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segunda-feira, 8 de março de 2021

Saúde lança guia alimentar de bolso para crianças menores de 2 anos

Crédito da foto: Tony Winston/MS

A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, decisivos para o crescimento e desenvolvimento da criança, quando são formados os hábitos alimentares. Para apoiar pais e responsáveis nessa missão, o Ministério da Saúde lançou o Guia Alimentar de bolso para crianças menores de dois anos. A versão reduzida irá facilitar o cuidado com a alimentação dessas crianças. O guia reúne as principais recomendações sobre aleitamento, introdução à alimentação complementar e escolha de alimentos saudáveis.

Os desafios do cotidiano na alimentação da criança pequena são abordados na publicação, que teve a edição completa lançada em 2019, voltada para orientar famílias, responsáveis e profissionais de diversas áreas sobre aleitamento materno e alimentação saudável. Ao acessar o conteúdo, o leitor também poderá conhecer mais sobre direitos relacionados à alimentação infantil, além de recomendações sobre habilidades culinárias.

Em janeiro, a pasta também lançou uma versão resumida do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, disponível em formato eletrônico.

 

AMAMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL

Apesar da prática da amamentação ter aumentado no Brasil, sua duração ainda está abaixo do recomendado. Um agravante é o fato de as crianças estarem sendo expostas muito cedo aos alimentos ultraprocessados, que prejudicam a saúde. A exposição a esses produtos tem ocorrido já nos primeiros anos de vida, com consumo de pouca variedade de alimentos saudáveis, como frutas e verduras ou minimamente processados.

A obesidade infantil traz sérios prejuízos à saúde, com desdobramentos na idade adulta. Além de aumentar os riscos futuros, crianças e adolescentes obesos podem apresentar dificuldades respiratórias, aumento do risco de fraturas, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e efeitos psicológicos, como baixa autoestima, isolamento social, transtornos alimentares, entre outros.

 

DIREITO À ALIMENTAÇÃO

A nutricionista Gisele Bortolini, coordenadora de Alimentação e Nutrição, da Secretaria de Atenção Primária, do Ministério da Saúde, destaca que o novo formato convida a população a conhecer mais sobre alimentação saudável e a se apropriar da discussão sobre o direito à alimentação e incluir mais hábitos saudáveis na rotina alimentar das famílias com crianças menores de 2 anos. 

“O guia é um documento importante porque, no Brasil, a alimentação, assim como a saúde, é um direito. O guia alimentar tem como diretriz orientar sobre uma alimentação saudável e, a partir dela, espera tornar a fase da introdução da alimentação complementar, a partir dos 6 meses de vida, mais tranquila para pais, famílias, cuidadores e profissionais da área”, ressalta Bortolini.

Hoje, 60% dos brasileiros adultos têm excesso de peso. E essa condição está atrelada a uma complexa rede de determinantes, que inclui a alimentação inadequada.

A nutricionista reforça a necessidade de investirmos em ações de prevenção e controle da obesidade infantil, e completa: “O ambiente onde vivemos determina as escolhas alimentares, se eu vou comer algo saudável ou se eu vou conseguir fazer atividade física. Então, para prevenir todas as formas de má nutrição, precisamos de um conjunto de políticas públicas que garanta um alimento saudável desde a produção e o acesso até o consumo para todos os brasileiros”. 

 

AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Ao investir na produção de publicações como os Guias Alimentares, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com a promoção da alimentação adequada e saudável para a população brasileira e reafirma a aliança com pesquisadores para o desenvolvimento de políticas, ações e programas baseados em evidências científicas confiáveis e de qualidade. 

A má alimentação está no topo do ranking dos fatores de risco relacionados à carga global de doenças que mais contribuem para a mortalidade, ocupando a segunda posição. No Brasil, os alimentos ultraprocessados contribuem com cerca de 15% das calorias consumidas, com destaque para industrializados, seguidos dos doces. 

 

ALIMENTAÇÃO, INTERESSE PÚBLICO


O tema é de interesse público. Por isso, a versão simplificada e gratuita, somada ao conteúdo de fácil navegação, facilita o acesso a um material de rápida leitura não apenas para profissionais, gestores e pesquisadores, mas também para a população em geral. 

“Hoje, quando optamos por desenvolver guias e manuais breves e resumidos, temos mais chance de alcançar um maior número de pessoas, pois o problema pode ser a falta de tempo na leitura e não de interesse”, ressalta Bortolini. 

Doze passos para a alimentação saudável da criança menor de 2 anos: 

1. Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses.

2. Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses.

3. Oferecer à criança água própria para o consumo em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas.

4. Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno.

5. Não oferecer à criança até 2 anos de idade açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar.

6. Não oferecer à criança alimentos ultraprocessados.

7. Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família.

8. Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família.

9. Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição.

10. Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.

11. Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa.

12. Proteger a criança da publicidade de alimentos.  

 


Karina Borges

Ministério da Saúde

Audição: informação e cuidados são essenciais para prevenção de problemas

Pandemia ampliou o uso prolongado e excessivo de fones de ouvidos, capazes de gerar deficiências auditivas ao longo dos anos

 

A distância e o isolamento provocados pela pandemia de Covid-19 fizeram com que um público cada vez maior tivesse de recorrer a horas e horas de reuniões e encontros online, principalmente no âmbito do trabalho. Pesquisa da Comscore revelou um aumento superior a 2.000% no uso de aplicativos de videochamadas durante o período. Diante do uso irrestrito e muitas vezes excessivo dos fones de ouvido neste tipo de ocasião, ganhou importância em 3 de março, definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial da Audição.

A campanha anual tem como objetivo compartilhar informações e promover ações que alertem sobre a prevenção de perda auditiva e melhoria dos cuidados com o sistema auditivo. Em 2021, a ONU definiu que o tema da iniciativa será “Cuidados auditivos para todos”.

Para Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o mote do ano não poderia ser mais atual. “A pandemia apenas ampliou e destacou um comportamento que já era visível aos médicos. Infelizmente, as pessoas não dedicam ao sistema auditivo os mesmos cuidados que têm com outros órgãos e sistemas do corpo. Um dos objetivos da campanha da ONU é ressaltar que os cuidados auditivos devem ser promovidos à população como um todo, e não apenas para aqueles pacientes que já apresentam alguma deficiência auditiva”, afirma.

Nas grandes cidades, além do uso excessivo de fones de ouvido, é cada vez maior a exposição das pessoas a ruídos elevados. Somado à não realização periódica de exames auditivos, este cenário tem o potencial de gerar cada vez mais pacientes com perda parcial e até definitiva da capacidade de ouvir.

A fonoaudióloga do Hospital Paulista Alessandra Macedo, por sua vez, ressalta que o cuidado à saúde auditiva é inferior, de maneira geral, ao necessário. “Nesse sentido, entendo que boas campanhas direcionadas à população em mídias sociais, internet e grande imprensa são grandes aliadas na conscientização e na atenção aos cuidados com a saúde”, explica a especialista, indicando o exame que, necessariamente, deveria estar presente no check-up anual geralmente realizado pelas pessoas.

“Sem dúvidas, a Audiometria Total Liminar, que envolve respostas comportamentais do indivíduo a tons puros e à fala. O exame é realizado com o uso de fones de ouvido, com o paciente dentro de uma cabine acústica. É indolor e não invasivo”, destaca.


Exames em todas as idades

Importante ressaltar que os exames auditivos podem e devem ser feitos em todas as idades. O mito de que problemas auditivos acometem somente os indivíduos com idade mais avançada atrapalha o diagnóstico correto e o tratamento inicial às deficiências, podendo, inclusive, piorar os quadros de forma irreversível.

“O Teste da Orelhinha, por exemplo, já é feito com todas as crianças nascidas no Brasil, seja na rede pública ou na privada. Qualquer alteração a partir desse exame já permite que a equipe médica atue no sentido de reverter ou amenizar o quadro, gerando melhor qualidade de vida aos recém-nascidos”, afirma o otorrinolaringologista.

Alessandra destaca ainda que os exames realizados em crianças podem incluir brinquedos e bonecos que as ajudam a fornecer respostas fidedignas para o estímulo sonoro apresentado. “Nesses casos, temos a Audiometria Condicionada e a Audiometria com Reforço Visual como exemplos”, sinaliza.

“Em idosos que apresentam declínio cognitivo, indivíduos com alguma dificuldade para fornecer uma resposta comportamental frente ao estímulo sonoro, ou ainda pacientes com dificuldades físicas para se manterem sentados dentro da cabine acústica, é possível recorrer aos exames objetivos de audição. Entre eles estão as Emissões Oto-acústicas e o PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico), também conhecido como BERA, em sua sigla em inglês, que pode ser realizado até mesmo sob sedação”, complementa.

“O importante é ressaltar que os exames auditivos não geram dor aos pacientes e não são invasivos. A ideia é promover um diagnóstico, de modo que uma equipe médica multidisciplinar possa determinar com eficácia e acuidade os melhores tratamentos disponíveis para cada caso, a depender também da idade e do estilo de vida de cada paciente”, complementa Gilberto.


Profissões que exigem maiores cuidados

A fonoaudióloga também chama a atenção para atividades profissionais que, em sua prática cotidiano, submetem a pessoa a altos níveis de ruídos por período prolongados. São situações que, se frequentes, podem impactar sensivelmente a capacidade auditiva.

“Todos os profissionais que atuam expostos a níveis elevados de ruído por período prolongado devem ter atenção redobrada em relação à sua saúde auditiva. Utilizar tampões e protetores auriculares, além de abafadores de som, e realizar exames auditivos anualmente são atitudes essenciais para quem não quer problemas futuros na audição”, finaliza a fono.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


No Dia da Mulher, um alerta: Câncer de Mama já é a doença oncológica que mais afeta a população global

 Estudo da OMS também aponta para descoberta de tumores em estágio avançado como "herança" da COVID-19; Consultas de rotina e exames periódicos são essenciais para a descoberta precoce de tumores malignos, chave para a cura em mais de 90% dos casos



O recém publicado estudo GLOBOCAN 2020, liderado pela Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, da sigla em inglês) - entidade intergovernamental que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) - e pela Sociedade Norte-Americana de Câncer (ACS), mostra que cenário da oncologia está mudando, com aceleração em todo planeta nos índices de incidência da doença e uma novidade: o câncer de mama se tornou agora o mais diagnosticado em todo o mundo, superando os tumores de pulmão.

Para o oncologista e líder do grupo de mama da Oncoclínicas Max Mano, este cenário é reflexo, em grande parte, de aspectos inerentes ao desenvolvimento sócio-econômico e cultural dos diferentes países. "O contínuo aumento global na incidência do câncer de mama se deve a um conjunto de fatores que incluem mudanças no estilo de vida - tais como a epidemia de obesidade, uso de hormônios, menarca precoce/menopausa tardia, menor (e mais tardia) paridade/amamentação, maior consumo de álcool, sedentarismo -, demográficas, relativas ao envelhecimento da população, e, possivelmente, uma maior capacidade dos países ricos de fazerem diagnósticos", destaca.

Ele frisa que, apesar do câncer de mama ainda apresentar taxas menores de letalidade em comparação aos tumores de pulmão, os dados apresentados pela OMS acendem um sinal vermelho sobre a atenção às políticas públicas de incentivo à detecção precoce da doença em países emergentes, caso do Brasil.

"Apesar da incidência crescente, em geral, a mortalidade por muitos tipos de câncer, especialmente o de mama, vem diminuindo nos últimos anos. A má notícia é que isso só tem ocorrido, ao menos de maneira consistente, nos chamados países desenvolvidos. Por causa da ocorrência de diagnósticos em estágio mais avançado e do menor acesso a tratamentos, a letalidade por câncer é maior em países em desenvolvimento do que nos desenvolvidos, um fato cruel que foi acertadamente captado pelo estudo GLOBOCAN 2020", aponta Max Mano.

Isso exigirá esforços contínuos no sentido de aumentar a taxa de cobertura da mamografia de rastreamento populacional, assim como o nível de alerta das mulheres para alterações na mama, requerendo atenção dos especialistas para que o câncer de mama seja diagnosticado da forma mais precoce possível.

"O baixo investimento em medidas de prevenção e diagnóstico precoce e da menor oferta de tratamentos oportunos e eficazes pode condenar os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento a anos de atraso nas políticas de combate ao câncer em relação aos seus pares mais afortunados", diz o oncologista da Oncoclínicas.

No Brasil, o câncer de mama responde por cerca de 67 mil novos diagnósticos de câncer todos os anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). De forma geral, a mamografia é o principal exame preventivo para identificação de tumores de mama. Ela deve ser realizada anualmente por todas as mulheres acima dos 40 anos e a decisão por adiar ou não esse exame só deve ser tomada mediante o aconselhamento médico.

As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento menos invasivo, o que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença.



Covid-19 trará consequências na luta contra o Câncer

A descoberta tardia pelo atraso na realização de exames de rastreamento e a falta de acesso a tratamentos, especialmente em países em desenvolvimento, estão entre os aspectos ressaltados pela OMS como efeitos que afetam diretamente os cuidados oncológicos. A organização informou que nas duas últimas décadas o número total de pessoas com câncer quase dobrou, saltando de 10 milhões estimados em 2000 para 19.3 milhões em 2020.

As projeções indicam ainda que nos próximos anos há uma tendência de elevação dos índices de detecção do câncer, chegando ao patamar de quase 50% a mais em 2040 em comparação ao panorama atual, quando o mundo deve então registrar algo em torno de 28.4 milhões de casos de câncer. Isso significa que a cada 5 pessoas, uma terá câncer em alguma fase da vida. Nos países mais pobres, a incidência da doença deve ter um crescimento superior a 80%.

O número de mortes por câncer, por sua vez, subiu de 6,2 milhões em 2000 para 10 milhões em 2020 - uma equação que aponta que a cada seis mortes no mundo uma acontece em decorrência do câncer. E a tendência é que haja aumento nesse triste ranking, já que a OMS também indica que a pandemia trará como consequência mais casos de pacientes com câncer em estágio avançado por conta dos atrasos na descoberta e tratamentos de tumores malignos.

"Os reflexos do adiamento nos acompanhamentos médicos de rotina por medo de exposição ao novo coronavírus podem a curto e médio prazos, de fato, desencadear um aumento global nos índices de tumores descobertos em fase mais avançada. Isso vai impactar na sobrevida dos pacientes oncológicos, como uma das heranças perversas da pandemia para a saúde como um todo", afirma Max Mano.

O oncologista da Oncoclínicas reforça que "o câncer não espera". A condição faz parte do rol de doenças estabelecido pelo Ministério da Saúde, cujo tratamento não pode ser considerado eletivo. Atualmente, ainda de acordo com os dados do GLOBOCAN, mais de 1,5 milhão de brasileiros têm tumores malignos, sendo que em 2020 foram diagnosticados 592.212 novos casos e registrados 259.949 óbitos em decorrência de neoplasias malignas. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que são esperados ao menos outros 625 mil diagnósticos de câncer até o final de 2021.


INCA divulga pesquisas inéditas sobre pacientes oncológicos e a covid-19

Em destaque, os estudos mostram que a variabilidade genética do vírus é maior em pacientes com câncer e comprovam a capacidade de múltipla infecção


Pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (INCA) realizaram duas pesquisas de grande relevância para a oncologia, em relação ao vírus da Covid-19. Em um dos estudos, foi descoberto que o vírus SARS-CoV-2 tem uma variabilidade genética maior em pacientes com câncer, do que os infectados que não têm câncer. No segundo estudo foi comprovada a capacidade de múltipla infecção, em uma paciente do INCA, que tinha duas variantes do vírus desde o primeiro contágio. 

O pesquisador do INCA responsável pelos estudos, Marcelo Soares, explica que essas descobertas podem ajudar no controle e prevenção da pandemia.

“A maior diversidade genética do vírus em pacientes com câncer permite ao vírus explorar as possibilidades de mutações com mais eficiência e rapidez, podendo culminar com o aparecimento de variantes mais transmissíveis ou mais letais”, aponta o pesquisador Marcelo Soares.

O primeiro estudo, que foi publicado pela Revista Vírus Evolution, foi iniciado em abril e maio de 2020, quando foram coletados exames de 57 pacientes e 14 profissionais do Instituto. Com isso, foi possível observar que pacientes oncológicos têm uma diversidade genética viral significativamente maior se comparada à dos profissionais de saúde. A pesquisa tem uma relevância sobre a análise das novas variantes virais, como por exemplo, a do Reino Unido, da África do Sul e a de Manaus (AM). O que os pesquisadores entendem é que a baixa imunidade dos pacientes oncológicos pode ser a relação dessa maior diversidade genética do vírus.        

Publicado pela revista Infection Genetics and Evolution, a segunda pesquisa investiga casos de co-infecção, situações em que são detectadas variantes em diferentes momentos de infecção pelo vírus da COVID-19. O resultado é fruto de uma análise feita em uma paciente oncológica no INCA. Na primeira infecção, pelo SARS-CoV-2, havia uma variante minoritária pré-existente, enquanto o vírus principal foi detectado. Essa variante voltou a aparecer na reinfecção, 102 dias depois, como o vírus principal da infecção. 

“A múltipla infecção pode gerar formas recombinantes mais agressivas do vírus ou que não sejam reconhecidas pelas vacinas existentes. É possível que muitos casos definidos como reinfecção sejam, na verdade, a reativação de uma variante viral pré-existente no indivíduo infectado”, esclarece o pesquisador Marcelo Soares.

A pesquisa, coordenada por pesquisadores do INCA, contou com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), através de editais emergenciais de covid-19 lançados em 2020, além de suporte da Fundação Swiss-Bridge (Suíça) e dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA. 


Vamos falar sobre o Mieloma Múltiplo?

Março é o mês da conscientização desta doença, que é o segundo tipo de câncer de sangue mais comum. Conhecer seus sintomas e diagnosticar precocemente é uma maneira de reduzir as complicações que ela causa

 

Março é o mês de conscientização sobre o mieloma múltiplo – uma doença pouco falada, mas de muita importância. Trata-se do segundo câncer de sangue mais comum (o primeiro é o linfoma) e atinge a medula óssea - tecido encontrado no interior dos ossos (o tutano) , responsável por produzir as células sanguíneas. Ocorre devido a uma proliferação anormal dos plasmócitos – células que produzem anticorpos que combatem infecções. Os plasmócitos malignos (células do mieloma) acumulam-se progressivamente em vários locais do tutano, levando ao quadro do mieloma múltiplo.  

“A causa da doença é desconhecida, acomete com um pouco mais de frequência os homens e afeta principalmente os locais onde a medula óssea está mais ativa, como ossos da coluna vertebral, crânio, pélvis e caixa torácica. E conhecer o problema é importante porque muitas vezes, os sintomas do mieloma são confundidos com sinais do envelhecimento, como cansaço e dores nas costas”, diz a hematologista Vania Hungria, professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.  

Segundo a médica, isso ocorre também porque a doença acomete principalmente pessoas acima de 60 anos e é menos frequente abaixo dos 50. “É importante que o mieloma múltiplo seja diagnosticado o mais cedo possível. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de reduzir as complicações decorrentes da doença”, afirma ela. Pelo menos 80% dos pacientes têm comprometimento ósseo, 60%  anemia e 20% alteração renal. Isso resulta nos sintomas de dores ósseas e fraturas espontâneas, além de palidez e fraqueza”, diz a doutora Vania Hungria.

 

Diagnóstico 

 

Por conta desses sintomas, o paciente costuma ir a vários especialistas, como ortopedista, geriatra, nefrologista e reumatologista. Portanto, é importante que esses médicos estejam atentos aos sinais e encaminhe para um hematologista. “Muitas vezes, a jornada é longa e o paciente chega ao hematologista já com a doença em fase avançada”, alerta a dra. Vania Hungria. 

 Além da avaliação clínica, o hematologista pedirá alguns exames essenciais -  entre eles o mielograma. Aspira-se a medula óssea, onde será encontrado o aumento dos plasmócitos. Como esses produzem anticorpos (imunoglobulinas), esse aumento poderá ser identificado por meio de outros exames, entre eles o mais simples é  a eletroforese de proteínas, que deve ser feita com amostra de sangue e de urina. “É necessária ainda a realização de exames para avaliar as complicações da doença, como hemograma para checar anemia, dosagem de cálcio, exame de creatinina para avaliar a função dos rins e exames de imagens dos ossos, como radiografias, ressonâncias e tomografias”, diz a médica.

 

Tratamento 

Com exames feitos e diagnóstico correto, é hora de iniciar o tratamento. O mieloma múltiplo não tem cura, mas com os avanços da ciência, hoje existem importantes opções para tratá-lo, o que possibilita prover um aumento da sobrevida, com melhor qualidade de vida ao paciente. A quimioterapia é o tratamento mais comum e existem hoje vários medicamentos potentes para destruir, controlar ou inibir o crescimento das células  do mieloma. “O transplante de medula óssea é uma opção de tratamento para pacientes com mieloma múltiplo, geralmente recomendado para pacientes abaixo dos 70 anos sem comorbidades”, explica a médica. “É bom reforçar que com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, o paciente tem um aumento da sobrevida com qualidade. A evolução do tratamento nas últimas duas décadas foi veloz, o que acarretou num aumento na sobrevivência dos pacientes”, finaliza ela. 

 

 

Vania Hungria - Tem graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Mestrado e Doutorado em Medicina (Hematologia) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É professora Adjunta da Disciplina de Hematologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Co-Fundadora, Diretora Técnica e Presidente do Conselho Científico do International Myeloma Foundation Latin America. Membro do International Myeloma Working Group. Membro do Conselho Diretor International Myeloma Society. Co-fundadora e presidente do Grupo Brasileiro de Mieloma (GBRAM). Este ano irá presidir  o HEMO 2021 e no ano que vem irá presidir o International Myeloma Workshop, que virá para a América Latina pela primeira vez e será sediado no Rio de Janeiro.


No Dia Internacional da Mulher, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia alerta para fatores que colocam em risco a saúde ocular da população feminina

A saúde ocular deve ser motivo de preocupação para a população feminina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2/3 das pessoas cegas no mundo são mulheres. Por isso, neste Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) lembra a importância desse segmento estar mais atento ao diagnóstico e tratamento precoces de problemas que podem implicar em perda parcial ou total da visão.

As principais razões por trás desse cenário desfavorável para as mulheres são questões socioeconômicas, como as diferenças educacionais; e a desigualdade financeira em relação aos homens, fator que pode dificultar o acesso a unidades de saúde e a aquisição de medicamentos, lentes e óculos. Além disso, outros aspectos colaboram para essa predominância, como: expectativa de vida maior, tabagismo, exposição à radiação ultravioleta, deficiência de vitamina A e distúrbios metabólicos, como o diabetes.

Denise de Freitas, coordenadora da Comissão Mulher do CBO e professora associada do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, detalha alguns desses fatores de risco. "Mulheres tendem a viver mais do que os homens e, por isso, enfrentam mais doenças da senilidade do olho, como catarata, degeneração macular relacionada à idade e glaucoma. Ainda há estudos que apontam, por exemplo, que o diabetes e, consequentemente, o acometimento ocular é mais frequente no sexo feminino. Além disso, é importante destacar que obesidade, alimentação pouco saudável e falta de exercícios são fatores que podem afetar a saúde geral dos olhos".

Maior risco - A catarata merece destaque neste cenário, já que, segundo o documento "As condições da saúde ocular no Brasil 2019", elaborado pelo CBO, a perda da capacidade laborativa por essa doença é mais frequente nos países em desenvolvimento do que nos industrializados. Além disso, as mulheres estão em maior risco do que os homens, por terem menor acesso aos serviços de saúde. A proporção de cegueira devido à catarata, em relação a todas as outras doenças oculares, varia de 5%, na Europa Ocidental, América do Norte e nos países mais desenvolvidos da Região Oeste do Pacífico; a 50% ou mais, em regiões mais pobres.

O fator hormonal é mais um grande desafio para a saúde ocular feminina. Já que questões como gravidez, pílulas anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal e menopausa podem influenciar neste quesito. "Essa alterações hormonais podem alterar a qualidade do filme lacrimal e causar a síndrome do olho seco, altamente prevalente na mulher. Além disso, é importante lembrar que durante a gravidez a mulher pode desenvolver eclampsia e diabetes gestacional, ambas condições que podem causar lesões na retina", alerta Denise de Freitas.

Maus hábitos - Segundo a OMS, enquanto a prevalência de fumantes masculinos atingiu caiu, de forma geral, entre as mulheres, as taxas estão em ascensão em vários países. O risco aumenta, pois o hábito de fumar é considerado um grande inimigo dos olhos, sendo responsável pelo aumento da prevalência de catarata e da degeneração macular relacionada à idade.

Medicações também podem provocar efeitos colaterais nos olhos, como alguns antidepressivos, que podem causar cegueira e glaucoma; e drogas moduladoras da imunidade, como a cloroquina, que podem ocasionar em lesão da retina. Segundo Denise de Freitas, a automedicação também influencia nesse quadro, pois "alguns estudos comprovam um fator preocupante: mulheres tomam mais medicamentos prescritos e não prescritos do que os homens".

Para manter a saúde ocular, os especialistas do CBO recomendam a adoção de algumas medidas preventivas, especialmente entre idosos de ambos os sexos, como: usar óculos de sol; não fumar; adotar óculos de proteção em situações de risco; manter uma alimentação saudável, com betacarotenos e suplementos do tipo Omega-3; além de praticar exercícios.

Conforme lembra a coordenadora da Comissão Mulher do CBO, "é importante ressaltar que algumas doenças oculares são silenciosas, ou seja, somente causam sintomas ou sinais nas fases mais avançadas de acometimento. Por isso, é fundamental estabelecer uma rotina de exames oftalmológicos preventivos após os 60 anos de idade para detecção e tratamento precoces das doenças oculares".


No Dia Internacional da Mulher, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia alerta para fatores que colocam em risco a saúde ocular da população feminina

A saúde ocular deve ser motivo de preocupação para a população feminina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2/3 das pessoas cegas no mundo são mulheres. Por isso, neste Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) lembra a importância desse segmento estar mais atento ao diagnóstico e tratamento precoces de problemas que podem implicar em perda parcial ou total da visão.

As principais razões por trás desse cenário desfavorável para as mulheres são questões socioeconômicas, como as diferenças educacionais; e a desigualdade financeira em relação aos homens, fator que pode dificultar o acesso a unidades de saúde e a aquisição de medicamentos, lentes e óculos. Além disso, outros aspectos colaboram para essa predominância, como: expectativa de vida maior, tabagismo, exposição à radiação ultravioleta, deficiência de vitamina A e distúrbios metabólicos, como o diabetes.

Denise de Freitas, coordenadora da Comissão Mulher do CBO e professora associada do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, detalha alguns desses fatores de risco. "Mulheres tendem a viver mais do que os homens e, por isso, enfrentam mais doenças da senilidade do olho, como catarata, degeneração macular relacionada à idade e glaucoma. Ainda há estudos que apontam, por exemplo, que o diabetes e, consequentemente, o acometimento ocular é mais frequente no sexo feminino. Além disso, é importante destacar que obesidade, alimentação pouco saudável e falta de exercícios são fatores que podem afetar a saúde geral dos olhos".

Maior risco - A catarata merece destaque neste cenário, já que, segundo o documento "As condições da saúde ocular no Brasil 2019", elaborado pelo CBO, a perda da capacidade laborativa por essa doença é mais frequente nos países em desenvolvimento do que nos industrializados. Além disso, as mulheres estão em maior risco do que os homens, por terem menor acesso aos serviços de saúde. A proporção de cegueira devido à catarata, em relação a todas as outras doenças oculares, varia de 5%, na Europa Ocidental, América do Norte e nos países mais desenvolvidos da Região Oeste do Pacífico; a 50% ou mais, em regiões mais pobres.

O fator hormonal é mais um grande desafio para a saúde ocular feminina. Já que questões como gravidez, pílulas anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal e menopausa podem influenciar neste quesito. "Essa alterações hormonais podem alterar a qualidade do filme lacrimal e causar a síndrome do olho seco, altamente prevalente na mulher. Além disso, é importante lembrar que durante a gravidez a mulher pode desenvolver eclampsia e diabetes gestacional, ambas condições que podem causar lesões na retina", alerta Denise de Freitas.

Maus hábitos - Segundo a OMS, enquanto a prevalência de fumantes masculinos atingiu caiu, de forma geral, entre as mulheres, as taxas estão em ascensão em vários países. O risco aumenta, pois o hábito de fumar é considerado um grande inimigo dos olhos, sendo responsável pelo aumento da prevalência de catarata e da degeneração macular relacionada à idade.

Medicações também podem provocar efeitos colaterais nos olhos, como alguns antidepressivos, que podem causar cegueira e glaucoma; e drogas moduladoras da imunidade, como a cloroquina, que podem ocasionar em lesão da retina. Segundo Denise de Freitas, a automedicação também influencia nesse quadro, pois "alguns estudos comprovam um fator preocupante: mulheres tomam mais medicamentos prescritos e não prescritos do que os homens".

Para manter a saúde ocular, os especialistas do CBO recomendam a adoção de algumas medidas preventivas, especialmente entre idosos de ambos os sexos, como: usar óculos de sol; não fumar; adotar óculos de proteção em situações de risco; manter uma alimentação saudável, com betacarotenos e suplementos do tipo Omega-3; além de praticar exercícios.

Conforme lembra a coordenadora da Comissão Mulher do CBO, "é importante ressaltar que algumas doenças oculares são silenciosas, ou seja, somente causam sintomas ou sinais nas fases mais avançadas de acometimento. Por isso, é fundamental estabelecer uma rotina de exames oftalmológicos preventivos após os 60 anos de idade para detecção e tratamento precoces das doenças oculares".


Pessoas 60+ solicitam mais crédito para a abertura de novos negócios do que os mais jovens

 Levantamento da Lendico mostra que os pedidos de empréstimo para empreender representaram 18% do total das requisições desse público em 2020 e cresceram 6% em relação ao ano anterior

 

O tempo em que ter mais de 60 anos podia ser sinônimo de aposentadoria e inatividade já passou. Muitas pessoas nessa faixa etária ainda estão ativas em suas carreiras e passaram, inclusive, a empreender. É o que mostra levantamento inédito da Lendico, fintech especializada em empréstimo pessoal online.

De acordo com a pesquisa, as solicitações de crédito na fintech por pessoas acima de 60 anos para abrir um novo negócio somam 18% entre todos os pedidos de 2020 feitos por esse grupo. Já entre as pessoas abaixo dos 60, os pedidos de empréstimo para a abertura de uma empresa são menores, representando 15% das requisições no mesmo período.

A pesquisa aponta, ainda, que as solicitações de crédito para começar um negócio subiram 6% entre as pessoas com mais de 60 anos frente os pedidos de 2019. Apesar da tendência em crescimento, entre os idosos, a categoria está atrás apenas do pagamento de dívidas, que representa 39% de todas as solicitações.

Em terceiro lugar, está a requisição de empréstimo para a compra de mobília, reforma ou mudança, categoria que soma 15% dos pedidos nessa faixa etária e que apresentou crescimento de 36% quando comparada ao ano anterior.

“Com a tendência de envelhecimento da população ainda economicamente ativa e o respectivo aumento da expectativa e qualidade de vida, temos identificado em nossa base pessoas com idade superior a 60 anos buscando em maior número novas oportunidades, seja pela necessidade de renda ou talvez por uma maior segurança em começar a empresa própria nessa fase da vida”, explica Marcelo Ramalho, CEO da Lendico.

 


Lendico 

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Como diagnosticar as infecções por malware em dispositivos móveis

 A Check Point aponta que o baixo desempenho do dispositivo, uma bateria descarregando rapidamente e o aumento do consumo de dados estão entre os principais indicadores de infecções por malware

 

A Check Point® Software Technologies Ltd . (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, alerta para os cinco principais indicadores de infecções por malware em smartphones, o que pode colocar os usuários em sério risco de vazamento ou roubo de informações pessoais.

Esta situação está atrelada ao aumento da popularidade de malware móvel entre os cibercriminosos, como Hiddad, xHelper e Triada. Todos os três estão listados no índice global dos principais malwares do mês da Check Point referente ao mês de janeiro de 2021. Estes malwares estão se tornando cada vez mais comuns à medida que os atacantes tentam roubar informações confidenciais dos usuários. Durante o ano de 2020, os dados de inteligência de ameaças da Check Point mostraram que 46% das organizações em todo o mundo tiveram pelo menos um funcionário que baixou um aplicativo móvel malicioso.

"Os dispositivos móveis são frequentemente os mais vulneráveis a ataques porque não estão protegidos por software de segurança, o que os torna um alvo fácil para os cibercriminosos. É importante ter medidas de segurança em vigor para proteger os dispositivos, já que a prevenção é a melhor defesa contra qualquer forma de ataque. À medida que se torna cada vez mais comum armazenar informações pessoais e corporativas em nossos dispositivos móveis, é ainda mais importante protegê-los. Sem um software de segurança robusto, as chances de se tornar uma vítima de um cibercrime aumentam drasticamente", alerta Fernando De Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Brasil.

Em 2020, a Check Point publicou uma pesquisa que documentou a descoberta de vários aplicativos maliciosos que estavam se disfarçando como aplicativos COVID-19 legítimos. Todos continham uma variedade de malware com o objetivo de roubar dados pessoais dos usuários ou gerar receitas fraudulentas de serviços pagos e discadores Premium. Para ajudar os usuários a identificar se seus smartphones foram infectados por malware, a Check Point recomenda a verificação de um ou mais destes sintomas principais:

• Desempenho operacional: um indicador importante de que um malware infectou um smartphone é uma diminuição significativa em seu nível de desempenho. Os aplicativos também podem ser desligados automaticamente e as principais funções param de funcionar. Isso deve ser uma preocupação especial se ocorrerem sintomas após a instalação de um novo aplicativo no dispositivo.

• Diminuição da vida útil da bateria: se a bateria do celular repentinamente não segurar a carga ou parecer descarregar em menos tempo que o normal, isso pode ser um sinal de infecção por malware. Neste caso, a recomendação é examinar as configurações da bateria para ver qual aplicativo está usando mais energia para detectar a origem do problema.

• Aumento do consumo de dados: um acréscimo acentuado nas cobranças devido ao aumento do uso de dados, sem o conhecimento do usuário, é outro sinal de alerta da presença de malware. Aplicativos maliciosos consomem grandes quantidades de dados trocando informações com terceiros. Para resolver isso, deve-se verificar regularmente a lista de aplicativos instalados em um dispositivo e desinstalar qualquer um que não seja familiar ao usuário.

• Anúncios em notificações: o aparecimento de anúncios em notificações é um indicador de uma infecção potencial. Conhecido como Mobile Adware, esse tipo de malware tem como objetivo exibir anúncios indesejados na tela inicial do celular. Ao ser executado, o malware oculta o ícone do aplicativo para evitar que seja removido, ao mesmo tempo em que passa a distribuir anúncios na tela, independentemente de o usuário estar ou não usando o aplicativo.

• Exibição de números irreconhecíveis: outro sinal de alerta pode ser que números desconhecidos comecem a aparecer na lista de chamadas do telefone, mais comumente números internacionais. Além disso, o dispositivo também pode começar a enviar mensagens SMS para números não reconhecidos ou até mesmo começar a ligar para contatos automaticamente. Isso não só gera um custo financeiro para o usuário, mas também é uma maneira dos cibercriminosos distribuírem o malware, incluindo links maliciosos nas mensagens. Se houver um aumento nas tarifas sem motivo aparente e para serviços que não foram usados, será necessária uma verificação completa do dispositivo.

O SandBlast Mobile da Check Point é uma solução de prevenção e proteção contra ameaças que protege os dispositivos de ataques móveis avançados. O SandBlast Mobile também protege dispositivos de aplicativos infectados, de ataques Man-in-the-Middle por Wi-Fi, explorações de sistema operacional e links maliciosos em mensagens SMS




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Mulheres, educação e empoderamento: uma reflexão sobre a história que me fez chegar até aqui

Dia desses, perambulando pelas redes sociais, me deparei com um post que reunia alguns dados sobre como a situação da mulher brasileira foi impactada pela pandemia do novo coronavírus. Uma das informações que mais me chamou a atenção foi a de que a nossa participação no mercado de trabalho é a mais baixa desde 1990: de acordo com o Ipea, no último trimestre de 2020, apenas 45,8% das mulheres estavam trabalhando.

Se a gente já é maioria nas universidades as mulheres representam 57,2% dos alunos matriculados no ensino superior, segundo pesquisa do Inep e mesmo assim continua sendo preterida no mercado de trabalho seja ao encontrar maiores dificuldades para a inserção, seja ao receber salários, em média, 22% menores , o que fazer para transpor esse abismo profissional que nos separa dos homens?

A única solução que eu consigo propor diante desse paradoxo é que nós, mulheres, continuemos estudando. Sempre que possível e cada vez mais. Porque, para além de uma ferramenta de transformação de realidades, a educação é a arma mais efetiva para combater todo e qualquer tipo de desigualdade inclusive a de gênero.

No meu trabalho à frente da área de Riscos e Crédito Digital no Pravaler, eu tenho a felicidade de poder facilitar o acesso das pessoas à educação. Mas a minha conexão com a educação, na verdade, é de antes de eu nascer. E é especialmente feminina.

Venho de uma família cujas mulheres se empoderaram por meio da educação.

“Se os meninos estudam, as meninas também devem”. Pode parecer absurdo esse tipo de colocação em pleno 2021. Mas, se considerarmos que, durante mais de 300 anos da nossa história, as mulheres foram proibidas de estudar, ter uma avó que carregava consigo essa convicção foi uma fonte de inspiração e empoderamento para mim.

Nascida nos anos 30, minha avó fez Magistério e Pedagogia e começou a atuar como professora de educação infantil numa época em que, segundo o Censo, menos de 20% da população feminina trabalhava fora de casa. Ela não só estudou o que era absolutamente atípico para a época como trabalhou a vida inteira com educação, transformando a vida de centenas de pessoas.

Minha mãe, por sua vez, se apropriou da jornada da minha avó e foi adiante. Além da graduação em Arquitetura e Urbanismo, ela também fez mestrado e doutorado na área. Tanto é que é impossível pensar nela sem associá-la a noites e mais noites de estudo e ao conselho que ela sempre deu para mim e para a minha irmã: educação é o caminho para a independência.

Se hoje eu tenho uma carreira bem sucedida, em grande parte, é por causa dessas mulheres inspiradoras com as quais eu tive a sorte de conviver tão de perto. Se hoje eu tenho essa sede de transformar o mundo por meio do meu trabalho, é por causa dos ótimos exemplos que eu tive em família. E se hoje eu sou uma mulher que escolheu a educação como ferramenta para transformar o mundo, é porque eu vim de mulheres que me mostraram que nada nessa vida é mais poderoso do que o conhecimento bem aplicado.

Como bem disse Malala Yousafzai, a menina paquistanesa que se tornou símbolo da luta pela educação depois de ter sido baleada pelo regime talibã após sair da escola, “há duas forças no mundo: uma é a espada, a outra é a caneta. Mas há uma terceira força, mais poderosa ainda do que as anteriores: a das mulheres”.

O meu desejo mais profundo é que, não só neste 8 de março como em todos os outros dias das nossas vidas, nós, mulheres, possamos nos utilizar cada vez mais a força da caneta para transpor as desigualdades e fazer jus a todo o nosso poder.

 


Ana Bárbara - Head de Risco, Crédito e Cobrança do Pravaler, responsável pela gestão de risco, modelagem e políticas de crédito, e toda a operação de cobrança da empresa.


Violência contra a mulher: Judiciário garantiu acesso à Justiça na pandemia

Assegurar o acesso à Justiça em casos de violência doméstica durante a pandemia pode ser considerado uma conquista neste dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. Campanhas nacionais de informação, acesso a mecanismos de denúncia por meios eletrônicos e o estabelecimento do caráter de urgência para processos relativos a medidas protetivas são alguns dos instrumentos utilizados pelo Sistema de Justiça para enfrentar uma guerra invisível, aumentada em virtude do isolamento para combater a propagação do novo coronavírus: a violência doméstica e o assassinato de mulheres por seus companheiros durante a pandemia.


Segundo a conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Tânia Regina Reckziegel, coordenadora do Movimento de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher do CNJ, 2020 foi um ano particularmente difícil para as mulheres que vivem uma relação de abuso e violência. Mas, segundo ela, também foi o ano em que o Sistema de Justiça criou mecanismos alternativos para facilitar o acesso à Justiça.

Acesse aqui os dados do Painel de Monitoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres atualizado com dados de 2020.

Tânia Reckziegel cita a Campanha Sinal Vermelho, desenvolvida pelo CNJ e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), como ação fundamental para ampliar a possibilidade do pedido de socorro por mulheres vítimas durante a quarentena. Outra medida relevante foi a resolução que permite a emissão de medidas protetivas de urgência durante os plantões judiciários e a recomendação aos tribunais para notificar as vítimas pelo WhatsApp sobre a concessão dessas medidas.

Os dados mais recentes divulgados CNJ sobre processos de violência doméstica e de feminicídio no Brasil, revela que, apesar dos diversos desafios em 2020, a Justiça não está deixando sem resposta os crimes. O número de casos novos envolvendo assassinato de mulheres foi de 2.788 no ano passado - 39% maior que em 2019. O número de sentenças em feminicídio caiu 24% de um ano para outro (2.016 sentenças, em 2020, e 2.657, em 2019), fruto das dificuldades enfrentadas para garantir a tramitação dos processos.

A juíza Luciana Fiala, titular do 5º Juizado de Violência Doméstica do Rio de Janeiro e juíza de Tribunal de Júri, acha surpreendente que os números não tenham sido piores diante da pandemia. "Os Tribunais de Júri têm especificidades que tornam impossível fazê-lo de forma remota. Na primeira fase do procedimento, que se parece com audiências comuns, é possível colher os depoimentos de maneira digital. Mas o julgamento em si reúne sete jurados, juiz, promotor, advogados, funcionários da Justiça. Não tem como fazer isso de casa. Os jurados precisam ficar incomunicáveis e essa segurança não teríamos como garantir de maneira remota."

Também houve menos processos de violência doméstica iniciados na Justiça em 2020. O dado não surpreende a juíza Jacqueline Machado, da Vara de Violência Doméstica que fica na Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande (MS). "Faz todo o sentido em um contexto de pandemia as mulheres deixarem questões de Justiça para depois. Elas estão lidando com as responsabilidades do trabalho doméstico, com os filhos em casa, cuidando de pessoas idosas ou doentes e ainda estão em maior vulnerabilidade financeira. As mulheres foram especialmente impactadas na pandemia. Se fossem tempos normais teriam ido, sim, à Justiça e denunciado."

Além da vulnerabilidade econômica das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar - muitas sequer possuem celular com acesso à Internet ou possuem telefones com pacote de dados restrito -, as vítimas muitas vezes convivem com os agressores. Quando é esse o caso, muitos juízes e juízas preferem receber os depoimentos em audiências presenciais, já que a vítima poderá ter dificuldade, no meio eletrônico, de garantir privacidade suficiente para poder dizer o que realmente está passando.

Para a presidente do Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar (Fonavid), Bárbara Lívio, o Judiciário teve de se reinventar para garantir as mulheres a proteção. E ainda precisar buscar novas soluções. "Hoje, as vítimas podem buscar ajuda por diferentes canais, dentro e fora de casa. A pandemia transformou muitos lares em verdadeiros cárceres privados, possibilitando que os agressores estivessem mais tempo com as vítimas. Nós precisamos ser mais criativos, criar mais formas de acesso à proteção, para que as cifras ocultas de violência não aumentem."

Os tribunais de todo o país devem divulgar em seus canais de comunicação os telefones e e-mails de contato de serviços públicos para denúncia de casos de violência doméstica, mesmo durante a pandemia. "A denúncia é fundamental para barrarmos os casos de feminicídio. Ela serve como um freio no ímpeto de violência dos agressores e somente com as denúncias o Estado pode fazer algo por essa mulher, por essa família", reforça Bárbara Lívio.

Os casos de emergência devem ser comunicados pelo telefone 190 e qualquer pessoa pode fazer a denúncia: a própria mulher, vizinhos, parentes ou quem estiver presenciando, ouvindo ou que tenha conhecimento do fato. Para os casos não emergenciais, o Ligue 180 ou o Disque 100 oferecem orientações à vítima.





Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias


Marketing de cortes: conheça a principal tendência da comunicação para 2021

Dois movimentos vêm se destacando em 2021 e merecem a atenção de quem está buscando ganhar mais espaço e visibilidade: os podcasts e os canais de corte. Já não é de hoje que falamos sobre a tendência crescente dos conteúdos em formato podcast. O Spotify surfa em um espaço negligenciado pelo Youtube, com três pilares principais: mais leve que vídeo, permite fazer outras atividades durante o consumo e é muito mais fácil para o produtor de conteúdo. Mas e esse tal “canal de corte”, o que é? 

Os canais de cortes publicam trechos de materiais maiores, atraindo pessoas com vídeos de poucos minutos, conquistando a atenção e promovendo o conteúdo principal. Mais do que um novo formato de vídeo, ele se tornou uma estratégia de marketing e de monetização para criadores de conteúdo. Porém, antes de falarmos sobre essa mega tendência, vamos contextualizar como chegamos até aqui.

 

Tamanho dos Conteúdos 

Uma crença quase indiscutível num passado recente era que os conteúdos deveriam ser curtos, já que ninguém despende de longos períodos livres, e isso faria com que a taxa de visualização fosse baixa, prejudicando o desempenho junto aos algoritmos. Outra característica que reforçava o tempo reduzido era o limite que as próprias redes impunham, como o Instagram, que limitava o feed em apenas 1 minuto e o IGTV em no máximo 15 (para contas normais). 

Nessa mesma linha, uma das referências em conteúdo para o Youtube desde os primórdios, Rafinha Bastos, criou um canal chamado 8 minutos, em que fazia entrevistas rápidas de, no máximo (como o próprio nome do canal já diz) 8 minutos. Em 2021, o humorista se alinhou à tendência dos conteúdos longos, que passaram a ter mais destaque, chegando muitas vezes a mais de duas horas de duração (uma mudança bastante relevante em relação às convicções do passado).

 

Nugget Vídeo 

Dentro da linha dos "lançamentos" e do marketing de afiliados, surgiu a denominação "Nugget Vídeo", que se refere a trechos menores de um conteúdo maior. Por exemplo, neste segmento, as lives e palestras são algo comum para atrair a atenção de novos seguidores/clientes em potencial, no entanto, nem todas as pessoas estão dispostas a dedicar logo de cara horas do seu tempo para assistir uma live ou uma longa palestra. Pensando nisso, e em se adaptar às limitações de tempo de cada plataforma, assim como ter uma frequência mais intensa de postagens, os conteúdos longos começaram a ser desmembrados em pequenos cortes, com um trecho, tema ou dica relevante. Dessa forma, o interlocutor tinha a chance de capturar a atenção do seu público em potencial em apenas alguns minutos, não mais em horas.

 

Canais de Cortes 

Foi a partir destas mesmas deduções, adquiridas a partir do comportamento dos usuários, que criadores de conteúdo começaram a separar os "melhores momentos" de seus episódios (seja de podcast ou vídeo) em pequenos cortes para chamar a atenção de novos usuários de forma mais eficiente. O passo seguinte desse movimento foi criar um canal diferente do original apenas para o compartilhamento dos cortes. Entre outros motivos, a criação de um novo canal está relacionada ao aumento da exposição do conteúdo e à monetização destes vídeos dentro da plataforma. 

O canal Inteligência Limitada, do humorista Rogério Vilela, inovou no segmento dos cortes, criando um "corte exclusivo", um conteúdo captado juntamente ao podcast longo, porém que não vai ao ar nas demais mídias, nem faz parte do conteúdo original, indo apenas para o canal de cortes. Com isso, os usuários passaram a ter que seguir ambos os canais para assistir todo o conteúdo original.

 

Tendência 

Apesar de ser uma tendência ainda pouco difundida, se comparada aos podcasts, os canais de corte vieram para ficar e já mostram resultados expressivos para quem vem testando a estratégia. Assim como outras novidades do segmento, é importante lembrar que a chance de ganhar visibilidade em novos formatos é sempre maior no início, devido à falta de concorrência. Sabendo disso, o que você me diz: vai testar ou vai deixar essa tendência passar?

 



Cezar Augusto de Lima Choptian - sócio fundador da agência de marketing digital Stardust (https://stardust.digital)


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