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terça-feira, 10 de setembro de 2019

DICAS PARA MELHORAR O SONO DO BEBÊ


Imagem retirada da internet

Um estudo australiano publicado no mês de maio do ano passado, (https://news.flinders.edu.au/blog/2018/05/21/toddler-bedtime-can-switch-sleep/), no periódico Sleep Medicine, mostra um novo caminho para melhorar o sono das crianças de 1,5 ano a 4 anos. O método, chamado de bedtime fading, consiste em adiar um pouco o horário de deitar para que a criança chegue na cama já bem sonolenta. No caso dos bebês menores o bedtime fading pode deixar a criança mais irritada.

 A ideia é que, ao aumentar o tempo acordado e restringir um pouco a oportunidade de dormir, o sono venha mais fácil e o relógio biológico entre nos eixos.!

O sono é tão importante para o bebê como a alimentação. É durante o sono que a criança cresce e desenvolve devido os hormônios produzidos nesse período. Conheça 8 dicas para melhorar o sono dos pequenos.

1- Estabeleça uma rotina do dia: o bebê tem que perceber a luz do dia, para que ele perceba que é durante o dia que acontecem as coisas. Durante as sonecas não escureça o quarto. Para que o bebê entenda que é só uma soneca.

2- Estabeleça uma rotina da noite: à medida que se aproximar a hora de dormir, reduza as atividades e os estímulos. Diminua os estímulos visuais e a iluminação da casa. Dê um banho relaxante, leia uma história e cante canções de ninar.

3 - Faça uma massagem no bebê: ela tem a capacidade de relaxá-lo.

4 - Dê um banho antes de colocar o bebê para dormir: ele fica mais relaxado.

5 - Amamente o seu bebê: você pode tentar a mamada dos sonhos. Geralmente uma mamada antes de dormir e mais ou menos outra meia noite para o bebê dormir por mais tempo. Alguns bebês respondem muito bem dessa forma, outros não! Temos que ver como cada um será! 

6 - Seja consistente no ritual do sono do bebê: mantenha luzes apagadas, evite fazer barulho e na hora de dormir evite o contato visual. O olho no olho é muito estimulante.

7 - Observe o bebê: como é seu temperamento? O que o estimula? Quando conhecemos o que estimula e o que acalma o bebê, isso pode ajudar no sono!!!

8 - Não precisa ficar acordando o bebê para trocar a fralda com xixi! Caso ele acorde, aproveite e aí sim troque a fralda e após o amamente. E se lembre, sem bate papo nesse momento!



Loretta Campos - Pediatra pela Universidade de São Paulo (USP), Consultora Internacional em Aleitamento Materno (IBCLC), Consultora do sono, Educadora Parental pela Discipline Positive Association e membro das Sociedades Goiana e Brasileira de Pediatria. A médica aborda temas sobre aleitamento materno com ênfase na área comportamental da criança e parentalidade positiva.
 Instagram: @dralorettacampos
https://www.instagram.com/dralorettapediatra/
Facebook: @dralorettaoediatra


Os males provocados pelo açúcar




Dentre as doenças acarretadas pelo consumo exagerado de açúcar, o médico, diretor-presidente da Associação Brasileira LowCarb (ABLC), José Carlos Souto, destaca o diabetes tipo 2 e a síndrome metabólica


Com o objetivo de combater e tratar as doenças relacionadas à má alimentação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de até 18,2 kg de açúcar por pessoa ao ano, o equivalente a 12 colheres ou 50 gramas do produto por dia. O brasileiro, no entanto, está bem longe de atingir esta meta. Segundo o Ministério da Saúde, a média de consumo anual de quem habita o país é de 30 Kg, ou seja, cerca de 80 g ou 18 colheres de açúcar por dia. São números bem acima dos estipulados, o que vem gerando muita preocupação, haja vista o potencial nocivo do açúcar.

Formado por glicose e frutose, a sacarose, também conhecida como açúcar de mesa, acarreta diversos efeitos tóxicos à saúde humana. Conforme o médico, diretor-presidente da Associação Brasileira LowCarb (ABLC), José Carlos Souto, eles começam pela boca, sendo a principal causa de cáries e doença gengival. Outra doença que está intimamente relacionada ao consumo do açúcar é o diabetes tipo 2 ou diabetes mellitus. De acordo com Souto, mesmo ingerindo a quantidade igual de calorias, – de açúcar ou de outros alimentos - a chance de o indivíduo desenvolver diabetes é dez vezes maior por causa do açúcar.

Mais um mal que vem atrelado à ingestão de açúcar é a síndrome metabólica. De acordo com o diretor-presidente da ABLC, a substância contribui para o desenvolvimento dessa doença por meio de dois mecanismos principais:

1 – O primeiro está relacionado ao ganho de peso. Souto explica que tanto a glicose quanto a frutose são carboidratos. Sendo assim interferem no uso da gordura como fonte de energia. “Quando o corpo emprega carboidratos para produzir energia, ele para de utilizar a gordura e começa a armazená-la”, justifica. Quanto mais açúcar ingerido mais gordura é estocada, gerando o aumento de peso e até a obesidade e por consequência a síndrome metabólica.

Conforme o diretor-presidente da ABLC, uma das razões que levam as pessoas a consumirem açúcar em grande quantidade reside no sabor agradável e viciante. Neste ponto, a culpa pode recair na frutose, que apresenta um sabor mais adocicado que a glicose. “Não há dúvidas de que o sabor doce de um alimento é que desencadeia a reação de prazer, a liberação de dopamina no cérebro, fazendo com que tanto seres humanos quanto animais busquem consumir mais daquele produto”, afirma.


2 – O segundo mecanismo está associado ao efeito específico que o excesso de frutose exerce sobre o fígado. Ele gera acúmulo de gordura no órgão, – esteatose hepática não alcóolica – que, por sua vez, leva à síndrome metabólica.

Souto explica que diferentemente da glicose, que é metabolizada em todo o organismo, a frutose é processada somente no fígado. Dessa forma, quando consumida em demasia a frutose gera o acúmulo de gordura no órgão, obtendo como resposta o aumento da produção da insulina, o que torna o fígado mais resistente ao hormônio. A maior resistência, por sua vez, eleva ainda mais os níveis da insulina no sangue, tendo como consequência a síndrome metabólica.

Tanto a sacarose ou açúcar de mesa (glicose + frutose) quanto alimentos que contêm apenas glicose, como o amido, são carboidratos, cujo consumo em excesso pode dificultar a perda de gordura e facilitar o ganho de peso. Contudo, no que diz respeito à esteatose hepática não alcóolica e à gordura no fígado, a sacarose se mostra mais deletéria à saúde humana. Segundo o diretor-presidente da ABLC, estudo recente realizado em adolescentes com síndrome metabólica corrobora esta afirmação. Nessa análise, ao manter as calorias e a quantidade total de carboidratos iguais na dieta dos jovens, mas substituindo a sacarose por glicose, na forma de amido, os pesquisadores detectaram uma melhora significativa na esteatose e de alguns outros marcadores de síndrome metabólica.

A respeito da quantidade que pode ser ingerida de açúcar, em média, Souto enfatiza que se trata de uma toxina, tal como o álcool e, assim, a dose importa. “O ideal é que não houvesse nenhum açúcar adicionado aos produtos alimentícios, de uma forma geral, e que todo o açúcar ingerido fosse aquele naturalmente encontrado nos alimentos”, afirma. Em alguns casos, mesmo o açúcar existente de forma natural na comida deve ser minimizado; “Uma pessoa saudável não tem problema em comer uma banana, mas para um diabético, essa mesma fruta produzirá um pico substancial na glicose sanguínea”, diz.

O açúcar já foi detectado como um vilão para a saúde. E muitas pessoas vêm buscando consumir alimentos com menor quantidade dessa substância. A low carb, por exemplo, é uma prática alimentar que tem como uma de suas regras básicas evitar a ingestão de açúcar. Uma questão, porém, que dificulta o acesso dos consumidores a uma dieta mais saudável desse ponto de vista, encontra-se na falta de informação adequada.

De acordo com o diretor-presidente da ABLC, o fato de um alimento apresentar na embalagem os dizeres “sem adição de açúcar” não significa que ele não contenha a substância. “Um suco de uva integral, por exemplo, contém tanto açúcar quanto um caldo de cana. No entanto, o rótulo sugere ao consumidor que seja um alimento saudável por não ter açúcar adicionado”, explica. Souto enfatiza que para o pâncreas não faz nenhuma diferença se o açúcar foi adicionado posteriormente ou se veio da cana ou da fruta.

Além disso, argumenta o diretor-presidente da ABLC, alguns produtos rotulados como “diet” e “zero açúcar” podem não conter açúcar (sacarose), mas apresentam grande quantidade de carboidratos, na forma de amido (glicose), ou na forma de sua variante, a maltodextrina.

Nesse sentido a ABLC gostaria que houvesse uma revisão do conceito de “açúcares adicionados” na forma que se encontra atualmente na legislação brasileira, a fim de que os consumidores não adquirissem produtos tidos por eles como saudáveis, mas que, na realidade, apresentam grande quantidade de açúcares e carboidratos oriundos dos próprios ingredientes, ou seja, não “adicionados”.


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