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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Atraso na fala das crianças pode indicar problemas auditivos

Mesmo sem problemas auditivos ao nascer, após o Teste da Orelhinha, é fundamental que a criança passe por novos exames ao menor sinal de atraso na fala, pois a perda auditiva pode ser genética, progressiva ou consequência de remédios ototóxicos 
 

A perda auditiva pode trazer diversos prejuízos a uma criança e um deles é no desenvolvimento da fala. É importante que os pais fiquem atentos aos sinais de atraso na linguagem oral nos primeiros dois anos de vida para que não haja efeitos negativos no desenvolvimento infantil; efeitos esses que podem acarretar em problemas por toda a vida. 

Muitos pais só buscam tratamento para a dificuldade auditiva dos filhos quando outros sintomas começam a surgir. Apesar de o atraso na fala e a falta de diálogo serem os sinais mais importantes de perda auditiva, eles relacionam esses problemas, muitas vezes, a outras causas. Diagnósticos equivocados e o costume de esperar que a criança desenvolva o diálogo naturalmente podem causar danos irreparáveis na infância e até na vida adulta; além de atrasar o tratamento da alteração auditiva. 

"Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores as chances de a criança ter um bom desenvolvimento, com melhores resultados no processo da reabilitação auditiva. Assim, o desempenho comunicativo pode ser alcançado mais rapidamente; muito próximo ao de crianças com audição dentro do padrão da normalidade", explica a Fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia e Vendas na Telex Soluções Auditivas. Segundo ela, "o diagnóstico pode ser feito com uma audiometria, exame que detecta a perda auditiva na maioria dos casos, dependendo da idade e da colaboração da criança". 

Com o passar do anos, por causa da dificuldade de diálogo com outras pessoas, a perda de audição não tratada afeta a socialização, a autoestima, o desenvolvimento cognitivo e a alfabetização. Não raro, há pessoas que só identificam a perda auditiva na universidade e descobrem que a dificuldade de aprendizagem ou até mesmo o déficit de atenção diagnosticado na infância e adolescência eram causados, na verdade, por problemas na audição. 

"O processo de maturação do sistema auditivo central ocorre durante os primeiros anos de vida. Por isso, a estimulação sonora neste período de maior plasticidade cerebral é imprescindível, já que para haver aprendizado da linguagem oral e, consequentemente, o desenvolvimento intelectual, emocional e de habilidades, é preciso que as crianças interajam com seus interlocutores e, assim, estabeleçam novas conexões neurais. É importante enfatizar também que há diferenças entre ouvir e escutar. Os sons que entram pelas orelhas precisam fazer sentido, ter significado", pontua a Fonoaudióloga da Telex. 

Mesmo que ao nascer a criança tenha passado pelo Teste da Orelhinha sem apresentar alterações, ao menor sinal de atraso na fala é importante que ela seja examinada por um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo, pois a perda auditiva pode ser genética ou progressiva, ou mesmo ser causada por medicamentos ototóxicos, se manifestando, portanto, ao longo da infância. 

Exames como o PEATE frequência específica (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico), avaliação comportamental, Imitanciometria e PEAEE (Potencial evocado auditivo de estado estável) serão avaliações importantes, podendo auxiliar no diagnóstico da perda auditiva, servindo como ponto de partida para que o otorrino e o fonoaudiólogo, juntos, indiquem o tratamento mais adequado para cada caso. 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que aproximadamente 32 milhões de crianças, no mundo inteiro, têm algum tipo de deficiência auditiva, sendo que 40% dos casos ocorrem devido problemas genéticos e 31% por infecções, como sarampo, rubéola e meningite.


Paramédica brasileira em Londres ensina como ajudar uma pessoa que se engasgou

Você sabia que milhares e milhares de pessoas de todas as idades morrem engasgadas todos os anos? Você saberia salvar alguém que esteja engasgando? 


Tem técnica sim e quem vai ensinar é uma paramédica, única mulher brasileira neste cargo no Rreino Unido, que pilota sua própria viatura ambulância sozinha, atendendo as emergências mais graves da capital britânica- Londres. Seu nome é Priscila Currie, formada há 7 anos pela St Georges University, que trabalha para o governo no sistema único de saúde NHS.

- Incentive a pessoa tossir com força.

- Se a pessoa não consegue tossir, falar ou respirar significa que o engasgo é muito sério e ela tem apenas alguns minutos antes de perder a consciência.

- Com a palma da mão bata forte na parte de cima das costas (entre os ombros) até 5 vezes. Lembre de amparar a pessoa com seu braço para que ela não caia para frente. Se isso não funcionar...

- Será necessário as compressões abdominais, também conhecidas como manobra de Heimlich. 

 Obs: procedimento não é recomendado para crianças menores de 1 ano.

- Fique em pé atrás da vítima com uma perna à frente entre as pernas da vítima.

- Para uma criança, desça ao nível dela e mantenha a sua cabeça inclinada para o lado.

- Alcance ao redor do abdômen e localize o umbigo. Coloque o lado do polegar do seu punho contra o abdômen, logo acima do umbigo.

- Segure seu punho com a outra mão e empurre para dentro e para cima no abdômen da vítima com empurrões rápidos e fortes.

- Se infelizmente não funcionar, coloque a vítima no chão e comece a fazer or RCP - Ressuscitação Cardio Pulmonar.

"Aprenda primeiros socorros e salve vidas", finaliza Priscila. 

 

 PARAMÉDICA BRASILEIRA EM LONDRES ENSINA 08 PASSOS DE PRIMEIROS SOCORROS DO INFARTO 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano. No Brasil, a média anual chega a 350 mil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos. 

“Os sintomas são variados, sendo os mais comuns as dores tipo pressão no centro do peito, dificuldades para respirar, palidez, suor frio, náuseas, vômitos, tontura, confusão mental, perda de consciência e dores na parte de cima das costas, nos braços e na mandíbula e pescoço. O Ataque Cardíaco pode durar minutos ou até dias e a severidade depende da localização exata do problema no coração. O mais prudente é buscar o quanto antes ajuda médica”, ressalta Priscila Currie – paramédica formada pela St Georges Universidade em Londres ( única mulher brasileira neste cargo em Londres). 

Infelizmente, o Ataque Cardíaco, que também é conhecido como Infarto, pode acontecer de repente. Por isso, existem algumas condutas que podem ser feitas antes do atendimento médico de urgência. Confira os alertas desses primeiros socorros com especialista em medicina pré- hospitar do Reino Unido: 

1-    CALMA: Tente manter a calma e ou acalme a pessoa que está se sentindo mal.  Se possível também, não fique em pé. O ideal é sentar-se  ou deitar-se em um local seguro, pois, caso aconteça um desmaio, o paciente não se machucará. 

 

2-   AMBULÂNCIA: Ligue imediatamente para o serviço de emergência mais próximo do seu bairro ou local que estará. O Samu (192) ou os bombeiros (193), por exemplo. Explique pausadamente o ocorrido e o endereço correto onde está. Se possível,  peça para alguém esperar pela ambulância na rua.

 

3-   MEDICAÇÃO: Se a pessoa não tiver alergias a Aspirina, peça para ela chupar esse medicamento, sem engolir o comprimido de 300mg. Sem água, apenas dissolvendo na boca mesmo. Atenção! Não deixe e pessoa sozinha, apenas faça isso se o remédio estiver no local.

 

4-   SEM ESFORÇO: Não permita que a pessoa com sintomas faça qualquer esforço físico, muito menos que ela dirija até o pronto-socorro sozinha, por exemplo. Mantenha a pessoa calma, conversando sobre dias felizes para distração.

 

5-   SEM BEBIDAS OU ALIMENTOS: Em caso de crise, mesmo sendo um alarme falso, não ingira bebidas, comidas ou fume cigarros. Essa conduta só vai prejudicar o quadro.

 

6-   DESMAIOS: Infelizmente, pode ocorrer. Neste caso, deite a pessoa em posição lateral, pois se ela vomitar, não correrá o risco de engasgar. E fique de olho na respiração sempre! Se a respiração parar, se prepare para fazer ressuscitação. 

“Deite o paciente de costas no chão e olhe para a barriga e peitoral da pessoa para detectar movimentos respiratórios. Não perca tempo tentando achar pulso ou batimento cardíaco! Apenas a respiração é o que importa. Ar entrando e saindo = respiração. Se a respiração estiver ausente, chame por ajuda urgente e ligue para ambulância novamente. Reforce que pessoa não está respirando. Se prepare para começar a massagem cardiaca”, explica a paramédica.

 

7- DEA – Desfibrilador. Você sabe se tem um por perto? Qualquer um pode usar! Apenas ligue a máquina e siga as instruções. O equipamento não dá choque em quem não precisa receber e a utilização é segura.

 

8 - RCP - Ressuscitação Cardio-pulmonar. Em adultos, são 30 compressões cardíacas para 2 ventilações pulmonares. Repetida até a ambulância chegar ou até a pessoa retornar sua respiração espontânea.  

 

Priscila Currie - formada por umas das melhores faculdades clínicas do mundo, a St Georges University, em Londres. Ela trabalha como Paramédica para o governo britânico atendendo as maiores emergências pré-hospitalares da capital.  Além disso, também ensina primeiros socorros em suas horas vagas e ajuda milhares de pessoas em suas redes sociais, onde é mais conhecida como Priscila Paramédica Londres.


Diagnóstico e tratamento precoces de aneurismas podem reduzir índices de ansiedade e depressão a longo prazo

  Neurocirurgião Feres Chaddad e neuropsicóloga Daniela Coelho alertam sobre os impactos dos aneurismas para o cérebro

 

Os aneurismas cerebrais correspondem a uma das mais importantes causas de mortalidade em todo o mundo. A hemorragia subaracnóidea, que tem como principal fator a ruptura de um aneurisma, equivale a 5% de todos os acidentes vasculares cerebrais (AVC). Esse tipo de acometimento é mais prevalente no sexo feminino, com manifestação entre 40 e 60 anos, afetando o período de maior produtividade dos pacientes. 

 

"A detecção de aneurismas intracranianos não rotos está se tornando cada vez mais comum, com o avanço da medicina e a utilização de angiografias por TC, RM e subtração digital, que permitem a avaliação detalhada da circulação arterial intra e extracraniana com suas diversas aplicações. Entretanto, existe uma parcela de pacientes que permanecem sem tratamento ou sem avaliação neurológica adequada, o que implica na ocorrência de danos ao cérebro e sérios impactos cognitivos quando acontece a ruptura, como alterações de memória e funções executivas", explica Dr. Feres Chaddad, Professor e Chefe da disciplina de Neurocirurgia da UNIFESP e Chefe da Neurocirurgia da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.    

 

Diversos estudos têm demonstrado a relação de aneurismas a altos níveis de depressão e ansiedade, déficit cognitivo, instabilidade emocional, distúrbios do sono, síndrome de estresse pós-traumático, entre outros. O estudo clínico "Cognitive function, depression, anxiety and quality of life in chinese patients with untreated unruptured intracranial aneurysms", publicado no Journal of Clinical Neuroscience, apresentou dados importantes sobre a associação de aneurismas não rotos (ainda não rompidos) com consequências neuropsicológicas. 

 

A pesquisa avaliou a função cognitiva, a incidência de depressão e ansiedade, assim como a qualidade de vida em 31 pacientes chineses com aneurisma não tratado e outros 25 com controles saudáveis, no período de 1 mês, 1 ano e 5 anos após o diagnóstico. Foi identificado que 39% dos participantes seguiram com depressão e 32% pacientes apresentavam ansiedade leve a severa após 5 anos da detecção do aneurisma. Sobre a qualidade de vida, não houve significância ao se comparar ao grupo controle. Já no aspecto da cognição, após 5 anos houve uma diminuição significativa nas habilidades medidas pelo do MoCa em 97% dos pacientes, sugestivo de comprometimento cognitivo leve quando comparados ao grupo controle.

 

Outro estudo que apresenta dados ainda mais recentes é o "Unruptured intracranial aneurysm treatment effects on cognitive function: a meta-analysis", do Journal of Neurosurgery. O trabalho avaliou pesquisas que relatavam o estado cognitivo de pacientes com aneurismas intracranianos não rotos antes e após o tratamento do aneurisma. As análises consideraram oito estudos (total de 281 pacientes), focando no efeito do tratamento no funcionamento cognitivo geral, com ênfase em 4 domínios cognitivos específicos: funções executivas, memória verbal e visual e funções visuoespaciais.

 

Como resultado, a pesquisa evidenciou que o tratamento não afetou o funcionamento cognitivo geral, nem significativamente as funções visoespaciais. No entanto, as funções executivas e os domínios de memória verbal tenderam a ter comprometimento pós-tratamento. O desempenho de tarefas de memória visual tendeu a melhorar. Por último, o tratamento não afetou significativamente as funções visuoespaciais. 

 

"Uma razão potencial para a melhora na capacidade cognitiva funcional após o tratamento dos aneurismas não rotos é o alívio da ansiedade. Antes do tratamento, o paciente se encontra como se fosse uma “bomba-relógio”. Essa ansiedade pode resultar em comprometimentos cognitivos importantes. Por essa razão, o tratamento busca aliviar a ansiedade e melhorar a cognição. Por outro lado, outros danos relacionados ao tratamento, como danos à substância cinzenta ou branca adjacente ou danos às paredes dos vasos sanguíneos, podem contribuir para pequenos déficits no funcionamento cognitivo", reforça Feres.

 

Alterações neuropsicológicas 

 

Cerca de metade dos pacientes com hemorragia subaracnóidea por ruptura de aneurisma cerebral podem vir a demonstrar sintomas significativos de ansiedade e depressão nos tempos posteriores à hemorragia. Porém, outros fatores de influência também precisam ser considerados, tais como: quantidade de hemorragia, a localização da ruptura e o tratamento adotado. 

 

"Quando falamos da localização da ruptura do aneurisma cerebral, aquela que ocorre na circulação posterior está associada a quadros clínicos mais delicados, inclusive com índices mais elevados de ansiedade e depressão e demais distúrbios de ordem psiquiátrica. Comparando a sua localização especificamente à artéria cerebral média, pacientes com rupturas do lado esquerdo desta artéria têm piores resultados cognitivos em relação a pacientes com rupturas do lado direito", completa Feres. 

 

Subnotificação de danos neurológicos e necessidade de acompanhamento global

 

"A desaternção aos sintomas neurológicos leves e intermediários, a dificuldade do acompanhamento de pacientes e grupos de risco que não acessam o sistema de saúde e a falta de atendimentos integrais que observem os impactos na saúde de maneira específica, mas abrangente, é ainda um grande desafio. Parte desses pacientes podem apresentar manifestações neurológicas e psicológicas tardias e ter seu processo terapêutico impactado. Por isso, é fundamental estabelecer o perfil cognitivo dos indivíduos atendidos, tanto antes, quanto após o tratamento, para que haja orientação neuropsicológica e indicação de processos de reabilitação que contemplem as necessidades e déficits apresentados", reforça Dra. Daniela Coelho, Psicóloga da Saúde e Neuropsicóloga - CFP, Especialista em Neurologia e Neurocirurgia – UNIFESP e Mestre em Neurologia e Neurociências - UNIFESP/ 

 

Implementar centros de triagem neurológica em hospitais e postos de atendimento é urgente. O acompanhamento longitudinal, com equipes multidisciplinares e check-ups médicos regulares, é fundamental para os pacientes com aneurismas. Incluir avaliação neurológica para examinar vários domínios cognitivos pode identificar alterações neurológicas, de maneira precoce, e assim trabalhar na redução da incidência de danos graves e riscos futuros.



INCA revela que 80% a 90% dos casos de câncer têm relação a causas externas

 

Cereais
Divulgação Jasmine Alimentos

No Dia Mundial de Combate ao Câncer (4 de fevereiro), especialistas alertam: existem alimentos que alimentam o câncer


Como já dizia Hipócrates, “que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio”. Há muitos anos, a humanidade conhece os benefícios de uma alimentação balanceada e saudável. O hábito regrado é o verdadeiro princípio de uma boa saúde e bem-estar. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a nutrição inadequada é uma das maiores causas preveníveis de câncer. Uma dieta pobre em verduras, legumes e frutas e abundante em gorduras de origem animal, produtos industrializados, açúcar e sal está relacionada à maior incidência geral de tumores que prejudicam a saúde do indivíduo. 

Atentar às escolhas alimentares é uma das estratégias mais importantes de autocuidado e prevenção ao surgimento de doenças, não apenas neste 4 de fevereiro, Dia Mundial de Combate ao Câncer. “Alimentos in natura, como verduras, legumes, frutas, oleaginosas, grãos e raízes, contribuem para a manutenção da saúde. Entretanto, preparações com alguns desses alimentos, como conservas, têm evidências que colaboram com a patogênese, devido à presença de nitritos e nitratos. Alguns estudos sugerem também que o excesso do consumo de carne vermelha pode aumentar o risco de câncer. As carnes processadas, por exemplo, já foram apontadas como cancerígenas pela OMS”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Dra. Adriana Zanardo.


Alimentos nocivos à saúde 

Diversos alimentos contêm substâncias cancerígenas que têm a capacidade de estimular a multiplicação celular de forma desenfreada e alterar o DNA celular, aumentando a chance do crescimento e desenvolvimento de células neoplásicas. “Os nitritos e nitratos presentes em alguns tipos de conservas e carnes processadas são altamente nocivos à saúde. Álcool e cigarro também são considerados cancerígenos”, pontua a nutricionista. 

Além da ingestão de certos tipos de alimentos, o excesso de peso está relacionado ao desenvolvimento do câncer pelo aumento da inflamação corporal. Isso se deve ao fato do estado pró-inflamatório colaborar para a multiplicação celular errônea. “Uma das explicações é que os níveis aumentados de insulina (comumente vistos em indivíduos com sobrepeso e obesidade) ativam uma enzima chamada PI3K. Essa enzima apresenta uma atividade exacerbada em diferentes tipos de câncer”, complementa Dra. Adriana. 


Qualidade nutricional: alimentos que previnem o câncer

Segundo o INCA, os principais tipos de câncer que acometeram a população brasileira em 2021 foram próstata, mama, cólon e reto, colo do útero e pulmão. Como a “comida de verdade” é a maior aliada e fonte de saúde, a nutricionista e consultora da Jasmine preparou algumas dicas práticas de quais alimentos priorizar em cada caso. “Além da base onipresente de verduras, legumes, frutas, oleaginosas, grãos, raízes e água no cardápio do dia a dia, existem alguns alimentos importantes que devemos priorizar”, explica. 

  • Câncer de Próstata: alimentos fontes de betacaroteno (cenoura, abóbora, manga, alimentos amarelo-alaranjados); licopeno (presente no tomate e, principalmente em preparações quentes porque é mais biodisponível com o calor); selênio (castanhas e sementes), e vitaminas D e E (castanhas, sementes e abacate).
  • Câncer de Mama: alimentos fontes de lignanas (presente na linhaça) e alimentos fontes de ômega 3 (castanhas, sementes de linhaça e chia, azeite de oliva, abacate, salmão, atum e truta).
  • Câncer de Cólon e Reto: alimentos fontes de fibras (verduras, legumes, frutas e grãos).
  • Câncer de Colo de Útero: alimentos ricos em vitaminas A, C e E (laranja, acerola e abacaxi). 
  • Câncer de Pulmão: vegetais crucíferos (brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor e couve), e alimentos fontes de betacaroteno e ricos em vitamina C (frutas cítricas, alimentos amarelo-alaranjados e iogurte). 

“Vale lembrar que as funções desempenhadas pelos alimentos dependem dos nutrientes que eles possuem. Para preservar esses benefícios nutricionais, precisamos atentar para as formas de produção e manejo desses alimentos. Uma dica que sempre destaco é: leia atentamente os rótulos para verificar a composição de ingredientes do produto em questão e se certificar que você está adquirindo um produto saudável e com reais propriedades nutricionais”, lembra a gerente de P&D da Jasmine Alimentos, Melissa Carpi. 

Além dos tipos de câncer mencionados, existem outros tumores frequentemente relacionados à alimentação inadequada, sendo a maior parte deles localizada em órgãos do sistema digestivo. “Outras evidências científicas relacionam a má alimentação ao câncer de boca, faringe e laringe, estômago, esôfago, endométrio, pâncreas, vesícula biliar, fígado e rim”, explica a nutricionista. 

Além de atentar ao que se põe à mesa, ter um estilo de vida saudável colabora para a prevenção do câncer, visto que muitas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são fatores de risco. Hábitos como praticar atividade física, dormir bem - tanto em relação ao número de horas como em qualidade do sono -, manter-se hidratado, manejo do estresse e realizar exames de rotina são importantes para a prevenção.

 


Jasmine Alimentos

www.jasminealimentos.com


Cirurgia preventiva da coluna: é possível evitar um problema futuro?


Mesmo com o progresso tecnológico e o aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas, ainda é comum encontrar pacientes com receio de realizar cirurgias da coluna, após idade mais avançada. Essa preocupação está associada à ideia de que pessoas mais velhas são mais vulneráveis aos procedimentos cirúrgicos. Mas, nem sempre esse fato corresponde à realidade.

 

Para o Dr. Marcelo Amato - médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna - essa discussão em relação à idade está um pouco ultrapassada. “Atualmente, com as técnicas mais modernas e o avanço da anestesia, é rotina realizarmos cirurgias da coluna em pacientes com mais de 90 anos”. Porém, alerta que, “em cirurgias muito grandes, mais específicas, as condições clínicas interferem e a idade é uma delas”.

 

Há casos em que o problema não está mais ativo e o paciente encontra-se assintomático e, mesmo assim, deseja realizar a cirurgia na coluna para que não tenha que se submeter ao procedimento posteriormente. 

 

É importante considerar que a indicação de uma cirurgia na coluna possui relação direta com os sintomas apresentados pelo paciente. “Se o paciente não está apresentando um quadro clínico que justifique uma intervenção cirúrgica, não adianta fazer uma cirurgia para evitar algum outro problema no futuro. Não existe cirurgia preventiva da coluna”, afirma o Dr. Amato.

 

Há, também, situações em que o paciente tem uma hérnia de disco com indicação cirúrgica e apresenta desgaste em outros níveis da coluna – o que pode sugerir indicação de uma intervenção mais complexa - ou seja, de outros níveis da coluna que já estão em desgaste; no entanto, esse não é um procedimento comum.

 

“É muito raro a gente precisar operar um outro nível, além do nível que está causando problema. Não há necessidade de fazer uma cirurgia se aquele segmento da coluna não apresenta problemas para o paciente”, explica o Dr. Amato.

 

Atualmente, é possível identificar se um disco ou algum segmento da coluna está causando dor ou sintomas ao paciente através de procedimentos como a discografia e os bloqueios diagnósticos.

 

 


Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

 www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato


Cannabis medicinal e esporte: uso do medicamento nos Jogos Olímpicos de Inverno

  

Uso da substância por atletas ocorre principalmente para o tratamento de dores, ansiedade, depressão e insônia, aponta farmacêutica Remederi

 

Nesta sexta-feira (04/02), será realizada a abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno 2022, segunda olimpíada a ser executada depois do canabidiol ter deixado de ser considerado doping pela Agência Mundial Antidopagem (WADA). 

Desde janeiro de 2018, o CBD passou a ser utilizado por atletas, principalmente pelo seu efeito analgésico, anti-inflamatório e ansiolítico, que pode beneficiar consideravelmente a recuperação física e emocional dos esportistas. 

Segundo a Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos e serviços sobre a cannabis medicinal, o uso da substância no esporte ocorre principalmente para o tratamento de dores (crônicas ou não), ansiedade, e insônia, problemas corriqueiros no dia a dia de competidores. O uso do canabidiol costuma apresentar resultados rápidos, e de acordo com um estudo realizado pela USP, ele pode reduzir cerca de 60% dos sintomas de ansiedade de um paciente logo nas primeiras semanas. 

Para Fabrizio Postiglione, CEO e fundador da Remederi, os benefícios da cannabis medicinal para o tratamento de doenças ainda é pouco conhecido pela sociedade, e a liberação do CBD para os atletas é considerada um grande avanço para este mercado. 

“Agora, o esporte é mais uma área que contribui para a quebra de preconceito sobre a cannabis medicinal, abrindo espaço para que a substância avance mundialmente”, afirma. 

No entanto, Postiglione explica que a WADA permite o uso apenas do canabidiol, que pode ser obtido de extratos naturais após processo de separação, em que o CBD é isolado dos demais canabinóides ou sintetizados em laboratórios. 

De acordo com a farmacêutica, o ano de 2021 foi muito importante para o avanço na cannabis medicinal no contexto esportivo, já que alguns atletas fizeram divulgaram publicamente fazer o uso da substância, inclusive durante as Olimpíadas de Tóquio. 

Dentre os competidores adeptos ao uso do canabidiol para fins medicinais, estão o medalhista Pedro Barros do skate, o maratonista Daniel Chaves, a futebolista Megan Rapinoe, atual bicampeã mundial e a melhor jogadora de futebol do mundo em 2019. Megan é uma das atletas que faz uso e também é embaixadora do CBD. Segundo ela, a medicação ajuda a lidar com as dores e a se recuperar das lesões do esporte. 

No Brasil, a questão ainda está um pouco mais atrasada, porém um grande nome do esporte, o ex-boxeador Maguila, usa o canabidiol para controlar uma doença degenerativa no cérebro, com resultados bastante positivos. 

De acordo com dados da Anvisa, o número de autorizações para importação de produtos à base de cannabis no Brasil por pessoas físicas ou associações foi de 40.191 em 2021, um salto muito grande quando comparado a 2015, que teve apenas 850 autorizações para importação. 

Em geral, a cannabis medicinal vem sendo estudada pela ciência e tem apresentado resultados muito bons para o tratamento de patologias como epilepsia, autismo, dores crônicas, Parkinson, esquizofrenia, fibromialgia, asma, transtornos emocionais, entre outras doenças. 

Diante disso, com o objetivo de ampliar o conhecimento e a adesão à substância, a Remederi possui uma rede de médicos com experiência no acompanhamento clínico com cannabis para auxiliar pacientes, e também conta com uma rede de suporte para novos médicos que desejam conhecer ou aprender mais sobre as aplicações clínicas da Cannabis medicinal.

 

Remederi -farmacêutica brasileira, com o propósito de promover qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal. Com qualidade e produtos certificados, produzidos com selo GMP (de boas práticas de fabricação) e ISO 17065, oferece às pessoas acesso à terapia canabinóide, de forma simples, segura e fácil.

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Cirurgia Robótica ou Cirurgia Aberta, qual a melhor opção?

Os avanços tecnológicos em cirurgia sempre são bem vindos, desde que não coloquem os pacientes em risco e que a equipe médica esteja treinada adequadamente. Nas modalidades cirúrgicas, de modo geral, e em especial na Urologia, esta revolução vem acontecendo de modo regular nos últimos 30 anos, principalmente para os tratamentos de cânceres, incontinência urinária, falência erétil e cálculos renais. Evoluímos das grandes incisões e prolongada internação para as cirurgias minimamente invasivas, com curtos períodos de hospitalização. 

Dentro desta revolução, há uma pergunta: os resultados finais são os mesmos, considerando as cirurgias convencionais e a robótica, principalmente quando o problema é oncológico (câncer)? Consequentemente surge a dúvida: o paciente que não tem acesso ao tratamento robótico estará menos assistido? 

Na cirurgia robótica, a via de acesso envolve incisões menores comparada à cirurgia aberta e o cirurgião realiza a cirurgia controlando remotamente o braço do robô através de joysticks e pedais, em um módulo satélite (console) que permite simultaneamente visualizar o campo cirúrgico em monitores de alta definição de imagem. Essa tecnologia não descarta a possibilidade de converter a cirurgia minimamente invasiva em cirurgia aberta, caso seja necessário. Esta situação e outros riscos devem ser informados ao paciente antes do ato cirúrgico, pelo médico que indicou o procedimento. 

Em uma recente revisão que estudou 50 trabalhos científicos randomizados, comparando cirurgias robóticas versus métodos convencionais para cirurgias de abdome e pelve, revelou-se que, embora possa haver alguns benefícios na cirurgia robótica, os resultados finais em relação à cirurgia aberta convencional são discretos. Afirmar que os robôs permitem maior precisão durante a operação, menor tempo de recuperação e geralmente melhores resultados clínicos para os pacientes é factível, mas a revisão revelou que há pouca diferença entre os dois tipos de abordagem. 

Em 39 estudos analisados, os autores observaram complicações que necessitaram de reintervenções cirúrgicas em 9% das laparoscopias e em 8% das operações robóticas. A taxa de conversão (quando o cirurgião muda da cirurgia minimamente invasiva para cirurgia aberta) foi de 8% em operações robóticas e até 12% em laparoscopias, para todas as modalidades cirúrgicas. Em cirurgias urológicas, quase não houve diferença entre as operações assistidas por robô e as laparoscopias, em relação ao número de operações que tiveram que ser convertidas para procedimentos abertos. Quanto à taxa de mortalidade, os trabalhos avaliados mostraram que foram semelhantes em todas as três técnicas (robótica, laparoscopia e cirurgia aberta). 

Outro ponto abordado no estudo científico foi o custo da cirurgia robótica, que foi considerada a mais onerosa dos métodos estudados. 

As conclusões da revisão dos trabalhos científicos permitem afirmar que os resultados pós-operatórios são semelhantes, independentemente da abordagem cirúrgica. O importante, para o paciente, é optar por um cirurgião especializado e experiente, além de uma equipe bem treinada, independente da técnica cirúrgica (aberta ou minimamente invasiva). 

Em minha opinião, “Considero que a cirurgia robótica é uma realidade e tende a se tornar o padrão ‘standard’ em cirurgia em questão de tempo”. Mas não posso deixar de responder à questão: os resultados finais são os mesmos, considerando as cirurgias convencionais e a robótica? Neste momento, a resposta é afirmativa, conforme demonstrado na revisão dos trabalhos científicos. E quanto à dúvida: o paciente que não tem acesso ao tratamento robótico estará menos assistido? A resposta é não, desde que o cirurgião e equipe tenham experiência e expertise na doença a ser tratada e na técnica cirúrgica escolhida.
  


Dr. Marco Aurélio Lipay - Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada à Urologia".


Realização de mamografias ainda “patina” no Brasil

Dados atualizados revelam que em 2021 índice ainda ficou 15% abaixo dos níveis pré-pandemia


Há décadas a realização da mamografia é motivo de preocupação dos mastologistas e pesquisadores da Sociedade Brasileira de Mastologista (SBM), pois se trata do exame mais eficaz para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Historicamente, o Brasil se mantém abaixo dos 70% de cobertura populacional, preconizado pela Organização Mundial de Saúde. Durante a pandemia o índice tem sido ainda menor e continua aquém do recomendado.

De acordo com a Dra. Jordana Bessa, da Sociedade Brasileira de Mastologia e coordenadora do estudo, em 2021 foram realizadas pouco mais de 1,675 milhão de mamografias no Brasil, na faixa etária de 50 a 69 anos, no sistema público. Estes números ainda são 15% abaixo do habitual, mas mostram alguma recuperação em relação a 2020, quando foi registrada uma queda de mais de 40% na realização do exame. “Acreditamos que o avanço da vacina e o certo afrouxamento no que diz respeito ao isolamento social tenha interferido nesses números, porém o cenário ainda é preocupante...muito preocupante”, enfatiza a mastologista.

Segundo a pesquisadora, o sinal de alerta sobre o impacto da pandemia no rastreamento periódico das mulheres bem como no tratamento das pacientes de câncer de mama é legítimo, pois o câncer não espera e em muitos casos a doença avança com velocidade e agressividade. “A realização da mamografia sempre foi um tema complexo no país, principalmente pela sua dimensão e peculiaridades regionais. “No Brasil, a maioria dos carcinomas de mama é diagnosticada pelo toque ou pelo exame clínico, quando já são maiores. Nosso rastreamento ainda estava engatinhando, sempre abaixo do que recomenda a OMS, porém com a pandemia isso se agravou”, afirma a médica, acrescentando que a Sociedade Brasileira de Mastologia preconiza a realização anual do exame em todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade.

Além dos números totais, o estudo identificou ainda aumento da proporção de pacientes com exames atrasados ​​em 2021, com quase um terço tendo realizado sua última mamografia há mais de três anos. Como no ano anterior (2020), repetiu-se o aumento no número de pacientes com nódulos palpáveis ​​ao exame físico. O levantamento mostrou também que há uma tendência notável para o aumento da triagem para pacientes de alto risco, com história familiar ou pessoal de mama. “Priorizar os indivíduos de alto risco é uma estratégia para diminuir o impacto da pandemia, já que a maioria dos resultados anormais de mamografia são encontrados neste grupo”.

A mastologista ressalta que uma das prioridades (se não a maior) para o Brasil é um atendimento rápido, de forma que pacientes com nódulos palpáveis ou resultados anormais de mamografia possam ter acesso fácil à biópsia e ao início do tratamento. “A navegação do paciente é fundamental para o seu tratamento e chance de cura. A SBM acaba de apoiar, junto com outras entidades, o lançamento de um Guia prático de navegação, orientando a população sobre os melhores caminhos para o tratamento da doença no país”, anuncia.

A doutora sinaliza que o estudo teve como base o número de mamografias realizadas pelos serviços públicos de saúde em todo o Brasil, disponibilizados pelo DATASUS, banco de dados de acesso aberto. O levantamento comparou o número de mamografias realizadas entre 2019 e 2021, em mulheres com idade entre 50-69 anos. Mamografias de instituições privadas não foram incluídas. “Concluímos que, embora tenha sido registrada uma melhora em relação ao fatídico ano de 2020, a pandemia agravou o cenário do rastreamento do câncer de mama no Brasil, fato que continuará a contribuir para o aumento do diagnóstico em estágios mais avançados”, conclui a mastologista.


Drogas e Alcoolismo: D’Or Consultoria lança campanha de conscientização e alerta

 


Pesquisas mostram que durante a pandemia, a ingestão de drogas e de álcool aumentou

 

 

O consumo de álcool e drogas disparou no Brasil nos últimos dois anos, potencializado pelos danos psicológicos da pandemia. Este mês, o tema ganha destaque com o Dia do combate às Drogas e Alcoolismo, em 20 de fevereiro e a D’Or Consultoria, empresa do Grupo Rede D’Or São Luiz, aproveita a data e traz a campanha: “Não é fácil, mas tem saída”. 

De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), 55% da população brasileira tem o hábito de ingerir bebidas alcoólicas, sendo que 17,2% declararam que durante a pandemia, elevaram os níveis, associado a quadros de ansiedade graves por conta do isolamento social. 

Outra pesquisa, a edição especial da Global Drug Survey sobre a Covid-19, afirma que o Brasil registrou um aumento de 17,2% no consumo de maconha e 13,5% no consumo de álcool em 2020. Os dados da pesquisa ainda apontam um salto de 7,4% no uso de cocaína e de 12,7% no uso de remédios para ansiedade, como Diazepam e Clonazepam.



Um labirinto com saída
 

A campanha reforça que o primeiro passo para a pessoa que deseja se libertar do vício é reconhecê-lo, assim como as consequências que pode trazer, buscando mudar hábitos. 

“O conceito criativo da campanha mostra a figura de um labirinto para ilustrar que, por mais complexo que possa ser, com inúmeros caminhos e armadilhas, há a possibilidade de não se perder e encontrar, de fato, diversas alternativas para sair dessa situação’, explica Victor Davi, coordenador de Marketing e Comunicação da D’Or Consultoria. 

O acompanhamento médico também é necessário, pois, em muitos casos, pode ser necessário o uso de medicamentos que ajudam a controlar a síndrome de abstinência e impedem os avanços de doenças psiquiátricas. Para o tratamento é indicado terapia, ter o apoio das famílias e amigos, alimentação saudável e praticar atividade física.

 “Os dados indicam que as substâncias estão sendo utilizadas como válvulas de escape nesta pandemia. Vale lembrar que bebidas alcoólicas e drogas levam à dependência e, em muitos casos, doenças graves”, afirma Sérgio Hércules, médico e superintendente de Gestão de Saúde Médica da D’Or Consultoria

A cirrose hepática é, hoje, no Brasil, a principal causa de mortes atribuída ao álcool e mata mais que embriaguez ao volante.

 Conheça um pouco mais sobre a campanha e baixe cartaz e wallpapers no https://dorconsultoria.com.br/portfolio/drogas-e-alcool/

 


D’Or Consultoria - Empresa de corretagem do Grupo Rede D’Or São Luiz especializada em benefícios.


Câncer: prevenir é sempre o melhor remédio

O câncer é a segunda principal causa de morte em todo o mundo. A doença mata quase 10 milhões de pessoas por ano, sendo 70% delas com acima de 65 anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa de novos casos no Brasil é de mais de 625 mil novos casos a cada ano - triênio 2020/2022. Atentos a esses números cada vez mais elevados, os médicos do Instituto de Câncer de Brasília (ICB) aproveitam o Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, para reforçar a importância de se manter os cuidados com a saúde e a prevenção.

A data criada para aumentar a conscientização sobre a doença serve também para incentivar a adoção de estratégias adequadas para a prevenção do câncer, afinal, até 30% dos casos da doença podem ser prevenidos através de cuidados como praticar exercícios físicos, evitar fumar e ingerir bebidas alcóolicas, realizar exames anualmente, utilizar fotoprotetor diariamente e manter uma alimentação balanceada.

 

“Entre as hipóteses para este aumento de casos estão o crescimento da obesidade e a manutenção de hábitos de vida inadequados. O câncer acomete todas as faixas etárias, mas é mais comum em pessoas mais velhas, mas, nos últimos anos é percebido um aumento na incidência e mortalidade de diversos tipos de cânceres em pessoas abaixo dos 50 anos – provavelmente pela ausência de bons hábitos”, comenta o  oncologista do ICB, Caio Neves.

 

Foi o caso da jornalista Lilian Saldanha, que em 2018, foi convidada a assumir um novo desafio profissional e teve a alegria do momento suspensa por conta de um diagnóstico de carcinoma. Lilian, com apenas 39 anos, foi diagnosticada com câncer de endométrio. “Fui diagnosticada com um câncer agressivo e com um grau alto apenas um mês após ser promovida. Localizado no endométrio e no paramétrio foi preciso agir com rapidez. Foram 279 dias desde a descoberta (com sessões de quimioterapia e radioterapia) até o  início do período de remissão”, lembra Lilian.

 

Câncer X pandemia

 

A pandemia causada pelo novo coronavírus afetou o tratamento de pacientes oncológicos. Dados da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) apontam que 74% dos médicos relataram que pelo menos um ou mais pacientes interromperam ou adiaram o tratamento por mais de um mês durante a pandemia.

 

O levantamento ainda apontou que os procedimentos mais postergados foram as cirurgias e os exames de prosseguimento - situações que podem contribuir para o agravamento da enfermidade. Para Caio Neves, o principal efeito foi a redução de diagnósticos precoces, “com a pandemia, muitas pessoas deixaram de ir aos hospitais para fazer exames preventivos, os índices de biópsia caíram cerca de 40% em todo Brasil”. Para o oncologista, o diagnóstico tardio pode ser um fator complicador no tratamento, “para quem está no estágio inicial, o tratamento é, em sua maioria, curativo", conta.


Por cuidados mais justos

O ICB está endossando a campanha internacional “Close the care gap” ou em português “Por cuidados mais justos”, do UICC (Union for International Cancer Control). A ação reforça que renda, educação, localização geográfica, etnia, gênero, orientação sexual, idade, estilo de vida e outros não deveriam ser fatores que afetam no tratamento contra o câncer. “O primeiro ano de campanha é voltado para o reconhecimento da falta de equidade nos atendimentos e tratamentos, ponto que afeta todo o mundo e que acaba custando vidas”, afirma o oncologista.  “É enxergar que há algo errado e mudar o pensamento, para que todos consigam o melhor diagnóstico e cuidados”, finaliza. 

 

 

ICB - Instituto de Câncer de Brasília é uma clínica especializada no tratamento oncológico que foca no atendimento humanizado e completo, que acompanha todas as etapas do tratamento do câncer, desde o diagnóstico até a conclusão.


Dívida se paga com produção e não com propriedade

As perdas nas safras 21 e 22, já representam um grande prejuízo, principalmente na região do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, especialmente em razão do clima.

Assim, é muito comum esperar que produtores rurais possam perder o seu patrimônio em razão de não terem conhecimento dos direitos que lhe são assegurados através do credito rural.

A lei diz que razões climáticas e mercadológicas garantem ao produtor rural o direito de alongar a sua dívida na mesma taxa de juros que foi contratada, desde que ele comprove as perdas da atual safra e a fórmula do novo pagamento.

As regras gerais para o alongamento das dívidas, e, nas hipóteses contempladas pelo crédito rural, tratam da dificuldade da comercialização de produtos e da frustação da safra por fatores adversos. Nesse caso, entre o clima e entre outros fatores adversos e eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento do negócio, abre-se um cenário muito grande, no momento em que o produtor observa sua safra frustrada.

Além disso, a comprovação das perdas de uma safra talvez seja uma das questões mais difíceis dentro de um processo judicial, em que o produtor rural pretende o alongamento do débito ou a revisão desse débito em razão da frustação da sua safra.

Esse é o grande empecilho, uma vez que provar que uma determinada região sofreu com uma geada é fácil, porém pode ser difícil provar que a geada destruiu determinada lavoura, localizada em uma área específica, e que em razão disso o produtor teve prejuízo.

O importante nesse caso é como o produtor deve proceder para conseguir comprovar o seu direito ao alongamento dessa sua dívida. Por exemplo, o agrônomo deve fazer um laudo de perda de safra com o técnico contábil, que pode fazer um pedido de alongamento da dívida que coincida com a sua capacidade de pagamento, demonstrando que a perda daquele momento somente poderá ser paga com o resultado de duas, três ou quatro safras futuras.

Outro procedimento necessário é notificar o banco com antecedência mínima de 15 dias do vencimento para que assim o produtor comece a dar ensejo ao seu direito de prorrogar o crédito rural, mediante a prova da frustação de safra, um dos principais documentos para obtenção de êxito. E para isso, é necessário o laudo de perda da lavoura, completo, bem redigido e de fácil compreensão.

Esse laudo deve conter informações detalhadas, completas sobre a descrição do imóvel rural, da lavoura, as especificidades de cultura em questão, as técnicas aplicadas, o cultivo, a adubação e se a perda é decorrente das dificuldades climáticas.

O agricultor pode utilizar também o laudo feito pelas próprias instituições financeiras, que muitas vezes vão até o imóvel rural para poder verificar a situação. Por isso, essa vistoria deve ser sempre acompanhada pelo produtor que pode discordar de algo que o agente escreva e que não esteja de acordo.

Outras ferramentas também podem auxiliar o produtor na formatação do documento e no sucesso do processo, como a produção de vídeos e fotos das perdas nas áreas rurais, imagens de satélite e notícias de jornais e revistas que relatem o problema com o clima e a consequente perda de safra na região.

Uma ata notarial é outro documento possível. Para isso, o produtor rural pode chamar o tabelião até a lavoura para que ele constate as informações junto com seu agrônomo, colha prova testemunhal de vizinhos, registre as notas fiscais e outros documentos que comprovem a incapacidade de entrega total ou parcial da produção.

E o produtor pode ainda lançar mão de uma medida judicial conhecida, que consiste na antecipação de provas, conhecida como ação de produção antecipada. Trata-se de um mecanismo judicial que permite informar a justiça que está havendo perda, produzindo um laudo em juízo.

Todas essas medidas tomadas ajudarão, com certeza, a provar o pleito do produtor rural no caso de frustação de safra, garantindo seus direitos e protegendo seu patrimônio.

Afinal, dívida se paga com produção e não com propriedade.

 

 

Fabiano Ferrari - advogado especialista na Reestruturação Financeira do Produtor Rural. www.fabianoferrariadvogado.com.br

 

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