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quinta-feira, 4 de março de 2021

Dia Internacional das Mulheres: Samantha Meyer reflete sobre o machismo no mercado de trabalho e os avanços e desafios das mulheres no Direito

A advogada especialista em Direito Constitucional traz importantes reflexões sobre a busca por equidade de gênero na sociedade e os caminhos que ainda precisam ser trilhados

 

No próximo dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher, data que marca o papel da luta e conquistas femininas na sociedade. Diante da importância do assunto e trazendo reflexões sobre o espaço da mulher nos cargos públicos e privados no Brasil, a advogada especialista em Direito Constitucional e professora universitária, Samantha Meyer destaca as principais mudanças e desafios que a sociedade enfrenta em busca da equidade de gênero no país, e quais os caminhos que devem ser percorridos para um cenário mais justo entre homens e mulheres.

No Brasil, quando comparada a outros países, a Constituição Federal é bem evoluída na questão de direitos iguais para todos os indivíduos independente de seu gênero sexual, porém a realidade acaba fugindo do que é proposto no papel, partindo da análise que a ocupação de cargos públicos é composta majoritariamente por homens, reflexo, por exemplo, da falta de incentivos econômicos que as mulheres enfrentam ao ingressarem na área política. Dessa forma, logo temos uma presença inferior de mulheres nos poderes Executivo e Legislativo e, consequentemente, no Congresso Nacional, fator que impede que leis e políticas públicas pensadas e voltadas para mulheres sejam desenvolvidas sob o prisma feminino.

Segundo a professora, curiosamente o mercado de trabalho não reflete a realidade das salas de aula, onde o corpo estudantil é composto em sua maioria por mulheres. Tal fato fica evidente quando levamos em consideração o papel social da mulher de arcar não apenas com sua carreira acadêmica e profissional, mas assumir também muitas vezes o principal pilar dentro de suas casas - cuidando da família e dos filhos. É possível enxergar o quanto isso já está enraizado em nossa sociedade, quando levamos em consideração até mesmo o tempo de licença maternidade, de 120 dias para mulheres, e paternidade, 5 dias para homens. "Temos mulheres que desistiram do trabalho durante a pandemia, já que tornou-se impossível cuidar da casa, dos filhos e das funções profissionais durante o isolamento social" completa a profissional.

Para mudar este cenário, é necessário que a sociedade entenda o quão este fator é determinante e continue dando voz a movimentos sociais e categorias que busquem enfrentar este problema de frente, além de se inspirar em mulheres que quebram de padrão dentro de áreas públicas."Além dos movimentos sociais que nós mulheres já fazemos parte, é necessário uma maior busca de conscientização por parte das empresas, a fim de buscar uma maior igualdade dentro das suas oportunidades de cargos, inclusive os de liderança", afirma Samantha.

De acordo com Samantha, a chave para mudanças efetivas na sociedade é provocar discussões, propor leis e projetos de incentivo à classe, além de investir em bandeiras como o feminismo com o intuito de dar voz à campanhas e movimentos que preguem a equidade de gênero. Na área profissional, é preciso que cada vez mais os órgãos e empresas invistam em métodos que levem em consideração a capacidade técnica e qualificação de candidatos independentemente de seus gêneros, assim como os concursos públicos já fazem, com provas baseadas na área de interesse e com conhecimentos técnicos e gerais, sem levar em conta fatores pessoais dos candidatos.

Entre as percepções das mulheres dentro de cargos de liderança, está a adoção de posturas que não condizem com suas experiências pessoais, apenas para se encaixarem em um padrão imposto pela cultura organizacional daquele lugar - que muitas vezes é dominado por homens. Para Samantha, a constante luta pelos direitos femininos em diversas camadas da sociedade e a imposição da mulher respeitando quem ela é, sem se encaixar em nenhum padrão, é o que nos dará projeção para uma sociedade mais justa e igualitária para as próximas gerações. "O importante daqui para frente, é que mais mulheres e meninas saibam que elas podem ser o que elas quiserem em suas vidas profissionais e que lutem para que a única barreira seja o conhecimento e as qualificações e não mais o gênero", reflete a advogada.




Samantha Meyer - Advogada especializada em Direito Constitucional e professora universitária, Samantha Meyer possui propriedade intelectual nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e expertise para debater diversos assuntos dentro dos universos do direito, política e educação. A advogada que já chegou a ocupar alguns cargos públicos, dentre eles o de conselheira da estatal da ITAIPU Binacional, assessora jurídica da Câmara dos Deputados Federais e chefe do gabinete do Superior Tribunal Militar, também consegue transitar facilmente por assuntos que englobam equidade de gênero e direito das mulheres.



ULTRAPASSADA (E AGORA INCONSTITUCIONAL) TESE DE LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA E O DIREITO À DEFESA

Recentemente, o Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, decidiu, em caráter liminar, que a tese de legítima defesa da honra, utilizada para justificar feminicídios e aceita, especialmente no passado, pelos jurados no plenário do Tribunal do Júri, é inconstitucional.


Referida tese, que por muito tempo foi sustentada pelos advogados criminalistas, embora atualmente em franco desuso, objetivava um resultado favorável que levasse à absolvição de seus clientes ou à redução da pena, pois o homicídio praticado estaria justificado na proteção da honra daquele que o cometeu.

De fato, a sociedade machista e os conselhos de sentença normalmente formados por homens (pois as mulheres donas de casa, pelo que previa a legislação, podiam ser dispensadas), contribuíram para o sucesso da tese da legítima defesa da honra, absolvendo muitos acusados de feminicídio, quando sequer um tipo penal específico existia ou assim era denominado.

Destaca-se, neste contexto, o caso do assassinato de Ângela Diniz por seu companheiro Doca Street, ocorrido em 1976, no Rio de Janeiro. Ao tentar justificar o crime, Doca alegou ter ciúmes de Ângela, dizendo que, no fundo, havia matado por amor, o que ensejou a imediata reação do movimento feminista com o slogan: “Quem ama não mata”. Seus advogados conseguiram, em um primeiro julgamento, o reconhecimento da legítima defesa da honra e Doca foi condenado a uma pena de dois anos de reclusão, com suspensão condicional da pena e, dessa forma, não foi preso.

Desde então, a tese da legítima defesa da honra vinha sendo utilizada para absolver acusados de feminicídio ou diminuir consideravelmente sua pena, obviamente perdendo força com o desenvolvimento social e a diminuição do machismo, de modo que a jurisprudência demonstra que os jurados passaram a não reconhecer com tanta facilidade (como outrora) referida tese.

Em recente Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 779, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) questionou, perante o Supremo Tribunal Federal, esta tese da legítima defesa da honra, diante de sua utilização para absolvição de acusados de feminicídio.

A decisão liminar do Ministro Toffoli entendeu que (i) a tese da legítima defesa da honra é inconstitucional por contrariar os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF), da proteção à vida e da igualdade de gênero (art. 5º, caput, da CF); (ii) a interpretação conforme a Constituição Federal dos arts. 23, inciso II, e 25, caput e parágrafo único, do Código Penal e ao art. 65 do Código de Processo Penal, obriga a exclusão legítima defesa da honra do âmbito do instituto da legítima defesa e, (iii) fica obstado à defesa que sustente, direta ou indiretamente, a legítima defesa da honra (ou qualquer argumento que induza à tese) nas fases pré-processual ou processual penais, bem como no julgamento perante o tribunal do júri, sob pena de nulidade do ato e do julgamento.

A decisão, de início, pelo conteúdo que encerra, merece ser aplaudida, pois rechaça e declara inconstitucional uma tese tão absurda e ultrapassada.

Por outro lado, sob a ótica da ampla defesa, o terceiro item (iii) da decisão, deve ser visto com reservas, pois, data venia, ultrapassa os limites legais e afronta a plenitude do Direito de Defesa, garantida pela Constituição Federal, ao impedir que o advogado criminalista possa sustentar referida tese em plenário.

Com a própria evolução da sociedade e o reconhecimento da inconstitucionalidade de referida tese, a legítima defesa da honra será, na prática, de uma vez por todas, banida de nossos Tribunais do Júri, uma vez que será totalmente inócua, caso suscitada. Isto fará com que os advogados deixem de argui-la, já que não mais repercutirá entre os jurados e não ensejará a absolvição desejada.

Cabe, portanto, à sociedade, representada pelo Conselho de Sentença (jurados e juradas), refutar a absurda tese. Por outro lado, o direito de um advogado sustentar o que bem entender no interesse da defesa de seu cliente não pode ser tolhido. A defesa não pode ser cerceada, limitada, amputada, mutilada, especialmente durante os trabalhos no plenário do Tribunal do Júri.

Assim sendo, provavelmente, este ponto específico da decisão liminar não deverá ser confirmado no julgamento final (de mérito) deste caso, que será examinado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, o que, de forma alguma, diminui a importância desta decisão, que confirma a necessidade da constante e inesgotável luta contra o feminicídio.




Adriana Filizzola D'Urso - Advogada criminalista, professora, mestre e doutoranda em Direito Penal pela Universidade de Salamanca (Espanha), membro do Instituto de Juristas Brasileiras e da Associação Brasileira das Mulheres de Carreiras Jurídicas.


quarta-feira, 3 de março de 2021

6 livros que trazem inspiração no Dia Internacional da Mulher

 Arte Livros Skeelo
Skeelo
 App de e-books elenca títulos de representatividade em diversos segmentos do conhecimento feminino


O Dia Internacional da Mulher, que é comemorado no dia 8 de março, se mostra sempre com uma data muito importante, que traz à tona a luta pela igualdade de gênero em todos os segmentos da sociedade. A data costuma chamar atenção também para o combate à violência contra a mulher, que tem números alarmantes em todo o mundo.


Para comemorar a data aplicando o lugar de fala de quem realmente é protagonista, o Skeelo, maior app de e-books do país, separou 6 títulos de mulheres que representam parte do universo feminino, que compartilham suas histórias e conhecimentos.Para mulheres empreendedoras, que têm a veia dos negócios pulsando dentro de si, a dica é Pense e Enriqueça para Mulheres, de Sharon Lechter, da editora Citadel. O livro aborda as doutrinas clássicas de Napoleon Hill em uma versão totalmente voltada para mulheres que desejam o sucesso.


As que buscam inspiração em vivências, o Vozes Femininas, de Zoe Sallis, editora Astral, fornece um lindo material de respostas de 40 mulheres sobre a vida, família, ideias, experiências e outros assuntos. Alguns nomes muito conhecidos e outros não, compartilhando suas histórias e ganhando voz.


O Best Seller Minha História, de Michele Obama, da Cia das Letras, é certamente um título que não poderia ficar de fora da lista, já que relata a história da ex-primeira-dama dos EUA, da infância até a presidência da república, que traz incentivo para a leitora descobrir o seu próprio protagonismo na vida.


Já para as leitoras ávidas por poemas, é imperdível o a voz da sereia volta neste livro, editora Planeta, de Amanda Lovelace, que narra a sua vida em poemas. A cada estrofe a sororidade e a identificação transcrevem por seus versos. Este é o terceiro volume de uma série de 3 livros da autora, que retrata sempre o feminino.


Leveza também consta da lista do Skeelo, sendo a dica Buda dançando numa boate, de Paula Abreu, da Buzz, que ajudar a leitora a perceber que a espiritualidade está em tudo, e para senti-la não é necessário meditar aos pés do Himalaia. A autora, que é uma coach de desenvolvimento pessoal mais seguida do Brasil, fala de uma maneira muito bem humorada em como encontrar o equilíbrio e a espiritualidade.


E por final, mas não menos importante o Doidas no Divã, de Cris Linnares, da Buzz, a autora, premiada psicóloga, traz em seu segundo best-seller 5 elementos para a leitora escrever a sua história e alcançar o sucesso. Estamos sempre correndo, dando conta de mil tarefas e ainda sendo chamadas de loucas. Se você já teve vontade de fazer alguma coisa e ouviu a frase “Você está louca de querer fazer isso?”, então esse livro é para você. As pessoas mais admiradas do mundo já foram taxadas de malucas, e talvez esse seja o melhor normal.


Casos de bruxismo batem recorde na pandemia

Tensão e incertezas quanto ao futuro levam pessoas a ranger ou apertar os dentes; dentistas revelam aumento sem precedentes dos casos.


A pandemia do Covid-19 aumentou drasticamente os casos de bruxismo e dentes trincados ou fraturados, provocando uma corrida aos consultórios odontológicos. As incertezas e medos com relação à doença e suas consequências sociais e econômicas são certamente agravantes do problema, e isso reflete nos atendimentos odontológicos.

“De cada 10 atendimentos, em 8 identificamos o bruxismo”, diz Olívia Kiehl, cirurgiã dentista com consultório em Campinas. Segundo a dentista, o problema acontece muitas vezes de forma inconsciente, quando a pessoa está dormindo, trabalhando, fazendo ginástica ou outras atividades. O apertamento pode levar ao trincamento ou mesmo fratura do dente, o que exige tratamento imediato.

A avaliação é caso a caso, e as opções são muitas para amenizar ou mesmo controlar o problema. “Temos opções mais simples até as mais invasivas”, diz Olívia. “Podemos começar com o uso de uma medicação, para tentar ‘tirar o hábito’, indicar fisioterapia, acupuntura, aplicação de botox e quase sempre indicamos as placas miorrelaxantes.

Para eliminar o risco de contágio do Covid no consultório, ela explica que no ambiente é realizada a assepsia do local, objetos, superfícies e ar condicionado. Também o atendimento é feito com intervalos entre os horários, tempo necessário para todo aerossol que fica no ar decantar. Além disso, é realizada a higienização do chão e superfícies com álcool 70° e um spray virucida e bactericida. O mesmo spray foi ainda acoplado ao ar condicionado, que pulveriza o ambiente eliminando toda partícula que possa gerar contaminação.

 



Olívia Kiehl e Loriene Galacini - Com formação recente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dra. Olívia desde já quer desmistificar que a odontologia não se restringe somente à saúde bucal, mas da saúde do corpo, em sua integralidade. Ela também é crítica dos procedimentos estéticos que causam desgaste e outros danos desnecessários aos dentes. Queremos trazer essa mudança para nosso cotidiano e para o dia a dia das pessoas, pois temos convicção que a odontologia não traz dor, mas conforto à vida das pessoas”, diz. A dra. Loriene Galacini tem mais de 30 anos de carreira, e se apaixonou pelo atendimento a pacientes especiais: atuou em diversas ações solidárias com crianças portadoras de necessidades e realizou especializações nessa área. Com doutorado em cirurgia e trauma bucomaxilofacial, a profissional é altamente capacitada para atendimentos em todo tipo de patologias bucais e também nas mais modernas tendências da odontologia estética.


Saúde define cronograma de distribuição de mais 2,5 milhões de doses da vacina do Butantan

Envio do imunizante aos estados e Distrito Federal é realizado de forma proporcional e igualitária

  

Mais 2.552.820 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida no Brasil pelo Instituto Butantan estão sendo enviadas pelo Ministério da Saúde de forma proporcional e igualitária a todos os estados e Distrito Federal. O novo lote é destinado para vacinar o restante dos trabalhadores da saúde, indígenas do estado do Amazonas e pessoas de 80 a 84 anos. A previsão é de que todas as entregas ocorram nesta quarta-feira (03/03). 

De acordo com o quatro Informe Técnico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da pasta, a nova remessa de vacinas do Butantan corresponde à entrega de duas doses, sendo necessário que estados e municípios façam a reserva da segunda dose para garantir que o esquema vacinal seja completado no período recomendado de 2 a 4 semanas. 

Confira aqui a divisão das doses para cada Unidade da Federação (UF). 


FUNDO ESTRATÉGICO 

Mais regiões estão sendo contempladas com o Fundo Estratégico, que destina 5% do total de doses para estados de acordo com o cenário epidemiológico local. A medida está em vigor para estados do Norte desde a segunda pauta de distribuição. 

Nessa nova remessa, 127.641 mil doses foram divididas entre o Amazonas (30%), Pará (10%), Rondônia (5%), Roraima (5%), Ceará (10%), Paraíba (5%), Sergipe (5%), Paraná (10%), Santa Catarina (10%) e Goiás (10%), para ampliar ainda mais a vacinação dos grupos prioritários de idosos – no total, 60.781 pessoas estão sendo contempladas com a estratégia. 


SOMOS UMA SÓ NAÇÃO 

Com esse novo lote, o Ministério da Saúde já coordenou a distribuição de mais de 17 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 desde o dia 18 de janeiro, início da campanha de vacinação – mais de 7,5 mil doses já foram aplicadas. A pasta prevê o envio de mais de 200 mil doses até julho, vacinando, assim, 50% da população brasileira vacinável até a metade de 2021. A vacinação no País pode ser acompanhada pela plataforma LocalizaSUS. 

Ao longo de março, a pasta espera receber novos lotes de vacinas: além de remessas do Butantan, estarão disponíveis ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) mais doses da AstraZeneca/Oxford, já produzidas no Brasil pela Fiocruz (3,8 milhões). Do mesmo laboratório, o Brasil também deve receber ao longo do mês mais 2 milhões de doses importadas da Índia e outros 2,6 milhões através do consórcio Covax Facility.

Além disso, o Ministério da Saúde assinou o contrato com o laboratório Precisa Medicamentos/Bharat Biotech, responsáveis pela vacina indiana Covaxin – das 20 milhões de doses acordadas, 8 milhões já devem estar à disposição da pasta em março.

 

 Marina Pagno

Ministério da Saúde

 

Dia Mundial da Audição (3/3): campanha alerta a população sobre a importância dos cuidados com a saúde auditiva

A data foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para promover ações para a prevenção da perda auditiva

 

Com elevados ruídos sonoros em que a população está exposta atualmente,  é preciso ficar em alerta quanto à saúde auditiva. Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 466 milhões de pessoas no mundo possuem alguma deficiência auditiva.  A previsão é que, nos próximos trinta anos, o número dobre e chegue a 900 milhões. Atualmente, cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e jovens adultos estão em risco de perda auditiva. Segundo especialistas, é importante detectar a perda auditiva precocemente para diminuir o avanço. 

O fonoaudiólogo Gleison Barcelos, da clínica Microsom Brasília, ressalta a importância dos cuidados preventivos. Entre elas, não introduzir objetos (nem bastonete) no ouvido. Outro alerta é sobre gripes e otites “As infecções mal curadas podem ocasionar a perda auditiva”, explica o especialista.

Ele ainda faz um alerta em relação à exposição excessiva a ruídos, como cortadores de gramas e músicas muito altas. “Não só os adultos devem tomar cuidado. O nível de barulho dos brinquedos para bebês deve ser monitorado, pois eles têm a audição mais aguçada. Sendo assim, correm mais risco”, afirma. 

Além disso, de acordo com o especialista, nos últimos anos houve um aumento expressivo da quantidade de jovens com perda auditiva “Este é um reflexo do uso irregular de fones de ouvido e, se não houver cuidado, pode levar à perda auditiva irreversível”, alerta Gleison.

O especialista ainda ressalta: “Em casos de sintomas como zumbido, sensação de ouvido tampado, pressão, dor, consulte um otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo para avaliar sua audição e vale ressaltar, também, a importância de realizar uma avaliação audiológica pelo menos uma vez ao ano, por prevenção”, finaliza.


Deficiência auditiva

Gleison explica que, atualmente, a tecnologia pode ser uma grande aliada para melhorar a qualidade de vida de quem vive com a deficiência auditiva. “Muitas vezes, a pessoa tem a prescrição para utilizar o aparelho auditivo, mas tem vergonha, o que pode prejudicar ainda mais a saúde e os relacionamentos interpessoais do paciente. E ao passar dos anos a falta de estímulo do cérebro pode ocasionar outras doenças, como a demência”, afirma.

O fonoaudiólogo afirma, ainda, que os avanços dos aparelhos auditivos têm sido muito importantes, beneficiando cada vez mais a saúde dos usuários “Ter um aparelho auditivo não é questão de luxo, trata-se de uma oportunidade para que os deficientes auditivos se comuniquem melhor e consigam manter suas interações sociais”, explica. 

Já tem aparelhos no mercado que são capazes de captar o áudio com mais eficiência, detectar quedas e monitorar dados físicos e cognitivos do usuário, frequência cardíaca, movimentos realizados, entre outros. Até tradução simultânea de 27 idiomas o aparelho realiza. E tudo isso pode ser monitorado por um aplicativo. "A grande inovação de aparelhos, como o Via Edge AI, é a presença de sensores que otimizam a captura de áudio, reduzindo o tempo de resposta ao paciente. Além disso, familiares e usuários podem acompanhar as atividades diárias, como física e cognitiva”, explica.


Anticorpos contra o SARS-CoV-2 gerados em infecção prévia são seis vezes menos eficazes contra variante P.1.


 

Células Vero infectadas com a linhagem B do SARS-CoV-2 originalmente descrita no Brasil (imagens superiores) ou com a variante P.1. (imagens inferiores) e marcadas com anticorpos monoclonais direcionados à proteína do nucleocapsídeo (vermelho) e à proteína spike (verde). Núcleos foram marcados em azul e o citoesqueleto, em rosa. Podemos ver que o anticorpo contra Spike não foi capaz de marcar as células infectadas com a variante brasileira (imagem: Henrique Marques Souz/Unicamp)

 

 

Experimentos laboratoriais conduzidos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indicam que anticorpos presentes no plasma sanguíneo de pessoas que já tiveram COVID-19 e se recuperaram são cerca de seis vezes menos eficientes para neutralizar a variante brasileira do SARS-CoV-2, denominada P.1., do que a chamada linhagem B, que circulou no país nos primeiros meses da pandemia.

O estudo mostra ainda que o plasma coletado de indivíduos que receberam a segunda dose da CoronaVac há cerca de cinco meses apresenta baixa quantidade de anticorpos capazes de neutralizar o novo coronavírus – tanto a linhagem B quanto a variante P.1. Os dados foram divulgados segunda-feira (01/03) na plataforma Preprints with The Lancet e ainda estão em processo de revisão por pares.

“O que esses resultados preliminares sugerem é que tanto as pessoas que já tiveram COVID-19 como aquelas que foram vacinadas podem ser infectadas pela nova variante P.1. e, portanto, não devem se descuidar”, alerta José Luiz Proença Módena, professor do Instituto de Biologia (IB-Unicamp) e coordenador da investigação.

Segundo o pesquisador, esse fenômeno é comum e ocorre também com outras vacinas, fazendo com que alguns vírus continuem circulando mesmo após uma população ser imunizada. “Em hipótese alguma ele sugere que a vacina não funciona”, afirma.

Os experimentos descritos no artigo foram realizados com apoio da FAPESP (projetos 16/00194-8 e 20/04558-0) no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (Leve) do IB-Unicamp, que tem nível 3 de biossegurança (NB3) e é administrado por Módena. O grupo recebeu de colaboradores do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE) 20 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes infectados pela variante brasileira, que foram inoculadas em culturas celulares suscetíveis ao SARS-CoV-2. A presença da P.1. nas amostras dos pacientes foi confirmada por sequenciamento do genoma viral.

Dois isolados da variante P.1. obtidos a partir das culturas infectadas in vitro foram usados nos testes de neutralização feitos tanto com o plasma de convalescentes quanto de vacinados.

“Nós já tínhamos uma coleção de plasma doado por pessoas que se recuperaram da COVID-19 – todas as amostras com altas quantidades de anticorpos neutralizantes. Esse material foi originalmente colhido e analisado para o tratamento de pacientes em estado grave [método conhecido como transfusão passiva de imunidade ou terapia com plasma convalescente]”, conta Módena à Agência FAPESP.

As amostras de plasma convalescente – coletadas entre dois e três meses após a infecção – foram testadas paralelamente contra a linhagem B e a variante P.1. Os resultados indicam que o potencial de neutralização frente à nova cepa foi em média seis vezes menor.

“Esse é um valor que chama a atenção”, diz Módena. “No caso do vírus influenza [causador da gripe], por exemplo, quando de um ano para outro surge uma nova variante que é seis vezes menos neutralizada pelos anticorpos, já se considera que há escape imune e que é necessário atualizar a vacina.”


Mais estudos são necessários

Os experimentos de neutralização com o plasma de vacinados foram feitos com amostras coletadas de oito voluntários que participaram do ensaio clínico de fase 3 da CoronaVac – imunizante desenvolvido pela empresa chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan. A imunização ocorreu entre os meses de agosto e setembro de 2020.

Como os testes clínicos de fase 2 já haviam indicado, a quantidade de anticorpos neutralizantes no sangue dos vacinados cai fortemente após aproximadamente seis meses. Desse modo, nos testes in vitro feitos na Unicamp, o efeito de neutralização do plasma sanguíneo foi pequeno tanto contra a P.1. quanto contra a linhagem B. No entanto, os pesquisadores destacam que esses resultados precisam ser interpretados com cautela, pois anticorpos neutralizantes são apenas um dos componentes do sistema imunológico.

“Outros elementos de proteção que podem ser fortemente induzidos pela vacina, como a imunidade celular, provavelmente ainda são capazes de evitar que os imunizados desenvolvam a doença – principalmente as formas mais graves. No entanto, tudo indica que os vacinados não estão livres de se infectarem e de transmitirem o vírus”, avalia Módena.

Segundo o pesquisador, o número de indivíduos avaliados no estudo é pequeno e os resultados não são robustos o suficiente para concluir algo relacionado à eficácia da CoronaVac contra a variante brasileira do novo coronavírus. “São necessários estudos mais aprofundados para avaliar tanto a eficácia da CoronaVac como de outras vacinas contra a P.1.”, diz.

Os autores ressaltam ainda que medidas de higiene e distanciamento social continuam essenciais para controlar a disseminação do vírus, mesmo entre pessoas previamente infectadas ou já vacinadas. “Essas medidas são importantes para evitar possíveis casos de reinfecção, especialmente pelas novas linhagens emergentes”, afirmam.

Participaram dos testes o bolsista William Marciel de Souza, a mestranda Karina Bispo dos Santos, a bolsista de iniciação científica Camila Lopes Simeoni e a doutoranda Pierina Lorencini Parise. Ao todo, a pesquisa contou com cientistas de dez universidades, entre elas Unicamp, Universidade de São Paulo (USP), University of Oxford (Reino Unido) e Washington University in St. Louis (Estados Unidos). Além da FAPESP, o grupo recebeu recursos de Medical Research Council (Reino Unido), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Faepex), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e National Institutes of Health (Estados Unidos).

O trabalho Levels of SARS-CoV-2 lineage P.1 neutralization by antibodies 2 elicited after natural infection and vaccination pode ser lido em https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3793486.
 



Karina Toledo

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/anticorpos-contra-o-sars-cov-2-gerados-em-infeccao-previa-sao-seis-vezes-menos-eficazes-contra-variante-p1/35311/

 

Novas perspectivas de tratamento para lesão causada por pressão trazem esperança aos pacientes

O problema é mais frequente em internações de longa duração e exige cuidado especializado.


 

A lesão por pressão afeta pessoas que ficam muito tempo em uma mesma posição, seja por imobilidade ou resultado de um longo período de internação. Apesar de ser uma condição que pode ser evitada, esse tipo de lesão ainda é muito frequente. Durante a pandemia do novo coronavírus, por exemplo, muitos pacientes em estado grave estão desenvolvendo lesão por ficarem acamados e na mesma posição por muito tempo.

 

No entanto, esse problema já vem acometendo brasileiros há anos. Pacientes idosos acamados e pessoas com deficiências físicas são os que mais sofrem. Estudos mostram que, anualmente, 29% das pessoas que estão em tratamento, especialmente domiciliar, necessitam de cuidados específicos para que a lesão não se agrave ou não apareça.

 

Em 2017, foram utilizados 4,3 milhões de leitos-dia devido a problemas de lesão por pressão e 4,7 milhões em casos mais graves e permanentes, segundo o Relatório Nacional de Incidentes Relacionados à Assistência à Saúde. Estima-se que, dos pacientes com lesão por pressão, cerca de 10% morrem devido a complicações, sendo este um cenário que poderia ser evitado ou minimizado em até 95% dos casos. No entanto, considerando que há falta de registros e notificações em diversas regiões do país, a situação pode ser ainda mais alarmante.

 

Localizada na pele ou nos tecidos moles, geralmente sobre os ossos, a lesão por pressão pode aparecer na pele íntegra ou como uma úlcera aberta e é causada pela pressão constante no mesmo ponto, o que diminui a circulação sanguínea e provoca a morte celular no local. As regiões mais comprometidas são a sacral (acima do cóccix, na região dos glúteos), área do trocânteres (parte superior e lateral do fêmur), maléolos, que são os ossos laterais dos pés, e os calcanhares, por conta do constante contato com a cama.

 

O tratamento consiste na utilização de dispositivos médicos e outros recursos para conter o agravamento da lesão e auxiliar no processo de cicatrização. Atualmente, os curativos avançados fornecem uma camada protetora que se transforma em gel ao entrar em contato com o fluido da ferida, absorvendo e retendo o excesso de umidade no local, auxiliando no controle de bactérias e proporcionando um ambiente de cicatrização adequado. O gel contorna o leito da ferida para ajudar a minimizar o espaço morto onde as bactérias podem crescer.

 

Para o melhor tratamento dessas lesões, a ConvaTec, líder global no tratamento de feridas, disponibiliza aos pacientes curativos avançados antimicrobianos e de espuma que tratam feridas crônicas associadas às úlceras causadas por pressão de uma forma única. Chamados comercialmente de AQUACEL®, com Tecnologia Hydrofiber ®, esses recursos terapêuticos têm ajudado os especialistas a enfrentar os desafios de feridas difíceis de curar e melhorar a qualidade de vida dos pacientes no Brasil e no mundo.

 

Essas tecnologias foram desenvolvidas originalmente para gerenciar o exsudato, um líquido da ferida, e evoluíram rapidamente com a adição de prata iônica para ajudar a controlar e reduzir o risco de infecção da ferida. Além disso, foi incorporada uma nova tecnologia chamada More Than Silver™ ao produto, que combate o biofilme da ferida, que é uma película formada por bactérias unidas em uma substância extracelular e que cria barreiras para a cicatrização.

 

A junção desses benefícios permite melhora dos pacientes, ajudando-os a retomar suas rotinas, dentro e fora de casa, enquanto suas feridas cicatrizam. Além disso, com base em sua experiência internacional nesse tipo de terapia, a Companhia desenvolveu um protocolo próprio para tratar em menos tempo a ferida já instalada, proporcionando mais qualidade de vida aos pacientes. Ainda, com o objetivo de cuidar integralmente dos pacientes, a ConvaTec desenvolveu medidas eficazes de proteção da pele, que englobam coberturas capazes de evitar que os fatores causais da lesão por pressão incidam com frequência no local. O controle do microclima (umidade e temperatura local), redistribuição da pressão, diminuição da fricção e cisalhamento (quando o paciente escorrega na cama pela força da gravidade) também são benefícios que podem ser encontrados com as tecnologias disponíveis.

 



ConvaTec

www.convatec.com.br

 

Câncer de colo do útero: Diagnóstico precoce pode evitar em 80% dos casos os riscos de metástases e outras complicações

 A cada ano 16 mil mulheres no Brasil são diagnosticadas com a doença; Vacinação contra o vírus HPV é medida preventiva essencial no combate à doença, que tem sintomas silenciosos e em 35% dos casos acaba sendo letal


De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de colo do útero atinge mais de 16 mil mulheres no Brasil por ano, o que já faz dele o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina. A doença é silenciosa e, por isso, em cerca de 35% dos casos acaba levando à morte. A preocupação acerca dos crescentes índices da doença aumenta quando analisado o principal causador da condição: o contágio pelo chamado papilomavírus humano - conhecido como HPV.

Mais comum tipo de infecção sexualmente transmissível em todo o mundo, o vírus HPV atinge de forma massiva as mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa que preocupa os especialistas.

"A cada ano, mais de 500 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo uterino no mundo. Cerca de 300 mil óbitos ao ano são atribuídos a essa doença, o que configura um desafio na saúde mundial, apesar de se tratar de uma doença prevenível. Aproximadamente 90% dos casos ocorrem em países pobres ou emergentes, sobretudo por estratégias de implementação vacinal e programas de rastreio populacional inadequados. A mortalidade nesses países é cerca de 18 vezes maior que em países desenvolvidos. No Brasil, a taxa de mortalidade ajustada para a população mundial de 4,70 óbitos para cada 100 mil mulheres", revela Michelle Samora, oncologista do CPO Oncoclínicas.

Segundo a médica, esse tipo de infecção genital é muito frequente, o que pode ocasionar alterações celulares no corpo da mulher, evoluindo para um tumor maligno. "O processo de oncogênese do HPV consiste em algumas etapas principais: infecção pelo HPV de alto risco oncogênico, acesso do vírus ao epitélio metaplásico na zona de transformação do colo uterino, persistência da infecção com integração do genoma viral ao DNA da célula hospedeira. A partir daí, o vírus passa a expressar suas proteínas relacionadas ao câncer, promovendo a imortalização celular. Como conseqüência, a depender da condição de cada indivíduo, ocorrerá o aparecimento das lesões precursoras ou mesmo o câncer", explica.

Para a Dra. Michelle, a prevenção é um dos principais aliados no combate ao câncer de colo do útero. "A vacinação contra o HPV representa a melhor forma de prevenção primária. Ela resulta numa resposta imune 10 vezes mais eficiente que a viral e está disponível contra os seguintes subtipos: vacina bivalente contra HPV 16 e 18; vacina quadrivalente contra HPV 6,11,16 e 18; e a vacina nonavalente que inclui mais 5 subtipos oncogênicos os 31, 33, 45, 52 e 58. 8. Todas as vacinas possuem soroconversão próximas a 100%. A duração total do proteção ainda é incerta, estima-se em aproximadamente 9 anos; porém, estudos matemáticos indicam alta concentração de anticorpos por no mínimo 20 anos".

Em complemento à prevenção primária, a médica destaca os exames periódicos para detecção da doença.
"Quando diagnosticado precocemente, é possível que haja uma redução de até 80% de mortalidade por este câncer. Considerando que o tumor de colo do útero é uma doença com sintomas silenciosos, muitas vezes as mulheres perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase inicial. Sempre aconselho as mulheres a realizarem os exames como o Papanicolau periodicamente, para que aumentem as chances da doença ser diagnosticada precocemente", explica Dra. Michelle.

Apesar dos exames ginecológicos serem essenciais para a identificação precoce de possíveis sinais de alerta para a doença, o Ministério da Saúde estima que apenas 16% das mulheres de 25 a 65 anos passam por avaliações de rotina no Brasil - e essa já era a realidade antes da pandemia. Esse número está muito aquém das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) como metas para frear os índices de letalidade pelo câncer de colo de útero.



Fique atento aos primeiros sinais

O tumor ocorre quando as células que compõem o colo uterino sofrem agressões causadas pelo HPV. Os primeiros sinais aparecem por meio de sangramento vaginal, seguido de corrimento e dor na pelve.

Quando a doença já se encontra em um estágio mais avançado, a mulher pode apresentar um quadro de anemia devido à perda de sangue, além de dores nas pernas, nas costas, problemas urinários ou intestinais e até perda de peso sem intenção. "Os sangramentos podem ocorrer durante a relação sexual, fora do período menstrual e em mulheres que já estão no período da menopausa", diz a oncologista.

Quando detectado, os procedimentos para o tratamento do câncer são cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia. "A cirurgia pode consistir na retirada do tumor ou na retirada do útero, o que pode impossibilitar a mulher de engravidar. Para os estágios mais avançados da doença, são recomendados os tratamentos de radioterapia e quimioterapia", finaliza a Dra. Michelle Samora.


Pesquisadores afirmam que coronavírus pode afetar saúde sexual masculina

Artigo científico mostra que coronavírus pode afetar mais do que os pulmões Divulgação


Apesar de ser uma doença respiratória, Covid-19 atinge outros órgãos do corpo, causando coágulos que prejudicam a circulação sanguínea e, consequentemente, a ereção

 

Cientistas norte-americanos e italianos divulgaram, em meados do ano passado, um artigo no qual relacionam o coronavírus com a disfunção erétil masculina. Por mais que seja uma doença respiratória, a Covid-19 pode atingir diversos órgãos do corpo humano, pois, em alguns casos, a enfermidade provoca coágulos que interferem na circulação sanguínea, prejudicando, entre outras coisas, a ereção.

De acordo com o professor Augusto Barbosa Reis, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o artigo supracitado revela que "a inflamação iniciada no pulmão pode comprometer os vasos sanguíneos, levar à sua obstrução e causar a formação de coágulos".

Isso afeta diretamente o endotélio, tecido responsável por regular a contração e o relaxamento dos vasos sanguíneos. Uma das possíveis consequências desse distúrbio no endotélio é o comprometimento da função erétil masculina. Afinal, a disfunção acontece, justamente, quando há um problema no fluxo sanguíneo do pênis.

 

Diagnóstico preciso

Milhões de pessoas têm sido vacinadas contra a Covid-19, no Brasil e no mundo, de acordo com a idade ou o grupo de risco. No caso da disfunção erétil, apesar dos estudos apontarem a doença como uma possível causa, há outra série de motivações que podem explicar os problemas de saúde sexual masculina.

Os homens que apresentam disfunção erétil - ou qualquer outro tipo de problema relacionado à saúde sexual - devem procurar clínicas especializadas. Somente desta forma poderão receber a análise correta sobre a causa do distúrbio.

Segundo Ageu Pedro Júnior, sócio administrador da clínica Hominem, em Guarulhos, é fundamental, assim como ocorre com quaisquer doenças, que o diagnóstico seja preciso e feito com a maior celeridade possível.

"Um ano após o registro oficial do primeiro caso de coronavírus no Brasil, a Covid-19 ainda levanta muitas dúvidas em toda a sociedade. A vacina, obviamente, é uma ótima notícia. No entanto, até que todos sejam imunizados, vai demorar um tempo. Por isso, no caso dos homens, em que pese a possibilidade de terem a saúde sexual prejudicada pelo vírus, o ideal é que eles procurem clínicas como a Hominem para que a análise seja assertiva", destacou.

Ainda de acordo com o especialista, independentemente da causa da disfunção, o certo é que o homem não pode ter vergonha em procurar ajuda especializada. "É um problema mais comum do que imaginamos. E, com certeza, é melhor procurar o auxílio médico para ter uma vida sexual ativa do que sofrer calado, sem entender o que realmente está acontecendo com o seu organismo", concluiu.

 


Hominem Clinic

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