Pesquisar no Blog

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Dez coisas que você precisa saber antes de fazer a cirurgia bariátrica

Estar ciente do procedimento e das mudanças é fundamental para o sucesso do tratamento

 

A cirurgia bariátrica costuma ser um procedimento que causa muitas dúvidas nos pacientes. Considerada um dos tratamentos mais eficazes para o emagrecimento, ela não é a cura da doença obesidade, que é crônica, portanto, o comprometimento do paciente é fundamental para o sucesso dos resultados, principalmente a longo prazo. É importante estar ciente de todo o processo e do quanto a mudança de hábitos de vida é fundamental para a manutenção do peso ao longo dos anos.

Com quase cinco mil cirurgias bariátricas realizadas, o cirurgião bariátrico Admar Concon Filho, presidente do Hospital Galileo e fundador do Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos, conta que o grande segredo do sucesso é o comprometimento do paciente e o acompanhamento da equipe multidisciplinar. “Por isso, é feito um preparo do paciente antes da cirurgia. Ele precisa ser consciente de todas as mudanças que estão por vir, de como a cirurgia bariátrica vai impactar a sua vida”, comenta. “Quanto mais ciente ele estiver das mudanças, melhor será sua adaptação”, explica Concon.

Se você está entre as pessoas que pretendem fazer a cirurgia bariátrica, confira essas informações:


1 – Quem tem indicação para a cirurgia bariátrica?

Para fazer a cirurgia bariátrica, é necessário ter IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 40 kg/m2 ou acima de 35 kg/m2, com doenças causadas pela obesidade. Também é necessário comprovar que tentou, por pelo menos dois anos, tratamento clínico com médicos especializados em obesidade para perder peso, sem obter sucesso.


2 – É necessário ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar?

Sim, tanto antes quanto depois da cirurgia. É importante ter acompanhamento e laudo de nutricionista, endocrinologista, cardiologista, pneumologista, psicólogo/psiquiatra, entre outros profissionais que forem necessários.


3 – Quais são os tipos de cirurgia bariátrica?

Basicamente, no Brasil, utilizamos duas técnicas: a Bypass (ou Gastroplastia em Y de Roux) e a Gastrectomia Vertical (ou Sleeve). A indicação leva em conta algumas características do paciente, e a decisão deve ser tomada em conjunto, entre ele e o cirurgião.

Na Bypass, é feita uma redução importante do tamanho do estômago e um desvio do intestino delgado, e nós não retiramos nenhuma parte do estômago. Nós fazemos um grampeamento para diminuir o tamanho do órgão, mas a parte maior continua no paciente. Com esta técnica, o paciente perde de 35% a 40% do seu peso inicial. A recidiva de peso, ou seja, o reganho, atinge cerca de 20% dos pacientes.

Já na Sleeve, nós retiramos uma grande parte do estômago e transformamos a parte que fica no formato de uma manga, nós chamamos de estômago tubular. Nessa técnica, não há desvio do intestino. A perda de peso varia de 30% a 35% do peso inicial e a recidiva atinge uma parcela um pouco maior dos pacientes: cerca de 25%.

 

4 – Quem escolhe o método da cirurgia?

O método (Bypass ou Sleeve) deve ser definido em conjunto pelo paciente e pelo médico, que vai considerar as necessidades e características de cada paciente. De forma geral, a Bypass é mais indicada para quem tem diabetes mellitus tipo 2 porque o desvio do intestino melhora a função pancreática e, assim, melhora muito o diabetes, reduzindo – e muito – a necessidade do uso de medicações. É uma técnica também indicada para pacientes com esofagite de refluxo, problema que também melhora bastante após a cirurgia. A Sleeve costuma ser feita em pacientes sem diabetes ou com diabetes leve, que pode melhorar já com a perda de peso de cerca de 30%, e também em pacientes sem sintomas de refluxo.


5 – Existe risco de morte na cirurgia?

Todo procedimento médico oferece riscos, mas a cirurgia bariátrica evoluiu muito ao longo dos anos e hoje os riscos são semelhantes aos de uma cesárea ou retirada de vesícula. O procedimento por videolaparoscopia é considerado uma cirurgia minimamente invasiva.


6 – Com o tempo, é possível comer de tudo novamente?

Sim, após passar por todas as fases da dieta pós-operatória, o paciente pode comer de tudo, mas vai ingerir uma quantidade bem menor. No entanto, é importante que ele entenda que a cirurgia é uma grande oportunidade para que ele mude seus hábitos alimentares, a fim de não recuperar o peso novamente.


7 – A cirurgia bariátrica é a cura da obesidade?

Não. A obesidade é uma doença incurável. A cirurgia bariátrica é um dos tratamentos para a obesidade. Por isso o paciente terá de mudar seus hábitos após o procedimento.


8 – A pessoa que faz bariátrica pode voltar a engordar?

Pode. Com o tempo, o paciente consegue comer quantidades maiores e também aprende a burlar a cirurgia, comendo coisas mais calóricas. Eu costumo dizer que opero o estômago e não a cabeça. Por isso, o paciente precisa ter consciência de que a cirurgia não é uma solução definitiva. Ele terá de fazer a parte dele, com uma alimentação mais saudável e exercícios físicos regulares. O que é esperado é um reganho de até 10% do peso eliminado, ou seja, se a pessoa emagreceu 50 quilos, ela pode recuperar até 5 quilos.


9 – É verdade que algumas pessoas transferem o “vício” da comida para outra coisa?

Sim, pode acontecer. Algumas pessoas começam a ingerir mais bebida alcoólica, outras viciam em compras... Por isso, também é importante o acompanhamento psicológico.


10 – É necessário tomar vitaminas por toda a vida?

Sim. Como a cirurgia altera a absorção de alguns alimentos, é necessário fazer a suplementação. O tipo de vitamina será de acordo com os resultados dos exames periódicos de acompanhamento e deve sempre ser receitada por um membro da equipe (cirurgia, nutricionista ou endocrinologista).

 


Dr. Admar Concon Filho - cirurgião bariátrico, cirurgião do aparelho digestivo e médico endoscopista. Palestrante internacional, presidente do Hospital e Maternidade Galileo e fundador do Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos. Ele é membro titular e especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, além de membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders. CRM – 53.577


Verão livre de suor excessivo nas mãos e axilas!

Com o aumento das temperaturas e da umidade do ar, fique atento aos sintomas que podem ser indicativos de hiperidrose

 

O mês de janeiro é marcado pelo verão, a estação mais esperada por muitas pessoas. Mas, com o aumento das temperaturas e da umidade do ar, é também momento para redobrar a atenção aos sintomas da hiperidrose que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), trata-se de uma condição que provoca suor excessivo, na qual pacientes podem transpirar muito até mesmo em repouso. Isso ocorre, pois as glândulas sudoríparas das pessoas com essa condição são hiperfuncionantes. Ou seja, funcionam de forma excessiva e em qualquer ocasião, mesmo quando não se está praticano atividades físicas, exposto ao sol ou em demais situações específicas em que é comum suar¹.
 

O dermatologista Rafael Azevedo (CRM-SP 181221) explica que “A hiperidrose ainda é motivo de muito constrangimento. No verão, especialmente, em que o calor aumenta, esse constrangimento pode se tornar ainda maior. Hoje, temos diversos procedimentos que podem tratar a hiperidrose, como é o caso do neuromodulador, que impede a liberação de acetilcolina nas terminações nervosas, bloqueando o estímulo para a secreção de suor pelas glândulas sudoríparas”. 

Com base nesse mecanismo de ação, o uso clínico de neuromoduladores tem se mostrado eficaz no tratamento de suor excessivo nas axilas e palma das mãos, que são os locais mais comuns.  

“Em média, é necessário apenas uma única aplicação para começar a observar resultado. Pacientes que têm hipersensibilidade a algum componente da fórmula não devem realizar esse tipo de procedimento”, esclarece a dermatologista. Por isso, é fundamental procurar um profissional da saúde habilitado para indicar o melhor protocolo de tratamento.

 

¹Sociedade Brasileira de Dermatologia. Hiperidrose. Acesso em: 12 nov. de 2021.


3 exercícios para o sistema respiratório

Série ajuda na condição respiratória e pulmonar

 

Se o tempo é de vírus e doenças respiratórias, alguns exercícios de fisioterapia associados com movimentos de braços e pernas trabalham o corpo como um todo e fortalecem a saúde do pulmão -- órgão extremamente importante nesta época. As dicas são do fisioterapeuta Cadu Ramos, da capital paulista.

 

Faça 3 series de 3 repetições, os idosos podem fazer sentados e os mais jovens em pé: 

  • Inspire o ar abrindo e elevando os braços para o lado e expire fechando-os em direção à lateral das pernas; 
  • Agora inspire o ar levantando os braços para frente e inspire descendo em direção à frente das pernas;

 

Faça 3 series de 5 repetições 

  • Sentado em posição ereta 90 graus, coloque as suas mãos cruzadas no peito, inspire e expire descendo o corpo em direção às coxas, se abaixando e levantado em movimento leves e sempre com as costas retas.

 

Exercícios de respiração que adultos crianças e idosos podem fazer 3 vezes ao dia (pela manhã, tarde e noite) 

  • Puxe o ar bem forte até encher o pulmão completamente e solte até esvaziar por completo;
  • Faça o mesmo, mas agora em dois tempos: puxe o ar bem forte em dois tempos e solte em dois tempos;
  • Puxe o ar profundamente e segure a respiração por 8 segundos, depois solte.

 

Para fazer com as crianças 

  • Encha bexigas;
  • Brinque de assoprar velinhas;
  • Volte às brincadeiras antigas como pega-pega, pique-esconde ou jogar bola. 

“Essas são atividades de estimulam o condicionamento físico e consequentemente trabalham os pulmões”, finaliza o fisioterapeuta.


Cadu Ramos - Fisioterapeuta clínico - CREFITO 137.030-F - Especialista em Fisioterapia e Traumatologia -- Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório -- Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria -- trabalho voltado para queixa principal, atividades da vida diária (AVD ‘S) e socialização do idoso. (Instituto ILEA). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo. @fisiocaduramos


Saiba mais sobre hemofilia

 O distúrbio que afeta a coagulação sanguínea é raro, costuma ser hereditário e atinge cerca de 350 mil novos pacientes por ano de acordo com a Organização Mundial da Saúde



 A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, que se caracteriza pela deficiência ou anormalidade da atividade sanguínea, que afeta diretamente a coagulação do sangue. Por exemplo: quando cortamos alguma parte do nosso corpo e começa a sangrar, as proteínas (elementos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo) entram em ação para estancar o sangramento, a chamada coagulação. Portadores de hemofilia não possuem essas proteínas, por isso sangram mais do que o normal. “Devemos nos preocupar com a doença sempre que houver um sangramento após pequenos traumas, ou até mesmo espontâneo, podendo ser hematomas por debaixo da pele e nos primeiros anos de vida. É importante ressaltar que embora possa existir algum tipo de histórico familiar, em até 30% dos casos não há nenhum tipo de ligação com essa patologia”, conta o Dr. Ronald Sérgio, médico hematologista do HCSG.

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hemofilia é um distúrbio raro e estima-se que no mundo existam cerca de 350 mil novos casos por ano no mundo. “A hemofilia é mais comumente classificada nos tipos A e B. Pessoas com Hemofilia tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes do fator IX (nove). Os sangramentos são iguais nos dois tipos, porém, a gravidade depende da quantidade de fator presente no plasma (líquido que representa 55% do volume total do sangue)”, explica o especialista. Os principais sinais da doença são sangramentos internos, principalmente nos músculos, podendo se evidenciar também na pele por via de alguma lesão ou machucado. Ela também pode ser detectada por meio de exames de sangue laboratoriais.


 

Tratamento

 

A hemofilia não cura, porém, uma das alternativas de tratamento é a reposição da proteína deficiente no organismo do paciente por meio intravenoso, ou seja, pela veia. O procedimento pode ser realizado de forma gratuita pelo SUS. “De modo geral, com o tratamento médico adequado, os pacientes hemofílicos conseguem levar uma vida normal, com qualidade, bem-estar e segurança’’, finaliza o especialista.

 


 

Hospital Casa de Saúde Guarujá

 

Quando é necessário remover a prótese de silicone?

Procedimento de implante está entre os mais realizados no país, mas pode apresentar complicações

 

As cirurgias estéticas são um fenômeno mundial e, no Brasil, os números são um reflexo desta onda e, ao total, conta com 2.565.675 procedimentos estéticos, cirúrgicos ou não, sendo as principais intervenções realizadas a lipoaspiração, o implante nos seios e a abdominoplastia. 

Famoso entre celebridades e grandes personalidades nacionais e internacionais, o implante de silicone nos seios está na lista de procedimentos favoritos entre a população brasileira, porém vale ressaltar que esse tipo de intervenção possui riscos e contraindicações como qualquer outra cirurgia. Segundo Vivian Milani, médica radiologista especializada em mamas, que atua na Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), apesar de se tratar de um procedimento comum e considerado seguro, com uma porcentagem de risco de apenas 2%, existem algumas complicações que podem decorrer da colocação das próteses, quando nem tudo sai como esperado. 

“Com o passar dos anos, os implantes podem apresentar, roturas (rompimento de alguma estrutura anatômica), contratura (rejeição) ou até uma mudança do eixo da prótese (rotação), por exemplo. Essas alterações podem evoluir lentamente para rupturas maiores, causando dor e desconforto”, destaca.

 

Trocar ou retirar?

Ainda de acordo com Dra. Milani, a retirada das próteses acontece em casos mais extremos, mas existem, sim, fatores que podem contribuir para este caminho, principalmente quando surgem essas ou outras complicações decorrentes da cirurgia, como é o caso de infecções, contratura, rotura e até mesmo dificuldade na cicatrização causada pelo volume muito grande da prótese. Além disso, por questões estéticas, muitas mulheres decidem voltar atrás e realizar a retirada. “Algumas ficam insatisfeitas com o tamanho das próteses, outras ganham peso, o que resulta no aumento do volume das mamas e, em alguns casos, também há o medo de desenvolver outras doenças associadas ao silicone”, completa a médica radiologista. 

Entretanto, a situação é mais crítica quando há o agravamento de quadros como o desenvolvimento de linfoma anaplásico de grandes células, infecção na mama resistente ao tratamento, rompimento ou contratura. Nestes casos, o explante mamário deve ser feito o quanto antes, sendo realizado por meio de um procedimento cirúrgico no qual, em geral, pode-se usar a mesma cicatriz feita para a colocação da prótese de silicone.”

 

Cuidados básicos

Para evitar ser surpreendida por dores, incômodos ou complicações mais sérias, Dra. Milani afirma ser essencial o acompanhamento da prótese por meio de exames de rotina, como ultrassom e mamografia e até mesmo ressonância magnética. Também vale considerar que próteses mais antigas possuem data de validade e devem ser trocadas no período de 10 a 25 anos. “Já os implantes mais recentes, chamados de texturizados (feitos de gel coesivo), geralmente não necessitam ser trocadas tão cedo, embora uma consulta com o médico que realizou o procedimento possa ser realizada a cada 10 anos, com o intuito de garantir que tudo está dentro do esperado.” 

Além disso, a médica alerta que a cirurgia, que geralmente se configura como um procedimento seguro de acordo com as indicações de um profissional adequado e especializado, não é indicada para pessoas menores de 16 anos, gestantes e lactantes, pacientes com tumores nas mamas sem o tratamento adequado ou com doenças reumáticas como lúpus eritematoso e artrite reumatoide. 

 


FIDI é uma Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas. A Fundação também trabalha na proposição de soluções inovadoras para a saúde pública, como o sistema de análise de imagens de tomografia computadorizada por inteligência artificial, e participou da primeira Parceria Público-Privada de diagnóstico por imagem na Bahia.


Saúde mental: com aumento de casos de Covid-19, psiquiatra alerta à importância de respeitar frequência nas terapias

Shutterstock
Interrupção de tratamento pode trazer danos ainda mais graves, alerta especialista 


De todos os temas relacionados à saúde, talvez uma das questões mais abordadas durante os últimos meses, em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, tenha sido a mental. Não à toa, diversos sentimentos vieram à tona durante o período, como medo, preocupação e ansiedade, por exemplo.

O psiquiatra Rodrigo Lancelotti, que atua no Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental de Franco Rocha, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, faz um alerta à importância de manter a frequência e duração total do tratamento, principalmente com o aumento de casos.

Desde o início da década de 1990, o assunto é abordado em campanhas, visando incentivar a população acerca da importância dos cuidados com a mente. No entanto, desde o ano passado, as ações ganharam uma força ainda maior por conta dos impactos da pandemia.

Conforme o psiquiatra, nos últimos meses, a procura por tratamentos em saúde mental e o conteúdo das queixas dos pacientes estão diretamente conectados ao tema Covid, pandemia e isolamento social.

“O rompimento abrupto da rotina, a divulgação dos altos índices de contaminados e mortos, os impactos financeiros e sociais e a falta de contato direto com parentes e amigos são algumas das questões levantadas durante as sessões”, destaca o Dr. Rodrigo.

Uma pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, indica que 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. Esse porcentual só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%).

Prejuízos físicos e psíquicos

Segundo o especialista, o tratamento psiquiátrico é dividido em três fases - aguda, continuidade e manutenção. Por esse motivo, uma interrupção brusca pode causar sérios danos à saúde mental.

“Interromper o tratamento de forma abrupta ou antecipada, além da retirada de alguns tipos de medicamentos, pode trazer prejuízos físicos e psíquicos, além do retorno precoce dos sintomas e, por consequência, uma recaída ou recorrência da doença.”

O médico afirma que cada caso requer um seguimento de consultas para ajustes e avaliações clínicas, até que se alcance o objetivo, que é a cura, ou, pelo menos, alívio do sofrimento e melhora na qualidade de vida.

Sintomas

Nem tudo o que sentimos pode acusar desordem mental. Segundo o especialista, as múltiplas reações às situações cotidianas fazem parte do ciclo de vida de todas as pessoas.

“Os momentos bons e ruins se alternam continuamente e a repercussão deles em cada pessoa é particular, dependendo da singularidade da personalidade de cada indivíduo”, explica.

Entretanto, o médico ressalta que muitas reações são adaptativas, como a ansiedade, onde a fisiologia do corpo e das funções mentais se adequam a uma situação de possível perigo ou de perigo real, assumindo uma função adaptativa de proteção.

A tristeza, por sua vez, pode aparecer como resposta a situações desagradáveis, que se manifestam por choro e falta de energia para as atividades, por exemplo.

De modo geral, o que pode caracterizar um sentimento natural de algo patológico é o fator desencadeante, a intensidade e a duração dos sintomas e, por consequência, a repercussão negativa que eles causam nas atividades diárias.

A redução de desempenho, desadaptação e sofrimento são alguns dos sinais. “O papel da família e de pessoas próximas é fundamental, pois, em muitos casos, o esforço contínuo e desmedido da pessoa em manter sua rotina é tão grande que não se percebe a privação e os prejuízos em sua qualidade de vida”, alerta o médico.

Tratamentos

O tratamento dos transtornos psiquiátricos tem como objetivo a melhoria dos sintomas e a qualidade de vida do paciente. Para isso, a terapia é fundamental e o uso de medicamentos pode ser indicado em sinergia, para um melhor resultado.

“A individualização do tratamento faz com que este objetivo possa ser alcançado de forma mais rápida, adequada e consistente. Portanto, não devemos nos automedicar jamais ou tomar remédios que conhecidos e familiares digam que foi bom para o seu caso.”

Segundo o psiquiatra, a terapia sempre deve ser realizada por um profissional habilitado, pois vai muito além de uma simples conversa ou bate-papo, respeitando a frequência de retornos e sua duração.

Por fim, o especialista chama atenção para a necessidade da manutenção também das rotinas diárias, como alimentação saudável, tempo para atividades de lazer e exercícios físicos, além de evitar excessos de informações, reservar horas de sono suficientes e não usar drogas.

“Essas recomendações são importantes e de grande valia para todas as pessoas”, finaliza o médico.


 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

Transplante de coração suíno em ser humano pode revolucionar a medicina, segundo InCor

Realizada de forma pioneira nos Estados Unidos, nova técnica é um novo protocolo para alguns tratamentos para cardiopatias e outras doenças crônicas

 

O ineditismo anunciado nesta terça-feira (11/1) ao mundo marca um novo momento da história da medicina e dos transplantes cardíacos. Um coração suíno, geneticamente modificado para a adaptação em um ser humano, foi implantado em um paciente com 57 anos com doença cardíaca em fase terminal, sem perspectiva de tratamento disponível.  

Realizado no Centro Médico da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, a nova técnica pode se tornar uma alternativa viável para a escassez de órgãos disponíveis para transplante em diversos países e, especialmente, como alternativa terapêutica para aqueles que não podem ser submetidos ao transplante tradicional. 

De acordo com o Dr. Roberto Kalil Filho, presidente do Conselho Diretor do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), a nova técnica pode ser uma esperança para milhares de pessoas pelo mundo. “Aspectos como a rejeição do órgão e a condição clínica do paciente ainda são barreiras a serem vencidas nesta nova técnica. Ainda é um primeiro passo, mas que será acompanhado de perto pela comunidade médica com grande entusiasmo.” 

O InCor já realizou mais de 1.100 transplantes de coração adulto e infantil. No Brasil, ele é o responsável por 80% dos transplantes cardiopulmonares feitos pelo Sistema Único de Saúde e, no mundo, ocupa a 7ª posição entre os centros que mais transplantam coração.  

“A medicina fala do xenotransplante desde as décadas de 1960/1970. O que faltava para avançar era conseguirmos interferir geneticamente no animal, suprimindo alguns genes, introduzindo outros, para que o órgão fosse compatível com seres humanos, sem quaisquer riscos de transmissão de doenças específicas do animal”, afirma Dr. Fábio Jatene, diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular do InCor.  

Neste tipo de transplante também foi introduzido, por intermédio da engenharia genética, a supressão do crescimento do órgão. “Essa manobra é brilhante, pois esse crescimento poderia ser um fator de complexidade a mais, uma vez que o coração no porco pode crescer exponencialmente, tendo em vista que alguns desses animais podem chegar a até 300 quilos”, diz o cirurgião.
 

“Estamos vivendo a história. Estamos diante de uma revolução dentro da medicina que pode envolver os outros órgãos do corpo humano, além do coração”, conclui Dr. Jatene.

  


InCor - hospital público de alta complexidade, especializado em cardiologia, pneumologia e cirurgias cardíaca e torácica. Além de ser um polo de atendimento - desde a prevenção até o tratamento, o Instituto do Coração também se destaca como um grande centro de pesquisa e ensino. O Incor é parte do Hospital das Clínicas e campo de ensino e de pesquisa para a Faculdade de Medicina da USP -- Universidade de São Paulo. Para a manutenção de sua excelência, o Instituto tem suporte financeiro da Fundação Zerbini, entidade privada sem fins lucrativos.


Canabidiol é uma opção eficaz para o tratamento da síndrome de burnout

Estudos recentes mostram que o CBD é eficaz no combate ao esgotamento físico e mental causado pelo trabalho

 

Ansiedade, exaustão, esgotamento de energia e sentimentos negativos relacionados ao trabalho. Esses são alguns dos principais sintomas da Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional que, desde janeiro deste ano, passou a ser definida como uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

A síndrome, descrita pela primeira vez em 1974 pelo psicólogo estadunidense Herbert J. Freudenberger, está diretamente relacionada aos problemas e pressão que a vida profissional provoca nas pessoas. Situações desgastantes e ambiente de trabalho altamente competitivo são fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença, cujos casos dispararam no Brasil durante a pandemia, principalmente entre os profissionais da área de saúde. Uma pesquisa realizada em março de 2021 pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) ouviu 13.587 profissionais de enfermagem e os resultados foram assustadores: nada menos que 87% dos profissionais ouvidos apresentaram sintomas relativos à síndrome do esgotamento profissional.

 

Assim como vem acontecendo com outros distúrbios de saúde como a insônia, o uso de canabidiol para tratar da síndrome de Burnout tem apresentado resultados promissores segundo estudos realizadas recentemente. Um deles, publicado pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA) em agosto de 2021, avaliou a eficácia da terapia com CBD para a redução de exaustão emocional e sintomas de Burnout entre profissionais de saúde da linha de frente ao combate à pandemia de COVID19. Os resultados apontaram uma redução de 60% nos sintomas de ansiedade, 50% nos de depressão e 25% de burnout entre os voluntários que fizeram o tratamento padrão mais o uso do canabidiol em comparação com aqueles que só fizeram o tratamento padrão.

 

É importante destacar que profissionais de qualquer área estão sujeitos a ter esgotamento e o canabinol pode ser o tratamento ideal para reverter esse quadro. Foi o caso da professora de educação física Lúcia Helena, 61, que começou o tratamento para combater a ansiedade. “Antes de iniciar o tratamento, era um turbilhão com vários momentos de crise de ansiedade e depressão. Comecei, com acompanhamento médico, o uso do canabidiol e fui totalmente transformada. Ao longo do tratamento minha ansiedade diminuiu e voltei a ter disposição para realizar minhas tarefas”, afirma a professora.

 

Segundo Pedro Alvarenga, médico da Ease Labs, indústria farmacêutica especializada em soluções naturais e disruptivas, “o CBD possui potenciais terapêuticos para transtornos ansiosos, atuando em receptores no sistema nervoso central e ajudando no controle da patologia”. 

Vale ressaltar que o tratamento com CBD traz resultados a curto e longo prazo. “É esperado uma ação de ansiólise com o uso do CBD, ou seja, com o tratamento o paciente irá alcançar um estado de tranquilidade. Com isso, a manutenção da medicação pode auxiliar no controle dos transtornos de ansiedade”, afirma o médico.


Novo estudo da Unifesp reforça possível caminho para cura da AIDS

Pesquisa realizada em parceria com universidade da Itália revela como tratamento celular pode ser eficaz; estudo acaba de ser divulgado na revista AIDS Research and Therapy


Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em conjunto com o Istituto Superiore di Sanità, de Roma (Itália) traz uma excelente notícia para a tão esperada cura da AIDS, provocada pelo vírus HIV. A nova pesquisa reforça como o possível caminho pode estar no tratamento celular. Os resultados foram divulgados nesta quarta,12, na revista AIDS Research and Therapy (Springer Nature), uma das publicações científicas mais renomadas do segmento. O artigo na íntegra pode ser visto neste link.

A relevância desse estudo está na incessante busca médica pela cura da doença. O vírus HIV pode escapar do sistema imunológico humano, e as células infectadas abrigá-lo por tempo prolongado e indefinido, sendo responsáveis por sua persistência, apesar da atual eficácia das terapias antirretrovirais (ART).

“A eliminação do vírus provavelmente resultaria na cura da infecção, anulando a necessidade de ART por toda a vida. Contudo, uma das características críticas de sucesso do HIV é sua diversidade genética, que leva à evasão do sistema imunológico. Por esse motivo, ainda não temos uma vacina eficaz contra o HIV”, destaca Ricardo Sobhie Diaz, professor e chefe do laboratório de Retrovirologia, disciplina de Infectologia, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (EPM/Unifesp).

Diaz explica que, “mais além, a contínua diversidade genética do HIV por vezes permite que a resistência antirretroviral evolua. Assim, a terapia antirretroviral supressora diminui a exposição antigênica do HIV ao sistema imunológico humano, reduzindo a vigilância imunológica ao vírus. Como a resposta imune adaptativa é essencial para controlar e eliminar uma série de infecções virais, buscou-se desenhar estratégias para promover resposta imune mais intensa entre os indivíduos infectados pelo HIV em tratamento antirretroviral, com o objetivo de mitigar o tamanho do reservatório do vírus, aproximando os indivíduos da chamada cura funcional da infecção pelo HIV”.

Nesse sentido, os pesquisadores especulavam que aumentar a imunidade efetiva ao HIV não era apenas uma questão de entrega do estímulo imunológico, mas também um problema relativo à qualidade do estímulo imunológico. Portanto, direcionar o sistema imunológico para porções de proteínas mais conservadas expressas mesmo por células infectadas com HIV latentes poderia ser ineficaz.

Após uma nova abordagem, testada em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), o grupo de pesquisa fez descobertas animadoras e que podem indicar um caminho para a cura. O processo difere daqueles até agora testados por outros grupos em dois níveis:

1. Apenas as porções virais incapazes de sofrer mutação em larga escala (e, portanto, escapar da resposta imune) foram administradas aos pacientes. Os fragmentos virais usados para imunizar os seres humanos (tecnicamente chamados de "epítopos") foram retirados das porções mais conservadas do ponto de vista evolutivo e derivadas de uma das proteínas do HIV com menor probabilidade de sofrer mutação, a proteína estrutural Gag.

2. Foi tentada uma apresentação personalizada do epítopo viral, com base na composição genética do sistema imunológico de cada paciente. Para alcançar esse objetivo, os pesquisadores tiveram que considerar algumas moléculas críticas que governam a resposta imune, ou seja, os antígenos leucocitários humanos (HLA). A disposição dessas moléculas é pessoal e, portanto, nem todos os indivíduos reconhecem as mesmas “porções” virais.

“Essa questão é complexa porque o HIV tem grande diversidade genética. Então, tivemos que sequenciar os vírus circulantes presentes nas células de cada participante do ensaio clínico para superar esses obstáculos. Nós também determinamos a matriz das moléculas HLA acima mencionadas para cada participante. Cruzando esses dados por meio de algoritmos computacionais, pudemos encontrar individualmente os epítopos dentro do vírus que tinham a melhor correspondência com sua matriz individual de moléculas HLA. Os peptídeos foram sintetizados e "montados" em laboratório nas moléculas HLA de células específicas extraídas do sangue dos participantes do estudo. Essas células foram, então, reinfundidas em cada indivíduo para imunizá-los na chamada terapia celular autóloga”, descreve Diaz.

A pesquisa resultou em dois pacientes exibindo um DNA viral indetectável (ou seja, a forma em que o vírus fica silencioso dentro do corpo) ao final de um protocolo terapêutico experimental. Os resultados mostram, assim, que o vírus desapareceu ou atingiu níveis extremamente baixos nas amostras de tecidos dos pacientes analisados.

Para Diaz, "o estudo é importante porque representa a primeira tentativa - pelo menos em parte, bem-sucedida - de uma terapia celular personalizada do HIV, levando em conta tanto o sistema imunológico do paciente e o perfil do vírus do indivíduo. Dados os resultados promissores obtidos, os achados podem fornecer novas ideias para estratégias de cura para indivíduos com AIDS”.

O Dr. Andreas Savarino, coinventor dessa abordagem no estudo, faz coro e também destaca que “essa pesquisa representa uma prova de conceito para a conduta da medicina de precisão na terapia celular do HIV. A técnica ainda precisa ser otimizada e automatizada para diminuir os custos e a escalabilidade em larga escala. A ideia pode parecer ambiciosa, mas estamos avançando, desenvolvendo um software para otimização do desenho da vacina, limitando em parte a mão de obra necessária para o projeto”, conclui Savarino.


Descubra as vantagens de abrir uma loja no Instagram

 

O consultor especialista em e-commerce, Elvis Gomes, lista os motivos porquê o empreendedor deve investir na venda pela rede social

 

O comércio virtual é um dos setores que mais cresce em todo o mundo. Hoje, do total de registros de lojas online, um terço é de redes sociais. É o que aponta a 6ª edição do estudo NuvemCommerce, realizado pela Nuvemshop, plataforma com mais de 70 mil lojas virtuais na América Latina. O consultor especialista em e-commerce Elvis Gomes elencou a seguir alguns benefícios de ter uma loja no Instagram, que podem explicar tal crescimento:



Descoberta

 

Um dos principais benefícios, que rapidamente vêm à mente ao configurar uma loja no Instagram, é a capacidade de descoberta. Isso porque, quando o consumidor encontra produtos que despertam sua curiosidade nas redes sociais, na maioria das vezes, eles não vêm com as informações necessárias como um link ou instruções detalhadas. E, caso o cliente queira comprar aquele produto depois, não poderá mais encontrá-lo.

 

Mas, isso não acontece nas lojas do Instagram. O que torna a experiência de compra muito mais conveniente. Os usuários podem simplesmente clicar nas tags compráveis ​​para que possam explorar todos os detalhes e informações de que precisam em tempo real para tomar uma decisão de compra.

 

Capacidade de venda melhorada

 

Neste ponto o diferencial está no perfil do consumidor e qual produto ele prefere comprar: um produto que ele nunca viu sugerido por um amigo ou um que ele viu online por fotos e vídeos?

 

A verdade é que a maioria dos consumidores são altamente visuais, não apenas em termos de sites que visitam ou blogs que leem, mas também quando se trata dos produtos que compram.

 

Isso não é surpreendente, considerando que os relatórios sugerem que 85% dos clientes são mais propensos a comprar um produto depois de assistir a um vídeo.

 

É disso que se trata o marketing visual. Ao postar imagens e vídeos atraentes, as empresas chamam a atenção dos compradores em potencial. Os bons recursos visuais ajudam a converter esses leads em vendas.

 

Conveniência

 

Uma das razões pelas quais as pessoas compram online é por conveniência. Mas, quando o usuário precisa passar por processos de compra e pagamento complicados e demorados antes de conseguir finalizar, a experiência pode ser irritante.

 

Esse é um dos problemas que uma loja do Instagram soluciona, permitindo que o consumidor compre de forma mais rápida e simples. Você pode comprar produtos com cliques mínimos e menos tempo, o que também pode ser benéfico para as empresas, pois atrai mais leads e oportunidades de conversão.

 

Oportunidades para marketing de influência

 

O marketing de influência é um tipo de marketing de mídia social que envolve a aprovação de influenciadores de mídia social para aumentar o alcance e o engajamento. Ao obter um influenciador para promover o produto, a empresa conquista uma exposição mais ampla e, como muitas pessoas confiam nos influenciadores, é mais provável que eles se envolvam com a marca porque ela foi “altamente recomendada”.

 

Era assim que acontecia antes, mas imagine agora como isso será bom para um negócio online se, ao invés de indicar um produto ou fazer uma postagem, o influenciador promova a loja do Instagram.

 

Existem muitas oportunidades em termos de marketing de influenciadores. Basta ser criativo e estratégico.

 

Engajamento e Vendas

 

A principal razão pela qual as pessoas investem em um negócio é para vendas e receita. Tudo o que um empreendedor faz, especialmente sua estratégia de marketing, é voltado para esses dois pontos.

 

Ter uma loja no Instagram torna tudo isso possível porque a empresa tem uma ferramenta que pode atrair compradores em potencial para clicar em qualquer um de seus posts compráveis. Esta é a parte mais importante porque as possibilidades são infinitas assim que o usuário chega à uma loja.

 

Junte isso a uma interface de usuário fácil e um processo de checkout menos complexo e a loja terá uma chance melhor de fechar uma venda, atrair engajamento e obter uma recomendação que pode ajudar a impulsionar as vendas e a receita.

 


Elvis Gomes - Consultor especialista em E-commerce com mais de 20 anos de experiência. CEO da Painel10 Consultoria E-commerce, uma das principais empresas de consultoria para e-commerce, colunista do portal E-commerce Brasil e Santander Negócios. Apresentador do maior evento de E-commerce da américa latina Fórum E-commerce Brasil 2021. Vencedor do Prêmio e-Awards 2014 e 2015 – Melhor Geração de Conteúdo – Projeto Hangout E-commerce. Indicado como melhor Profissional E-commerce 2015 – Afiliados Brasil – e selecionado entre os melhores profissionais de Marketing pela ABCOMM 2015. Professor de E-commerce na ILADEC Instituto Latino Americano de Campinas.

Instagram: @elvisgomesp10


Cresce interesse de brasileiros por investimentos imobiliários nos Estados Unidos

Advogado especialista em Direito Internacional, Daniel Toledo, explica quais são as vantagens de comprar e construir nos EUA


Nos últimos anos cada vez mais brasileiros estão manifestando o interesse em investir nos Estados Unidos, seja por meio de vistos regulares, bolsa de valores e agora, também no mercado imobiliário. Os investimentos, que já são uma tendência, são também muito vantajosos quando comparados aos valores do Brasil.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, explica que quando se trata de imóveis, assim como carros, os Estados Unidos estão em vantagem diante de outros países. “A aquisição de residências é uma excelente oportunidade, especialmente porque a dolarização de patrimônio é algo que faz o dinheiro render muito mais”, relata.

A primeira diferença ao adquirir um imóvel nos Estados Unidos, em comparação ao Brasil, é que boa parte das propriedades são alugadas ou vendidas com todos os eletrodomésticos e uma estrutura pronta, função que torna todo o processo da mudança e adaptação da moradia ainda mais fáceis. Mas os benefícios vão mais além quando se pensa no retorno financeiro.

O advogado realiza uma comparação entre casas no Brasil e nos EUA, sendo que elas têm valores equivalentes, de 2,3 milhões de reais e 465 mil dólares. A simulação de financiamento das unidades foi feita com entrada de 20% do imóvel e em 360 parcelas. Nos Estados Unidos, a taxa era aproximadamente 2,8% ao ano e o valor da parcela fixa seria de cerca de US$ 1558.00. Já no Brasil, com taxa de 9,15% ao ano, a primeira parcela seria de R$ 19883,45 e a última de R$ 5174,60. “Ainda que o crédito possa mudar para cada pessoa, existe uma grande diferença na taxa de juros de financiamento dos dois países. Essa é uma das razões pelas quais as pessoas buscam opções de crédito e compra de imóveis em outros lugares”, explica.

Uma das oportunidades mencionada pelo especialista é a construção residencial, que pode ter investimento de grupos de pessoas e transformar o investimento em renda passiva.

Outro ponto destacado por Toledo é a valorização dos imóveis residenciais, que ocorre tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, no entanto, uma é em real e a outra em dólar. “Uma casa valorizada na Flórida vale aproximadamente cinco vezes mais do que em qualquer cidade brasileira. Quando uma pessoa opta por um investimento em outro país, esse é o retorno esperado”, finaliza.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Youjin Law Group

https://leetoledolaw.com/

 

Constituição ignorada, República deformada

A Constituição Federal deveria ser o livro de cabeceira de todo cidadão brasileiro, consciente de sua cidadania e de seus direitos e deveres. Basta ver sua introdução:  “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte, para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida na ordem interna e internacional, com a solução pacifica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte constituição da República Federativa do Brasil.” Era como se uma nova nação estivesse sendo fundada, porém o principal ficou somente no papel. 

Em seu artigo 1º, parágrafo único, a Constituição de 1988 estabelece que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes diretos ou indiretamente”. Entretanto, o que constatamos? Grande parte dos políticos que nos representam se preocupam em exercer o poder em nosso nome ou em seu nome particular? É verdade que aqueles políticos que se beneficiam de seus cargos em detrimento dos eleitores estão errados e não devem ser reeleitos. Contudo, nós eleitores também temos responsabilidade porque muitas vezes nós os elegemos e os reelegemos. Ter consciência e ficar indignado não são suficientes. É preciso ação, mobilização. 

A opção por ficar silente não pode mais ser admitida como simples omissão, porque se trata, na verdade, de cumplicidade. E a esse respeito, a frase de Martin Luther King continua mais atual do que nunca: “O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons”. 

A Constituição também diz que “todos são iguais perante a Lei”. Mas parece que alguns são mais iguais que os outros. Basta perguntar: como é julgado o cidadão comum e como é julgado quem tem direito a foro privilegiado? Um peso, duas medidas. 

Há outros questionamentos necessários: os governantes estão construindo uma sociedade livre, justa e solidária? Estão garantindo o desenvolvimento nacional? Estão erradicando a pobreza e a marginalização e reduzindo as desigualdades sociais e regionais? Estão promovendo o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação? Deveriam, porque tudo isso são mandamentos constitucionais, esculpidos nos artigos os 3º, 5º e 43º. E ninguém pode alegar ignorância. 

Quanto aos tributos, o descaso é igual. A Carta Magna é bem clara em seus artigos 151 e 165. Proíbe a União de Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Exige o estabelecimento de plano plurianual projeto de lei orçamentária acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Além disso, tudo deverá ter entre suas funções a redução das desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 

Nada disso é realidade. Para piorar, a carga tributária foi elevada em cerca de 40% depois da Constituição de 1988, sem que a população recebesse os benefícios correspondentes ao aumento da arrecadação. Nossa população é vítima do gigantismo da máquina pública, pois 42% dos tributos arrecadados são destinados somente para pagar o funcionalismo. Professores e profissionais do ensino, médicos, dentistas e todos os demais profissionais da saúde, inclusive e com o destaque para enfermagem perdem prestígio no serviço público. Parecem todos condenados à baixa remuneração, não obstante o Brasil gastar cerca de 13,4% do PIB com servidores, muito mais que a média (9,8%) dos 38 países membros da - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Os serviços essenciais estão muito aquém das necessidades nacionais. A educação pública é precária (como mostram os índices mundiais), temos um déficit de 6 milhões de unidades habitacionais, as grandes cidades enfrentam grave problema de favelização, e o saneamento básico ainda é incipiente. Os índices de criminalidade dizem tudo sobre a segurança pública e a saúde, apesar do excelente trabalho do SUS, comprovado durante a pandemia, ainda não é satisfatória. 

O Brasil é um País que arrecada muito e gasta mal. Jamais será uma nação socialmente justa se insistirmos em não cumprir o que manda a Constituição, ainda que ela não seja perfeita.  É a segunda maior do mundo – perde apenas para a da Índia – e a mais modificada de nossa história, com 111 emendas em apenas 33 anos de vigência. 

Há uma essência a ser observada e ela está nos princípios da República, cujo aniversário acabamos de comemorar e que precisamos resgatar com urgência. Com tantos privilégios para tão poucos, nos encontramos hoje mais próximos da Monarquia politeísta do que da verdadeira República. O Brasil necessita definir qual caminho quer seguir.

 


Samuel Hanan - engenheiro, empresário e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002).

 

Posts mais acessados