A cada
novo ciclo eleitoral, a democracia brasileira reforça a mensagem de que o povo
deseja ser protagonista de sua própria trajetória, apostando em um futuro que
valorize o trabalho, a liberdade e a iniciativa individual. As urnas, mais uma
vez, emitiram um recado claro: o país quer ver ações concretas de facilitação,
simplificação e desburocratização do ambiente econômico, que promovam um espaço
fértil para a livre iniciativa e o empreendedorismo. Neste contexto, conceitos
como disciplina, perseverança e alteridade se destacam como valores
fundamentais não apenas para o crescimento individual, mas para a construção de
uma sociedade mais justa e próspera.
A
disciplina, neste cenário, representa a disposição para a realização dos
propósitos pessoais e coletivos, necessária para a construção de uma sociedade
de oportunidades. Ao simplificar processos, reduzir barreiras e descomplicar o
empreendedorismo, os governantes não apenas incentivam o crescimento econômico,
mas também promovem um ambiente em que cada cidadão possa desenvolver suas
habilidades e contribuir para o progresso nacional. Assim, a disciplina se
manifesta na força de vontade de cada indivíduo que, diante de um ambiente mais
acessível, sente-se motivado a investir em seus projetos, trabalho e negócios.
A
perseverança, por sua vez, representa a capacidade de enfrentar as adversidades
que surgem pelo caminho. Em um ambiente de negócios que incentiva o
empreendedorismo e a inovação, os obstáculos tornam-se não apenas dificuldades
a serem superadas, mas oportunidades de aprendizado e crescimento. Perseverar,
nesse contexto, significa olhar para os problemas e buscar soluções criativas.
A perseverança é, de fato, uma qualidade essencial para o desenvolvimento
econômico, que só é alcançado quando as dificuldades são encaradas como etapas
rumo ao progresso.
Por
último, a alteridade — a capacidade de reconhecer e valorizar as qualidades e
talentos dos outros, ao mesmo tempo em que se aprende com elas — é igualmente
crucial para o desenvolvimento social e econômico. A alteridade permite a
cooperação. Cada cidadão e cada setor da economia encontram espaço para
contribuir com o todo. Em uma sociedade que valoriza o potencial de cada
indivíduo, o respeito e a valorização das diferenças tornam-se alicerces para a
construção de uma economia inclusiva, que acolhe a diversidade e promove a
igualdade de oportunidades. Neste contexto, a alteridade não é apenas um ideal,
mas uma prática essencial para o fortalecimento do tecido social, que se torna,
assim, mais unido e preparado para enfrentar os desafios.
O setor
do agronegócio brasileiro ilustra de maneira bem prática esses valores. Com sua
capacidade de transformar áreas antes estéreis em terrenos produtivos, o
agronegócio se tornou um motor de desenvolvimento econômico e inclusão social.
Através da tecnologia, da inovação e da dedicação de milhões de trabalhadores,
o Brasil passou de importador de alimentos a uma das maiores potências
agrícolas do mundo, gerando emprego e melhorando os índices de desenvolvimento
humano nas regiões onde atua. Esse setor exemplifica como a aplicação de
disciplina, perseverança e alteridade pode não apenas elevar os padrões de
vida, mas também impulsionar o progresso e a emancipação social.
As eleições refletem, portanto, o desejo popular por um Brasil que valorize o esforço individual e a livre iniciativa, criando um ambiente onde todos tenham a oportunidade de crescer. Para os políticos, a mensagem das urnas é um chamado à ação.
Disciplina, perseverança e alteridade devem ser os pilares de políticas que respeitem a vontade popular e promovam o desenvolvimento humano. Que essa voz seja ouvida com atenção e respeito, permitindo que o país avance em direção a uma sociedade mais digna, inclusiva e justa.
André Naves - Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos, Inclusão Social e Economia Política. Escritor, professor, ganhador do Prêmio Best Seller pelo livro "Caminho - a Beleza é Enxergar", da Editora UICLAP (@andrenaves.def).
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