Pesquisar no Blog

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Como as emoções impactam no seu plano de carreira?


Saber lidar com os sentimentos e apostar no desenvolvimento da inteligência emocional é imprescindível para o crescimento profissional


Alegria, medo, raiva, tristeza, as emoções estão presentes na rotina de todos e afetam diretamente a rotina e a forma como os indivíduos se comportam diante das mais diversas situações, no âmbito pessoal e profissional.

Por isso, cada vez mais, a inteligência emocional é fator determinante para a implementação de um plano de carreira de sucesso. O termo faz referência a capacidade de identificar e lidar com o lado emocional em qualquer tipo de situação, principalmente, as adversas.

O objetivo é manter o equilíbrio entre as emoções e as ações, ainda mais no âmbito corporativo, onde o profissional lidará com diversos cenários e aspectos, que englobam desde as próprias atitudes, até as ações da equipe de trabalho.

O controle das emoções abrange, essencialmente, o olhar para si mesmo. “É um exercício de autoconhecimento, que envolve a compreensão dos próprios sentimentos, da reação que eles causam, e de como lidar, de forma saudável, com as emoções levando em consideração a si mesmo e as pessoas ao seu redor”, explica a Coach fundadora da Viva Desenvolvimento Humano, Marcia Ramires.

Com o aperfeiçoamento da inteligência emocional, o indivíduo estará preparado para encarar situações de estresse, pressão, aumento do nível de cobrança, entre outros desafios que envolvem o crescimento profissional.

“O indivíduo passará a utilizar o autoconhecimento como uma ferramenta propulsora para o desenvolvimento da carreira. Para isso, é necessário que ele esteja disposto a realizar uma autoanálise. O foco é utilizar as emoções como aliadas, para o autocontrole e automotivação”, conta Marcia.

Utilizar as emoções, mesmo as que parecem negativas, em prol do crescimento profissional traz uma série de benefícios, entre eles, controle dos impulsos, maior empatia, melhoras no relacionamento interpessoal, e até mesmo aumento na produtividade, pois quando você sabe lidar com as emoções, você gera assertividade em seus comportamentos.

“As emoções têm influência direta no bem-estar. Quando são canalizadas da forma correta auxilia na ativação de suas potencialidades, pois permitem o raciocino claro para uma tomada de decisão assertivas, o que é importantíssimo no ambiente corporativo” finaliza Márcia.




Viva Desenvolvimento Humano


Círculo vicioso e círculo virtuoso


Por vezes, nossa vida se depara com reincidências, quer sejam profissionais, quer sejam pessoais. Pode ser algo bom quando se repete, ou muito negativo. Ao perceber que está passando por situações parecidas, algumas avaliações devem ser feitas.

Pode ser um convite para fazer diferente, rever posicionamento ou opiniões, ou ainda repetir para ficar melhor. Tudo depende do quanto estamos felizes ou infelizes com o resultado que está sendo alcançado. Observar como espectador das situações vividas, despertar a visão holística, ter um olhar mais abrangente para avaliar o círculo em que se encontra.

Podemos considerar dois tipos de círculos, o virtuoso e o vicioso:


Círculo virtuoso – promover o bem, entender com inteligência emocional as dificuldades da vida, ser otimista, potencializar o lado bom do que acontece, atitudes positivas diante de situações desafiadoras, envolvimento com pessoas que o respeitem e assim por diante. Fatos bons, que, acreditando na lei universal da ação e reação, devem criar uma onda positiva que permitirá surfar com sucesso.


Círculo vicioso – atitudes repetitivas que promovem o resultado que você não quer, mas não sabe como evitar, ou que simplesmente não entende nem percebe. Algo que provavelmente lhe faz muito mal, de que você gostaria de mudar o rumo das consequências, que já são sabidas.

Nosso cérebro é capaz de criar a substância reticular ascendente, ou seja, uma vez definido um objetivo, vamos criar condições para que a ação seja realizada. Um exemplo prático: você define comprar um tipo de carro na cor vermelha. Como a informação entrou no seu radar, fatalmente sua visão conseguirá identificar aquele carro e naquela cor com frequência.

Dessa forma, convido você para, junto comigo, criar cada vez mais círculos virtuosos. Vale a pena acreditar em boas maneiras, respeito, educação, empatia, sorriso sincero e gratuito. Porque muito provavelmente você atrairá pessoas que vibram na sua frequência e criará condições favoráveis que retornarão a você.

Eis o que eu acredito que contribui para obter cada vez mais sucesso no círculo virtuoso:


Ser um líder de alta performance, desenvolver um trabalho sério e competente com a equipe, promover feedbacks genuínos, acompanhar com verdadeiro interesse a carreira de cada um.


Ser um funcionário colaborador, que agregue conhecimento a rotina de trabalho, que busque o autodesenvolvimento, esteja atento aos desafios da empresa e que use de muita criatividade.


Ser uma pessoa que conecte pessoas, que procure ser melhor a cada dia, que tenha luz própria, que se permita viver no presente como um presente, que se faça feliz. Afinal, precisamos lidar a cada dia com as consequências de nossos atos. Seja alguém com quem você se misturaria todos os dias.




Elaine Póvoas - diretora de Marketing e Alianças da Service IT, integradora de soluções e serviços de TI especializada em outsourcing e consultoria.

6 de maio começa o Ramadan: entenda o que significa este mês sagrado para os muçulmanos


É um tempo para redobrar práticas de caridade, confraternizar com a família e a comunidade, dedicar-se mais às orações, além de rever e reavaliar hábitos, repensar caminhos, arrepender-se por atitudes prejudiciais a si mesmo e ao próximo e pedir perdão para os pecados, para que uma nova etapa se inicie


Entre os dias 6 de maio e 5 de junho, 800 mil muçulmanos brasileiros viverão seu mês sagrado, o Ramadan - o nono do calendário lunar islâmico. O período é definido conforme o posicionamento da lua, por isso, sua data de início e término mudam ano a ano.

Segundo a tradição, o mês do Ramadan foi aquele no qual Alcorão, livro sagrado do Islam, foi revelado ao profeta Muhammad. Ali Zoghbi, vice-presidente da FAMBRAS, a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, explica como este momento é recordado e vivenciado pelos seguidores da religião: “É um tempo para redobrar práticas de caridade, confraternizar com a família e a comunidade, além de dedicar-se mais às orações”.

Mas, quando se fala em Ramadan, automaticamente vem à mente o jejum que os muçulmanos fazem durante o período. Quando nasce o sol, se inicia o jejum de água e comida. O pôr-do-sol marca o momento em que é permitido voltar a alimentar-se, momento iniciado, geralmente, com o degustar de tâmaras, seguido de pratos feitos especialmente para a ocasião.

“As Mesquitas recebem a comunidade para orações noturnas e a leitura do Alcorão. O jejum e os momentos de reza e congregação promovem reflexões, sobretudo, sobre as dificuldades e desafios humanos”, completa Zoghbi. “Até mesmo a fome, consequência do jejum, tem a finalidade de aproximar os muçulmanos da realidade dos mais necessitados. É por isto que, no Ramadan, são comuns a distribuição de alimentos e a prática de atos de caridade. É justamente o que o Islam prega: compaixão pelo próximo e amor”.

A transformação pessoal, a partir de reflexões e momentos de comunhão com Deus, também é objetivo do Ramadan. De acordo com Zoghbi, é um período para rever e reavaliar hábitos; repensar caminhos; arrepender-se por atitudes prejudiciais a si mesmo e ao próximo; e pedir perdão para os pecados. “É a purificação para que uma nova etapa de vida possa se iniciar”.

O final do Ramadan é marcado pela maior festividade do calendário muçulmano, a Eid al-Fitr. Na quebra final do jejum, os muçulmanos vestem suas melhores roupas, enfeitam suas casas e oferecem alimentos a outros membros da comunidade. “É uma grande festa”, finaliza Zoghbi.


Curiosidades sobre o Ramadan

- O Profeta Muhammad costumava anunciar à sua comunidade a chegada do mês sagrado. Abu Huraira, que relatou ao mundo muito do que disse o Profeta,  registrou: “Chegou-vos o mês de Ramadan, um mês abençoado. Nele foi-vos instituído o jejum. Nele as portas do céu se abrem e as portas do inferno são cerradas. Os demônios são acorrentados. Durante o mês há uma noite equivalente a mil meses. Quem for privado das virtudes dessa noite, perdeu o melhor das virtudes do Ramadan”.

- Recomenda-se o jejum a partir da adolescência. Pessoas que estão em viagem, mulheres grávidas, mães que estão amamentando, crianças, idosos e pessoas doentes não devem fazê-lo.

- Quando o sol se põe, na quebra do jejum, chamado de Iftar, os muçulmanos costumam comer uma tâmara e tomar um copo de leite ou iogurte, para então fazerem suas refeições. O valor das tâmaras – como algo adocicado que alivia a dor -  é citado em uma famosa passagem do Alcorão, no capítulo chamado Maria, versículos 25-6: “E move em tua direção o tronco da tamareira e ela fará cair sobre ti tâmaras maduras e frescas.  Então come e bebe e seja confortada”. Essa foi a prescrição de Deus para a Virgem Maria no momento do nascimento de Jesus, para fazer com que o parto fosse fácil e confortável.

- No ano passado, o atacante egípcio Mohamed Salah, craque do Liverpool, manteve o jejum do Ramadan durante a decisão da Liga dos Campeões contra o Real Madrid, de acordo com o jornal egípcio Al-Masry Al-Youm. Segundo a publicação, pessoas próximas ao jogador afirmaram que ele rejeitou “descumprir o jejum para a final” que aconteceu em Kiev. 




Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS


Pais de primeira viagem? Chegada dos filhos pode “bagunçar” a vida financeira do casal



De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), o custo para criar um filho (até os 23 anos) pode chegar a mais de R$ 2 milhões - dado referente a uma família de classe média alta (com renda média de R$ 15 mil ao mês). Para a classe C, que recebe de R$ 2 mil a R$ 5 mil mensais, o total é de R$ 407 mil.

A chegada de um bebê pode alterar e muito a vida financeira da família, considerando que passa a fazer parte do orçamento despesas com fraldas, alimentação específica - como leite -, enxoval, creche, entre outros. Mas o que os papais de primeira viagem podem fazer para não ficar no vermelho? Especialistas garantem que o primeiro passo é planejar a vinda do bebê, pensando que os gastos com os filhos sempre serão parte da rotina financeira da família: do parto à faculdade.

Se a chegada do bebê não foi planejada, a surpresa com as “contas extras” pode assustar e algumas alternativas, como “socorro” da família e amigos, pode ser uma boa ajuda. Outra opção que pode auxiliar os pais a saírem do vermelho é recorrer a fintechs. A Simplic, por exemplo, fornece crédito online - que variam de R$ 500,00 a R$ 3.500,00 e que podem ser pagos em 3, 6, 9 ou 12 vezes -  em poucos cliques, inclusive para negativados. Segundo dados da fintech, eles recebem mais de 6 mil solicitações de empréstimos por dia com o objetivo principal de pagar dívidas.

O diretor da empresa, Rogério Cardozo, explica que a solicitação é 100% online. “A Simplic oferece uma avaliação diferenciada, que permite atender clientes que não conseguem crédito em instituições financeiras baseadas em análises de crédito convencionais, como Serasa e SPC. Nosso objetivo é disponibilizar empréstimos de um jeito inovador, sem sair de casa e com muita segurança”. Cardozo alerta ainda que “é necessário que os pais planejem da melhor forma como irão usar o crédito para que o valor ajude a família de forma efetiva”.




Simplic


Exame toxicológico ajuda a diminuir o índice de acidentes nas estradas do país


Desde que a lei entrou em vigor em 2016, houve uma redução de 40% no número de acidentes com veículos pesados


Em 2016, entrou em vigor a Lei Federal13.103 que tornou obrigatória a realização do exame toxicológico para emissão e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E, e na admissão e desligamento de motoristas contratados pelo regime CLT. Este exame tem destaque principalmente entre os caminhoneiros, visto que muitos ainda tem resistência em fazê-lo, devido a utilização de substâncias ilícitas, para se manterem acordados.  

As drogas sempre foram muito comuns nas estradas brasileiras, segundo números do Ministério do Trabalho, um terço dos caminhoneiros utilizam algum tipo de substância para se manter acordado por horas e horas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, em 2017 foram registrados 89.318 acidentes graves nas estradas e 48% deles foram provocados por caminhões.


Exame toxicológico

Além de garantir a segurança nas estradas brasileiras, o exame toxicológico de larga janela de detecção é rápido e extremamente eficiente, detectando a presença de metabólitos de drogas psicoativas que se depositam nos fios de cabelo ou pelos, por um período de no mínimo 90 dias. Hoje, o exame pode ser realizado em laboratórios de todo Brasil e, de acordo com a legislação, o resultado deve sair em até 15 dias. 

Para garantir a segurança e a confiabilidade do resultado, todo processo de coleta de cabelos ou pelos é realizada na presença de uma testemunha para garantir um resultado seguro. Quando o exame é feito a partir de cabelos, são necessários cerca de 120 a 150 fios com, no mínimo, 4 cm de comprimento. Já em casos de coleta de pelos do corpo, é retirada uma quantidade equivalente a uma bola de algodão com 2 cm de diâmetro. São coletadas duas amostras - uma vai para análise e a outra fica armazenada pelo período de 5 anos, caso seja requisitada uma contra prova, no laboratório credenciado pelo Denatran para realização do exame.

“O teste analisa diversas substâncias, entre elas anfetaminas, metanfetaminas, MDMA, MDA, mazindol, femproporex e anfepramona. Além disso, conseguimos identificar também maconha, cocaína e seus principais metabólitos e os opiáceos codeína, morfina e heroína. A legislação exige um prazo de até 15 dias para o resultado, mas estamos preparados para entregar em no máximo 10 dias. Quanto mais rápido liberarmos os resultados o motorista será beneficiado ,já que o mesmo depende da CNH para as suas atividades profissionais”, explica o gestor do DB Toxicológico (www.dbtoxicologico.com.br), Jean Haratsaris.

 A empresa, uma divisão grupo Diagnósticos do Brasil, é certificada pelo INMETRO, tem uma estrutura exclusiva de atendimento para exame toxicológico e responde por aproximadamente 15% dos procedimentos realizados no país. Pensando na segurança do teste, a empresa trata a cadeia de custódia dos exames taxológicos com muito rigor, que começa pela capacitação dos coletores. Desde a implantação da ferramenta, quase 4 mil já foram treinados. Outro diferencial fica por conta da logística do grupo, que consegue atender a todo o mercado brasileiro com agilidade por meio de dezenas de unidades de atendimento e mais de 400 rotas que atendem, aproximadamente, 6.000 cidades.

De acordo com números do DB Toxicológico, a cocaína ultrapassou a anfetamina, popularmente conhecida como “rebite”, e é a droga mais utilizada por caminhoneiros. “Com a redução do custo da cocaína ela passou a ser ‘vendida’ em muitos pontos das estradas federais. Hoje, ela é responsável por mais da metade dos exames toxicológicos com resultado positivo. Ela é utilizada pelos caminhoneiros que querem ou precisam se manter acordados por várias horas”, detalha Jean Haratsaris. Caso o resultado do exame seja positivo para qualquer substância ilegal, o motorista terá a CNH suspensa e deverá aguardar três meses para realizar um novo exame.

“Após a realização de um novo toxicológico, a suspensão da carteira pode ser revista caso o resultado seja negativo. Sabemos da importância dos caminhoneiros para o Brasil, e é importante que eles entendam que a lei beneficia a todos visando aumentar a segurança e consequentemente a redução de acidentes em nossas estradas. Desde que a lei entrou em vigor entrou em vigor, houve uma redução de 40% no número de acidentes com veículos pesados”, completa Haratsaris. 



Reforma da previdência não é só para combater privilégios, diz presidente da Comissão Especial


Em live realizada com a ativista Rosângela Lyra, deputado Marcelo Ramos (PR-AM) esclarece dúvidas do público sobre o tema


A empresária e ativista política Rosângela Lyra organizou uma live no Instagram com o deputado Marcelo Ramos (PP-AM), presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência,  explicou sobre o principal tema destes quatro meses de governo Jair Bolsonaro.

Durante a entrevista com Rosângela, o deputado fez questão de afirmar que a Reforma da Previdência não é somente para combater privilégios e que vai exigir sacrifícios de toda a população. Elogiou o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Felipe Francischini (PSL-PR), além de destacar ser a favor de taxar grandes fortunas e abordar outros ajustes que pretende realizar na proposta. Confira as principais declarações de Marcelo Ramos durante a live com Rosângela Lyra.



O que é a Reforma da Previdência?


A Reforma da Previdência é fundamental para o Brasil crescer, mas não vamos enganar o povo, dizendo que é somente para combater privilégios, pois isso não é verdade. Vai combater privilégios, mas é também um ajuste fiscal. Em resumo, a reforma é o país pedindo um pouco de sacrifício de quem tem renda – mais para quem tem mais e menos para quem tem menos – para quem não tem possa ter mais pra frente. Assim criamos uma condição para a retomada do crescimento, o que vai ajudar os milhões de desempregados.



Mudanças na proposta original


As mudanças que as reforma traz para o Benefício de Prestação Continuada e trabalhadores rurais nós vamos tirar. Não é justo pedir sacrifício de deficientes físicos, idosos de baixa renda e o trabalhador rural. Eu, particularmente, sou a favor de taxas grandes fortunas, cobrar Imposto de Renda de fundos exclusivos. Ao mesmo tempo em que estamos pedindo sacrifícios aos aposentados e trabalhadores, as classes mais altas precisam contribuir. Isso é algo que tenho falado muito com o governo.

Algo também que é muito importante de ser destacado é que a previsão do governo é que a Reforma gere uma economia de R$ 1,2 trilhão, mas algumas alterações podem fazer com que esse valor seja a metade – R$ 600 milhões. Se for isso mesmo, melhor não prosseguir, não vale todo o desgaste para isso.


Tema impopular

Enquanto tivermos parlamentares que pensam mais na próxima eleição do que no país, vamos viver momentos de sobressaltos e solavancos. Existem medidas impopulares que precisam ser enfrentadas. Quando passamos por essas situações com verdade, serenidade e transparência, o tempo trata de cuidar de todas as coisas.


Capitalização

Cada vez mais vejo inviabilidade sobre a proposta inicial de capitalização. Já estão falando em poupança aplicada ou uma aplicação alternativa escolhida pelo trabalhador. O grande problema da capitalização, que o governo também não consegue explicar, é que pagará o estoque dos aposentadores do INSS quando migrarem os contribuintes para a capitalização. Isso pode fazer o país se endividar ainda mais. É uma aventura, não vamos permitir isso.


O que o levou à presidência da Comissão?

Meu planejamento, desde a campanha eleitoral, foi apostar na moderação em meio a essa era de extremos. Me destaquei por isso desde meu primeiro discurso, quando disse que a Reforma da Previdência eram mais importante do que qualquer ideologia ou partido. Outro ponto que, acredito, me credenciou para ser presidente desta comissão foi ter me reunido com as lideranças e construir uma proposta de consenso no momento em que, literalmente, o bicho pegou. Eu não fazia questão em ser presidente, mas meu partido tomou à frente para assumir a presidência da Comissão Especial da Reforma da Previdência e a nossa liderança indicou meu nome.


A CCJ

Particularmente, acho que a conduta do Felipe Francischini (PSL-PR) foi boa. Não dá para botar tudo na conta dele. A CCJ durou 62 dias, sendo que em 61 o governo não conseguiu acordo nenhum. Quando eles conseguiram, em um dia, o deputado resolveu a questão.




Proposta para estados e municípios
A proposta não desidrata aquilo que o governo deseja economizar, mas arrebenta com as contas da maioria dos estados. Sobre essa questão, eu tenho duas observações. A primeira é que aplicar automaticamente as regras do regime próprio de servidores públicos da união para os estados e municípios fere uma cláusula pétrea, que é o sistema federativo. Estaríamos ofendendo a autonomia dos estados e municípios, então é uma questão a ser discutida mais pra frente. Outro ponto é que todos os cálculos atuariais que fundamentaram a reforma para o regime próprio dos servidores públicos federais foram feitos em cima das regras específicas para estes servidores. Cada estado tem uma dificuldade, uma diferença. A previdência do Amazonas é superavitária, já a do Rio Grande do Sul está quebrada. Vai aplicar nessas duas situações o mesmo remédio? Não me parece algo razoável. Eu decidi chamar os governadores, pelo menos um de cada região, para que nos apresente a realidade deles.






Rosangela Lyra - líder do Movimento Política Viva, que se propõe a aproximar políticos da sociedade. Gerencia grupos de WhatsApp com cinco mil participantes que discutem política de um jeito inteligente e suprapartidário. Junto com Norton Gomes, ela também apresenta o canal Política Viva, com o objetivo de colaborar com o amadurecimento político da sociedade, ajudar o eleitor a fazer as melhores escolhas, preservar a nossa jovem democracia, construir pontes entre os dois polos e defender bons projetos.


Roubo de cargas e veículos causou R$ 2 bilhões de prejuízos em 2018



O roubo de cargas e veículos segue como um dos principais problemas do país, como revelam dois levantamentos recentes. De acordo com dados ainda não totalmente consolidados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), as ações criminosas no setor teriam causado prejuízos da ordem de R$ 2 bilhões, somente em 2018.

Já o cruzamento de informações das Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal apontam que neste período aconteceram mais de 22 mil ataques a transportadores em todo país. Mais de 80% deles estão concentrados nas duas principais cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro.

Apesar do número de ataques ter caído em torno de 15% em relação ao ano passado, o volume não deixa de chamar a atenção de vários setores. Para o Clube Internacional de Seguros de Transportes (CIST), entidade que reúne profissionais da cadeia logística de seguro de transportes como seguradoras, corretoras, resseguradoras e reguladoras de sinistros – o cenário atual tem gerado novas discussões. 

“O resgate da análise dos processos logísticos e definição do ‘Plano Diretor de Segurança’ para redução das vulnerabilidades voltaram ao debate. A visão da cadeia de suprimentos, e não apenas da viagem em si (o que envolve carga, motorista, veiculo e rota), passou a ser considerada nos projetos de segurança, junto com o uso de recursos de tecnologia, ações de inteligência e controle de acesso às informações”, explica Alfredo Chaia, diretor do CIST e da International Risk Veritas.

Para combater a criminalidade, as transportadoras e as empresas de gerenciamento de risco seguem investindo em soluções. A J&C Gestão de Riscos, por exemplo, está  adotando tecnologia via monitoramento de imagens  nos veículos e implantando um sistema de atuação direta nos baús. Outra medida é a construção de baús repotencializados (BRP), baús construídos do zero (BCZ) e baús chapeados, todos com portas antiarrombamento com fechaduras randômicas, que só permitem a sua abertura com o envio de um código da central para o motorista.

“A adoção de uma segunda tecnologia de bloqueio vem criando bastante dificuldade para as quadrilhas, onde gera um fator surpresa, roubando assim o tempo dos criminosos. Tanto, que o índice de salvamento das cargas vem aumentando”, revela Charles Ferreira, diretor Operacional da J&C Gestão de Riscos. Ainda de acordo com ele, entre as mercadorias mais visadas pelos ladrões estão eletrônicos, autopeças, cigarros, combustíveis, remédios, genêros alimentícios e bebidas.

Já as seguradoras se esforçam para minimizar os prejuízos junto aos embarcadores e transportadores rodoviários. A Argo Seguros, por exemplo, uma das principais seguradoras de transporte do Brasil, oferece aos seus clientes manuais, SLA’s e treinamentos para aperfeiçoar os procedimentos de gerenciamento de risco.

“Esses procedimentos são fundamentais e muitas empresas não fazem de maneira adequada por falta de orientação. O risco bem gerenciado afasta as quadrilhas especializadas e os desvios, mas não elimina os roubos de oportunidade. Por este motivo, cada empresa tem um tratamento e recomendações aderentes a sua operação. Buscamos alternativas personalizadas para ajudá-los a manter este equilibrio de custo e segurança”, explica Mariana Miranda, gerente de Subscrição Cargo Marine da Argo Seguros.




Argo Seguros

Não conseguiu entregar o IR 2019? Saiba o que fazer


Quem perdeu o prazo da declaração ainda pode apresentar a declaração atrasada e evitar a negativação do seu CPF


O prazo para a declaração do Imposto de Renda encerrou no último dia 30 de maio com 30.677.080 declarações entregues. Mas caso você não tenha conseguido apresentar, é possível acertar as contas com o FISCO com o pagamento da multa correspondente ao atraso, sendo de 1% do imposto devido por mês com limite de 20% do valor total ou R$ 165,74, prevalecendo o valor maior.

O contribuinte que por algum motivo não conseguiu entregar a tempo deve preencher a declaração normalmente seguindo as informações disponíveis no site da Receita Federal ou por meio do aplicativo “Meu Imposto de Renda”. Após o envio das informações, o usuário receberá uma notificação referente ao lançamento da multa e deverá imprimir a guia DARF com o valor equivalente ao valor e atraso.

“Quanto antes o contribuinte conseguir preencher as informações e efetuar o pagamento, melhor. Caso não consiga efetuar o pagamento em até 30 dias, serão cobrados juros sobre o valor”, explica Pedro Salanek, coordenador dos cursos de finanças do ISAE Escola de Negócios. É imprescindível que a declaração seja preenchida corretamente, entre outros, com os dados de rendimentos tributáveis, saldo bancário, bens que adquiriu durante o ano, pagamentos, doações efetuadas e renda variável.  

Segundo Salanek, dentro do site da Receita Federal, a cada mês é possível saber quais as declarações que já estão liberadas para a restituição. “As restituições das declarações entregues fora do prazo serão efetuadas com atraso dentro do prazo de junho até dezembro. O contribuinte pode passar a fazer essa consulta todo dia 15 de cada mês, para ver quais os lotes o governo vai liberar”, completa o especialista.  



Como se comportar em uma entrevista de emprego


Com as altas disputas por uma vaga de emprego, é preciso ainda seguir alguns "padrões" além de apresentar um currículo excelente. Falar formalmente, não mentir e evitar críticas são uns dos comportamentos avaliados durante uma entrevista de emprego, pois mostra a postura profissional do candidato.

Descubra algumas informações listas pelo site Tô no Vermelho sobre as principais maneiras de se comportar em uma entrevista e perguntas mas frenquentes feitas pelos recrutadores.




DUAS ESPERANÇAS MOBILIZAM O BRASIL


“A única escolha que faz sentido para a oposição, hoje, é ser 100% contra qualquer ideia que tenha chance de melhorar o país.” (J.R.Guzzo, tweet em 27/04)



       Vivemos tempo demais sob a severa influência de uma ideologia escancaradamente reacionária. Aliás, com tanto por modernizar talvez devesse afirmar que ainda vivemos tempos remotos, paleolíticos. Os adeptos dessa ideologia, atuando em salas de aula, acorrentando-se a fórmulas superadas, se dedicam, por todos os modos, a puxar as rédeas da humanidade, da civilização e do país. Foi em nome dessa ideologia, num prenúncio do que estava por vir, que saíram às ruas no ano 2000 a vociferar contra o Descobrimento.

Vale lembrar os fatos. Aqui no Rio Grande do Sul, Olívio Dutra era governador e Raul Pont prefeito da Capital. Um grande relógio fora montado no ano anterior pela Rede Globo em contagem regressiva para o dia 22 de abril. Ficava próximo à Usina do Gasômetro. Tanta era (e continua sendo) a repulsa pela história nacional que, chegado o dia dos festejos, um grupo de trabalhadores em não sei o que resolveu acabar com o relógio. Espontaneamente, sem qualquer combinação, chegaram juntos, na hora certa, equipados e bem dispostos. Sua posição sobre os 500 Anos afinava-se pelo diapasão do petismo que dava as cartas e jogava de mão no Estado e na prefeitura. Tocaram fogo no artefato sob os olhos atentos da Brigada Militar, num dia em que oficial circulava sem camisa, inspetor de polícia dava ordens para capitão e secretário de Estado assistia tudo sorrindo. Era a festa dos Outros Quinhentos.

Chamavam de Invasão o feito de Cabral, e, por algum motivo obscuro, não o escolheram patrono do MST. É claro que se os portugueses tivessem tocado direto para as Índias, nosso país seria hoje o que são as tribos que se mantiveram sem contato com a civilização. Vale dizer: viveríamos lascando pedra.
      
       Essa ideologia, se pudesse, acabaria com o imenso usucapião denominado Brasil. Os negros voltariam à África, os invasores brancos seriam banidos para a Europa e os índios promoveriam uma continental desapropriação do solo e das malfeitorias aqui implantadas. Alerta: os defensores de tão escabrosa geopolítica se aborrecerão terrivelmente se você apontar o racismo embutido nesses conceitos que viriam a dividir os brasileiros a partir da eleição de Lula em 2002.

O estrago foi grande. Não voltamos às cavernas como se poderia presumir do discurso retrógrado que condenava o “grande capital”, a “grande empresa”, a “grande propriedade”, e para o qual até o nomadismo parecia fenômeno reprovável, precursor do famigerado neoliberalismo. No entanto, se não voltamos às cavernas, se o agronegócio não acabou e não tocamos tambor para chover, os “negócios” foram tantos e tão grandes que o país entrou em recessão, a economia foi para o saco, as contas nos paraísos fiscais engordaram e os desempregados se contam em oito dígitos. Tal história, como se sabe, acabou nos confessionários de Curitiba.

Dois grupos disputam espaço político no Brasil. De uma banda, o novo governo, de perfil liberal e conservador, inova e alimenta a esperança de que, modernizando-nos, podemos escapar do caos. De outra, a oposição, que recicla velhos chavões, bate palmas para Maduro, se aferra ao paleolítico e alimenta o caos com esperança de voltar.





Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


As empresas e o líder com “sentimento de dono” – muito além da questão técnica


Sabe quem é o melhor líder? Aquele que possui o que chamamos de “sentimento de dono”. Você sabe o que isto significa na prática?


É o executivo que cuida da empresa na qual trabalha como se fosse dele, compartilhando do mesmo sentimento e objetivos que o dono daquela organização, ou a alta administração, tem. Zela pelo dinheiro da empresa como se fosse dele, tratando tudo com muita responsabilidade.

O líder que tem “sentimento de dono” faz acontecer – e o faz de forma correta, afinal, a empresa “é dele”. Trabalha para que a empresa efetivamente prospere, tenha lucro, seja estável e, claro, cresça.

As empresas que querem atender às expectativas de seus acionistas, crescer mais rápido ou ser uma referência no mercado em que atuam, buscam executivos assim, que querem ser “donos da empresa. Elas esperam que este líder goste e saiba trabalhar em equipe. Que não tenha dificuldade de promover e se inserir em práticas colaborativas porque sabe olhar a empresa como um todo. E mais: que se disponha, até mesmo, a melhorar o desempenho de áreas e projetos que, a princípio, nem faziam parte de suas atribuições.

Este líder consegue influenciar sua equipe, e não simplesmente comandar e impor regras. Com isso, consegue tirar o melhor de cada liderado porque se coloca até mesmo como um facilitador. Ele tem motivação, produtividade e interesse em evoluir junto com a organização que lidera.

Há um aspecto que vai além de tudo isso. O líder “com sentimento de dono” é a pessoa de confiança do dono da empresa. Ser confiável é ter a capacidade de deixar o dono da empresa, seus sócios e acionistas, tranquilos. E essa tranquilidade vem da certeza de que o líder está defendendo a empresa de forma ética e correta, respeitando, preservando – e até aumentando – o investimento que foi feito nesta organização.

Confiabilidade é algo que se desenvolve não só pela atuação cotidiana, mas também pelo relacionamento do líder com o empresário que o contratou. Ao contrário do que muitos pensam, a confiança não vem apenas com o tempo de empresa, mas principalmente, pela sintonia e empatia que alimentam esta relação.

Ser confiável se traduz em agir com honestidade e transparência em todos os sentidos. Trazer para a empresa colaboradores que também sejam confiáveis, além de agregar com suas aptidões técnicas específicas, habilidades e conhecimento. É agir, sempre, com transparência e honestidade.

Vale lembrar que não basta a empresa querer lideranças com “sentimento de dono”. É preciso criar um ambiente favorável para que estas pessoas atuem como donos, ou seja, dar espaço para que apresentem inovações e novas ideias; comunicar de forma clara e transparente os processos, as metas e objetivos a serem alcançados; promover uma política que inclua todos os colaboradores; e abolir a hierarquia cega que engessa e afasta lideranças de liderados.

E já que não basta apenas conquistar líderes com sentimento de dono, mas também saber retê-los, é igualmente importante dar ao líder autonomia, feedbacks e reconhecimento às suas conquistas. Só assim ele permanecerá interessado na empresa e no seu desenvolvimento pessoal; motivado em formar boas equipes; resiliente quando se deparar com eventuais erros e insucessos; e o principal:  comprometido com a sustentabilidade do negócio.





Marcelo Tertuliano - mestre em Administração de Empresas, com 23 anos de experiência na função financeira, dos quais, 16 anos em posições de liderança. Atualmente está à frente da área financeira de uma grande mineradora em Moçambique.

Projeto de Lei contra pirataria mira no falsificador, afirma especialista


Projeto em discussão no Congresso há quase 20 anos pretende aumentar as penas para crimes relacionados à pirataria e proteger a propriedade intelectual



Com foco no combate à pirataria, projetos que tramitam no Congresso Nacional pretendem tornar a proteção da propriedade intelectual no Brasil mais eficaz. Um deles é o Projeto de Lei 333/1999, que está discussão no Legislativo há quase 20 anos.

A matéria pretende aumentar as penas para crimes relacionados à pirataria. De acordo com apoiadores do PL, apesar de buscar o fim dessa prática ilegal, a proposta não visa punir ou prender camelôs e pequenos comerciantes. Segundo o advogado Fernando Müller, vice-presidente da Comissão de Direito da Inovação, Propriedade Intelectual e Combate à Pirataria da OAB/SC, explica que o foco da proposta é outro.

“O objetivo do aumento das penas é atingir efetivamente quem tem da pirataria uma atividade exclusiva e dedicada. O pequeno comerciante, ambulante e camelô só vendem esse produto porque chegam para ele com muita facilidade”, enfatiza Müller.

“Nós temos é que impedir que chegue para ele esse tipo de produto, aí ele vai se dedicar a vender os produtos que podem ser vendidos, fazer as vendas com produtos que têm origem e sejam regularizados”, completa o especialista.

O deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) acredita que o PL deve ser aprovado para “tornar o sistema mais justo, mais honesto e adequado, dentro da legalidade”. Segundo ele, é importante combater a pirataria e reduzir a impunidade para quem pratica esse crime.

“Nós vemos que essa é uma forma importante de proteger a propriedade intelectual, industrial e as patentes, porque a pirataria acaba sendo uma forma muito prejudicial para aqueles que investem, para aqueles que têm os melhores produtos, para aqueles que estão dando emprego, que estão pagando os tributos”, analisa o parlamentar.

“Se você não punir, você acaba prejudicando as empresas que estão trabalhando de uma forma correta. Então, nós entendemos que isso é muito importante para que os investidores e as empresas tenham a segurança de investir no Brasil”, ressalta.

O projeto já foi aprovado na Câmara e no Senado, mas aguarda nova votação no Plenário da Câmara, já que sofreu alterações no texto por parte dos senadores.


Aumento da pena

O Projeto de Lei 333/1999 tem como ponto central o aumento da pena para quem comete crime de pirataria. Atualmente, é prevista a pena de 3 meses a um ano de detenção. Pela legislação atual, os crimes de falsificação também remetem penas alternativas, como pagamento de cestas básicas.

Se a nova lei for aprovada, a pena pode subir para dois a quatro anos de reclusão, em caso de crimes como os cometidos contra patente de invenção ou de modelo e contra o registro de marca.

O aumento da pena proposto no PL 333/99 torna o crime de pirataria de maior potencial ofensivo, ou seja, mais grave. Logo, essa medida retira os delitos da jurisdição dos Juizados Especiais de Pequenas Causas e os leva para a Justiça Comum, o que facilitará a finalização total do processo, desde a abertura até o cumprimento da pena.

“O que se pretende é um endurecimento da pena que resulta, ao mesmo tempo, em um endurecimento do processo em si, na medida em que a análise dos crimes sairá do juizado especial justamente para permitir uma persecução criminal mais eficaz”, afirma o advogado Guilherme Doval, que atua em casos de crime de pirataria.

O jurista destaca desta ainda que o julgamento de casos relacionados à pirataria no Juizado Especial gera uma incompatibilidade, uma vez que a identificação desses delitos necessita de um trabalho técnico com perícia especializada. 
“A complexidade existe porque a pirataria é um braço do crime organizado. E, de fato, fazer uma persecução criminal de crime organizado dentro do Juizado Especial não é a forma mais adequada”, ressalta o jurista.

O projeto já foi aprovado na Câmara e no Senado e aguarda entrar na pauta para ser votado no Plenário da Câmara.


Prejuízos bilionários 

De acordo com os dados mais recentes do Fórum Nacional Contra a Pirataria, o setor de vestuário perdeu R$ 58,4 bilhões devido às práticas do mercado ilegal. Os dados levaram profissionais que atuam na área a defenderem a aprovação do PL.


Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção, Fernando Pimentel, as mudanças na legislação são necessárias para que o cenário econômico do setor não seja ainda mais prejudicado.

“Esse projeto tem o objetivo de pegar grandes estruturas que destroem a qualidade daquilo que é desenvolvido no nosso país e no mundo. Portanto, não haverá espaço para termos empregos de qualidade se não tivermos negócios formais e que respeitem o direito, respeitem a propriedade intelectual e que respeitem as marcas”, afirma.

Segundo Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABNEE), a proposta também deixa clara a ideia de oferecer uma maior segurança jurídica a quem realmente tem marcas efetivas.

“A propriedade intelectual é algo que custa muito caro para ser desenvolvida e, portanto, deve-se ter respeito e segurança jurídica porque, do contrário, não tendo essa ação efetiva, o que vai acabar acontecendo é que existirá um menor interesse de investimentos no país de colocação de outras marcas aqui no Brasil. Isso é importante no contexto da segurança jurídica do país”, avalia.



 




Posts mais acessados