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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Casos de Doença Mão-Pé-Boca em Porto Alegre acendem sinal de alerta

Lavar frequentemente as mãos é uma das medidas preventivas
(Freepik)

Sintomas comuns são febre, falta de apetite e vômito além de feridas, principalmente na boca, nas mãos e nos pés


A infecção viral contagiosa caracterizada por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e pés afeta principalmente crianças menores de 05 anos, e eventualmente pode atingir adultos. Casos recentes registrados em Porto Alegre preocupam a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS). Segundo o médico pediatra e diretor da SPRS, Benjamin Roitman, o período de incubação é de 3 a 6 dias.

“Os primeiros sintomas costumam ser a dor de garganta e a febre, que fica por volta dos 38ºC. Mal-estar e perda do apetite são frequentes. Um ou dois dias após os primeiros sintomas, surgem as feridas avermelhadas na pele, características que dão o nome à doença. Na maioria dos casos, é uma doença branda e benigna que desaparece espontaneamente sem causar complicações. Há risco de desidratação quando a criança rejeita alimentos e líquidos em decorrência dos sintomas”, explica.

Em nota recente a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre confirmou 27 casos em crianças. A questão está sendo monitorada pelas autoridades.

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados.

A Síndrome Mão-Pé-Boca em adultos, na maioria dos indivíduos que entram em contato com o vírus não desenvolvem sintomas.

Medidas de prevenção e controle

● O tratamento para a doença é sintomático e não existe vacina;

● Pessoas sintomáticas devem ser avaliadas e isoladas;

● Higienizar as mãos após ir ao banheiro, antes e após troca de fraldas;

● Manter as superfícies limpas e higienizar imediatamente após o uso,
especialmente trocadores;

● Higienizar as mãos ao manusear alimentos e processar a limpeza cuidadosa
destes, bem como cozinhar adequadamente os alimentos;

● Trocar e lavar diariamente roupas comuns e roupas de cama, pois podem ser
fontes de contágio;

● Os ambientes escolares e brinquedos compartilhados em creches devem ser
higienizados com maior frequência,


A ocorrência de dois casos ou mais de diarreia, relacionados entre si, caracteriza
um surto.

Na suspeita, notificar imediatamente à Vigilância Epidemiológica através dos
telefones (51) 3289-2471 e (51) 3289-2472, telefone do plantão epidemiológico ou e-mail epidemio@portoalegre.rs.gov.br

 


Marcelo Matusiak


Dobra número de pessoas com artrose de joelho na pandemia

Robótica garante precisão milimétrica nas cirurgias e mobilidade mais rápida aos pacientes


A covid-19 afetou a qualidade de vida da população mundial. Aumento de peso e sedentarismo são reclamações comuns e têm trazido consequências sérias para pessoas que sofrem com problemas no joelho ou já realizaram artroplastia. Pesquisa realizada no Reino Unido e publicada na revista The Bone and Joint Journal para avaliar a percepção das pessoas que necessitam de cirurgia total de joelho indicou que 20% dos pacientes estavam com qualidade de vida “piores que a morte”. Além disso, o número de pessoas com esse problema praticamente dobrou durante a pandemia.

A reclamação de quem sofre com artrose no joelho se justifica por essa ser uma das doenças mais incapacitantes. Atividades simples como caminhar, subir ou descer escadas tornam-se um grande desafio em função das dores, rigidez e dificuldade nos movimentos que a doença provoca. E embora esteja geralmente associada ao avanço da idade, exercícios físicos de alto impacto repetitivo, associados a outros fatores, têm levado ao diagnóstico de casos mais precoces.

“Antes de dar um passo contava até cinco, tamanha dor que sentia no joelho. Primeiro achei que eram varizes, quando descobri a artrose levei um susto. A doença já estava me impedindo de caminhar”, conta a aposentada Maria Eliane Rocha, 64 anos, que foi submetida a uma nova técnica de artroplastia, com auxílio da robótica.


Maior precisão

O Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), é a sétima instituição do Brasil a contar com a tecnologia para realização da artroplastia total de joelho. A primeira cirurgia foi realizada no início de outubro e já demonstrou maior precisão na colocação dos implantes, menor quantidade de materiais utilizados, além de diminuição da dor e cicatrizes.  

O ortopedista Fabiano Kupczik explica que em breve o robô poderá ser utilizado também para colocação de prótese parcial do joelho e do quadril. “Ainda é uma técnica mundialmente recente, que dá uma precisão milimétrica que não é possível a olho nu, ideal para os casos mais complexos, de deformidades, sequelas de outras cirurgias e quando os outros tratamentos não apresentam mais resultados. É indicado para casos mais avançados da doença”, explica o médico.

“Em menos de 24 horas, eu já conseguia colocar o pé no chão e andar com ajuda do andador. Agora, quero voltar a caminhar, a ter uma vida normal e poder brincar com a minha netinha de 3 anos”, ressalta a aposentada. 


Funcionamento

A plataforma de joelho robô Rosa Knee System, desenvolvida pela Zimmer Biomet, foi recentemente aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, e inclui ferramentas de planejamento pré-operatório 3D e dados em tempo real sobre a anatomia dos tecidos e ossos durante o procedimento. Isso melhora a precisão de corte ósseo e resulta em uma análise mais precisa da amplitude do movimento, ajudando as próteses de joelho a ficarem mais naturais.

 

Dobra número de pessoas com artrose de joelho na pandemia

Robótica garante precisão milimétrica nas cirurgias e mobilidade mais rápida aos pacientes


A covid-19 afetou a qualidade de vida da população mundial. Aumento de peso e sedentarismo são reclamações comuns e têm trazido consequências sérias para pessoas que sofrem com problemas no joelho ou já realizaram artroplastia. Pesquisa realizada no Reino Unido e publicada na revista The Bone and Joint Journal para avaliar a percepção das pessoas que necessitam de cirurgia total de joelho indicou que 20% dos pacientes estavam com qualidade de vida “piores que a morte”. Além disso, o número de pessoas com esse problema praticamente dobrou durante a pandemia.

A reclamação de quem sofre com artrose no joelho se justifica por essa ser uma das doenças mais incapacitantes. Atividades simples como caminhar, subir ou descer escadas tornam-se um grande desafio em função das dores, rigidez e dificuldade nos movimentos que a doença provoca. E embora esteja geralmente associada ao avanço da idade, exercícios físicos de alto impacto repetitivo, associados a outros fatores, têm levado ao diagnóstico de casos mais precoces.

“Antes de dar um passo contava até cinco, tamanha dor que sentia no joelho. Primeiro achei que eram varizes, quando descobri a artrose levei um susto. A doença já estava me impedindo de caminhar”, conta a aposentada Maria Eliane Rocha, 64 anos, que foi submetida a uma nova técnica de artroplastia, com auxílio da robótica.


Maior precisão

O Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), é a sétima instituição do Brasil a contar com a tecnologia para realização da artroplastia total de joelho. A primeira cirurgia foi realizada no início de outubro e já demonstrou maior precisão na colocação dos implantes, menor quantidade de materiais utilizados, além de diminuição da dor e cicatrizes.  

O ortopedista Fabiano Kupczik explica que em breve o robô poderá ser utilizado também para colocação de prótese parcial do joelho e do quadril. “Ainda é uma técnica mundialmente recente, que dá uma precisão milimétrica que não é possível a olho nu, ideal para os casos mais complexos, de deformidades, sequelas de outras cirurgias e quando os outros tratamentos não apresentam mais resultados. É indicado para casos mais avançados da doença”, explica o médico.

“Em menos de 24 horas, eu já conseguia colocar o pé no chão e andar com ajuda do andador. Agora, quero voltar a caminhar, a ter uma vida normal e poder brincar com a minha netinha de 3 anos”, ressalta a aposentada. 


Funcionamento

A plataforma de joelho robô Rosa Knee System, desenvolvida pela Zimmer Biomet, foi recentemente aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, e inclui ferramentas de planejamento pré-operatório 3D e dados em tempo real sobre a anatomia dos tecidos e ossos durante o procedimento. Isso melhora a precisão de corte ósseo e resulta em uma análise mais precisa da amplitude do movimento, ajudando as próteses de joelho a ficarem mais naturais.

  

Mais de 10 milhões de vidas podem ser perdidas, até 2050, pelo fenômeno da resistência antimicrobiana

Mais de 70% das bactérias que causam infecções são resistentes a, pelo menos, um dos medicamentos mais comumente usados para tratá-las

 

Vários estudos têm alertado que, mais de 70% das bactérias que causam infecções associadas aos cuidados de saúde, são resistentes a pelo menos um dos medicamentos mais comuns em seu tratamento. Tais doenças estão intimamente ligadas à resistência antimicrobiana e, muitas vezes, são causadas por um risco maior de estirpes resistentes de bactérias encontradas no corpo. A resistência antimicrobiana tem sido uma das questões de saúde global mais urgentes atualmente, devido suas consequências. 

Informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alertam sobre a magnitude do problema caso medidas imediatas não forem tomadas, pois o número de mortes causadas por bactérias resistentes poderá aumentar para 10 milhões de vidas por ano até 2050, com um custo cumulativo para a produção econômica global de 100 trilhões de dólares. 

Com o objetivo de aumentar a conscientização global sobre a resistência microbiana, a Organização Mundial da Saúde (ONU), tem promovido discussões sobre o tema, além de incentivar as melhores práticas entre o público em geral, trabalhadores da saúde e formadores de políticas públicas para prevenirem o desenvolvimento e a propagação de infecções resistentes aos antimicrobianos. 

No Brasil, em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), instituiu a Câmara Técnica de Resistência Microbiana (Catrem), com a finalidade de assessorar a Diretoria Colegiada (Dicol) na elaboração de normas e medidas para o monitoramento, o controle e a prevenção da resistência microbiana em serviços de saúde no país. Posteriormente, foi criado o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, estabelecendo metas para o enfrentamento do problema por aqui.     

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a resistência antimicrobiana é o fenômeno resultante da capacidade de certos microrganismos, como bactérias e vírus, de neutralizar o efeito de medicamentos, como os antibióticos. Ela surge através da mutação do microrganismo ou da aquisição do gene de resistência. 

A gerente clínica de Medical Solutions da Essity Brasil, Rosângela Oliveira, ressalta que escolas e hospital merecem uma especial atenção à proliferação de doenças mais comuns, que podem ser verdadeiros vilões da resistência antimicrobiana. “Como os sistemas imunológicos das crianças não estão totalmente desenvolvidos e a exposição à infecção é parte de seu processo de desenvolvimento, reunir crianças pequenas em um espaço confinado é sinônimo de propagação de doenças”, destaca Rosangela. 

Embora algumas doenças sejam inevitáveis, melhores padrões de higiene nas pré-escolas e escolas, como o incentivo à higienização das mãos, têm um impacto positivo relacionado à saúde. 

A resistência antimicrobiana coloca doenças em risco de complicação que podem, eventualmente, levar à morte. Em um cenário menos negativo, as infecções provenientes de bactérias multirresistentes, adquiridas em hospitais, resultam em estadias prolongadas dos pacientes. 

“A boa notícia é que até 70% das infecções associadas aos cuidados de saúde podem ser prevenidas, e a maneira mais eficaz e econômica é melhorar os padrões tanto de saneamento hospitalar, quanto de higiene das mãos entre os profissionais de saúde e a população geral. Outro ganho é a utilização de produtos inovadores e focados no tratamento avançado de feridas, como as fitas adesivas Leukoplast® ou o uso de curativos Cutimed®, que utilizam uma abordagem específica para reduzir a carga biológica em feridas, e que podem auxiliar na redução do uso excessivo de antibióticos”, pontua a gerente clínica da Essity Brasil. 

Obviamente, existem formas simples e eficazes na solução da resistência antimicrobiana. Evitar a automedicação, não pedir antibióticos aos médicos quando não for necessário e seguir à risca as instruções do tratamento prescrito é, sem dúvidas, a mais importante, assim como a lavagem regular das mãos e práticas higiênicas na vida diária, ajudam a prevenir infecções. 

A resistência antimicrobiana é a maior ameaça global aos sistemas de saúde pública. A Essity, consciente disso, ampliou sua parceria com as Nações Unidas, e juntou-se a um grupo de especialistas de diferentes setores na luta contra este fenômeno, com o objetivo de acelerar as mudanças e gerar maior impacto. Além disso, por meio de nossos produtos, trabalhamos todos os dias para que as pessoas se sintam mais protegidas e tenham soluções confiáveis que lhes proporcionem segurança.


Seconci-SP destaca importância da saúde bucal no trabalho

Condição é relevante para prevenir acidentes, reduzir o absenteísmo e elevar a produtividade


Dor de dentes e outros problemas bucais levam os colaboradores da empresa à irritabilidade, perda de concentração, desânimo, redução da produtividade, e podem provocar acidentes de trabalho e elevar o absenteísmo. É o que adverte a dra. Letícia Rodrigues de Oliveira, cirurgiã-dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Nacional da Saúde Bucal, celebrado em 25 de outubro.

Segundo a dra. Letícia, é muito importante manter uma boa saúde bucal para melhorar a qualidade de vida e o próprio ambiente de trabalho. “Passar em consulta com dentista periodicamente é de suma importância para manter a saúde bucal e a saúde como um todo. O dentista irá avaliar as condições bucais, diagnosticar e tratar diversos problemas odontológicos, que vão muito além de uma simples cárie e que podem evoluir para a perda de dentes”, afirma.

A dentista comenta que a infecção bucal, o câncer de lábio em trabalhadores que desenvolvem atividades com exposição solar, o câncer de boca relacionado ao uso do cigarro e bebidas alcoólicas, e outras doenças podem ser diagnosticadas e tratadas pelo dentista ou por outros profissionais aos quais ele encaminhe os pacientes. “Até uma dor de cabeça pode ser causada por problemas do músculo facial e dos dentes. A não reabilitação dentária pode resultar em dores durante a mastigação e até na perda de apetite”, acrescenta.

Além das atividades citadas, o dentista irá orientar os trabalhadores da empresa a realizarem a higiene oral com escovação correta e uso do fio dental, a reduzirem o consumo de açúcares, dentre outras informações importantes.

De acordo com a dra. Letícia, em função da pandemia registram-se mais casos de ansiedade que resultaram em bruxismo, o ranger involuntário de dentes durante o sono, desgastando-os e provocando dores faciais. Nestes casos, o dentista avalia e pode prescrever um relaxante muscular ou uma placa protetora.

“Realizar campanhas educativas para informar a importância de melhorar a saúde bucal, manter a presença do cirurgião-dentista na empresa, incentivar e facilitar o acesso a este profissional e suas especializações, como é o caso dos serviços de Odontologia do Seconci-SP, são itens essenciais que irão trazer diversos benefícios para os trabalhadores e melhorar os resultados da empresa de um modo geral”, recomenda a dentista.        


Nômade digital ou anywhere office: saiba como adaptar o local de trabalho

GetNinjas dá dicas sobre como trabalhar remotamente considerando qualquer lugar ou espaço no mundo


A pandemia impactou o trabalho de muitas pessoas e empresas. O formato Home Office foi implantado às pressas por muitos negócios, e com o avanço da vacinação, os estilos "nômade digital" e "anywhere office" têm feito a cabeça dos trabalhadores que podem se dedicar às suas atividades de qualquer lugar do mundo. Apesar das vantagens de trabalhar em casa, o profissional adepto ao estilo, deve fazê-lo em um espaço adequado, atentando à produtividade e à qualidade da postura. Pensando nisso, o GetNinjas, maior aplicativo para contratação de serviços do Brasil, separou quatro dicas que podem ajudar aqueles que fazem do mundo um escritório! Confira a seguir:


Iluminação ajuda na concentração

Uma boa iluminação é fundamental para proporcionar um ambiente saudável e agradável, que estimule atenção e concentração nas atividades. Além disso, dê preferência à iluminação natural, se possível.


Decoração ou paisagem preferida

O primeiro passo é definir o local e o estilo a ser adotado para trabalhar. Uma boa dica é, caso seja um ambiente fechado, adicionar itens que remetem aos hobbies favoritos e gostos pessoais. Caso seja em ambiente aberto, sempre confirmar se a internet é potente o suficiente para atender às demandas necessárias de cada atividade.


Mesa e cadeiras na altura certa

Para quem vai passar muito tempo em ambiente fechado, é recomendado investir em cadeiras com regulagens de altura e giratórias, pois proporcionam mais conforto e uma postura mais adequada. É importante se atentar, também, para o ajuste correto da cadeira com a mesa e se possível, usar apoio nos pés.


Organização otimiza a rotina

Se a mesa tiver gavetas, os itens organizadores como bandejas, por exemplo, podem ser usados para que os objetos não fiquem espalhados. Caso a mesa não possua gavetas, instalar prateleiras pode ser uma ótima opção. Use potes ou canecas para facilitar encontrar os materiais mais utilizados. Além disso, opte por deixar sobre a mesa apenas os itens essenciais para o seu trabalho ou estudos, dessa maneira, é possível evitar que muitos objetos que estejam à vista, deixem o ambiente bagunçado, podendo até mesmo, influenciar na produtividade. Para quem prefere ambientes mais paisagísticos, a sugestão é não esquecer nenhum item que seja necessário e optar por mochila com compartimento especial, que protege o equipamento de impactos. Pense também no trabalho que você executa: se é algo mais criativo, um mural de referências, quadros e objetos podem ajudar; já se você precisar de foco e concentração, mantenha o local organizado e deixe ao seu alcance apenas os materiais necessários para trabalhar.



Como analisar o retorno das iniciativas digitais das instituições de saúde?

A adesão de novas tecnologias sempre esteve na agenda prioritária das instituições de saúde, no entanto, a irrupção da pandemia impulsionou este movimento de maneira ainda mais significativa. De acordo com um estudo realizado pela International Data Corporation, o investimento em tecnologias no setor de saúde, na América Latina, deve atingir US$ 1.931 milhões até 2022. Nesse sentido, o mercado de saúde digital vem se destacando justamente por oferecer uma série de benefícios que aprimoram a operação dos hospitais. Mas, como e por que analisar o retorno das iniciativas digitais nas instituições?

De acordo com CEO da FOLKS, Dr. Claudio Giulliano, o retorno sobre investimento (ROI) na área da saúde digital tornou-se um indicador fundamental. Segundo o especialista, métricas como o ROI, podem ajudar as instituições de saúde a obterem métodos efetivos para estimar e comprovar a importância de se investir na saúde digital.

No entanto, é necessário considerar que os hospitais contam com diferentes realidades, especialmente no Brasil. Por isso, é preciso analisar primeiramente, o modelo de negócio da instituição para então determinar se realmente a aplicação de determinadas tecnologias são válidas. Além do ROI, outras métricas como Payback e Net Present Value (Valor Presente Líquido) - que considera a taxa de atratividade, têm sido cada vez mais utilizadas no setor. No cálculo do ROI, por exemplo, incluir os ganhos financeiros com o projeto, as despesas e os custos são requisitos indispensáveis para garantir um resultado assertivo.

Por que vale a pena calcular o ROI?

Principalmente no caso de novos projetos, o ROI é um meio de justificar o recurso investido, uma vez que comprova a existência do retorno financeiro. Isto significa mensurar os resultados e analisar o impacto para garantir a priorização. Neste caso, é importante utilizar quadrantes para medir a priorização, impacto e retorno, tempo e custo. Este processo permite identificar os projetos de alto impacto, alto retorno e baixo tempo e custo. Calcular o ROI não é uma tarefa fácil, pois, muitas vezes, demanda uma avaliação de custos ocultos. Por essa dificuldade, muito frequentemente, as instituições de saúde costumam elencar os benefícios qualitativos.

Benefícios qualitativos das ferramentas digitais na área da saúde

Certamente a área da saúde digital conta com diversos benefícios que podem ser explorados qualitativamente. As ferramentas digitais aplicadas à área da saúde trazem segurança ao paciente e qualidade assistencial, além de oferecer ao hospital maior eficiência operacional e redução de custo.

Ainda com relação às vantagens qualitativas, pode ser que, com a implementação de um novo projeto, ocorra uma melhoria clínica que se reverta, no futuro, em aprimoramento operacional, gerando retorno financeiro. Desta forma, é possível otimizar, por exemplo, a assertividade de um diagnóstico, evitar um evento adverso ou, até mesmo, reduzir o tempo médio de permanência do paciente no hospital, fatores que impactam diretamente o financeiro, uma vez que resultam em economia de diárias e aumento do giro de leito na instituição.

Os modelos de cálculo de retorno sobre o investimento buscam simplificar uma realidade complexa, já que o cenário de saúde e de medição de impacto de soluções digitais são bastante desafiadores. Alguns exemplos de medidas operacionais importantes incluem a redução do tempo de desfecho, da quantidade de erros ao longo da jornada de cuidado do paciente, além do aumento da segurança do paciente.

Vale ressaltar que no segmento da saúde todo o ecossistema está interligado, por isso, é essencial determinar o retorno em áreas críticas como clínica, operacional e financeira. O investimento em saúde digital não apenas promove um controle sobre todos esses aspectos, como garante ganhos significativos inclusive aos pacientes, que, ao final, são o objeto de preocupação prioritário de qualquer instituição de saúde.

 

Natália Cabrini - Diretora de Estratégia de Mercado e Vendas da Wolters Kluwer para a América Latina.

Planejamento estratégico da intralogística em ambiente 4.0

A logística interna (intralogística) integra todos os recursos para que as operações possam atingir as suas máximas capacidades instaladas, sem obstruções. 

Desta forma, seja por meio de um planejamento baseado na concepção ("greenfield") ou na correção ("brownfield"), um plano diretor de uma unidade fabril ou centro de distribuição deve avaliar como todos os recursos podem estar sincronizados pelo uso da TI (Tecnologia da Informação) e, mais recentemente, pelo monitoramento das operações nas Torres de Controle. 

Obviamente, tais iniciativas integram o planejamento estratégico de uma empresa, numa visão holística e integrada de curto, médio e longo prazo. Esta integração, que nos anos 1990 era muito mais demorada por envolver equipes e softwares não integrados, acelerou e hoje a tecnologia está muito à frente das próprias culturas organizacionais que, muitas vezes, não conseguem implementar as mesmas, pois não mais compreendem o Retorno Sobre os Investimentos (RSI) em tecnologia. 

Lembro-me do advento dos sistemas computacionais a partir da evolução do COPICS (Communications Operations Production and Inventory Control System), no final da década de 1970, quando iniciava uma drástica mudança com os Controladores Lógicos Programáveis (CLP's) e que avançaram na ciberrealidade da atual indústria 4.0. 

Hoje, conectar hardwares com softwares de máquinas de produção a hardwares e softwares de recursos da intralogística é algo necessário e que demanda planejamento de curto, médio e longo prazo. 

Por isso que planejar estrategicamente neste ambiente envolve análises de diferentes cenários, que nossas equipes de projeto estruturam com o auxílio de ferramentas que viabilizam "gêmeos digitais", cada vez mais importantes nos modelos que visam à otimização.

 

 

Reinaldo Moura - criador e fundador do Grupo IMAM (Instituto IMAM, IMAM Editora e IMAM Consultoria) e diretor técnico das Missões de Estudo ao Japão. Possui 50 anos de experiência profissional, com passagens em mais de 100 empresas. Pioneiro na introdução dos conceitos de Intralogística, Kanban, Housekeeping/5S, TPS/JIT/Lean Treinamento e Assessoria no Brasil. Publisher da Revista Logística desde 1980 (300 edições). Formado em Engenharia Industrial (FEI), em Engenharia de Segurança do Trabalho (FEI) e mestrado em Engenharia de Produção (Poli-USP). Ex-professor universitário: FEI, UMC, Mackenzie, Mauá etc. Autor de vários livros, sendo o mais recente “Uma Autobiografia dos meus primeiros 70 anos”.

 

A restituição do dinheiro aos investidores no caso GAS Consultoria

Recentemente, uma ação conjunta entre Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal denominada Operação KRYPTOS, com ampla cobertura midiática, encerrou as operações da GAS Consultoria, sob acusação dos responsáveis pela empresa supostamente cometerem crimes contra o sistema financeiro nacional. O caso chamou bastante a atenção, primeiramente pela quantidade de valores apreendidos, que ultrapassa os R$ 200 milhões. O destaque também se dá pelo ineditismo da operação, pois sabido é que, como a GAS Consultoria, no país existem milhares e constantemente a Justiça Federal declina sua competência, alegando que tal matéria, em virtude da não regulação do mercado de criptoativos, não geraria lesão ao sistema financeiro nacional e seria, portanto, de competência estadual. 

Casos envolvendo criptoativos atraiam a competência para a Justiça Federal apenas se tivessem base na oferta pública de contrato coletivo de investimento que consubstancia valor mobiliário, o que sujeitava o caso às disposições da lei que define os crimes contra o sistema financeiro nacional (lei 7.492/86). Os demais artigos que recaíram na acusação nunca foram levados em consideração. 

Com essa recente operação contra a GAS Consultoria, alimenta-se a esperança de que se abra o precedente e aplique o mesmo rigor a centenas de “piramideiros” que lesaram milhões de vítimas no país e ainda estão impunes. Espera-se que não seja uma iniciativa isolada, pois no caso da GAS Consultoria, até a operação ser realizada não existia por parte dos acusados lesão aos investidores, que deixaram de receber em virtude do impedimento gerado pelas medidas judiciais. Diante dessa situação, a grande dúvida dos investidores está relacionada com a devolução de seu capital, tendo em vista que o dinheiro dos mesmos estava em custódia justamente com a GAS Consultoria. 

É importante frisar que a acusação que recai sobre os envolvidos é a de funcionar como instituição financeira sem autorização, onde recebiam capital sob a promessa de pagar rendimentos aos interessados. Nessa linha, convém inicialmente destacar o disposto nos artigos 118 e 119 do Código de Processo Penal e artigo 91 incisos, I e II do Código Penal, que elencam o quanto segue: 


"Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo." 


"Art. 119. As coisas a que se referem os artigos 74 e 100 do Código Penal (atual artigo 91) não poderão ser restituídas, mesmo depois de transitar em julgado a sentença final, salvo se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé."

 

"Art. 91 - São efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)"

 

Com base nos artigos mencionados, o primeiro passo que deverá ser dado pelo grupo de investidores será a demonstração, em Juízo, que são terceiros de boa-fé e fazem jus ao direito ressalvado no inciso II do artigo 91, impedindo assim que seu capital fique para a União, como elencado no referido diploma legal. A presente demonstração é feita com base no artigo 120 do Código de Processo Penal, diretamente ao juízo criminal onde, mediante termo nos autos, os investidores deverão demonstrar que não existe dúvida quanto aos seus direitos. 

Mais uma vez, cabe alertar aos investidores que, além do disposto no artigo 91 do Código Penal, o artigo 122 do Código de Processo Penal também alerta quando não reclamado o direito, a possibilidade de se perder em favor da União, como demonstrado abaixo:  

 

"Art. 122. Sem prejuízo do disposto nos artigos 120 e 133, decorrido o prazo de 90 (noventa) dias, após transitar em julgado a sentença condenatória, o juiz decretará, se for caso, a perda, em favor da União, das coisas apreendidas (artigo 74, II, a e b do Código Penal) e ordenará que sejam vendidas em leilão público.

 

Parágrafo único. Do dinheiro apurado será recolhido ao Tesouro Nacional o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.


Na presente operação, os recursos que estavam em poder da GAS agora estão sob custódia do juízo da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, sendo o mesmo diante disso o caminho lógico para a restituição dos investidores."  

Deve-se frisar que se trata de medida a ser operacionalizada com urgência tanto por parte dos investidores quanto por parte das autoridades, pois em que pese ser um caso extremamente complexo pela grandeza, tal situação gerou uma catástrofe social econômica que extrapola os limites da região dos Lagos no Estado do Rio de Janeiro, pois milhares de pessoas que viviam dos supostos rendimentos das suas economias agora estão à míngua em um momento bastante complicado do país. 

Ante o exposto, convém destacar o brilhante Rui Barbosa para a importância da celeridade na decisão em relação aos terceiros de boa-fé, onde “ A justiça atrasada não é justiça; senão injustiça qualificada e manifesta”. Diante disso, que se solucione essa situação o quanto antes, para o bem de todos.

 


Jorge Calazans - advogado especialista na área criminal, conselheiro estadual da Anacrim e sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados, com atuação na defesa de vítimas de fraudes financeiras.


6 benefícios do consórcio para abrir empresa


Brasileiro gosta de empreender por, pelo menos, três motivos: realização de um sonho, ter renda extra e por não gostar da ideia de trabalhar para outra pessoa. Com a pandemia, podemos colocar um quarto item nesse ranking: a necessidade de trabalhar por ter perdido o emprego durante a crise e se reinventar foi, e é ainda, uma questão de sobrevivência.

 

Prova disso é que de acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, quase 83% dos empreendedores nascentes na pandemia afirmam que a motivação para iniciar o empreendimento foi a de ganhar a vida porque os empregos são escassos. Isso fez a taxa de empreendedorismo por necessidade dobrar em relação ao ano anterior e chegar a 53,9%, perdendo apenas para o índice registrado em 2002.

 

Contudo, um fator limitante, muitas vezes, é conseguir os recursos necessários para tirar os planos do papel, o que faz que nem sempre seja uma tarefa fácil. Por outro lado, as opções de compra parcelada, como financiamento, deixam a desejar por suas altas taxas de juros, tornando-se um desafio gigantesco para muitos gestores.

 

Uma maneira de abrir o próprio negócio de forma planejada é o consórcio. Confira as seis dicas da Lorelay Lopes, head de Negócios do UP Consórcios, fintech da Embracon, de como o recurso pode ajudar a realizar esse sonho:

 

1. Negociação flexível para abrir empresa - A flexibilidade do consórcio, bem como o baixo nível de burocracias, são fatores que favorecem os empreendedores brasileiros. Por exemplo, os que querem comprar um imóvel comercial. O consórcio permite que parte do valor da carta de crédito possa ser usada no pagamento de materiais e de mão de obra para reformas no espaço, que certamente podem acontecer. Além disso, é possível usar parte dos recursos adquiridos no consórcio para cobrir custos com o processo de escrituração e o pagamento de impostos, como o Imposto sobre a Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI);

 

2. Carta de crédito para abrir empresa - No consórcio, a carta de crédito é considerada um pagamento à vista, assim, para quem quer abrir empresa, tem a enorme vantagem do poder de negociação na hora de procurar, por exemplo, pelo imóvel comercial ideal para concretizar os planos. A versatilidade do consórcio torna tudo mais fácil, e assim o empreendedor poderá escolher a melhor maneira de aplicar seus recursos, seja na compra de um bem imobiliário ou na formação de capital de giro para a empresa;

 

3. Parcelas facilitadas - Criar um patrimônio é um processo que deve ser feito passo a passo. Nesse sentido, o consórcio é um facilitador que oferece a possibilidade de construir esse patrimônio a médio e longo prazos por meio do pagamento de parcelas flexíveis. Esse é um diferencial em relação às parcelas de um financiamento, onde os juros costumam dificultar a construção de um patrimônio. A matemática é simples: quem compra , por exemplo, o primeiro imóvel, pagando três imóveis ao banco, deixou de comprar dois. E pagar altos juros está fora de cogitação para quem quer começar a construir seu patrimônio;

 

4. Custos mais baixos para bens de grande valor - Bens de grande valor são, sobretudo, casas, apartamentos, terrenos, carros, que, sem dúvida, constituem a base de todo patrimônio. Um imóvel pode se tornar parte integrante do seu patrimônio a custos bem mais baixos do que um financiamento ou uma compra à vista pode oferecer. No momento, a compra de imóveis à vista é algo mais raro, acontecendo com mais frequência somente quando tratamos de uma troca de imóvel com uma pequena diferença de valor. De modo geral, para o restante da população, a solução é o financiamento ou o consórcio. Sabemos que os custos de um financiamento nem sempre são compatíveis com a renda do brasileiro (basta considerar outros compromissos financeiros). Independentemente do sistema de amortização escolhido (SAC, Price, SAM), os custos do consórcio serão bem menores. O motivo está diante da realidade de que o máximo que o consórcio cobra é a taxa de administração, diluída ao longo de todo o prazo do plano.

 

5. Segurança - O consórcio é um investimento regulamentado pelo Banco Central e é importante certificar-se de que a administradora está credenciada ao órgão para realizar o negócio. Devido à desvalorização da poupança, o consórcio tornou-se a maneira mais segura de poupar. O dinheiro fica guardado durante todo o processo, passa por reajustes e, ao final, o consorciado recebe sua recompensa na forma do bem almejado. Outra questão a considerar é que a carta contemplada, porém não utilizada, fica em um fundo de investimento de curto prazo, oferecendo rendimentos mensais. 

 

6. Flexibilidade - Não há burocracia no momento da adesão. Durante o período de consórcio, você poderá até trocar de carta de crédito: caso sinta que as parcelas pesam demais em seu orçamento, a opção é uma carta de crédito mais barata, podendo até vendê-la para outro consorciado ou pessoa interessada. Após ser contemplado, você poderá escolher o bem que quiser dentro da categoria do grupo escolhido (imóvel ou veículo), optar por um modelo mais barato de carro ou mais caro (completando a diferença); ou, outra opção, comprar outro tipo de veículo no lugar de um carro. Da mesma maneira, com o consórcio de imóvel: poderá comprar casa, apartamento, terreno ou chácara, em qualquer local que escolher. 

 

“São muitas as opções do consórcio para estruturar um negócio, como comprar um imóvel para sair do aluguel, construir e fazer reformas, adquirir um veículo ou frota, comprar máquinas e equipamentos, entre outras. Por isso, é importante planejamento e não ter medo de dar o primeiro passo rumo ao negócio de sucesso”, diz Lorelay.

  

Concurso PM-SP: inscrições começam nesta segunda-feira (25); saiba como se preparar

São oferecidas 2.700 vagas, com salário inicial de R$ 3.360,33; para especialista, Português terá maior peso na prova


As inscrições para o concurso da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PM-SP) estão abertas para os candidatos que disputam as 2.700 vagas oferecidas pela organização. O edital, publicado na última quinta-feira (21), exige apenas o Ensino Médio completo, sendo vigente para todas as regiões do estado. 

Os concurseiros poderão realizar as inscrições no site da banca organizadora, a Vunesp, até o dia 8 de dezembro. A prova objetiva, primeira etapa do processo seletivo, será realizada dia 06 de fevereiro de 2022. Ela é composta por 60 questões de múltipla escolha, além da redação discursiva, com duração de 5 horas de prova. 

As outras etapas ficam a cargo dos Testes de Aptidão Física, de caráter eliminatório, compostos por testes de corrida, resistência e força, além dos exames de saúde, psicológico, conduta social e de documentos. Segundo Daniel Lustosa, coordenador pedagógico do AlfaCon Concursos, durante esses meses de estudos, a preparação deve ser feita por meio da resolução de exercícios de provas realizadas anteriormente pela Vunesp.

Uma alternativa é estudar por materiais atualizados. Uma estratégia é procurar por cursos preparatórios que oferecem gratuitamente algumas apostilas e até mesmo aulas ao vivo. “Há muito conteúdo sendo transmitido, ao vivo, pela internet por professores ou cursos preparatórios”, afirma. 

Para ele, esse método permite treinar diretamente para a prova ao aplicar todo o repertório adquirido nos estudos. “É uma maneira de transformar as informações obtidas pelos livros e vídeoaulas na internet de maneira passiva para ativa, facilitando a assimilação e memorização dos conteúdos”, explica.


Como será a prova objetiva

A prova objetiva será de múltipla escolha com 60 questões, divididas entre as disciplinas de Língua Portuguesa (20), Matemática (15), Conhecimentos Gerais (15), Informática (05) e Administração Pública (05). Levando em conta a proporção de temas, Lustosa aconselha destinar mais da metade do tempo para as matérias de Língua Portuguesa e Matemática, que correspondem a quase 60% do exame.

“Monte um cronograma de estudos de acordo com as áreas de conhecimento. Se a pessoa trabalha, pense em uma rotina entre duas a três horas de estudo por dia. Leve em consideração a proporção de temas que serão cobrados na prova”, explica.

A ideia é poder estudar cerca de dois ou três assuntos por dia. No começo, estabeleça metas e prazos curtos. Isso vai ajudar a ter a percepção de progresso e a evitar frustrações que podem minar a motivação ao longo do tempo.

Conversar com outros concurseiros que vão realizar a prova também pode ser uma boa ideia. “Compartilhar dicas, sugestões de estudo, experiências de outras provas já realizadas pode amadurecer esse estudante que ainda está começando”.


AlfaCon

www.alfaconcursos.com.br


Black Friday: advogado ensina como evitar fraudes

Especialista em direito do consumidor orienta sobre preço, uso do cartão de crédito e Pix


Novembro tem se tornado o mês das promoções. Mas, a data mais aguardada pelo consumidor e também pelo varejista é a Black Friday, que, neste ano, acontece no dia 26. Para aproveitar a sexta-feira de descontos, sem cair em golpes, é preciso cuidado.

O estudo feito pela Behup - Pesquisa Retomada do Consumo 2021 para Inteligência de Mercado Globo - revela que 70% dos brasileiros são atraídos para a Black Friday pelo baixo valor das mercadorias. De acordo com o professor universitário e advogado Fabricio Posocco, do escritório Posocco & Advogados Associados, o problema pode estar na maquiagem de preço.

“O consumidor deve monitorar o preço do produto ou serviço antes da sexta-feira de descontos. Se perceber um aumento inesperado nos dias que antecedem a Black Friday e uma baixa para o valor original no dia da ação, a loja deve ser denunciada ao Procon”, informa Posocco.

Segundo o advogado especialista em direito do consumidor, a mesma regra vale para o frete. “A empresa que reduz o valor do produto e compensa o desconto elevando o valor do frete, pode ser multada pelo órgão de defesa do consumidor”.

PAGAMENTO

A pesquisa Black Friday 2021, realizada pela Conversion, mostra que a expectativa é que 52% das vendas sejam pagas com cartão de crédito, seguidas de dinheiro em espécie (11,11%) e Pix (10,83%).

Para quem pretende usar o cartão de crédito em compras online, Fabricio Posocco orienta utilizar em lojas com boa reputação e não salvar os dados do cartão em sua conta no estabelecimento escolhido.

“Em loja física, cubra o código de segurança, conhecido como CVV. No momento do pagamento, não perca de vista o seu cartão e só digite a senha se o valor a ser pago estiver correto no visor da máquina”.

Para garantir maior segurança ao usuário do Pix e inibir a ação de criminosos, o professor explica que o pagamento deve ser feito sempre no aplicativo ou no site oficial do banco. “Após a transação, desconecte o aplicativo financeiro e mantenha o celular bloqueado com senha ou biometria”.



MEUS DIREITOS

Quando a loja anuncia um produto com um preço errado, isto é, abaixo do que deveria, o consumidor tem o direito de comprar o produto pelo valor anunciado. “O comerciante é responsável por arcar por qualquer oferta comunicada em encartes, folhetos, posts ou outros tipos de mídias”, esclarece Posocco.

Se o prejuízo for de ordem financeira e estiver relacionado a vazamento de dados, o banco é responsável por ressarcir o cliente. Na Justiça, as ações relatam que os criminosos quando entram em contato com a vítima já possuem informações pessoais, bancárias e até de chave Pix.

“Ao perceber que caiu em um golpe ou teve o aplicativo do banco invadido, a pessoa deve entrar em contato com a instituição financeira e pedir o bloqueio dos valores. Em seguida, deve fazer um boletim de ocorrência na delegacia física ou eletrônica”, ensina Fabricio Posocco.

O banco também pode ser condenado, quando não resolve o problema do cliente, que avisa a instituição de que efetuou pagamento pelo Pix e percebeu que a transferência não foi realizada.



Posocco & Advogados Associados

www.posocco.com.br


Emanuelle Oliveira (Mtb 59.151/SP)


Como viabilizar a solidariedade como ‘nova’ constante nas ações nas esferas pública e privada?

 

A construção de uma sociedade solidária é um dos objetivos do Brasil, segundo a Constituição da República de 1988. Entretanto, está certo afirmar que a solidariedade costuma se fazer mais presente no país apenas quando algo muito grave acontece e depois volta a dormir no texto legislativo?

Talvez ocorra maior visibilidade de alguns casos de solidariedade, passando desapercebidos outros tantos "pequenos" atos do dia a dia da vida de inúmeros brasileiros que se engajam em gestos que podem estar: (a) salvando vida de pessoas; (b) auxiliando na promoção de vidas dignas; e (c) gerando bem-estar para muitos.

Esse engajamento, que emana da essência do humano que vê no outro alguém igual em dignidade, deve ser o mais valorizado possível e, assim, comprovar que é possível que a solidariedade seja uma constante nas ações tanto na vida privada quanto na esfera pública; aliás, deve ser a essência desta, uma vez que voltada ao bem comum.

Quais os benefícios de uma solidariedade cotidiana? Como exposto acima, a solidariedade é fonte de vida, de dignidade e bem-estar ao destinatário do ato e, também, para quem pratica; este também se beneficia. Os níveis aumentados de bem-estar e felicidade gerados naquele que apoia outrem já foram comprovados cientificamente.

Por óbvio que cada pessoa poderá auxiliar outra a partir de uma análise prévia de sua condição ou do reconhecimento das funções que exerce, sendo este o convite que agora se faz: no exercício diário de planejamento de vida, que tal incluir minutos de reflexão sobre como ser mais solidário?

Nesta análise, é importante ponderar o impacto dos pequenos atos, reconhecer o que já está sendo feito e verificar se é possível melhorar ou ampliar estes, além de estimular nos outros ações similares. Se a solidariedade faz parte com especial destaque em sua função, reconheça o mérito e o valor disso e saiba o quanto é um agente de transformação da realidade.

Então, aqui se afirma a importância de ações com esse perfil para que não só esse ano, que já está um pouco "avançado", mas também todos os próximos, sejam de humanidade com foco em consideração, empatia, compaixão... enfim, de tudo quanto possível para a realização daquele objetivo.




Aline da Silva Freitas - doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade de São Paulo e professora de Direito Público da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.

Golpes na área da saúde motivam cientistas da USP a criar tecnologia para aumentar segurança de dados

Pesquisadores estudam como utilizar a blockchain, banco de dados compartilhado e imutável, para garantir a integridade das informações e reduzir cibercrimes


De repente, seu celular toca. O visor indica um número estranho, mas você atende por imaginar que receberá notícias de um familiar internado há alguns dias no hospital. Do outro lado da linha, alguém se apresenta como integrante da equipe médica e informa que você precisará efetuar um depósito para a realização de certo exame urgente fora da cobertura do SUS. Assim começa um golpe que já fez vítimas em cidades como São Carlos, Araraquara, Fernandópolis e Itajubá, e que motivou pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, a buscar maneiras de aumentar a segurança da informação na área da saúde utilizando blockchain, um banco de dados compartilhado e imutável.

“Li em jornais e assisti a várias reportagens na TV sobre esse golpe”, relata Jó Ueyama, professor do ICMC que tem orientado diversas pesquisas na área de proteção de dados. “Nesse caso, os golpistas tiveram acesso ao nome do familiar, ao número do celular e ao procedimento. Com a blockchain, podemos rastrear quem acessou, que horas e para qual finalidade. Assim, é possível identificar quem repassou os dados para os golpistas, além de incentivar o acesso com maior responsabilidade”.  

Ueyama explica que o vazamento de informações de pacientes da Unimed, em 2019, também serviu de estímulo para os estudos, assim como o aumento de ataques de cibercriminosos a hospitais e empresas de saúde durante a pandemia. De acordo com o último relatório da IBM Security, o setor foi o sétimo mais atacado por hackers no mundo, somando 6,6% dos golpes em 2020, quando o FBI chegou a emitir alertas e uma mulher de 78 anos faleceu na Alemanha após ter sua ambulância desviada porque o hospital para o qual seria enviada estava sob ataque virtual.  

Na prática – “Hoje, o próprio responsável pela área de tecnologia da informação de um hospital pode alterar a base de dados, o servidor central pode sobrecarregar e, em caso de ataque, os dados podem ficar indisponíveis. Com a blockchain, temos um centro de dados distribuído, não um único ponto de falha”, afirma Rodrigo Dutra Garcia, mestrando em Ciência de Computação e Matemática Computacional no ICMC. 

Como uma corrente cronológica de blocos de dados, a blockchain não possui uma entidade central para regular a adição de informações e diferentes participantes da rede podem consultar as inclusões. Cada novo bloco só pode ser incluído após o cumprimento de regras específicas e, se alguém tenta adulterar os dados, um “efeito avalanche” destrói a cadeia. Esse mecanismo impede fraudes ao garantir a confiabilidade dos dados, mas, como prevê a disponibilidade das informações para outros integrantes da rede, requer ajustes em relação à privacidade. E foi justamente esse o foco da dissertação de mestrado de Erikson Júlio de Aguiar. Ele propôs um modelo de compartilhamento de imagens médicas usando a blockchain acrescida de uma camada de anonimização. 

“Imagens médicas são dados muito utilizados para a extração de conhecimento e auxiliam na tomada de decisão médica a partir de diagnósticos mais acurados”, justifica Aguiar. O problema é que essas imagens e seus metadados – conjunto de informações sobre a foto, como detalhes técnicos, horário e local de captura –, quando cruzados com informações disponíveis em sistemas com dados públicos, podem permitir a identificação dos pacientes. “A blockchain provê a pseudo-privacidade que, para algumas aplicações, como bitcoin, pode ser interessante. Para a área da saúde, no entanto, isso não é suficiente devido à sensibilidade dos dados. Assim, é necessário combinar outros métodos para melhorar a privacidade”, complementa. 

Outra aplicação possível está ligada à prescrição de medicamentos, tema da pesquisa que Garcia desenvolve em parceria com o professor Gowri Ramachandran, da Queensland University of Technology, na Austrália. A tecnologia blockchain permite que médico, paciente e farmacêutico tenham acesso digital à receita e garante a inviolabilidade do documento. Pelo modelo, o paciente tem acesso a seu histórico sempre que quiser, enquanto os profissionais podem consultar essas informações apenas na prescrição ou na venda. A ideia, com a permissão ao acesso pontual, é evitar vendas em duplicidade e dificultar a comercialização de quantidades erradas, já que a inclusão da transação na cadeia fica condicionada à adequação à receita. “Não adianta ser amigo de alguém do hospital ou o farmacêutico querer vender duas caixas no lugar de uma”, exemplifica Ueyama.

Desafios – Como uma tecnologia nova, a blockchain traz desafios. A falta de capacitação e de padrões universais; o custo e tempo necessários para o processamento descentralizado das informações e a aceitação da ausência de um único centro de armazenamento são alguns deles, mas os pesquisadores estão confiantes em seu potencial. “Se essa solução se adaptar, resolveremos parte dos problemas de comunicação entre hospitais, médicos e pacientes”, finaliza Garcia. 

 


Stefhanie Piovezan - para a Assessoria de Comunicação do ICMC/USP


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