidade com a chegada já planejada de outros quatro equipamentos em breve.

“Campinas e região têm cerca de dez serviços de polissonografia em clínicas particulares e de atendimento a convênios médicos e nenhum em ambiente público. No IOU, teremos equipamentos de última geração capazes de monitorizar todo tipo de patologia numa estrutura agradável, com instalações modernas e adequadas. Todos os exames serão documentados e analisados por uma equipe muito experiente em Medicina do Sono, atuando há muitos anos nesse tipo de atendimento em instituições privadas de alto nível”, frisa.

O Serviço de Medicina do Sono do IOU conta com equipe multiprofissional e multidisciplinar experiente. O Dr. Edilson afirma que as novas instalações do IOU serão fundamentais para zerar a fila de espera para polissonografia, que tem mais de 2,5 mil pessoas sob coordenação do Departamento Regional de Saúde 7, do Estado Paulista, que abrange Campinas e mais 41 cidades. O IOU realizará também outros exames, como testes de latência do sono, que são feitos durante o dia. “O envolvimento de diferentes áreas médicas na área do sono como otorrinolaringologia, neurologia, pneumologia e pediatria trarão a capacidade de tratamento de qualquer tipo de patologia associada”, observa Dr. Edilson. 

Sob coordenação do professor titular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Dr. Agrício Crespo, o projeto do IOU é inovador no meio acadêmico e é voltado à formação de especialistas e à educação continuada, além do desenvolvimento de pesquisas e difusão de conhecimentos. 

“Serão viabilizados novos diagnósticos, linhas de pesquisa, aprendizado e treinamento para médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, dentistas, enfermeiras. Desde alunos, residentes, pós-graduandos a várias especialidades médicas, todos poderão aperfeiçoar e descobrir um vasto campo de conhecimento ligado ao sono e a outras áreas que envolvem cabeça e pescoço”, pontua o Dr. Agrício Crespo. 

 

Atividades de conscientização 

Os especialistas do sono do IOU planejam intensa participação nas ações da Semana do Sono, conduzida pela Associação Brasileira do Sono (ABS) e na programação da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). As atividades, que serão on-line, incluem lives, mesas-redondas multidisciplinares e outras iniciativas.  

No dia 21 de março, os profissionais de saúde do Departamento da Medicina do Sono do Hospital de Clínicas da Unicamp farão todos os atendimentos no ambulatório vestindo camisetas que trazem mensagens de alerta sobre o ronco.

 


 Dr. Agrício Crespo - diretor do IOU e coordenador/ prof. titular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp

 

Dr. Edilson Zancanella – otorrinolaringologista, especialista em medicina do sono do IOU, na Unicamp

 

Instituto de Otorrino & Cirurgia de Cabeça e Pescoço -- IOU, a ser inaugurado no primeiro semestre de 2022, é a reestruturação e expansão da Divisão de Otorrinolaringologia, Cabeça e Pescoço do Hospital de Clínicas da Unicamp.


Casos de dengue aumentam e 48% dos brasileiros acham que combate à doença caiu na pandemia, aponta pesquisa inédita

Objetivo do levantamento foi avaliar o conhecimento geral dos brasileiros sobre a dengue, como formas de transmissão, sintomas, tratamentos e prevenção

 

Pesquisa inédita realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da biofarmacêutica Takeda e com coordenação científica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), avaliou a percepção de 2 mil brasileiros sobre a dengue e mostrou que, apesar de amplamente divulgada, várias informações básicas sobre a doença ainda não são de pleno conhecimento da população. Além disso, o estudo revelou que a pandemia de Covid-19 contribuiu para a redução de cuidados com a doença e até mesmo para mudar a percepção sobre ela.  

Nesse contexto, 31% acreditam que a doença deixou de existir no período e, mesmo que a maioria (53%) avalie que o risco de contágio da dengue se manteve na pandemia, 22% acreditam que o risco diminuiu. Entre as razões, 28% afirmaram não ter ouvido mais falar em dengue e 22% dizem que “toda doença agora é Covid-19” e não há casos de dengue.  

De acordo com o Ministério da Saúde, nas seis primeiras semanas deste ano foram registrados 70.555 casos prováveis de dengue no Brasil, aumento de 43,5 % em relação ao mesmo período do ano passado.1 Em 2021, houve uma queda no registro de casos e mortes em relação a 2020. Foram 544.460 casos prováveis de dengue, enquanto em 2020 os registros chegaram à marca de 1 milhão no país.2 A subnotificação por causa da pandemia pode ser uma das explicações para a queda. 

O fato de considerarem que a dengue deixou de existir durante a pandemia pode levar ao relaxamento das ações de controle ao vetor, aumentando o risco de contraírem a doença. Cerca de metade dos entrevistados considera que os cuidados com a dengue diminuíram no cenário da pandemia.  

“Essa realidade revelada pela pesquisa é preocupante. Com a urgência da pandemia de Covid-19, muitas doenças infecciosas, como as arboviroses (dengue), foram colocadas em segundo plano e até esquecidas. Precisamos retomar a discussão e os cuidados com a dengue, focando em disseminar informações e campanhas de conscientização que estimulem a prevenção”, afirma Alberto Chebabo, médico infectologista e presidente da SBI.  

O levantamento também apontou que 30% dos entrevistados afirmaram já ter tido dengue. Destes, 23% contraíram a doença duas vezes e 6% acima de três vezes. No geral, 70% conhecem alguém que já teve a doença. A pesquisa mostrou que são necessárias ações de conscientização da população, uma vez que dos 30% que relataram ter tido diagnóstico de dengue, apenas 55% fizeram alguma mudança em casa após adoecerem. 

O estudo foi realizado entre os dias 19 e 30 de outubro de 2021, com 2 mil pessoas, a partir de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Acesse a pesquisa completa aqui.

 

Desconhecimento sobre a dengue

O levantamento apontou dados preocupantes sobre a falta de conhecimentos básicos sobre a dengue, mostrando que há um gargalo na conscientização da população. A forma exata de contágio não é de pleno conhecimento da população: 8% afirmaram que não sabem/não lembram e 4% mencionaram contato de pessoa para pessoa -- o que é incorreto. Picada do mosquito (76%) e água parada (24%) aparecem como as mais formas citadas.  

Mesmo tendo grande assertividade para os locais com maior risco de contágio, mais de 50% associaram como situações de risco: pessoas que nunca tiveram dengue, mais velhas e com imunidade baixa. Além disso, 12% desconhecem a forma de contágio da doença. 

Outro dado importante revelado foi que 6 em cada 10 entrevistados (59%) não sabem quantas vezes uma pessoa pode contrair a doença e 16% afirmam que podem contrair um número ilimitado de vezes. Apenas 2% reconhecem que uma pessoa pode pegar dengue até 4 vezes.  

Em relação ao tratamento, muitos acreditam que remédios são essenciais para o tratamento da dengue, seja indicado por um médico (30%) ou para dor/febre (25%). Mas junto com isso, tomar muito líquido (29%) e repousar (21%) também são ações consideradas importantes. 20% não sabem como é feito o tratamento da doença, mas 92% procurariam cuidados especializados. 

Quanto à prevenção, o levantamento apontou que 9 em cada 10 (91%) brasileiros acreditam que a dengue pode ser evitada. “A população sabe o que é a dengue e qual a forma de prevenção, mas vemos poucas ações concretas para diminuir a proliferação do mosquito vetor. O trabalho dos agentes de saúde é fundamental para mudar esse comportamento”, afirma Rosana Richtmann, médica infectologista.

 

Conscientização e Fake News

A pesquisa também avaliou o interesse dos brasileiros na busca e interesse por informações sobre a dengue. Apesar de 62% declararem que não buscam informações sobre a doença, quando questionados sobre o interesse 6 em cada 10 gostariam de receber informações por diversos canais, sendo a internet citada por 70% dos respondentes.  

A pesquisa também buscou entender o quanto as fake news impactam a comunicação com a população. Quando questionados sobre a verificação de assuntos de saúde, 81% disseram checar a veracidade das informações. A internet foi citada como a maior fonte: Google (32%) e sites de notícias (30%).  

Para contribuir com a disseminação de informações confiáveis e educativas a respeito da doença, a biofarmacêutica Takeda lançou o site Conheça Dengue. O portal, que traz dados atuais, mitos e verdades, informações sobre sinais e sintomas para identificar a dengue, tem como objetivo ser mais uma fonte confiável de informações e ajudar na conscientização e combate à doença no Brasil.  

“Os resultados da pesquisa do IPEC confirmam que ainda precisamos falar sobre a dengue e não deixar que a doença caia no esquecimento da população. Existe um longo caminho para a conscientização e estamos empenhados em contribuir com esse objetivo, levando informações que ajudem a combater a dengue no país”, explica Abner Lobão, Diretor Executivo de Medical Affairs da Takeda no Brasil.

 

SOBRE A DENGUE

A dengue é uma doença infecciosa, que pode evoluir para formas graves, acometendo bebês, crianças e adultos. Existem quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). 3,4 A dengue está presente em mais de 100 países de regiões tropicais e subtropicais e está diretamente relacionada a fatores climáticos, como chuvas, temperaturas mais elevadas, umidade relativa do ar, além de outros fatores, como a crescente urbanização não planejada, globalização, aquecimento global etc. Além do impacto físico, a doença acarreta um importante ônus socioeconômico e impõe um grande desafio para a saúde pública onde está presente.3 

A dengue é transmitida a humanos por meio da picada do mosquito infectado (fêmeas) Aedes aegypti. Outras espécies do gênero Aedes também podem atuar como vetores, porém desempenham um papel secundário aoAedes aegypti. 3,4 A dengue é a doença transmitida por vetor que cresce de forma mais rápida no mundo, e sua incidência cresceu dramaticamente nas últimas décadas. Como a grande maioria dos casos é assintomática ou leve e, mesmo os sintomáticos, muitas vezes, não são notificados, os números reais são subestimados.3 

A suspeita de infecção por dengue acontece quando o paciente apresenta febre alta (> 38°C) acompanhada por pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, náusea e vômito, linfonodos inchados, dor de cabeça severa, dores musculares e articulares.1 Não existe um tratamento específico para a dengue. As medidas adotadas devem visar o controle dos sintomas. Pacientes com suspeita de dengue devem buscar orientação médica logo ao surgirem os primeiros sintomas da doença. Em casos de dengue grave, o atendimento médico é fundamental para a manutenção do volume de fluido corporal.3 

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada para impedir possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.5  

 

Takeda Pharmaceutical Company Limited

https://www.takeda.com/pt-br/

 

Referências

  1. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Vol. 53 Nº 06. Disponível aqui. Acesso em fevereiro de 2022.
  2. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Vol. 53 Nº 01. Disponível aqui. Acesso em fevereiro de 2022.
  3. World Health Organization - OMS. Disponível aqui. Acesso em fevereiro de 2022.
  4. Niyati Khetarpal. Dengue Fever: Causes, Complications, and Vaccine Strategies. J Immunol Res.2016; 2016: 6803098

5.    Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Dengue. Disponível aqui. Acesso em dezembro de 2021.


Como ajudar alguém que esteja em crise epilética?

 26/03 é o Dia Mundial da Epilepsia


Neurocirurgião reforça necessidade de acompanhamento médico


“Crises epilépticas estão entre as doenças neurológicas graves mais frequentes da infância. Existem vários tipos diferentes de crises. A epilepsia parcial benigna é a forma mais comum, geralmente acometendo crianças e adolescentes com idade entre 3 e 16 anos. Estes eventos predominam durante o sono. Entretanto, existem formas bem graves de epilepsia na infância”, explica Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico, elencando abaixo dicas importantes para socorrer alguém que esteja em crise epilética. 

  • Proteja a cabeça da pessoa para evitar um traumatismo;
  • Vire o rosto dela de lado para eliminar o acúmulo de saliva e impedir a asfixia com o próprio vômito;
  • Não segure a língua do paciente, sob o risco de tomar uma mordida, também não coloque objetos na boca, como uma colher;
  • Se a crise estiver durando mais de 5 minutos, chame imediatamente uma ambulância, o mesmo deve ser feito se a pessoa demorar a recobrar a consciência.

“O paciente com epilepsia pode ter uma vida normal, desde que sob tratamento médico controlado, podem e devem ser inseridos completamente na sociedade, ou seja, devem trabalhar, estudar, praticar esportes, se divertir”, comenta Dr. Ricardo. 

Existem situações que a crise convulsiva ocorre de forma inédita num paciente adulto ou pediátrico, podendo estar associada a um tumor cerebral. O uso de tecnologias avançadas como a neuronavegação e a monitorização intraoperatória permitem cirurgias mais seguras.

 

Os remédios para epilepsia são controlados e o paciente deve sempre fazer acompanhamento médico para avaliar possíveis efeitos colaterais erroneamente atribuídos ao tratamento. A dose da medicação nunca deve ser alterada por conta própria. 

 

Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato

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