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terça-feira, 9 de novembro de 2021

Alergia, quando o inimigo dorme com você

Alergista explica como travesseiros e colchões podem ser inimigos de quem tem algum tipo de alergia


Todos os dias você afofa os travesseiros, estica as cobertas e se prepara para uma noite de sono tranquila e reparadora, certo? Errado! Para quem tem alergia, a cama pode ser um dos piores locais da casa e a noite, uma hora de pesadelo e crises de espirros.

"Travesseiros e colchões juntam suor, saliva, células mortas da pele e essas substâncias alimentam os ácaros que acabam penetrando no tecido", conta a Dra. Brianna Nicoletti, alergista e imunologista pela USP, "com o tempo, eles acabam morrendo, mas a proteína alergênica que carregam permanece dentro dos travesseiros e colchões onde respiramos diretamente por 8 horas (na média) por dia".

Parece assustador? Pois aí está a importância da higienização e da troca do colchão e do travesseiro de tempos em tempos.

Segundo Dra. Brianna, os travesseiros devem ser trocados a cada dois anos, mesmo se forem higienizados a cada seis meses ou se usar algum tipo de protetor específico. "É que depois desse tempo, 30% do peso do produto, independentemente do seu estado, é composto por excrementos e restos de ácaros", conta.

Apesar de serem feitos para durar até 10 anos, a recomendação é que a troca do colchão seja feita entre 5 e 7 anos. E o uso "inadequado" pode encurtar esse prazo. Com o mau uso, a alergia cita dormir em um colchão que não oferece sustentação suficiente ou não fazer uma boa higienização nem o giro regular.

Colocar travesseiros e colchões ao sol de vez em quando também ajuda a eliminar os ácaros, mas segundo a médica, não elimina a proteína que causa a alergia. O ideal, para os travesseiros, é uma lavagem completa - que pode ser feita em casa ou em lavanderia - e, para o colchão, o uso de capas protetoras, além do giro da peça.


Dra. Brianna Nicoletti • Médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2003) • Residência médica em Medicina Interna pela Universidade Estadual de Campinas (2006) • Residência médica em Alergia e Imunologia Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2009) • Associada à Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia • Médica Especialista em Alergia e Imunologia do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (desde 2013) • Integrante da equipe de Qualidade da UnitedHealth Group (desde 2011)


No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, Hospital Paulista destaca cuidados para manutenção da saúde auditiva

 

Shutterstock
Maus hábitos da juventude são os principais responsáveis pela surdez na terceira idade, alerta especialista


Existem diferentes graus e tipos de surdez. A deficiência, que pode ser congênita ou adquirida ao longo da vida, traz diversos danos à qualidade de vida das pessoas, impactando a comunicação e as relações interpessoais. No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, celebrado em 10 de novembro, o Hospital Paulista destaca os cuidados preventivos ao longo da vida para a manutenção da saúde auditiva.

Conforme a Dra. Bruna Assis, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, hábitos considerados comuns no dia a dia da maioria dos jovens, como o uso exagerado de fones de ouvido e a exposição recorrente a sons muito altos, podem prejudicar consideravelmente a audição, gerando prejuízos a curto e longo prazos, e devem ser evitados.

A especialista também ressalta alguns sinais que podem servir de alerta à perda auditiva. "Zumbidos, dificuldades de compreensão de palavras, necessidade em aumentar o volume da TV e sensação de ouvido tapado - descrita por alguns pacientes como ‘descer a serra’ - estão entre eles."

A médica explica que, nestes casos, a visita ao otorrinolaringologista é imprescindível, já que alguns tipos de doenças necessitam de tratamento precoce para melhor prognóstico e maior chance de cura.

 

Senescência x senilidade

Sempre que se fala em perda auditiva por avanço da idade, e necessário pensar, primeiramente, nas definições de senescência e senilidade.

A primeira abrange todas as alterações ocorridas no organismo humano com o decorrer do tempo e não configuram doenças. "São as alterações decorrentes de processos fisiológicos do envelhecimento, podendo ocorrer pela deterioração das células do corpo no geral", ressalta Dra. Bruna.

A senilidade, por sua vez, é um complemento da senescência no fenômeno do envelhecimento e está associada às alterações patológicas e ligada aos hábitos de vida, como exposição recorrente ao ruído, alterações metabólicas e genética. "Dessa forma, pacientes que apresentam bons hábitos de vida terão menor chance de eventuais problemas", orienta.

Além de evitar os hábitos capazes de danificar a audição ao longo da vida, a médica alerta para a importância de visitar um otorrinolaringologista de forma preventiva, antes mesmo de apresentar quaisquer tipos de problemas.

"O ideal seria a realização de, pelo menos, um exame de audição durante a juventude. Ao envelhecer ou já com algum tipo de perda instalado, a realização de audiometria deve ser feita a cada um ou dois anos", finaliza a médica.

 

Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrino

O exame de audiometria é realizado pelo Hospital Paulista em seu Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrino. O procedimento não requer internação ou anestesia e pode ser realizado em pacientes de todas as idades, a partir da recomendação e com acompanhamento médico.

Outro exame específico para detecção de surdez e perda de audição é o de Otoemissões Acústicas por Produto de Distorção. Também realizado no Hospital Paulista, o procedimento é especialmente utilizado em recém-nascidos, de modo a aferir possíveis alterações na audição logo após o parto.

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Novembro Branco: dez perguntas e respostas sobre a relação entre fumo e câncer

90% dos casos de câncer de pulmão possuem como origem o tabagismo. Por isso, no mês de conscientização da doença, é fundamental alertar sobre o diagnóstico precoce e os prejuízos


Durante todo o mês, Novembro Branco é dedicado à conscientização do câncer de pulmão, doença que tem como origem em 90% dos casos o tabagismo. Os fumantes possuem um risco 20 vezes maior de desenvolverem tumores pulmonares, fazendo com que o alerta seja visto com ainda mais sensibilidade para este grupo em especial.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar dos dados não serem novidades, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking de doenças oncológicas com maior número de óbitos todos os anos. Além disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 30 mil pessoas irão ter o diagnóstico da doença em 2021.

Um dado alarmante, também apresentado pelo INCA, indica que aproximadamente 10% dos brasileiros acima de 18 anos fumam - ou seja, 20 milhões de pessoas são fumantes no país. Mesmo o Brasil sendo reconhecido mundialmente por suas campanhas de combate ao fumo, esse desafio ainda é grande. Segundo a Dra. Mariana Laloni, oncologista do Grupo Oncoclínicas em São Paulo, é necessário alertar quanto ao uso de vaporizadores de fumo, que tem sido usado principalmente por jovens.

"Apesar da redução do consumo de cigarros no país, em decorrência das campanhas de conscientização e proibições do fumo, que vêm sendo aplicadas em locais públicos desde a década de 1990, o número absoluto de tabagistas ainda é alarmante. E os novos dispositivos tecnológicos de vape, que conquistam especialmente as chamadas gerações Millennial e Z sob a falsa justificativa de serem menos nocivos à saúde e por seu design moderno - que serve como atrativo adicional para essa parcela da população - representam uma ameaça ainda maior de retrocesso na luta contra o tabagismo", comenta a especialista.

No mundo, a OMS aponta que atualmente 8 milhões de pessoas vão à óbito por causa de doenças relacionadas ao tabaco. No Brasil, esse número pode chegar a 156 mil mortes anualmente - uma média de 428 óbitos por dia. Vale lembrar ainda que o tabagismo vai muito além do câncer de pulmão, incluindo problemas de saúde como: doenças cardiovasculares, diabetes, infarto e Acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.


Iluminando o caminho

Com o avanço da ciência, as diferentes maneiras de tratar o câncer foram se transformando ao longo dos anos. No caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas têm sido indicadas para o enfrentamento da doença, como é o caso da radioterapia isolada. "A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, tamanho e localização do tumor, além do estado geral do paciente", diz Mariana Laloni.

A imunoterapia exerce um papel importante para o enfrentamento do câncer de pulmão. A partir do reconhecimento do tumor pelo organismo, e que com o passar do tempo ele irá se "disfarçar" para não ser reconhecido e crescer, a técnica consiste em fazer com que o corpo ative uma espécie de chave, religando a resposta imunológica para agir contra o problema.

"Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada - devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva", explica a especialista. Entretanto, é fundamental alertar que antes de remediar, o câncer de pulmão deve ser prevenido. Para Mariana Laloni a melhor alternativa é sempre parar de fumar.

A seguir, a oncologista Mariana Laloni esclarece dez perguntas e respostas comuns sobre a relação entre o fumo e o câncer.


O fumo pode aumentar o risco de câncer de pulmão?

Sim. O tabagismo pode aumentar em aproximadamente 20 vezes o risco de desenvolver câncer de pulmão. Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao fumo.


Quais são os principais sintomas do câncer de pulmão?

Nas fases iniciais da doença, onde a chance de cura é maior, o problema é, infelizmente, silencioso, não apresentando sintomas. Já nas fases em que o câncer está mais avançado, o paciente pode apresentar sinais no aparelho respiratório, como tosse, dor no peito e falta de ar.


Quais são os principais tipos de câncer de pulmão?

Existem dois tipos de câncer de pulmão, sendo eles o carcinoma de pequenas células e o de não pequenas células. Geralmente, o segundo caso corresponde a 80 a 85% dos casos, podendo ser subdividido em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. No mundo, o tipo mais comum é o adenocarcinoma, atingindo 40% dos pacientes.


Como é o tratamento para câncer de pulmão?

Para o tratamento adequado, é importante analisar o estadiamento, subtipo, tamanho e localização do tumor, além se o paciente possui algum tipo de comorbidade. Caso a doença esteja em seu estágio inicial e localizado apenas no pulmão, a indicação é de cirurgia ou radiocirurgia, uma radioterapia direcionada

Já nos casos mais avançados, porém sem lesões à distância, o tratamento escolhido pode ser a combinação da quimioterapia e radioterapia, podendo consolidar a imunoterapia. Quando existem metástases, o caminho para os recursos irá depender do tipo de tumor.


Além do câncer de pulmão, o tabagismo aumenta o risco de outros tipos de câncer?

Sim. Além do câncer de pulmão, o fumo pode aumentar os riscos para o câncer de de cabeça e pescoço, boca, laringe, faringe e bexiga.


Quais são os principais elementos cancerígenos dos cigarros convencionais?

Ao todo, existem quase cem tipos diferentes de substâncias cancerígenas nos cigarros tradicionais. As principais são: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, nicotina e alcatrão. Dentre elas, é importante ressaltar aida a mais perigosa em termos cancerígenos: a nicotina.


Qual dessas substâncias causa dependência em cigarros?

É justamente a nicotina, uma vez que provoca a sensação de prazer e pode levar ao vício. Essa substância psicoativa faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS.


O cigarro eletrônico também aumenta o risco de câncer de pulmão?

Sim. Como ele vaporiza um líquido com grande quantidade de nicotina, a substância também pode elevar os riscos da doença. Mas, vale lembrar que ainda não se sabe qual a extensão de impacto no desenvolvimento de cânceres, devido ao desenvolvimento recente e uso variado do produto: há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico, etc.


Depois de quanto tempo sem fumar há a diminuição do risco de desenvolvimento de cânceres ligados à nicotina?

Com o passar das horas e dias, os benefícios à saúde são bastante perceptíveis e as chances de desenvolvimento de cânceres também diminui com o passar dos anos - com 10 anos sem fumar, os riscos são considerados baixos. Mas, dependendo da carga tabágica - número de maços por dia vezes o número de anos que a pessoa fumou - é importante continuar de olho.


Que impacto haveria nos diagnósticos de câncer se todos os fumantes do mundo conseguissem se livrar do vício agora?

O principal impacto seria a diminuição de aproximadamente 33% do número de casos de câncer diagnosticados e, ao longo do tempo, uma redução ainda mais expressiva.


Novembro Azul: Beneficiários com maior risco de desenvolver câncer de próstata já somam 3,8 milhões

Número de homens acima dos 55 anos com plano de saúde mais que dobrou entre 2000 e 2020

 

O número de homens com mais de 55 anos que contam com plano de saúde ultrapassou 3,8 milhões em 2020. Essa faixa etária apresenta maior risco de desenvolvimento do câncer de próstata. No intervalo entre 2000 e 2020, a quantidade de beneficiários nessa faixa etária mais que dobrou, segundo o estudo especial: "Novembro Azul e o câncer de próstata em beneficiários de planos privados de saúde", do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), produzido a partir de dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Outro fator de risco que deve ser considerado é o excesso de peso. Entre 2008 e 2018, o percentual de homens com sobrepeso, beneficiários de planos de saúde, adultos e residentes nas capitais brasileiras, passou de 56,3% para 63,2%. Nessa mesma comparação, a quantidade de homens com obesidade passou de 14,2% para 20,5%, segundo dados da Vigitel Brasil Saúde Suplementar 2018. A análise do IESS mostra que, nessa população, a taxa vem aumentando anualmente e, em 2020, cerca de 3 em cada 5 beneficiários do sexo masculino estavam com sobrepeso e faziam parte do grupo de atenção para o câncer de próstata.

"Historicamente, os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres. Os dados do estudo refletem a baixa adesão às consultas regulares, e exames de prevenção, o que só reafirma a importância de abordarmos esse assunto. Por isso, é imprescindível não só neste mês, incentivar o cuidado integral, especialmente promover a própria saúde para uma longa vida com qualidade", aponta José Cechin, superintendente executivo do IESS. A íntegra do estudo especial está disponível no portal do IESS .

Dicas para escolher, usar com segurança e reconhecer sinais de alerta no uso do Sling e do Canguru

Ortopedista infantil ensina o bê-a-bá para preparar mães e pais para o uso do Canguru e do Sling e alerta para possíveis perigos


Primeiramente, é preciso entender a diferença entre esses acessórios que deixam as mãos livres do adulto que os utiliza: o Canguru é um suporte acolchoado e macio que usamos na frente do tronco, sendo que há alguns modelos para uso nas costas; e o Sling é uma longa tira de tecido que, geralmente, fica presa nos ombros e cintura da mãe ou pai; é utilizado na frente do tronco e o bebê pode ficar em diversas posições. "Com esses acessórios, os bebês podem ver o mundo ao redor e, se usado corretamente, é uma boa forma de transportar os pequenos enquando se dá um passeio", garante a ortopedista pediátrica Dra. Natasha Vogel.


Mas como escolher um deles?

A primeira dica para quem pensa em comprar esse tipo de acessório, segundo Natasha, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica, é verificar se você consegue colocá-lo sem ajuda. "Caso a mãe não consiga, sempre deve pedir ajuda até que se acostume a pôr o suporte sozinha. Uma boa saída é treinar antes com bichinhos de pelúcia ou bonecas", indica.

Outras observações valiosas para a segurança do bebê e da mãe, de acordo com ela, são:

- Experimente vários modelos antes de escolher o seu. Gaste tempo e não tenha pressa para efetuar a compra;

- Procure por peças com alças mais largas e acolchoadas, quando estiver buscando um Canguru. As alças devem passar nas costas e uma tira deve estar presa à cintura: isso ajudará a distribuir o peso do bebê;

- O suporte escolhido deve ficar firme ao seu corpo;

- Cuidado, em dias quentes, para não superaquecer o seu bebê;

- Para usá-lo por mais tempo, verifique o peso que o Canguru ou o Sling aguentam e se existe a opção do bebê poder olhar para frente, pois esse interesse só aumenta com o seu crescimento.


Quais são os cuidados que devemos ter?

Atenção: antes dos quatro meses de vida, ambos suportes podem oferecer risco de sufocar o bebê se não forem usados corretamente. "Isso acontece porque os músculos do pescoço não são fortes o suficiente para controlar a cabeça. Neste caso, verifique se o aparelho oferece apoio à coluna cervical do bebê. Também não podem pressionar a boca ou nariz da criança, e deixá-la no formato em ‘C’, porque isso dificulta a respiração", alerta Natasha.

Outras dicas importantes sobre as posições do bebê, ao utilizar os acessórios, de acordo com a médica, são:

- Verifique o peso do bebê que o suporte é capaz de tolerar e leia o manual atentamente e completamente;

- Cheque se, ao posicionar o bebê, o suporte não obstrui suas vias aéreas;

- O rosto do bebê deve estar sempre visível. Esteja certo de que rosto, nariz e boca estão descobertos e perto o suficiente para facilmente beijá-lo ao estar com a cabeça para frente;

- O queixo dele deve ficar afastado do seu peito, pois se estiver pressionado, pode dificultar a respiração;

- O apoio nas costas correto faz com que a coluna esteja apoiada, com a barriga e o peito bem encostados ao seu corpo;

- Antes de posicionar o bebê nele, veja se não existem rasgos, se as presilhas estão funcionando ou se não está desgastado;

- Confirme se o bebê consegue mexer cabeça, pés e mãos livremente e se seus quadris estão abertos e suas pernas abraçadas contra o seu tronco, no caso do Canguru. Tanto joelhos como quadris devem ficar dobrados fazendo o formato da letra "M";

- O acessório deve estar justo ao corpo, com apoio cervical e na posição vertical;

- Cuidado ao se abaixar! Sempre dobre os joelhos para o bebê não cair do acessório.

Com relação aos movimentos e o preparo da mãe, ao utilizar o suporte, há mais conselhos importantes:

- Feita a escolha pelo melhor suporte, ao usá-lo, escolha calçados que sejam fáceis para caminhar, confortáveis, e ande em superfícies regulares para não tropeçar;

- Lembre-se: não corra com o bebê no Canguru ou Sling, nunca, jamais;

- No momento mais crítico, que é a hora de retirar o bebê do suporte - pois é quando os acidentes acontecem - se possível, peça a alguém para ajudá-la ou sente-se no chão;

- Muito cuidado ao inclinar-se, e se for o caso, segure-se em uma superfície firme, dobre os joelhos e segure sempre o bebê ao movimentar seu corpo para cima ou para baixo;

- Não cozinhe com o bebê preso ao seu tronco. Eles podem se queimar;

- Da mesma forma, nunca segure comidas ou bebidas quentes.


Sinais de alerta

Algumas posições merecem atenção e reposicionamento do bebê. Ou seja, esteja alerta se:

- O rosto estiver coberto ou com o queixo encostado no peito;

- Se o bebê estiver em posição fetal;

- Se estiver respirando com dificuldade ou fazendo barulhos como um chiado ou assobiando;

- Se estiver com a pele cinza ou azulada;

- Se estiver agitado, inquieto ou se contorcendo.

"Essas informações servem para ajudar os pais na hora de definir qual é a melhor opção, de acordo com seus costumes de locomoção e movimentação. A escolha é muito pessoal, então teste cada um deles e fique atento aos cuidados, pois são essenciais para a segurança do adulto e da criança", finaliza a médica.

 


Dra. Natasha Vogel • Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo, Brasil • Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético. Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil • Especialização - Residência Médica Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil Título: Ortopedia Pediátrica • Especialização - Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil Título: Ortopedia e Traumatologia • Graduação em Medicina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP, Brasil.


Verão: os cuidados essenciais para evitar os inchaços tão frequentes durante a estação

O local do corpo que incha mais facilmente é o pé.
O verão está chegando, e para aproveitar ao máximo, são necessários alguns cuidados simples, que evitam muitos desconfortos

As mudanças de estações podem afetar o corpo humano. O outono e inverno são caracterizados pelo predomínio de dias frios e secos, fatores que influenciam a ocorrência de doenças respiratórias.

Durante o verão, devido às temperaturas elevadas, o corpo sofre com inchaços - os vasos sanguíneos se dilatam e liberam líquido nos tecidos - além de insolação e desidratação.

E o que deve ser feito para evitar esses problemas? O Dr. Mateus Martinez, mestre em fisioterapia esportiva e diretor da Pés Sem Dor explica “ Para diminuir ou prevenir o inchaço, é preciso ter uma dieta balanceada e diminuir a quantidade de sal nas refeições; beber água constantemente para hidratar o corpo; evitar roupas apertadas; elevar as pernas antes de dormir, favorecendo o retorno venoso.

Sapato sob medida fabricado pela Pés Sem Dor
As mudanças de estações podem afetar o corpo humano. O outono e inverno são caracterizados pelo predomínio de dias frios e secos, fatores que influenciam a .ocorrência de doenças respiratórias.

Segundo Dr. Martinez, também é importante utilizar calçados confortáveis, que proporcionem uma ótima mobilidade para os pés “Os calçados sob medida da Pés Sem Dor são ideais para essa estação. Possuem espaço interno perfeito e são feitos sob medida após uma avaliação com nossos especialistas”, diz Dr.Martinez.

Em viagens de carro ou avião, o cuidado deve ser redobrado, já que ao permanecer muitas horas sentado, o fluxo sanguíneo fica restrito às pernas, podendo gerar uma série de sintomas como: sensação de pernas pesadas e cansadas, tornozelos e pés inchados. Caminhar a cada hora ingerir água - e em alguns casos o uso de meias de compressão - são ótimas recomendações.

 

Clima quente e mão no rosto aumentam riscos de impetigo em crianças

Hábito de cutucar o nariz pode facilitar surgimento da doença; médica recomenda higienização e lavagem nasal como formas de afastar a doença


Levar a mão ao rosto é um hábito que nos acompanha desde o início da vida. Estudos indicam que bebês costumam tocar seus olhos e bochechas ainda no útero da mãe¹. E, à medida em que a criança começa a crescer, aprende a usar as mãos como uma ferramenta para higienizar a face, seja para tirar uma sujeira da boca, do olho ou cutucar uma "caquinha" no nariz.

Isso acaba expondo os pequenos a uma série de doenças e infeções. Entre as mais comuns está o impetigo, uma infecção cutânea, geralmente localizada no nariz e boca, que é causada por bactérias e que leva ao surgimento de pequenas feridas cobertas de uma casquinha dura, que pode ser de cor dourada, vermelha ou cor de mel. Por vezes, pode formar bolhas que se rompem, quando, então, se torna o impetigo bolhoso².

"O Impetigo é causado pelas bactérias Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus. E, embora possa acometer pessoas de qualquer idade, é mais comum em crianças entre dois e seis anos, especialmente nos meses mais quentes e úmidos do ano", explica Dra. Maura Neves, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e consultora médica da Libbs Farmacêutica. Segundo ela, a doença pode surgir a partir de um pequeno ferimento, corte na pele ou picada de inseto que fazem com que as bactérias alcancem as camadas mais internas da pele e causem a infecção.

Já que pedir que as crianças não levem as mãos ao rosto é uma tarefa quase impossível, fazer a higiene nasal externa da maneira adequada, ou seja, com lenços umedecidos com solução salina e ativos naturais desenvolvidos especialmente para o nariz de bebês e crianças e lavar as mãos com frequência é a principal recomendação da especialista para evitar o surgimento da doença. "As bactérias que causam o impetigo habitam nossa pele, portanto, qualquer fissura pode ser uma porta de entrada. Nesse sentido vale a pena higienizar a área do nariz e boca dos bebês e crianças com produtos neutros que promovam não somente a limpeza, mas também a hidratação da pele, evitando assim que as bactérias entrem", detalha a especialista.

A médica ainda frisa que somada à lavagem interna do nariz, a limpeza externa pode ajudar a afastar essa e outras doenças comuns no período de prolongada seca, como o que vivemos agora.


Tipos de Impetigo³

Existem três tipos de impetigo: o comum ou não bolhoso, bolhoso e ectima. Veja abaixo as informações sobre cada.


• Impetigo comum ou não bolhoso, mais comum e cujos sintomas aparecem em uma semana, sendo notado o aparecimento de pequenas lesões e feridas em volta do nariz e da boca, que podem evoluir para crostas de cor amarelada;


• Impetigo bolhoso, em que há o aparecimento de pequenas feridas vermelhas na pele e lesões que evoluem rapidamente para bolhas contendo líquido amarelo e que surgem principalmente nos braços, pernas, peito e barriga;


• Ectima, a forma mais grave da doença, pois atinge as camadas mais profundas da pele, principalmente pernas e pés, sendo notado o aparecimento de feridas abertas com pus, crostas grandes e amareladas e vermelhidão em volta das crostas.

 


Referências:

1 - Reissland N, Aydin E, Francis B, Exley K. Laterality of foetal self-touch in relation to maternal stress. Laterality. 2015, 20(1): 82-94.

2 - Sociedade Brasileira de Dermatologia. Impetigo. [Internet]. [acesso em 13 out. 2021]. Disponível aqui

3 - UpToDateImpetigo [Internet]. [acesso em 13 out. 2021]. Disponível aqui


O papel do ovo nos casos obesidade e na cirurgia bariátrica

A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, decorrente de um desequilíbrio entre o consumo alimentar e o gasto energético. Está associada a aspectos genéticos e alterações endócrinas e aumenta fatores de riscos como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças articulares, entre outros1. 

O excesso de peso é avaliado através de uma medida chamada de índice de massa corporal (IMC), utilizada para identificar o padrão de sobrepeso e obesidade pela fórmula IMC = peso (kg) x altura 2 (m), em que o excesso de peso ocorre a partir de IMC > 25 kg/m2 (sobrepeso) e a obesidade é classificada a partir de IMC acima de 30kg/m22.

 

Dados obtidos pela Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito telefônico (Vigitel Brasil 2019) mostram que no Brasil o excesso de peso (IMC superior a 25 kg/m2) foi de 55,4% e 19,8% para obesos (IMC superior a 30kg/m2)3.

 

Entre os mais diversos tipos de tratamento como dietas e medicamentos, a mudança no estilo de vida é fundamental para que ocorra a perda de peso e sua manutenção junto com as práticas alimentares adequadas, por meio do consumo de alimentos promotores de saciedade como ovo, são de suma importância.  

 

A ingestão de ovo no café da manhã em planos alimentares com restrição calórica, sobretudo carboidratos, é uma estratégia interessante, pois a proteína aumenta a saciedade e evita beliscos ao longo do dia4. Um estudo realizado por Ratliff et al, aponta que o consumo de ovos no café da manhã resulta em uma menor variação de glicose e insulina plasmática e apresenta menores valores de grelina com redução de ingestão de alimentos5. 

 

Entretanto, nem todos os pacientes têm sucesso na modificação dos padrões alimentares e estilo de vida e a cirurgia bariátrica é um recurso que pode melhorar a qualidade de vida do indivíduo.


Para a realização da cirurgia existe um caminho a ser trilhado com a realização de exames, acompanhamento psicológico e nutricional, esse último que oferece o suporte pré e pós-operatório. Nestas fases, o ovo é um alimento bem-vindo porque é uma fonte de proteína de fácil digestibilidade, tão importante no período pós-cirúrgico, principalmente nos primeiros quinze dias, quando a dieta liquida é bem restritiva.

 

O consumo de sucos proteicos preparados com a clara do ovo é uma forma de aumentar o aporte proteico nesta fase e a gema compõe a preparação salgada na forma de sopas liquidas e coadas. O ovo é um alimento de sabor neutro e pode ser facilmente incorporado às preparações a um custo muito acessível.

 

A dica da nutricionista Rosana Rossi, especialista em cirurgia bariátrica, é preparar um suco proteico com a clara de ovo cozida batida com suco de maracujá. Já a gema na forma de farofinha, pode ser adicionada ao caldo salgado sempre respeitando a textura que deve ser liquida e coada. O consumo de 2 ovos diariamente fornece 12g de proteína, que somados a outras fontes proteicas como leite e iogurte proporcionam a variação. 

 

Passados 15 dias, uma nova textura passa a fazer parte da alimentação do paciente e o ovo mexido é muito bem-vindo porque é um momento em que o paciente já deseja mastigar alimentos sólidos. Por ser macio, de fácil mastigação, deglutição e digestão, o ovo é uma ótima opção.

 

Além da proteína, esse alimento contém gorduras mono e poliinsaturadas, vitaminas do complexo B, vitamina lipossolúveis, minerais e carotenoides. O ovo é prático, de baixo custo e faz parte do dia a dia do paciente.

 

 

 

 

Lúcia Endriukaite - Nutricionista do Instituto Ovos Brasil.  

 

 

 

Referências

 

1 -  www.abeso.org.br

 

2 - World Health Organization (WHO) Obesity and overweight (who.int)

 

3 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020

 

4-  Vander Wal JS, Gupta A., Khosla P., Dhurandhar NV. O café da manhã com ovo aumenta a perda de peso. Int J Obes (Lond). 2008; 32 (10): 1545-1551.  doi: 10.1038 / ijo.2008.130

 

5- Ratliff J, Leite JO, de Ogburn R, Puglisi MJ, VanHeest J, Fernandez ML. Consuming eggs for breakfast influences plasma glucose and ghrelin, while reducing energy intake during the next 24 hours in adult men. Nutr Res. 2010 Feb;30(2):96-103. doi: 10.1016/j.nutres.2010.01.002. PMID: 20226994


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