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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Aderiu a um Consórcio? Saiba como declarar sua carta de crédito na reta final do Imposto de Renda


Os brasileiros têm até o dia 30 de abril para declarar o Imposto de Renda referente a 2020. Quem aderiu a um consórcio nos anos anteriores deve considerar esse item na hora de acertar as contas com o leão. “Os planos de consórcio não são dedutíveis no IR, mas isso não significa que sua declaração à Receita Federal seja isenta”, explica Rafael Boldo, gerente do Porto Seguro Consórcio. De acordo com o executivo, mesmo os clientes que ainda não tiveram acesso à carta de crédito precisam incluir o consórcio em seus documentos fiscais. 

Rafael Boldo lista o passo a passo para quem tem um plano de consórcio e irá declarar o Imposto de Renda nas próximas semanas, período que marca a reta final do IR 2021. 

 

  • Confira o informe de rendimentos de seu consórcio: o documento fica disponível no site da empresa contratada pelo cliente. No Porto Seguro Consórcio, é possível verificar esse status na Área do Cliente, no menu “Informativo: Extrato de IR”. 
  • Veja em qual situação a sua cota se adequa: os status podem alterar a maneira de declarar o Consórcio no Imposto de Renda. No entanto, em todos os casos, a carta de crédito deve ser declarada com o Código 95 na ficha de “Bens e Direitos”. 
  • Declaração de cotas não contempladas: caso tenha entrado no grupo de Consórcio no ano de 2020, deixe o campo “Situação em 31/12/2019” em branco e preencha apenas o campo “Situação em 31/12/2020” com a soma das parcelas pagas até essa data. Para cotas adquiridas e pagas antes de 2020, preencha o campo “Situação em 31/12/2019” com o valor informado na declaração do ano 2019, e no campo “Situação em 31/12/2020” informe o valor total já pago. Para encontrar esse montante, basta somar ao valor declarado de 2019 o que foi quitado em prestações durante o ano de 2020. Em ambos os casos, preencha o campo “Discriminação” com as informações do seu consórcio e o tipo de bem de acordo com a sua cota e intenção de compra – prédio residencial ou comercial, galpão, apartamento, casa, terreno, imóvel rural, sala ou conjunto, veículo automotor terrestre (automóvel, caminhão, moto). Também é necessário informar o número de parcelas quitadas e o número de parcelas que ainda restam a pagar. 
  • Declaração de cotas adquiridas em 2020 e contempladas no mesmo ano: para esses Consórcios, em que os créditos já tenham sido utilizados ou os bens adquiridos, deixe o campo “Situação em 31/12/2019” em branco e preencha apenas o campo “Situação em 31/12/2020”. Já no campo “Discriminação”, preencha com as informações do seu consórcio e o tipo de bem. Informe ainda os números de parcelas quitadas e de parcelas que ainda restam a pagar, assim como a data da contemplação.  
  • Declaração de cotas adquiridas e contempladas em anos diferentes: caso os créditos também já tenham sido utilizados ou os bens adquiridos, deve-se informar no campo “Situação em 31/12/2019” o valor declarado no IR de 2019 e o campo “Situação em 31/12/2020” ficar em branco. Se a contemplação se der por meio de lance, declare o valor do lance no campo “Situação em 31/12/2020”, somado aos demais montantes quitados. Já no campo “Discriminação”, preencha com as informações do seu consórcio e o tipo de bem adquirido conforme as opções mostradas na ferramenta da Receita Federal. Os números de parcelas quitadas e de parcelas que ainda restam a pagar precisam ser declarados. 

Adesão recorde 

O ano de 2020 foi um marco para o setor de consórcio. Segundo a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), foram registradas mais de 3 milhões de adesões entre janeiro e dezembro ante os 2,87 milhões alcançados em 2019, com média de 251,69 mil adesões mensais, um recorde no sistema. No mesmo período, a Porto Seguro teve um crescimento de quase 10% na contratação do Porto Seguro Consórcio em todo o Brasil. Também foi observado um aumento no valor de carta de crédito dos consórcios contratados na companhia, que alavancou 19,86% em 2020 comparado com 2019. 

Na análise de Rafael Boldo, os resultados positivos mesmo em um cenário desafiador refletem a maturidade dos consumidores que planejam comprar bens de forma mais assertiva e com mais certezas. “Quem investe no sistema de Consórcio está firmando uma compra planejada e segura. Embora seja uma alternativa antiga no mercado, o Consórcio garante que os seus clientes realmente consigam planejar o futuro”, pontua o gerente. 

 

 

Porto Seguro

http://www.portoseguro.com.br/consorcio

 

Tirar o passaporte italiano em tempos de pandemia é possível!

Os processos de reconhecimento da dupla cidadania pelas ações judiciais estão sendo realizados de forma virtual e têm a facilidade de permitir ao requerente não precisar viajar à Itália neste momento que os brasileiros estão impedidos de entrar no país por conta da COVID-19


Para quem ainda tem dúvidas, sim, é possível obter o passaporte italiano nesses tempos de pandemia. Os processos de reconhecimento pelas vias judiciais no tribunal de Roma estão sendo realizados de forma virtual e têm como facilidade a vantagem de o requerente do Brasil não precisar viajar para a Itália, neste momento que os brasileiros estão impedidos de entrar no país por conta da COVID-19..

O passaporte italiano ainda é o desejo de muitas famílias pelos mais diversos motivos: turismo, estudo, trabalho, aposentadoria, moradia, empreendedorismo, entre outros. O documento, que abre as portas para países europeus e os Estados Unidos, é considerado um dos mais fortes do mundo e seu proprietário tem à disposição inúmeros benefícios.

CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra, Renato Lopes conta que ter o passaporte italiano é um dos grandes atrativos para investir nos EUA. “O brasileiro que possui a dupla cidadania pode entrar nos EUA com o visto E-2, de investidor, com aportes de até US$ 150 mil a depender do ramo de atuação, bem diferente dos que não possuem a cidadania, onde o investimento deverá estar na casa dos US$ 900 mil”, explica.

Para quem deseja formação escolar, universitária ou profissional, o passaporte italiano também é ponto de partida importante tanto nos EUA como na Europa. “A cidadania dá acesso a todos os direitos dentro de um país, como educação, saúde, aposentadoria públicas e o direito de trabalho”, ressalta Lopes. “Na educação superior, por exemplo, a Europa tem como atrativo diversos programas de benefícios e descontos, com universidades que cobram anuidades acessíveis”, completa o executivo.

Abaixo, seguem os cinco passos mais importantes para obter o passaporte italiano pela via judicial, segundo Renato Lopes, CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra.


1) Quem tem direito à cidadania italiana 

No Brasil, são estimados que cerca de 35 milhões de descendentes de italianos que aqui vivem têm direito ao passaporte. Segundo Renato Lopes, existem algumas regras para saber se há ou não direito à cidadania. “A legislação italiana não exige grau mínimo de parentesco entre o requerente e o ascendente italiano da família, então pode ser pai, mãe, avós, bisavós, tataravós, entre outros”, explica. “No entanto, a única exigência é a de que o italiano que imigrou para o Brasil não tenha se naturalizado antes do nascimento do primeiro filho”, completa. 


2) A documentação 

Após atestar que o requerente é habilitado para a dupla cidadania, o próximo passo é juntar a documentação dos parentes italianos e familiares que desejam ter o passaporte. “Essa etapa é muito importante, pois são esses documentos que vão atestar que o requerente no Brasil é passível de ser reconhecido como cidadão italiano”, diz Lopes. “Por isso, o fundamental é que as famílias juntem o máximo de documentos: certidões de nascimento, casamento, óbito, documentos de identificação do parente italiano e dos familiares brasileiros”.


3) Os tipos de pedido de cidadania 

Atualmente, para se obter a cidadania italiana existem três vias: pela comune na Itália, ou seja, por residência, e pelo Consulado no Brasil, ambos de forma administrativa; e por meio de uma ação judicial no tribunal de Roma. “Hoje, os processos judiciais, além de mais seguros contra as fraudes, são os que têm apresentado o menor tempo de finalização”, defende Lopes. Neste modelo, o requerente ingressa com uma ação na Itália e espera o deferimento ou não do juiz competente.


4) Os prazos da Justiça italiana 

Uma vez protocolada a ação judicial na Itália para o reconhecimento da cidadania, não há prazo fixo estipulado pela Justiça no país para o juiz apreciar o processo. “Em média, os processos que vão da Itália ao Brasil têm levado entre 12 a 18 meses para que o requerente tenha a decisão transitada em julgado, ou seja, a decisão final do seu pedido”, esclarece Lopes.   


5) A transcrição da comune e o passaporte italiano 

Com a decisão transitada em julgado, o requerente ainda terá que esperar um prazo de três a quatro meses para que a comune transcreva a decisão judicial referente ao reconhecimento como cidadão italiano. “Essa transcrição dá direito ao documento necessário para dar entrada ao passaporte italiano em qualquer consulado no Brasil”, explica o especialista. “Dá para dizer que do protocolar da ação judicial no tribunal de Roma ao documento da comune, o processo todo leva, em média, de 21 a 24 meses”, conclui Renato Lopes, CEO da Lopes & Avv. Domenico Morra.


Qual o momento da sua empresa?

No momento atual, as organizações estão dando o próximo passo na jornada, mudando seu foco da aplicação projeto a projeto para a institucionalização de práticas, processos e competências de Gestão de Mudanças. Essas organizações estão investindo tempo, energia e recursos para criar capacidades e competências de Gestão de Mudanças no nível organizacional, ou seja, gerenciando efetivamente o lado humano da mudança se tornando mais do que uma prática comercial, tornando-se uma competência central, um diferenciador competitivo e um valor cultural da empresa.

As perguntas que temos que fazer são: Você está pronto para dar o próximo passo?; Está pronto para colocar sua organização em um local onde os processos e ferramentas comuns de Gestão de Mudanças sejam aplicados de maneira consistente em todos os projetos?; Está pronto para que os colaboradores se tornem grandes líderes de mudança, independentemente de sua função ou localização na organização?

Se estiver, você está pronto para o Enterprise Change Management!

Duas perguntas sustentam essa afirmação acima: onde você está hoje e qual o seu próximo passo?

A primeira, você deve se provocar respondendo algumas questões: Se você tem uma visão do que um recurso de Gestão de Mudanças significa para sua organização; Qual porcentagem de projetos você está aplicando uma abordagem estruturada de Gestão de Mudanças; Se os profissionais de mudanças, equipes de projeto, líderes e gerentes participaram de treinamentos sobre Gestão de Mudanças; Qual a aceitação e o suporte para aplicar a Gestão de Mudanças em todos os níveis da organização e se você já adotou uma abordagem padrão de Gestão de Mudanças.

Esses são os tipos de perguntas que você pode responder para determinar onde sua organização está hoje, de uma perspectiva de maturidade de Gestão de Mudanças, pois têm níveis de maturidade que devem ser analisados.

Entender onde você está hoje é o primeiro passo para construir a capacidade organizacional no próximo ano – fornecendo uma contribuição e direção significativas. Mas saber onde você está hoje é apenas o ponto de partida! Você pode ir além e pensar o que você pode fazer para mover e aumentar o uso de processos de Gestão de Mudanças em iniciativas e promover o desenvolvimento de competências individuais em toda a organização.

Já na segunda pergunta há um importante ponto de virada. Esse momento acontece para organizações prontas para institucionalizar a Gestão de Mudanças e construir capacidades organizacionais. É quando uma organização adepta a mudanças e a construir uma agilidade apoiada por recursos de Gestão de Mudanças exige um esforço concentrado e foco.

A capacidade e a competência de Gestão de Mudanças organizacionais não acontecem por acaso, requer uma abordagem ponderada e estruturada para passar do atual nível de maturidade para um nível mais alto.

Dado o que sabemos e aprendemos, essas três ações são fundamentais na jornada para incorporar a Gestão de Mudanças e construir capacidades organizacionais: Suporte da liderança, Criação e compartilhamento de histórias de sucesso e Gerenciamento do esforço com estrutura e intenção.

Para que as pessoas levem a sério a capacidade de Gestão de Mudanças, os líderes devem mostrar que esse é um compromisso importante para a organização. O valor da Gestão de Mudanças deve ser demonstrado para as pessoas da organização.

Em particular, os colaboradores que trabalham em projetos são mais propensos a se comprometer com a Gestão de Mudanças, quando veem o impacto que isso pode ter. Poucos esforços de capacitação organizacional começam sem algumas provas sólidas de sucesso e exemplos para compartilhar. Nós nunca faríamos um esforço para transformar a organização sem aplicar um sólido gerenciamento de projetos. Quando você trabalha para construir um recurso organizacional na Gestão de Mudanças, você está essencialmente transformando como a organização muda.

 


Márcia Bastos - Sócia e Fundadora da Conexão Talento, coach pela Academia Internacional de Coaching, especialista em Gestão de Recursos Humanos com experiência de 25 anos. Formação em Psicologia e Pós-graduada em Administração pela Fundação Getúlio Vargas.


Não esqueça: as mudanças climáticas são uma grande ameaça global

Não é novidade que as mudanças climáticas representam uma ameaça urgente para a humanidade. Desde os anos 70, quando a comunidade global passou a discutir e trabalhar esse tema, tivemos um certo progresso, porém não na velocidade necessária. Hoje, lidamos diariamente com muitos desses impactos que já causam danos em diferentes países, regiões e setores econômicos, mas que precisam se adaptar e ser cada vez mais resilientes.

O coronavírus é um desses impactos. Algumas evidências conectam o desmatamento diretamente ao surgimento de zoonoses, na medida que destruímos o habitat natural de muitas espécies. Um estudo recente publicado no Journal Science of the Total Environment mostrou que as mudanças climáticas causaram transformações em algumas regiões da China, influenciando a rotina de alguns tipos de morcego e ampliando a relação entre ser-humano, animal e vírus. 

Aprendemos muito neste período de crise. A velocidade e intensidade de resposta frente a COVID por governos, empresas e a própria sociedade demonstrou que esforços coordenados podem trazer soluções mais ágeis. Isso é reflexo do nosso imediatismo como humanidade: infelizmente apenas lidamos com os problemas na velocidade que somos afetados por ele. A crise do coronavírus atingiu o mundo inteiro de maneira “democrática” e esmagadora. Os impactos das alterações do clima são mais lentos em alguns lugares ou ainda invocam projeções futuras. 

Infelizmente, os países subdesenvolvidos são os que mais sofrem as consequências diretas dessas transformações, como grandes tragédias, enchentes e escassez de recursos. Temos que reforçar que a mudança climática não é algo incremental - ou que segue uma certa linearidade -, algumas partes do ciclo de carbono terrestre funcionam como gatilhos, que podem perturbar de maneira definitiva o planeta e produzir mudanças e impactos abruptos que colocam em risco a vida humana por aqui. 

A boa notícia é que estamos começando a viver uma era do carbono neutro. Governos de diferentes países tem reforçado os seus compromissos climáticos para uma transição econômica. Os Estados Unidos, com seu retorno ao Acordo de Paris, buscam retomar o protagonismo nas discussões sobre o tema - algo prometido durante a campanha de Joe Biden - ao falar amplamente sobre os “empregos verdes”. A China, como maior emissor de carbono do mundo, prometeu publicamente alcançar a neutralidade de carbono até 2060, e a União Europeia, além do famoso Green Deal, cada vez mais pressiona a necessidade de compromissos climáticos em suas relações comerciais, inclusive em algumas reformas na Organização Mundial de Comércio (OMC). 

A realidade brasileira é diferente. Apesar de alguns pequenos esforços por parte do Governo Federal, as empresas em nosso país começam a assumir esse protagonismo ao entender que o Brasil tem uma grande oportunidade de se tornar uma potência global nessa transição para a economia de baixo carbono. A biodiversidade, o clima favorável, florestas e energia limpa, são grandes drivers para o desenvolvimento tecnológico e a inovação voltada para a sustentabilidade. 

A Natura - fortalecendo a sua liderança no tema - é uma das empresas participantes da iniciativa Transform to Net Zero, que busca estimular a transformação no ambiente de negócios para zerar emissões até 2050, além de promover mudanças sistêmicas em políticas, governança e finanças. Já a Braskem, uma das maiores do setor petroquímico, propõe através da economia circular neutralizar suas emissões nos próximos 30 anos. 

O Business Ambition for 1.5º, e um movimento liderado pelo Pacto Global da ONU é um exemplo de como o setor privado pode se engajar de maneira prática. O compromisso é realizado com o Science Based Targets para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e contribuir para limitar a média global de crescimento em 1,5º acima dos níveis pré-industriais, conforme preconiza o Acordo de Paris. Até agora, mais de 400 organizações, representando mais de US $ 3,6 trilhões em capitalização de mercado, estão comprometidas com a causa. No Brasil, já são treze empresas como Ambev, Renner, Malwee e Banco do Brasil. 

Se quisermos conscientizar o mundo com relação aos efeitos das mudanças climáticas, precisamos começar pelas boas práticas. O setor privado precisa cada vez mais ser parte da solução – para resolver problemas criados pela própria sociedade e nosso modelo econômico. A parceria com governos e academia também se torna essencial, ao unir esforços para gerar a transformação na velocidade necessária. Identificação, mensuração e ação são palavras-chave para esse novo paradigma.

 

 

Gustavo Loiola é doutorando em Administração de Empresas, coordenador de Relações Internacionais no ISAE Escola de Negócios (www.isaebrasil.com.br)  e Chair do PRME (Principles for Responsible Management Education) para América Latina e Caribe.


Professora aponta aumento nos processos de divórcio e de pedidos de redução na pensão alimentícia durante a pandemia

 Dra. Mariana Menna Barreto Azambuja, também coordenadora acadêmica e professora em Direito no Cesuca, fala sobre os efeitos da pandemia no Direito de Família

 

Diversas áreas e setores vem sendo afetadas pela pandemia, inclusive no âmbito das relações familiares. A partir deste cenário, a professora de Direito de Família, Mariana Menna Barreto Azambuja, do Centro Universitário Cesuca, instituição que integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, aborda os efeitos da pandemia nas relações familiares e a importância do Direito da Família na intermediação dos processos, no primeiro podcast de 2021 “Direito de Família e Pandemia”.

Segundo a professora, o Direito de Família é um ramo do direito civil que trata das relações familiares, bem como dos direitos e deveres decorrentes delas. “Tivemos várias mudanças no decorrer do ano para que o Direito de Família se adequasse a nova realidade que vivemos. Tratam-se de diversas obrigações, direitos e deveres decorrentes das relações familiares, como por exemplo o casamento, a união estável, as relações de parentesco, os alimentos e a filiação”, explica Dra. Mariana.

Com a pandemia, o Direito de Família vendo sendo essencial diante da explosão de divórcios. Em levantamento do Colégio Notarial do Brasil — Conselho Federal (CNB/CF), o segundo semestre de 2020 registrou o maior número de divórcios registrados em cartórios no Brasil, sendo 43,8 mil processos contabilizados, 15% maior em relação ao mesmo período de 2019.

A pandemia causou diversas mudanças nas relações tanto sociais como familiares, ocasionando um grande aumento no número de divórcios. “Podemos refletir o cenário como um catalisador que acabou acelerando o término de relacionamentos que já não vinham bem. O isolamento social acarretou em uma convivência maior junto de seus familiares, fazendo com que muitos repensassem algumas questões do relacionamento e consequentemente o número de separações cresceu em vários países do mundo, não só no Brasil”, aponta a doutora.

Assim como o aumento do número de divórcios, houve também um crescimento substancial de processos dentro do Poder Judiciário, inclusive, nas Varas de Família. A professora ressalta que os processos eletrônicos (digitais) no Brasil facilitaram, sobretudo, que as separações pudessem tramitar mesmo em meio ao período de pandemia e com mais agilidade.

Além disso, há também a possibilidade do divórcio extrajudicial, realizada diretamente em cartório, sem a necessidade de processo judicial. “Esse formato é um facilitador em dissoluções onde há consenso entre o casal, sem filhos menores ou incapazes, já que nesses casos é necessária a interferência do Ministério Público. Porém, necessariamente o casal deve estar assistido por um advogado, para fins de uma correta orientação”, explica a docente.

Assim como o divórcio, os pedidos de redução de pensão alimentícia diante da pandemia também cresceram, devido ao aumento do desemprego, reduções de jornada e de salários de diversas pessoas. “No Direito de Família, os alimentos são analisados com base nos critérios da necessidade do alimentado e a possibilidade do alimentante em pagar. E nessa nova realidade, as famílias tiveram que se adaptar a escassez do dinheiro”, explica Mariana.

Outro impacto decorrente da pandemia, foi a forma como a guarda dos filhos é exercida, diante do distanciamento social. “O Direito recomenda preservar o melhor interesse da criança. Em um cenário adverso como o que estamos vivendo, tivemos momentos tristes em que o contato com um dos pais teve que ficar adstrito ao formato virtual, evitando assim um maior alastramento da doença”, relata.

A professora explicou também a respeito de mudanças na prisão do devedor da pensão alimentícia durante a pandemia. “Tivemos uma decisão temporária na qual o regime de cumprimento da prisão do devedor de alimentos passou para domiciliar, uma vez que a medida tem caráter coercitivo, com o objetivo de forçar o pagamento, não de punir o alimentante”, comenta.

Por fim, a professora conclui que com o impacto da pandemia nas relações de convívio social, as leis do Direito da Família também sofreram mudanças temporárias, mas que certamente voltarão a sua normalidade. “Os efeitos da pandemia na sociedade trazem uma grande necessidade de reinvenção, por isso, é importante buscarmos soluções, inclusive no âmbito Direito, fazendo com que dessa forma possamos superar esse momento difícil”, finaliza.

 



Centro Universitário Cesuca

www.cesuca.edu.br

Nosso Jeito de Ensinar

 

Desaprender para aprender

 Companhia de Idiomas ensina como aprender as novas competências exigidas pelo mercado de trabalho no pós-pandemia

 

Quando a OMS decretou a pandemia mundial de COVID-19, acelerou uma tendência para milhões de trabalhadores: o home office. A tecnologia já estava mais do que pronta e o dia a dia passou a incluir uma agenda de reuniões por videoconferências. A nova realidade trouxe desafios e também benefícios. Mas NÃO foi a única mudança.

O relatório final do Fórum Econômico Mundial de 2020 sobre o futuro do trabalho já aponta 15 competências essenciais para o novo profissional. São habilidades como liderança, inteligência emocional e criatividade, que não fazem parte da grade curricular das universidades.

O resultado é contraditório. No Brasil atual, com taxas de desemprego que se aproximam de 15%, de acordo com a Confederação Nacional das Indústrias, muitas empresas não encontram os profissionais que precisam no mercado de trabalho.

O relatório do FEM apontou que, no Brasil, a competência mais demandada é a Aprendizagem Ativa e Domínio de Estratégias de Aprendizagem. Rose Souza, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas e MBA em gestão empresarial, já havia percebido isso, com sua experiência com alunos executivos. "É preciso aprender a aprender e substituir a disciplina necessária no modelo tradicional de aprendizagem, por prazer e autonomia. À medida que as pessoas descobrem o que gostam e como gostam de aprender, elas conseguem desenvolver estratégias de aprendizado que as impulsionam no desenvolvimento pessoal e profissional", explica a especialista.

É a partir do entendimento do próprio processo de aprendizagem (chamado de metacognição), que as pessoas se comprometem com o aprendizado de um novo idioma, por exemplo. "Quando sabemos que aprendemos melhor com podcasts, games ou séries de tv, imprimimos intencionalidade de aprender com estas atividades. A disciplina nem é mais necessária, aprender passa a ser algo leve, muito estimulante e os resultados chegam mais rápido", afirma Lígia Crispino, expert em marketing e gestão de pessoas e também sócia da Companhia de Idiomas.

Não estamos falando aqui do fim das escolas e do modelo tradicional de ensino. O desenvolvimento dessas novas competências pode ser comparado a andar de bicicleta. Algumas pessoas têm talento natural para sair pedalando. Outras precisam de mais esforço e da orientação certa. Mas é a prática que traz equilíbrio e resistência para ir mais longe. E se você gosta de andar de bicicleta, essa prática está garantida - e o sucesso também. 

É claro que o papel do professor também vai mudar. Mais do que nunca, ele será um mentor, responsável por conduzir esse processo de autodescoberta e autonomia de aprendizagem para o profissional do futuro.

Para permanecer e até se destacar no mercado de trabalho é preciso mais do que o domínio de idiomas, conhecimento técnico e pós-graduações. Esses, como já se sabe, não são mais diferenciais, mas requisitos para a maioria das vagas. O mercado de trabalho mudou e vai continuar evoluindo. É hora de assumir a aprendizagem autodirigida, ou a gestão da própria carreira, e estar preparado para vencer os desafios que estão por vir.

 


Rose de Souza - Fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas, coautora do Guia para Programas de Idiomas em Empresas e também sócia da Pousada Pé da Mata - Maresias, onde vive. Graduada em Letras/Tradução/Interpretação pela Unibero, Especialista em Gestão Empresarial, MBA pela FGV e PÓSMBA pela FIA/FEA/USP. Foi professora por seis anos na Pós-Graduação ADM da FGV, quando morava em São Paulo. Colunista dos portais Catho, Vagas, AboutMe e Exame.com. Mentora voluntária do Projeto Pulsar da Fundação Éveris.

 

Lígia Velozo Crispino - fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas e Verbify. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC. Cursos Livres de Marketing pela FGV e ESPM, Gestão de Pessoas pelo Insper. Coautora do Guia Corporativo Política de Treinamento para RHs e autora do livro de poemas Fora da Linha. Colunista do portal Exame.com. Mentora voluntária do Projeto Pulsar da Fundação Éveris. Organizadora do Sarau Conversar.

Neurocientista explica porque a pandemia causa ansiedade nas crianças

O estresse decorrente do cenário atual, tem um impacto profundo no desenvolvimento das crianças, afetando diretamente nas funções do sistema executivo do cérebro, responsável por controlar as emoções, pensamentos e ações na vida social, intelectual e afetiva.

Segundo o neurocientista Nicolas Cesar, as crianças ainda não têm plenamente desenvolvido o córtex pré-frontal, região do cérebro crucial para o monitoramento e ajuste das respostas emocionais, como os adultos, por isso não entendem com clareza o que todos estão vivendo, tornando-se mais influenciadas pelas emoções, especialmente as negativas, que deixam marcas profundas em suas mentes.

Ao vivenciar dificuldades frequentes ou prolongadas em confinamento, como falta de socialização, pobreza extrema impossibilitando uma alimentação adequada, luto e exposição à violência abuso físico ou emocional, acontece o aumento da liberação de cortisol e adrenalina, provocando a curto prazo, preocupação excessiva, transtorno do sono, piora na imunidade, desconforto, dores de cabeça, agitação e irritabilidade.

“Durante a pandemia, as crianças podem ficar mais ansiosas, podem se sentir tristes, por estarem distantes dos coleguinhas, de alguns familiares queridos, ou por terem de passar tanto tempo dentro de casa, reclusas. Além disso, podem ficar irritadiças, pois não compreendem direito o que é a frustração e porque se sentem assim. Em casos mais graves, como diante da perda de um ente querido, podem ficar até mesmo traumatizadas. Por outro lado, a presença dos pais pode, em um ambiente acolhedor para a criança, fazer toda a diferença”, diz Nicolas.

Geralmente os transtornos mentais ocorrem a partir de uma interação entre a genética e as experiências de vida da criança, por serem mais sensíveis a essas situações de vulnerabilidade, caso não estejam vivendo em um ambiente saudável, rico em afeto e atenção, podem desencadear episódios de ansiedade e depressão. Os traumas adquiridos durante a pandemia, pode impactar os pequenos no futuro, em sua vida pessoal e profissional.

 


Nicolas Cesar - Formado em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro “Neurociente - Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”, professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e “Neuroeducação”. Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em Neurolearning. Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC

Instagram: @nicaolasneuro


Filhos ansiosos e o mundo real

 

Não importa se o seu filho tem quatro anos, sete, dez ou 15, as crianças são uma fonte inesgotável de pedidos e exigências. A geração conectada se acostumou com esse formato, pois o acesso imediato às informações é uma realidade. Parece que, para ela, a expectativa do imediatismo veio para ficar. Quando não é atendida, também sabe reivindicar, a birra, choro, reclamações e, algumas vezes, até a guerra psicológica entra em cena. Toda essa encenação ganha uma roupagem de patologia e o próximo passo é atender às vontades e, então, começa a procura pelo diagnóstico de ansiedade, T.D.A.H., dislexia, angústia, infelicidade e até superdotação e, por fim, terminamos com as buscas por psicólogos e psiquiatras - esse parece um roteiro comum na vida de algumas famílias.

Muitos adultos lutaram para conquistar um bom emprego e o respeito no mercado de trabalho e todos são unânimes em afirmar que isso leva tempo, dedicação, muita paciência, tropeços e inúmeras frustrações. Se tem uma palavra que não combina com tudo isso é imediatismo. Grandes conquistas exigem grandes esforços, mas, na hora de educar os filhos, a teoria é uma, mas a prática é outra. Chegará o momento em que nossos filhos estarão no mercado de trabalho e encontrarão essa realidade, mas será que eles estarão realmente preparados?

Atender ao imediatismo dos filhos definitivamente não é uma receita que simule o mundo real, mas controlarmos isso é algo que vai de encontro ao futuro deles. Com a dura rotina de trabalho e a pandemia para agravar, os pais têm que (literalmente) se virar para atender às demandas e assim, o uso da tecnologia virou uma excelente aliada, pois funciona como um “deixe o papai trabalhar”. Mas a contrapartida é que ela reforça o imediatismo e voltamos a entrar em rota de colisão com o mundo real. Então, é possível corrigir essa rota?

Sim, quando se trata da criação dos filhos, a carga emocional é muito presente e isso faz com que os pais cedam às vontades dos filhos de forma imediata em troca de um pouco de sossego, tranquilidade, um momento para conferir as novidades das redes sociais ou até pela necessidade de trabalhar. Parece que, em relação aos filhos, as palavras discordar, proibir, frustrar, que são tão presentes no mundo real, não podem estar presentes no mundo dos filhos. Não temos que dar às crianças o que elas querem, mas sim o que elas precisam – e os pais, como detentores do conhecimento dessa realidade no mundo real, têm que ser protagonistas e executar.

Nossa casa é um laboratório. Ali acontecem, guardadas as devidas proporções, situações que devemos tirar proveito e “treinarmos” os nossos filhos para o mundo real. Frustração, paciência, estudo e dedicação podem ser aplicados em casa para mostrarmos a realidade do mundo. Sim, dá muito trabalho. Mesmo que queiramos os nossos filhos sempre próximos, os criamos para saírem ao mundo e, mesmo que isso seja paradoxal, queremos que eles sigam a vida de forma independente, fortes, decididos e habilitados a enfrentarem essa selva de pedra que nos cerca. Devemos mostrar aos nossos filhos, de forma carinhosa, o que a vida mais cedo ou mais tarde mostrará, mas de forma bem mais árdua.



Fabio Carneiro - professor de Física no Curso Positivo


Mesmo com a segunda dose da vacina, idosos devem manter os cuidados

Como lidar com a ansiedade dos idosos em ter a vida normalizada depois da aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid? Segundo a psicóloga do Residencial Club Leger, instituição voltada ao acolhimento das pessoas da terceira idade, Daniela Bernardes, é preciso ter bastante atenção à informação passada a estas pessoas. A vacinação, por si só, não garante o retorno ao convívio com parentes e amigos. Os cuidados sanitários e o afastamento social continuam sendo fundamentais neste processo.

- Primeiramente devemos compreender que somos seres "imediatistas", temos enorme dificuldade de aceitar que ações presentes irão demorar para o efeito futuro desejado, fator esse que necessita de atenção redobrada quando se está cotidianamente em contato com idosos - explica Bernardes.

O Residencial Club Leger realiza um trabalho junto aos seus hóspedes baseado na empatia e informações constantes a cada um dos moradores. O objetivo é que cada idoso consiga aceitar a situação, a partir de recursos emocionais próprios.

- Não basta dizer ao idoso que todos precisam seguir as regras obrigatoriamente, mas ouvir as angústias dele diante dessa nova realidade e validar o sofrimento desse período duro. As chances de ser efetivamente ouvido e atendido em seu pedido, após uma escuta empática e acolhedora, aumentam consideravelmente - avalia a psicóloga.

Para ela, individualizar o sofrimento pode ser uma estratégia muito importante em momentos de sofrimento coletivo, pois cada um sofre a seu modo.

- Podemos identificar as reais necessidades de cada idoso e familiar envolvido nesse contexto desafiador de pandemia, em que todos nós estamos inseridos, e do qual sairemos, certamente, melhores e mais resilientes -, conclui Bernardes.


Você sabe o que é a fome emocional e por que ela aparece?

Psicóloga especialista explica o distúrbio e se ele pode ser considerado um transtorno alimentar. Saiba também se o problema foi impulsionado durante a pandemia

 

Já ouviu falar em fome emocional? O problema é mais comum do que parece e pode trazer consequências sérias, principalmente em tempos tão difíceis como estamos vivendo com a pandemia do novo Coronavírus. Karine Figueiredo psicóloga e conselheira da Associação Brasileira de Impulsividade e Patologia Dual, a ABIPD, explica que a ameaça de contágio da COVID-19 provoca em uma pessoa especialmente sensações de insegurança e preocupação com a sua saúde e a dos seus entes mais queridos.

De acordo com ela, tal fato aumenta a quantidade de hormônios - liberados com o estresse - e isso afeta a química do organismo. "Como consequência, ocorrem perturbações no comportamento alimentar. As mais comuns são: a compulsão alimentar, a bulimia e a anorexia", destaca a especialista parceira da Associação Psiquiátrica de Brasília, APBr.

Mas o que é e como surge a fome emocional? Conforme a psicóloga, ela se contrapõe à fome fisiológica, consiste em um transtorno de natureza comportamental ou psicológico. "Quem sofre com o problema altera propositalmente seu comportamento alimentar para aliviar um desconforto emocional (estresse, tristeza, tédio, solidão, etc.)", pontua. "Em outras palavras, a pessoa come não por necessidade do organismo, mas sempre que alguma emoção negativa surge. Isso porque busca no alimento uma forma de atenuar ou esquecer aquela emoção", acrescenta.

Mas ela não pode ser considerada um transtorno alimentar. "A fome emocional é um transtorno comportamental ou psicológico, ao passo que os transtornos alimentares são transtornos psiquiátricos", aponta. Segundo a profissional, na fome emocional, o indivíduo come para esquecer ou diminuir uma emoção ruim. "Há uma alteração voluntária de seu comportamento alimentar, pois, em palavras simples, come sempre que sofre", ressalta.

Por outro lado, nos transtornos alimentares, ocorrem alterações químicas no funcionamento do organismo em razão da liberação de hormônios resultantes do estresse, fator biológico que independe da vontade do indivíduo. "Nada impede, porém, que uma pessoa, diante de um quadro de estresse agudo, desenvolva simultaneamente os dois transtornos", relata.



Há tratamento para esse tipo de problema?


Karine Figueiredo explica que o tratamento para os transtornos alimentares varia de transtorno para transtorno. "Isso porque cada transtorno tem causas, sintomas e critérios de diagnóstico próprios. Um ponto em comum é que o tratamento, independentemente do tipo de transtorno associado, deve ser realizado por uma equipe multiprofissional composta por, no mínimo, um psiquiatra, um psicólogo e um nutricionista", relata. Ela complementa que o trabalho também deve ser feito com o auxílio da família e de pessoas próximas ao paciente, isso porque questões familiares e aspectos sociais contribuem para a descoberta da origem do problema.

A profissional conclui: "deve-se ressaltar ainda que, embora o tratamento seja conjunto, a confirmação do diagnóstico é sempre clínica e só pode ser feita por um psiquiatra, uma vez que os transtornos alimentares se tratam de uma categoria específica de transtornos mentais".

Resiliência: entender que os desafios fazem parte da vida e resolver os problemas sem desanimar é essencial

 O Colégio Bom Jesus auxilia alunos e famílias a enfrentarem as adversidades com coragem e otimismo, especialmente neste momento de pandemia


“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo”. A frase do poeta português Fernando Pessoa ilustra de maneira lúdica e sensível o sentido de uma palavra necessária para o enfrentamento positivo das adversidades, especialmente nos dias de pandemia: a resiliência. As pessoas resilientes têm a capacidade de encarar de frente e superar os desafios da vida com força, otimismo e, ainda, saindo fortalecidas dessas situações. Ou seja: os problemas existem, não há como fugir. Mas é preciso superá-los com força e coragem, sem esmorecer. Isso é resiliência:

A resiliência é uma característica que se aprende e se desenvolve durante a vida. Por isso, é importante que os pais estimulem seus filhos a serem resilientes, desde a infância. Assim, sendo incentivada desde muito cedo, as chances de a criança se tornar um adulto com mais dificuldades para enfrentar as adversidades é menor, como explica a psicóloga escolar do Departamento de Saúde Escolar (DSE) do Colégio Bom Jesus, Caroline Sobocinski Paes Pereira. “Quando ensinamos a resiliência no processo de formação da criança, podemos evitar algumas situações futuras, como o uso de drogas, a autoagressão, a falta de habilidades no trabalho, a dificuldade nos relacionamentos de um modo geral”, esclarece.

A resiliência, segundo a psicóloga, é aprendida a partir das experiências vivenciadas na vida. Portanto, pode (e deve) ser ensinada. Dessa forma, quando se aprende a ser resiliente, fica é possível enxergar o mundo – e os problemas que ele traz – por um viés mais positivo, de uma forma mais leve, entendendo que tudo tem seu tempo. “É importante verificarmos como utilizamos a resiliência a nosso favor: como fazemos o enfrentamento positivo de um desafio que é transitório, como transformamos a experiência desse enfrentamento em aprendizado”, relata a psicóloga Caroline.

Há diversos sinais aos quais os pais podem ficar alerta em relação aos filhos para entender que eles estão tendo dificuldades no enfrentamento dos problemas: dificuldade de expressar sentimentos, falta de autocontrole (comportamento impulsivo), dificuldade em tolerar frustrações (sofrimento demasiado em determinadas situações), baixa autoestima, entre outros. “De um modo geral, não se espera que a criança seja resiliente, por isso nós orientamos primeiro aos pais, pois eles precisam estimular a resiliência em seus filhos. E a escola contribui nesse processo”, comenta a psicóloga do Colégio Bom Jesus.


Pandemia

Há mais de um ano o mundo vive uma pandemia sem precedentes. Por conta disso, os estudantes foram privados do convívio social presencial, tiveram que aprender a ajustar a forma de aprendizagem e ainda viver a angústia das incertezas. E todo esse processo de adaptação foi sentido pela família desses jovens. “Nunca vivemos uma exposição a tantas adversidades sem que os pais fossem poupados”, observa Caroline. Durante todo esse período o Colégio Bom Jesus vem orientando as famílias a como proceder no ensino remoto ou híbrido. Mas é preciso muita cautela. “A principal recomendação é que as famílias precisam ajustar as expectativas a respeito dos filhos e da escola neste momento, para que possam fazer um enquadramento positivo de tudo que estamos vivendo, pois não temos um grau de previsibilidade ou controle da situação”, recomenda. Quando se faz esse ajuste, segundo Caroline, fica mais fácil entender o desafio e enxergar nele algo bom, que traga aprendizado.

 

Ebook auxilia famílias a incentivar a resiliência

O Colégio Bom Jesus tem a preocupação em desenvolver essas características nas famílias como uma forma de construção da cidadania. Por isso, o Departamento de Saúde Escolar (DSE) desenvolveu um ebook sobre o tema, na tentativa de auxiliá-las nessa missão, dando dicas de como incentivar a resiliência na infância e na adolescência. A ideia é mostrar aos pais, estudantes e a toda a comunidade escolar que os problemas e frustrações fazem parte da vida e é preciso estimular a resolução de problemas e a tomada de decisões apropriadas.


Mais de um ano de pandemia. Quem está bem?

Há pouco mais de um ano atrás, nossas vidas foram atravessadas pela presença de uma ameaça desconhecida e invisível. Perdidos e desorientados, buscávamos sem sucesso alguma informação mais consistente que nos apontasse uma melhor maneira de combatermos esse mal. Mesmo agora, diante de todo o período transposto, não é incomum que continuemos inseguros ao enfrentar a falta de um direcionamento preciso.

Ao lidarmos com uma situação singular, tendemos a buscar referências anteriores que possam nos ajudar a balizar as novas experiências ou a seguir determinações provenientes daqueles que consideramos autoridades no assunto em questão. No entanto, enraíza-se no Brasil uma crescente polarização sobre os protocolos a serem seguidos na medida em que a pandemia se estende por um período continuado.

Sem uma sustentação prévia, tendemos a nos apoiar naqueles que julgamos possuir um maior domínio sobre o tema, por vezes, seguindo suas orientações de forma irrefletida. Nos comportamosassim, de um modo cada vez mais impessoal, nos distanciando muitas vezes da lógica, do bom senso e da coletividade ao buscarmos aplacar,a qualquer custo, a angústia que se potencializa em meio àquilo que não conseguimos controlar ou contornar.

Como decorrência direta, em nenhuma outra época os trabalhadores da área da saúde foram tão demandados. Se por um lado a procura pela prevenção, tratamento e cura do corpo seguem se intensificando, nunca se debateu tanto sobre saúde mental. Psicólogos e psiquiatras observam alarmados a avalanche aterradora de novos sintomas que emergem decorrentes do tempo prolongado de exposição à insegurança e ao medo.

Os profissionais desse campo estão exaustivamente se reinventando em busca de novos métodos e procedimentos que proporcionem alívio do sofrimento psíquico que se alastra velozmente. A atualização técnica que já era contínua, agora se torna ainda mais frequente e indispensável. Numa corrida contra o tempo, eles se renovam para atender não apenas às novas exigências que se instalam, como as tantas outras questões preexistentes.

Todos nós fomos atingidos, em algum grau, pelo Covid e não há possibilidade de passar intacto por tudo o que vem ocorrendo. Para tanto, estudiosos do psiquismo seguem se atualizando aprocura deferramentas que tornem esse período mais tolerável. Contudo, é preciso acolher a fala sobre saúde mental. Gritar por ela. Lutar pela nossa. É necessário que, cada vez mais, tomemos consciência de seu valor inestimável para a sustentação do nosso bem estar integral.

 



Bruna Richter - graduada em Psicologia pelo IBMR e em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC.     Escreveu os livros infantis: “A noite de Nina – Sobre a Solidão”, “A Música de Dentro – Sobre a Tristeza” e ” A Dúvida de Luca – Sobre o Medo”. A trilogia  versa sobre sentimentos difíceis de serem expressos pelas crianças – no intuito de facilitar o diálogo entre pais e filhos sobre afetos que não conseguem ser nomeados. Inventou também um folheto educativo para crianças relacionado à pandemia, chamado “De Carona no Corona”.  Bruna é ainda uma das fundadoras do Grupo Grão, projeto que surgiu com a mobilização voluntária em torno de pessoas socialmente vulneráveis, através de eventos lúdicos, buscando a livre expressão de sentimentos por meio da arte. Também formada em Artes Cênicas, pelo SATED, o que a ajuda a desenvolver esse trabalho de forma mais eficiente.


Dependência Química: 5 Sinais que indicam a necessidade de internação

O psicólogo Pablo Sauce, Coordenador do Programa para Dependência Química da Clínica Holiste, esclarece os principais tabus sobre dependência química


O Relatório Mundial sobre Drogas 2020 realizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) confirmou que a crise da COVID-19 e a retração econômica ameaçam agravar ainda mais os riscos das drogas. O estresse, ansiedade, o medo e outros sintomas da pandemia podem elevar o consumo de álcool, remédios e substâncias ilícitas.  Assim, com o isolamento social, muitas famílias tiveram que enfrentar os problemas causados pela dependência química mais de perto - ou até mesmo pela primeira vez.

Nessas horas, a principal dúvida é: Quando procurar ajuda especializada? E, em casos mais graves, como identificar a necessidade de internação?  O psicólogo Pablo Sauce, Coordenador do Programa para Dependência Química da Clínica Holiste, explica que existem alguns sinais que acendem uma luz de alerta sobre a possibilidade de uma intervenção. “Primeiramente considero uma internação necessária quando o usuário perdeu o controle sobre o uso da substância, esse descontrole repercute no âmbito de convivência, seja familiar ou social”, aponta.


Pedido de ajuda: Muitas vezes, o pedido de ajuda parte do próprio usuário quando o uso da substância não está mais associado à busca de prazer, mas ao apagamento de uma dor ou sofrimento associado à falta da droga. “Este é o sinal de que, passada a fase da lua de mel, a relação com a droga está virando uma lua de hell, ou seja, transformando a vida do paciente em um inferno.


Alcoolismo crônico: Nos casos de alcoolismo crônico, um sinal importante é o quadro de confusão mental. Com aumento significativo dos esquecimentos e do número de acidentes cotidianos, assim como as perturbações causadas pela perda das funções hepáticas, são indícios evidentes da necessidade de uma internação urgente. 


Ciclo de Mentiras: O psicólogo explica que quando o usuário entra no círculo vicioso das mentiras, sem se preocupar com as evidências que atestam a gravidade do problema, é indício da entrada em uma espiral difícil de sair sem auxílio. “Geralmente os usuários se reinternam neste estágio porque sabem que passado este ponto não há retorno, “só paro na internação”, como tenho ouvido dizer inúmeras vezes”, comenta.


Mudança de Rotina: Concomitante com os sinais anteriores, mudanças de rotina, como trocar o dia pela noite, mudança radical de turma ou isolamento, descuido pessoal, esvaziamento dos compromissos e reorganização da vida em função do uso da substância, indicam um quadro à beira de uma intervenção da ordem de uma internação, explica Pablo Sauce.


Furtos e Violência: Um inequívoco indício da necessidade de internação é quando o usuário passa a trocar objetos por substâncias, sejam dele ou furtados da família. Ou ainda, passa a se endividar para sustentar a dependência, assim como quando passa a exigir dinheiro ou objetos dos familiares.

Qualquer um destes pontos acende um sinal de alerta que indica a necessidade de acompanhamento psiquiátrico. É importante frisar que a Dependência Química ́ não é um problema moral, mas de uma questão médica que deve ser acompanhada de perto por um profissional da saúde. “A ajuda profissional é fundamental porque, por se tratar de uma dependência, os sintomas de abstinência podem ser insuportáveis. Se livra do vício não é uma mera questão de força de vontade, é um trabalho difícil que depende da ajuda de quem está no entorno do paciente, profissionais e família.”, defende.


Como lidar com um dependente químico em casa?

De acordo com Pablo, na maioria dos casos os familiares costumam ficar divididos entre a culpa e a angústia. “A culpa por achar que são inteiramente responsáveis pelas consequências do “desvio” de conduta do usuário, agem como se o usuário fosse uma vítima, sem decisão própria e sem responsabilidade pelas consequências de seus atos”.

O problema é que essa posição de culpa acaba dificultando a tomada de decisão sobre o tratamento. O profissional conta que muitas famílias entendem o tratamento por uma via negativa e se mostram dispostas a fazer o impossível para poupar o usuário da “privação” que o processo de desintoxicação representa no imaginário. “Sobretudo o ato da internação por determinação médica, ou popularmente, a involuntária, é visto como um acontecimento traumático, do qual o usuário nunca mais poderá se recuperar ou perdoar a família - e não é assim”, comenta.

Nesses casos, além do dependente químico, a família também precisa de ajuda profissional para aprender a entender a situação e a lidar com os próprios sentimentos. “A orientação nesses casos é ajudar a família a perceber, entre suas expectativas, o que há de falsas soluções negacionistas e indicar o caminho da co-responsabilidade, dela e do usuário”, pontua o psicólogo.


Dependência Química x Pandemia

No Brasil, pesquisas apontam que a pandemia impulsionou o consumo de álcool, maconha e outras substâncias. “Este fenômeno parece indicar que as ondas do uso de substâncias acompanharam, ao menos parcialmente, a oscilação da pandemia - maior e menor distanciamento. O distanciamento implicou no aumento do uso de “ansiolíticos” e o menor distanciamento implicou no aumento do uso das drogas “estimulantes”, finaliza o psicólogo.

 

 

Catalisador em dia: bom para o carro, para o bolso e para a saúde

Uma verificação preventiva no automóvel é necessária para detectar e solucionar problemas, como rachaduras, amassados, vazamentos e furos nos componentes do sistema de exaustão
Umicore


O outono chegou. Junto com a estação chegam também dias mais secos, maior amplitude térmica e a conhecida mancha marrom no horizonte das grandes cidades. Nessa época do ano, os gases tóxicos ficam presos nas camadas mais baixas da atmosfera e, se já não bastasse a pandemia, essas condições favorecem e agravam a incidência de doenças respiratórias e alérgicas sazonais, como bronquite, rinite alérgica e irritação nos olhos. Com isso, a Umicore, empresa especialista em tecnologias para controle de emissões veiculares, destaca que manter o catalisador em perfeitas condições de funcionamento é essencial para a melhora da qualidade do ar e da poluição.

Responsável pela conversão de até 98% dos gases nocivos em vapores inofensivos, o catalisador é uma peça fundamental para reduzir a emissão de poluentes produzidos por motores à combustão. Entenda melhor na tabela o efeito dos gases expelidos pelo motor automotivo antes e depois da ação do componente:

Ação do catalisador permite transformar até 98% dos gases tóxicos em substâncias inofensivas à saúde
Umicore

 

Gases

Efeitos

Após a catálise

HC (Hidrocarbonetos)

Causa irritação nas vias respiratórias, anemia, leucemia e câncer pulmonar

Transforma-se em vapor d’água e gases inofensivos

CO (Monóxido de Carbono)

Causa asfixia sistêmica, pneumonia e danos cerebrais

Transforma-se em gás carbônico (gás exalado ao respirarmos)

NOx (Óxido de Nitrogênio)

Causa ardência nos olhos, nariz e mucosas. Também provoca bronquite, enfisema, insuficiência respiratória e até mutações genéticas

Transforma-se em N2 (Nitrogênio), que representa 75% do ar que respiramos da atmosfera

O3 (Oxidantes fotoquímicos, Ozônio e Aldeídos)

Causa irritação nos olhos, garganta e infecções generalizadas

São originadas das reações fotoquímicas da luz solar com os poluentes: HC, CO, NOx

“Uma verificação preventiva no automóvel é necessária para detectar e solucionar problemas, como rachaduras, amassados, vazamentos e furos nos componentes do sistema de exaustão. É importante destacar que o catalisador pode ter a mesma durabilidade do veículo, desde que aconteça a sua correta manutenção, conforme está especificado no manual do fabricante. Outro ponto fundamental é se atentar à qualidade do combustível ao abastecer”, orienta Stephan Blumrich, vice-presidente e diretor da Umicore.

Além do catalisador, é importante verificar outros sistemas do automóvel que influenciam na exaustão de gases poluentes, como o de ignição, que engloba velas, cabos e bobinas; o de arrefecimento do motor; e o sistema de alimentação de ar e combustível. “Não tem segredo, basta manter as revisões do veículo em dia. Isso garante uma melhor qualidade do ar, contribui para a durabilidade das peças, e evita o prejuízo ao bolso, com gastos desnecessários no caso de uma possível necessidade de substituição de vários componentes ao mesmo tempo”, finaliza Blumrich.


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