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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Palavra de especialista: médico comenta 9 sinais pouco conhecidos de câncer de cabeça e pescoço

A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e pescoço e o Instituto Nacional de Câncer, estimam que até o final deste ano, de 40 a 50 mil brasileiros vão receber o diagnóstico da doença

 

O mês de julho já acabou, mas a conscientização e combate ao câncer de cabeça e pescoço precisa continuar. Pensando nisso, o médico especialista em cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital Anchieta de Brasília, Pedro Tolentino elencou nove sintomas que podem indicar esse tipo da doença e oferecer mais chance de tratamento precoce e cura. Confira:

- Lesões (Aftas) na boca que não cicatrizam por mais de duas semanas (14 dias)

- Dor para deglutição (Odinofagia)

- Dificuldade para deglutição (Disfagia)

- Sensação de corpo estranho em garganta (espinho de peixe)

- Rouquidão que não melhora com duas semanas (Disfonia)

- Falta de ar (Dispneia)

- Otalgia acima de 40 Anos (Principalmente em tabagistas e etilistas)

- Nódulos em pacientes acima de 40 Anos (principalmente em tabagistas e etilistas)
- Etilismo principalmente com destilados fortes (whisky, pinga , vodca, Gin)

O médico destaca que mesmo com a pandemia e os cuidados com o novo Coronavírus, é imprescindível procurar um profissional qualificado para que possa ser realizada uma avaliação adequada e diagnóstico correto de preferência em estágio inicial. "O tratamento nas fases iniciais da doença confere excelentes resultados, com grandes possibilidades de cura, pois o tempo é extremamente importante, pois ao se fazer o diagnóstico precoce, as chances de cura são muito maiores", finaliza.


Na pandemia de covid-19, o número de casos de miopia em crianças aumentou, revela pesquisa inédita do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

 

Durante a pandemia de covid-19, aumentou o número de casos de crianças com diagnóstico de miopia no País, bem como foi registrado o avanço do problema em pacientes já em acompanhamento. Estas são percepções reveladas a partir de pesquisa inédita realizada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). O estudo, baseado em informações colhidas junto aos especialistas no atendimento dessa população, revela o impacto do coronavírus na saúde ocular da população infanto-juvenil.

Durante esse período de emergência epidemiológica, de acordo com 71,9% dos oftalmologistas entrevistados cresceu a quantidade de pacientes com idades de 0 a 19 anos com diagnóstico de miopia. Para 75,6% dos especialistas, essa situação tem como causa principal a exposição das crianças e dos adolescentes às telas dos aparelhos eletrônicos, seja por conta do ensino à distância, seja em atividades de lazer, como assistir televisão ou jogar videogames.

Essa situação exige que a exposição dos jovens às TVs, smartphones, tablets e computadores seja reduzida, afirmam os 98,6% oftalmologistas brasileiros. A recomendação é reduzir esse tempo diante das telas e também buscar atividades externas como forma de prevenir a miopia. Na avaliação de 43,2% dos especialistas, os jovens devem ter pelo menos duas horas de práticas off-line por dia. Outros 31% recomendam uma hora e 8% um mínimo de 30 minutos por período. No entanto, na percepção de 7,7% seriam necessárias ao menos três horas diárias longe das telas.

Para o coordenador da pesquisa, Fábio Ejzenbaum, que é especialista do CBO e presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), temos uma epidemia de miopia e para contê-la, além da redução do uso de telas, é preciso também cuidado com os fatores ambientais. "É comprovado que se você ficar em média pelo menos duas horas em ambiente externo sua chance de ser míope pode ser reduzida em até 40%. O sol libera neurotransmissores que fazem o olho crescer menos. Por isso, recomendo menos telas e mais atividades ao ar livre, como jogar bola e andar de bicicleta. Não é tomar sol no olho, mas ficar em ambiente externo é muito importante. Atividade ao ar livre reduz a progressão da miopia", salienta.


Preocupação - Os dados foram coletados entre abril e junho deste ano, junto a 295 oftalmologistas. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) considera a situação preocupante, pois revela que as mudanças de hábitos geradas pela pandemia estão afetando a saúde ocular dos jovens, com possibilidade de complicações no futuro. Isso ocorre porque o diagnóstico de miopia aponta uma situação de "fragilidade do olho" que pode avançar na forma de outras doenças, como descolamento de retina, catarata e glaucoma, que leva à cegueira. "Como na miopia o comprimento do olho é maior, é como se todas as estruturas oculares estivessem mais esticadas, alargadas. É um olho que tem um risco estatístico, a partir de 5, 6 graus de miopia a ter chances de problemas graves oftalmológicos, como estrabismo em adultos, entre outras doenças", explica Ejzenbaum.

O caminho apontado para contornar este problema está no reforço às medidas de prevenção. Além da redução no tempo de exposição às telas e o estímulo à prática de atividades ao ar livre, os oftalmologistas consideram importante que pais e professores fiquem atentos ao comportamento das crianças e adolescentes para encaminhá-los para avaliação médica de forma precoce.

Sinais como queda no rendimento escolar, mudança de comportamento social, apertar/fechar os olhos para ver objetos ou ler e mesmo se aproximar para identificar letreiros, situações ou objetos podem sugerir a existência de problemas. Com o diagnóstico, o paciente poderá iniciar o tratamento para controlar o transtorno.

O presidente do CBO, José Beniz Neto, acredita que o diagnóstico precoce da miopia, assim como de qualquer outro problema, seja ele estrutural ou de doença, tem melhor desfecho quanto mais cedo for descoberto. E aconselha como os pais e responsáveis devem se comportar diante da suspeita de um caso de miopia entre os filhos e qual o papel do médico oftalmologista neste processo.

"Os pais são os primeiros que podem detectar sinais e sintomas de baixa acuidade visual. Assim como os professores, em suas funções de reconhecimento de erros refracionais, os pais ao reconhecer tais atitudes dos filhos, devem imediatamente marcar uma consulta com médico oftalmologista para que seja feito o diagnóstico e o tratamento de possíveis problemas visuais. Esse profissional tem papel fundamental em reconhecer erros refracionais e fazer a prescrição de lentes ou associar a pretensa baixa de acuidade visual a outros problemas de saúde do olho, que não sejam apenas ametropias, ou seja, defeitos de correção dos graus de óculos", explica.


Políticas - Os cuidados com a prevenção são importantes, mas o CBO entende que o enfrentamento da miopia depende de ações apoiadas pelo Governo, em suas diferentes instâncias de gestão. Por isso, busca interlocução com os Ministérios da Saúde e da Educação para desenvolver estratégias que atinjam as crianças e os adolescentes em casa e na escola.

A proposta, que inclui o treinamento ou capacitação dos professores para a triagem de casos suspeitos em sala de aula, prevê parcerias com o Sistema Único de Saúde (SUS) para o aproveitamento das agendas livres nos consultórios privados. O CBO estima que um acordo neste sentido pode permitir o atendimento de cerca de 15 milhões de pessoas.

"O CBO, através de suas gestões anteriores, sempre lutou para que o atendimento oftalmológico da população brasileira fosse contemplado na atenção primária de saúde. Assim, buscamos sempre parcerias com os ministérios, como o Ministério da Saúde, para desenvolver estratégias que possam viabilizar o atendimento da nossa população na atenção primária. No momento, o CBO possui o programa Brasil que Enxerga e negocia com o Ministério da Saúde a possibilidade de inclusão da oftalmologia nesse tipo de atendimento", diz Beniz Neto.


Visão - A miopia é um erro de refração bastante comum. Ela acontece quando a imagem se forma antes da retina. A sua principal característica é a visão embaçada, que impede de enxergar com clareza o que está longe. Em alguns casos também pode provocar cansaço visual e dores de cabeça.

De acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 2,6 bilhões de pessoas convivem com a miopia em todos os países. Dessas, 59 milhões estão no Brasil. A projeção é de que em 2050 metade da população mundial pode ser afetada pelo problema.

Entre as causas da miopia, a herança genética é apontada como principal. Porém, hábitos ou o ambiente podem também influenciar em sua manifestação. Trata-se de uma doença cercada de mitos, que influenciam na forma como as famílias se relacionam com diagnósticos dentro de casa.

"O aparecimento ou desenvolvimento da miopia ocorre devido ao aumento, mesmo que milimétrico, do diâmetro ântero-posterior do olho. Isso ocorre mais em crianças, adolescentes e adultos jovens. Essa concentração em telas de aparelhos eletrônicos promove a liberação de agentes químicos no interior do olho que pode levar a esse aumento do globo ocular e consequente acréscimo na miopia. Há de se dizer que o principal fator da presença da miopia no ser humano é sua herança genética. Porém, alguns hábitos, como a questão da leitura em excesso, podem influenciar e aumentar a sua manifestação", afirma Beniz.


Mitos - Uma percepção incorreta é de que o uso de óculos pode piorar o problema. No entanto, este acessório é fundamental para corrigi-lo, assim como as lentes de contato. A cirurgia refrativa, outra alternativa de tratamento, só pode ser realizada após os 18 anos. "Os óculos são fundamentais para aliviar o desconforto da baixa acuidade visual e devem ser utilizados quando a pessoa tem o problema", enfatiza Cristiano Caixeta Umbelino, vice-presidente do CBO.

O consumo de cenoura é outro mito sobre miopia. Apesar de ser rica em betacaroteno, que é muito importante para a saúde dos olhos e do organismo como um todo, esta hortaliça não cura ou impede o avanço do comprometimento da visão. Também não é verdade que exercícios oculares resolvem o problema. A fisioterapia ocular atua nos músculos dos olhos, que nada têm a ver com a miopia.

"Notícias falsas são sempre um problema para deturpar a informação adequada que o ser humano deve seguir como pauta de ações em sua vida. Especificamente sobre a ingestão da cenoura, realmente é um mito achar que comer muita cenoura vai resolver o seu problema. Porque o organismo precisa apenas daquela quantidade de vitaminas e substâncias essenciais para o funcionamento dos nossos órgãos, de acordo com o que é absorvido pelo nosso intestino e passado para as outras partes do nosso corpo. Então, deficiências vitamínicas graves, sim, são problema. Mas, normalmente isso não ocorre em pessoas saudáveis, que têm uma alimentação normal e adequada", desmitifica Umbelino.


Aleitamento materno para crianças traz benefícios à saúde bucal

 

Amamentação é essencial para um bom desenvolvimento nos primeiros anos de vida


A amamentação é a base da alimentação e da saúde de toda criança em seus primeiros anos de vida. O aleitamento materno fornece os nutrientes necessários para a criança crescer e desenvolver uma boca saudável.

Além disso, o aleitamento é um importante fator para a maturação e o aumento da musculatura oral, promovendo o crescimento do sistema estomatognático, isto é, o conjunto de estruturas bucais, preservando suas funções vitais como a sucção, mastigação, deglutição e respiração.

Para a cirurgiã-dentista Sylvia Lavínia Martini Ferreira, presidente da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), há diversos fatores determinantes (culturais, sociais e econômicos), que fazem a mulher e sua família optarem pelo aleitamento materno.  “Deve haver o envolvimento de vários setores da sociedade, desde diretrizes legais e políticas, proteção legal de apoio às mulheres que trabalham e amamentam, até a formação adequada de profissionais para qualificar a atenção dos serviços de saúde”, comenta.

Para chamar a atenção para esta importante iniciativa de saúde pública, entre 1º e 7 de agosto é celebrada a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM), que neste ano traz o tema “Proteja a amamentação: uma responsabilidade compartilhada”. A iniciativa foi criada pela Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, sigla em inglês) e tem apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os cirurgiões-dentistas têm papel fundamental no apoio e promoção do aleitamento materno. Por meio de consultas regulares, que devem iniciar antes mesmo do nascimento do bebê, os profissionais da saúde bucal podem orientar as famílias no desafio de melhorar as práticas com relação ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável, sempre destacando os seus benefícios.

“A amamentação previne também a má oclusão e a cárie dentária, por retardar a introdução de alimentos cariogênicos na dieta do bebê”, completa a cirurgiã-dentista.

A OMS e o Ministério da Saúde orientam que a amamentação seja exclusiva até 6 meses e complementada até 2 anos ou mais. Após os seis meses deve-se iniciar a introdução alimentar adequada, com alimentos in natura ou minimamente processados e manter a amamentação.De acordo com os resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) do Ministério da Saúde, os índices de aleitamento materno melhoraram. Após avaliação de 14.505 crianças menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020, foi constatado que mais da metade (53%) das crianças brasileiras continua sendo amamentada no primeiro ano de vida. Ainda assim, é uma taxa que precisa alcançar índices maiores, atingindo cada vez mais crianças e famílias, a fim de ampliar seus benefícios.

 

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br 


Carboidratos de lenta absorção ajudam no controle da glicemia

A substituição do açúcar pela isomaltulose ajuda a controlar o nível de glicose no sangue e promove saciedade por mais tempo


Muitas vezes vistos como vilões na alimentação, os carboidratos são uma das principais fontes de energia para o corpo e essenciais na alimentação. No entanto, esse é um nutriente que afeta bastante a glicemia, uma vez que o açúcar nele presente termina sendo convertido em glicose. A questão é em quanto tempo essa conversão acontece, que pode variar de 15 minutos a 2 horas. Tudo depende do tipo de carboidrato ingerido.

Existem dois tipos de carboidratos, os carboidratos simples (de digestão rápida) elevam muito mais a glicemia do que alimentos com digestão mais lenta, também chamado de carboidratos complexos. "Os carboidratos simples, ou carboidratos refinados, são aqueles que possuem um menor conteúdo de fibras e, portanto, podem ser mais facilmente digeridos pelo nosso organismo. Com isso são absorvidos de forma mais veloz o que gera um pico de glicose mais pronunciado. Por conta disso apresentam um índice glicêmico mais alto. Alimentos com IG mais elevado, de maneira geral, devem ter seu consumo mais controlado por pessoas com excesso de peso, pré-diabetes e diabetes", explica o endocrinologista Roberto Zagury, Coordenador do Departamento de Diabetes, Exercício e Esporte da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).

Outro ponto que o endocrinologista destaca é o fato de os carboidratos simples terem a tendência de ter um teor mais baixo de vitaminas e minerais. São mais pobres do ponto de vista nutricional. Por outro lado, os carboidratos complexos, funcionam de forma oposta: apresentam índice glicêmico mais baixo, melhor composição em termos de micronutrientes, vitaminas e minerais bem como maior conteúdo de fibras o que dificulta o seu surgimento na corrente sanguínea.

Por isso que, quando ingerimos carboidratos simples, nossa saciedade dura pouco tempo, comparado à ingestão dos carboidratos complexos. Para quem tem Diabetes essa questão é mais perigosa, uma vez essa injeção rápida de açúcar no sangue pode causar problemas à saúde, provocando um pico de glicose no sangue.

Para estas pessoas, mesmo as frutas precisam ser consumidas com moderação, pois o açúcar presente nelas, conhecido também como frutose, deve ser consumido em quantidades bem moderadas. Sendo assim, sempre que possível, é interessante substituir açúcares (sacarose, frutose, glicose e lactose) por outros carboidratos de digestão lenta. A isomaltulose é um exemplo de carboidrato de absorção lenta e com baixo índice glicêmico, considerado um excelente substituto da sacarose, frutose, glicose, lactose e maltodextrina em produtos para diabéticos e pessoas com resistência à insulina.

"A isomaltulose é um tipo de carboidrato de baixo índice glicêmico desenvolvido a partir da beterraba e que apresenta um perfil de absorção lento e que pode auxiliar a controlar a glicemia de pessoas com diabetes e pré-diabetes. Ajuda a evitar tanto as hiperglicemias (elevações exageradas de glicose após a alimentação) bem como as hipoglicemias. Por estas razões, vemos hoje uma tendência de se incorporar a isomaltulose na formula dos suplementos específicos para pessoas com diabetes. Os suplementos mais modernos tendem a tê-la na composição", diz Zagury.

Um exemplo é o NUTREN® Control, lançamento da Nestlé Health Science (NHSc), unidade da Nestlé voltada para o desenvolvimento de soluções de saúde e alimentação. A novidade conta com uma fórmula exclusiva, cuja composição nutricional é superior às já existentes no mercado: possui carboidratos de lenta absorção (isomaltulose e amido de tapioca), que auxiliam no controle glicêmico, 15 gramas de proteína, sendo a fonte proteica caseína e whey protein, além de ômega-3 e fibras. O produto também é zero lactose, podendo ser consumido pelos intolerantes à substância.

O gosto da isomaltose é muito parecido com o sabor do açúcar e seu poder adoçante é cerca de metade da sacarose. A isomaltulose é inclusive muito usada por praticantes de atividades físicas, pois dispara a glicose aos poucos no organismo, mantendo o corpo com energia durante todo o exercício.

 

Nestlé


Inverno exige atenção com os olhos

Oftalmologista alerta da importância de não se esquecer dos cuidados com a saúde ocular na estação mais fria do ano. Especialmente por conta da diminuição de umidade do ambiente e da exposição ao vento, as conjuntivites alérgicas, virais e a síndrome do olho seco são os problemas que mais se intensificam


A estação mais fria está apenas começando e junto dela, o ar seco, um já conhecido vilão da saúde. A maioria das pessoas acaba focando e preocupando-se exclusivamente com os problemas respiratórios e com a famosa gripe. Essa tendência é ainda mais forte em tempos de Covid-19. Não que seja errado, mas, por outro lado, faz com que problemas dermatológicos e as doenças oculares fiquem, muitas vezes, em segundo plano.  

Segundo Dra. Anelise Nomura, oftalmologista e diretora médica da Alpha Diagnose, as complicações oculares no inverno podem ser tão delicadas quanto as de cunho respiratório e precisam ser tratadas. As conjuntivites alérgicas, virais e a síndrome do olho seco são as doenças com mais chances de intensificarem-se na estação mais fria do ano. 

Seus maiores vilões são a baixa umidade do ar e, consequentemente, o clima seco. Tanto que as doenças oculares no inverno tem maior incidência em regiões mais frias, como no sul do país. Isso ocorre porque, além de provocar maior concentração de poluentes – agentes que prejudicam sensivelmente a saúde visual -, esses dois fatores também contribuem para a evaporação da camada aquosa da lágrima. O resultado é a diminuição da lubrificação natural de nossos olhos. 

A síndrome do olho seco, por exemplo, tem como sintoma o olho vermelho e irritação ocular, exatamente pela falta de lubrificação. No caso da conjuntivite alérgica, ela pode vir simulando ou mesmo mascarando uma conjuntivite viral, que é transmissível, demandando assim um tratamento diferenciado, como o isolamento do paciente.  Pacientes que sofrem de rinite alérgica e sinusite crônica ou que coçam muito o nariz, tendem a ter uma alteração mais importante de conjuntivite alérgica, por isso devem redobrar o cuidado. 

“Como as demais doenças oculares, se não tratadas no tempo certo essas patologias podem causar consequências, como a evolução para uma conjuntivite mais crônica, de difícil tratamento. Já o olho seco, por exemplo, pode levar à incidência de uma úlcera corneana”, explica a oftalmologista. 

O tratamento depende do diagnóstico feito pelo oftalmologista, das causas e da gravidade, sempre olhando individualmente. Porém, no caso da síndrome do olho seco, saber o fato motivador é bem importante. Pois, existem  situações em que a causa é reumatológica, em outras por conta de um pós-operatório e, claro, em decorrência do tempo seco. Na maioria das vezes, o tratamento é feito com a aplicação de um colírio lubrificante, prescrito pelo médico conforme a necessidade do paciente. 

O mesmo vale para a conjuntivite alérgica, que além do tempo, pode ter como causa, ácaro, pólen, entre outros. O uso do colírio antialérgico é a indicação mais comum, mas em algumas situações é necessário um tratamento sistêmico com o otorrino.

“É bem importante lembrarmos que, como em tudo em nossa saúde, a prevenção é o melhor remédio. Mas, quando elas acontecem, procurar um oftalmologista é a saída mais segura, especialmente, para evitar confusão do diagnóstico, já que os sintomas são os mesmos em variadas situações. Outra dica importante, que ajuda a prevenir não somente as doenças oculares comuns no inverno, mas também outras, como a própria Covid-19, é não colocar as mãos nos olhos e lavá-las sempre antes de qualquer contato com a região ocular”, enfatiza.


Quem quer viver para sempre? Na verdade, mais e melhor!

Imaginem que existe um cidadão – chamado João – que foi ao médico num programa da sua empresa e descobriu que seu exame de colesterol estava no limite e sua glicemia (o açúcar no sangue), também. Além disso, o seu Índice de Massa Corpórea (IMC) nunca tinha sido bom.

Mas nada que justificasse, até então, um tratamento com remédios. O médico, assim, acabou aconselhando, novamente, a prática de exercícios e recomendou que João emagrecesse. Acontece que João passava por consulta já havia muito tempo e, definitivamente, não conseguia – nem emagrecer, tampouco melhorar os seus índices.

João tem um pai com problemas de coração, que sofreu infarto ainda jovem, e um avô que morreu de AVC, além da mãe, que tem hipotireoidismo e tratou de um câncer de mama. Na verdade, João só se incomodava com uma doença autoimune que manchava suas mãos, o vitiligo, além de uns eczemas no rosto.

João é um cara bacana: ama churrasco e uma cervejinha, adora sorvete de chocolate ao leite, come algumas verduras de vez em quando e toma um energético para pegar seu plantão em uma empresa de TI, em que trabalha à noite. A barriguinha sobressalente é o charme de João. Sua namorada Maria está seguindo seus passos, e nos seus dias juntos, vai com ele comer uma pizza ou um “dogão” – é a diversão deles.

Com apenas 35 anos de idade, João já está cheio de cabelo branco e as rugas também ‘printam’ sua face. Ele tem dificuldade para subir a escada do trabalho e fica muito ofegante no último degrau. Sua pressão está sempre “altinha”, como diz o farmacêutico da esquina de sua casa – João sempre vai lá para medir a pressão, comprar umas balinhas de menta e o energético, ou analgésico nas crises de dor de cabeça após tomar café.

João um dia chegou para um amigo nutricionista e contou seu dia a dia. Esse nutricionista participava já há um tempo de um grupo de estudos que tinham alguns médicos, biólogos, farmacêuticos e até educadores físicos. Ele disse a João que ele estava ‘inflamado’ e seus caminhos não seriam legais com esse perfil físico, exames e comportamento de vida, que para João, eram totalmente normais. Foram várias conversas até conseguir mostrar que aquilo que parecia normal, seus exames, seus sinais e sintomas, na verdade eram reflexo da falta de saúde e futuras doenças graves, à semelhança de seus familiares.

Seu amigo ‘nutri’ contou a João que já existe disponível, hoje, uma inteligência que poderia ajudar João a viver mais e melhor – e até possivelmente reduzir seu envelhecimento. Disse a João que ele poderia conhecer seu DNA e que havia um grande ‘órgão’ em seu corpo, que a maioria desconhece, chamado microbioma.

Contou a João que o microbioma pode estar associado a depressão e doenças do cérebro, podendo até nos ajudar a emagrecer enquanto dormimos. Que, na verdade, nós não somos o que nós comemos, mas sim o que nosso microbioma, por nós selecionado, come.

A essa altura, João já havia se conformado que seria, como seus antepassados e a exemplo seus pais e avós, diabético, hipertenso e possivelmente teria de passar por algum perrengue num hospital – era seu destino.

João, escutando o ‘nutri’, num lampejo, decidiu ter as informações que poderiam mudar seu destino. Essa tal ‘inteligência’, da saúde 360, que o ‘nutri’ oferecia – era muito mais que um tratamento médico, não era sobre doença, era sobre saúde!

Imaginem só: João juntou uma graninha e fez seu estudo de DNA (colheu com um cotonete e saliva) e nesse estudo, descobriu algumas informações que foram escritas em seu código genético, no dia que ele ainda era um minúsculo ser intrauterino. Nas informações de seus genes, descobriu que tinha impacto negativo se consumisse proteína animal e gorduras saturadas, impacto negativo se consumisse café e tinha uma provável capacidade ruim para fazer a limpeza de toxinas em órgãos como fígado, sangue e rins. Descobriu que processava bem certas drogas, mas outras, como anti-inflamatórios, nem eram metabolizadas direito – eram inúteis e até tóxicas. Descobriu que azeite lhe fazia bem e sal não fazia tão mal.

Imaginem que João aceitara, ainda, fazer seu exame da microbiota intestinal, descobrindo que esse grande órgão vivo dentro de nós, o nosso microbioma, no seu caso, tinha uma predominância de bactérias que não eram tão bacanas e ainda por cima, João andava tendo crises de cólica e inflamações intestinais.

O amigo ‘nutri’ do João, além dessas informações, ajudou-o a calcular sua idade biológica. O famoso relógio de metilação de Horvath feito através de análise genética, foi hackeado, e o amigo ‘nutri’ indicou alguns ‘relógios’ através de questionários. João fez o teste e descobriu que estava uns dez anos mais velho que sua idade cronológica.

Vejamos! João, um “gordinho” charmoso, com um histórico familiar ruim, exames nada bons e, ainda, um teste de DNA e microbiota que ajudavam a predizer, em conjunto com a sua idade biológica, que a coisa realmente não estava nada boa para o seu lado. João provavelmente teria uma vida curta e uma morte dolorida. Por um câncer ou um sério problema cardiovascular.

Foi difícil, mas João percebeu que tinha que mudar.

Aprendeu com seu amigo ‘nutri’ que poderia fazer jejum metabólico, pulando uma refeição alguns dias da semana e depois poderia até aumentar o tempo de jejum, e isso o ajudaria a ‘desinflamar’, reduzindo o risco de eventos ruins futuros, e ainda por cima, daria um UP nas bactérias boas da sua microbiota.

Descobriu que se uma atitude única tivesse de ser tomada, seria a perda de peso. Afinal, era um fator possivelmente relacionado a longevidade em vários estudos, tanto em humanos, quanto em ensaios laboratoriais. Descobriu e aprendeu que o que comia alterava diretamente sua vida.

Os derivados do leite de vaca, o excesso de proteínas animais, açúcar, farináceos, o consumo de alimentos industrializados e de álcool, estavam ‘acetilando’ João. Isto é, do ponto de vista de seu Epigenoma, a parte analógica do nosso DNA, João estava envelhecendo.

João precisava ‘metilar’ mais: silenciar seus genes ‘ruins’ para viver mais e com mais saúde. Começou a se interessar pelo assunto e se empoderou. Descobriu que ‘metilar’ significa deixar o DNA ‘organizado’, freando a expressão de genes ruins…. enquanto ‘acetilar’ permite a desorganização e a expressão de genes que podem não ser legais.

Aprendeu, maravilhado, que genética não é destino e ele estava mudando o seu!

Com o auxílio do ‘nutri’ e os colegas do grupo de estudos dele, João aprendeu sobre compostos fitoquímicos, nutrientes que as plantas produzem para se proteger e que são um tesouro para nós humanos. Descobriu shots, chás e extratos que seriam verdadeiras bombas de saúde. Trocou de emprego e começou a acordar cedo, em jejum, já tomando um shot de vinagre de maçã com gengibre ralado ou outros ingredientes. Já estava fazendo uma caminhada de 50 minutos ao dia e pelo menos três vezes por semana, além de exercícios de carga na academia perto de sua casa.

Aprendeu, nuns tais cursos de biohacking em que se meteu, que se dormisse bem, sem se expor à luz artificial à noite, se frequentasse a natureza, cuidasse de sua mente e sua respiração e, ainda, tomasse uns banhos gelados, desinflamaria e até possivelmente retardaria seu envelhecimento. Descobriu que onde entra o sol, sai a doença. Que a vitamina, ou hormônio D, funcionava não apenas para saúde óssea. Começou a usar relógios inteligentes, que mediam sua pressão e sua glicemia, além do seu eletrocardiograma, e enviavam as informações para um banco de dados sobre sua saúde.

Também na internet, descobriu e teve contato com livros fascinantes, como o do Dr. Pedro Schestatsky e o do David Sinclair. No livro do David descobriu que existem substâncias como o NMN, o Resveratrol e a Metformina, que retardam o envelhecimento em modelos experimentais e algumas pessoas já começaram a se ‘hackear’ com tais substâncias. João não ficou pra trás. A metformina seu médico já o havia prescrito e o resveratrol, já tinha comprado na forma ‘trans’ num site de busca. O NMN ainda não tinha achado no Brasil, mas já tinha encomendado numa comunidade de biohackers.

Após alguns meses, em seu retorno ao médico e amigo, já tinha emagrecido 18 quilos. A esteatose (gordura no fígado) tinha desaparecido e seus exames tinham melhorado sensivelmente. João agora tinha disposição pra subir escadas, acordava bem e estudava alta performance. Mudou de carreira. Começou a trabalhar numa startup que ajudava as pessoas a ter mais saúde e recursos financeiros (qualquer semelhança com a www.hygiabank.com.br é mera coincidência).

João passou a beber álcool somente em ocasiões especiais. Sua dieta era riquíssima em produtos naturais de produtores próximos de casa e tinha bem menos proteína animal, além de frituras. João passou a descascar mais, desembalando menos. Seu amigo ‘nutri’ também o acompanhava e lhe prescrevia alguns suplementos alimentares, com a N-acetil cisteína, o Dimpless e compostos de vitaminas B6, B9 e B12, além de ômega 3. Tudo baseado no seu exame de DNA e na evolução clínica de João, variando os tais suplementos conforme seu corpo respondia.

João tornou-se outro homem. Realizou novo estudo da microbiota uns dois anos após essas intervenções, descobrindo agora que tinha mudado esse grande órgão invisível. Agora seu microbioma o deixava ‘pra cima’, menos ansioso e ainda ajudava a manter-se magro. Antes tinha bactérias que o empurravam para a síndrome do intestino permeável e disbiose.

As bactérias ‘do bem’, antes praticamente inexistentes, como a akkermansia muciniphila agora estavam presentes. Sua calculadora biológica apontava agora para idades abaixo de sua idade cronológica. Foi uma jornada de investimento em conhecimento e de adaptações, um início para um novo destino. A Maria, agora sua esposa, tinha emagrecido e os anos de tentativa de engravidar ficaram pra trás. Com a mudança do corpo e dos hábitos, Maria já estava na segunda gestação – deixara pra trás a pele oleosa, a acne, a obesidade e a síndrome dos ovários policísticos. Havia a certeza de que João e Maria, sem tais atitudes, sucumbiriam envelhecendo e adoecendo – morrendo mais rápido.

Imaginem que esses Joões, investindo em autocuidado, com informação rica em suas mãos, junto da ajuda de profissionais, possam tomar decisões como as da fictícia história acima relatada. Decisões que impactem em seus futuros para que, mais que não adoecer, esses Joões possam ter anos muito mais saudáveis e mais proveitosos pela frente.

Já pararam para pensar que as coisas poderiam ser diferentes na sua saúde, bem como na saúde das pessoas que você gosta?

E se, ao invés de nos prepararmos para cuidar de doenças quando elas surgirem, pudéssemos predizer o quanto de saúde podemos ter, além dos riscos de desenvolver doenças?

E se passássemos a considerar o envelhecimento uma condição ruim… como uma doença?

E se, tendo informações nas mãos, pudéssemos intervir hoje para termos mais saúde, menos doença e até menos envelhecimento?

E se pudéssemos ter informação financeira para nos programar para ter mais recursos materiais, junto com mais saúde?

Entendendo que saúde é investimento, o melhor, e não despesa!

E se, em conjunto um monte de gente começasse a fazer isso? Num grupo, numa comunidade, na sua família, numa cidade, numa região… não seria maravilhoso?

E se, você desse o primeiro passo, ou melhorasse ainda mais o que já faz?

 


Alexandre Parma - radiologista e um dos fundadores da startup hygia bank  bank


Segundo pesquisa Datafolha, pacientes com doenças pulmonares raras podem demorar até cinco anos para o diagnóstico correto

Pesquisa inédita "Panorama das doenças pulmonares raras no Brasil" apresenta perfil de pacientes e revela sua longa e sofrida jornada dos primeiros sintomas até o tratamento

 

A Boehringer Ingelheim e o Datafolha lançam a pesquisa inédita "Panorama das doenças pulmonares raras no Brasil". O levantamento revela a realidade de brasileiros que convivem com Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), Esclerodermia com acometimento pulmonar (DPI-ES) e outras Doenças Pulmonares Intersticiais (DPIs).

"A pesquisa evidencia que um paciente com DPIs, por exemplo, pode demorar até cinco anos para receber o diagnóstico correto, o que deixa claro o impacto da doença na qualidade de vida das pessoas com essas condições", destaca a Dra. Thais Melo, diretora médica da Boehringer Ingelheim Brasil. O objetivo da pesquisa ao trazer novas informações sobre essas doenças pulmonares é entender a jornada dos pacientes, dos sintomas iniciais até o tratamento, contribuindo para aprimorar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

A pesquisa ouviu 101 médicos, 90 pacientes e 50 cuidadores [1]. As mulheres são a maioria (78%) dos pacientes entrevistados, com 51 anos de idade em média [1]. Cerca de oito em cada dez não são economicamente ativas, o que pode acontecer pelo acometimento pulmonar que as doenças podem causar.

Entre as limitações geradas pelas doenças pulmonares raras o esforço físico é a mais citada pelos pacientes: 69% apresentam limitações nas atividades físicas e 33% nas atividades domésticas [1]. Entre os principais fatores de risco das doenças, 42% dos pacientes disseram que fumaram, ou tiveram contato passivo com tabagismo [1].

Os fatores de risco citados por pacientes e cuidadores são exposição à fumaça e produtos químicos (93% pacientes e 80% cuidadores) [1]. "Alguns tipos de doenças pulmonares intersticiais têm como fator determinante o contato com produtos químicos, como a amônia, asocianatos e metais pesados" explica o Dr. Adalberto Rubin, chefe do Serviço de Pneumologia da Santa Casa de Porto Alegre.

Entre principais sintomas, foi quase unânime (97%) que as pessoas com as doenças avaliadas apresentaram ou apresentam cansaço, fadiga ou fraqueza e 96% falta de ar [1]. A tosse é outro sintoma muito comum, presente em 81% dos pacientes [1].

Perguntados sobre os desafios durante sua jornada, em média 36% dos pacientes com FPI, DPI-ES e outras DPIs afirmam que a etapa mais longa foi entre o diagnóstico e o início do tratamento [1]. Em seguida o tempo entre a suspeita da doença, a solicitação e a realização de exames específicos (26%) [1]. Já do ponto de vista médico, a etapa mais longa da jornada do paciente é o pré-diagnóstico.

Por se tratarem de doenças raras e pouco conhecidas, em média, 35% das pessoas com as doenças abordadas passaram por cinco ou mais médicos até o diagnóstico correto [1]. "A escassez de informações sobre o tema reflete na demora para o diagnóstico. Por isso, é de suma importância difundirmos informações desde médicos não especialistas até a população em geral", enfatiza a Dra. Carolina Muller, reumatologista e professora da Universidade Federal do Paraná. Apesar da demora, 96% dos pacientes citam a tomografia de tórax em alta resolução com maior frequência como exame realizado para receber o diagnóstico [1].

Após o início do tratamento, manter as consultas regularmente é de suma importância. Principalmente quando os dados apontam que 23% das pessoas com DPI-ES e 17% daquelas com FPI disseram que a doença piorou em menos de um ano [1].


Dos sintomas ao diagnóstico

No caso da FPI, a média de tempo para diagnóstico é de três anos [1]. Segundo os médicos, 68% dos pacientes com DPI-ES demoram um ano até o início do tratamento e 42% relatam uma demora de quase quatro anos [1]. Em outras DPIs, 28% dos pacientes demoraram mais de quatro anos até o diagnóstico correto e a média de idade em que foram diagnosticados é 43 anos [1].

Entre esses pacientes, 10% afirmaram que a piora ocorreu em dois anos [1]. Sobre contato com mofo que pode ocasionar um dos tipos mais comuns de DPI, a pneumonia por hipersensibilidade, 36% dos pacientes com DPIs tiveram ou têm contato constante com mofo [1].


Campanha #FocaNoFolego

A pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa Datafolha, encomendada pela Boehringer Ingelheim, é a ação inicial para o lançamento da campanha "Foca no Fôlego", que tem como objetivo ampliar o conhecimento e a conscientização sobre FPI, DPI-ES e outras DPIs. Doenças raras, sem cura e com diagnóstico complexo por conta da falta de informação.

As DPIs pertencem a um grupo de condições raras que abrangem mais de 200 doenças [2]. Muitas podem levar a uma cicatrização irreversível do tecido do pulmão (fibrose), que afeta negativamente a função do órgão, comprometendo a capacidade respiratória [1,3] . A FPI é uma doença grave, de causa desconhecida (idiopática), não tem cura, mas tem tratamento e pertence ao grande grupo das DPIs. Crônica e progressiva, ou seja, piora ao longo do tempo e causa a ocorrência de uma dificuldade de passagem do oxigênio para o sangue, ao reduzir a superfície de troca de ar dos pulmões [4]. A esclerodermia afeta os pequenos vasos sanguíneos, a pele e as articulações, podendo evoluir para perda de função de órgãos internos, sendo o pulmão um dos mais acometidos [5].

Atualmente, existem poucos dados significativos sobre FPI, DPI-ES e outras DPIs, principalmente sob as perspectivas de médicos, pacientes e cuidadores, que são diretamente impactados por essas condições. A campanha, juntamente com a pesquisa, vai alterar esse cenário, pois, com base nos dados levantados, uma série de ações serão realizadas para aumentar a discussão sobre o tema e dar voz a esses pacientes.

Por serem patologias raras, é difícil encontrar informações claras e confiáveis sobre Fibrose Pulmonar Idiopática, Doenças Pulmonares Intersticiais em geral e Esclerodermia. Isso faz com que a jornada dos pacientes, dos primeiros sintomas até o tratamento correto, seja longa e sofrida.

"A pesquisa é fundamental para evidenciarmos a longa jornada dos pacientes até o diagnóstico correto e trazer reflexões importantes sobre a necessidade de médicos, pacientes e cuidadores obterem mais informações sobre enfermidades raras e nortear médicos e associações médicas em ações de conscientização" diz a Dra. Thais Melo.

 



Boehringer Ingelheim

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Ref.

1-Pesquisa Datafolha: Panorama das doenças pulmonares raras no Brasil. População Brasileira - Médicos PM745174. abril e maio de 2021
2-Cottin V, Hirani NA, Hotchkin DL, et al. Presentation, diagnosis and clinical course of the spectrum of progressive-fibrosing interstitial lung diseases. Eur Respir Rev. 2018;27(150)180076.
3-British Lung Foundation. What is pulmonary fibrosis? Disponível em: https://www.blf.org.uk/support-for-you/pulmonaryfibrosis/what-is-pulmonaryfibrosis. Última atualização: agosto de 2019.Acessado em julho de 2021.
4-Raghu G, Remy-jardin M, Myers JL, et al. Diagnosis of Idiopathic Pulmonary Fibrosis. An Official ATS/ERS/JRS/ALAT Clinical Practice Guideline. Am J Respir Crit Care Med. 2018;198(5):e44-e68.
5-Sociedade Brasileira de Reumatologia. Esclerose Sistêmica: Cartilha para Pacientes. Disponível em
https://abrapes.org.br/wp-content/uploads/2018/06/cartilha-esclerose-sistemica.pdf. Acessado em julho de 2021.


Estudo da ABE traz impactos da covid em pessoas com epilepsia

Para 66,6% dos pacientes entrevistados não houve atendimento de telemedicina durante a pandemia

 

Assim como tem acontecido com pacientes que enfrentam outros problemas de saúde, a pandemia também tem impactado a qualidade de vida e o tratamento médico de pessoas com epilepsia. É o que aponta o estudo “Covid 19 e Epilepsia: Como estão as pessoas com epilepsia no Brasil?” feito pela Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), que contou com 464 participantes, sendo 82% pacientes (PCE) e 18% cuidadores. Dos pacientes entrevistados, 26,3% relataram aumento das convulsões, enquanto 36% relataram dificuldades na manutenção dos tratamentos e atendimentos periódicos. 

Realizada por questionário on-line, a pesquisa ainda constata que 66,6% dos pacientes não tiveram acesso aos serviços de telemedicina, alternativa encontrada para viabilizar muitos dos cuidados com a saúde, no período de restrição à mobilidade social.

Outros problemas foram levantados, como a dificuldade para conseguir receitas médicas pela interrupção nas consultas presenciais e as preocupações psicológicas e sociais impactando no bem-estar. Com a crise sanitária gerada pela Covid, além da necessidade de restrição social para diminuir o contágio, houve a reestruturação emergencial do sistema de saúde, impactando estrutura, profissionais do setor e pacientes.    

Para um dos responsáveis pelo estudo, o neurologista e vice-presidente da ABE, Dr. Lecio Figueira Pinto, a falta de tratamento ou longo período sem cuidados pode trazer graves consequências. “Existe risco de piorarem os quadros, com possibilidade de lesões, piora da parte cognitiva, emocional e até mesmo risco de morte pelas crises”.

 

Vacinação - Para minimizar tais problemas, a ABE enviou, em junho, uma requisição à ALESP (Associação Legislativa de São Paulo) para a inclusão de pacientes com quadros mais críticos no grupo prioritário da vacinação conta a Covid. “Nós tentamos solicitar essa prioridade, o processo está em análise. Agora, a vacinação entrou num ritmo mais acelerado. Em alguns países como Portugal, é prioridade, outros seguem apenas a imunização por faixa etária”, conta a presidente da ABE, Maria Alice Susemihl”. Dentre as várias justificativas apontadas estão a incidência de casos em pacientes com epilepsia ativa, a vulnerabilidade social e as implicações na descontinuidade do tratamento.

Em alguns casos, a epilepsia surge em decorrências de outras comorbidades graves como Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumores, doenças imunológicas, deficiência física ou mental. Segundo o Dr. Lécio, todas essas doenças foram incluídas como prioridade na vacinação, mas, as pessoas com epilepsia não entraram no grupo. “Há uma variedade grande de casos. Para alguns pacientes, a doença não tem tanto impacto, permitindo uma vida normal, mas há casos que são graves e que exigem acompanhamento periódico”, informa o neurologista. 

 

A doença – A epilepsia é uma doença neurológica que ocorre quando há um aumento síncrono e excessivo nos impulsos elétricos, gerando convulsões, perda de controle dos movimentos e, em alguns casos, levando a perda da consciência e morte. A doença afeta 70 milhões de pessoas, ao redor do mundo, conforme menciona a pesquisa.  

Diante de um cenário em que já são previstos represamentos de doenças como um dos impactos a serem enfrentados no pós-pandemia, a imunização é fundamental em todos os quadros para evitar que os problemas apontados na pesquisa permaneçam por longo tempo.

O estudo da ABE está disponível on-line em inglês - “COVID-19 and epilepsy: How are people with epilepsy in Brazil?” -  e será publicado na edição 122 do periódico internacional Epilepsy & Behavior, em setembro de 2021. Conduzido pelos membros da ABE, Maria Alice Sushemi, Dr. Lécio Figueira Pinto, Dra. Laura Maria Guilhoto e Ma. Amanda Cristina Mosini, teve como objetivo verificar a situação dos PCEs, com relação ao acesso à medicamentos anticonvulcionantes, consultas e a regularidade das crises, em meio ao enfrentamento da pandemia. A Associação faz parte do International Bureau for Epilepsy.


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