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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Melhor prevenir: qual a combinação ideal para fortalecer o sistema imunológico?

Consultora lista nutrientes e hábitos importantes para manter o organismo saudável e com a imunidade em alta

 

Nenhum alimento sozinho tem a capacidade de fortalecer a imunidade. Mas, sim, o conjunto de hábitos e ações saudáveis. Dentro desse contexto, a alimentação saudável, com nutrientes certeiros, pode beneficiar diversos sistemas do corpo humano, especialmente o imunológico. Essa é a orientação de Bruna Pavão, consultora nutricional da linha de snacks saudáveis Cuida Bem, que reforça que é necessário consumir alimentos de todas as classes e grupos alimentares, como proteínas, carboidratos e gorduras boas.

“Não existem superalimentos, fórmulas, sucos ou soroterapias, por infusão endovenosa de nutrientes, que são indicados para prevenir ou até mesmo tratar pessoas contaminadas com gripe ou Covid-19, por exemplo. Somente uma alimentação equilibrada e balanceada durante o ano todo ajudará a manter o sistema imune em bom estado para atuar no combate dos vírus causadores”, destaca Bruna.

Além de uma alimentação mais balanceada, alguns suplementos podem ser recomendados como vitamina C, zinco e ômega 3. A consultora listou alguns nutrientes essenciais para o bom funcionamento do sistema imunológico: 

•       Vitamina A: presente em alimentos como ovos, leites e queijos, legumes, frutas e verduras de cores alaranjadas e verdes escuras, essa vitamina tem um importante papel no fortalecimento do sistema imunológico. 

•       Vitamina C: está presente, principalmente, em frutas cítricas (laranja, limão, cereja, morango e mexerica) e atua na proteção das células e no funcionamento adequado do sistema de defesa contra os vírus e bactérias. “A vitamina C pode ser encontrada em grande concentração nas células do sistema imune, porém, na presença de processos inflamatórios ou de infecções como gripes e resfriados, que aumentam o nível de estresse, esse índice pode diminuir muito rápido. Por esse motivo, manter o consumo de alimentos fonte dessa vitamina pode evitar que isso aconteça e afete o desenvolvimento das células. Além disso, possui atividade antioxidante, que pode prevenir o dano celular”, explica a consultora. 

•       Vitamina D: o principal meio de obtenção dessa vitamina é a exposição diária aos raios solares, porém, alguns alimentos como os óleos de fígado de peixe, atum e linguado são considerados boas fontes. Opera no funcionamento de muitos órgãos e tecidos, além de possuir importância para a saúde dos ossos. Tem efeitos significativos em diversos sistemas, incluindo o imunológico. 

·        Vitamina E: encontrada na gema de ovo, vegetais verdes escuros, gérmen de trigo e óleos vegetais. É um importante antioxidante, proporcionando benefícios similares a vitamina C ao sistema imune do corpo. 

•       Sais minerais e gorduras boas como ferro, magnésio, selênio, zinco, ômega 3 e ômega 6, encontrados em sementes como chia, quinoa e castanha de caju, também possuem componentes que podem auxiliar o sistema imunológico, contribuindo para a melhora do desempenho das células de defesa do corpo.

“O zinco é essencial para o crescimento, desenvolvimento e função imunológica, principalmente das células dos linfócitos T, uma das principais células do sistema imune. O consumo de alguns alimentos com essa fonte, como carne vermelha e camarão, devem ser considerados e podem ser facilmente incluídos em diversas preparações”, diz Bruna. Ela reforça que “as oleaginosas como amêndoas e amendoim contêm boas quantidades desse micronutriente, esses alimentos estão presentes, por exemplo, no portfólio da marca Cuida Bem. São snacks de fácil ingestão e ideais para o dia a dia”, pontua Bruna.

 

A profissional reforça que alguns hábitos também podem auxiliar no aumento da imunidade, como: 

·        Controle do estresse: o estresse crônico afeta diretamente o Sistema Nervoso Simpático, liberando o hormônio cortisol, que está relacionado à diminuição das funções imunes e, portanto, altera o bom funcionamento do sistema imunológico. 

·        Qualidade do sono: o sono é um processo que envolve mecanismos fisiológicos e comportamentais e que necessita da atuação de diversas regiões do sistema nervoso central, sendo considerado fundamental para a manutenção da saúde, incluindo o sistema imunológico. A privação do sono pode provocar mudanças no funcionamento do corpo, e, consequentemente, deixá-lo mais suscetível a doenças e prejudicar a imunidade. 

·        Atividade física: a prática de exercício físico regular tem sido relacionada ao aprimoramento do sistema imunológico, pois contribui para a produção de mais células de defesa e pode atuar diretamente para o aumento da função do sistema imune. 

·        Contato diário com o sol: a principal fonte de vitamina D para o corpo humano é por meio dos raios solares. Essa vitamina afeta diretamente a imunidade ao atuar na redução dos fatores de risco de infecções virais do trato respiratório e pode apresentar potencial anti-inflamatório contra esses microrganismos. 

A profissional explica que qualquer mudança rigorosa nos hábitos alimentares, sem que seja acompanhada por médico ou nutricionista, pode prejudicar o sistema imunológico, pois pode restringir ou até mesmo eliminar o consumo de grupos alimentares e a quantidade de calorias adequadas das refeições. “As recomendações nutricionais são diferentes entre os sexos e faixas etárias. Isso porque cada indivíduo possuir necessidades específicas”, afirma.

Bruna reitera que “a relação do sistema imunológico e a nutrição está em uma ingestão adequada de alimentos com nutrientes característicos, como as vitaminas e minerais, listados anteriormente, que favorecem diretamente as funções das células de defesa do organismo, ao melhorar a qualidade de vida e auxiliar o processo de tratamento de diversas doenças”.

 

Santa Helena

www.santahelena.com


Hálito de Cebola?

 Você já percebeu que alimentos como, alho, cebola e atum deixam aquele famoso bafinho. Confira o motivo!

 

O mau hálito, ou a halitose, com origem na boca é causado pela má conservação dos dentes, restos alimentares entre os dentes e abscessos e inflamação das gengivas. Rarissimamente o estômago ou outras partes do aparelho digestivo estão envolvidos na halitose, mas existem alimentos com substâncias específicas, que assim que os ingerimos percebemos alterações de mau hálito.

A Dra. Cláudia Christianne Gobor, atual Conselheira Consultiva da Associação Brasileira de Halitose alerta que ‘’a mistura dos odores dessas substâncias não costuma ser percebida pelos portadores de halitose, mas provoca repulsa nos que se relacionam com eles”.

Para evitar momentos desagradáveis entenda o motivo desses alimentos causarem mau hálito. Os componentes sulfúricos presentes em alimentos como alho e cebola, uma vez digeridos, são absorvidos pela nossa corrente sanguínea e podendo ser liberados através da respiração e pelos nossos poros com forte odor. Neste caso, é recomendado que se capriche na higienização bucal e aumente a ingestão de água para que aquele odor seja mais rapidamente metabolizado pelo organismo.

Os laticínios também não ficam de fora, uma vez que, as bactérias naturais da nossa língua se alimentam dos aminoácidos presentes nos queijos e leites, fazendo-se necessária a escovação da língua com mais atenção.

Para finalizar, o atum é um famoso agente do mau hálito, isso ocorre pela oxidação do peixe na lata de metal, que ao entrar em contato com o nosso organismo, agrava o odor. Para evitar a halitose causada por esses alimentos, a Dra. Cláudia ressalta: ‘’Foque nos hábitos saudáveis de limpeza. Escove sempre os dentes após as refeições e não esqueça do fio dental. Além de que 99% da nossa saliva é composta por água, e ela ajuda na limpeza da boca. Desse modo, é importante estar sempre com uma garrafinha às mãos”.

  

Dra. Cláudia Christianne Gobor
Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva
website:
https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
Instagram: @bomhalitocuritiba
Facebook: @bomhalitocuritiba


Saiba como evitar o desconforto nas pernas durante viagens de carro, ônibus ou avião

O médico vascular Dr. Gustavo Marcatto explica porque acontecem problemas vasculares em longos trajetos e dicas para evitá-los


            O começo de ano, muitas vezes até o Carnaval, é um dos períodos que as pessoas mais preferem para curtir aquelas merecidas férias, ou tirar pelo menos alguns dias de folga e, assim, renovar as energias para aguentar o tranco de trabalho e rotina durante os próximos meses.

            Por isso, em muitos casos, é nesse momento que uma viagem longa, para destinos mais distantes, é programada, seja para se divertir ou visitar familiares. E de carro, ônibus, ou avião, um problema muito comum em deslocamentos com mais de duas horas é aquele desconforto, principalmente nas pernas, que tendem a ficar inchadas e com uma sensação de peso. Isso acontece, justamente, por passar muito tempo sentado, sem fazer movimentos.

“Permanecer muito tempo numa mesma posição, ou um longo período sentado, como nos casos das viagens longas, prejudica o retorno do sangue dos membros inferiores ao coração. O resultado é uma circulação mais lenta e o consequente acúmulo de sangue nas pernas, provocando inchaço e sensação de peso e desconforto nos membros inferiores”, explica o médico vascular, Dr. Gustavo Marcatto, que atende em São José do Rio Preto (SP) e também na capital paulista.

E engana-se quem pensa que esse desconforto se limita, apenas, aos membros inferiores. Mãos e braços também podem apresentar problemas de circulação durante as viagens, devido à imobilidade. O recomendado, nesses casos, de acordo com o especialista é realizar alongamentos, mesmo sentado na poltrona do ônibus ou avião (ou banco do carro), elevar os braços e abrir e fechar as mãos algumas vezes. 


Cuidados básicos

Segundo o Dr. Gustavo, é necessário que o passageiro levante, pelo menos a cada duas horas, e circule pelo corredor do ônibus ou do avião por no mínimo 5 minutos.

No caso de automóveis, o ideal é que o motorista faça paradas também a cada duas horas, para que tanto ele, quanto outras pessoas que estiverem no veículo, possam movimentar as pernas, ajudando assim na melhora da circulação sanguínea. “É preciso fazer alongamentos e movimentar-se. Mover os tornozelos em círculo e para cima e para baixo, ativando, assim, os músculos das panturrilhas e auxiliando no bombeamento do sangue”, indica Gustavo.

Outro ponto importante abordado pelo especialista é manter uma boa hidratação durante todo o trajeto, já que a ingestão de água, em qualquer ocasião, ajuda a deixar o sangue mais fluido, facilitando muito a circulação.

E atenção! Nada de saltos, sapatos ou roupas apertadas, hein! O ideal em deslocamentos com mais de duas horas é, mesmo, o conforto. Com peças de roupas mais soltas (no caso do período do Verão também mais leves) e sapatos confortáveis, principalmente tênis.


Casos específicos

            Em muitos casos é recomendado, ainda, durante as viagens o uso de meias elásticas de compressão para evitar o inchaço das pernas e pés. “As meias são muito importantes, principalmente para pessoas com maior predisposição à trombose como: quadros de varizes, pessoas com idade avançada, obesos, quem tem antecedentes de trombose, portadores de distúrbio de coagulação genético (a trombofilia); tabagistas, quem faz tratamentos hormonais ou aqueles que estão em tratamentos de tumores malignos”, alerta o médico.

O Dr. Gustavo pontua também sobre o uso de medicação específica. “Em alguns casos, o médico vascular pode indicar o uso de anticoagulantes para a prevenção da trombose, em pacientes que vão viajar longas distâncias. Por isso é essencial consultar um especialista, que indicará qual o melhor procedimento para cada pessoa”.

            O especialista vascular faz ainda um alerta! Viagens longas de avião, tem um agravante a mais na questão da circulação sanguínea de desconforto nas pernas e pés. “A pressurização das cabines causa uma perda imperceptível, mas bem significativa, de água do nosso corpo por evaporação. Isso aumenta a viscosidade do sangue (que fica mais grosso), o que pode favorecer a trombose”, explica o médico. 

            E depois de tomar todos esses cuidados e, finalmente, chegar ao destino, o ideal é deitar e levantar as pernas por alguns minutos. Com isso a sensação de peso e inchaço deve passar rapidamente. Aí, é só curtir cada minuto das férias!


Por que ainda não foi criada uma vacina contra a AIDS?


 

O Brasil de 2021 vem sendo um período intenso para a ciência. A pandemia, embora desacelerada, continua em curso e ainda impactando a saúde da população. As vacinas, como nunca, têm tido uma atenção extrema por parte da mídia e, por feliz consequência, também dos brasileiros, que vêm buscando se informar mais a respeito do tema. Uma questão que surgiu nesse meio tempo é: se, em razão da pandemia, em todo o mundo estão sendo desenvolvidas e produzidas vacinas a toque de caixa, por que a ciência ainda não foi capaz de produzir uma vacina contra a AIDS? Sendo o HIV um vírus de alta preocupação há décadas, posso afirmar que não foi por falta de esforço. Porém, o desenvolvimento de vacinas contra um vírus como o da Covid-19 não se compara ao desenvolvimento de uma vacina contra a AIDS.  

Quando pensamos em desenvolver uma vacina contra um vírus como o causador da Covid-19 ou da AIDS, os primeiros passos a serem adotados se baseiam em mais de 100 anos de história e consideram como ponto inicial os experimentos de Louis Pasteur, que foi o criador do princípio de desenvolvimento de vacinas semelhante ao que utilizamos na atualidade – que já se provou altamente funcional ao erradicar doenças como a varíola, por exemplo. Por outro lado, por mais desenvolvidas que sejam ou estejam as tecnologias para desenvolver vacinas, algumas características naturais do vírus causador da doença, como é o caso do HIV, podem impactar diretamente no sucesso desse desenvolvimento. Vale lembrar que em 1984, logo após a descoberta do HIV, a secretária de Saúde dos EUA anunciou que uma vacina contra a doença seria desenvolvida em até dois anos, discurso semelhante ao que foi utilizado por diversos cientistas atuantes na área de desenvolvimentos de vacinas quando surgiu o coronavírus causador da Covid-19, o SARS-Cov-2. Porém, com o passar dos anos, verificou-se que o HIV possuía características únicas que poderiam comprometer a produção de uma vacina. Entre elas, foi observado que, diferentemente de outros vírus, o HIV não induz uma resposta imune eficiente e protetora nas pessoas que foram infectadas. Isso compromete um princípio básico do desenvolvimento de vacinas que é o de induzir uma reação “semelhante a uma infecção natural” para que as pessoas fiquem protegidas. De forma totalmente inédita, percebeu-se que uma vacina contra o HIV precisa ter como objetivo a indução de uma resposta imune protetora mais intensa e eficiente do que aquela que a própria infecção pelo HIV é naturalmente capaz de induzir em uma pessoa. Este grau de eficiência é algo que até hoje não foi alcançado com outras vacinas que, por princípio, induzem nas pessoas uma reação bem menos intensa do que seria a doença natural e com isso já são capazes de gerar proteção suficiente para evitar as formas graves e eventualmente fatais de uma doença. Um segundo aspecto importante é que o HIV naturalmente sofre mutações em uma frequência tão alta que, tecnicamente, se torna muito difícil definir qual será o “vírus alvo” da vacina. Pra se ter uma ideia de comparação, vamos considerar o influenza, causador da gripe comum, o qual sabemos que já possui uma vacina que é anualmente atualizada devido às suas mutações, inclusive exigindo revacinação anual. Pois bem, a quantidade de mutações naturais a que o HIV está sujeito em um único indivíduo infectado é maior que toda a variabilidade observada no vírus influenza na população mundial. Sendo assim, estes dois aspectos principais já tornam evidente que o desenvolvimento de uma vacina contra o HIV representa um desafio científico e tecnológico em um grau de complexidade superior ao de qualquer outro vírus importante para a saúde humana, como o causador da Covid-19. Como demonstra a variedade de vacinas produzidas em curto período de tempo e em uso até o momento em todo o mundo, este vírus, especificamente, não tem a mesma complexidade do HIV.   

Contudo, embora seja um vírus mais complexo, isso não significa que a ciência já não esteja correndo atrás há bastante tempo. Ao longo dos quase 40 anos de pesquisas sobre o HIV, investimentos de centenas de milhões de dólares e dedicação ferrenha de milhares de cientistas, embora até o momento não exista nenhuma vacina capaz de mostrar suficiente eficácia para que seja utilizada em massa, muito trabalho foi e vem sendo realizado. Entre diversas frentes de investigação científica, é interessante destacar a da IAVI (International AIDS Vaccine Initiative), uma fundação internacional sem fins lucrativos que tem como objetivo primordial desenvolver uma vacina contra o HIV. Em fevereiro de 2021, a IAVI anunciou a realização de um teste clínico de fase I (primeira etapa na produção de uma vacina, com testes de segurança em humanos) de um tipo de vacina absolutamente inédito do ponto de vista técnico e científico e que parece ter mostrado alguns dos melhores resultados observados até hoje. Essa vacina, que atualmente representa nossa maior chance na luta contra o HIV, está sendo desenvolvida com a utilização de tecnologias genéticas e computacionais que nunca foram utilizadas para o desenvolvimento de outras vacinas de uso em massa. De uma forma muito geral, esta nova tecnologia permite “escolher” raras células (estimadas em uma a cada 1 milhão de células que produzem anticorpos) que são estimuladas na pessoa vacinada para que ela produza resposta imunológica adequada. Aparentemente, nos primeiros grupos de pessoas testadas, essa vacina parece ter finalmente induzido a produção de anticorpos capazes de impedir a infecção pelo HIV, o que sugere que o mais alto grau de indução de resposta imunológica protetora e poderá, portanto, tornar-se funcional contra o HIV. Porém, outras fases de testes ainda são necessárias para se confirmar essas observações. Além disso, considerando o vasto histórico de estudos que também foram promissores em fases iniciais, mas chegaram a ser interrompidos por não terem se mostrado eficientes, cabe prudência.   

Por fim, é importante que as pessoas entendam que a ciência na área biológica nunca gera observações absolutamente exatas e sempre exige tempo, só assim hipóteses são descartadas ou confirmadas indicando a utilidade das descobertas relacionadas a vacinas por exemplo. Lembrando ainda que qualquer descoberta está continuamente sujeita a questionamentos que permitem constantes melhorias. O conhecimento científico na área biológica é muito amplo, a ponto de estimarmos que todo o conhecimento histórico pode se duplicar anualmente, mas é preciso separar as coisas: HIV e SARS-Cov-2 são vírus completamente diferentes, e como eu disse, exigem abordagens diferentes, e estas estão sendo feitas, incansavelmente, por milhares de cientistas do mundo todo. Cabe a nós, portanto, torcer e atuar para que respostas, incluindo uma vacina contra o HIV, sejam alcançadas o mais rápido possível. Em paralelo, também podemos admirar o triunfo da ciência, pois ela foi capaz de gerar, no período historicamente mais curto já registrado, diversas vacinas extremamente eficientes contra o vírus causador da pandemia mais grave dos últimos 100 anos, a da Covid-19. 

 


Jefferson Russo Victor - biomédico imunologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 


Enxaqueca e surdez possuem relação?

Por vezes, a surdez pode acompanhar a enxaqueca surgindo
questionamentos sobre tal correlação
 

 

Por ser um fator desconhecido, muitas vezes, doenças de diferentes sistemas do corpo humano podem estar ligadas e devem ser tratadas com especialistas diferentes. A migrânea ou enxaqueca, como é popularmente conhecida, é um transtorno neurológico que afeta o sistema nervoso central, gerando uma disfunção em algumas regiões cerebrais, que incluem vias nervosas relacionadas à audição e ao equilíbrio. Quando estas vias são atingidas, são chamadas de migrânea do ouvido ou migrânea vestibular.  

Audição abafada, hipersensibilidade a sons e zumbido são alguns dos sintomas da enxaqueca vestibular. Em função disso, é de extrema importância procurar tratamento com um médico otorrinolaringologista especialista em otoneurologia. “Viver com esse tipo de doença pode ser muito incômodo e atrapalha a qualidade de vida.” menciona a Dra Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista especializada em otoneurologia. 

É essencial manter a saúde em dia, se fazendo necessária a atenção especial à saúde auditiva, pois, mesmo que não seja do conhecimento de muitos indivíduos, é por meio dela que se obtém equílibrio corporal. Além de que a falta da audição pode causar transtornos psicológicos severos, como ansiedade, depressão, sensação de abandono e/ou pensamentos suicidas. 



Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

http://canaldoouvido.blogspot.com 

Email: ritaguimaraescwb@gmail.com 

Endereço: Rua Fernando Simas, n° 705. Bairro: Mercês. O consultório fica no quarto andar, nas salas 41 e 42. Curitiba, PR.

 

Secura vaginal é um sintoma comum da menopausa

Naturalmente as paredes da vagina ficam lubrificadas com uma fina camada de líquido transparente. O hormônio estrogênio ajuda a manter esse fluido e mantém o revestimento da vagina saudável, espesso e elástico. 

Mas quando a mulher passa por alterações hormonais, com queda de estrogênio no corpo, isso pode causar também o ressecamento vaginal.

 A secura vaginal é um sintoma comum da menopausa — e quase uma em cada três mulheres a enfrenta enquanto passa pela "mudança". Depois disso, torna-se ainda mais comum. Também torna a vagina mais fina e menos elástica. Isso é chamado de atrofia vaginal. 

Os níveis de estrogênio também podem ser impactados pelo parto e amamentação, tratamentos contra o câncer, remoção cirúrgica dos ovários, ou pelo uso de medicamentos antiestrogênicos. 

Essas mudanças na região vaginal, podem causar incômodo inclusive nas atividades comuns do dia a dia, como: ao se exercitar, sentar, urinar, ficar de pé, ou se movimentar. Assim, muitas mulheres acabam sentindo desconforto, dor e perda do desejo sexual. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Algumas opções de tratamento são: 

- Uso de cremes, para auxiliar na irritação da pele.

- O uso de lubrificantes e hidratantes ajudam a deixar a região mais lubrificada.

- Evitar sabonetes perfumados.

- Ingestão de suplementos alimentares que contenham vitamina D ou E, por exemplo, ótimas para a saúde vaginal.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Mas lembre-se! O ideal em qualquer situação é sempre procurar um profissional médico que possa analisar o seu caso individualmente, observando quais são as suas verdadeiras necessidades e te indicar o melhor tratamento.

 

 Dra. Erica Mantelli - Ginecologista, Obstetra e Especialista em Saúde Sexual. Embaixadora da Revista Crescer. Mamãe da Giulia e da Isabella.

CRM-SP 124.315 | RQE 36685

www.ericamantelli.com.br


Hemodinâmica: tecnologia auxilia no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas de forma mais rápida e menos invasiva

Exame de alta precisão é grande aliado da cardiologia e permite recuperação rápida

 

As doenças cardiovasculares, caracterizadas por problemas do coração e da circulação, representam a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, estima-se que, até o final do ano de 2022, cerca de 400 mil cidadãos morrerão por doenças do coração. Muitas delas podem ser evitadas por meio do diagnóstico precoce, tratamento adequado e, principalmente, cuidados preventivos. Com o avanço da medicina, os aparelhos de alta precisão têm se tornado grandes aliados dos especialistas na promoção da saúde e do bem-estar dos pacientes. 

Na Hemodinâmica, por exemplo, o cateterismo cardíaco é um procedimento que identifica as obstruções nas artérias do coração e verifica as alterações no funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco. Quando a técnica surgiu, o exame era utilizado apenas como um método de diagnóstico, mas atualmente a realização deste exame pode solucionar diversos problemas cardiovasculares congênitos ou adquiridos. Segundo Nádia de Mendonça Carnieto, coordenadora médica de Hemodinâmica Cardíaca da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), “o cateterismo cardíaco é indicado principalmente para pessoas com casos de angina (dores no peito) ou diagnóstico de infarto, e tem como objetivo identificar placas de gordura existentes nas artérias do coração.”

 

Mais precisão e menos invasivo

Um serviço como a Hemodinâmica permite reduzir o número de cirurgias cardíacas abertas, que normalmente têm uma recuperação mais lenta e são muito mais invasivas para o paciente. O exame de cateterismo cardíaco geralmente é realizado com o paciente acordado, com anestesia local, com o uso de um angiógrafo de alta tecnologia, que possibilita a inserção de cateteres por meio da punção de vasos sanguíneos na virilha, punho ou antebraço até chegar ao coração, onde visualizam-se as artérias coronárias. 

Para a visualização dessas artérias, são feitas injeções de contraste iodado. “É essencial que os avanços da máquina e do conhecimento médico andem juntos, proporcionando maior sucesso nos procedimentos e, consequentemente, menos complicações”, confirma Dra. Nádia. 

Apesar de ser uma técnica bastante rápida e efetiva, há recomendações para o paciente no pós-exame, que exigem repouso relativo, normalmente de três horas, e cuidados na via de acesso, segundo a médica. O tratamento, conhecido como angioplastia coronária, trata-se da colocação de um stent nas placas de gordura existentes nas artérias do coração, com o objetivo de desobstruir e reestabelecer o fluxo sanguíneo. “Caso o exame de cateterismo cardíaco aponte que o paciente precisa passar pela angioplastia, o procedimento é realizado de forma segura e eficaz, normalmente proporcionando alta em até 24h.” 

Ainda segundo Nádia, o avanço da medicina permite o acesso a tratamentos modernos e menos invasivos, mas apesar disso, é essencial que a população não deixe de fazer check-ups anuais com o médico cardiologista de confiança, com o intuito de prevenir ou detectar qualquer problema ainda em estágio inicial, além de adotar um estilo de vida mais saudável, com alimentação balanceada e atividades físicas.

  

FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.


Dor física e depressão: como entender essa relação?


Até 65% das pessoas com depressão apresentam sintomas doloroso

 

   Na maioria dos casos é indicado o tratamento multidisciplinar, com o auxílio de médicos, psicólogos e fisioterapeutas 

 

Sabemos que as demandas e as cobranças da vida moderna associadas ao ritmo acelerado do dia a dia, sobretudo, nas grandes cidades, podem ocasionar problemas em relação à saúde física e mental – e que normalmente, são manifestados através de dores no corpo e transtornos emocionais.  “Dor e depressão estão intimamente relacionadas. Estudos apontam que até 65% das pessoas com depressão apresentam sintomas dolorosos.

 

Depressão pode causar dor e dor pode causar depressão. É comum existir um ciclo vicioso, em que uma condição piora a outra”, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna.

 

É frequente identificar sintomas de estresse em um paciente que vive cronicamente com dor lombar ou cervical. Com o passar do tempo, essa situação pode levar a crises de ansiedade, tristeza e depressão por limitar a pessoa na realização de atividades habituais, tais como: o exercício da profissão e seus hobbies.

 

Nestes casos, é indicado o encaminhamento para outros profissionais da área da Saúde, a exemplo de psiquiatras e psicólogos. Segundo o Dr. Amato, isso não quer dizer que o médico desconsidere algum problema físico ou esteja dizendo que a dor é somente “psicológica”.  “O médico está tentando tratar de uma forma global – tanto a dor física quanto a dor emocional”, afirma Amato.

 

Além disso, há outros sintomas de depressão que podem sugerir a avaliação de um psiquiatra em casos de dores crônicas: situações de cansaço excessivo, distúrbio do sono, mudança de hábito alimentar, apatia, sensação de desespero e tristeza contínua.

 

Os procedimentos para tratamento de dor na coluna como as infiltrações ou as cirurgias endoscópicas, por exemplo, podem ajudar quando existe um componente físico bem evidente. Já no caso de um paciente com dor muito difusa, fica difícil avaliar.

 

Em algumas situações, ao iniciar um tratamento multidisciplinar, com o auxílio de fisioterapeutas, psicólogos e medicamentos, o paciente percebe que a dor inicialmente difusa, começa a ficar mais localizada. Desta forma, o neurocirurgião pode identificar uma raiz nervosa lombar ou uma raiz nervosa cervical que, na maioria das vezes, representa a origem do problema. No início é muito difícil identificar o diagnóstico, mas no decorrer do acompanhamento, o problema físico pode se tornar mais aparente, viabilizando o tratamento.

 

“Normalmente, os casos que envolvem dor crônica e depressão não são considerados graves do ponto de vista neurológico, no entanto, são difíceis de serem tratados, pois envolvem um segmento multidisciplinar. Além disso, é preciso muita força de vontade e dedicação do paciente para melhorar a sua condição, para isso é necessário seguir todas as orientações dos profissionais envolvidos”, declara o Dr. Amato.

 

 

Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

 www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato


O Brasil precisa discutir saúde mental abertamente


Os cuidados com a saúde mental, que já vinham ganhando mais atenção ao longo dos últimos anos, se tornaram essenciais durante a pandemia. O Brasil, por exemplo, mesmo antes de todo o caos gerado pelo coronavírus, já era considerado o país mais ansioso do mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que registrou, em 2017, que 9,3% da população brasileira sofria com problemas de ansiedade. Além disso, a Organização Pan-Americana de Saúde apontou que quatro em cada dez brasileiros tiveram problemas de ansiedade durante a pandemia.

O Brasil sempre foi conhecido como um país com altos índices de problemas relacionados à saúde mental. O caso da ansiedade, por exemplo, que serve como um propulsor para diversas outras doenças, há anos é tratado com preocupação. Com a pandemia, tudo isso foi potencializado. Um estudo recente, encomendado pelo Fórum Econômico Mundial, mostrou que 53% dos brasileiros tiveram uma piora do bem-estar mental no último ano.

E podemos relacionar este agravamento com a mudança radical que sofremos em nossos estilos de vida, a perda de nossa liberdade social, o desemprego e o futuro incerto que não chega e congela os planos. Estes fatores afetam desde crianças a idosos, mas em especial os jovens foram os mais afetados. É importante ressaltar que ansiedade e depressão são duas condições relacionadas ao suicídio. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), transtornos mentais como esses estão associado a aproximadamente 96,8% dos cerca de 12.000 casos anuais de suicídio no Brasil. No levantamento, 35% das pessoas afirmaram conhecer alguém que tirou a própria vida, independentemente do diagnóstico de uma condição associada à saúde mental.

Analisando esse cenário preocupante, é necessário conscientizar a humanidade, assim como as autoridades governamentais e legislativas do mundo, a respeito da importância de estratégias e de políticas públicas voltadas para a promoção da Saúde Mental nas sociedades, nas vidas dos indivíduos e das instituições sociais. Ações como as do Janeiro Branco são iniciativas que ajudam na propagação da importância do tema perante a sociedade. Campanhas geram conscientização, combatem tabus, mudam paradigmas, orientam os indivíduos e inspiram autoridades a respeito de importantes questões relacionadas às vidas de todo mundo!

 

 Ma. Regina Maria Machado - coordenadora do Curso de Psicologia da UniEnsino.

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Os desafios da educação na era da tecnologia

Kantar aponta as necessidades dos alunos, principalmente quando o assunto é Ensino Superior

 

Se o estudante de hoje já não é mais o de antigamente, por que a educação deve ser? A edição de janeiro do Data Stories, conteúdo temático lançado mensalmente pela Kantar IBOPE Media, divisão da Kantar especializada em inteligência de mídia, aborda a evolução da educação e os impactos da tecnologia nesse setor.

De acordo com Target Group Index, estudo sobre os comportamentos e hábitos da população e que considera pessoas entre 12 e 75 anos que vivem nas principais regiões metropolitanas do Brasil, 79% dos estudantes estão matriculados em instituições de ensino regular e 27% frequentam cursos livres, como aulas de idioma.

Na hora de se conectar aos cursos e fazer pesquisas escolares, 92% dos alunos adotam o smartphone como ferramenta. Ainda nesse contexto, 45% utilizam o computador e 4% usam outros dispositivos, como tablets e Smart TVs.


Educação executiva

Desde o início da pandemia de Covid-19, boa parte dos alunos e professores brasileiros viveram alguma experiência de Educação a Distância (EaD). Isso impactou diferentes faixas etárias, mas se mostrou um hábito em consolidação entre os adultos. Hoje, 51% dos estudantes do Ensino Superior estão matriculados na modalidade virtual.

A base do modelo de educação aplicado atualmente em países como o Brasil nasceu na Revolução Industrial, em meio à necessidade de ensinar o trabalho realizado em fábricas. A sociedade atual, porém, evoluiu a passos largos e se depara com a necessidade de gerar conhecimentos aplicáveis em profissões mais tecnológicas e de uma forma mais digitalizada. Hoje, 49% das pessoas empregadas no Brasil trabalham com prestação de serviços, o que indica uma oportunidade para o setor educacional.


Investimentos em publicidade

Toda essa busca pela profissionalização e o crescimento do EaD fizeram com que as empresas do setor aumentassem os investimentos publicitários em 2021, em especial as instituições de Ensino Superior. Entre os dez maiores anunciantes do setor de educação, nove foram instituições desta categoria. As principais são YDUQS Participações, UNINOVE, UNINTER e Grupo Educacional Faveni.

Leia a íntegra do Data Stories - A lousa virou tela, educação e conexão para o futuro no site da Kantar IBOPE Media. https://www.kantaribopemedia.com/data-stories-18-a-lousa-virou-tela-educacao-e-conexao-para-o-futuro/

 


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Tecnologias e infraestruturas serão imprescindíveis para virtualização dos negócios em 2022

O ano de 2021 consolidou a virtualização e a digitalização das empresas e dos negócios. Tudo ficou ainda mais online, a transformação digital foi acelerada, a jornada de trabalho híbrida mostrou ser um fenômeno nada efêmero e os modos de relacionamento entre empresas e pessoas mudaram para sempre.

Mais além, o ano que passou determinou a urgência por mais sustentabilidade em setores essenciais da economia, como processamento de dados, a fim de mitigar as mudanças climáticas originadas pela atividade humana. O cenário reafirma a necessidade de empresas e organizações em contarem com ferramentas de convergência tecnológica.

A computação de borda, internet das coisas, aprendizado de máquina e inteligência artificial se somam a data centers cada vez mais sustentáveis e eficientes para atuar de forma conjunta no estímulo das tecnologias que guiarão o mundo neste ano. Todas estas inovações e tecnologias têm o mesmo denominador comum: a necessidade de contar com infraestruturas de TI de alta disponibilidade, seguras, eficientes do ponto de vista energético e capazes de coletar, processar, analisar e armazenar cargas cada vez maiores de dados.


Edge computing:  O investimento das empresas em edge tende a crescer nos próximos anos, conforme pesquisa IDC - Worldwide Edge Spending Guide, divulgada em janeiro deste ano, a previsão de investimentos para 2022 chega a US$ 176 bilhões - 14,8% acima do que o registrado no ano anterior, ritmo que deverá ser mantido até 2025. Segundo o estudo, o momento é uma grande oportunidade para empresas e provedores de serviço de edge em razão do aumento das demandas que podem ser atendidas com a computação na borda.


IoT:  A Internet das Coisas elevará ainda mais a penetração nos setores produtivos como agropecuária e indústria, saúde e gestão das cidades. O ecossistema de sensores e dispositivos conectados à rede é essencial, por exemplo, para a expansão da automação das linhas de produção em larga escala; 

O IoT combinado ao edge computing, machine learning, AI, 5G e softwares de gestão como o DCIM colabora de forma decisiva no monitoramento – frequentemente remoto – e manutenção de equipamentos, antecipando problemas e alertando quanto à necessidade de atualizações de máquinas e sistemas. Contudo, a aplicação do IoT não está restrita aos ambientes corporativos. Outro segmento que deve ser beneficiado é o transporte público, quando associado a outras tecnologias. No monitoramento web de frotas de ônibus, por exemplo – como o realizado pelo painel Trancity, desenvolvido pela Scipopulis – os sensores geram dados que medem a quantidade de CO2 emitida em cada linha, a velocidade dos veículos, o número de passageiros, o tempo de espera nas paradas e outras métricas que ajudam o administrador do sistema a dar mais eficiência e qualidade ao serviço.

Virtualização: A recriação de realidades físicas em ambientes virtuais por meio de lentes de realidade aumentada ou uso de digital twins tem gerado “metaversos” que, tudo indica, transformarão o modo de socializar, trabalhar e de fazer negócios de empresas.

A gestão virtualizada de infraestruturas de TI também é uma tendência. Ao ser terceirizado, o gerenciamento é profissionalizado e qualificado, reduzindo os custos fixos operacionais das empresas e entregando mais performance ao negócio. Outros setores econômicos, como imobiliário, de construção civil e de turismo também já utilizam ferramentas de virtualização para a promoção de seus produtos e serviços.

Data centers “verdes”: Segundo análises recentes, o setor de TI consome entre 5% e 9% de toda a energia elétrica produzida no mundo anualmente. A previsão é de que este percentual possa chegar a 20% até 2030, conforme alertam Anders Andrae e Tomas Edler, autores do artigo “On Global Electricity Usage of Communications Technology: Trends to 2030”. Essa percepção exige dos provedores de serviços de TI e processamento de dados o uso de tecnologias mais sustentáveis, com infraestruturas

De uma maneira geral, a utilização de eletricidade de origem limpa deve crescer 40% em 2022, conforme estimativa da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Um indicativo claro que a transição da matriz energética das nações e das companhias está em franca aceleração.

Demanda por infraestruturas híbridas: Este amplo panorama revela a imensa necessidade das companhias, cidades e países por infraestruturas de TI que combinem resiliência, disponibilidade e eficiência energética em níveis inéditos na história até aqui. E, até pela complexidade do momento, a solução não pode ser única. Não por acaso, 90% dos negócios adotarão esta estratégia até o final deste ano, segundo relatório da IDC. Seja para melhorar a performance ou desenvolver novos produtos ou serviços, gerenciar corretamente todos estes novos devices e ferramentas tecnológicas, coletar, processar e analisar imensas cargas de dados, contar com infraestruturas de TI híbrida capazes de dar respostas a desafios tão diversos em complexidade, tamanho e tempo é, portanto, fundamental para preparar empresas e cidades a este futuro que se apressa em chegar.

 

 

 

Márcio Martin - vice-presidente comercial e de soluções da green4T


Testes de Covid podem ser deduzidos do Imposto de Renda

O assessor contábil Cláudio Lasso explica que é necessário guardar todas as notas fiscais 


 

A procura por testes para Covid-19 cresceu exponencialmente nas últimas semanas. Já que nem sempre é fácil fazer gratuitamente nos postos de saúde, devido a filas quilométricas, muitos brasileiros recorrem aos laboratórios particulares. O que muitos não sabem é que dá para deduzir os valores gastos do Imposto de Renda.  

 

"O contribuinte que realizar o teste do covid em laboratórios e hospitais de forma particular ou convênio, pode sim efetuar o lançamento como gasto médico e obter a dedução no imposto renda. Lembrando que só será válido mediante a apresentação da nota fiscal ou informe de rendimento do plano de saúde", explica Cláudio Lasso, assessor contábil e CEO da Sapri Consultoria.

 

O contador explica que os gastos com remédios não entram na dedução do Imposto de Renda. 

 

"Gasto com medicamentos não é considerado despesa médica, ou seja, não é possível a dedução no IRPF 2022", pontua. 

 

Cláudio explica que é necessário guardar todos os recibos do contribuinte e dos seus dependentes.

 

"O contribuinte deve organizar ao longo do ano todos gastos médicos, odontológicos, gastos com educação, caso tenha feito compra ou venda de imóveis e veículos. Vale lembrar que os gastos dos dependentes também devem ser arquivados e lançados", avisa.

 

"É importante lembrar que a falta de entrega da declaração pode acarretar no bloqueio do CPF e também em multa. E se o contribuinte obtiver receitas, será ainda fiscalizado pela malha fina", completa.



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