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quarta-feira, 3 de março de 2021

Inadimplência: cenário, expectativas e alternativas via cooperativismo de crédito


Pode soar estranho, mas é um fato: apesar de 2020 ter sido um dos anos mais desafiadores para a economia, o que observamos no fechamento do ano passado e início deste é um índice de inadimplência baixo. E ainda que este indicador possa mostrar alguma elevação no decorrer de 2021, salvo alguma intempérie de mercado, parece que ficaremos em patamares administráveis durante o ano. 

Dados do Banco Central do Brasil mostram que as dívidas com atraso acima de 90 dias, o popular over 90, caíram para o menor patamar quando considerada a série histórica desde dezembro de 2016, época em que a inadimplência era de 4%, e outubro de 2020, mês em que estava em 2,4%. 

É um dado surpreendente se considerarmos o salto no desemprego e a redução na renda do brasileiro durante a pandemia. Este fenômeno pode ser entendido, portanto, como resultado de uma série de ações por parte do governo – um trabalho junto às instituições financeiras para não deixar o crédito secar na economia com a utilização de recursos do tesouro e BNDES, um aumento emergencial de margens de capital para as instituições terem fôlego para emprestar e também rolar operações de crédito, entre outras. De fato, uma importante revista internacional reconheceu o presidente do Banco Central do Brasil como o melhor na categoria Américas e global em 2020, justamente devido à rápida e eficiente resposta dada durante a crise. 

Outro fator que interferiu de maneira significativa neste cenário foi o auxílio emergencial, que ajudou diversas famílias a manter as contas em dia, considerando, por exemplo, os boletos de energia elétrica e água. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), produzida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a quantidade de famílias brasileiras com dívidas diminuiu pelo terceiro mês consecutivo em novembro, alcançando o menor nível em oito meses. O percentual das que relataram endividamento (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) alcançou 66% em novembro, a mesma proporção de fevereiro de 2020, anterior à pandemia. 

Ainda que as rolagens de dívidas por parte das instituições financeiras e os auxílios do governo tenham prazo de validade, as expectativas podem se manter otimistas. Indicadores têm mostrado que a recuperação da economia irá ocorrer de maneira mais robusta em 2021. Mesmo havendo incertezas quanto à sustentabilidade dos efeitos das medidas mencionadas acima no médio prazo, é importante considerarmos o papel fundamental do crédito no desenvolvimento de economias locais. Os maiores desafios daqui para a frente, como tem sido amplamente discutido, são as reformas econômicas, a resposta à pandemia e a sustentabilidade fiscal das contas públicas.

 

Cooperativismo de crédito

É importante que instituições financeiras continuem ampliando o acesso a recursos a custos acessíveis, bem como possibilitem o prolongamento de prazos de vencimentos. Neste contexto, o cooperativismo de crédito mostra seu potencial de fazer a diferença, apresentando-se como um importante motor da economia. 

A cultura da cooperação, embasada na corresponsabilidade, é um exemplo de como isso pode ocorrer de maneira controlada. Uma vez dono do negócio, cada associado é responsável pela sustentabilidade e direcionamento da cooperativa de crédito. Consequentemente, há uma preocupação maior para manter os resultados equilibrados, o que é feito por meio de um conjunto de ações que visam a manutenção da qualidade da carteira de crédito, garantindo menores riscos e um controle de inadimplência mesmo diante de um cenário econômico desafiador. Nas cooperativas de crédito, existe uma menor assimetria de informações entre o associado e a instituição, e é essa proximidade que permite um maior crescimento de carteira com maior sustentabilidade. 

Também é importante ressaltar que, tanto em cooperativas de crédito quanto em instituições financeiras mais tradicionais, a evolução digital tem favorecido os modelos de crédito adotados. Munidas de ferramentas tecnológicas para coleta, gestão e análise de informações, essas organizações vêm aumentando sua capacidade de controle de riscos e eficiência de seus programas de concessão de recursos. 

Todos esses fatores somados criam um ambiente favorável ao mercado de crédito para os meses que estão por vir, de modo que ele possa evoluir em condições nas quais os índices de inadimplência, mesmo com pequenas elevações, permaneçam sob controle.

 

 

Julio Cardozo - diretor executivo de Riscos do Banco Cooperativo Sicredi


A importância da capacitação de profissionais da saúde e o papel das evidências clínicas para manter todos na mesma página

Durante a pandemia, foi necessário aumentar o número de contratações de profissionais no ecossistema da saúde. O cenário de escassez de mão de obra revelou-se tão grande que muitos profissionais já afastados do mercado retornaram e, outros que mal tinham concluído os cursos, foram para a linha de frente. Inclusive, tamanha era a carência, que o Ministério da Educação (MEC) autorizou a formatura antecipada de alunos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia, exclusivamente para atuação desses profissionais nas ações de combate ao novo Coronavírus.

Além disso, o grande número de informações a respeito da doença era assustador. A cada semana mudavam as referências, as diretrizes, os protocolos. Para complicar ainda mais, a decisão clínica muitas vezes estava concentrada na mão de um médico não especialista, sob pressão, mais sobrecarregado do que o normal e muito mais suscetível a dúvidas.

Manter todos na " mesma página" tornou-se um desafio até mesmo para as instituições habituadas a trabalharem com corpo clínico aberto. Por outro lado, enalteceu ainda mais a necessidade e a importância da capacitação de profissionais da saúde. Evidências clínicas nunca foram tão necessárias.

Algumas perguntas cabem neste contexto: como equilibrar esse gap entre níveis de conhecimento, em um pico de demanda e em um sistema de saúde ainda mais fragilizado? Até que ponto sanar as dúvidas contando apenas com recursos da própria casa é produtivo? Como levar informações e evidências clínicas atualizadas a todos? E os protocolos clínicos qual a melhor forma de atualizá-los?

A medicina baseada em evidências e a tecnologia de alguma forma estão presentes em todas as respostas a estas questões. Seja em momentos críticos, como os de pandemia, ou no dia a dia de hospitais que atuam com corpo clínico aberto, por exemplo.

A uniformização de protocolos clínicos e a disseminação desses conteúdos entre todos os profissionais é sempre um grande facilitador. Mas, um fator chave à adesão é fazer com que essas condutas cheguem quase que naturalmente aos profissionais, evidenciando os seus benefícios, mas sem imposições. Ou seja, o importante é oferecer o suporte adequado, para que onde estiver, o profissional possa acessar conteúdo de qualidade sobre sua especialidade e outras informações que julgar necessárias, mas, sempre deixando a palavra final do diagnóstico em suas mãos.

Por tudo isso, soluções que combinem inteligência artificial, informações baseadas em evidências clínicas, com experiência clínica e especificidades de cada paciente, são bem eficientes nesse processo. Elas ajudam a responder ao desafio de criar, manter e garantir a adoção de padrões para o tratamento de doenças, incluindo as de maior variabilidade, ajudando os profissionais da saúde a entregarem cuidados consistentes, de alta qualidade e efetivos, além de trazer maior segurança para o paciente.

A ideia é não só simplificar o processo de atendimento, como ajudar o profissional da saúde a estabelecer um fluxo de tomada de decisão mais interativo e chegar a conclusões mais assertivas sobre os seus pacientes, inclusive do ponto de vista de diagnósticos laboratoriais.

Em suma, a qualidade do atendimento e a homogeneidade do conhecimento resultam de uma jornada de processos, otimizações e práticas dentro de hospitais que devem ser continuamente aprimoradas. A disseminação de conteúdo de forma nivelada, implementação de protocolos atualizados com base em evidências clínicas, acesso remoto a aplicações, adoção de prontuários eletrônicos e sistemas informatizados de gestão, entre outros fatores, certamente serão de grande valia para que todos estejam na mesma página.


 

Juliana Gomes - líder de novos negócios e projetos da Wolters Kluwer Health no Brasil

  

Mulheres lideram o mercado de coaching 

 Pesquisa da International Coaching Federation (ICF) em parceria com a PwC mostra que 66% dos profissionais que atuam neste mercado são do sexo feminino 


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1950, apenas 13,6% das mulheres estavam no mercado de trabalho. Em 2010, esse número chegou a 49,9%. As mulheres têm buscado mais qualificação e ganhado espaço em diferentes profissões, mesmo em ambientes predominantemente masculinos. Uma profissão em ascensão que demonstra o predomínio do sexo feminino é a de Coach. Um estudo realizado pela International Coaching Federation (ICF) em parceria com a PwC, mostrou que as mulheres são a maioria no segmento no Brasil, correspondendo 66% do mercado. 

Para Cândida Semensato, presidente da ICF Brasil, características que normalmente são mais perceptíveis nas pessoas do sexo feminino, tornando as mulheres capacitadas para terem uma boa atuação na profissão. "Nós mulheres temos muita capacidade de ouvir, flexibilidade para fazer diversas tarefas ao mesmo tempo, organização, empatia, acolhimento, todas essas qualidades fazem muito a diferença no trabalho de coaching. Todo a experiência que nós carregamos, até mesmo as dores que só nós sentimos nos tornam pessoas resilientes e preparadas ", ressaltou.  

Na pesquisa, a ICF mostra que a maioria dos Coachs tem educação de terceiro grau (52%) ou graduação (42%), a maior parte também está entre a geração X, 53%, (39 - 54 anos) e Baby Bommer, 25% (55 - 73 anos) e 30% dos respondentes disseram ter entre 5 a 10 anos de atuação.  

Para Cândida, o que podemos analisar com esses dados é que as pessoas que buscam se especializar para ser um coach, especialmente as mulheres, já alcançaram uma maturidade em uma outra profissão e decidiram fazer uma transição de carreira. "O que motiva muito as mulheres a buscarem essa mudança profissional na vida é, principalmente, fazer algo com propósito, que esteja mais alinhado aos seus valores, e a flexibilidade para fazer os próprios horários e conseguir conciliar melhor com outras funções, como a maternidade, por exemplo". 



Cândida Semensato - foi eleita como presidente da ICF Brasil para o biênio 2021-2022. Trabalhou como publicitária por 16 anos e há 6 anos atua como coach certificada pela Associate Certified Coach pela International Coaching Federation (ACC-ICF), com ênfase em Coaching Executivo e de Carreira. 


* A pesquisa global da International Coach Federation (ICF), foi realizada pela consultoria PwC com 10 mil profissionais em 140 países sobre indústria do coaching e teve um recorte Brasil.


Dia Internacional da Mulher: por que elas são minoria no mercado de investimentos?

O próximo dia 8 de março marca o Dia Internacional da Mulher, oficializado em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A cada ano, a data provoca ainda mais debates sobre o papel da mulher na sociedade e uma questão que não pode ficar de fora é a presença das mulheres no mercado financeiro.


Segundo dados da B3 coletados em 2020, cerca de 26% das pessoas físicas cadastradas na bolsa são investidoras mulheres. Apesar do número ser pequeno, o crescimento em 2020 foi de 118%. Enquanto os homens somam 2,38 milhões na bolsa, elas são 847 mil. Um outro levantamento aponta que as mulheres só são maioria (58%) em relação aos homens na CPA-10 (Certificação Profissional Anbima Série 10), considerada base para se inserir na atividade de distribuição de produtos de investimento. Já na CPA-20, destinada a profissionais que atuam no setor de alta renda das instituições financeiras, as mulheres representam 45%.

Mas por que o mercado de investimentos ao longo dos anos é dominado, em sua maioria, por homens?

De acordo com Laura Bartelle, especialista em investimentos e sócia da 051 Capital, um dos motivos que explicam esse cenário é o gap na renda com homens recebendo salários maiores que elas. "Sobra menos para as mulheres investirem se comparado aos homens. Primeiro porque temos essa diferença de ganhos entre ambos. E segundo porque elas costumam gastar mais", diz.

Ainda segundo a especialista, ainda se vive também resquícios de uma sociedade que culturalmente e historicamente tem decisões financeiras tomadas por homens. Apesar disso, Laura percebe que o cenário está mudando.

"Eu trabalho no mercado desde 2005 e antes eu escutava diariamente 'nossa, o mercado não tem nada a ver com você'. Hoje em dia, isso não acontece e, para a minha boa surpresa, as mulheres estão muito mais interessadas do que 15 anos atrás", comenta.

Para Laura, homens e mulheres trabalhando juntos é a união perfeita para gerar um bom equilíbrio. "As mulheres são mais conservadoras, têm menos necessidade de competir e são menos propensas ao excesso de confiança. Isso tudo pode auxiliar muito no processo de investimento. O desafio é enfrentar o medo de perder. Compreender o mercado e se familiarizar é o caminho para ganhar clareza sobre os riscos e não paralisar", explica.

Segundo a especialista, é preciso valorizar as referências femininas no mercado, pois essa atitude auxilia na percepção de que a área de investimentos também pode ser dominada por mulheres. "Outro ponto é o mercado usar mais abordagens direcionadas a mulheres e, com isso, se tornar mais convidativo", completa.




Laura Bartelle - Nascida em Porto Alegre, Laura Bartelle é especialista em investimentos e hoje mora no Rio de Janeiro, onde atua na 051 Capital. Começou a carreira como analista de investimentos na XP com apenas 17 anos. Durante 7 anos, atuou como analista, comunicadora e sócia da empresa. Fala sobre o mercado financeiro diariamente de forma independente nas redes sociais, especialmente no Instagram @laurabartelle.


Dia das Mulheres - os preconceitos que ainda enfrentados em relação às finanças

Na próxima segunda-feira (08), é comemorado o Dia Internacional da Mulheres, sendo um momento importante para o debate entre a relação do sexo feminino com o dinheiro, pois, existe uma visão ainda muito distorcida sobre o tema.

Apesar dos preconceitos ainda existentes, as mulheres modernas atravessam um momento no qual estão tomando conta, cada vez mais, das finanças pessoais e das famílias. Se antes os homens é que controlavam os gastos, hoje, a situação é completamente diferente. Além disso, já há algum tempo, as mulheres também conquistam cargos de destaque no mercado de trabalho, infelizmente ainda ganham menos do que os homens.

"Atualmente, vejo que as mulheres buscam mais educação financeira do que os homens, e lidando muito melhor com as finanças. Contudo, ainda são alvo de grande preconceito, tanto em suas casas, onde piadas machistas como "eu ganho e ela gasta", ainda são comuns e, principalmente, no mercado de trabalho, no qual os salários ainda não se equipararam", alerta o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Eu mereço ter dinheiro!, que fala de finanças para o mundo feminino.

A realidade é que a mulher tem que trabalhar igual ou mais que o homem (ainda há casos em que ela é responsável pelos trabalhos da casa) e, muitas vezes, por preconceito ganha menos, tem que administrar as finanças e ainda é considerada a gastona. Tudo isso só mostra que ainda temos muito que evoluir em relação ao tema.

Infelizmente, como reflexo de todas as novas e velhas demandas direcionadas às mulheres, o que se observa é que hoje estão se endividando tanto quanto os homens. Mas, os motivos muitas vezes são diferentes.

O que ocorre é que o sexo feminino está na linha de frente da cadeia comercial. Um exemplo: quando as famílias necessitam comprar algum produto doméstico, geralmente, quem vai atrás dessa ação são as mulheres, a mesma coisa em relação aos alimentos, roupas e medicamentos. Entretanto, é fundamental que, com todas essas obrigações, a mulher não perca o direito de ter os seus próprios sonhos.

"Só com o sonho que elas conquistarão a independência financeira. Com a definição dos sonhos, as mulheres saberão o quanto necessita para atingi-lo e, com o simples exercício de registrar mensalmente todos os seus gastos num bloco de anotações, descobrirão no que poderão economizar para realizá-los. E isso tudo sem ter que eliminar gastos que geram prazeres e que também têm relevância para suas vidas, como produtos de beleza, roupas, etc.", explica Reinaldo Domingos.

Contudo, mesmo que seja importante comprar o que se deseja, o educador financeiro reforça a importância do consumo consciente, observando que, muitas vezes, no impulso de comprar e de se manter dentro da moda, compram coisas que não eram realmente importantes e, pior, que nunca usarão. "É mais comum do que se imagina ouvir pessoas falando que tem roupas no guarda-roupa que nunca usaram e isso é um desperdício de dinheiro", alerta.

Para combater esse problema, o autor do livro Eu mereço ter dinheiro! listou algumas perguntas que devem ser feitas antes de qualquer compra:

• Eu realmente preciso desse produto?

• O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?

• Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?

• Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?

• Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por propaganda sedutora?

Se mesmo diante deste questionamento, a pessoa concluir que realmente precisa comprar o produto, seria prudente fazer mais algumas perguntas como:

• De quanto eu disponho efetivamente para gastar?

• Tenho o dinheiro para comprar à vista?

• Precisarei comprar a prazo e pagar juros?

• Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três, seis ou doze meses?

• Preciso do modelo mais sofisticado, ou um básico, mais em conta, atenderia perfeitamente à minha necessidade?

 

 

Janeiro fecha com ruptura em alta com índice de 12,49%

Falta de matéria-prima para a indústria, final do auxílio emergencial e aumento dos preços fazem com que ruptura aumente no país

Índice volta ao nível do auge da pandemia, em maio de 2020; 

 Levantamento exclusivo da Neogrid mostra que ruptura vem em uma crescente desde setembro do ano passado nos supermercados brasileiros; 


A ruptura, índice que mede a falta de produtos nas prateleiras dos supermercados, fechou janeiro em alta. Conforme aponta estudo exclusivo desenvolvido pela Neogrid (www.neogrid.com.br), empresa especializada na sincronização da cadeia de suprimento, a ruptura alcançou 12,49% em janeiro contra os 12,10% em dezembro de 2020. 

Quando se analisa o histórico da ruptura ao longo do último ano, pode-se notar que o índice vem em uma crescente desde setembro de 2020. A maior porcentagem foi registrada em maio do ano passado, auge da pandemia, quando a ruptura atingiu os 12,57%. 

De acordo com Robson Munhoz, CCO da Neogrid a ruptura tão alta no varejo se dá pela falta de matéria-prima. "Está faltando papel, papelão, madeira, vidro e alumínio, entre outros materiais. E isso vem causando transtorno na indústria que impacta toda a cadeia de abastecimento. A indústria não consegue embalar e nem produzir produtos e com isso, atrasa produção e entrega"explica. 



Outro fator apontado pelo executivo é o poder de compra do brasileiros que caiu"Sem auxílio emergencial do governo temos a redução de consumo ou, no mínimo, a redução do consumo de produtos com valor mais alto. "Um exemplo prático, eu comprava uma margarina de marca mais famosa, mas passo a comprar uma marca mais barata que atende o objetivo final da mesma forma", exemplifica Munhoz. 

O terceiro fator que explica o aumento da ruptura, segundo o executivo, é a alta de preço dos produtos que acarretam uma negociação mais demorada entre o varejo e a indústria"Desta forma, o varejo demora para fazer pedido e o pedido demora mais porque falta matéria-prima. Estamos vivendo um problema generalizado na cadeia de abastecimento. As consequências são o aumento da ruptura na ponta e a consequente inflação pelo aumento constante de preços", encerra Munhoz. 

 



NEOGRID

www.neogrid.com 


Energia solar fotovoltaica ultrapassa 8 gigawatts no Brasil, informa ABSOLAR

 No total, fonte já trouxe mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos ao País e gerou mais de 240 mil empregos acumulados 

 


Novo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que o Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 8 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. Desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos ao País e gerou mais de 240 mil empregos acumulados.
 
No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 3,1 gigawatts (GW) de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,7% da matriz elétrica do País. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh.
 
Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 16 bilhões.
 
Ao somar as capacidades instaladas dos segmentos de geração distribuída e geração centralizada, a fonte solar fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combustíveis fósseis. A fonte solar já representa mais do que a somatória de toda a capacidade instalada de termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW.
 
No segmento de geração distribuída, são 4,9 gigawatts de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, que representam mais de R$ 24 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões distribuídas no País, liderando com folga o segmento.
 
Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 73,6% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,6%), consumidores rurais (7,0%), indústrias (2,4%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
 
Em potência instalada, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar fotovoltaica, com 38,9% da potência instalada no País, seguidos de perto por consumidores dos setores de comércio e serviços (37,8%), consumidores rurais (13,2%), indústrias (8,8%), poder público (1,2%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).
 
De acordo com a entidade, o Brasil possui mais de 411 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade a mais de 514 mil unidades consumidoras. Ela está presente em todos os Estados brasileiros, sendo os 5 maiores em potência instalada, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná.
 
“Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua com um mercado solar ainda muito pequeno, sobretudo na geração distribuída. Há mais de 86 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém atualmente apenas 0,6% faz uso do sol para produzir eletricidade”, afirma Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
 
“Nas crises de 2015 e 2016, o PIB do Brasil foi inferior a -3,5% ao ano, mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 100% ao ano. Com isso, ajudamos na recuperação do País. Agora, passada a fase mais aguda desta pandemia, a energia solar fotovoltaica irá novamente alavancar a recuperação do Brasil. A solar será parte da solução, tanto para a nossa sociedade, quanto para o meio ambiente”, acrescenta Koloszuk.
 
Segundo o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico do País, sobretudo agora para ajudar na recuperação sustentável da economia, já que se trata da fonte renovável que mais gera emprego e renda no mundo.
 
“A energia solar fotovoltaica reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do País. O setor solar fotovoltaico trabalha para acelerar a expansão renovável da matriz elétrica brasileira, a preços competitivos. Somos a fonte renovável mais barata do Brasil e ajudaremos o País a crescer com cada vez mais competitividade e sustentabilidade”, aponta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.

 

Atenção Primária no Brasil: o crescimento do modelo, versus o alto custo dos planos de saúde

É certo que o modelo de atenção primária de saúde tem crescido no Brasil e trazido diversos benefícios a quem tem acesso. O impacto deste modelo se dá, especialmente, na prevenção e cuidados especiais.

Os planos de saúde comuns têm um alto custo para as empresas e colaboradores. Nesse meio tempo, muitas startups vêm se dedicando à tecnologia e rapidez da telemedicina, que aliada aos atendimentos presenciais, conseguem se destacar neste mercado.

O modelo de atenção primária atende etapas, como o acolhimento e identificação médica necessária, passando também por consultas individuais e coletivas de médicos e enfermeiros. Neste modelo, a prevenção de doenças e acompanhamento do indivíduo é o principal atributo.

A atenção primária no Brasil vem crescendo, e podemos listar alguns fatores responsáveis por isso. Antes de mais nada, este modelo é muito mais acessível ao bolso das empresas e colaboradores, permitindo que exista uma personalização em cada atendimento.

Além disso, sua efetividade fica evidente quando falamos em proporcionar bem-estar para as pessoas. É importante ressaltar que a Atenção Primária é uma das grandes responsáveis por auxiliar a prevenção geral da saúde dos colaboradores, incluindo os âmbitos mental e psicológica - o que influencia diretamente na qualidade do trabalho a ser realizado.

O ideal, entretanto, é que o modelo de atenção primária ande lado a lado com o plano de saúde, quando este for acessível ao bolso dos colaboradores.

 


Rafael Weiss - Head de Marketing da Cuidas, healthtech que utiliza tecnologia para conectar médicos às empresas para realização de atendimentos de saúde. – cuidas@nbpress.com  

https://cuidas.com.br/


Aumento de circulação de moeda nos EUA é motivador para investimento em ATM's

Com o reaquecimento da economia americana, dinheiro vivo volta a circular e movimentar caixas eletrônicos no país


Devido ao projeto de estímulo de US$ 2,2 trilhões que o governo dos Estados Unidos aprovou em maio passado, junto com a impressão digital de dinheiro, o total de moeda em circulação disparou para US$ 2,07 trilhões no final do ano, de acordo com dados do Federal Reserve, o banco central americano.

Em entrevista recente ao canal de notícias americano CNBC, o analista de investimentos Nick Colas, da DataTrek Research, disse que “o crescimento anual do dinheiro em circulação nos EUA sempre atinge o pico no início dos ciclos econômicos”.

Com dinheiro vivo novamente circulando na economia americana, os ATM’s (caixas eletrônicos) surgem como opção não só para saque numa necessidade, mas também como investimento para cidadãos americanos e estrangeiros que buscam um negócio seguro e com boa rentabilidade.

Francisco Moura Junior, sócio fundador, CMO e COO do ATM Club, empresa que administra uma rede com cerca de 500 caixas eletrônicos e oferece um clube de investimentos nessa rede, informa que o mercado global do segmento prevê um crescimento de 5,2% de 2020 a 2027, com movimentação de US$ 30,5 bilhões no período.

Ele defende a longevidade e rentabilidade da rede de caixas no curto prazo. “Com o serviço de banco on-line em ascensão, a estrutura das agências bancárias está diminuindo em todo o mundo”, aponta.

Para Nilo Mingrone, também sócio do ATM Club, o caixa eletrônico facilita a disponibilidade de serviços bancários aos clientes, 24 horas por dia, 7 dias por semana. “O aumento da base de instalação e das atividades de manutenção impactou drasticamente a geração de receita. Para realizar o depósito e a dispensa de dinheiro em caixas eletrônicos, é necessária uma solução de gerenciamento de dinheiro eficiente. A reciclagem de dinheiro atua como uma solução de gerenciamento de dinheiro eficiente, que oferece benefícios aos bancos, como detecção de falsificação, precisão completa e total e melhor experiência do cliente”, enumera.

Outras informações sobre o ATM Club podem ser obtidas no site http://atmclub.cash.



Francisco Moura - Vasta experiência com mais de 15 anos no mercado de seguros no Brasil e na América Latina. Formado em Ciências Atuariais pela PUC / SP e em Gestão e Planejamento de Marketing e Vendas pela Universidade Anhembi Morumbi. Empresário em série, nos EUA, participou ativamente da criação de várias empresas em diversos segmentos dentre eles: restaurantes, valet parking e gestão de garagens, importadora de medicamentos e o principal negócio, chamado ATM CLUB, com receita nos últimos três anos que ultrapassa US $ 4 MM. 

 

Nilo José Mingrone - Vasta experiência com mais de 30 anos no segmento jurídico corporativo. Autor de vários artigos sobre Direito Empresarial. Direito Empresarial pela ESEADE Buenos Aires. Ex-Presidente dos Comitês de Direito Societário e Prerrogativas da Subseção OAB . Co-autor do livro "Investimentos no Brasil - Aspectos Legais". Também é um dos fundadores do ATM CLUB.

 

ATM Club

http://atmclub.cash

Facebook: atmclubusa


Mulheres investidoras estão em ascensão

 Estudo feito pela VLG Investimentos, que elevou sua carteira de R$ 850 milhões em 2019 para R$ 1,5 bilhão em 2020, mostra presença crescente do público feminino em sua base de clientes  

 

Um levantamento feito pela VLG Investimentos, maior assessoria de investimentos da região Centro-Oeste, em sua base de clientes, detectou aumento de 20% de mulheres em 2020 em relação a 2019. Se comparada a 2018, essa porcentagem é de 60%. Já o número total de clientes da VLG cresceu 50% em 2020 contra 2019.

Na avaliação do cofundador e CEO da empresa, Hugo Villas, o objetivo da empresa é dobrar o número de mulheres na base de clientes em 2021. “As mulheres estão assumindo seu poder sobre o próprio dinheiro deixando de delegar a ação de investir para alguém da família, geralmente o marido ou filho”, explica.

Villas observa que essa mudança de comportamento feminino se deve a diversos fatores que incluem questões sociais e culturais. Mas destaca que a ampla disseminação de informações do mercado financeiro pelas mídias sociais e o papel dos agentes autônomos na democratização do acesso aos investimentos se tornaram grandes impulsionadores do aumento de mulheres investidoras.

No caso da VLG, a empresa também atribui a expansão da base feminina a sua cultura de focar em necessidades específicas do cliente. “Nosso foco é atender necessidades individuais. As diferenças de perfis entre homens e mulheres é marcante. É muito comum as mulheres se tornarem mais conservadoras nos investimentos depois da maternidade, por exemplo. O objetivo é sempre assessorar adequadamente cada etapa”, afirma o executivo.


Crescimento de dois dígitos – A VLG registrou crescimento de sua carteira de R$ 850 milhões, em 2019, para R$ 1,5 bilhão, em 2020. Para 2021, a meta é alcançar R$ 3 bilhões sob custódia e dobrar a base de clientes, incluindo pessoas jurídicas, e avançar na oferta de serviços.


Expansão nacional - A VLG também vem investindo na expansão geográfica. A empresa, que nasceu em Brasília-DF, hoje também está presente em São Paulo (SP) e Feira de Santana (BA). Até o final deste ano, pretende abrir filiais e escritórios na Bahia (BA); interior de São Paulo; Unaí (MG); Campo Grande (MS); Goiânia (GO); Recife (PE) e Fortaleza (CE).

 


VLG Investimentos

www.vlginvestimentos.com.br

 

Contribuição e relevância do plástico na Saúde: um paradoxo para reflexão

O Covid-19 desencadeou a maior crise sanitária mundial de nossa época e isso reforçou a importância de inovações que priorizam salvar vidas. Na saúde moderna, é possível perceber um avanço significativo que não seria possível sem o uso de materiais plásticos.

Dos invólucros de máquinas de ressonância magnética aos menores tubos, os plásticos tornaram o atendimento médico mais simples, ágil e também menos doloroso. Coisas fundamentais sem as quais não é possível viver, como bolsas de sangue intravenoso, válvulas cardíacas e seringas descartáveis - tão necessárias para a vacina contra o Covid-19 - são feitas de plástico.

Ao contrário de materiais metálicos - propensos ao desgaste e corrosão, o plástico consegue superar o tempo e evitar possíveis complicações por conta da degradação. Isso não apenas reduz os custos de aquisição, como também o tempo e o esforço que seriam gastos em manutenção.

Com os avanços no setor de saúde, a versatilidade do plástico foi capaz de se adaptar à natureza dinâmica da indústria, incluindo equipamentos de proteção individual que vêm salvando vidas durante a pandemia como luvas, máscaras, toucas, aventais, proteção para os pés e óculos.

Plásticos também podem ser moldados de acordo com necessidades específicas em dispositivos minúsculos e complexos como às próteses modernas que oferecem maior flexibilidade, conforto e mobilidade. A embalagem plástica, com suas propriedades de barreira excepcionais, peso leve, baixo custo, durabilidade e transparência, é ideal para aplicações médicas. Os procedimentos médicos mais inovadores de hoje dependem de plásticos.

Já na rotina doméstica, o plástico filme com proteção contra fungos e bactérias é fundamental na conservação de alimentos, reduz possibilidade de problemas gástricos intestinais como a intoxicação alimentar e, com a pandemia, ganhou propriedades específicas contra Sars-Cov-2 sendo usado para envolver diversas plataformas e equipamentos compartilháveis - evitando a proliferação da doença. Este é o caso do Alpfilm Protect desenvolvido a base de micropartículas de prata e que, após uma série de estudos para adequações em sua composição, teve sua eficácia antiviral comprovada contra o novo coronavírus.

Não apenas na saúde, os plásticos são onipresentes na agricultura, pesca, energia renovável, transporte, tecnologia, varejo, têxteis, produtos de higiene pessoal e todos os outros setores e indústrias que afetam direta ou indiretamente nossa vida diária.

Tais exemplos mostram a infinidade de soluções que o plástico desempenha na vida das pessoas e revelam o quanto possibilitou diversas transformações no mundo. Portanto, sem fechar os olhos aos malefícios que resíduos do material podem gerar ao meio ambiente, é preciso repensar a cruzada anti-plástico que tomou conta das pautas sociais nos últimos tempos incentivando uma mudança de comportamento em relação ao descarte e à reciclagem.

Se todos os avanços que mudam a vida das pessoas para melhor possuem participação especial de itens plásticos, se faz urgente o encontro de um ponto de equilíbrio que não condene o material ao ostracismo nem tampouco ignore seus defeitos.





Alessandra Zambaldi - diretora de Comércio Exterior na Alpes. Graduada em Engenheira Química pela Escola de Engenharia Mauá e pós graduada em Negócios Internacionais e Comércio Exterior pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), possui carreira desenvolvida na indústria de plásticos, com forte atuação em projetos de exportação, com vendas de plásticos para embalagens para o mercado externo. 

Pesquisa aponta que, apesar da diminuição da renda, 40% dos brasileiros começaram 2021 com menos dívidas que em 2020

Segundo levantamento da fintech Acordo Certo, 32% mantiveram as finanças estáveis, enquanto 28% ficaram mais endividados


A Acordo Certo, empresa de renegociação de dívidas 100% online com foco no bem-estar financeiro do consumidor, realizou uma pesquisa online com mais de 1,5 mil respondentes, para compreender as perspectivas para 2021 e a situação financeira em 2020 de seus usuários. Segundo o levantamento, 40% iniciaram o ano com menos dívidas, 32% se mantiveram estáveis e 28% ficaram mais endividados em comparação ao início de 2020. 

Para Thales Becker, CMO da fintech, os números refletem uma das grandes lições aprendidas em meio a pandemia, a importância da educação financeira. “Os consumidores perceberam que o melhor caminho para sair do endividamento é poupar e manter as finanças sob controle. Desta forma, observamos um movimento mais consciente entre os brasileiros e sua relação com o dinheiro, projetando para 2021 um ano mais positivo financeiramente”, afirma o especialista. 

Para os respondentes, a grande dificuldade ainda é guardar dinheiro (56%) e fazer um planejamento financeiro para organizar as contas (50%). Apesar do impeditivos, a maioria projeta pontos positivos para o ano, tais como a melhora na situação financeira (51%),  facilidade para pagar dívidas (47%), empregabilidade (46%), dentre outras. Como ponto negativo, 42% preveem piora na economia brasileira  ao longo de 2021.


Balanço de 2020: um ano difícil

Ainda que com otimismo, 87% dos respondentes iniciaram o ano com alguma dívida e afirmaram  que está sendo difícil administrar o orçamento (54%). A situação se potencializa porque grande parte dos consumidores (68%) viu sua renda ser comprometida em 2020 - sendo que para 46% essa queda foi expressiva. 

Não bastando as finanças no vermelho, 49% identificaram aumento nos gastos familiares e 40% projetam que em 2021 eles se mantenham custosos. Como a conta não fecha, 60% precisou postergar ou atrasar o pagamento de pelo menos uma conta devido a pandemia - uma média de 3,5 contas atrasadas ao todo.  Dentre os boletos em atraso estão negociações de dívidas (44%), cartão de crédito (44%), contas de luz (37%), parcelamento de lojas (31%), contas de telefone (29%), contas de água (24%), dentre outros. 

“A pesquisa aponta nitidamente uma melhora no controle de gastos dos consumidores, ainda assim, a maioria (64%) não conseguiu regularizar todos os pagamentos. Em um cenário de desemprego, somado ao fim do auxílio emergencial, os brasileiros precisarão continuar fazendo um grande esforço para poupar e cobrir os gastos que não param de chegar, um desafio e tanto para as poucas perspectivas de melhora econômica”, afirma Becker. 


Sobre a pesquisa

O levantamento quantitativo foi realizado entre os dias 07 e 18 de janeiro com 1.514 entrevistados cadastrados na base da Acordo Certo, sendo que 55% estão concentrados na região Sudeste. Ainda sobre o perfil da amostra, 58% eram mulheres e 41% homens, a maioria na faixa dos 35 aos 44 anos (33%). 

A maioria dos consumidores possui ensino médio completo (39%) e, em média, 4 pessoas por domicílio. Quanto à empregabilidade, o perfil consiste em trabalhadores com carteira assinada (38%), autônomos (24%) e desempregados (17%).

 

Aplicativo Poupatempo Digital oferece pré-cadastro e Carteira de Vacinação para a campanha contra a Covid-19 no Estado

 Sistema desenvolvido pela Prodesp em parceria com a Secretaria da Saúde reduz em cerca de 90% o tempo de atendimento para imunização 

 

Para otimizar o fluxo de cidadãos que receberão a vacina contra a COVID-19, a Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo - desenvolveu com as secretarias estaduais da Saúde e de Comunicação uma plataforma digital integrada para garantir mais agilidade, segurança e transparência ao processo de imunização realizado pelas unidades de saúde do Estado.   

Lançado em 17 de janeiro, o site Vacina Já (www.vacinaja.sp.gov.br), que traz mais celeridade à identificação do cidadão, possibilita a realização de um pré-cadastro para o atendimento, reduzindo em 90% o tempo de permanência de quem será imunizado no ambiente de vacinação.   

A solução inovadora da Prodesp permite ao Estado monitorar e gerenciar de forma integrada todas as etapas da campanha, além de apresentar em tempo real a quantidade de pessoas imunizadas.   

De acordo com o presidente da Prodesp, André Arruda, a tecnologia de automação é mais uma aliada na luta contra o coronavírus. “Desde o início da pandemia, a Prodesp não mediu esforços para manter o pleno funcionamento do Governo de São Paulo e facilitar a vida das pessoas com soluções tecnológicas de ponta. O app do Poupatempo, por exemplo, é um projeto do qual nos orgulhamos muito, pois além de estar 24 horas por dia à disposição para serviços em geral, agora também vai ajudar a dar esperança para a população, nesse momento em que o maior objetivo é garantir a saúde e segurança de todos”, afirma Arruda.   

O pré-cadastro é muito simples e rápido e exige apenas informações básicas do usuário, como nome completo, número do documento de identificação e endereço, por exemplo. Pelo celular, o interessado pode baixar ou acessar o aplicativo Poupatempo Digital, que já oferece a funcionalidade. Basta clicar em ‘Serviços', na sequência escolher a opção ‘Vacinação COVID-19’, e depois ‘Pré-Cadastro’. Atualmente o app oferece mais de 120 tipos de serviços on-line de diversas secretarias estaduais e órgãos como Saúde, Educação, Fazenda e Planejamento, Segurança Pública, além do Detran.SP, Sabesp, CDHU, entre outros.   

Com base nas informações cadastradas, o cidadão receberá alertas via e-mail e SMS, informando a proximidade das datas de recebimento da primeira e segunda dose da vacina. Mas atenção: o Governo do Estado de São Paulo não envia mensagens de texto (SMS) com links ou realiza contato telefônico para solicitar ou validar dados e informações. As mensagens encaminhadas são apenas orientativas e o cidadão não deve repassar qualquer informação.   

“Vale lembrar que o pré-cadastro não é um agendamento e que seu preenchimento é opcional. Mas é importante reforçar que a participação de cada cidadão beneficiará toda a sociedade, pois é a garantia de um atendimento mais rápido, que ajudará a evitar aglomerações nos locais de vacinação”, destaca o presidente da Prodesp.   

O site www.vacinaja.sp.gov.br oferece ainda um mapa de geolocalização em que o usuário pode digitar seu CEP e encontrar a unidade de imunização mais próxima de sua residência.   

A ferramenta está disponível para todos os cidadãos do Estado de São Paulo e já contabiliza quase quatro milhões de cidadãos cadastrados.   

Até o momento, a aplicação das doses em pessoas pré-cadastradas tem sido feita em aproximadamente um a três minutos, enquanto são necessários cerca de 10 minutos para quem não preencheu o formulário online.  

Quem não fizer o pré-cadastro não precisa se preocupar, pois a vacina também será aplicada sem ele, com realização do cadastro completo presencialmente na sala de vacinação.  

 

Carteirinha de vacinação  

Além de oferecer o pré-cadastro, o aplicativo Poupatempo Digital também conta com a opção Carteira de Vacinação, destacando informações sobre as doses recebidas, data da vacinação, profissional vacinador, nome e registro do local da imunização, além do fabricante e o número do lote da vacina aplicada. O comprovante digital não substitui o impresso, entregue presencialmente após a vacinação, mas ajuda o cidadão a manter seus principais documentos digitalizados e “em mãos” a qualquer hora.  

 

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