O ano de 2021 consolidou a virtualização e a digitalização das empresas e dos negócios. Tudo ficou ainda mais online, a transformação digital foi acelerada, a jornada de trabalho híbrida mostrou ser um fenômeno nada efêmero e os modos de relacionamento entre empresas e pessoas mudaram para sempre.
Mais além, o ano que passou determinou
a urgência por mais sustentabilidade em setores essenciais da
economia, como processamento de dados, a fim de mitigar as mudanças climáticas
originadas pela atividade humana. O cenário reafirma a necessidade de empresas
e organizações em contarem com ferramentas de convergência tecnológica.
A computação de borda, internet das coisas,
aprendizado de máquina e inteligência artificial se somam a data centers cada
vez mais sustentáveis e eficientes para atuar de forma conjunta no estímulo das
tecnologias que guiarão o mundo neste ano. Todas estas inovações e tecnologias
têm o mesmo denominador comum: a necessidade de contar com infraestruturas
de TI de alta disponibilidade, seguras, eficientes do ponto de vista
energético e capazes de coletar, processar, analisar e armazenar cargas
cada vez maiores de dados.
Edge computing: O
investimento das empresas em edge tende a crescer nos próximos anos, conforme
pesquisa IDC - Worldwide Edge Spending Guide, divulgada em janeiro deste ano, a
previsão de investimentos para 2022 chega a US$ 176 bilhões - 14,8% acima do
que o registrado no ano anterior, ritmo que deverá ser mantido até 2025.
Segundo o estudo, o momento é uma grande oportunidade para empresas e
provedores de serviço de edge em razão do aumento das demandas que podem ser
atendidas com a computação na borda.
IoT: A Internet das Coisas elevará ainda mais a
penetração nos setores produtivos como agropecuária e indústria, saúde e gestão
das cidades. O ecossistema de sensores e dispositivos conectados à rede é
essencial, por exemplo, para a expansão da automação das linhas de produção em
larga escala;
O IoT combinado ao edge computing, machine
learning, AI, 5G e softwares de gestão como o DCIM colabora
de forma decisiva no monitoramento – frequentemente remoto – e manutenção de
equipamentos, antecipando problemas e alertando quanto à necessidade de
atualizações de máquinas e sistemas. Contudo, a aplicação do IoT não está
restrita aos ambientes corporativos. Outro segmento que deve ser beneficiado é
o transporte público, quando associado a outras tecnologias. No
monitoramento web de frotas de ônibus, por exemplo – como o realizado pelo
painel Trancity,
desenvolvido pela Scipopulis – os sensores geram dados que medem a quantidade
de CO2 emitida em cada linha, a velocidade dos veículos, o número de
passageiros, o tempo de espera nas paradas e outras métricas que ajudam o
administrador do sistema a dar mais eficiência e qualidade ao serviço.
Virtualização: A recriação de realidades físicas em
ambientes virtuais por meio de lentes de realidade aumentada ou uso
de digital twins tem gerado “metaversos” que, tudo indica,
transformarão o modo de socializar, trabalhar e de fazer negócios de empresas.
A gestão virtualizada de infraestruturas de
TI também é uma tendência. Ao ser terceirizado, o gerenciamento é
profissionalizado e qualificado, reduzindo os custos fixos operacionais das
empresas e entregando mais performance ao negócio. Outros setores econômicos,
como imobiliário, de construção civil e de turismo também já utilizam
ferramentas de virtualização para a promoção de seus produtos e serviços.
Data centers “verdes”: Segundo análises recentes, o
setor de TI consome entre 5% e 9% de toda a energia elétrica produzida no mundo
anualmente. A previsão é de que este percentual possa chegar a 20% até 2030,
conforme alertam Anders Andrae e Tomas Edler, autores do artigo “On Global
Electricity Usage of Communications Technology: Trends to 2030”. Essa percepção
exige dos provedores de serviços de TI e processamento de dados o uso de tecnologias
mais sustentáveis, com infraestruturas
De uma maneira geral, a utilização de
eletricidade de origem limpa deve crescer 40% em 2022, conforme estimativa da
Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Um indicativo claro
que a transição da matriz energética das nações e das companhias está em franca
aceleração.
Demanda por infraestruturas híbridas: Este amplo
panorama revela a imensa necessidade das companhias, cidades e países por
infraestruturas de TI que combinem resiliência, disponibilidade e eficiência
energética em níveis inéditos na história até aqui. E, até pela complexidade do
momento, a solução não pode ser única. Não por acaso, 90% dos negócios
adotarão esta estratégia até o final deste ano, segundo relatório da IDC. Seja
para melhorar a performance ou desenvolver novos produtos ou serviços,
gerenciar corretamente todos estes novos devices e ferramentas tecnológicas,
coletar, processar e analisar imensas cargas de dados, contar com
infraestruturas de TI híbrida capazes de dar respostas a desafios tão diversos
em complexidade, tamanho e tempo é, portanto, fundamental para preparar
empresas e cidades a este futuro que se apressa em chegar.
Márcio Martin - vice-presidente comercial e de
soluções da green4T
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