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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Dezembro Vermelho: todos juntos na luta contra a AIDS


““Prevenir é respeitar a vida, e no mês mundial de prevenção e combate à AIDS, Grupo NotreDame Intermédica discute mitos e verdades sobre a doença”


De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 900 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil, mas a epidemia é considerada estabilizada. Só no ano de 2017, mais de 42 mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus, ao passo que, com a AIDS, foram mais 37 mil. A Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dezembro Vermelho com o propósito de desmistificar, discutir e divulgar mensagens de esperança, solidariedade e prevenção.

Para promover esta ação, o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) realizou mais um evento Saúde em Pauta nas sete Unidades de Medicina Preventiva – QualiVida. Foram discutidos diferentes temas, entre os quais a diferença entre o HIV e a AIDS, as formas de transmissão do vírus e como ele age no organismo, além das principais formas de prevenção. 

“A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo HIV, mas existem portadores que vivem durante anos sem apresentar sintomas ou desenvolver a doença. Ainda assim, elas podem transmitir o vírus a outras pessoas”, explica a enfermeira Regiane de Amaral Macedo, do Grupo NotreDame Intermédica. Quando ataca o sistema imunológico da pessoa, o vírus atinge principalmente os linfócitos; com isso, o DNA da célula é alterado pelo HIV, que faz cópias de si para se multiplicar. Assim, o vírus rompe os linfócitos e continua a infecção. 

O vírus não é transmitido apenas através de relações sexuais desprotegidas. Taciana Moura Sales Oliveira, infectologista do Grupo NotreDame Intermédica, esclarece que a transmissão ocorre, também, pelo compartilhamento de seringas contaminadas e pela transmissão vertical (de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação). A transmissão por transfusão de sangue pode ser considerada praticamente eliminada pois a triagem do sangue doado é muito segura e rigorosa.

Para evitar infecção pelo HIV recomenda-se a prevenção combinada, ou seja, a associação de diferentes métodos de prevenção, conforme as características e o momento de vida de cada indivíduo. Os métodos são: uso de preservativo masculino, feminino; testagem regular para o HIV; prevenção da transmissão vertical; tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (como sífilis, gonorreia) e das hepatites virais; a imunização para as hepatites A e B; programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias; profilaxias pré-exposição (PrEP); profilaxia pós-exposição (PEP); e o tratamento de pessoas que já vivem com o HIV, já que pessoas com boa adesão atingem níveis de carga viral tão baixos que é praticamente zero a chance de transmissão.

Os preservativos (camisinhas) estão disponíveis gratuitamente em unidades de saúde, mas também podem ser compradas em estabelecimentos privados. A profilaxia pré-exposição (PrEP) consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o HIV infecte o indivíduo, antes de a pessoa ter contato com o HIV. Este método impede a infecção pelo HIV mas não por outras infecções sexualmente transmissíveis.

Para contar um pouco sobre sua experiência e como é conviver com o HIV há 11 anos, Jeferson Guimarães Martins, é relações públicas e tem 30 anos, e compartilhou com os participantes o quanto foi difícil na época em que descobriu a doença. Além de não tinha referências positivas, ele se tornou militante da causa e precisou inspirar pessoas próximas a “saírem dos seus armários sorológicos” e começarem a lutar contra o vírus. 

Mesmo que tenha sofrido psicologicamente por causa da doença, Martins se considera privilegiado: “sou homem branco, cisgênero e de classe média. Tive muito apoio de profissionais para aprender a lidar com essa pressão, mas a maioria das pessoas que contraem o vírus não tem as mesmas oportunidades”. Ele explica que o Brasil já foi referência mundial no combate ao HIV, mas que hoje o “sistema está sucateado”. “Enquanto não tivermos políticas públicas de saúde, e não de moral, ainda perderemos muita gente”. 

“Todos estão sujeitos à doença”, enfatiza Martins. Mas existem grupos que apresentam prevalência superior à média nacional, como homens que fazem sexo com homens e pessoas trans; aqueles que fazem uso excessivo de álcool e outras drogas; pessoas privadas de liberdade e trabalhadores sexuais. Uma vez infectada pelo HIV, a pessoa precisa procurar um profissional da saúde para fazer tratamento. 


Como identificar?

A enfermeira Regiane de Amaral Macedo, explica que falar sobre sexo, HIV e AIDS é tornar uma população mais consciente e alertar para alguns fatos que podem colocar a vida em risco. “Muitas pessoas nem sabem, mas os sintomas iniciais da AIDS se assemelham aos da gripe e incluem febre, tosse e mal-estar, motivo pelo qual inúmeros casos passam despercebidos. Por isso a importância de se fazer exames periódicos, que podem ser realizados de forma gratuita em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), pelo plano de saúde ou particular. O teste de triagem, além de ser rápido, detecta os anticorpos contra o HIV presentes no organismo e é feito em menos de 30 minutos”, pontua.

Todo paciente diagnosticado com HIV deve iniciar o tratamento antirretroviral que inibe a replicação viral, recupera o sistema imune, diminui o risco e retarda o desenvolvimento da AIDS e das complicações, diminui o risco de transmissão já que, indetectável é intransmissível e prolonga a vida.


Saúde em Pauta

Estes cuidados e orientações foram apresentados no último encontro “Saúde em Pauta” deste ano, realizado no dia 03 de dezembro – promovido mensalmente pelo Grupo NotreDame Intermédica em suas Unidades de Medicina Preventiva – QualiVida. O tema deste mês foi “Dezembro Vermelho”. Nestas oportunidades, beneficiários e convidados participam de palestras e debates com especialistas em diferentes áreas. 


Compartilhando e incentivando hábitos saudáveis
 
 O Grupo NotreDame Intermédica mantém em seu canal no YouTube diversos vídeos com dicas e orientações valiosas que visam melhorar a qualidade de vida e auxiliar na prevenção de riscos e doenças da população em geral, além de campanhas e vídeos institucionais. O canal pode ser acessado clicando no link abaixo:
 
Site: www.gndi.com.br


Há 2 semanas do início do verão, saiba como proteger a pele dos efeitos nocivos do sol e da poluição


Veja as dicas importantes da médica membro da Academia Americana de Dermatologia, Flávia Addor


Sabemos que a poluição causa vários males à saúde respiratória, mas o que um estudo publicado este ano afirma é que a impureza do ar, quando sofre ação da radiação solar, também pode prejudicar a pele, potencializando o envelhecimento e a formação de melanoses, caracterizadas por manchas hiperpigmentadas e acastanhadas. Esta conclusão é baseada em evidências epidemiológicas e de acordo com o estudo¹, a exposição da pele ao material particulado (partículas sólidas e líquidas suspensas no ar) e ao dióxido de nitrogênio (NO2) está associado a um risco maior de desenvolver manchas pigmentadas na face.

A médica Flávia Addor, mestre em dermatologia, pós-graduada em nutrologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, revela que além da poluição, o envelhecimento tem forte influência da radiação ultravioleta A (UVA), que incide de forma constante no corpo ao longo de todo o dia, não somente das 10h às 15h, período que predomina a incidência dos raios  ultravioleta B (UVB). “A faixa UVA adentra profundamente a pele, chegando até a derme, e seu efeito é acumulativo pelo tempo, mesmo sem queimaduras aparentes”, alerta.

Em resposta ao que cada radiação pode provocar na pele desprotegida, a médica explica que os raios UVA causam a aceleração de danos dérmicos que levam ao envelhecimento, hiperpigmentação e doenças fotoalérgicas (alergias desencadeadas pelo sol). Já os raios UVB são os principais envolvidos no câncer de pele, queimaduras de sol e redução da função de defesa da pele.


Como proteger a pele dos raios solares e poluição

O cuidado diário em grandes centros urbanos, com maior poluição, deve contemplar um produto com filtro solar para raios UVB e UVA, assim como antioxidantes, que formam uma segunda linha de defesa contra os danos sub clínicos, que ocorrem de forma acumulada na pele. “O cosmético deve garantir a adesão diária.

Já a proteção para a exposição solar direta, como piscinas, praias, atividades ao ar livre, também deve considerar uma defesa ampla, mas deve conferir resistência à água e ao suor, por ser usado em um ambiente potencialmente mais nocivo”, aborda Flávia Addor.
Para a médica, o fator de proteção solar mínimo deve ser de 30, tanto na cidade como em climas litorâneos. FPS acima disso deve ser usado não somente em exposições diretas, mas também por grupos específicos, como crianças, pessoas com antecedentes de câncer de pele, tratamentos dermatológicos ou doenças agravadas pelo sol (fotodermatoses).

“Na exposição direta, também se deve usar FPS alto porque sabemos que, na aplicação mais descuidada, o FPS de rótulo pode ser reduzido para 30% ou mais. A proteção para o UVA deve ser pelo menos de 1/3 em relação ao UVB. E para assegurarmos a eficácia, o ideal é reaplicar a cada 2 horas, ou após exercício, mergulho e sudorese”, explica a dermatologista.

Somado a isso, para a proteger a pele das impurezas do ar, segundo o estudo citado acima, produtos cosméticos antipoluição contendo antioxidantes são eficazes na redução ou prevenção desse aumento na pigmentação da pele. 


Como identificar as manchas da pele e buscar o tratamento

Há vários diagnósticos para os danos causados por essa exposição solar, como melasma, melanose, hiperpigmentação pós-inflamatória, entre outros. Para a correta identificação e tratamento é fundamental buscar orientação profissional.

Atualmente os médicos podem contar com o auxílio do SAILA (Skin Aging In Longevity Assessment), para identificar os perfis de envelhecimento da pele, que são cinco: oxidativo, glicante, mutagênico, inflamatório e metabólico, e, com isso, direcionar um tratamento preventivo e personalizado. O software de inteligência artificial e recém lançado foi idealizado pela própria Dra. Flávia Addor.

O excesso de radiação solar na pele sem proteção solar, pode causar mutagenicidade (perfil mutagênico), que significa mutação do DNA das células. “Já os perfis oxidativo e inflamatório também tem íntima relação com a exposição solar, visto que a radiação UV, visível e infravermelha são oxidativas, e os fenômenos oxidativos facilitam a instalação de uma microinflamação”, finaliza a especialista.





Flávia Addor - mestre em dermatologia, pós-graduada em Nutrologia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, pesquisadora e criadora do software SAILA apoiado pela Mantecorp Skincare. 




Referência: 



Descubra quais são as doenças comuns no verão e como se prevenir


O biomédico do Laboratório Rocha Lima, Rafael Padovani, explica quais são as enfermidades mais comuns nesse período e o que fazer em cada caso

No dia 22 de dezembro, a estação mais quente do ano chega ao país. O verão é conhecido por ser um período de festas, férias, sol e mar. Porém, muitas doenças costumam surgir durante essa época, e alguns cuidados são necessários para evitá-las. Para quem quer aproveitar ao máximo essa estação da melhor forma possível, o biomédico do Laboratório Rocha Lima, Rafael Padovani, explica quais são as doenças mais comuns no verão e o que fazer em cada caso:


- Dengue
Nesse período, as chuvas são frequentes, e consequentemente, locais com água parada acabam sendo vistos com mais facilidade. São nesses locais que o Aedes aegypti se multiplica, o mosquito responsável por transmitir o vírus através de sua picada. Entre os sintomas que são causados pela dengue estão dores, manchas pelo corpo e febre alta. É importante sempre verificar telhas, garrafas, vasos e caixa d'água, além de colocar telas na janela e repelente. Existem vacinas contra ela, porém, ela não deve ser tomada por quem nunca teve o vírus.


- Otite

Seja na praia ou na piscina, um mergulho no verão é obrigatório para quem quer se refrescar. Porém, ficar muito tempo submerso pode resultar em acúmulo de água no canal auditivo. O resultado são dores fortes e incômodas, então o ideal é não exagerar ou se já estiver sentido alguma dor, não mergulhar. 


- Conjuntivite

A qualidade da água do mar depende muito da região e dos hábitos de seus frequentadores, e como nesse período costuma ser de alta temporada, o cuidado precisa ser redobrado para evitar que ela entre em contato com os olhos, pois eles podem ser contaminados e resultar em uma conjuntivite bacteriana. O resultado são olhos vermelhos, inchados e secreção logo ao acordar, então é importante ficar atento e não compartilhar toalha, coçar os olhos ou ficar em contato direto com pessoas que já estão com a doença.


- Insolação

É durante o verão que o sol fica mais intenso e muitos aproveitam para renovar o bronzeado, mas a exposição excessiva pode resultar na insolação, que causa febre, tontura, fraqueza e queimaduras. O horário ideal para tomar sol é antes das 10 da manhã, e sempre com um protetor solar com um fator maior de 30 fps.


- Desidratação

Um hábito que deve ser levado em consideração o ano todo é o de tomar bastante água. No verão, com o aumento da transpiração, o consumo de frutas e líquidos é obrigatório para evitar ficar desidratado. Mal-estar, ressecamento das mucosas e até mesmo ficar bastante tempo sem urinar são alguns dos sintomas da desidratação. O ideal é buscar uma alimentação leve e ficar na sombra sempre que o sol estiver muito forte.


- Hepatite A

As águas de praias poluídas podem propagar a Hepatite A, que afeta o fígado, causando sintomas semelhantes aos da gripe e icterícia, além de náuseas, vômitos e pele e olhos avermelhados. A doença pode ser prevenida através de vacina. 





Rocha Lima


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