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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Descubra se você sofre com ansiedade: Especialista Tati Pêgo dá 10 sinais e soluções

Segundo a especialista Tati Pêgo, sofrer por ansiedade é um mal do século 21, e uma das causas é o pensamento acelerado, causado por achar que a pessoa pode dominar e ter o controle de todas situações, auto cobrança severa, e buscar a perfeição em tudo que faz. Confira abaixo 10 sinais comuns de quem sofre com ansiedade: 



1. É muito energia que se movimenta para pensar e sofrer com o pior, que nem é garantido que aconteça. Relaxe! 


2. É a pressa por sentir. E quando começa a sentir, acha que é perigoso demais. 


3. A gente acha que precisa se falar o tempo todo, e se não respondeu a mensagem, lá está a cabeça a pensar bobagens. Não dê asas a imaginação, nossa mente tem o poder de ir longe demais! 


4. A gente acorda com vontade e saudade de viver o que não viveu e talvez nem aconteça! Afinal, é difícil, mas é preciso admitir: não se pode controlar o futuro! 


5. É viver à espera de uma notificação para confortar a insegurança que habita dentro da gente! 


6. É começar a pensar que não vai dar certo, mesmo fazendo tudo para dar! 


7. É pensar que o outro que demorou tanto a chegar vai embora, que a gente pensa ir embora antes mesmo do outro partir! 


8. Ser ansioso traz uma angústia por sabe se lá o quê, que aperta o peito, sufoca e te faz pensar em sumir! 


9. No fundo, no fundo, é só um medo bobo, que vai embora amanhã e se não for amanhã, vai depois. Respire! 


10. O problema é achar que todas essas coisas são grandes demais e aí potencializar algo que, às vezes, nem vale a pena. Mas, lembre-se, Nada é eterno e tudo passa, os momentos bons e os maiores problemas. Tudo passa!.


Os impactos psicológicos do diagnóstico de câncer de mama em homens e mulheres

Recebida a notícia de um diagnóstico de câncer de mama. E agora? Nesta hora todo tipo de pensamento ou sensação invade o nosso ser. Dúvidas sem respostas, impotência, medo em assumir a doença para amigos e familiares, incertezas em relação ao nosso futuro, tipos e formas de tratamento. Enfim, brotam uma enxurrada de questões e sentimentos devastadores ao mesmo tempo em que os primeiros passos para o tratamento devem ser dados. É muito comum que, após receber essa confirmação, mulheres ou homens (sim, homens também podem ter a doença, já que possuem tecido mamário, local onde se origina a neoplasia) demonstrarem grande ansiedade, angústia, pessimismo em relação ao tratamento, instabilidade emocional nos relacionamentos, alterações de sono, sensação de esgotamento, dúvidas existenciais relacionadas a morte e sentimentos de vulnerabilidade. Estas são as manifestações emocionais mais comuns instaladas nestes doentes. Mas fica claro também que alguns destes sintomas podem prevalecer mesmo após o tratamento, já que o fantasma do retorno da doença insiste em rondar os pensamentos. 

O choque inicial diante da constatação de uma doença é natural, principalmente no caso de câncer, seja de mama ou não. Grande parte dos pacientes são levados a uma completa desestruturação emocional - não raro o excesso de ansiedade, grande nervosismo, preocupação e inquietação em demasia. Podem apresentar características de alterações severas de humor, choros constantes, somados a uma sensação de impotência, configurando um quadro típico de depressão. Também podemos observar alguns comportamentos de alteração de conduta, levando a confrontos com os mais próximos e até desrespeito às  regras sociais e morais. Em outros casos, o paciente diagnosticado pode buscar o isolamento social,  ficando mais retraído com manifestações claras de dificuldades interativas. Os questionamentos sobre a razão de estar doente, a culpa, a incerteza de cura e o medo de tornar-se um peso para a família contribuem para a construção do quadro de ansiedade depressiva (tristeza, sensação de cansaço, perda da esperança). Por isso, é muito importante avaliar atentamente estes sintomas, pois podem ser de grande intensidade a ponto de influenciar na qualidade de vida do paciente e até mesmo na adequação e aceitação do tratamento clínico adequado para a anomalia diagnosticada. 

Portanto, aproveitando o momento em que celebramos o Outubro Rosa - mês da conscientização para prevenção deste tipo de câncer, lembramos que: PREVENIR é um ato de AMOR com você, com seu corpo e com todos que te amam. O Câncer tem cura. Entre de peito nessa luta e previna-se durante todo o ano contra esse problema. Lembre-se: não só em outubro devemos lembrar de nos cuidar, pois essa doença não escolhe mês do ano para se manifestar, mas você pode tornar os seus 365 dias melhores através da busca de informação, do autoconhecimento e da prevenção. Além disso, não se esqueça de também de cuidar da sua saúde mental, pois se a mente e o gerenciamento de suas emoções estiverem em equilíbrio, certamente você poderá aumentar sua imunidade, melhorar suas taxas hormonais e, assim, ter uma melhor qualidade de vida. Reforçamos que o diagnóstico precoce é - e será sempre - o maior aliado para um tratamento eficaz. Quanto mais cedo o câncer for identificado, mas rápido se pode, com o tratamento medicamentoso aliado a outras posturas, impedir que o tumor alcance outros órgãos. Se detectado em fases iniciais, maiores as chances de tratamento e solução. Quanto maior a informação e conscientização, maiores as chances de cura e de se ter uma vida mais equilibrada para conseguir passar pelo período de tratamento do câncer.  

Enfim, o que se sabe é que, independente da alteração emocional, a melhor conduta para o paciente é seguir a orientação de seu médico. Em relação à abordagem dos sintomas emocionais, existem profissionais -  a exemplo dos psicanalistas e psicólogos especializados neste cuidado. O mais importante é encontrar seu estado de equilíbrio e bem-estar. Ser feliz é o que todos querem e o cuidado com a saúde mental não é uma bobagem - é crucial e extremamente merecido. Se não estiver emocionalmente equilibrado, pesquisas apontam que taxas relativas à imunidade podem ser prejudicadas e, além disso, o autocontrole e autoconhecimento são fortes aliados nesta luta contra o câncer. 

A cura existe e é possível. O tratamento deve ser seguido e acompanhado pelo oncologista, assim como o seu psicológico precisa estar preparado para o fortalecimento necessário que o corpo solicita. Não desista. O diagnóstico traz sofrimento, mas com o autocuidado e amor próprio você poderá escrever uma nova história vitoriosa. 

 


 

Dra. Andréa Ladislau  * Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo.


Treine o seu cérebro para ele se regenerar

Quer saber o que é neuroplasticidade e como ela pode lhe ajudar? Especialista em psicologia positiva ensina dicas para estimular essa função

 

Você já ouviu falar em neuroplasticidade? Também conhecida como plasticidade neuronal, é a capacidade de o cérebro se adaptar a mudanças por meio do sistema nervoso.

Para compreender melhor, imagine que o cérebro funciona por meio dos neurônios que percorrem diversos caminhos. Esses caminhos seguem padrões, que podem ser alterados com a neuroplasticidade.

“Essa remodelagem é feita a partir de um trabalho que envolve pensamentos, vivências, emoções, comportamentos, necessidades pessoais e, até mesmo, o ambiente no qual o indivíduo está inserido”, explica Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia.

Com esses fatores, a plasticidade permite que novas ligações entre os neurônios (as sinapses) sejam estabelecidas, alterando completamente a rede de conexões.


Mas, afinal, como usamos o nosso cérebro?

O cérebro é a estrutura mais complexa do ser humano. Nós o utilizamos de forma totalmente coordenada e integrada. Esse órgão tem uma infinidade de funções: ouvir, sentir, pensar, respirar, movimentar o corpo. Tudo isso é comandado por ele, sendo que cada uma de suas áreas é responsável por determinados comandos.

As áreas se comunicam entre si, mas quando há lesão ou dano a alguma estrutura, o cérebro se altera pela neuroplasticidade a fim de suprir a necessidade. Por exemplo: se uma pessoa perde a visão devido a uma doença, ela precisa se adaptar à sua nova realidade. Então, a neuroplasticidade faz com que o cérebro desenvolva ainda mais o tato e a audição, de maneira a compensar a perda da visão.

A neuroplasticidade também é importante para a aprendizagem durante a infância. “É por meio dela que as crianças desenvolvem não só fatores biológicos, como caminhar e falar, mas também sociais, como convivência com outras pessoas e percepção de emoções.


Neuroplasticidade e a aprendizagem

Você sabe o que acontece no cérebro quando aprendemos?

De acordo com a especialista, a neuroplasticidade e a aprendizagem estão diretamente relacionadas. “Toda vez que adquirimos um novo conhecimento, o cérebro fica encarregado de armazenar as informações importantes”, diz Flora.

Isso ocorre de modo que elas possam ser utilizadas pelo indivíduo quando necessário. Assim, novas vivências fazem com que o cérebro crie vias neurais, que são os caminhos percorridos entre os neurônios pelas sinapses.

A cada aprendizado ou experiência enriquecedora, a comunicação entre os neurônios fica mais forte e eficiente.

Segundo Flora, algumas dicas que podem ser colocadas em prática diariamente para aperfeiçoar ainda mais esse processo são:


Adquira novos conhecimentos: busque o aprendizado constante. Falar uma língua diferente, tocar um instrumento musical ou praticar um novo esporte são formas de fortalecer as conexões cerebrais. É importante sempre absorver novos conhecimentos e investir na sua capacitação.


Saia do modo automático: mude aspectos da sua rotina para adquirir novos hábitos e instigar a mente. Faça algo de uma maneira diferente. Por exemplo: se você está acostumado a estudar assistindo a aulas online, crie um mapa conceitual no papel sobre os conteúdos para estimular outras formas de armazenar informação.


Elimine as distrações: realizar várias tarefas ao mesmo tempo não é bom para o aprendizado, pois ele se torna mais irregular e demorado. O ideal é que você busque o foco total em uma determinada atividade, realizando-a do início ao fim, sem interrupções, para compreender de maneira mais completa.


3 ideias para induzir e aumentar a sua neuroplasticidade

Ficou interessado em estimular a neuroplasticidade no dia a dia? Flora Victoria, que também é Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit, compartilha outras ações:


  1. Treine o seu cérebro: exercite os dois lados

Quanto mais o seu cérebro é exercitado, mais rápido e potente ele fica. É claro que usamos todo o cérebro para nossas atividades cotidianas, mas cada área concentra uma atividade principal.

Enquanto o hemisfério esquerdo concentra mais raciocínio, o direito foca na criatividade. Ou seja: quanto mais diversificada for a sua aprendizagem, abrangendo diferentes áreas do conhecimento, mais completa ela será para o cérebro.

 

2.Elimine maus hábitos e alimente-se bem

Ter uma alimentação equilibrada, que forneça todos os nutrientes e vitaminas de que o corpo precisa, e adotar um estilo de vida saudável também é fundamental.

Para eliminar maus hábitos, que são caminhos neurais automáticos para o cérebro, substitua atividades indesejadas pelo seu oposto. Na prática, deixe mais o carro em casa e comece a andar a pé se almeja emagrecer, por exemplo.

Essa é uma forma de compreender que existem novos caminhos, até que estejamos acostumados com eles ao ponto de abandonarmos os antigos.


3. Dormir também é importante

Assim como você precisa exercitar o cérebro e estimulá-lo de diferentes maneiras, é preciso dar a ele um bom período de descanso.

Garantir uma ótima noite de sono é importante para combater o estresse, fixar novas memórias adquiridas durante o dia e reter informações. Especialistas indicam, pelo menos, de 7 a 9 horas de repouso.


O que acontece agora?

Desde que o Covid-19 apareceu, instaurando o pânico e a tragédia em nossas vidas, muita coisa mudou. Desde o início da quarentena, diversas pessoas perderam o emprego e sentiram, somado ao medo da morte, o medo da fome. Como sustentar suas famílias? O que fazer agora?

Uma batalha nunca antes vista tomou conta da população. Aqueles que mantiveram seu trabalho e salário, podendo trabalhar em casa ou aqueles que tinham uma poupança confortável defendiam o isolamento com um ardor sem igual. Já aqueles que corriam o risco de ficar sem trabalho ou fechar seus negócios bradavam contra a quarentena, alegando que era tudo um golpe contra o governo ou exagero da mídia.

Hoje, embora ainda não exista uma vacina contra o vírus, a vida está voltando ao normal. Quem ainda tem emprego pode ou não voltar para a empresa, uma vez que já existe uma forte tendência para que o home office permaneça. Mas e quem perdeu seu emprego ou fechou seu negócio? O que fazer agora?

Em primeiro lugar, é preciso acreditar que toda mudança é positiva, bem como a crise. Newton criou a Teoria da Gravidade durante a quarentena de peste bubônica. Miguel de Cervantes escreveu Dom Quixote enquanto estava na prisão. Viktor Frankl elaborou a Logoterapia no campo de concentração. Quantos outros não tão conhecidos não teriam também conseguido grandes feitos ou descoberto talentos ocultos?

O ser humano é criativo. É adaptável. É flexível e resiliente. Todos? Talvez não, a princípio, porém todos nós possuímos essas capacidades dentro de nós. Todos podemos desenvolvê-las, se necessário.

A Inteligência Emocional afirma que temos quatro áreas de autoconhecimento definidas pela Janela de Johari: a área livre, a área oculta, a área cega e a área de desenvolvimento. A área livre é aquela onde o que eu sei sobre mim é o mesmo que o outro sabe sobre mim. A área oculta é aquela em que eu sei coisas a meu respeito que ninguém mais sabe. A área cega é aquela em que os outros sabem algo a meu respeito que eu desconheço. A área de desenvolvimento é aquela em que tenho aptidões desconhecidas e que só serão reveladas quando eu realmente precisar.

O isolamento, a crise do Covid-19 permitiu que diversas pessoas descobrissem talentos ocultos, habilidades que elas mesmas desconheciam até então. Alguns começaram a escrever e perceberam, surpresos, que eram bons com as palavras. Outros começaram a cozinhar para vender e agora não querem fazer outra coisa. Outros, ainda, fizeram algumas lives e descobriram que têm o dom da oratória. Infelizmente, alguns passaram o tempo todo reclamando e se lamentando e não tiveram oportunidade de descobrir suas aptidões ocultas. Mas elas estão lá. Só precisam de uma chance para se revelar.

A quarentena ainda não terminou, embora o isolamento esteja cada vez mais afrouxado. Quem está sem trabalho, preso em sua casa, pode começar a estudar. Há diversos cursos online muito abaixo do preço normal e mais acessível para quem está sem dinheiro. Cursos gratuitos são disponibilizados a todo momento. Por que não aproveitar essa chance para aprender alguma coisa nova? Quem sabe uma nova profissão, um novo emprego não surja desse estudo?

Quem fechou seus negócios sabe que tem a capacidade de ser empreendedor. Há várias pessoas dispostas a ajudar quem está tentando se aventurar por esse caminho. Coachings são excelentes opções nesse momento. Não pode pagar? Negocie.

Há diversas lives todos os dias no Instagram. Vídeos no Youtube. Nunca foi tão fácil ter acesso às informações.

O que dizer de crianças que estão em casa há seis meses, contendo toda aquela energia que lhes é essencial? Grupos muito criativos estão visitando essas crianças, por vídeo, fantasiados de super-heróis ou princesas. Os pequenos adoram e os pais agradecem.

Pense, reflita. Quais são seus talentos ocultos? Essa é a hora de descobrir. Você pode se surpreender e constatar que nunca foi tão feliz como agora, fazendo exatamente aquilo que gosta e nasceu para fazer.

Somos criativos, somos curiosos, somos talentosos. Todos nós. Deixe a crise ajudá-lo. Não lute contra ela. A vida está lhe dando outra chance. Aproveite. Fácil? De modo algum. Possível? Certamente. Recompensador? Pode acreditar.      

 


Lucia Moyses - psicóloga, neuropsicóloga e escritora (www.luciamoyses.com.br). Em 2013, a autora lançou seu primeiro livro “Você Me Conhece?” e dois anos depois o livro “E Viveram Felizes Para Sempre”, ambos com um enfoque em relacionamentos humanos e psicologia. Três anos após a especialização em Neuropsicologia, Lucia lançou os três primeiros livros: “Por Todo Infinito”, “Só por Cima do Meu Cadáver” e “Uma Dose Fatal”, da coleção DeZequilíbrios. Composta por dez livros independentes entre si, a coleção explora a mente humana e os relacionamentos pessoais. Cada volume conta um drama diferente, envolvendo um distúrbio psiquiátrico, tendo como elo o entrelaçamento da vida da personagem principal.  Em 2018, a psicóloga lançou mais três livros: “A Mulher do Vestido Azul”, “Não Me Toque” e “Um Copo de Veneno”, totalizando seis livros da coleção. Em 2020, Lucia, lança o livro "A Outra". 

Linkedin: linkedin.com/in/lucia-moyses-b8449849
Instagram: @Lucia.moyses 


Outubro Rosa: A importância da reconstrução mamária no tratamento de câncer de mama

As cirurgias plásticas ligadas ao seio, para aumento ou redução, estão entre os procedimentos mais realizados no país, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Números que mostram a importância da mama para a autoestima das mulheres. Entre as cirurgias reparadoras, a reconstrução mamária também se destaca no ranking. É o quinto tipo de cirurgia reparadora mais realizada no Brasil, segundo o último censo.

De acordo com o levantamento mais recente da SBCP, o número de cirurgias para reconstrução mamária cresceu 6%. A reconstrução da mama, após a mastectomia, é parte fundamental do tratamento do câncer de mama, segundo tipo mais comum entre as mulheres. “Quando a paciente passa pelo trauma da retirada do seio, ou de parte da mama, o tratamento não termina com a remoção do tumor. A cirurgia de reconstrução mamária faz parte do tratamento, é um direito previsto em lei e tem um forte impacto na recuperação das mulheres”, explica o médico Samir Eberlin, cirurgião plástico e membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

De acordo com o cirurgião, estudos mostram que as mulheres com seio reconstruído têm menos chance de voltar a desenvolver a doença porque o câncer também está relacionado ao equilíbrio emocional.

A reconstrução das mamas pode ser realizada com utilização de próteses de mama, expansores de tecido ou tecido da própria paciente retirado de outras partes do corpo.  Dependendo das condições da paciente, a cirurgia reparadora pode ser realizada logo após a retirada do tumor.

O especialista lembra, porém, que apesar de ser um direito garantido em lei, muitas pacientes que dependem do SUS nem sempre conseguem fazer a reconstrução da mama logo após a mastectomia e ficam anos na fila aguardando para fazer a cirurgia reparadora.


OUTUBRO ROSA

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres e representa em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Para conscientizar sobre a importância de realizar exames preventivos, o Outubro Rosa promove ações em todas as regiões do país. São iniciativas que reúnem voluntários, médicos e pacientes, de diversas especialidades, para informar sobre a doença, prevenção e tratamento. Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas). Não há uma causa única para o câncer de mama.

Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

Quanto antes diagnosticado, mais chances o paciente possui de alcançar a cura. Um tumor mamário detectado no início tem 90% de chances de cura, sem perda da mama. Por isso é muito importante se prevenir e realizar exames regularmente. A prevenção também envolve uma alimentação saudável e prática de atividade física.


7 estratégias para lidar com o medo e superar momentos difíceis

Segundo especialista, ignorar o medo pode aumentar os níveis de ansiedade e estresse, que impactam na saúde física e mental


A pandemia acabou afetando todas as áreas da nossa vida. Além da tensão em nos mantermos seguros, proteger nossos entes queridos, reduzir a disseminação da covid-19 e manter a saúde financeira, também se tornou importante darmos atenção às respostas emocionais da pandemia. Lidar com o medo, enfrentando o aumento dos níveis de ansiedade e estresse, que impactam na saúde física e mental, é um desafio, já que essa emoção forte pode suprimir a função imunológica. O medo nada mais é do que uma resposta natural a tudo aquilo que não entendemos e que ameaça nossa segurança e saúde.

"O medo influencia nosso comportamento e, quando saudável, serve para nos proteger. Mas, se nocivo, paralisa nossas ações e prejudica a tomada de decisão, acabando por nos fazer escolher soluções de curto prazo com consequências de longo prazo, já que não ativamos o pré-frontal, e deixamos de pensar de maneira racional e tranquila", explica Patrícia Santos, especialista em Anger Management (Gerenciamento da Raiva), pela National Anger Management Association - NAMA de Nova Iorque, EUA.

Segundo Patrícia, muitas vezes, acabamos contaminados emocionalmente pelo medo dos outros. "Ver outras pessoas em pânico nos incentiva a fazer o mesmo e, como somos seres sociais, entramos em conformidade, em um estado de comoção social. Não falar sobre o problema, não querer ter informações atualizadas a respeito, não reduz o medo. Pode, inclusive, fazê-lo aparecer muito mais forte depois", reforça a especialista.

A especialista explica que, do mesmo modo, minimizar e desprezar o problema também não resolve. "Muitas pessoas que passam por algum tipo de sofrimento tentam escapar de suas emoções desagradáveis, negando o que está acontecendo, se convencendo de que não existe risco e deixando de tomar precauções. Tais atitudes podem prejudicar não só a si mesmo, mas também todo seu circulo de convivência", afirma Patrícia.

A boa noticia é que existem algumas estratégias que reduzem o estresse e a ansiedade, de forma a minimizar os impactos do medo, e que funcionam de forma rápida e eficiente, ajudando a regular suas emoções. A especialista Patrícia lista abaixo algumas delas:

• Procurar reduzir a sensação de medo, não eliminá-la;

• Fazer algumas respirações profundas. A respiração ritmada promove uma sensação de tranquilidade;

• Ouvir músicas calmas ou aquelas que te dão energia, as famosas baladas;

• A melhor maneira de voltar ao controle, é fazer atividades que te deixem feliz, seja assistir a um filme, série ou até mesmo cozinhar;

• Estar ciente do que desencadeou essa sensação de medo;

• Conhecer seus gatilhos, o que dispara pensamentos que geram preocupação, medo e a ansiedade.

• Praticar o mindfullness: percebendo pensamentos, sensações corporais e emoções no momento em que ocorrem, sem reagir de maneira automática ou habitual.

Para ela, as interpretações aos eventos sobrecarregam a intensidade de nossas emoções. "Faça perguntas questionando seus pensamentos, levante os fatos, aprenda a ver com mais clareza, sem interpretação ou julgamento, não tire conclusões precipitadas. Pare um momento para observar: o que estou pensando?; este pensamento está relacionado a preocupações futuras ou a um problema do passado?; estão trazendo paz e solução?; são úteis?", orienta a consultora.

Por fim, Patrícia, que atua há 6 anos com gerenciamento de emoções, explica que uma vez que você tenha seu próprio medo sob controle, pode ser útil apoiar outras pessoas queridas, se esses estiverem ansiosos. "Reconheça a emoção, não tente animar alguém com dizeres como ‘já já passa ou ‘anime-se’, pois, não vai funcionar. Faça perguntas para ativar a consciência, e use algumas das técnicas citadas, aquela que fizer mais sentido para a pessoa. Ao praticar o gerenciamento de suas emoções, você experimentará uma sensação única de liberdade e equilíbrio", finaliza.

 


Patrícia Santos - Consultora, escritora e palestrante, docente em cursos de pós-graduação em diversas instituições pelo país. É especialista em Anger Management (Gerenciamento da Raiva), pela National Anger Management Association - NAMA de Nova Iorque, EUA, onde também é fellow. É coautora do livro "Raiva, quem não tem?". A obra é um verdadeiro crossfit emocional que não só discorre sobre o tema, mas também ensina o leitor a medir, encarar, transformar e a seguir em frente.


Segundo semestre se inicia com aumento expressivo de vendas no varejo

 
Setor faturou 1,8% a menos nos sete primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período de 2019; julho, porém, teve melhor resultado desde 2008

 

O segundo semestre do ano começou positivo para o varejo paulista: o setor registrou um crescimento de 6,8% nas receitas em julho em relação ao mesmo período de 2019 – o melhor resultado da série histórica para um mês de julho. No total, o setor faturou R$ 66,3 bilhões no mês, segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), da FecomercioSP.
 
Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, entre julho do ano passado e o mesmo mês de 2020, a alta foi de 1,7%.
 
Das nove atividades analisadas pela pesquisa, seis registraram recordes para o mês dentro da série histórica, configurando o melhor julho dos últimos 13 anos para dois terços dos ramos varejistas pesquisados. Além dos supermercados, os destaques de julho ficaram por conta das atividades de materiais de construção (alta de 25,7% em relação a 2019) e lojas de eletrodomésticos (17,1%).
 
Os resultados se mostram animadores após um primeiro semestre de baixas: o varejo paulista encerrou o período de janeiro até julho com queda de 1,8% no faturamento real, em comparação ao mesmo período (janeiro a julho) do ano passado. Em números absolutos, isso significa um montante de R$ 7,5 bilhões a menos nas receitas do setor no estado.
 
Encabeçado pelos bons resultados dos supermercados durante a pandemia de covid-19, pela retomada do ritmo em atividades como as das lojas de eletrodomésticos e de móveis, principalmente a partir de junho – e pelos resultados históricos registrados em julho –, o encolhimento das vendas nos primeiros sete meses do ano foi menor do que se esperava: até maio, essa queda era de 4,5%; em junho, de 3,3%; e, agora, 1,8%.
 
A recuperação lenta do setor, apesar de comemorada, torna remota a possibilidade de qualquer retorno generalizado a um cenário de movimento mais intenso, como nos padrões pré-pandemia, diz a FecomercioSP.
 
Entre janeiro e julho, o varejo paulista vendeu pouco mais de R$ 414 bilhões – liderado pelos supermercados, cujas receitas se mantiveram dentro da média de R$ 22,6 bilhões por mês.


 
O que explica os resultados?


Segundo a FecomercioSP, os números apresentados pela pesquisa refletem as consequências das restrições nos fluxos de pessoas por causa da pandemia, implementadas gradativamente desde março. Neste cenário, a população manteve o consumo de bens essenciais (em supermercados e farmácias) e reduziu a demanda por produtos como roupas e móveis, por exemplo.
 
É possível notar também a influência da chegada do auxílio emergencial às famílias a partir de abril, principalmente em atividades como materiais de construção. Os resultados apontam que o último trimestre do ano, em que as pessoas normalmente fazem as compras de Natal, será determinante para o resultado do varejo paulista em 2020 – isso em um cenário cujo valor do auxílio emergencial do governo federal já terá caído pela metade.
 
Para a Entidade, os empresários do varejo deverão levar em conta ainda aspectos muito relevantes: décimo terceiro salário menor do que em 2019, redução do valor do auxílio, aumento do endividamento de famílias e empresários, apreensão quanto ao futuro do emprego em 2021 e tendência de menos pessoas circulando, ainda preocupadas com a pandemia.


 PRINCIPAIS NÚMEROS DA PCCV 


Faturamento real do comércio varejista do Estado de São Paulo (1º semestre de 2020):
R$ 414.015.964.793

Faturamento real do comércio varejista do Estado de São Paulo (julho de 2020):
R$ 66.349.437.000

Variação de faturamento (comparação entre julho de 2019 e julho de 2020):
6,8%

Faturamento acumulado no ano até julho de 2020:
-1,8%

Faturamento acumulado nos 12 meses entre agosto de 2019 e julho de 2020:
1,7%


Nota metodológica


A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
 
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

Os impactos da pandemia sobre a sustentabilidade, ou seria o inverso?


Mariana Schuchovski, PhD Professora em Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, fala sobre a importância de empresas e indivíduos adotarem hábitos mais sustentáveis

 

A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à sustentabilidade. Dentro de casa, aumentou a percepção quanto a importância de modelos de consumo mais conscientes e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e que geram menos resíduos. No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir por parte das empresas, ainda é relativamente tímida.

De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de habitats, como florestas e outras áreas, fazendo com que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a especialista.

A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender e refletir sobre os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade. Mas, principalmente, na sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nosso modelo de produção e consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro ‘consumo consciente’, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a ‘produção consciente’, assumindo sua verdadeira responsabilidade sobre os impactos que causam.

Entretanto, as grandes corporações, que dominam o mercado mundial e que possuem faturamentos maiores do que o PIB de muitas nações, ainda não colocaram em prática as inúmeras possibilidades de produção consciente existentes, como a busca por matérias-primas renováveis e de origem não fóssil ou o desenvolvimento de embalagens que substituam o plástico. “Não há limites para o que as empresas poderiam realizar se realmente fossem comprometidas. No entanto, apesar dos recursos financeiros abundantes e da grande capacidade de influência para realizar estas mudanças, as empresas ainda se encontram em um estado inexplicável de comodismo, transferindo integralmente suas responsabilidades ao consumidor”, afirma ela.

A pergunta que fica é: como será o pós-pandemia? Ou melhor, como queremos ser após esta pandemia? Segundo a especialista, o pós-2020 vai depender, principalmente, das nossas escolhas. “Precisamos reestabelecer os valores humanos, como ética e respeito, e encontrar o caminho correto para a (re)construção da sociedade com a ajuda das novas gerações”, diz. “Esta pandemia é um verdadeiro lembrete sobre como devemos pensar no equilíbrio da nossa relação com as pessoas, o meio ambiente e os recursos financeiros. Mas também é um convite à transformação”, complementa Mariana Schuchovski.


Uso do cinto de segurança é foco de campanha educativa na Fernão Dias


Campanha Tô de Cinto, Tô seguro – uma ação para o incentivo ao uso cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo. A abordagem aos usuários da BR-381 será na Praça de Pedágio de Mairiporã/SP, na pista sentido BH, das 9h às 13h


A Arteris Fernão Dias irá realizar nesta quarta-feira (07/10), mais uma edição da campanha Tô de Cinto, Tô seguro – uma ação para o incentivo ao uso cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo. A abordagem aos usuários será na Praça de Pedágio de Mairiporã-SP, na pista sentido Belo Horizonte, das 9h às 13h. A ação será realizada em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal.

 

A ação compreende na abordagem dos carros de passeio que passarão pelo pedágio, para que os profissionais falem com os motoristas e passageiros sobre a importância do uso do cinto de segurança e os equipamentos adequados para o transporte das crianças. Devido ao período de pandemia da COVID-19, a Arteris Fernão Dias também oferecerá kits de higiene, contendo máscara e álcool em gel 70%, para combater a transmissão do novo coronavírus.

 

Os colaboradores entregarão aos passageiros folhetos com dicas de segurança e “fiscalizarão” se todos estão com os cintos afivelados – em caso negativo, eles serão orientados a utilizar o equipamento de segurança, tão importante em casos de acidente. Vale ressaltar que a responsabilidade legal da utilização do cinto de segurança é do condutor, que deve conscientizar, orientar, observar e cobrar o uso do item por parte de todos os ocupantes do veículo.

 

A penalidade para o motorista quando um passageiro é flagrado sem o cinto de segurança é a mesma quando o próprio condutor está sem ele, resultando em uma infração grave sujeita à multa, retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator e perda de pontos na carteira, conforme estipula o CTB (Código de Trânsito Brasileiro).

 

“Nós investimos em educação e acreditamos que com ações como esta teremos ainda mais reduções de acidentes de trânsito. Mas para isso, é necessário que todos tenham atenção especial ao comportamento individual. É preciso que todos adotem uma postura responsável no trânsito”, comenta Márcia Fragoso Soares, diretora de operações da Arteris Fernão Dias.  

 


Serviço:

Campanha – “Tô de cinto, tô seguro”

Data: 07/10/2020

Horário: 09h00 às 13h00

Local: BR - 381 – Praça de Pedágio de Mairiporã/SP – pista sentido BH




Arteris Fernão Dias

0800-283-0381. Saiba mais: www.arteris.com.br/concessionaria/fernaodias

 

 Arteris

www.arteris.com.br


Mesmo com pandemia e máscaras, setor de beleza tem alta de 41,2%

O setor de higiene e cuidados pessoais é um dos poucos que não sofreram os efeitos da pandemia neste ano. Pelo contrário, a categoria segue crescendo e deve superar em cerca de R$ 40 bilhões o desempenho obtido em 2019. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há mais de 25 anos, com base em dados oficiais.

Segundo o levantamento, os brasileiros devem gastar até o final deste ano R$ 136,1 bilhões, contra os R$ 96,4 bilhões desembolsados no ano passado. Neste cálculo, são levadas em conta as despesas com artigos de higiene e beleza, como perfume, creme, bronzeador, maquiagem, sabonete, papel higiênico, absorvente e desodorante, além de outros produtos para cabelo, pele, boca, unha etc.

Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, esse desempenho satisfatório no segmento de beleza evidencia uma “perspectiva de mercado pós-pandemia bem otimista, pois até mesmo em cenários recessivos, a população, ainda que usando máscara, não poupa recursos destinados ao seu bem-estar e à sua autoestima, inclusive a de classes sociais mais baixas”.

Esse é apenas um recorte da pesquisa, finalizada em maio último, que leva em consideração todo o cenário de pandemia, destacando que o consumo nacional nos diversos setores econômicos se igualará a índices de 2012, com a maior retração desde 1995. Caso interesse, podemos disponibilizar a íntegra do estudo com dados nacionais e/ou regionais, divididos por setores econômicos e classes sociais, tanto de 2020 quanto de anos anteriores.


O que é e como o Pix vai mudar a forma das pessoas usarem o dinheiro no Brasil


Especialista fala sobre o novo sistema de pagamentos instantâneos que deve começar a funcionar a partir do mês de novembro

 

O Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos idealizado pelo Banco Central do Brasil (Bacen), tem previsão de chegada oficial ao mercado no próximo dia 16 de novembro. A nova ferramenta poderá ser utilizada por qualquer instituição de pagamento, mesmo aquelas que não possuem vínculos diretos com o Bacen. Bancos, fintechs e outras instituições financeiras terão novas formas de realizar e receber pagamento em todo país. Mas afinal, o que é Pix?

A grande mudança proposta pelo Pix é que as transações serão realizadas em até 10 segundos, 24 horas por dia e todos os dias do ano, incluindo finais de semana e feriados. Para o especialista em tecnologia e Product Manager da Juno, Gustavo Schmidt, o Pix nada mais é do que uma nova forma de transferir dinheiro entre duas contas bancárias. “O grande benefício é que qualquer movimentação será muito mais moderna, ágil e barata. O Bacen se inspirou em modelos internacionais para criar o equivalente digital ao dinheiro de papel e a ideia é que ele seja bem simples”, detalha Schmidt.

Até o momento, as transferências entre contas bancárias sempre foram feitas por meio de TEDs, que são as Transferências Eletrônicas Disponíveis, e DOCs, que são os Documentos de Ordem de Crédito. E os pagamentos de contas são realizados via boleto bancário, cartões, transações físicas ou até mesmo com dinheiro vivo. “Algumas dessas operações bancárias podem levar dias para serem realizadas e ainda podem acarretar custos para os clientes. Em bancos tradicionais, por exemplo, uma TED pode custar entre R$ 8 e R$ 16. E é justamente nesses fatores que o Pix veio para fazer toda a diferença”, destaca o especialista. Além disso, de acordo com o Banco Central, o Pix será livre de taxas para pessoas físicas e microempreendedores individuais, desde que utilizado para transferências e compras.

O novo sistema de pagamentos foi criado com o objetivo de facilitar a transferência de valores entre contas bancárias, o pagamento de boletos e contas e muito mais. Para realizar as transações do sistema Pix, vai ser preciso que tanto quem envia o dinheiro quanto quem recebe tenha uma conta, não necessariamente corrente, em um banco, uma instituição de pagamento ou em uma fintech. “O mais legal do Pix é que ele vai nos possibilitar novas formas para fazer pagamentos e transferências, agilizando muito mais o nosso dia a dia. Hoje para fazermos uma transferência para alguém, é preciso digitar todos os dados da pessoa (CPF, banco, agência e conta), um processo que muitas vezes pode ser até complicado, com o Pix isso será igual, mas para agilizar o processo o Bacen criou duas funcionalidades, as Chaves Pix e o QR Code Pix”, explica Schmidt.

 

As novas funcionalidades

As Chaves Pix são a nova forma de identificar endereços bancários. Por meio dessas chaves, o Bacen reconhece sua conta no banco e valida suas transações bancárias. As chaves de endereçamento Pix são dados como telefone, e-mail ou CPF/CNPJ, que ficam vinculados aos seus dados bancários. As transações via Pix acontecem por meio de QR Codes Estáticos e Dinâmicos. O QR Code estático poderá ser utilizado em diversas transações, como transferências entre duas pessoas, por exemplo. Já o QR Code dinâmico por sua vez, desempenha a função de uma cobrança mais formal, de um modo geral associada a um boleto. É o tipo de código que vai ser muito utilizado para realizar pagamentos ou cobranças em e-commerces, por exemplo. “Com todos esses diferenciais, o Pix chegou para facilitar muito a vida de quem depende de pagamentos ágeis e eficientes, além de ser extremamente seguro”, completa o especialista.

O cadastro da chave Pix está disponível em todas as instituições. O novo sistema de pagamentos instantâneos entrará em funcionamento em todo o Brasil a partir do dia 16 de novembro. Mais informações no site oficial do Banco Central: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pagamentosinstantaneos.

 

Mercado da habitação deve estar presente nos planos de recuperação econômica do Brasil, diz relatório internacional

Relatório revela que os países subestimam a contribuição da habitação para o PIB

 

O Brasil e outras economias emergentes, que lutam para se recuperar da pandemia da COVID-19, podem estar subestimando significativamente a contribuição de seus setores de habitação para o Produto Interno Bruto (PIB) e, como resultado, estão perdendo oportunidades de recuperação econômica, social e sanitária.

É o que indica o relatório publicado hoje pela organização internacional Habitat para a Humanidade no Dia Mundial do Habitat, em que é possível refletir a real contribuição da habitação para o PIB através da utilização de padrões de cálculo internacionalmente aceitos.

Mário Vieira, Diretor Executivo da Habitat para a Humanidade Brasil, explica que o relatório Cornerstone of Recovery: How housing can help emerging market economies rebound from COVID-19 analisa os dados habitacionais presentes no PIB do Brasil, Peru, México, Egito, Índia, Indonésia, Quênia, Filipinas, África do Sul, Tailândia e Uganda.

O objetivo era dimensionar o papel da habitação nas economias, representando tanto o investimento em habitação como o consumo habitacional. Para isso, os dados do PIB foram examinados detalhadamente e analisado se esse setor poderia realmente sustentar a recuperação econômica dos países; levando-se em consideração que ao mesmo tempo em que a economia seria ativada, as famílias de baixa renda estariam melhorando seus lares para casas mais seguras e saudáveis e, assim, contribuiriam para reduzir a disseminação da COVID-19.

“Os resultados são reveladores: os dados do mercado habitacional sobre o PIB em países de renda média e baixa costumam ser incompletos ou imprecisos. Os esforços para medir a contribuição deste setor para a economia têm se concentrado principalmente nos países desenvolvidos ”, afirma Ernesto Castro-García, Vice-Presidente de Área para a América Latina e o Caribe, da Habitat para a Humanidade Internacional.

A inclusão dos serviços e componentes da habitação informal, muitas vezes esquecida, revela que o setor habitacional representa em média até 16,1% do PIB nos 11 países analisados. Isso coloca este setor em pé de igualdade com outros, como a manufatura, que tendem a atrair muito mais atenção nos planos de recuperação econômica.

De acordo com o relatório, que parte do pressuposto de que as estatísticas oficiais incluem em média apenas metade do mercado habitacional informal (no qual as famílias melhoram suas casas progressivamente), isso poderia contribuir com um adicional de 1,5% a 2,8% ao PIB, se devidamente contabilizado.

“No Brasil, os serviços habitacionais representam US $ 278,4 bilhões, 15,5% do PIB. Em geral, se fosse incluída a possível subcontagem do imenso setor habitacional informal presente no país, a contribuição da habitação para o PIB poderia chegar a 21,8% ”, afirma Mário Vieira.

Importância despercebida. Embora as intervenções no setor habitacional possam produzir grandes efeitos de estímulo econômico e melhorar as condições de saúde das famílias, elas não são usadas com destaque pelos governos. Prova disso é que dos 196 países com respostas econômicas à COVID-19, analisadas pelo Fundo Monetário Internacional, apenas 22 nações incluíram explicitamente iniciativas habitacionais. Dos países analisados no estudo, apenas Egito, Índia e México apresentaram planos habitacionais em suas propostas.

 “O setor habitacional deve fazer parte dos planos de recuperação econômica dos países. Pela nossa experiência, sabemos que investimentos em moradias saudáveis e seguras trazem benefícios maiores do que o esperado: criam empregos, geram renda, movimentam a economia e, principalmente neste momento de pandemia, ajudariam a evitar a superlotação que torna as comunidades mais vulnerável ao vírus ”, indica Mário Vieira.

Os autores do relatório recomendam a promoção de políticas de estímulo que, em cooperação com os setores internacional e privado, se concentrem nas famílias de baixa e média renda e, ao mesmo tempo, incluam os mercados formais e informais, aluguel de moradias e organizações comunitárias. Além disso, enfatizam ações de curto prazo para disponibilizar terrenos adequados para habitação; acesso aberto a financiamento para desenvolvedores, famílias e proprietários; fornecer subsídios equitativos às famílias; e oferecer incentivos para credores e construtores.

Realidade da habitação. Segundo dados da CEPAL, na América Latina e no Caribe quase 100 milhões de pessoas (21% da população urbana) vivem na pobreza, em moradias ou assentamentos inadequados, com pouco acesso a água potável e saneamento.

No Brasil há déficit de 7 milhões de habitações, 90% correspondem a pessoas que ganham menos de US $ 1.000 por mês. Estima-se que 52 milhões de brasileiros vivam em condições inadequadas. Segundo dados de diferentes fontes, 35 milhões de pessoas nas áreas urbanas não têm acesso à água potável, 14 milhões não têm serviço de coleta de lixo e 100 milhões não têm rede de esgoto.

 


Habitat para a Humanidade Brasil

https://habitatbrasil.org.br.


Brasil desponta entre maiores geradores de empregos em energia solar fotovoltaica no mundo

2019 foi o primeiro ano na história em que o País figurou neste ranking do setor, celebra a ABSOLAR

 

O Brasil acaba de entrar no seleto grupo dos dez países que mais geraram empregos no mundo em energia solar fotovoltaica no ano de 2019, segundo relatório divulgado recentemente pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Assumindo a oitava colocação, o País ficou na frente de líderes históricos do setor, como a Alemanha e o Reino Unido.
 
Para o CEO da entidade, Rodrigo Sauaia, o Brasil é uma nação solar por natureza, com condições privilegiadas para se tornar uma liderança de destaque mundial no setor. “A energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável do Brasil e dos demais países. Irá ajudar fortemente na recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, comenta.
 
Segundo o relatório da IRENA, o setor de energia renovável gerou 11,5 milhões empregos no mundo em 2019, com a participação majoritária da indústria solar fotovoltaica em 3,8 milhões de postos de trabalho, um terço do total. De acordo com o estudo, no quesito igualdade de oportunidades, o setor de renováveis é mais inclusivo e equilibrado em relação ao gênero, com as mulheres representando 32% dos postos, valor significativamente superior ao encontrado no setor de combustíveis fósseis, em que a representatividade feminina é de apenas 21%.
 
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, ressalta que o crescimento do uso de energia solar por empresas, governos, consumidores residenciais e produtores rurais traz empregos de qualidade e renda para a população. “Portanto, a adoção de políticas amplas que impulsionem a transição energética é uma medida ainda mais premente neste momento de pandemia e crise econômica, em que muitos empregos foram perdidos”, destaca. “A necessidade de tais estímulos nunca foi tão clara quanto neste momento atual do Brasil e do mundo”, conclui.
 
Pelo novo levantamento da IRENA, mais de 43 mil empregos foram criados pelo setor solar fotovoltaico no Brasil em 2019. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), baseado em premissas mais abrangentes e que incorporam todos os elos da cadeia de valor do setor com operações no País, a contratação total do setor em 2019 atingiu a marca de 60 mil trabalhadores.


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