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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Em dezembro, Sesc Consolação oferece atividades gratuitas para toda a família aos finais de semana

A programação, com contação de histórias, apresentações artísticas, jogos, brincadeiras e oficinas, acontece na área de convivência da unidade e é aberta ao público 


A partir do dia 1º de dezembro, as unidades do Sesc passaram a receber público espontâneo, sem a necessidade de agendamento prévio por meio do aplicativo Credencial Sesc SP. Isso vale para alguns serviços, tais como exposições, bibliotecas, teatros (mediante apresentação de ingresso adquirido nas unidades), espaços esportivos e áreas de convivência. A obrigatoriedade do uso de máscara em todos os espaços está mantida, bem como a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid – 19, contendo duas doses ou a dose única, para pessoas maiores de 12 anos.  

“A evolução da vacinação contra a Covid-19 e a diminuição do número de casos graves permitem que a sociedade retome progressivamente suas atividades laborais e de lazer. Neste contexto, e em consonância com as diretrizes do Plano São Paulo, seguimos ampliando a oferta de nossas atividades para minorar os efeitos negativos decorrentes da pandemia junto à sociedade e iniciamos a retomada integral de nossas ações, observando os protocolos vigentes, estaduais e municipais, de prevenção para o acolhimento de nossa clientela e reforçando a contribuição do Sesc para o bem-estar social”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.  

Pensando nessa retomada progressiva, o Sesc Consolação, preparou uma programação especial para as famílias, com atividades aos sábados e domingos, das 14h às 17h, em sua área de convivência. Serão contações de histórias, apresentações artísticas, jogos, brincadeiras e oficinas, tudo oferecido gratuitamente, de forma segura, e aberto ao público em geral, sem a necessidade de apresentação da credencial. Confira a programação completa: 

 

04 de dezembro, sábado  

14h 

Contação de História 

Contos de Bichos Daqui – Cada Macaco no Seu Galho 

Com Vivian Catenacci 

Narrativas tradicionais que contam as peripécias de um dos bichos mais populares do imaginário brasileiro: o macaco 

 

15h30 

Tênis de Mesa e Jogos de Tabuleiro 

Com educadores do Sesc Consolação 

Espaço que estimula a experimentação e vivência de tênis de mesa e diversos jogos de tabuleiro, incentivando a cooperação, integração, sociabilização e diversão 

 

05 de dezembro, domingo  

14h 

Oficina de Balangandã 

Com educadores do programa Curumim 

Construção desse brinquedo que atravessa gerações, com grande valor simbólico e cultural, mas muito fácil de fazer e de brincar. O balangandã vem de terras africanas e ganhou esse nome pelo som e pelos movimentos que faz durante a brincadeira 

 

15h30 

Cantos e Brincadeiras 

Com educadores do Centro de Música 

Apresentação de repertório voltado para o universo infantil que integra cantigas de roda, tradição popular e brincadeiras 

 

11 de dezembro, sábado  

14h 

Contação de História 

Contos de Bichos Daqui – No Tempo em Que os Bichos Falavam 

Com Vivian Catenacci 

Contos costurados por divertidas adivinhas, desafiando o público a descobrir o que há de mais escondido na trama narrativa 

 

15h30 

Tênis de Mesa e Jogos de Tabuleiro 

Com educadores do Sesc Consolação 

Espaço que estimula a experimentação e vivência de tênis de mesa e diversos jogos de tabuleiro, incentivando a cooperação, integração, sociabilização e diversão 

 

12 de dezembro, domingo  

14h 

Desenho de Observação 

Com educadores do programa Curumim 

Atividade dedicada à criação de desenhos de cenas e objetos, utilizando a técnica da observação 

 

15h30 

Cantos e Brincadeiras 

Com educadores do Centro de Música 

Apresentação de repertório voltado para o universo infantil que integra cantigas de roda, tradição popular e brincadeiras 

 

18 de dezembro, sábado  

14h 

Contação de História 

Contos de Bichos Daqui – Passarinho Me Contou! 

Com Vivian Catenacci 

Entre uma e outra narrativa, toda gente se diverte com brincadeiras, palavras e o corpo todo, contando sobre diversas aves das nossas matas 

 

15h30 

Tênis de Mesa e Jogos de Tabuleiro 

Com educadores do Sesc Consolação 

Espaço que estimula a experimentação e vivência de tênis de mesa e diversos jogos de tabuleiro, incentivando a cooperação, integração, sociabilização e diversão 

 

19 de dezembro, domingo  

14h 

Oficina de Dobraduras 

Com educadores do programa Curumim 

Encontro dedicado às diferentes possibilidades em que um papel pode se transformar por meio da técnica de dobradura 

 

15h30 

Música 

Xoroxangô 

O quarteto de choro interpreta clássicos do gênero; ao longo da apresentação, o educadores do Centro de Música relembram alguns momentos da história do choro 

 

Unidade passa a funcionar aos domingos 

Uma das mudanças mais significativas dessa retomada é o novo horário de funcionamento do Sesc Consolação. A partir de dezembro a unidade abrirá de terça a domingo, fechando às segundas-feiras para manutenção. Portanto, a população da cidade passa a ter mais uma opção de lazer e cultura também aos domingos. 

 

Novo horário de funcionamento em dezembro 

Terça a sexta, das 7h às 21h 

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h 

 

Sesc Consolação 

Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo 

Informações: (11) 3234-3000 

Transporte Público: Estação Mackenzie do Metrô – Linha Amarela  

sescsp.org.br/consolacao 

Facebook, Twitter e Instagram: /sescconcolacao 

 


Sesc Pinheiros retoma os espetáculos para crianças com a Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação

 

Foto Felipe Oliveira

Com apresentações aos sábados e domingos, sempre 15h, a cada fim de semana será um espetáculo diferente do repertório do grupo


O Sesc Pinheiros retoma os espetáculos para crianças no seu Auditório, com a novidade de que as apresentações acontecerão aos sábados e domingos, sempre às 15h. Para o mês de dezembro, do dia 4 até 19, a Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação apresenta a cada fim de semana um espetáculo diferente do seu repertório. São eles: “100 + Nem Menos”, nos dias 4 e 5; “Cocô de Passarinho”, nos dias 11 e 12; e por último, nos dias 18 e 19, o espetáculo “POP”. Os Ingressos são grátis para crianças até 12 anos, valores são de 20 e 40 reais.

Fundada há 17 anos, a Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação procura em seus espetáculos unir diversas linguagens artísticas, criando possibilidades cênicas e entendendo o teatro infantil como espaço de uma experiência estética que contribua para a formação de espectadores capazes de se aventurarem no universo simbólico do teatro.

A Companhia apresenta para o público do Sesc Pinheiros três peças do seu repertório:

 

100+ Nem Menos (2009)

Dias 4 e 5, sábado e domingo, às 15h.

Indicação livre / Duração: 45 minutos.

Linhas coloridas flutuam pelo ar formando algarismos, bonecos e figuras inspiradas no traço infantil, que surgem e desaparecem de forma inesperada. O espetáculo aborda o primeiro contato da criança com o universo dos números, da matemática e do desenho, em que o contar ou riscar se apresentam de forma lúdica em seu cotidiano. Com técnicas de teatro, dança e animação de objetos e bonecos, as esquetes reinventam brincadeiras folclóricas e temas do cancioneiro popular, utilizando imagens que remetem à arte Naif, às garatujas infantis e aos quadros de Joan Miró e Paul Klee. A trilha sonora contém músicas cantadas ao vivo e outras compostas especialmente para a encenação.

 

Cocô de Passarinho (2013) – Prêmio APCA na categoria Melhor Espetáculo Infantil de Animação/Bonecos

Dias 11 e 12, sábado e domingo, às 15h.

Indicação livre / Duração: 55 minutos

Os poucos moradores de uma nova vila se encontram todos os dias na praça, mas não tem muito o que falar. Suas vidas monótonas e sem perspectivas são transformadas por um problema que enfrentam todos os dias: o cocô que os passarinhos fazem em suas cabeças. Um dia um vendedor de flores passa pela cidade e uma situação inesperada transforma a vida de todos. Inspirado no livro homônimo de Eva Furnari.

 

POP (2011)

Dias 18 e 19, sábado e domingo, às 15h.

Indicação livre / Duração: 45 minutos

Por meio de acontecimentos rotineiros da vida infantil, como ir ao supermercado com os pais e assistir televisão, o espetáculo propõe uma reflexão sobre os hábitos de consumo da sociedade. Com uma estética baseada no movimento Pop Art, a encenação envolve técnicas de dança, música, artes plásticas e animação de objetos e bonecos.

 

 

SERVIÇO

Mostra de repertório Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação

De 4 a 19 dezembro, sábados e domingos, 15h

Local: Auditório | Capacidade: 98 lugares

Ingressos Grátis para crianças até 12 anos

Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (credencial plena/meia)

 

Sesc Pinheiros - Rua Paes Leme, 195

Tel.: 11 3095.9400

 

Site Amigo Secreto estima dois milhões de participantes neste ano

Site permite criar um grupo de amigos, elaborar lista de desejos, realizar o sorteio online e ainda direciona para a compra do presente do seu amigo. E o melhor: sem pagar nada

 

Muita coisa mudou com a pandemia, mas o que não precisa mudar é o tão tradicional amigo secreto, seja da empresa, com amigos ou com a família. Líder na brincadeira, o site AmigoSecreto.com.br possibilita, de forma gratuita, que as pessoas não precisem se encontrar para realizar a brincadeira. 

Para iniciar o sorteio, basta realizar um rápido cadastro, criar um grupo e usar as ferramentas disponíveis para convidar mais participantes. O site pode ser acessado do computador, tablet, celular e, intuitivamente, ajuda a convidar participantes por e-mail, Facebook e WhatsApp, facilitando a criação dos grupos. Depois que o sorteio é realizado, cada participante recebe um e-mail informando quem tirou. 

O site ainda permite estipular o valor do presente, enviar mensagens anônimas, adicionar o local da troca de presentes, elaborar lista de desejos e a vitrine online que encaminha para compra do presente.

Amantes de vinho podem ser presenteados com um vale da Eniwine ou podem escolher entre os mais de três mil rótulos disponíveis no site www.eniwine.com.br.

Já em tempos de home office, um recurso interessante é a possibilidade de integrantes do grupo adicionarem o endereço das suas residências para que o amigo que o tirou envie o presente para sua casa.

Outra vantagem é a possibilidade de direcionar as pessoas que você deseja ou não sortear. Para isso, basta pagar uma taxa antes do sorteio ser realizado. Para indicar alguém que não quer tirar de jeito nenhum, o preço é R$ 19. Já para escolher três amigos, paga-se R$ 29. Por outro lado, para escolher a pessoa quer tirar, o valor é R$ 49. O site garante que ninguém do grupo saberá da contratação.

“O site Amigo Secreto proporciona que essa brincadeira tão tradicional e divertida continue, sem que tenhamos que aglomerar. Ele permite que possamos mimar amigos, colegas e familiares, mesmo que de longe. Por isso, para esse ano de 2020, nossa expectativa são dois milhões de participantes no site brincando e gastando cerca de R$ 140 milhões nas suas wish lists, sem ter que sair de casa para isso. Não precisamos estar presentes para mantermos a tradição”, disse Marcelo Abrileri, fundador do site.

 

Estudo indica que o e-commerce continua crescendo no Brasil

Mesmo após o avanço da vacinação e a reabertura do mercado, comércio eletrônico segue em alta


A pandemia de covid-19 desencadeou uma série de mudanças que vieram para ficar, como a adoção do trabalho remoto e o reforço dos cuidados com higiene. O aumento das compras realizadas pela internet, que se deu principalmente por conta das restrições impostas ao comércio e pela necessidade de distanciamento social, também se tornou uma tendência.

De acordo com o levantamento Consumer Insights 2021, elaborado pela divisão Wordpanel da Kantar, líder em dados, insights e consultoria, apesar de ter perdido um pouco de espaço para as lojas físicas após o avanço da vacinação, o e-commerce segue em ritmo de crescimento.

As promoções online exercem um papel importante para esse resultado. Elas foram aplicadas de forma agressiva principalmente no último trimestre de 2021, com um aumento de 10% em relação ao segundo trimestre do ano. 


Compradores e canais

Todos os perfis de shoppers ganharam penetração no comércio eletrônico, porém os mais jovens (até 29 anos) e de classes mais altas (A/B) são os que mais contribuem para o crescimento do setor. Em relação às categorias mais procuradas pelos compradores digitais, destacam-se Higiene & Beleza (4,7% de penetração no terceiro trimestre de 2021) Commodities (2,9%) e Mercearia Doce (2,9%).

É importante ressaltar que o crescimento do comércio eletrônico é impulsionado por diferentes meios. O E-commerce Pure (opções nativas digitais), por exemplo, é onde os shoppers mais jovens (até 29 anos) têm sua maior representatividade. O meio de acesso se mantém estável e vem crescendo ao longo dos últimos seis meses.

Os canais Non Pure (opções digitais que também estão presentes no ambiente físico) e os aplicativos de entrega conquistaram mais penetração nos últimos três meses. Além disso, o levantamento identificou que as vendas por WhatsApp (que fazem sucesso entre o público acima de 50 anos) recuperaram compradores e retornaram a patamares semelhantes aos do final de 2020.

 


Kantar

www.kantarworldpanel.com/global


Aumenta de 60% para 89% o número de estabelecimentos que hoje trabalham com delivery, aponta pesquisa

Delivery representa a maior parte do faturamento para 56% dos estabelecimentos que trabalham com esta modalidade


Uma pesquisa nacional encomendada pela VR mostra a retomada positiva dos comerciantes, após o impacto do fechamento dos estabelecimentos e restrições de atendimento. O estudo foi realizado recentemente pelo Instituto Locomotiva e ouviu responsáveis pela gestão de estabelecimentos comerciais.

Segundo o levantamento, mais estabelecimentos passaram a trabalhar com delivery, e hoje 89% dizem ter entregas. Antes da pandemia eram apenas 60%. Movimento que se fortaleceu nos últimos anos, o delivery também representa a maior parte do faturamento para 56% dos estabelecimentos que trabalham com essa modalidade. Para esse número, as vendas pelo delivery representam mais de 50% de seu faturamento.

Em comparação à pesquisa de 2020, há mais estabelecimentos considerando trabalhar com delivery e com self-service após o fim da pandemia. No ano passado 81% dos estabelecimentos consideravam trabalhar com delivery no fim da epidemia, hoje o número chega a 90%. Para o self-service, houve aumento de 2% na intenção de trabalhar com o modelo.

"Percebemos que a pandemia gerou novas estratégias e possibilidades de inovação. Com a mudança na dinâmica de trabalho e no relacionamento dos comércios com seus públicos, os estabelecimentos adotaram medidas para diminuir as barreiras do isolamento, tornando comércio e cliente cada vez mais omnicanalizado," conta Priscila Abondanza, diretora executiva de Empresas e Experiência do Cliente.


A exigência de vacinação do empregado pelo empregador

Eis aí uma questão delicada no âmbito das relações de trabalho: a exigência de vacinação do empregado.

 

Mas, afinal, a vacinação do empregado, em época de pandemia pelo covid-19 — onde a saúde e o interesse público devem prevalecer sobre os interesses individuais —, é uma necessidade ou uma obrigação? Mais especificamente, o empregador, no âmbito do poder diretivo que lhe é assegurado pela legislação trabalhista (cf. CLT, art. 2º), poderá exigir a vacinação de seus empregados? 

Trata-se, à evidência, de assunto muito delicado, que deve ser tratado com cautela e ponderação, e cuja solução está condicionada à existência de legislação envolvendo todos os aspectos da vacina e da respectiva vacinação. Em relação a isso, não há no ordenamento jurídico, até o presente momento, norma determinada, independentemente de manifestação de vontade em sentido contrário, a obrigatoriedade de vacinação. É importante ressaltar que a Lei nº 13.979/20, que trata das medidas de saúde pública para o enfrentamento emergencial do surto de covid-19, inclui a vacinação como uma dessas medidas, contudo, desprovida de caráter forçado e de imprescindibilidade.

O Supremo Tribunal Federal, ao enfrentar essa questão, manifestou o entendimento segundo o qual a "obrigatoriedade da vacinação a que se refere a legislação sanitária brasileira não pode contemplar quaisquer medidas invasivas, aflitivas ou coativas, em decorrência do direito à intangibilidade, inviolabilidade e integridade do corpo humano, afigurando-se flagrantemente inconstitucional toda determinação legal, regulamentar ou administrativa no sentido de implementar a vacinação sem o expresso consentimento informado das pessoas." Segundo essa corte, "vacinação compulsória não significa vacinação forçada, por exigir sempre o consentimento do usuário, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais compreendem, dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei, ou dela decorrentes" (cf. STF; ADI 6586; Rel. Min. Ricardo Lewandowski; j. 17/12/20).

Diante desse cenário, o empregador — que tem o dever de promover um ambiente de trabalho seguro — apenas poderá incentivar os seus empregados a tomar a vacina, já que ele não tem respaldo legal para obrigá-los a isso. 

Convenhamos, se a legislação, de um lado, não confere ao empregador o direito de exigir de seus empregados a respectiva vacinação, essa mesma legislação, por outro lado, não obriga o empregador a manter em seu quadro de empregados um trabalhador descomprometido com a manutenção de um ambiente laboral seguro e saudável. 

Assim, diante dessas circunstâncias, não há empecilhos de ordem legal para que o empregador promova, em nome de um ambiente de trabalho seguro e saudável, o rompimento do contrato de trabalho do empregado que agir de forma incompatível ou prejudicial a essa diretriz de saúde. Demais disso, não há que se falar, nesse caso, em discriminação, tampouco no batido bordão "meu corpo, minhas regras". O dever de promover um ambiente de trabalho seguro e saudável para toda a coletividade de empregados prevalece sobre a faculdade e o interesse — e até mesmo sobre o direito — individual do empregado de repudiar eventual imunização contra o covid-19 (cf. CLT, art. 8º).

A dúvida que daí surge é se essa demissão poderá ser motivada por uma justa causa, com o consequente comprometimento das verbas rescisórias, ou imotivada, isto é, sem justa causa, mediante o pagamento de todas as respectivas verbas rescisórias?

De um lado, há o entendimento de que a recusa de vacinação, fundamentada por convicções pessoais, ideológicas, religiosas ou até mesmo filosóficas, é, nas circunstâncias apontadas, motivo para justificar a demissão do empregado por justa causa (cf. CLT 158, II, § único; e 482, "h"), já que esse tipo de conduta, além de violar o poder diretivo do empregador, constitui obstáculo intransponível ao dever que lhe cabe quanto à manutenção de um ambiente saudável e seguro, de modo a colocar em risco a saúde e a segurança de todos os demais trabalhadores envolvidos nessa situação (cf. CLT, art. 2º e 8º). Contrário a esse posicionamento rigoroso, há o entendimento de que o empregado, diante das garantias e liberdades asseguradas pela Constituição Federal (cf. CF, art. 5º, II, VI, VIII e X), somente poderá ser demitido sem justa causa, mediante o pagamento das respectivas verbas rescisórias. 

No confronto desses entendimentos, este último parece ser o mais razoável e, de igual modo, o mais recomendável, já que não há no ordenamento jurídico, conforme salientado anteriormente, comando normativo dispondo sobre a obrigatoriedade de vacinação, independentemente de manifestação de vontade em sentido contrário.

 


José Ricardo Armentano - advogado na MORAD ADVOCACIA EMPRESARIAL

 

Devido ao isolamento: os incêndios subiram 60% em São Paulo e tendem a subir com as festas em casa de fim de ano

Labaredas de até 2 metros de altura são rápidas e acontecem quando nos distraímos e deixamos o óleo quente demais e jogamos algo com água como batatas para fritar (Crédito: Getty Imagens)

Excesso do consumo de álcool no natal e reveillon podem levar à distração na cozinha, além dos fogos de artifício e uso do álcool em gel no ambiente do cozimento


É difícil pensar, mas imprevistos podem acontecer dentro da nossa própria casa, por mais que nos sintamos seguros. Nosso lar pode passar por situações nada agradáveis, como furtos, roubos e até outros incidentes que trazem muito mais que prejuízo financeiro, sem falar do abalo psicológico e da insegurança tão comuns para pessoas vítimas desses acontecimentos. Mas é preciso entender que há como tentar evitá-los tomando alguns cuidados.

Uma das principais ocorrências de acidentes domésticos são incêndios. Eles acontecem devido a vários motivos e podem destruir boa parte dos bens materiais que estão na casa e a própria estrutura física do lar. A reação de cadeia que faz com que o fogo percorra pela casa inteira, destruindo tudo que encontra pela frente, é um das piores com fatores que colaboram com o alastramento do incêndio, e é por isso que se deve tomar muito cuidado.

A Touareg Seguros, corretora que atua em todo Brasil desde 2011, percebeu o aumento na contratação de seguros residenciais durante 2020, no endurecimento da pandemia. De acordo com as ocorrências registradas nos bombeiros, no estado de São Paulo: em março de 2019, foram registradas 2.560 ocorrências de incêndio em todo o Estado de São Paulo. No mesmo período deste ano foram 4.089. Nos primeiros 20 dias de abril, foram registradas 2.589 ocorrências do tipo no Estado contra 2.198 no mesmo período do ano passado - um acréscimo de 18%.

Os danos ocorridos por incêndio são grandes e, geralmente, muito caros de serem restituídos, afinal de contas não é nada barato reconstruir uma casa com danos estruturais. Devido ao fator econômico, muitas pessoas substituíram gás de cozinha por vapor de gasolina, medidas arriscadas e que acabam sendo mais uma das possibilidades de incêndio dentro de casa.

Por conta desses aumentos, André Costa, Diretor da rede Touareg Seguros , lista 5 dicas com as melhores maneiras de prevenir um incêndio em casa neste final de ano:


• Evite benjamim ou T

Também conhecido como o adaptador que é capaz de agrupar mais de um equipamento na mesma tomada, os benjamins ou Ts são um grande vilão dos incêndios domésticos. O problema é que, ao aumentar a potência de uma tomada, usando eletrodomésticos em um T, é perigoso. Muitas pessoas costumam colocar um benjamim conectado a outro, o que pode provocar uma queda de energia na casa inteira, superaquecimento ou um curto circuito.

Se esses eletrodomésticos recebem uma alta carga de energia, acabam esquentando o fio. E se as instalações elétricas forem antigas, há uma grande chance de pegar fogo, principalmente se um pano, madeira ou papel estiver próximo da tomada ou da fiação. Por isso, evite-os!


• Tenha cuidado na cozinha: atenção a ceia de final de ano e natal!!!

Boa parte das ocorrências em incêndios envolvem panelas com óleo quente. Muita gente se distrai e deixam o óleo esquentar demais. Logo em seguida, jogam algum produto com água, como batatas, peixe, cebola, e causam incêndios. Isso acontece porque quando você joga água dentro da panela com óleo, por conta das substâncias não se misturarem, a água afunda e evapora imediatamente por conta da quentura, jogando pra cima partículas do óleo. E isso pode causar chamas de até dois metros de altura em cima do fogão.


• Atenção aos fogos de artifícios

Ao soltar fogos, além de ser prejudicial aos animais e crianças, poluição sonora e do ar, dentre outras consequências, a ação pode levar a incêndios de pequenas e grandes proporções. Por isso, o ideal é que, sobretudo nesta época festiva do ano, realize os fogos em local afastado das pessoas, em áreas abertas e sem fiação elétrica e árvores próximas. Ou não realize: que é o mais indicado.

Em casos de eventos pirotécnicos, a apresentação deve ser feita por profissionais.


• Contrate um seguro residencial antes de virar o ano

Com um seguro residencial completo você poderá ter o suporte necessário para reconstruir sua casa em caso de incêndio, por exemplo, podendo viajar com tranquilidade, sabendo que a sua casa estará protegida. Essa medida cobrirá possíveis incidentes como incêndios, vendaval, queda de raio, roubo, danos elétricos, desmoronamento, dentre outros.

Dependendo da empresa, essa contratação pode custar menos do que você imagina. Na Touareg Seguros , você poderá garantir um seguro abrangente, flexível e com uma assistência 24h, com atendimento de chaveiros, eletricistas, encanadores e tantos outros. Não hesite em buscar proteger seu lar e tudo aquilo que passou anos para construir.


• Atente-se ao uso de álcool

O álcool 70, retirado das prateleiras no início dos anos 2000 por conta do grande número de incêndios e acidentes, voltou porque é necessário para a assepsia contra o coronavírus. O grande cuidado é se atentar para esperar secar antes de fazer qualquer outra atividade com as mãos, principalmente as que envolvem o fogo, como cozinhar ou acender um cigarro.

O álcool em gel se torna ainda mais perigoso por ter uma combustão quase completa e sua chama ser praticamente invisível. Isso dificulta que as pessoas saibam quando ele está em combustão e acabam colocando outros objetos inflamáveis perto, como pano de prato ou um pedaço de madeira.

 


Touareg Seguros

https://touareg.com.br/ts/


Dia do Combate à Pirataria: mais de R$ 280 bilhões em prejuízo no ano passado

Entre os produtos falsificados, remédios à cigarros e carros de luxo.


Dia 3 de dezembro é celebrado o Dia Nacional do Combate à Pirataria. A data foi instituída por lei federal no ano de 2005 com o objetivo de conscientizar os cidadãos sobre o crime da aquisição de produtos pirateados.

A prática no Brasil é mais comum do que se pensa e os tipos de produtos são diversos. Entre eles, roupas, remédios, perfumes, TV a cabo, plataformas de streaming, cigarros e até mesmo carros de luxo falsificados.

De acordo com um levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), só no ano de 2020 o Brasil perdeu cerca de R$ 287 bilhões para o mercado ilegal. O valor é a soma das perdas registradas em 15 setores industriais e a estimativa dos impostos que não foram arrecadados.


Pirataria e a lei

Segundo o advogado especialista em direito penal Philipe Benoni a pirataria diz respeito a “crimes de difícil verificação, pois o autor não toma conhecimento imediato da utilização não autorizada da obra, sem a devida remuneração”.

O assunto é tratado pelo art. 184 do Código Penal, complementado pela Lei n. 9610/98, que prevê penas que variam de 3 meses a 4 anos de reclusão. O artigo assegura que o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução das obras pertencem aos autores do produto.

Apesar de ser uma prática amplamente difundida na sociedade, especialmente nas cidades grandes, a pirataria não é considerada uma conduta socialmente adequada, apta a afastar a tipicidade do delito.

Benoni explica que em função disso que o STJ editou a Súmula 502, que cita que “Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, §2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas”.


Contrabando

O especialista e consultor em segurança pública Leonardo Sant’Anna relembra que a pirataria não é inofensiva como muitos pensam. A prática, além de sonegar milhões em direitos intelectuais de inventores, autores e artistas, elimina empregos, afugenta capitais e inviabiliza a competição com empresas sérias que investem em pesquisa e cumprem seus deveres legais e fiscais.

Santa’Anna reforça ainda que a pirataria é alimentada por organizações criminosas “Quando consumimos um produto pirata, estamos automaticamente alimentando o tráfico de drogas e as armas de organizações criminosas”.

Por isso, é de extrema importância não contribuirmos com o mercado. “É preciso que a sociedade se conscientize sobre a compra de produtos originais e não alimentados por crimes organizados”, ressalta o especialista.

 

CCR ViaOeste promove campanha educativa para ciclistas neste sábado

Ação acontecerá durante a etapa final do Desafio de Ciclismo Bike Series no autódromo Circuito Panamericano, em Elias Fausto-SP 

 

Os profissionais de segurança viária da CCR ViaOeste promoverão neste sábado (04/12) campanha educativa para ciclistas, com foco na orientação sobre os cuidados com o ponto cego ao pedalar pelas rodovias e vias urbanas. Para que os esportistas possam visualizar os pontos vulneráveis, a concessionária posicionará um caminhão e bikes, de forma a demonstrar situações reais que podem ser vivenciadas no trânsito. A ação será realizada durante o Desafio de Ciclismo Bike Series no autódromo Circuito Panamericano, em Elias Fausto-SP.

“Nosso objetivo é promover uma orientação bem prática, para que os ciclistas possam ter outros ângulos de visão e entendam os riscos ao pedalar, especialmente nas rodovias”, explica o gerente de Operações da concessionária, Daniel Daneluz. “Sempre enfatizamos que deve haver respeito mútuo entre todos os envolvidos no trânsito e deve prevalecer a prudência e a responsabilidade”, acrescenta.

Outra recomendação importante da concessionária é utilizar rotas ciclísticas, ciclo vias e estradas com menor fluxo para praticar essa modalidade esportiva. “A preocupação nas autoestradas é com o fluxo intenso, alta velocidade e grande porte dos veículos, que podem desestabilizar os ciclistas e causar a queda na pista”, argumenta. “Dessa forma, nossa orientação é pedalar em locais mais favoráveis, como vias com baixo fluxo de veículos”, ressalta.

Na final do Desafio 3 horas de Ciclismo Bike Series, os ciclistas poderão pedalar com segurança em um autódromo com asfalto perfeito, em um circuito desafiante e, além disso, com estrutura para acompanhantes e familiares. São esperados cerca de 500 atletas, número limite estabelecido pela organização, de acordo com os protocolos de segurança contra a COVID-19. Os participantes estarão divididos em dois modos: competição e o desafio pessoal, onde o que vale é a experiência de pedalar no lendário complexo de pistas de testes da Pirelli. O circuito tem 3.400 metros de extensão e 16 metros de ascensão acumulada por volta e será disputado no sentido horário.

O objetivo do Bike Series é levar os ciclistas para locais especialmente preparados para recebê-los, sempre priorizando a segurança. São autódromos e aeródromos particulares, ambientados com toda infraestrutura necessária para realizar eventos em pista, com equipe de resgate, manutenção básica, praça de alimentação e espaço conforto. Os desafios podem ser individuais ou em equipes. De acordo com cada regulamento, os ciclistas poderão participar no formato Solo e Dupla, seja no modo competição ou desafio pessoal, com destaque para a realização da categoria e-bike.


Sebrae impulsiona o desenvolvimento tecnológico dos pequenos negócios

 Com apoio da consultoria da ABGI Brasil, micro e pequenas empresas vão receber apoio financeiro e técnico para aperfeiçoar os negócios


O Sebrae contratou a ABGI Brasil, consultoria especializada em inovação e incentivos, para prospectar potenciais micro e pequenas empresas com capacidade de incrementar seus modelos de negócios com soluções de alta tecnologia. Os investimentos disponíveis, em torno de R$ 22 milhões para utilização até final de 2022, serão aportados por meio do contrato entre o Sebrae e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). As empresas que estiverem adequadas aos critérios do contrato na modalidade de desenvolvimento tecnológico, serão subsidiadas com até R$ 150 mil do Sebrae que serão somados aos recursos investidos pela Embrapii e o apoio técnico de uma das 72 unidades de Ciência e Tecnologia credenciadas. 

De acordo com a gestora de Inovação do Sebrae, Giovana Serenato, essa é uma oportunidade perfeita para as micro e pequenas empresas, inclusive startups e empresas de base tecnológica, incrementarem suas soluções tecnológicas. Segundo ela, a meta mínima é fechar 40 contratos até agosto do ano que vem. “São recursos não reembolsáveis, que não dependem de edital e estão disponíveis para uso imediato, de forma ágil e dinâmica, na alavancagem tecnológica dos pequenos negócios. Não envolve sociedade ou questões relacionadas à propriedade intelectual com o Sebrae”, ressaltou.

Além de organizar o fluxo do processo de conexão com as micro e pequenas empresas, a ABGI Brasil será responsável por analisar a maturidade dos negócios e fazer o match com a unidade credenciada da Embrapii que mais se identifica com a proposta do projeto de inovação. 


Entenda

Por meio do contrato do Sebrae com a Embrapii, os projetos de PD&I recebem investimentos financeiros e operacionais, a fundo perdido, que variam de acordo com a modalidade escolhida. Ao todo são três modalidades previstas no convênio. A primeira delas trata-se do desenvolvimento tecnológico, que terá apoio da ABGI Brasil, para impulsionar os pequenos negócios interessados em desenvolver soluções de alta tecnologia.

As outras duas modalidades são encadeamento tecnológico e aglomeração tecnológica que contam com o apoio da empresa Beta-i Brasil para alavancar recursos adicionais para o desenvolvimento de soluções de alto impacto econômico, social e ambiental em benefício de micro e pequenas empresas de negócios tradicionais que formam a cadeia de grandes empresas ou segmentos econômicos. Essas duas últimas modalidades podem contar com participação de empresas de médio e grande porte atuando como parceiras dos pequenos negócios ou representantes de segmento interessados em compartilhar recursos para propor soluções na cadeia produtiva.


Retomada de final de ano nos bares e restaurantes: 4 dicas para transformar o seu comércio e recuperar os lucros

 

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79% dos donos de bares e restaurantes acreditam que as vendas devem aumentar até o fim do ano; especialista elenca dicas para recuperar lucros no período

 

Durante a pandemia, 50 mil estabelecimentos do setor de bares e restaurantes deixaram de existir no estado de São Paulo, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), o que equivale a 20% do total. A Associação aponta ainda que 400 mil funcionários perderam seus postos de trabalho. Com o fim das restrições nos horários de funcionamento, empreendedores estão se organizando para retomar as operações em horário normal e esse momento exige cautela.   

 

E as projeções para o setor são otimistas, de acordo com uma nova pesquisa nacional da Abrasel, realizada em outubro, cerca de 79% dos donos de bares e restaurantes acreditam que as vendas nos estabelecimentos devem aumentar até o fim do ano.

 

“Essa nova reabertura fez com que os empresários criassem uma expectativa positiva de que tudo voltará a ser como era antes, mas é importante que eles estejam atentos às novidades e saibam se organizar, pois ainda é um momento delicado para o setor", comenta João Quintella, CEO e fundador da Liuv, startup responsável pela criação de soluções digitais para bares e restaurantes.

 

Quintella alerta que algumas estratégias podem garantir uma retomada mais fácil e bem-sucedida depois de um período de tantas instabilidades. Confira as dicas do CEO:

 

1 - Digitalização e aceleração são o novo normal

 

Ser digital é a nova tendência e a pandemia da Covid-19 acelerou ainda mais esse processo. É importante que os estabelecimentos ofereçam serviços digitais, especialmente aqueles serviços que, além de representarem facilidades e maior qualidade no atendimento, também sejam uma forma de prevenção ao Coronavírus. Ou seja, se você é um bar ou restaurante, em vez de entregar um cardápio de papel para seu cliente, ofereça a opção de acesso via QR Code, para que ele acesse diretamente do celular, sem a obrigatoriedade de tocar em algo. Além disso, você também pode possibilitar que o pagamento seja feito por meio de app, para evitar que aquele cliente fique em uma fila ou espere pelo garçom e que ainda tenha que tocar na máquina de cartão. 

 

2 - Controle seu CMV

 

Essa dica parece simples e trivial, mas existem muitos estabelecimentos que ainda não têm o próprio controle do custo de mercadoria vendida e isso torna o dia a dia da gestão do negócio muito mais complexa. “Ter uma plataforma de gestão que auxilie no controle dos produtos mais vendidos, do ticket médio do negócio, entre outros indicadores, ajuda o empreendedor a gerir de melhor forma o negócio e até a produzir estratégias mais certeiras de marketing”, aponta Quintella. 


 

3 - Otimização dos fluxos

 

Como já dito, o ‘novo normal’ trouxe aceleração no dia a dia do consumidor. Hoje ele quer sentar, consumir e pagar de maneira mais rápida. É importante que o estabelecimento esteja ciente disso e se organize para conseguir girar as mesas, diminuir as filas e prestar um bom atendimento. Assim, é possível ter um volume maior de clientes e oferecer bons e rápidos serviços para que todos saiam satisfeitos. 


 

4 - Tenha sempre os protocolos de prevenção em mãos  

Não é porque seu estabelecimento voltou a funcionar em todos os horários, que você pode relaxar com a segurança dos clientes e funcionários. “Cumprir os protocolos de prevenção à Covid-19 faz com que todos se sintam seguros e queiram retornar sempre ao seu bar ou restaurante”, finaliza o CEO.

 


LIUV - startup do setor food service que tem como missão ajudar a donos de estabelecimentos como bares, restaurantes e baladas, por meio de soluções digitais.


Retorno presencial nas escolas evidencia que o ensino domiciliar ainda não funciona no Brasil


Ao caminhar para o 2° ano da pandemia – muito mais controlado agora que o Brasil atingiu mais da metade da população totalmente imunizada e com muitos adolescentes tendo já tomado ao menos a primeira dose da vacina – a educação ainda enfrenta enormes dificuldades e pais, professores e estudantes são desafiados a cada dia. Com o retorno presencial – obrigatório em alguns estados – vamos, aos poucos, voltando à condição de normalidade, ou próximo a isso. No entanto, a batalha contra covid-19 ainda não foi vencida e precisamos nos manter alerta e com todos os cuidados que já conhecemos tão enfaticamente. 

Ainda não há estudos ou dados oficiais que confirmem, em números e estatísticas, todos os prejuízos advindos da pandemia, ao mesmo tempo em que previsões sobre o fim dela são inconclusivas, já que pode haver novos desfechos, como aumento de contágio ou surgimento de novas cepas. O que já sabemos é da extrema importância em agir imediatamente e coordenar ações para mitigar todas essas perdas, que foram ainda maiores e mais impactantes para alunos pobres, por enfrentarem, além de todo o contexto da pandemia, problemas como falta de acesso à internet e equipamentos para acompanharem as aulas remotas. 

Um relatório internacional da Unesco revelou que escolas mundo afora ficaram, em média, por 29 semanas fechadas por conta da pandemia, enquanto o Brasil permaneceu por 40 semanas e, ainda hoje, diversos municípios não conseguiram voltar à normalidade. Um dos principais motivos é a falta de estrutura para seguir os protocolos sanitários, como manter o distanciamento mínimo entre alunos e até mesmo fazer a limpeza adequada em suas instalações. Quando falamos de alfabetização, os índices tampouco são satisfatórios. Segundo o último levantamento do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), só 49% dos estudantes de ensino fundamental, no segundo ano, foram considerados alfabetizados. 

Todas essas dificuldades aumentaram a evasão escolar, que, segundo a Unicef, já era preocupante no Brasil: 5 milhões de estudantes, sobretudo da rede pública, responsável por atender 80% desse contingente, estavam fora da escola e que, na pandemia, teve o expressivo aumento de 5% no ensino fundamental e 10% no ensino médio. São alertas para a necessidade de integrar políticas públicas que visem a equidade na educação. Isso porque 96,7% de jovens de até 16 anos mais ricos concluíram o ensino fundamental, enquanto entre os mais pobres, o índice não passa de 78%. Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica de 2021. 

Mas, ainda que falho e com muitas intempéries, é preciso reconhecer que o ensino remoto tem sido, ao longo desses últimos meses, a única via de acesso à educação, dos mais aos menos abastados. Por isso é tão importante que todas as esferas do governo estejam alinhadas para agir em prol da educação, seja levando internet e equipamentos para os que ainda não têm, ou promovendo treinamentos e qualificação aos professores, integrando tecnologias educacionais para transformar a escola em um ambiente contemporâneo, que converse com novos recursos, mas que não seja excludente. 

Em um país cujas dimensões são continentais, como o Brasil, o recorte por regiões é fundamental para avaliar os principais entraves, mas também os avanços obtidos e, a partir daí, desenhar as melhores estratégias. Em algumas localidades, isso já vem acontecendo. Tanto é que tivemos notícias de cidades que estão fazendo a chamada busca ativa: professores e demais agentes ampliaram o contato com alunos que, por alguma razão, não estavam mais frequentando a escola, em muitos casos chegando até as próprias residências deles, para que retornassem às salas de aula. 

Desde que as aulas foram suspensas até agora, quando os estudantes já retornaram às escolas, o debate sobre o ensino domiciliar vem ganhando força e, embora não seja atualmente permitido no Brasil, já existem discussões avançadas, com projetos de lei em tramitação. É importante lembrar que, mesmo aprovada, a modalidade exigirá uma série de condições, como aulas com profissionais, matrícula em rede estadual ou municipal, além de avaliações periódicas e do conteúdo pedagógico de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

Mas será que realmente faz sentido debatermos sobre a aprovação do ensino domiciliar, em um momento repleto de desafios e que nos mostram o enorme abismo social do País, que dificulta ou impossibilita o acesso à internet para milhares de jovens e crianças? Para além de todas essas dificuldades, é fundamental avaliar a importância do convívio entre os pares, que somente a escola proporcionará, bem como vivências que contribuem para a resolução de problemas, cooperação, respeito às diferenças e desenvolvimento de habilidades socioemocionais que atualmente já estão implícitos em inúmeras propostas da própria BNCC. 

Em meio à tantas desigualdades e problemas educacionais como nível insuficiente na alfabetização de crianças, evasão escolar, além dos danos comportamentais, relatados por milhares de pais e familiares, é preciso lutar por uma educação que abrace cada vez mais crianças e jovens e que transforme a realidade deles. E esse caminho começa a ser trilhado nas escolas, presencialmente, com a relação fundamental entre aluno, professor e todos os atores da comunidade escolar, mirando um futuro menos excludente e que ofereça oportunidades para todos. Mas para que isso aconteça, é urgente que políticas públicas assegurem o acesso irrestrito à educação, assim como determina a Constituição Federal, e mais que isso, que acompanhe e avalie sua efetividade em todas as camadas da sociedade. 

 


Thiago Zola - professor, mestre em educação, especialista em psicologia da educação e palestrante com experiência no desenvolvimento de metodologias e soluções educacionais voltadas para Educação Básica na Mind Lab. 


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