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terça-feira, 9 de março de 2021

É possível viver bem com doença renal crôni

No Dia Mundial do Rim, o Hospital Pequeno Príncipe mobiliza sociedade em prol da qualidade de vida de crianças e adolescentes com problemas renais

 

“Tratamos nosso filho não como uma pessoa doente, mas como uma criança normal que possui cuidados especiais”, conta Cássia Caroline Silva Guerra, mãe do pequeno Miguel Guerra, de 3 anos, que desde o nascimento tem o diagnóstico de insuficiência renal crônica. A rotina de adultos, adolescentes e crianças que sofrem com insuficiência renal não é fácil. Para a maioria dos pacientes, incluindo os que dependem de diálise e os transplantados renais, o tratamento para controlar a doença pode ser desgastante.

A dieta restritiva que exige a exclusão de sal dos alimentos, o controle da sede e a ingestão de minerais como potássio, sódio e fósforo, por exemplo, faz parte do dia a dia dessas pessoas. O cotidiano, especialmente das crianças, também acaba sendo afetado por sintomas como fraqueza, coceira ou inchaços pelo corpo. No caso dos pacientes que realizam diálise peritoneal ou hemodiálise, há limitação de determinados tipos de atividades como ir à piscina ou entrar no mar, para evitar infecções por causa do uso do cateter. Já os transplantados devem evitar a prática de esportes de contato como o futebol.

 

Há mais de três décadas oferecendo o Serviço de Nefrologia, o Hospital Pequeno Príncipe aproveita o Dia Mundial do Rim, sempre celebrado na segunda quinta-feira do mês de março, para conscientizar e orientar pais e responsáveis sobre a possibilidade de melhorar a qualidade de vida dos filhos que sofrem com insuficiência renal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, uma em cada dez pessoas tem algum tipo de comprometimento dos rins, por isso a campanha deste ano, “Vivendo bem com a doença renal”, pretende mostrar que, embora medidas eficazes de prevenção e progressão da doença renal sejam importantes, os pacientes devem sentir-se apoiados, junto aos seus familiares, especialmente durante a pandemia e outros períodos críticos.

“É um desafio muito grande que precisa ter o envolvimento das famílias. Quando a criança vai crescendo, é preciso estimular que ela não se acomode, não pare de estudar; ela precisa tentar viver uma vida normal. O Serviço de Nefrologia já tem mais de 30 anos, e desde o início nossa preocupação foi oferecer bem-estar para as crianças tratadas aqui”, explica a nefrologista pediátrica do Pequeno Príncipe Lucimary Silvestre.

Miguel é um dos exemplos de que, com alguns cuidados especiais, é possível manter uma qualidade de vida mesmo com as limitações de uma doença crônica. Logo nos primeiros dias de vida, ele começou a fazer diálise e alguns meses depois a família, que era de Londrina, mudou-se para Curitiba para realizar o tratamento no Pequeno Príncipe. “Foi a melhor decisão que tomamos para a qualidade de vida dele. Tratamos em uma instituição que é referência, e eu só tenho a agradecer por todo o cuidado. Hoje o Miguel brinca, corre e tem uma evolução diária, sempre nos surpreendendo”, relata Cássia.

De acordo com a nefrologista Lucimary Silvestre, é preciso adaptar-se à rotina do tratamento e controle. “Em relação à comida, podemos fazer substituições de temperos para garantir mais sabor. Para as crianças é importante ainda que, fora da pandemia, elas continuem brincando com os amiguinhos para estimular a interação. Elas também devem realizar atividades físicas como caminhada, que está dentro dos seus limites, e até mesmo participar de viagens curtas com a família. A gente fica muito feliz em saber que temos vários pacientes que hoje já são adultos, estão se formando em cursos universitários, têm sua vida profissional e constituíram suas famílias. Isso é muito bom, porque a gente vê que eles estão procurando também viver da melhor maneira possível mesmo tendo uma doença que seja crônica”, finaliza a médica.


Serviço

Criado em 1985, o Serviço de Nefrologia do Hospital Pequeno Príncipe é o único exclusivamente pediátrico do Paraná e também é considerado um dos mais completos do Brasil. A instituição oferece hemodiálise, diálise peritoneal, transplante renal, hemodiafiltração, plasmaferese e urodinâmica, além de ambulatório geral de Nefrologia e ambulatórios especializados para atender pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador, litíase, tubulopatias, glomerulopatias, bexiga neurogênica e hipertensão arterial. Mesmo com a pandemia do coronavírus, a instituição manteve seus atendimentos com excelência técnica, cuidado e humanização. Em 2020, o maior hospital pediátrico do país realizou 13 transplantes de rim, 4.686 sessões de hemodiálise e atendeu 450 pacientes.


Sinais de alerta

Os rins são responsáveis por filtrar o sangue e pelo controle da pressão arterial, por isso são fundamentais para o pleno funcionamento do corpo. Para que as crianças e adolescentes não desenvolvam problemas renais na vida adulta é importante que se tenha cuidados com o estilo de vida. É importante que crianças a partir dos 3 anos tenham sua pressão aferida ao menos duas vezes por ano e sejam incentivadas a praticar exercícios físicos, beber água e não ingerir muito sal. A doença renal crônica – antes conhecida como insuficiência renal crônica – não apresenta sintomas durante sua fase inicial e, por esse motivo, seu diagnóstico, muitas vezes, ocorre tardiamente, quando a função dos rins já está prejudicada, por isso é importante ficar atento aos seguintes sinais:

 

– infecções de urina recorrentes;

– pressão alta;

– presença de sangue e/ou espuma na urina;

– alterações de cor e odor da urina;

– inchaço nos olhos, pés ou barriga;

– dor ao urinar;

– anemia constante;

– problemas no crescimento; e

– deformidades ósseas.


Estudo associa problema bucal a agravamento da Covid-19

Pesquisa desenvolvida por instituições no Catar, Espanha e Canadá revela que pessoas com periodontite podem ter risco três vezes maior de sofrer internação na UTI, entubação e morrer por contrair o Coronavirus.


Um estudo recente conduzido por pesquisadores do Catar, Espanha e Canadá avaliou que pessoas com a forma mais grave de periodontite tem um risco três vezes maior de serem internados na UTI, entubados e até falecer por contrair Sars-Cov-2.

Os pesquisadores avaliaram radiografias de 568 pacientes que tiveram Covid e observaram a relação direta entre a periodontite e o agravamento da doença. “A evolução no caso da Covid-19 para quem tem as bactérias na região do ligamento periodontal é sempre mais grave, em relação aos pacientes que tem a saúde periodontal em dia”, explica a dra. Olívia Kiehl, cirurgiã dentista da LK Odontologia, consultório localizado no bairro do Cambuí em Campinas.

A dentista observa que a visita regular e preventiva ao dentista, a manutenção de uma escovação apropriada e assídua e o uso correto do fio dental são fatores essenciais para se evitar a doença periodontal.

Com relação ao receio de que muitos estão em visitar um consultório odontológico, a profissional tem uma resposta tranquilizadora. “Estamos seguindo, assim como os profissionais sérios da área, todas as normas de biossegurança estabelecidas pelos conselhos de saúde. Espaçamento entre os pacientes, limpeza completa de todo o ambiente, incluindo uso de spray virucida no ar condicionado, roupas e EPIs especiais descartáveis. Com tudo isso o ambiente se torna estéril”, garante.

Ela orienta que se observe se existe sangramento gengival, sinal de que a periodontite pode estar instalada. “Como a doença destrói o tecido do ligamento entre gengiva e dentes, ela pode ocasionar a sua perda. Por isso é muito importante que seja tratada de forma precoce”, recomenda.

 



Olívia Kiehl - Com formação recente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dra. Olívia desde já quer desmistificar que a odontologia não se restringe somente à saúde bucal, mas da saúde do corpo, em sua integralidade. Ela também é crítica dos procedimentos estéticos que causam desgaste e outros danos desnecessários aos dentes. Queremos trazer essa mudança para nosso cotidiano e para o dia a dia das pessoas, pois temos convicção que a odontologia não traz dor, mas conforto à vida das pessoas”, diz.


Loriene Galacini - tem mais de 30 anos de carreira, e se apaixonou pelo atendimento a pacientes especiais: atuou em diversas ações solidárias com crianças portadoras de necessidades e realizou especializações nessa área. Com doutorado em cirurgia e trauma bucomaxilofacial, a profissional é altamente capacitada para atendimentos em todo tipo de patologias bucais e também nas mais modernas tendências da odontologia estética.


Conheça 12 doenças que não podem ficar sem tratamento médico

Especialistas do Hospital CEMA listam as enfermidades de olhos, ouvidos, nariz e garganta que podem causar sequelas graves se não receberem os cuidados médicos necessários durante a pandemia


Existem inúmeras doenças que precisam de um acompanhamento médico rigoroso, sob pena de provocar danos graves e sequelas irreversíveis com a interrupção do tratamento. Por esse motivo, o Hospital CEMA e suas unidades são considerados serviços essenciais e continuarão com atendimento normalmente, mesmo na fase vermelha no estado de São Paulo.

Em oftalmologia, por exemplo, algumas enfermidades podem levando à perda da visão; já em otorrinolaringologia há aquelas que causam surdez e problemas neuromotores.

Há questões médicas que não podem ficar para depois. "Infecções agudas ou crônicas precisam ser tratadas e acompanhadas adequadamente, assim como casos de paralisia facial periférica aguda ou surdez súbita, que podem provocar sequelas sensório-motoras permanentes", explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Andy Vicente.

"No que diz respeito à saúde dos olhos, os problemas que podem gerar sequelas graves, caso não exista um tratamento adequado, é o glaucoma, que atrofia o nervo óptico; a retinopatia diabética e hipertensiva, que causa hemorragia na retina, e também o estrabismo, em crianças menores de 4 anos", detalha o oftalmologista Pedro José Monteiro Cardoso.

Os especialistas listam abaixo quais doenças necessitam de um acompanhamento presencial qualificado:

1 - Glaucoma - Sem controle médico, o aumento da pressão intraocular danifica o nervo óptico. O paciente não percebe, pois, a perda é, inicialmente, periférica. Com o tempo os danos podem ser irreversíveis;

2 - Doenças maculares - A falta de acompanhamento leva a uma perda progressiva da visão central;

3 - Miopia - Em adolescentes e pessoas com mais de 6 graus pode haver progressão da doença. Além disso, acima dos 6 graus é mais comum a ocorrência de descolamento da retina;

4 - Retinopatia diabética e hipertensiva - Essas doenças podem levar a hemorragia e extravasamento do líquido da retina, levando a perda da visão.

5 - Catarata - Sem acompanhamento cirúrgico, a doença evolui para perda da visão. Embora a diminuição da visão seja reversível, a cirurgia, quando adiada por muito tempo, fica mais complicada, já que o cristalino - afetado pela doença - torna-se mais rígido;

6 - Conjuntivite - Se não tratada, pode levar a complicações mais graves na córnea;

7 - Estrabismo - Principalmente nos casos de crianças que tratam a ambliopia (olho preguiçoso) é essencial o acompanhamento;

8 - Infecções agudas ou crônicas no aparelho respiratório e auditivo - Amigdalites, otites, otomastoidites, sinusites e laringites necessitam de acompanhamento criterioso, principalmente quando os sintomas permanecem por mais de 5 dias. Tais doenças podem causar complicações, como abscessos, meningite, trombose venosa, entre outras.

9 - Obstruções nasais - Crianças com aumento significativo das amígdalas, pessoas com hipertrofia dos cornetos nasais ou polipose nasal severa, que apresentam como principal sintoma a obstrução nasal intensa, devem ser acompanhadas, já que podem prejudicar a qualidade de vida das pessoas afetadas e trazer outras complicações;

10 - Doenças que causam déficits sensoriais e/ou motores - Surdez súbita, vertigem súbita, labirintites crônicas e a paralisia facial periférica aguda (paralisia de Bell) também devem ser avaliadas e acompanhadas adequadamente para evitar sequelas sensório-motoras permanentes;

11 - Apneia e Ronco - Pacientes que apresentam tais problemas também precisam de avaliação médica regular, pois a afecção pode provocar ou estar associada à comorbidades importantes, como hipertensão arterial, diabetes, arritmias cardíacas e até mesmo morte súbita;

12 - Candidatos à implante coclear - Os pacientes que apresentam perda auditiva neurossensorial profunda bilateral congênita, principalmente crianças abaixo de 2 anos, e que podem se beneficiar de implantes cocleares, devem fazer reabilitação auditiva o mais precocemente possível, pois um atraso na realização desse procedimento pode provocar déficits cognitivos irreversíveis. Essa é uma situação considerada emergência neurolinguística. Tais pacientes precisam de um acompanhamento contínuo.

Ademais, algumas doenças otorrinolaringológicas possuem sintomas semelhantes a outras enfermidades mais graves, como tumores, granulomatoses (inflamação nas vias aéreas), doenças autoimunes e neurológicas. Por isso é tão importante que essas patologias sejam investigadas, tratadas e acompanhadas adequadamente.


Câncer de testículo: Machismo e falta de conhecimento ainda são barreiras para detecção precoce do tumor

Tumor afeta majoritariamente homens jovens, com menos de 50 anos; Especialista explica causas e como identificar sinais da doença


Nesta terça-feira (09/03) o ator Léo Rosa faleceu em decorrência de um câncer de testículo. Diagnosticado em 2018, ele descobriu a doença já em fase avançada, quando a doença apresentava sinais de metástase - quando as células cancerígenas se espalham pela corrente sanguínea e conseguem se instalar em outras partes do corpo.

Responsável por cerca de 5% do total de casos de tumores malignos na população masculina, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de testículo afeta de forma mais frequente homens com idades entre 15 e 50 anos. Nessa fase, segundo dados do Ministério da Saúde, existe chance de o tumor ser confundido, ou até mesmo mascarado, por um processo inflamatório ou infeccioso envolvendo o testículo. O número de mortes pela doença chega a 446 pessoas por ano no Brasil, muitas vezes devido à detecção tardia, já em estágios mais graves.

"Os sintomas mais comuns são aumento do testículo e/ou dor. É muito comum que os homens o descubram no banho, durante a higiene, por isso o autoexame da área é a melhor forma de garantir uma possível detecção precoce de qualquer alteração", comenta Andrey Soares, oncologista do CPO Oncoclínicas.

Ainda de acordo com o especialista, o tumor testicular é mais comum em indivíduos que sofreram traumatismos na região, o que aumenta o risco de incidência entre atletas. Crianças que tiveram criptorquidia, disfunção congênita em que o testículo nasce dentro do corpo, ou seja, fora de posição normal, também estão entre o grupo que tem maior chance de desenvolver a doença e devem ficar atentos a qualquer alteração no testículo.

Entre os sinais mais comuns da doença, está o aparecimento de um nódulo duro, que na maioria das vezes não provoca dor. Pode ser ainda observado em alguns casos uma mudança no tamanho do testículo (aumento ou diminuição), sensação de um peso ou dor na região abdominal ou ainda a presença de sangue na urina. Se diagnosticado em fase inicial, esse tipo de câncer supera a marca dos 90% de chance de sucesso no tratamento, mas a barreira do preconceito ainda precisa ser superada.

"Quando falamos em câncer masculino é natural que automaticamente as pessoas relacionem o termo à ocorrência de tumores de próstata, em especial graças a iniciativas globais de promoção à conscientização da população, reforçadas todos os anos por meio de campanhas como o Novembro Azul. Mas é importante ampliar as conversas sobre outros tipos de tumores que afetam exclusivamente o gênero masculino. O câncer de testículo atinge majoritariamente homens mais jovens e é altamente curável, principalmente se diagnosticado precocemente. Então, é fundamental que o homem busque um médico ao notar qualquer alteração nos testículos", frisa Andrey.

Após exame clínico para verificação da presença de nódulos palpáveis ou alterações que sugiram câncer, um dos exames para confirmação diagnóstica é a ultrassonografia da bolsa escrotal, que identifica o tipo de lesão. Também são realizados exames laboratoriais para a identificação de marcadores tumorais específicos (alfafetoproteína, beta-HCG e LDH).

Confirmado o diagnóstico, é feita ainda uma tomografia computadorizada do tórax, abdômen e pelve para verificação do estadiamento da doença e a definição de conduta terapêutica, o que pode incluir a retirada de um ou dos dois testículos para controle do câncer. Além da cirurgia, quimioterapia e radioterapia podem ser recomendados, podendo ser utilizadas de forma isolada ou combinadas dependendo do caso.
 

ABNT alerta para importância do uso correto das máscaras de proteção respiratória

Associação Brasileira de Normas Técnicas desenvolveu documento com recomendações de fabricação, desempenho e uso para as máscaras de proteção respiratória de uso não profissional 


O Brasil vive seu pior momento desde o início da pandemia do coronavírus, com alta de casos, internações e mortes em todas as regiões do País. De acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa, 10.482 pessoas morreram em decorrência da doença na última semana - a maior quantidade já registrada no período de sete dias. De acordo com especialistas, diante deste cenário tão preocupante, uma das alternativas para minimizar a taxa de transmissão direta do novo coronavírus é o uso de máscara facial. Segundo o estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), o uso de máscaras é capaz de conferir mais proteção do que apenas o distanciamento social ou a higienização das mãos. Os pesquisadores basearam essa conclusão na análise do surto de coronavírus no navio de guerra americano USS Theodore Roosevelt. 

A Marinha americana informou que, de uma tripulação de cerca de 4.800 marinheiros, 1.273 deram positivo para o vírus e 382 participaram do estudo. Os resultados mostraram que apenas 55,8% das pessoas que usavam máscara regularmente pegaram a doença, em comparação com 80,8% das que não usavam - uma redução de 25%. 

O uso correto de um simples dispositivo de proteção individual pode contribuir para salvar vidas e reduzir o custo social e humano da pandemia de Covid-19. Além de também contribuir para reduzir a disseminação de outros agentes infecciosos. É importante lembrar que a utilização de máscara não invalida a necessidade das ações de distanciamento social e a adoção de medidas de proteção e higiene recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Devido ao aumento das dúvidas sobre a correta utilização das máscaras de proteção, qual o melhor tecido ou material de fabricação e como funciona o reuso da máscara, a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas desenvolveu um documento normativo de referência para orientar a sociedade. A ABNT PR 1002:2020 contém recomendações de fabricação, design, desempenho e uso para as máscaras de proteção respiratória de uso não profissional, que podem ser reutilizáveis ou descartáveis. 

"Através da Prática Recomendada ABNT 1002, pretendemos oferecer à sociedade um guia informativo para produção de máscaras de proteção, assim como para orientação sobre o seu uso correto, lavagem, reuso e descarte. É importante lembrar que o uso de máscara vai além de autoproteção e é uma forma de também proteger o outro", explica Mario William Esper, Presidente da ABNT. 


Algumas orientações importantes feitas pela ABNT em seu documento são: 

• O uso da máscara de proteção respiratória de uso não profissional está previsto, por exemplo, para pessoas em trânsito ou em ambientes fechados com acesso ao público, visando proteger grupos de pessoas e assim evitando a disseminação de agentes infecciosos. 

• A máscara de proteção respiratória de uso não profissional deve cobrir o nariz, a boca e o queixo e não pode possuir válvulas inspiratórias e/ou expiratórias. As peças podem ser montadas por solda ultrassônica, termofixação e/ou costura. 

• As máscaras de proteção respiratória de uso não profissional podem ser produzidas a partir de diversas composições têxteis e disponibilizadas em diferentes formas. Ainda que não haja material ou número de camadas especificados para sua produção, é recomendado atentar-se à qualidade da máscara, bem como aos requisitos mínimos de filtração e respirabilidade do produto. 

• Sugere-se que a penetração da máscara de proteção respiratória de uso não profissional tenha capacidade de filtragem de no mínimo 70% para partículas sólidas ou líquidas, com diâmetro de 3cm ou eficiência de filtragem bacteriana. 

• Para a fabricação de máscara de proteção respiratória de uso não profissional, podem ser utilizados tecidos planos, malhas e/ou não-tecidos, compostos por fibras naturais, artificiais e/ou sintéticas. 

• Recomenda-se a troca da máscara de proteção respiratória de uso não profissional após 3 horas de uso contínuo ou quando for percebida umidade em sua parte externa. 

• Em hipótese alguma a máscara de proteção respiratória de uso não profissional deve ser colocada em posição de espera na testa ou sob o queixo. Caso isso aconteça, ela somente poderá ser reutilizada após lavagem. 

• O manuseio das máscaras de proteção respiratória de uso não profissional usadas deve ser realizado com cuidado, sempre pelas alças ou tiras na parte traseira, evitando tocar a sua parte frontal. 

• Recomenda-se para o processo de lavagem à mão: lavar a máscara separadamente de outras roupas; deixar a máscara de molho em água e sabão ou detergente por 20-30min; enxaguar bem em água corrente para remover qualquer resíduo e sabão; evitar torcer a máscara com força e deixá-la secar completamente. Não é recomendado o uso de amaciantes. 

• A secagem da máscara pode ser realizada ao ar livre ou em máquina de secar. No caso de secagem ao ar livre, recomenda-se: prender a máscara no varal pelas alças ou tiras para evitar danos; escolher o local mais arejado possível e com eventual incidência de luz solar; escolher um local protegido de circulação de pessoas e animais para evitar que a máscara seja contaminada no processo de secagem; opcionalmente, lavar e secar em sacos de tecido próprios para lavagem de roupa. 

• Se for detectado algum dano à máscara como deformação, desgaste, perda de elasticidade das alças etc, ela deve ser descartada. 

• Para o descarte correto da máscara, recomenda-se: descaracterizar a máscara cortando-a com uma tesoura, a fim de evitar a reutilização por terceiros; colocar a máscara descaracterizada em um saco de papel ou plástico, certificar-se de que o saco esteja bem fechado e em seguida jogar em uma lixeira com tampa; após o descarte, evitar tocar no rosto ou em superfícies e lavar imediatamente as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel a 70%. 


Além da Prática Recomendada 1002, com guia de requisitos básicos para métodos de ensaio, fabricação e uso de máscaras de proteção respiratória de uso não profissional, a ABNT também elaborou a ABNT PR 1005:2020, com recomendações relacionadas às máscaras cirúrgicas. 


• A máscara cirúrgica deve conter, obrigatoriamente, um elemento filtrante e no mínimo duas camadas. A camada externa consiste em um não-tecido, cuja principal função é impedir a passagem de gotículas pulverizadas pelo paciente para o profissional da saúde e vice-versa. 

• O fabricante deve disponibilizar na embalagem do produto, ou em local apropriado à sua apresentação comercial, instruções para o uso correto da máscara incluindo a colocação, ajuste retirada e outras informações pertinentes. 

• A máscara cirúrgica deve ter um formato que permita cobrir o nariz, a boca e o queixo do usuário e que assegure o bom encaixe nas laterais. Para isso, o modelo de pregas se ajusta a diversos tipos de rosto e permite boa cobertura com proteção. 

• Para que possa ser facilmente ajustada e mantenha o contorno do nariz e das bochechas do usuário, a máscara cirúrgica deve conter um clipe nasal, de material maleável. O clipe nasal deve ser incluído dentro do material de cobertura e não pode se projetar para fora do material da máscara. 


"Os profissionais da saúde atuam na linha de frente no combate ao coronavírus e, por isso, precisam de dispositivos médicos de qualidade, que garantam sua integridade, proteção e segurança. Dentre estes dispositivos, a máscara cirúrgica é considerada essencial", finaliza Mario William Esper, Presidente da ABNT. 


Acesse mais informações e o conteúdo completo das Práticas Recomendadas neste link. 


Sobre a ABNT 

A ABNT é o único Foro Nacional de Normalização, por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo Governo Federal por meio de diversos instrumentos legais. É responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (NBR), destinadas aos mais diversos setores. A ABNT participa da normalização regional na Associação Mercosul de Normalização (AMN) e na Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) e da normalização internacional na International Organization for Standardization (ISO) e na International Electrotechnical Commission (IEC). 

Desde 1950, atua também na área de certificação, atendendo grandes e pequenas empresas, nacionais e estrangeiras. Possui atualmente mais de 400 programas de certificação, destinados a produtos, sistemas e verificação de gases de efeito estufa, entre outros. A sociedade identifica na Marca de Conformidade ABNT a garantia de que está adquirindo produtos e serviços em conformidade, atendendo aos mais rigorosos critérios de qualidade. A ABNT Certificadora tem atuação marcante nas Américas, Europa e Ásia, realizando auditorias em mais de 30 países. 


10 ações americanas mais compradas pelos brasileiros em fevereiro

Segundo levantamento realizado pela startup Stake, entre as empresas preferidas dos investidores estão a Tesla, NIO, Apple e Churchill Capital Corp IV 


Levantamento realizado pela Stake, startup que viabiliza que brasileiros invistam em ações na bolsa de valores dos Estados Unidos, identificou as 10 ações americanas mais compradas pelos brasileiros em fevereiro. O ranking aponta para três grandes tendências que estão ocupando as cabeças dos investidores de Wall Street. Carros elétricos, Bitcoins e Cannabis. 

As queridinhas do mercado continuam liderando e seguem uma tendência global de investimentos. Tesla e Nio se mantêm no topo - em primeiro e segundo lugar, respectivamente - e mostram uma preferência dos brasileiros por empresas fabricantes de carros elétricos. 

Ocupando a oitava e nona posição, duas empresas trazem luz para um dos assuntos que estão em alta no mercado: a Criptomoeda. São elas a Riot Blockchain, que concentra esforços na construção, suporte e operação de Tecnologias ligadas à moeda digital, e a Marathon Patent Group, conhecida por seus investimentos no setor de Bitcoin, seja pela compra de moeda ou de equipamentos para mineração da mesma.    

O mercado de Cannabis também ficou em alta ao longo do mês de fevereiro, é o caso da Tylray, empresa envolvida na pesquisa, cultivo, processamento e distribuição de cannabis para uso medicinal, que está ocupando a décima posição do ranking.

Para Paulo Kulikovsky, Chief Operating Officer da Stake, o grande boom recente do mercado segue em alta. “Nomes como Gamestop e AMC continuaram em pauta devido aos últimos acontecimentos que influenciaram o mercado, mas os investidores permanecem cuidadosos”, explica.

Já entre as ETFs, mais uma vez, ARK é responsável por marcar presença massiva na Stake. Os fundos administrados por Cathie Wood estão cada vez mais populares entre os investidores depois de terem proporcionado retornos de três dígitos na maioria dos fundos em 2020. As terminações K (inovação), G (genoma), F (fintech), Q (automação e robótica) e W (Web) já dão um direcionamento do que os brasileiros estão procurando nos fundos.

Confira abaixo a lista completas das ações americanas e ETFs (fundos que replicam índices) mais negociados pelos brasileiros em janeiro:


Top 10 ações

1.Tesla (TSLA)

2.Nio (NIO)

3.Apple (AAPL)

4.Churchill Capital Corp IV (CCIV)

5.Palantir (PLTR)

6.GameStop (GME)

7.AMC Entertainment (AMC)

8.Riot Blockchain (RIOT)

9.Marathon Digital Holdings (MARA)

10.Tilray (TLRY)

 


Top 10 ETFs


1.ARK Innovation (ARKK)

2.ARK Genomic Revolution (ARKG)

  1. ARK Fintech Innovation (ARKF)

4.Vanguard S&P 500 (VOO)

5.ARK Autonomous Technology & Robotics (ARKQ)

6.iShares Global Clean Energy (ICLN)

7.ARK Next Generation Internet ETF (ARKW)

8.ProShares Ultra VIX Short-Term Futures (UVXY)

9.ProShares UltraPro QQQ (TQQQ)

10.iShares Silver Trust (SLV)

 

MP que amplia margem do crédito consignado é aprovada

Além dos aposentados do INSS, medida passa a beneficiar, também, servidores públicos e trabalhadores com carteira assinada

 

A Medida Provisória 1006/20, que amplia de 35% para 40% a margem de empréstimo consignado foi aprovada nesta segunda-feira, 8/3, na Câmara dos Deputados. Além dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a medida agora beneficia também servidores públicos e trabalhadores com carteira assinada. A MP segue para votação no Senado.

A aprovação da MP foi recebida com entusiasmo pelo mercado de crédito. Para Yasmin Melo, presidente do INAF (Instituto Nacional do Agente Financeiro) e idealizadora do movimento Gigantes do Consignado, com a ampliação da margem muitas pessoas que têm dívidas com juros altos poderão trocá-las pelo consignado, que têm taxas menores. “A aprovação da MP chega em um momento crítico, porque temos um grande número de trabalhadores endividados e sem acesso a crédito barato por conta dos reflexos da pandemia. O aumento da margem vai ajudar muitos brasileiros e também vai movimentar a economia”, avalia Yasmin.

O crédito consignado tem uma das menores taxas de juros do mercado, os prazos para pagamento são mais longos e sua contratação é muito mais rápida já que o banco tem a garantia do recebimento.

Para Yasmin, um dos principais pontos do texto é a ampliação do benefício para servidores públicos e trabalhadores com carteira assinada. “Apesar de ser uma modalidade com juros baixos, o empréstimo consignado enfrenta resistência por ser vinculado, erroneamente, ao endividamento dos cidadãos. É preciso entender que o que endivida é justamente o contrário, é o crédito que têm juros absurdos”, aponta Yasmin.

De acordo com o texto da MP, dos 40%, cinco pontos percentuais devem ser destinados para saque ou pagamento da fatura do cartão de crédito. O prazo limite para as novas contratações, que tinha acabado em 31 de dezembro de 2020, passará a ser 31 de dezembro de 2021. Depois deste prazo, as dívidas de consignado voltarão aos patamares anteriores, mantidas aquelas contratadas com o aumento temporário de margem e vedadas novas contratações até que o total do desconto volte ao máximo de 35%.

 

Governo estende o prazo de carência dos empréstimos com recursos do Pronampe

Medida deve beneficiar os donos de pequenos negócios que deveriam iniciar o pagamento dos financiamentos neste mês


O governo federal anunciou nesta segunda-feira (8) a decisão de prorrogar por mais três meses o prazo de carência dos empréstimos concedidos a empresários por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A ação deve beneficiar diretamente cerca de 517 mil empreendedores que, ao longo de 2020, obtiveram – nas três fases do programa – financiamentos que totalizaram R$ 37,5 bilhões.

O Pronampe foi criado em maio do ano passado para dar suporte aos donos de pequenos negócios diretamente atingidos pela crise provocada pela pandemia de Covid-19. Segundo pesquisa do Sebrae, em seu pior momento, o faturamento médio das empresas chegou a registrar queda de 70%. O programa permitiu aos empresários captarem até 30% do faturamento em empréstimo, com pagamento em 36 vezes e juros de até 1,25% mais taxa Selic. Inicialmente, o programa tinha prazo de carência de oito meses, e os empréstimos começariam a ser pagos neste mês.

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, destacou que o objetivo do governo com a medida é dar um alívio aos donos de micro e pequenas empresas. "Aquele empresário que tomou recursos em agosto e que teria que começar a pagar agora, terá mais três meses, no meio dessa situação muito difícil, para ter um pouco de alívio", comentou. Ainda de acordo com o secretário, o governo articula um projeto de lei para permitir que recursos do Pronampe não usados em 2020 (cerca de R$ 2 bilhões) sejam investidos em 2021, além de um socorro extra de mais R$ 4,8 bi que está em negociação com o Senado.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a medida, apesar de extremamente importante, ainda é insuficiente diante do recrudescimento da crise sanitária. “A mudança no regulamento do Fundo Garantidor de Operações do Banco do Brasil foi uma decisão fundamental para as micro e pequenas empresas que fizeram esses empréstimos com o Pronampe no ano passado. Entretanto, o Sebrae avalia que embora positiva, a ação é ainda insuficiente. Nós havíamos postulado um aumento de pelo menos seis meses nesse prazo de carência, bem como mais seis meses no prazo do vencimento da operação” comenta o presidente do Sebrae. “Se você prorroga a carência, como agora em três meses, o que vai acontecer é que, com as prestações remanescentes, o valor vai ficar maior. Por isso, nós vamos continuar pleiteando uma carência um pouco mais elástica e a prorrogação do vencimento das operações”, avalia.

Os empresários que tiverem interesse na extensão do prazo de carência dos empréstimos com recursos do Pronampe podem começar a procurar os bancos nos quais fizeram o empréstimo a partir desta terça-feira (9). As instituições deverão decidir, ao seu critério, se concederão esse período adicional e de quanto será, se um, dois ou três meses.


O empoderamento da mulher do século XXI

Os últimos anos e, especialmente neste século, o descortinar da mulher começou a ser visto em resultados. Começo este artigo externando de como tenho muito orgulho de ser mulher e privilégio de viver neste momento do nosso desbravar. Por muitos anos, culturalmente a mulher era colocada em segundo plano, com poucas oportunidades e com campo restrito para crescer, aprender e, muito menos, se destacar.

Mesmo com tantos desafios, principalmente com a administração do tempo, a mulher tem conquistado e consolidado seu espaço. A jornada da evolução da mulher não foi nada rápida e muito menos fácil. É notório o avanço da mulher, principalmente quando falamos em mercado de trabalho, em ela estudar e ter acesso as oportunidades de mercado, mas também ainda é inegável que os desafios estão presentes como resquício de uma mentalidade ultrapassada que ainda influência na discriminação da mulher.

Até a década de 1940, quando a industrialização começou a acontecer no Brasil, a maioria das mulheres recebia a denominação de "do lar", pois várias delas cuidavam da casa, marido e filhos, sem acesso ao mundo de fora, sem direito de escolha. A indústria começou a demandar trabalho e as mulheres iniciaram sua tímida entrada nesse mundo, mesmo com desigualdade, por meio da diferença de salários. Ganhavam menos porque eram consideradas menos capacitadas, sofriam com a mentalidade rasa da época.

Mas não desistiram e, somente a partir dos anos 70, começaram, de fato, a ocupar outros espaços fora das casas, passando a exercer funções consideradas um pouco mais relevantes pela sociedade, como de costureiras, professoras ou funcionárias do comércio.

Tudo é uma construção, não existem atalhos, ainda mais falando de mudança de cultura, mas as mulheres foram conquistando seu espaço ao longo das décadas e fazendo-se presentes, mostrando seus resultados.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos de 14% das mulheres tinham emprego nos anos 1950, e o último censo (2010) mostra que esse número passou para 49,9%. Hoje, muitas mulheres no Brasil perfazem consideravelmente o orçamento da família, trabalham em diferentes áreas do mercado e possuem os próprios planos de carreira . Além disso, elas estão sempre em busca de mais qualificação para conseguir vagas de emprego melhores e com mais benefícios.

Porém, mais do que isso, elas estão sendo vocais com o direito de exercer suas escolhas e serem elas, com sua autenticidade, de acordo com suas competências e forças primárias.

Ninguém para uma mulher determinada e com propósito. Os desafios ainda são grandes, mas não intransponíveis. Ainda existe a desigualdade de Cargos e Salários e, para exemplificar, um estudo realizado em 2018 mostra que o rendimento financeiro médio das mulheres com emprego foi 20,5% menor do que o dos homens, além da disparidade de cargos ocupados por ambos.

Um grande desafio da mulher, sem dúvida, é a administração do tempo, com sua jornada dupla. Embora as mulheres tenham passado a ter trabalhos remunerados, isso não as isentaram do trabalho doméstico. De acordo com pesquisa do IBGE, as mulheres gastam o dobro de tempo dos homens em atividades domésticas. Enquanto eles gastam em média 10,9 horas por semana, as mulheres gastam 21,3 horas.

Quando escutamos falar que mulheres são guerreiras, não entendo como romantizar o status mulher, eu levo ao pé da letra mesmo: guerreiras, que buscam resiliência para conciliarem suas tarefas sem comprometer a qualidade de entrega.

Mas a maior desigualdade ainda está relacionada ao lugar ocupado por homens e mulheres na hierarquia das empresas. Tanto que isso é o que justifica parte da desigualdade salarial. Mesmo já sendo maioria em algumas profissões, os homens ainda dominam os cargos mais altos. Porém, é impossível fechar os olhos para a importância da participação feminina no contexto socioeconômico. É uma contribuição importante para a expansão da economia global e uma das pautas da reunião do G20, grupo do qual o Brasil faz parte e que estabeleceu metas para a redução da desigualdade de gênero no mundo.

Até 2025, o Brasil precisa reduzir a diferença entre homens e mulheres em 25%. Ainda que leve um tempo para superar todos os desafios da desigualdade, a mulher não desiste e vem ganhando espaço graças aos próprios esforços.

Grande parte das conquistas das mulheres no mercado de trabalho está ligada ao maior nível de qualificação. Por isso, elas continuam a investir na sua educação para voar cada vez mais alto.

O empoderamento da mulher do século XXI vem descortinando um novo palco a ser experenciado. Na minha visão, o empoderamento não tem a ver necessariamente com dinheiro, cargo, status, condição social. O real empoderamento é a mulher viver o seu potencial pleno, ter o direito de decidir e viver para ela e não viver pelo outro, submissa e, em alguns casos, machucada ou paralisada pelo outro. Empoderamento é a consciência da capacidade da mulher em desenvolver-se e escolher ser ela mesma. Essa conscientização tem feito uma grande diferença em vários aspectos socioculturais.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) , o Brasil poderia expandir sua economia em até R$ 382 bilhões ao longo de oito anos. Isso dependeria de aumentar em 1/4 a inserção das mulheres no mercado de trabalho até 2025. Por trás dessa meta, está uma questão lógica: um país só é capaz de se desenvolver se houver igualdade e justiça social.

Hoje nos deparamos com um movimento presente e relevante de homens apoiando as mulheres, homens que não enxergam concorrência e, sim, a cooperação, tanto no ambiente doméstico quanto profissional.

Empresas com mindset de crescimento inovador já entenderam que as mulheres dominam uma série de competências que podem ser muito úteis para tornar as corporações ainda mais produtivas. É um movimento que tende a crescer para que mais mulheres ocupem cargos de liderança. E para finalizar, compartilho algumas palavras da apresentadora norte-americana Oprah Winfrey: "Crie a melhor, a mais grandiosa visão possível para a sua vida, porque você se torna aquilo que você acredita”.



Shirley Fernandes - diretora Comercial da N1IT, empresa do Grupo Stefanini.


Exportações de café do Brasil totalizam 3,3 milhões de sacas em fevereiro

·      Exportações em fevereiro apresentaram crescimento de 9% em relação ao mesmo mês de 2020 enquanto que o bimestre registrou aumento de 6%

·      Receita cambial gerada nos períodos também apresentou alta, de 4,7% no mês e de 1,3% no bimestre

·      Embarques de café no Ano-Safra (jul/20-fev/21) atingiram 31,6 milhões de sacas, alta de 18% e o maior resultado para o período dos últimos cinco anos

 

O Brasil exportou 3,3 milhões de sacas de café em fevereiro, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O dado representa um aumento de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. A receita cambial gerada com os embarques foi de US$ 423,7 milhões, crescimento de 4,7% em relação a fevereiro de 2020. Na conversão em reais, o valor foi de R$ 2,3 bilhões, apresentando aumento de 30,6%. Já o preço médio da saca foi de US$ 129,19 no período. Os dados são do relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. 

No segundo mês deste ano, as exportações de café verde (arábica + conilon) atingiram 3 milhões de sacas de, registrando crescimento de 11,2% ante fevereiro do ano anterior. Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 81,9% do volume total exportado no mês (2,7 milhões de sacas), o conilon (robusta) ocupou 9,5% de participação nas exportações (312,3 mil sacas) e o solúvel, 8,5% dos embarques (278,4 mil sacas). Tanto o café arábica quanto o conilon apresentaram aumento nos volumes exportados, de 8,5% e 42,7%, respectivamente, quando comparado a fevereiro de 2020. 

“As exportações brasileiras de café se mantiveram firmes no mês de fevereiro, registrando o crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Analisando-se os números parciais do ano safra 2020/21, observa-se recorde das exportações entre julho de 2020 e fevereiro de 2021 em relação ao mesmo período de anos anteriores, refletindo as ótimas condições da safra passada e o potencial cenário para um novo recorde no encerramento do ciclo. Esses resultados demonstram que os diferenciais brasileiros continuam competitivos e que somados à excelente qualidade e à sustentabilidade aplicada nas lavouras, tornam o café brasileiro mais atrativo e fortemente demandado na bolsa de Nova Iorque, onde o país se destacou como uma das principais origens de entrega de cafés de qualidade”, declara Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.

 

Ano Civil 

No primeiro bimestre de 2021, o Brasil exportou 6,9 milhões de sacas de café, apresentando um desempenho positivo em relação ao mesmo período do ano passado, com crescimento de 6% nos embarques. As exportações de café verde apresentaram alta de 8,1%, atingindo 6,3 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica (5,8 milhões de sacas) cresceram 6,7% e os de conilon (553,8 mil sacas), 25,1%. A receita cambial gerada no período foi de US$ 889,7 milhões, aumento de 1,3%, e o preço médio foi de US$ 129,46.

 

Principais destinos 

No ano civil até agora (janeira a fevereiro de 2021), o principal destino de café brasileiro, os Estados Unidos, importaram 1,3 milhão de sacas, dado que representa 19,4% do volume exportado no período. A Alemanha, segundo maior consumidor, importou 1,2 milhão, equivalente a 17,8% de participação nos embarques. Na sequência, os países que mais importaram o produto foram a Bélgica, com 561,8 mil sacas (8,2%); Itália, com 514,2 mil (7,5%); Japão, com 350 mil (5,1%); Colômbia, com 240 mil (3,5%); Federação Russa, com 192,2 mil (2,8%); França, com 167,7 mil (2,4); Turquia, com 155,1 mil (2,3%); e Canadá, com 130,6 mil (1,9%). 

Entre os destinos listados se destacaram as exportações para a Colômbia, que registraram aumento de 173%; para a Bélgica, alta de 59,9%; e para a França, crescimento de 19,4%. Os embarques para os EUA e Alemanha também apresentaram desempenho positivo com o aumento de 8,4% e 6,6%, respectivamente, em relação ao primeiro bimestre do ano passado.

Com relação às exportações por continente, grupos e blocos econômicos, a Europa registrou aumento de 3% no consumo do café brasileiro ante o primeiro bimestre de 2020, totalizando 3,6 milhões de sacas exportadas para o continente no período. As exportações para a América do Norte apresentaram aumento de 5,5% (chegando a 1,5 milhão de sacas); na América do Sul, alta de 73,7% (434 mil); na África, de 13,9% (155,6 mil); na América Central, de 158,9% (41,3 mil); nos Países Árabes, de 19,1% (304 mil); e nos países produtores, de 74% (486,5 mil). Já as exportações de café verde, especificamente, para os países produtores registraram aumento de 131,7, com o embarque de 400,2 mil sacas para eles.

 

Cafés diferenciados 

O Brasil exportou 1 (um) milhão de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) no primeiro bimestre deste ano, volume que representa 14,9% das exportações totais de café no período. A receita cambial gerada pelos embarques da modalidade atingiu US$ 173,7 milhões, correspondendo a 19,5% do valor total gerado no bimestre. Já o preço médio da saca de cafés diferenciados foi de US$ 169,31.

Os 10 maiores países importadores da modalidade representaram 80,5% dos embarques. Os Estados Unidos seguem sendo o país que mais recebe cafés diferenciados do Brasil, com 260 mil sacas exportadas (equivalente a 25,3% de participação nas exportações da modalidade), seguido pela Bélgica, com 130,8 mil sacas (12,8%) e Alemanha, com 127,6 mil (12,4%). Na sequência estão: Japão, com 81,2 mil sacas (7,9%); Itália, com 70,6 mil (6,9%); Turquia, com 38,3 mil (3,7%); Reino Unido, com 34,3 mil (3,3%); Canadá, com 30,8 mil (3%); Suécia, com 29,5 mil (2,9%); e Países Baixos, com 22,3 mil (2,2%).


Ano-Safra 2020/21

Nos oito primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul/20-fev/21), o Brasil exportou 31,6 milhões de sacas de café, o melhor resultado para o período dos últimos cinco anos, com destaque para o crescimento de 18% nas exportações na mesma base comparativa da safra anterior. A receita cambial com os embarques no período atingiu US$ 3,9 bilhões, aumento de 15% em relação ao período anterior e equivalente a R$ 21,2 bilhões na conversão em reais, o que representa, neste caso, alta de 51,6%. Já o preço médio foi de US$ 124,56.

As exportações de café verde no Ano-Safra até agora apresentaram aumento de 20%, com 28,9 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica registraram crescimento de 19,9% (chegando a 25,6 milhões de sacas), enquanto que os embarques de conilon tiveram alta de 21% (totalizando 3,3 milhões de sacas).


Portos

O Porto de Santos ocupa a liderança como via de escoamento do café neste ano, com 78% de participação (5,4 milhões de sacas embarcadas por ele). Já os portos do Rio de Janeiro figuraram o segundo lugar, com 16,2% de participação (1,1 milhão de sacas embarcadas por eles). 

O relatório completo das exportações de café de fevereiro de 2021 está disponível no site do Cecafé: http://www.cecafe.com.br/.

 

Agravamento da pandemia no Brasil deve ampliar fechamento de fronteiras com os EUA

Embaixada e Consulados americanos não devem voltar tão cedo com entrevistas de vistos. “É impensável que o governo americano considere reabrir as fronteiras neste momento em que, infelizmente, o Brasil está chamando cada vez mais a atenção da comunidade cientifica internacional como um exemplo negativo de gerenciamento da pandemia. Ainda mais agora que os números de pessoas infectadas nos Estados Unidos finalmente começaram a reduzir” – explicou o Dr. Felipe Alexandre, advogado de imigração brasileiro/americano que reside nos Estados Unidos.

 

O mês de março começou com notícias nada animadoras no Brasil. O país já acumula mais de 11 milhões de casos de contágio e aproximadamente 265 mil óbitos provocados pela pandemia da covid-19. Para piorar, a média diária de mortes vem crescendo assustadoramente, e o próprio ministério da saúde já admite que estamos diante de um novo pico de contágio que, ao que parece, será ainda maior do que no ano anterior.

Diante deste cenário pessimista quanto a disseminação da doença, somado as incertezas que ainda pairam sobre tudo o que envolve a vacinação no Brasil, diminuem ainda mais as esperanças sobre o fim das restrições e reabertura plena das fronteiras com os Estados Unidos, algo bastante aguardado por milhares de brasileiros que estão ávidos para viajar para a América, seja para trabalhar, estudar ou simplesmente visitar o país.

Em maio de 2020, o CDC (Centro de Controle e Prevenção a Doenças dos EUA) classificou o Brasil como um dos principais centros de contágio e disseminação da covid-19, permitindo que apenas cidadãos americanos, portadores de green cards e algumas outras exceções pontuais pudessem embarcar de aeroportos brasileiros diretamente para os Estados Unidos. A determinação chegou a ser revogada pelo então presidente Donald Trump a poucos dias do fim de seu mandato, mas foi prontamente reestabelecida pelo novo presidente Joe Biden antes que pudesse ser efetivada.

“É impensável que o governo americano considere reabrir as fronteiras neste momento em que, infelizmente, o Brasil está chamando cada vez mais a atenção da comunidade cientifica internacional como um exemplo negativo de gerenciamento da pandemia. Ainda mais agora que os números de pessoas infectadas nos Estados Unidos finalmente começaram a reduzir” – explicou o Dr. Felipe Alexandre, advogado de imigração brasileiro/americano que reside nos Estados Unidos.

“Na verdade, as restrições podem ainda piorar dependendo do desenrolar da pandemia no Brasil pelos próximos meses, diminuindo até mesmo a quantidade de excessos que podem viajar diretamente de um país para o outro” – ressaltou o Dr. Felipe Alexandre

Como não conseguem voar diretamente do Brasil para os EUA, muitos brasileiros tem buscado rotas alternativas para viajar para a América. A mais comum delas tem sido viajar primeiramente para o México, em especial Cancun, e lá permanecer por 14 dias (tempo de quarentena exigido pelas autoridades americanas) e de lá solicitar a entrada nos Estados Unidos apresentando o passaporte com visto americano e o resultado negativo de um teste de covid-19 feito em até 3 dias antes da viagem.

“Não há nenhuma ilegalidade em viajar desta forma, indo primeiramente para um país que não está sofrendo as mesmas restrições da pandemia e daí viajar para os EUA. É preciso lembrar que as restrições não são contra brasileiros, mas sim contra a entrada de voos saindo do Brasil” – pontuou Felipe Alexandre, que também é proprietário da AG Immigration, escritório americano de imigração que atende centenas de clientes brasileiros em seus processos de vistos e green card para os Estados Unidos.

O agravamento da pandemia no Brasil também já dá sinais que tanto a Embaixada quanto os Consulados americanos no país devem manter suas portas fechadas por mais tempo, exceto para atendimento a cidadãos americanos e emissão de determinados vistos em caráter de urgência humanitária. Na semana passada, inclusive, a Embaixada dos EUA comunicou que solicitantes de vistos orginalmente agendados para março, mês em que havia uma expectativa de reabertura dos postos consulares americanos no Brasil, terão que adiar suas entrevistas de vistos por tempo indeterminado. Uma decisão que deve impactar especialmente pessoas que aguardavam a oportunidade de solicitar vistos para estudar, trabalhar ou até mesmo residir na América.

“infelizmente muitas pessoas no Brasil tiveram seus planos de estudar, fazer negócios ou até mesmo visitar os Estados Unidos interrompidos devido ao fechamento dos postos americanos no país. Desde março do ano passado estes postos só estão atendendo a determinadas situações de entrevistas para vistos em casos onde existe um interesse nacional americano ou em casos humanitários. A tendência é que os serviços de vistos continuem restritos por mais um bom tempo, pelo menos até que grande parte da população brasileira já tenha se vacinado” – ponderou o Dr. Felipe Alexandre.

 

 


Dr. Felipe Alexandre - advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG Immigration:  Ele é considerado há vários anos pelo “American Institute of Legal Counsel” como um dos 10 melhores advogados de imigração de NY e referência sobre vistos e green cards para os EUA.

 


AG Immigration

https://agimmigration.law/

Fone: +1 (407) 728-6033 (11)4210-3678 

e-mail: info@agimmigration.law 

 

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